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domingo, 2 de fevereiro de 2020

INTRODUÇÃO
Nesta Aula trataremos da sexualidade humana. Tudo que Deus criou é bom, e isto inclui o sexo, que foi
estabelecido por Deus para ser desfrutado no casamento heterossexual (Gn 2.21-25). Qualquer relação sexual
humana que subverta esta premissa defronta-se contra a originalidade divina. Aquele que criou o universo,
também criou nosso corpo e nossos órgãos sexuais. A vida sexual saudável dentro do casamento tem a
bênção de Deus, além de dar alegria e prazer ao ser humano; além disso, o sexo tem o objetivo biológico
para a procriação, ou seja, a perpetuação da espécie humana.

I. DEUS CRIOU APENAS DOIS SEXOS

Ao criar o ser humano, Deus dotou-o de sexualidade plena e diferenciada - macho e fêmea -, isto é, sexo
masculino e sexo feminino, segundo seus propósitos. Está escrito: “E criou Deus o homem à sua imagem; à
imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). O sexo, portanto, não é algo mau, porquanto
criado por Deus; entretanto, com o pecado, este princípio divino foi desvirtuado, e é preciso distinguir entre
o sexo divinamente estabelecido e as aberrações resultantes do pecado e do mal.

1. Definição de sexo. Em matéria de biologia, o sexo se refere a uma condição de tipo orgânica que
diferencia o macho da fêmea, o homem da mulher, seja em seres humanos, plantas e animais. Logo, o sexo
não é o resultado de uma engenharia social e política, como o querem os ideólogos do gênero. Ou se nasce
homem, ou se nasce mulher; é o que mostra a Bíblia Sagrada (cf. Gn 4.1; 30.21) e a ciência. Na linguagem
corrente, quando se menciona a palavra sexo também pode referir-se a outras questões: ao conjunto dos seres
pertencentes ao mesmo sexo; aos próprios órgãos genitais propriamente ditos, por isso é que muitas vezes se
usa a palavra como sinônimo de genital; ou a prática de atividades sexuais. Segundo os estudiosos deste
assunto, o sexo de um organismo é definido pelos gametas que produzem; gametas são células sexuais que
permitem a reprodução sexual dos seres vivos. O sexo masculino produz gametas masculinos conhecidos
como “espermatozóides”, enquanto o sexo feminino produz gametas femininos conhecidos como “óvulos”.
Da combinação de ambos os gametas resultará a descendência que possuem as características genéticas
pertencentes aos pais. Os cromossomos serão transmitidos de uma geração a outra em um processo de
combinação de gametas. Cada uma das células terá a metade de cromossomos correspondentes ao pai e outra
metade à mãe. As características genéticas estão contidas no DNA (Ácido Desoxirribonucleico) dos
cromossomos.

2. Deus criou o sexo. A Bíblia Sagrada afirma que o sexo foi obra da criação de Deus que, ao criar o
homem, fê-lo sexuado (Gn 1.28). Este ponto distingue o homem dos anjos, por exemplo, que foram criados
assexuados (Mc 12.25), logo não se reproduzem; continuam a mesma quantidade desde que foram criados
por Deus. Quando Deus criou Adão e Eva, logo em seguida proferiu a “bênção” sobre o casal; após isto,
ambos “se tornaram uma só carne” (Gn 1.27,28; 2.21-24), e através deles vieram a existir todas as nações,
línguas e povos que, hoje, conhecemos, conforme o apóstolo Paulo argumentou (cf. At 17.26). O sexo faz
parte da perfeita criação de Deus qualificada como sendo “muito bom” (cf. Gn 1.31). Desse modo, o sexo
não deve ser visto como algo pecaminoso, sujo ou proibido. Tudo o que Deus fez é bom. O pecado não está
no sexo, mas na perversão de seu propósito.

3. Os dois sexos. No ato da criação humana, Deus fez o homem e a mulher sexualmente diferentes: "macho
e fêmea os criou" (Gn 1.27). Ou seja, Deus criou o sexo masculino e o sexo feminino, ambos com
constituição anatômica e fisiológica diferentes, para procriação e perpetuação da raça humana. Sem esta
possibilidade, o mundo ainda estaria vazio de seres humanos. Mesmo que haja a intenção maligna de,
exteriormente, transmudar-se, jamais essa pseuda mudança alterará a essência criativa de Deus. Como bem
diz, o Pr. Claudionor de Andrade, o homossexualismo e outras práticas igualmente contrárias às Escrituras
Sagradas jamais conseguirão mudar o que Deus criou. Aliás, o homossexualismo é uma expressão de
rebeldia contra Deus (Rm 1.21-28; Lv 18.22). Sendo criação divina, portanto, o sexo não pode ser tratado
como algo imoral ou indecente. A atração sexual, a atividade sexual não é algo pecaminoso nem estranho ao
ser humano, mas, muito pelo contrário, é algo que decorre da própria natureza humana. Sendo assim, não
podemos admitir que o sexo seja algo antinatural, ou seja, contrário à natureza do homem, ruim, imoral ou
danoso para o ser humano, como alguns têm defendido. O desejo de Deus é que o homem e a mulher sejam
felizes no casamento.

II. OBJETIVOS DA SEXUALIDADE HUMANA

A sexualidade humana implica comportamentos e práticas instintivos que estão intimamente associados aos
processos biológicos que ocorrem no corpo, ou seja, se manifestam neles. A tendência sexual normal,
biblicamente aceitável, é a atração entre o sexo feminino e seu oposto masculino, chamada de relação
heterossexual. Nesta condição, a sexualidade está relacionada com a busca da satisfação do apetite sexual,
seja pela necessidade do prazer ou da procriação da espécie. Deus criou a sexualidade no homem e na mulher
para despertar neles a vontade de unir os seus corpos e satisfazer os seus desejos mais íntimos (1Co 7.32-34).
A atração sexual, portanto, é algo natural e que revela a própria natureza sexuada do ser humano, devendo,
porém, o instinto sexual ser dirigido com equilíbrio para que se faça a vontade de Deus que é a de que o sexo
seja efetuado no casamento, com o cônjuge, com objetivos bem delimitados, a saber: procriação (Gn
1.27,28); união conjugal (1Tm 4.3,4; Ct 1.2,3,15-17) e; ajustamento do casal (Gn 2.24).

1. Procriação. O objetivo primordial do ato sexual refere-se à procriação. A união sexual e a reprodução,
pela instituição do casamento, fazem parte da criação e foi ordenada por Deus desde o princípio. Deus
abençoou o primeiro casal e disse-lhe: "Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gn 1.28). Passado o
dilúvio, Noé recebeu a mesma ordem recebida por Adão: "E abençoou Deus a Noé e a seus filhos e disse-
lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gn 9.1). Portanto, a frutificação e multiplicação da raça
humana foi ordem de Deus (Gn 1.28), o que se dá somente pela atividade sexual entre um homem e uma
mulher. Aqueles que dizem que o relacionamento sexual foi o pecado de Adão e Eva desconhecem
totalmente as Escrituras Sagradas. A ordem de procriação concedida ao homem era ponto definido; jamais o
Senhor ousaria ordenar-lhe uma coisa e depois castigá-lo por obedecer a essa ordem. Nunca devemos
confundir o fruto do conhecimento do bem e do mal com o ato conjugal, permitido e ordenado pelo Senhor.
Portanto, sexo não é pecado; o pecado está na depravação sexual que contraria os princípios estabelecidos
nas Escrituras Sagradas.

2. União conjugal. O sexo é uma das expressões pelas quais se traduz a união conjugal - “e serão ambos
uma carne” (Gn 2.24). É uma das principais expressões do amor conjugal. Com efeito, é através do sexo que
um cônjuge se entrega ao outro, que um cônjuge procura agradar ao outro. O amor conjugal não se confunde
com o sexo, como propala erroneamente o mundo imerso no pecado, mas tem uma de suas expressões no
sexo. O sexo praticado no modelo bíblico revela o verdadeiro amor, pois não é egoísta, tanto que a Palavra
de Deus diz que o corpo do cônjuge está sob o domínio do outro (1Co 7.4). A fase de união conjugal é tão
importante que a lei de Moisés dispensava, durante um ano, o homem casado dos seus deveres cívicos,
inclusive o de ir à guerra (Dt 24.5).

