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AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE CONFORTO PELAS USUÁRIAS DE

CALCINHAS
EVALUATION OF CONFORT PERCEPTION FOR PANTIE USERS
Giongo, Marina A.; Graduanda; Universidade Feevale
marinagiongo@gmail.com
Heinrich, Daiane P.; PhD. Universidade do Minho
daiaph@feevale.br

RESUMO

Este artigo apresenta alguns tópicos da pesquisa realizada no trabalho de


conclusão de curso como requisito para graduação em Design de Moda e
Tecnologia da Universidade Feevale. São apresentados conceitos de conforto
e risco, bem como parâmetros associados a eles. A pesquisa observacional
descritiva realizada através de conceitos da ergonomia investigou a percepção
das usuárias quanto ao conforto de modelos pré-definidos de calcinha. Como
resultado, o conforto psicológico se sobrepõe ao conforto físico, quando se
trata deste tipo de vestimenta.

Palavras-chave

Conforto do vestuário. Percepção de conforto e risco; Ergonomia.

ABSTRACT

This article presents some topics of research conducted as a requirement for


graduation in Fashion Design and Technology at University Feevale. Concepts
concerning comfort and risk, as well as parameters associated with them. A
descriptive observational study conducted through the concepts of ergonomics
investigated the perception of users regarding comfort of predefined models in
panties. As a result, the psychological comfort overrides the physical comfort in
this type of clothing.

Keywords

Comfort of clothing. Perception of comfort and risk. Ergonomics.


1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como tema a ergonomia aplicada ao vestuário para


avaliação de conforto e risco no uso de calcinhas. Através da percepção do
comportamento das usuárias, surgiu o problema de pesquisa: como a usuária
de moda feminina percebe o conforto no uso de calcinhas? Como hipótese
infere-se que o conforto físico é preterido quando o modelo de calcinha
representa conforto psicológico para a usuária.
Os projetos de design do vestuário que são desenvolvidos
industrialmente, a partir de tabelas de medidas (antropometria estática),
possuem um alcance restritivo em relação ao consumidor. Segundo Rosa e
Moraes (2009), destacam-se como limitações: a íntima relação entre o produto
e o corpo humano, a diversidade de estilos e segmentos do mercado
consumidor e, o lançamento da maioria das peças sem testes de aceitação do
consumidor, visto que se trata de um processo de alto custo, além da
conseqüente facilidade com que uma nova idéia pode ser imitada ou copiada.
Segundo Baxter (2003), o projeto de novos produtos envolve riscos e é
preciso gerir estes riscos com competência. Sendo a calcinha um produto de
moda, de característica efêmera, pode ser aplicado a esse conceito. É preciso,
dentre outros tantos aspectos, garantir a qualidade dos produtos, com
ferramentas de design que sejam efetivas. Pois, segundo o mesmo autor, os
projetos de produtos que são aplicados de forma eficiente nas indústrias
minimizam as perdas em relação à conquista e satisfação do consumidor final.
Conforme Iida (2003), todos os produtos destinam-se a satisfazer
necessidades humanas e, para tanto, entram em contato com o homem. Desta
forma, possuem características desejáveis de qualidade. O autor coloca três
características, que são: qualidade técnica, que considera a eficiência com a
qual o produto executa sua função; qualidade ergonômica, que leva em conta
itens de conforto e segurança como facilidade de manuseio, adaptação
antropométrica e compatibilidade de movimentos; e qualidade estética, que
atende a combinação de formas, cores, materiais e texturas para que os
produtos sejam visualmente agradáveis.
Moraes e Mont‟alvão discorrem sobre a importância de projetar o
produto adequado ao usuário:
a abordagem ergonômica em relação ao design pode ser resumida
como: „o principio do design centrado no usuário – se um objeto, um
sistema ou um ambiente é projetado para uso humano, então seu
design deve se basear nas características físicas e mentais do seu
usuário humano. [...] (Pheasant, 1997, p. 12 apud Moraes e
Mont‟alvão, 2003, p.33)

Na busca de mensurar o comportamento da consumidora frente ao uso


de lingerie, é preciso identificar quais os elementos presentes no uso do
produto que podem interferir na percepção de conforto e, consequentemente,
no seu comportamento de compra.
O valor desta pesquisa está na busca de qualidade, visto que o
conforto no vestuário, dentro da área da ergonomia, é ainda pouco explorado
no meio acadêmico brasileiro e não existem pesquisas quantitativas em relação
à percepção de conforto no uso do produto de vestuário. O objetivo da
pesquisa é identificar a percepção de conforto pelas usuárias de calcinha.
Para avaliar a percepção do usuário, foi feita uma pesquisa
observacional-descritiva qualitativa e quantitativa, baseada na metodologia de
LINDEN (2004). Nesta pesquisa, foi realizada uma entrevista com referências
verbais e de imagem para ilustrar pontos de risco relacionados ao uso do
produto, bem como para identificar quais os modelos de lingerie mais utilizados
pelas participantes da pesquisa. Após a entrevista, foi realizada com cada
participante uma fotogrametria para identificar pontos de interferência na
silhueta.