3. Prazer e satisfação dos cônjuges. A Bíblia se refere ao sexo como algo prazeroso e satisfatório entre o
marido e a sua esposa: "Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade..." (Pv
5.18,19); e ainda: "Goza a vida com a mulher que amas" (Ec 9.9). Mas, a busca do prazer e da satisfação não
deve ser egoísta, transformando-se o parceiro sexual (que será, necessariamente, o cônjuge) em um mero
objeto, mas, bem ao contrário, a Palavra de Deus estabelece que se busque sempre a satisfação do outro (1Co
7.3-5). É neste equilíbrio e altruísmo que o sexo de acordo com a Palavra de Deus se distingue das
aberrações e das práticas mundanas que têm substituído, entre os ímpios, o princípio divino da sexualidade.
A bestialidade sexual está sempre relacionada com o egoísmo e o total aviltamento do parceiro sexual (Gn
19.4-11; Jz 19.22-30; 2Sm 13.11-17). Portanto, o ato conjugal deve ser um prazer, e nunca um tormento ou
sofrimento. Os dois, marido e mulher, devem sentir-se satisfeitos e alegres de se completarem neste ato. Na
satisfação sexual o casal sempre renova a união, recriando o vínculo matrimonial. Assim, na união conjugal,
como também ensina o Novo Testamento, o homem e a sua mulher devem buscar a satisfação sexual (1Co
7.5). Caso esta satisfação sexual e prazer conjugal não seja constante, a tendência é que o casamento se
acabe. Nisto percebemos que os casais precisam sempre se recrear, dando continuidade à união que um dia
foi iniciada.
III. DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE

Paulo ensina que o sexo é uma bênção, mas pode se tornar uma maldição. Ele é uma benção dentro do
casamento, mas um sério problema fora dele. Somente no casamento monogâmico e heterossexual (1Co 7.9)
se pode praticar sexo, sendo totalmente contrária à Palavra de Deus qualquer outra conduta que não seja esta.
Portanto, toda prática sexual realizada fora destes moldes constitui-se em sexo ilícito. Vejamos, a seguir,
algumas distorções da sexualidade mais acintosas, praticadas pela sociedade ímpia:

1. A fornicação. A fornicação é um abominável pecado contra Deus (Ef 5.5; Ap 21.8). Ela é geralmente
entendida como a atividade heterossexual entre pessoas solteiras ou entre casado e solteiro. É uma atitude
errada porque concentra-se no prazer e não na convivência legal; é instantânea e inconstante, não tem
compromissos e não assume responsabilidades familiares. Ao contrário do que determina a Bíblia Sagrada, o
mundo tem defendido e até incentivado que as pessoas, numa idade cada vez menor, venham a manter
relações sexuais, deixando a virgindade, algo considerado ultrapassado e até ridicularizado pela mídia e, por
extensão, na sociedade por ela influenciada; entretanto, a Bíblia condena a fornicação do início ao final. A
Palavra de Deus é bem clara ao afirmar que os fornicários não herdarão o reino de Deus (At 15.29; Ef 5.5;
1Tm 1.10; Hb 12.16; Ap 21.8).

2. O adultério. O adultério é a relação sexual extraconjungal. A Bíblia tem fortes admoestações contra quem
comete o pecado de adultério (Êx 20.14; Lv 18.20; 1Co 6.10; Hb 13.4). O mundo vê o adultério como algo
normal, natural e até esperado no casamento. Recente pesquisa feita no Brasil demonstrou que dois terços
das pessoas esperam ser traídas por seu cônjuge e entendem ser isto natural e compreensível. Entretanto, o
adultério é abominável aos olhos de Deus, tanto que seu alcance foi ampliado por Jesus no sermão do monte
(Mt 5.27-30). Sua prática é considerada loucura pela Palavra de Deus: “O que adultera com uma mulher é
falto de entendimento; destrói a sua alma o que tal faz” (Pv 6.32). Com certeza, não há prática que cause
tantos males e denigra tanto o caráter de alguém senão o adultério, que, além de destruir a família - célula
principal da Igreja -, dá péssimo exemplo aos filhos que, sem o exemplo dos pais, perdem o referencial do
certo e do errado, sendo, a partir de então, alvos fáceis do inimigo de nossas almas. O adultério é a figura da
infidelidade. Na Bíblia, a prática do adultério é punida com a morte eterna, tamanho o mal que representa
(cf. 1Co 6.9). As Escrituras Sagradas afirmam que é o próprio Deus quem julgará os adúlteros (cf. Hb 13.4).
A Palavra de Deus permanece para sempre e ela continua a nos ensinar que ficarão de fora os adúlteros e os
fornicários (Ap 21.8; 22.15).

3. O homossexualismo. É a prática das relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Pode ser masculino
ou feminino. O homossexualismo e o lesbianismo são uma aberração e, salvo os poucos casos em que há
distúrbios de saúde física e/ou mental, é uma expressão de rebeldia contra Deus (Rm 1.21-28). É conhecido
na Bíblia como o pecado de Sodoma e Gomorra (Dt 23.18; 1Co 6.9,10; 1Tm 1.10). O Antigo Testamento
condena explicitamente a união homossexual, considerando-a "abominação" a Deus (Lv 18.22; 20.13). O
Novo Testamento confirma essa condenação, reprovando a homossexualidade de modo não menos incisivo:
"Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas,
nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o
Reino de Deus" (1Co 6.10). Não podemos concordar com a bandeira levantada pelos ativistas Gay’s, quando
afirmam que o homossexualismo é uma opção normal e que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é
uma união de amor que deve ser chancelada pela lei de Deus e dos homens. Ao descrever o
homossexualismo, Paulo aponta sete características desse pecado abominável: (1) imundícia (Rm 1.24); (2)
desonra para o corpo (Rm 1.24); (3) paixão infame (Rm 1.26); (4) antinaturalidade (Rm 1.26); (5)
contrariedade à natureza (Rm 1.26); (6) torpeza (Rm 1.28) e; (7) erro (Rm 1.28). Portanto, o
homossexualismo e o lesbianismo são uma negação total do mundo natural; refuta qualquer possibilidade de
continuidade e ameaça a identidade da pessoa como fruto do relacionamento de um pai e uma mãe.

4. Transexualidade. É um "transtorno de identidade de gênero" ou "disforia de gênero", segundo a


Organização Mundial da Saúde. Nesse transtorno, a pessoa sente-se desconfortável com o sexo biológico
com que nasceu. Um homem "sente-se mulher", uma mulher "sente-se homem", e a pessoa deseja "mudar de
sexo". Só que isso é absolutamente impossível. Jamais alguém poderá mudar de sexo. Essa distorção da
identidade humana está associada à falsa e perversa "ideologia de gênero", que prega que a pessoa não nasce
com gênero definido, mas com "gênero neutro". Quando cresce, depois da puberdade, "escolhe" o gênero
com que se identifica. Essa ideologia é, no entanto, falsa, tendenciosa e perversa, e de origem satânica, pois
pretende destruir o plano de Deus para a sexualidade e a identidade biológica do homem, além de não ter a
mínima base científica. O Colégio Americano de Pediatria desmascarou essa falsa ideologia em 2017 e
recomendou a educadores e a legisladores para não ensinarem essa aberração a crianças, pois isso provocará
uma tremenda confusão na mente delas. O Pr. Elinaldo Renovato diz que a transexualidade “é uma terrível
afronta à sacralidade do corpo humano, que foi criado por Deus, com sua identidade binária: ‘macho e
fêmea os criou’ (Gn 1.27). A igreja cristã deve rejeitar peremptoriamente toda argumentação a favor da
falsa ideologia de gênero e da transexualidade, ou a falsa ‘mudança de sexo’".