2 CONFORTO

O conforto, segundo Heinrich (2009) é um elemento-chave para o


sucesso de produtos de vestuário. Segundo a autora “é precisamente no que
diz respeito aos aspectos do conforto do vestuário que a Ergonomia
desempenha um papel crucial e ao mesmo tempo muito peculiar” (Ibidem, p.2),
pois o conforto percebido depende da interação ente o usuário e a roupa.
“Assim, se os produtos não apresentarem as características técnicas mínimas
capazes de propiciar o conforto físico isto pode causar, para além da incômoda
sensação de desconforto, implicações sobre a saúde e o bem-estar do
indivíduo” (Ibidem, p.3).
Conforme Senthilkumar & Dasaradan (2007), o conforto é uma das
características desejáveis nos produtos de moda. Para os autores, conforto não
é uma propriedade têxtil, mas sim um sentimento humano, uma condição de
tranqüilidade e bem-estar, que é influenciado por muitos fatores, incluindo
propriedades têxteis. Designers de vestuário podem cuidar dos aspectos
físicos e psicológicos de conforto por meio da seleção adequada de cores,
texturas, estilo, modelagem, entre outros fatores.
Linden reconhece a natureza multidimensional do conforto como
resultantes das dimensões física, psicológica e fisiológica. O atendimento das
três dimensões é indicação de harmonia. O autor afirma que o conforto
psicológico está relacionado a questões como auto-imagem, relacionamento
com outras pessoas e privacidade. Os aspectos fisiológicos têm relação com o
funcionamento do corpo humano que envolve ações de regulação
involuntárias. Já o conforto físico corresponde à interação com a natureza e
aos efeitos nas dimensões psicológica e fisiológica. (LINDEN, 2004).
Broega (2007, p.3), também concorda com Hertzberg, ao passo que
traz em seu trabalho o conceito de Slater, para quem o conforto é “a ausência
de dor e de desconforto em estado neutro”. A autora também afirma que o
conforto total do vestuário se divide em quatro aspectos fundamentais:
– Conforto Termo fisiológico – estado térmico e de umidade
confortável à superfície da pele, que envolve a transferência de calor
e de vapor de água através dos materiais têxteis ou do vestuário;
– Conforto Sensorial de “toque” – conjunto de várias sensações
neurais, quando um têxtil entra em contato direto com a pele;
– Conforto Ergonômico – capacidade que uma peça de vestuário tem
de “vestir bem” e de permitir a liberdade dos movimentos do corpo;
– Conforto Psico-Estético – percepção subjetiva da avaliação estética,
com base na visão, toque, audição e olfato, que contribuem para o
bem-estar total do portador. (SLATER, 1997 apud BROEGA, 2007,
p.3)
Para diversos autores, a sensação de conforto tem extrema ligação
com emoções de valência prazerosa, entretanto é menos intenso que uma
emoção. Ainda assim, as dimensões de intensidade, qualidade, tempo e a
dimensão hedônica devem aparecer. Ao afirmar que o conforto é uma
experiência mental, o autor defende que a aparência incide sobre o
desconforto,
a não ser que a experiência de sentir-se desconfortável apresente-se
no ponto de valência hedônica nula (indiferença), que é previsto para
essa dimensão. Contudo, embora teoricamente possa ser defendida,
essa possibilidade não corresponde ao senso comum. Considerando
que, normalmente, situações de desconforto e sentimentos de
desconforto são tidas como essencialmente prazerosas, espera-se
que o desconforto seja acompanhado ou ativado por estímulos com
valência negativa na dimensão hedônica. Dessa forma, a aparência
pode afetar positiva ou negativamente o desconforto, de forma
inversa aos seus efeitos no conforto. (LINDEN, 2004, p. 91)