5. A ideologia de gênero
A Ideologia de Género, ou melhor dizendo, a ideologia da ausência de sexo, é uma abstração filosófica
segundo a qual os dois sexos - masculino e feminino - são consideradas construções culturais e sociais. Ela
defende que nós nascemos sem sexualidade psicológica definida. A diferenciação sexual do corpo seria
apenas um acidente anatômico que “convencionalmente” é apresentado como masculino ou feminino. Ou
seja, nossa “suposta” identidade sexual é, para tal teoria, uma mera imposição do ambiente em que fomos
educados. Esta corrente ideológica procura encobrir o fato de que os seres humanos se dividem em dois
sexos. Afirma que as diferenças entre homem e mulher, além das evidentes implicações anatômicas não
correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos de uma cultura, de um país ou de uma época. Ensina
que não existem diferenças naturais entre homens e mulheres. Desta forma, a referida ideologia legitima
propostas estranhas como o banheiro unissex para meninos e meninas nas escolas e universidades. Ensina
que os papéis entre homens e mulheres, dentro do contexto do matrimônio e da família, devem ser
substituídos por relações sexuais física e psicologicamente versáteis e que não obedecem a uma ordem da
natureza e dignidade que lhes é própria. Segundo essa teoria ideológica, os dois sexos - masculino e feminino
- são considerados construções culturais e sociais, de modo que, embora existindo um sexo biológico, cada
pessoa tem o direito de escolher o seu sexo social (gênero) quando quiser. Seus adeptos e defensores querem
ensinar às crianças que elas, socialmente falando, não são homens ou mulheres, mas podem escolher
qualquer opção sexual que quiserem. Para esses defensores, quando a criança nasce ela não deve ser
considerada do sexo masculino ou feminino, mas somente uma pessoa do gênero humano, que depois fará a
escolha do seu próprio sexo. A Ideologia de Gênero pretende obrigar a aceitar com naturalidade aquilo que é
antinatural. Tal ideologia distingue o sexo - que é um dado biológico e natural - do gênero - que é uma mera
construção social. Dizem: se as meninas brincam de boneca, não é porque tenham vocação natural à
maternidade, mas por simples convenção social. Embora só as mulheres possam ficar grávidas e amamentar
as crianças, e embora o choro do recém-nascido estimule a produção do leite materno, a ideologia de gênero
insiste em dizer que a função de cuidar de bebês foi arbitrariamente atribuída às mulheres. E mais, se as
mulheres só se casam com homens e os homens só se casam com mulheres, isso não se deve a uma lei da
natureza, mas a uma imposição da sociedade (a “heteronormatividade”). O papel de mãe e esposa que a
sociedade impôs à mulher pode ser “desconstruído” quando ela decide, por exemplo, fazer um aborto ou
“casar-se” com outra mulher. A Ideologia de Gênero prega que a pessoa pode mudar de sexo quando bem
quiser. Só que a impossibilidade de mudar o sexo com que se nasceu não contraria somente a realidade
biológica, ela vai, sobretudo, contra a vontade de Deus. Ninguém nasce homem ou mulher por mero acaso,
mas em virtude dos inescrutáveis desígnios da Divina Providência, conforme os seguintes textos bíblicos:
“Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas
obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui
formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no
teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma
delas havia” (Sl 139.14-16); “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia” (Jr 1.5). Segundo os
cientistas entendidos neste assunto, “é impossível fisiologicamente mudar o sexo de uma pessoa, uma vez
que o sexo de cada um está codificado em seus genes: XX para a mulher, XY para o homem. A cirurgia pode
somente criar uma aparência do outro sexo, pois a identidade sexual está escrita em cada célula do corpo e
pode ser determinada por meio do teste do DNA, não podendo ser mudada”. Ir contra os desígnios divinos é
um ato de revolta contra o Criador: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o
homem e a mulher. Deus os abençoou: Frutificai, disse Ele, e multiplicai-vos, enchei a Terra e submetei-a”
(Gn 1.27,28).

CONCLUSÃO

A sexualidade humana é uma atividade autorizada por Deus, porém, o próprio Deus determinou os limites
dessa atividade humana. A primeira observação que temos é que ela deve ser realizada entre um homem e
uma mulher; jamais entre pessoas do mesmo sexo. Quaisquer comprometimentos sexuais ilícitos - a
formicação, o adultério, o homossexualismo, o lesbianismo - são duramente condenados por Deus, e quem
pratica tais coisas receberá d’Ele o justo juízo. Deus quer que seus filhos tenham vida sexual ilibada, não
apenas por causa do testemunho, mas também por sermos o templo do seu Espírito.

LIÇÃO Nº 6 – A SEXUALIDADE HUMANA

INTRODUÇÃO

Hoje estudaremos a sexualidade humana criada por Deus. Definiremos os termos sexualidade e sexo, como
também o que determina o sexo de uma pessoa; destacaremos o propósito da sexualidade segundo os padrões
bíblicos, contrapondo aos padrões distorcidos da sexualidade na sociedade atual; e, por fim, veremos
motivações para uma sexualidade sadia e que glorifique a Deus.

I – DEFINIÇÃO DAS PALAVRAS “SEXUALIDADE” E “SEXO”

O dicionarista Antônio Houaiss define a palavra “sexualidade” como: “qualidade do que é sexual. O
conjunto dos fenômenos da vida sexual externos ou internos, determinados pelo sexo do indivíduo”. A
expressão “sexo” por sua vez, é usada como referência aos órgãos sexuais ou à prática de atividades sexuais.

II – O SEXO FOI CRIADO POR DEUS

A confissão de Fé das Assembleias de Deus no Brasil sobre o sexo, assim afirma: “a diferenciação dos
sexos visa à complementariedade mútua na união conjugal (1Co 11.11), essa complementariedade mútua é
necessária à formação do casal e a procriação. Rejeitamos o comportamento pecaminoso […] bem como
qualquer configuração social, que se denomine família, cuja existência se fundamente em prática, união ou
qualquer conduta que atente contra a monogamia e a heterossexualidade consoante o modelo estabelecido
pelo Criador e ensinado por Jesus (Mt 19.6). Quando criou o ser humano, a Bíblia revela que Deus os fez
sexuados (Gn 1.27). A bênção do Senhor estava sobre aquele casal heterossexual (Gn 1.28). O sexo dentro
do casamento não se constitui pecado, pois a Bíblia nos revela que foi Deus quem o criou (Ec 9.9; Pv 5.15-
19; Hb 13.4). Logo, a natureza do sexo em si não é pecaminosa nem má, como acreditam e defendem alguns
de forma equivocada (1Tm 4.1-3). O sexo fez parte da constituição física e emocional do ser humano, desde
o momento da sua criação (Gn 1.27). Assim, à luz das Sagradas Escrituras não é correto ver o sexo dentro
do casamento como coisa imoral, feia ou suja, pois Deus não fez nada ruim (Gn 1.31).

III – O QUE DETERMINA O SEXO DE UMA PESSOA

Biblicamente (e cientificamente), a orientação e o desejo sexual estão direta e intrinsecamente relacionados


às características físicas do sexo (masculino e feminino), de acordo com as Escrituras e a ciência, existem
apenas dois tipos de gêneros: o masculino e o feminino. Vejamos:

1. A ação do Criador. Do ponto de vista bíblico, a sexualidade de uma pessoa é determinada por uma ação
criadora do próprio Deus de maneira bem definida: “E criou Deus […] homem e mulher os criou” (Gn
1.27); “Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea” (Mc 10.6 ver Mt 19.4); “[…] e
Isabel tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome João” (Lc 1.13); “[…] A Noemi nasceu um
filho, e chamaram ao menino Obede […]” (Rt 4.17). Até com os animais a Bíblia mostra a diferença entre os
sexos (Gn 6.19; 7.2,3,9,16). A ideologia de gênero está fora de sincronia com esta criação e é contrária à
ordem natural estabelecida pelo Criador (Rm 1.24-27 ver Lv 18.1-23; Is 28.15).

2. A genética. Os hormônios sexuais são encarregados de conceder a uma pessoa as características físicas de
seu sexo genético. Estes cromossomos contêm as chaves que desencadeiam a regulação dos hormônios
sexuais nos homens e mulheres. Essas instruções estão localizadas em segmentos do DNA chamados
“genes” que definirão o sexo da pessoa […]. Os cromossomos sexuais são um tipo de plasma encontrado no
núcleo das células e que determina o sexo dos seres vivos. As fêmeas normalmente possuem o mesmo tipo
de cromossomos sexuais “XX”, e por isso chamado de sexo homogamético. Os machos são o sexo
heterogamético, contendo dois tipos distintos de cromossomos sexuais, um “X” e outro cromossomo “Y”.
Então, alterar o fenótipo (aparência) não consiste em alterar o genótipo (genes).

3. A fisiologia. Fisiologia é uma área de estudo da biologia responsável em analisar o funcionamento físico,
orgânico, mecânico e bioquímico dos seres vivos. O termo fisiologia se originou a partir da junção do grego
“physis”, que significa “funcionamento” ou “natureza”, com a palavra “logia”, que quer dizer “estudo” ou
“conhecimento”. Deus criou dois sexos anatomicamente distintos (Gn 1.27). Portanto, o órgão genital e as
características físicas de nascimento de um ser humano, também determinam sua sexualidade.

IV – PROPÓSITOS DO SEXO SEGUNDO AS ESCRITURAS

Além da Bíblia ensinar que o ato conjugal deve ser praticado única e exclusivamente dentro do casamento,
ela também mostra quais os propósitos pelos quais Deus criou o sexo. Vejamos as principais:

1. Procriação. Sem dúvida alguma, o primeiro propósito do ato sexual é a reprodução humana (Gn 1.28; 9.1;
Sl 127.3). A procriação é o ato criador de Deus, através do homem. Para tanto, o Senhor dotou o homem de
capacidade reprodutiva, instituindo o matrimônio e a família (Gn 2.21-24). No AT, a “lua de mel” para o
soldado durava um ano, com o fim de proporcionar ao casal a possibilidade da procriação (Dt 24.5). Quando
os fez macho e fêmea, Deus tinha o propósito de tornar possível a reprodução do gênero humano (Gn 1.28a),
visto que dois iguais não se reproduzem, por isso a prática homossexual é vista na Bíblia como uma
abominação (Lv 18.22); e, algo antinatural (Rm 1.26,27). Portanto, “o princípio da heterossexualidade
estabelecido na criação, continua a ser parte integrante do plano de Deus para o casamento”.

2. Satisfação. O ato conjugal também foi criado para proporcionar prazer ao casal. A Bíblia diz: “Bebe água
da tua fonte, e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam as tuas fontes por fora, e pelas ruas os ribeiros
de águas? Sejam para ti só, e não para os estranhos contigo. Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com
a mulher da tua mocidade” (Pv 5.15-18). O sábio exorta os cônjuges a desfrutarem do sexo, sem ao menos
mencionar os filhos. Neste capítulo, o homem é incentivado a valorizar a união conjugal honesta e santa,
exaltando a monogamia, a fidelidade e o prazer (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).

V – DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE CONDENADAS PELAS ESCRITURAS

Já vimos que o sexo foi criado por Deus com propósitos elevados, saudáveis e benéficos para o ser humano.
No entanto, desde a Queda, o sexo e a sexualidade têm sido deturpados de modo irresponsável (Rm 1.24-27).
Abaixo elencaremos algumas práticas sexuais reprovadas pelas Escrituras:

1. Fornicação. Relação sexual entre pessoas não casadas. A Bíblia restringe o ato sexual apenas aos casados.
Portanto, praticá-lo antes do casamento se constitui em transgressão (Gl 5.19-21; Ef 5.3; Cl 3.5).

2. Adultério. Relação sexual de um homem casado com uma mulher que não é a sua esposa, ou vice-versa.
Prática condenada pela Bíblia Sagrada (Êx 20.14; Dt 5.18; Mt 5.27; Rm 13.9). A Escritura fala da união
Monossomática (mono = um) + (soma = corpo). Este é mais um mistério da união sexual dentro do
casamento: “serão ambos uma carne” (Gn 2.24). A expressão em destaque diz respeito a um nível de
relacionamento tão íntimo entre um casal, ao ponto de fazerem com que o marido e a esposa tornem-se uma
só pessoa, de tal forma que beneficiando ou afetando um, logo se atingirá o outro (Ef 5.28b).
3. Homossexualidade. Atração erótica entre pessoas do mesmo sexo. Considerada pela Bíblia uma das
perversões mais chocantes. Por isso, é por ela condenada (Lv 18.22; 20.13; Jz 19.22-25; Rm 1.25-27; 1Co
6.9; 1Tm 1.9,10). A Bíblia apresenta a união heterossexual (heteros = diferente) + (sexual = sexo). O
relacionamento conjugal só é possível entre um homem e uma mulher, ou seja, entre um macho e uma fêmea
(Gn 1.27). Qualquer união sexual fora desse padrão se constitui violência ao plano original divino (Lv 18.22;
Dt 23.17).

4. Ideologia de Gênero. Quanto à sexualidade, a ideologia ensina que o gênero e a orientação do desejo
sexual não são determinados pela constituição anatômica do corpo humano. A ideologia de gênero está
exatamente no contrário do que Deus ordenou (Rm 1.24-27 ver Is 28.15). Ao instituir o casamento, Deus
ordenou: “o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn 2.24).
Isso significa que a união monogâmica (um homem e uma mulher) e heterossexual (um macho e uma fêmea)
sempre fez parte da criação original de Deus. A diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na
união conjugal: “nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão” (1Co 11.11 ver Gn 1.27; 1Co
6.10; Ef 5.22-25).

VI – AS MOTIVAÇÕES QUE DEVEM CONDUZIR O CASAL AO SEXO

6.1 O amor. Ao contrário do modo de vida das pessoas que não conhecem a Palavra de Deus e praticam o
sexo por mero prazer, o cristão é orientado a praticar o ato conjugal motivado pelo amor: “O marido pague
à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido” (1Co 7.3). Benevolência e amor
andam juntos, pois “o amor é benigno” (1Co 13.4).

6.2 Respeito. O ato sexual entre cristãos deve ser feito com respeito, pois o amor: “não se porta com
indecência” (1Co 13.5). O marido deve honrar o corpo da esposa, e a esposa o corpo do marido, como nos
ensina o apóstolo Pedro (1Pe 3.7). Portanto, o cônjuge não pode ser forçado a fazer sexo quando não pode,
principalmente a mulher, em casos específicos, entre outros: período de menstruação (Lv 18.19,20), período
pós-parto, como também em casos de doenças.

6.3 Alegria. O ato conjugal não deve ser praticado com tristeza ou insatisfação; mas, com alegria, pois é um
momento de prazer mútuo entre os cônjuges. A recomendação do sábio é clara: “alegra-te com a mulher da
tua mocidade” (Pv 5.18). Uma vez seguindo as orientações bíblicas, virá sobre a vida íntima do casal a
proteção contra quaisquer tipos de pecados e ações de satanás (1Co 7.1-3).

CONCLUSÃO

Como pudemos ver, o sexo foi criado por Deus. Mas, o propósito de Deus é que o sexo seja praticado dentro
do casamento, entre marido e mulher. Toda prática sexual fora do casamento é uma transgressão à Lei
divina, assim como as perversões sexuais, tais como: adultério, homossexualismo, prostituição, etc., que são
terminantemente proibidas na Palavra de Deus, como também a ideologia de gênero. Por isso, os cônjuges
devem desfrutar dessa bênção dada por Deus, que é o ato conjugal, desde que esteja dentro dos princípios
bíblicos.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A SEXUALIDADE HUMANA

Deus formou o homem e a mulher e constituiu o sexo para que ambos pudessem desfrutá-lo dentro do
matrimônio. Esse foi o projeto original do Criador. Qualquer relação humana que subverta esse padrão toma
o caminho da contrariedade ao plano divino. Nesse sentido, podemos afirmar que o sexo tem o objetivo
biológico, no sentido de garantir a procriação; mas também o objetivo recreativo para que o homem e a
mulher se alegrem no matrimônio; e, finalmente, tem o objetivo de, como em tudo na vida do crente,
glorificar a Deus.
Atenção para os objetivos. Nesta lição, temos o objetivo geral de mostrar ao aluno que o sexo foi criado por
Deus para ser desfrutado dentro do matrimônio. Para alcançar esse objetivo macro, devemos priorizar os
objetivos micros. Ou seja, em primeiro lugar, conceituar a palavra sexo e enfatizar que Deus criou apenas
dois sexos; em segundo lugar, elencar os objetivos da sexualidade humana; e, finalmente, apontar as
distorções da sexualidade. Tudo isso está amarrado para atingir o ponto central da lição: a sexualidade
humana tem por objetivo a união do homem e da mulher, a reprodução da espécie e a glorificação a Deus.