Dessa forma, para o autor “o desconforto decorre de uma ativação


negativa, de natureza fisiológica ou física” (LINDEN, idem, p.90), o que implica
em um sentimento de carga hedônica negativa.
É difícil descrever o conforto de forma positiva, mas o desconforto pode
ser facilmente descrito, em termos como: pinica, coceira, quente e
frio. Portanto, uma definição amplamente aceita para o conforto é liberdade da
dor e do desconforto como um estado neutro (Senthilkumar & Dasaradan,
2007). Os autores ainda destacam algumas definições para o conforto
sensorial, que é percebido através de várias sensações quando um tecido
entra em contato com a pele, para o conforto de movimento, que é a
capacidade de um tecido de permitir liberdade de movimento e moldar o corpo,
conforme a exigência, e para o apelo estético, que inclui os cinco sentidos
ativados pela roupa e contribui para o bem-estar do usuário.
Para este estudo relativo à percepção de conforto no uso de calcinhas,
somente serão analisadas as percepções de conforto físico e psicológico e não
será enfoque o conforto fisiológico. Neste contexto, serão considerados
aspectos de conforto psicológico o prazer, a imagem corporal e o bem-estar
emocional, que têm relação com o uso de lingerie; e aspectos de conforto físico
as interferências corporais identificadas na silhueta bem como sensação de
desconforto, provocadas pelo atrito e pressão no contato da roupa íntima com
o corpo. Destaca-se que estes últimos são fatores influenciadores do conforto
fisiológico (LINDEN, 2004, p.80), porém, novamente, aqui se considera o
conforto físico, por conta das conseqüências identificadas na silhueta corporal.

Figura 1 - Imagem corporal

3 MODELO PARA AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE CONFORTO

Conforme o método proposto por Linden (2004, p. 257), “a avaliação de


conforto no uso de produtos é mediada pelos valores pessoais, de acordo com
a valência hedônica da experiência e com os seus potenciais efeitos sobre a
integridade pessoal”.
O comportamento de uso e não uso, é explicado pela dimensão
hedônica e pelos quatro tipos de prazer determinados por Tiger (1992, apud
LINDEN, 2004): prazer físico, psicológico, social e ideológico. Assim, usar uma
calcinha que proporciona desconforto aparente, pode estar relacionado com o
prazer psicológico. Não usar o mesmo modelo de calcinha por sentir
desconforto no uso pode estar relacionado ao prazer físico.
Na figura 2, modelo proposto por Linden (2004), em que a percepção
do risco está ligada a aparência e a percepção da usabilidade e da
funcionalidade, que são modelos mentais decorrentes da experiência de uso.
Já na figura 3, está representado o modelo para percepção de conforto
apresentado por Linden.

Figura 2 - modelo para relação do conforto no uso do produto de acordo com as necessidades do
consumidor
Fonte: LINDEN, 2004, p.260.

Conforme o modelo de avaliação de conforto e risco no uso de


produtos sugerido por Linden, a avaliação se dá a partir de características do
produto, fórmula de estímulo e referência dominante para o usuário. A
avaliação pode se dar em diferentes níveis de processamento e gera, afinal,
respostas afetivas que podem ser emoções prazerosas, desprazerosas ou
sentimento de indiferença. 17

Figura 3 - modelo para percepção de conforto e risco


Fonte: LINDEN, 2004, p. 261
Linden (2004) supõe que o uso do calçado de salto alto e fino e bico
fino é motivado pela aparência. Além disto, apenas 10% das mulheres
consideram que este tipo de calçado é seguro e confortável, além de ter boa
aparência, o que corrobora com a suposição do autor.
Supõe-se que para o uso de calcinhas, este comportamento seja
semelhante, visto que lingerie e calçados femininos são elementos da moda
que são ícones do imaginário fetichista e sensual, o que pode justificar um
resultado semelhante a esta pesquisa.