Resumo e perspectivas da lição. Por isso, no primeiro tópico, está claro que ao criar o ser humano, o
Criador estabeleceu apenas dois sexos: o masculino e o feminino. Esse tópico quer deixar bem claro que a
distinção entre homem e mulher, masculino e feminino, é algo feito pelo o próprio Criador. No segundo
tópico, os objetivos do sexo são elencados: a procriação, a união conjugal e a glória de Deus. Na perspectiva
divina, o sexo tem o objetivo de perpetuar a espécie humana, de garantir a recreação e o prazer entre o
homem e a mulher no matrimônio e, finalmente, glorificar a Deus por tão maravilhosa bênção. No terceiro e
último tópico, é expostas as distorções da sexualidade, mostrando que elas perpassam a fornicação, o
adultério, o homossexualismo e a ideologia de gênero. O que significa dizer que o sexo entre solteiros vai
contra o plano de Deus para o homem e a mulher; que o sexo fora do casamento, entre casado com solteiros
ou com outras pessoas casadas, é uma afronta a Deus e ao cônjuge; que a relação homossexual viola o
padrão da santidade divina; e que, finalmente, Deus criou o homem e a mulher com sexos e papéis
plausivelmente distintos.

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: A Sexualidade Humana

A Sexualidade Humana

A verdade prática permite compreender que a sexualidade humana tem por objetivo a união do homem e
da mulher, no casamento, a reprodução da espécie e a glorificação do Deus Criador. Sendo que a verdade
prática corrobora para com o texto áureo que assim está escrito: Ele, porém, respondendo, disse-lhe: Não
tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e
mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Texto Bíblico que permite compreender as
seguintes verdades: Deus criou macho e fêmea; Deus instituiu a família unindo o homem à mulher, tornando
assim ambos em uma única carne. Portanto o objetivo geral da lição é: Mostrar que o sexo foi criado por
Deus para ser desfrutado dentro do matrimônio. E os objetivos específicos são: Conceituar a palavra sexo
e enfatizar que Deus criou apenas dois sexos; Elencar os objetivos da sexualidade humana; Apontar as
distorções da sexualidade.

1. Deus criou apenas dois sexos. O termo sexo no que corresponde a definição física tem como significado
a particularidade que difere macho de fêmea, e fêmea de macho. Já no que corresponde ao ato sexual
compreende-se que o sexo é uma ação reprodutiva em que há a união dos dois sexos. [...] Desse modo, a
completa satisfação sexual envolve emoções, sentimentos, carícias e prazer para ambos os cônjuges. De
acordo com as Escrituras, o romance e o dom da sexualidade devem ser usados para o prazer mútuo
dentro do contexto do casamento monogâmico e heterossexual.

2. Objetivo da sexualidade humana. O sexo em si não é pecado se o mesmo for realizado no casamento.
Porém, antes ou fora do casamento o sexo deixa de ser uma bênção e passa a ser uma maldição. Como
bênção o sexo proporciona maior harmonia entre os cônjuges e é o meio pelo qual Deus em sua bondade
outorga a possibilidade da vida se perpetuar, ou seja, por meio do sexo há a procriação, porém o sexo tem
finalidades além da procriação, como exemplo: o desfrutar da vida matrimonial. O desfrutar da vida
matrimonial por meio do sexo outorga ao homem: Satisfação física e emocional; Satisfação do senso de
masculinidade; Proporciona o aumenta do amor para com a esposa; e, proporciona a redução das
tenções no lar. Já para a mulher o desfrutar da vida matrimonial por meio do sexo outorga: Satisfação física
e mental; Satisfação do senso de feminilidade; Assegura o amor do esposo; e, Proporciona relaxamento
para o sistema nervoso. Por fim, o presente tópico permite a compreensão de que Deus é glorificado quando
o sexo é desenvolvido mediante os padrões da Bíblia Sagrada.
3. Distorções da sexualidade. O presente tópico apresenta quatro distorções no que se refere à sexualidade
conforme a Bíblia Sagrada, que são: o adultério, a fornicação, a homossexualidade e a ideologia de gênero.
Sobre o adultério percebe-se que em algumas versões bíblicas o termo utilizado é prostituição (pornéia), isto
é, imoralidade sexual. Para muitos eruditos a prática do adultério corresponde com a traição entre casais e, de
fato adultério tem como significado dormir em cama estranha. Já a relação sexual entre jovens sem haver a
venda do corpo e sem está relacionada com a traição de um dos cônjuges é definida pelo termo fornicação.
No que se refere a ideologia de gênero percebe-se que esta corresponde com a propagação das ideias centrais
da ausência de sexo, composta por ativistas que justificam seus preceitos dizendo que o indivíduo nasce
neutro, pois o ser masculino e feminino são construções culturais impostas pela sociedade no decorrer da
história. A bandeira dos ativistas da ideologia de gênero é justificada pela presença dos problemas sociais, ou
seja, instruindo a sociedade sobre as questões de gênero, para eles, a sociedade estará resolvendo problemas
históricos, porém os seres humanos poderão e deverão viver sem preconceito, mas não podemos impor a
uma criança uma fantasia de sexo “plural” como forma de felicidade, pois estaremos mudando a
natureza das coisas, o curso da história, e veremos em um futuro bem próximo o retorno como problemas
sociais gerados pelas relações conflitantes que se desenvolveram. O ser humano não é tecnologia,
portanto não pode ser tratado com ela, e sim com amor e direitos. Por fim, percebe-se que a ideologia
marxista por meio do seu idealizador e seguidores tem como objetivo por meio da ideologia de gênero
destruir o modelo de família monogâmico, patriarcal e heterossexual.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Quando Deus formou o primeiro casal, dotou-o de estrutura físico-emocional e instinto sexual que o
capacitam para a reprodução e preservação da espécie humana. O propósito de Deus é que os filhos
procedam do casamento e não de outra maneira. A quebra dessa lei resulta em frutos amargos para a família.
Deus assim dotou o homem para propósitos específicos, puros e elevados. Portanto, a sexualidade é parte
natural e integrante do ser humano. No casamento, a sexualidade exerce papel fundamental e indispensável
para o bom relacionamento entre os cônjuges e, como já foi dito, para a perpetuação do gênero humano,
circunscrita ao plano de Deus para o matrimônio. Vamos refletir um pouco nesta lição sobre esse importante
assunto.

I. VISÃO BÍBLICA DO SEXO

1. O sexo foi feito por Deus. Deus fez o homem, incluindo o sexo e “viu que tudo era bom” (Gn 1.31). As
mãos que fizeram os olhos, o cérebro, também fizeram os órgãos sexuais. Aquele que criou a mente, criou
também o instinto sexual. No princípio, ao ser criado, o sexo era puro e sem pecado. Mas, com a
transgressão de Adão no Éden, todas as faculdades do homem foram afetadas pelo pecado, inclusive o sexo.

2. O homem participando da criação. Deus quis em sua soberania que o homem desse continuidade à
espécie, macho e fêmea, indicando a clara e inequívoca diferenciação entre os sexos (ver Gn 1.27).

3. A intimidade e interação sexual é privativa dos casados. A ordem de crescer e multiplicar não foi dada
a solteiros, mas a casados (Gn 1.27,28). Deus não quis que o homem vivesse só e lhe deu uma esposa, já
formada, preparada para a união conjugal. O ensino bíblico é que o homem deve desfrutar o sexo com a
esposa de modo normal, racional, sadio e amoroso não com a namorada ou noiva. Em Cantares de Salomão,
tem-se a exaltação do amor conjugal. Este, não ocorre entre solteiros (Ct 4.1-12; Ef 5.22-25). Pesquisas
indicam que 50% dos jovens evangélicos já praticaram sexo antes do casamento. Isso é pecado grave contra
o próprio corpo, contra o Criador, contra a Palavra de Deus, contra o próximo, contra a Igreja e contra a
família.

II. O SEXO E A VIVÊNCIA CRISTÃ


1. Sua natureza. Quando terminou de criar todas as coisas (incluindo o homem), “viu Deus tudo quanto
tinha feito, e eis que era muito bom e foi a tarde e a manhã: o dia sexto” (Gn 1.31). O sexo, como já
afirmamos, fez e faz parte da constituição físico-emocional do ser humano, desde a criação. Logo, não é
correto concebê-lo como algo imoral, feio, vulgar e pecaminoso. Deus não faria nada ruim. Ele planejou e
formou o homem, a “coroa da criação”, numa totalidade, incluindo o sexo. O que tem arruinado o sexo e o
tornado repulsivo por muitos é o seu uso ilícito, anti-bíblico, antinatural, anticristão, antissocial e sub-
humano. Demônios podem atuar no ser humano na área do sexo (Os 4.12; 5.4).

2. Suas finalidades. A união conjugal pautada nas Sagradas Escrituras propicia:

a) A procriação (Gn 1.27,28; Sl 139.13-16). A procriação é o ato criador do Eterno através do homem. Ele
dotou o homem de capacidade reprodutiva, instituiu o matrimônio e a família, visando a legitimação desse
maravilhoso e sublime processo que a mente dos mortais jamais poderá explicar. “Frutificai e multiplicai-
vos”, foi a ordem do Criador (Gn 1.27,28).

b) O ajustamento do casal. Em 1 Coríntios 7.1-7, vemos uma orientação bíblica muito importante do
apóstolo Paulo no que diz respeito à intimidade conjugal. O apóstolo, nesta passagem, considera os seguintes
princípios:

• Prevenção (v.2): “mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher e cada uma tenha
o seu próprio marido”. Com isso, evita-se o adultério e a prostituição.

• Mútuo dever (v.3): “O marido pague à mulher a devida benevolência e, da mesma sorte, a mulher ao
marido”. É o dever do amor conjugal, no que tange ao atendimento das necessidades sexuais, a que tem
direito cada cônjuge.

• Autoridade mútua (v.4): “A mulher não tem poder sobre seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e
também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre seu próprio corpo, mas tem-no a mulher”. Não
se trata aqui, da autoridade por imposição, pela força, mas sim pelo amor conjugal. Diga-se também que o
marido não pode abusar da esposa, praticando atos ilícitos, carnais, abusivos e sub-humanos, ou vice-versa.

• Abstinência consentida (v.5): Isto é importante no relacionamento do casal. Os cônjuges podem abster-se,
por algum tempo, da prática sexual, mediante o consentimento mútuo. Não pode haver imposição de um
sobre o outro. Caso decidam separar-se no leito conjugal, devem fazê-lo sob as seguintes condições: que haja
concordância entre ambos, e que haja sabedoria quanto ao tempo determinado para dedicarem-se à oração e à
disciplina da vontade (de ambos).

c) A satisfação amorosa do casal. Existem seitas ou religiões e, até evangélicos, que proíbem o prazer do
sexo alegando que a finalidade deste é somente a procriação. Isso não tem base na Bíblia. Vários textos nos
mostram que Deus reconhece o direito de o casal usufruir desse prazer. Em Provérbios 5.18-23, o sábio
recomenda aos cônjuges que desfrutem do sexo, sem referir-se, neste caso, ao ato procriativo. Nesta
passagem, porém, o homem é advertido quanto à “mulher estranha”, a adúltera; e é incentivado a valorizar a
união conjugal honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade (ver Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9). No
Antigo Testamento, a “lua de mel” durava um ano! (Dt 24.5).

3. Ante a lei divina. A vida sexual do casal, na ótica bíblica:

a) Deve ser exclusiva ou monogâmica. Deus condena de forma veemente a poligamia (Gn 2.24; Pv 5.17).

b) Deve ser alegre. O casal tem direito de usufruir do contentamento propiciado pela intimidade matrimonial
(Pv 5.18).

c) Deve ser santa (1Pe 1.15 e 1Ts 4.4-8). A santidade se aplica também ao nosso corpo, uma vez que o
Espírito Santo habita em nós (1Co 6.19,20), razão pela qual toda e qualquer prática sexual ilícita (aberrações,
bestialidade etc.) não devem ser permitidas; além de pecaminosas, não contribuem para o ajustamento
espiritual do casal.

d) Deve ser natural (Ct 2.6; 8.3). As relações sexuais anal e oral são antinaturais e sub-humanas, portanto,
reprováveis. Os pecados do sexo são responsáveis por muitas doenças, inclusive as denominadas
“sexualmente transmissíveis (DST) que vêm ceifando milhões de vidas no mundo inteiro, principalmente a
AIDS”. Essas práticas sexuais reprováveis estão sujeitas a juízo (Hb 13.4).

III. O SEXO FORA DO CASAMENTO É PECADO

Sexo premarital é pecado e, igualmente o extramarital.

1. Fornicação. Prática do sexo entre solteiros ou entre casado e solteiro. O fornicário não entra no céu (Ap
21.8; Gl 5.19 e 1Co 6.18).

2. Adultério. Relação sexual de casados com pessoas que não são seus cônjuges (Mt 5.27; Mc 10.9 e Rm
13.9). É grave e desastroso pecado (Pv 5.1-5).

3. Prostituição. Em sentido geral, envolve todas as práticas sexuais pecaminosas. Em sentido estrito, é a
intimidade sexual com prostitutas e a infidelidade conjugal. Deus a proíbe com veemência (Dt 23.17); é
grave pecado (1Co 6.16); é insanidade, loucura, estupidez e torpeza (Pv 7.4-10; 1Co 6.15-18).

4. Homossexualismo. É a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo. Contrariando a opinião de muitos, a
Bíblia condena, pois é abominação ao Senhor (Lv 20.13; 18.22; Dt 23.17,18), perversão sexual de Sodoma -
sodomia (Gn 19.5). Deus destruiu cidades por causa disso (Dt 23.17). Não entram no Reino de Deus os que
praticam tais atos (1Co 6.9,10).

5. A masturbação. Há ensinadores que não a consideram pecado de forma alguma. Outros, dizem que é
totalmente errado. Outros, ainda, dizem que, se não for por vício, mas por necessidade, torna-se moralmente
justificável. De qualquer forma, é pecado, por contrariar o plano de Deus, pois o sexo não deve ser egoísta,
mas partilhado com outra pessoa, no âmbito do casamento. A masturbação está sempre associada a fantasias
sexuais.

CONCLUSÃO

Os preceitos bíblicos que dão conta da sexualidade se identificam com o que Jesus chamou de “caminho
estreito”, o qual poucos se dispõem a palmilhar. No mundo hodierno, onde os meios de comunicação em
massa aprovam, promovem, incentivam e exaltam o erotismo, sensualidade, a prostituição e o sexo fora do
casamento, de modo irresponsável e pecaminoso é necessário que o cristão tome posição firme e consciente.
Ele deve orientar-se pelos princípios morais e éticos, para a sexualidade, à luz da Palavra de Deus.

Subsídio Doutrinário

“Um relacionamento sexual não está confinado a apenas duas pessoas. Envolve também Deus, Criador e
Senhor de todos nós, que pelos propósitos que tinha em mente, fez-nos criaturas sexuais. O Cristianismo não
está só quando coloca implicações religiosas no sexo. No mundo antigo, a prostituição religiosa celebrava a
fertilidade da natureza. No outro extremo, o celibato ainda é adotado como vocação religiosa. Mais
pertinente ao sexo é o rito da circuncisão no Antigo Testamento, adotado como sinal de que a aliança de
Deus estava sobre os filhos de Abraão, de geração em geração. Os próprios órgãos genitais deviam ser uma
lembrança permanente de que a sexualidade é concedida pelo Senhor, e que somos responsáveis perante Ele
pelo uso do sexo. A união sexual e a reprodução fazem parte da criação e foi ordenada por Deus desde o
princípio, pela instituição do casamento. O sexo não pode ser retirado desse contexto e tratado de forma
meramente biológica ou psicológica, como ocorre na sociedade contemporânea. Seu principal significado
não deve ser encontrado em si mesmo, no ato, na experiência ou mesmo em suas consequências sociais.
Como em qualquer coisa vista teisticamente, seu significado principal deve ser encontrado em relação a
Deus e seus propósitos” (Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD, p.129).

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Sabemos que o sexo foi criado por Deus com um propósito elevado, nobre e saudável. No entanto, desde a
Queda, a sexualidade vem sendo deturpada de modo irresponsável, pecaminoso e grotesco. Assim, por ser
também um tema bíblico, tal assunto deve ser abordado na Escola Dominical. O objetivo desta lição é ajudar
às famílias, proporcionando-lhes uma visão bíblica e ortodoxa a respeito deste assunto. Afinal, como Igreja
de Cristo, temos de ser santos em toda a nossa maneira de ser.