4 MÉTODOS E TÉCNICAS APLICADAS

A metodologia utilizada para esta pesquisa consistiu em revisão


bibliográfica e aplicação em campo de ferramentas para avaliação da
percepção de conforto. Tais ferramentas foram aplicadas a partir dos métodos
de Marconi e Lakatos (1999) e Linden (2004) para a entrevista e AREZES et Al
(2006) para a fotogrametria.
Os participantes desta pesquisa foram recrutados seguindo o tipo de
amostra não probabilística. Este tipo de amostra foi eleito por enquadrar-se nas
limitações inerentes a esta pesquisa, tais como tempo e métodos de pesquisa.
Foram avaliadas 40 voluntárias na etapa de aplicação em campo. Este número
de participantes está de acordo com o proposto por Iida (2005, p. 113), que
afirma ser uma amostra representativa em pesquisas de design um número de
30 a 50 indivíduos.
Participaram apenas alunas do Curso de Design de Moda e Tecnologia
da Universidade Feevale com idade entre 18 e 28 anos, considerado o ano de
nascimento (1982 a 1992); altura entre 1,55m e 1,80m e massa entre 45Kg e
75Kg, dentro das faixas de Índice de Massa Corpórea (IMC) consideradas
abaixo do peso e peso normal. Parâmetros de peso e altura foram
considerados apenas os declarados pelas entrevistadas, não foram aferidas as
medidas e massas. Estes parâmetros visaram garantir que as participantes da
pesquisa não estivessem acima do peso, com base no IMC, o que poderia
afetar as condições de avaliação de interferência na silhueta.
Para avaliar a percepção das usuárias de calcinhas quanto ao conforto
e o risco no uso do produto, foi proposta a execução de fotogrametria como
método para verificar, através da imagem, a ocorrência de interferência
corporal na silhueta das entrevistadas e, desta forma, confrontar com a
percepção declarada pelas usuárias.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A hipótese do trabalho foi parcialmente confirmada. Isto porque a


usuária percebe o risco apresentado – interferência na silhueta –, porém o
conforto físico é de fato preterido em função do conforto psicológico. Das 40
participantes da pesquisa, 30 afirmaram que trocariam o modelo de calcinha
para evitar formação de marca na silhueta.
Entretanto, a figura 4 mostra um comparativo entre uso e percepção de
conforto das usuárias, que revela que o modelo percebido como mais
confortável é o menos utilizado e que o modelo percebido como o maior
causador de marca na silhueta é o segundo mais utilizado.

Figura 4 - comparativo entre uso e percepção de conforto


Fonte: executada pelo autor.
Além disso, o conforto é item recorrente nos critérios de escolha,
entretanto a estética tem valor praticamente igual. Este resultado vai ao
encontro do estudo da semântica de produtos que afirma que o ser humano
responde ao que as coisas significam para ele, não as qualidades físicas
destas, conforme Linden e Kunzler (2001).
É válido ressaltar que esta pesquisa poderia ser mais aprofundada com
o uso de software específico para sobrepor e cruzar as imagens obtidas, o que
geraria dados mais concretos para a avaliação da interferência corporal. Aqui
se observou, a princípio, apenas a percepção das usuárias, porém há a
perspectiva de continuar o desenvolvimento deste tipo de investigação acerca
do conforto de vestuário, principalmente de moda íntima, que é um dos setores
industriais mais produtivos do Brasil. Para tanto, é preciso gerar conhecimento
e novas tecnologias para a indústria de vestuário e é pertinente o
questionamento: Como agregar conforto físico e psicológico ao design de
produto de moda íntima?

REFERÊNCIAS

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Antropométrico da População Portuguesa. Lisboa: Instituto para a
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, 2006.
BROEGA, A. A avaliação do conforto como um parâmetro de controle de
qualidade no processo têxtil. Anais: XXII CNTT, Congresso Nacional de
Técnicos Têxteis. Pernambuco, 2006.
CARDOSO, Estela. A nova visão da estética corporal. Disponível em:
<http://www.advicemaster.com.br/website/conteudo.asp?id_website_categoria_
conteudo=2380&cod=1302> Acesso em 13 nov 2009.
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Technology. Cambridge: Woodhead Publishing Ltd., 2004.
GRAVE, Maria de Fátima. A modelagem sob a ótica da ergonomia. São
Paulo: Zennex Publishing, 2004.
HEINRICH, D. P., CARVALHO, M. A. F., BARROSO, M. F. C. P. A ergonomia
como ferramenta para um ajuste perfeito do vestuário: aspectos
relacionados ao conforto e à qualidade dos produtos. In: 15º Congresso
Brasileiro de Ergonomia. 6º Fórum Brasileiro de Ergonomia. 3º Congresso
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Anais do ABERGO 2008.
IIDA, I.. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: E. Blucher, 2ª Ed., 2005.
LINDEN, Júlio Carlos de Souza Van Der. O conceito de conforto. Revista
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LINDEN, Júlio Carlos de Souza Van Der. Um modelo descritivo da
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(Doutorado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal do Rio
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MORAES, A. de; MONT.ALVÃO, C. Ergonomia: conceitos e aplicações. Rio
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SILVA, I. S. . Aplicação da Ergonomia no Projeto do Vestuário. In: Mara
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