I. QUESTÕES SOBRE A SEXUALIDADE

1. Um mundo dominado pelo erotismo. Vivemos numa sociedade marcada por um erotismo tão maligno e
ímpio, que não poupa sequer as crianças. Nossas famílias, principalmente as crianças, estão sendo expostas à
exploração do sexo de modo intenso e irresponsável. O sexo em si não é pecaminoso, pois foi Deus quem o
criou. O Diabo, porém, encarregou-se de transformá-lo em algo vergonhoso e vil. Eis porque temos de
educar nossas crianças e jovens segundo os princípios da Palavra de Deus, para que não sejam destruídos.
Infelizmente há cristãos, inclusive obreiros, que, utilizando-se indevidamente da internet tornam-se vítimas
da pornografia. O fácil acesso a esse tipo de material vem roubando a alegria da salvação de muita gente.
Portanto, tomemos cuidado com o que vemos no computador (leia Sl 101.3).

2. Fornicação é pecado. Não querendo Deus que o homem vivesse só, deu-lhe uma esposa (Gn 2.18). Por
isso, o Cântico dos Cânticos de Salomão exalta o relacionamento sexual não entre solteiros, mas entre um
homem e uma mulher devidamente casados (Ct 4.1-12; Ef 5.22-25). Isso significa que o sexo antes ou fora
do casamento desagrada a Deus. E quem vive na prática do pecado não herdará o Reino de Deus (Ef 5.5).

3. Prazer no casamento. Muita gente acha que o relacionamento sexual entre marido e mulher tem como
único objetivo a procriação. Isso é um erro. Na Bíblia, encontramos vários textos que incentivam o casal a
desfrutar das alegrias conjugais. Em Provérbios 5.18-23, os cônjuges são exortados a usufruírem da
intimidade matrimonial. Por outro lado, o homem é advertido contra “a mulher estranha”, a adúltera. Em
seguida, é incentivado a valorizar a união matrimonial e santa, exaltando sempre a monogamia, a fidelidade e
o amor (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).

II. O VALOR DA PUREZA SEXUAL ANTES DO CASAMENTO

1. No Antigo Testamento. A Bíblia exalta a pureza na vida de um jovem (Sl 119.9-11). Aliás, esse texto é
indispensável a todo servo de Deus. As leis sobre a castidade eram rigorosas. Se uma jovem, por exemplo,
tivesse relações sexuais antes do casamento era apedrejada até à morte (Dt 22.20,21), e o sacerdote só
poderia se casar com uma virgem (Lv 21.13,14), demostrando que em Israel, a virgindade era necessária e
valorizada por todos (Gn 34.7).

2. Em o Novo Testamento. Doutrinando os coríntios sobre a fidelidade a Cristo, Paulo faz alusão ao valor
da virgindade: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos
apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2Co 11.2). Por conseguinte, a pureza
sexual em o Novo testamento é tanto para o homem quanto para a mulher. Ambos devem manter-se castos e
virgens até o casamento.

III. O SEXO QUE A BÍBLIA CONDENA


1. A prática do homossexualismo. De acordo com o Dicionário Houaiss, homossexualismo é a prática
amorosa ou sexual entre indivíduos do mesmo sexo. O que a Bíblia tem a dizer sobre esse assunto? No
princípio, o Criador não uniu dois “machos” nem duas “fêmeas”. A Bíblia é clara: “E criou Deus o homem
à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Mais adiante, acrescenta o
texto bíblico: “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja
como diante dele” (Gn 2.18). Tais passagens mostram que Deus criou apenas dois gêneros bem distintos:
homem e mulher. Isto significa que o homossexualismo é pecado. Não resta dúvida! É um pecado de tal
forma abominável que até mesmo o dinheiro proveniente de tal prática não deve ser introduzido na Casa de
Deus: “Não trarás salário de prostituição nem preço de sodomita à Casa do Senhor, teu Deus, por qualquer
voto; porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao Senhor, teu Deus” (Dt 23.18, ARA).
Cumpre ressaltar, aqui, que não admitimos qualquer tipo de violência contra os homossexuais. Mesmo
porque, cumpre-nos ganhá-los para Jesus. E, graças a Deus, há muitos ex-homossexuais que, hoje, servem
fielmente ao Senhor (1Co 6.11).

2. Educando os jovens na Palavra de Deus. Com base na Bíblia Sagrada, ensinemos às nossas crianças,
adolescentes e jovens, que o sexo é permitido por Deus para o prazer de um homem e uma mulher unidos
pelo matrimônio. O sexo fora ou antes do casamento é pecado e contrário ao plano de Deus na vida de um
casal crente. Enquanto isso, prontifiquemo-nos a orar pelas autoridades constituídas, para que não instituam
leis cujo único objetivo é promover o pecado e destruir a família tradicional.

CONCLUSÃO

O casamento, de acordo com a Palavra de Deus, é monogâmico, heterossexual e indissolúvel. E não


podemos fugir a esse padrão. Quanto ao ato sexual, só é lícito se praticado no casamento; antes e fora do
matrimônio é pecado. Que sejamos, como servos do Senhor, exemplo de moderação, ética e, acima de tudo,
santidade e pureza em todos os aspectos de nossa vida.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Vida Cristã

“você necessita de algum encorajamento e ideias para ajudá-lo a iniciar um ‘Renascimento’ [no casamento]?
Pensamos ser possível que haja tal renascimento antes das crianças deixarem o lar. Na verdade você precisa
disto! Quando chegar o dia em que as crianças tiverem partido, e você acordar, olhar espantado para a pessoa
com quem não está encorajado a passar o resto da sua vida... Pode não ter o desejo de reacender a chama do
casamento.

Qual porta do Renascimento Você Deseja Abrir?

A maioria dos homens com quem conversamos enquanto pesquisávamos para este livro, admitiam pensar
que um Renascimento seria fazer amor quatro vezes por semana [...]. Após conscientizarem-se quão ridículo
isto era, muitos apontaram a amizade que desejavam restabelecer com sua esposa. O Renascimento desejado
pelas mulheres não divergia muito do dos homens: um marido atencioso às necessidades emocionais, alguém
para conversar e valorizá-la por quem ela é — e não por seus dotes domésticos como: quão bem ela limpa
casa, a cozinha ou dá conta do ‘serviço’ [...]” (JOHNSON, G.; YORKEY, M. A segunda década do amor:
Renovando o casamento antes que os filhos saiam para viver suas próprias vidas. 1 ed., RJ: CPAD, 1996,
p.23).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico

“O relato da criação ensina que homens e mulheres foram criados para viver em relação com o Criador e uns
com os outros. O fato de a humanidade rejeitar uma relação com o Criador resulta na perversão de todas as
outras relações. O que Deus declarou bom, isto é, que homem e mulher vivessem juntos numa relação como
uma só carne (Gn 2.18-25), é trocado por relações nas quais os homens se engajam em relações sexuais com
outros homens, e mulheres com outras mulheres [Romanos 1] (vv.26,27). Estes atos são ‘contrário[s] à
natureza’, ou seja, eles infringem a ordem criada. A frase no versículo 27, ‘cometendo torpeza’, mostra que o
que é condenado é o ato homossexual ou lésbico, não a tentação em si. O contexto também deixa claro que a
razão de a homossexualidade ser abordada aqui não é porque seja mais perversa que os outros tipos de
pecados sexuais. Antes, Paulo a usa para mostrar como o pecado perverte a ordem criada de macho e fêmea.
O versículo 28 segue o mesmo padrão que já vimos acima: O ato de a humanidade rejeitar o conhecimento
de Deus que lhes está disponível conduz à punição divina. Há um jogo de palavras no original grego que
reforça o argumento de Paulo de que a punição se ajusta ao pecado. Porque ‘eles se não importam’
(dokimazo) em reter o verdadeiro conhecimento de Deus, ‘Deus os entregou a um sentimento perverso’
[adokimos]. A lista de vícios que se segue denota os tristes efeitos da perda da capacidade de a humanidade
ver a verdade. A linha introdutória da lista de maus comportamentos: ‘Estando cheios de toda iniquidade’
(v.29), indica que o apóstolo quer que a lista seja considerada como um todo. O ponto dos versículos 29 a 31
não deve ser achado examinando cada ação mencionada. A ênfase está em como o vasto alcance da
depravação humana pode ser remontado à rejeição voluntariosa de Deus. Listas de vício como esta eram
comuns em escritos do período, tanto em escritos judaicos quanto helenistas” [ARRINGTON, F. L.;
STRONSTAD, R. (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2008,
pp.823-24].

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A Família e a Sexualidade

Tratar do assunto “sexo” tem sido um tabu para muitas pessoas, inclusive na igreja. Vivemos em um mundo
dominado pela exposição corporal, sem pudores e com oferta abundante de pornografia, e isso tem
influenciado profundamente pessoas dentro e fora da igreja, despertando o pior sentimento em relação a essa
grande bênção que é o sexo.

O sexo foi criado por Deus tanto para a procriação quanto para a recreação do casal. Por meio dele, a união
heterossexual tem dado prosseguimento à ordem divina de fazer com que homens e mulheres perpetuem suas
gerações. E por meio também do sexo, Deus traz o prazer ao casal. Temos ciência de que aqueles que
experimentam o sexo fora dos padrões de Deus obtém prazer e também têm filhos, pois essas duas
manifestações da bênção de Deus para o sexo não são revogadas. Entretanto, o sexo irresponsável traz
consequências para o homem e a mulher, como filhos não planejados e não reconhecidos, mães assumindo
lares sozinhas, doenças sexualmente transmissíveis, memórias contaminadas pelo desprezo e pelo abandono,
etc. Uma das coisas que devemos relembrar neste assunto da sexualidade é a seriedade com que Deus trata a
infidelidade conjugal e o sexo pré-cojugal. O sexo é mais que um ato de prazer: é um ato de
responsabilidade.

O papel dos pais para com os filhos. Deus espera que os pais tenham um papel ativo no sentido de conversar
com seus filhos sobre a sexualidade. É melhor que nossos filhos ouçam de nossa boca esse assunto, tratado
de forma coerente e bíblica, do que ouvir do mundo em um momento de curiosidade e aprender errado sobre
questões de sexualidade. O mundo não ensinará nossos filhos a se guardarem da prática sexual antes do
casamento. O mundo não valorizará a castidade e a abstinência, mas incentivará uma relação promíscua,
adúltera e irresponsável. Para que não pequemos por omissão, busquemos conversar com nossos filhos de
forma bíblica e inteligente, mostrando a eles o valor daquilo que Deus diz que é valioso, e as consequências
de se desprezar aquilo que Deus considera importante para dar valor ao que o Diabo alega ser importante.

A Bíblia e o homossexualismo. A Palavra descreve o homossexualismo como sendo um pecado contra Deus,
e lei alguma pode mudar essa realidade descrita na Bíblia. Nunca fomos e nunca seremos favoráveis a atos
criminosos contra homossexuais, pois devemos tratar a todas as pessoas com a devida dignidade, orar por
elas e apresentar-lhes a Jesus.
COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O advento das mídias eletrônicas, e de forma mais específica as redes sociais, facilitou muito para a
possibilidade de alguém vir a ter um “caso” extraconjugal. As estatísticas demonstram essa triste realidade.
A cada dia, cresce o número de lares desfeitos e, juntamente com este fenômeno, as consequências nefastas
para a sociedade. E as igrejas? Estas também têm sofrido o efeito de tais males. Apesar de a infidelidade
conjugal ser uma prática pecaminosa antiga, é preciso entender que a sexualidade é algo intrínseco ao ser
humano. Logo, o desejo por satisfação sexual acompanha tanto o homem como a mulher desde sempre. O
problema está na forma de expressão do desejo e em como é satisfeito. Segundo o entendimento mundano,
não há regras para o homem e a mulher viverem a sua sexualidade. No entanto, as Escrituras demarcam um
limite bem preciso: o casamento legitimamente instituído por Deus. Aqui, encontraremos os conselhos da
sabedoria bíblica para orientar-nos contra as ilusões e as artimanhas do adultério.

I. CONSELHOS SOBRE A SEXUALIDADE HUMANA

1. Uma dádiva divina. Boa parte dos conselhos de Salomão diz respeito à sexualidade humana. Ele dedicou
quase três capítulos do livro de Provérbios para falar sobre o sexo e seus desvios (Pv 5.1-23; 6.20-35; 7.1-
27). Nesses provérbios, há dezenas de máximas que nos ensinam muito sobre como estabelecer o parâmetro
de um relacionamento saudável. Quando ainda discorria sobre os perigos da infidelidade conjugal, o sábio
advertiu: “Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele aplana todas as suas
carreiras” (Pv 5.21). Isto é, Deus considera os caminhos do homem e a forma deste conduzir até mesmo a
sua sexualidade, pois se trata de uma criação divina e como tal é uma dádiva do Criador à humanidade. Se o
Senhor “aplana todas as nossas carreiras”, demonstrando cuidado pelo exercício correto da sexualidade,
concluímos não ser o sexo algo mau ou maligno, mas algo honroso e nobre (Hb 13.4; 1Pe 3.7).

2. Uma predisposição humana. Ao iniciar a sua coletânea de conselhos sobre como evitar os laços do
adultério, Salomão chama a atenção do seu “filho” para que ouças os seus conselhos e aja em conformidade
com estes (Pv 5.1,2). O texto hebraico de Provérbios, nesse versículo, apresenta a palavra ben traduzida em
nossas Bíblias como “filho”. O mesmo termo ocorre também nas advertências contra o adultério em
Provérbios 6.20 e 7.1. A palavra ben pode se referir tanto a um filho biológico quanto a um discípulo. Em
todos os casos, a admoestação é dirigida a um ser humano que, como todos nós, está sujeito à tentação!
Portanto, a fim de vivermos o gozo da nossa sexualidade nos parâmetros estabelecidos pelo Criador, que é o
casamento, ouçamos o conselho do sábio. O sexo, portanto, foi criado por Deus para ser praticado entre um
homem e uma mulher, mas somente no casamento. Antes do casamento e fora do casamento é pecado.

II. AS CAUSAS DA INFIDELIDADE

1. Concupiscência. Um fato interessante salta aos olhos de quem lê os conselhos de Salomão contra a
mulher adúltera em Provérbios: não há referência ao Diabo em suas advertências! O sábio não responsabiliza
o anjo caído pelo fracasso moral dos homens, mas responsabiliza aquele a quem chama de “filho meu”.
Somos agentes morais livres e temos a liberdade de escolher entre o bem ou o mal. Desejos bons e ruins são
inerentes ao ser humano. Não os subestimemos! Por isso, o sábio aconselha: “Não cobices no teu coração a
sua formosura, nem te prendas com os seus olhos” (Pv 6.25; cf. Gl 5.16).

2. Carências. Em Provérbios 5.15-17, o sábio lança mão de algumas metáforas para aconselhar como deve
ser a vida íntima do casal. A frase “bebe a água da tua própria cisterna” mostra que o sexo não deve ser
praticado apenas como um dever de um cônjuge para com o outro (1Co 7.3), mas como algo prazeroso,
assim como o é beber água! Se esse princípio não for observado, um dos cônjuges ficará com a sensação de
que lhe falta alguma coisa! Desgraçadamente, muitos vão saciar-se noutra fonte (Pv 7.18), daí o desastre em
muitas famílias.

III. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE


1. Perda da comunhão familiar. Uma das primeiras consequências da infidelidade conjugal é a desonra da
família. O sábio avisa que o “seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios” (Pv
5.4). Esse fim amargo respingará nas famílias envolvidas (Pv 6.33). O sentimento de vingança estará
presente na consciência do cônjuge traído (Pv 6.34). Se pensássemos na mancha que a infidelidade conjugal
produz teríamos mais cuidado quando lidássemos com o sexo oposto. A pergunta inevitável é: “Deus perdoa
quem cometeu tal ato?” Não há dúvida que perdoa. Mas apesar do perdão divino, as consequências ficam
(Pv 5.9-14).

2. Perda da comunhão com Deus. É trágico quando alguém perde a comunhão familiar por conta de um
relacionamento extraconjugal. Todavia, mais trágico ainda é perder a comunhão com Deus. Salomão sabia
desse fato e por isso advertiu: “Mas não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas
profundezas do inferno” (Pv 9.18). A palavra hebraica usada aqui para inferno é sheol, e esta designa o
mundo dos mortos. De fato a expressão “ali estão os mortos”, no hebraico, significa: espíritos dos mortos
ou região das sombras. O Novo Testamento alerta que os adúlteros ficarão de fora do Reino de Deus (1Co
6.10). O que tudo isso quer dizer? Que essa é a consequência de quem cometeu esse pecado, mas não se
arrependeu! Por isso, não flerte com a (o) adúltera (o). Seu caminho pode até parecer prazeroso, mas
inevitavelmente o levará à morte (Pv 9.17,18).

IV. CONSELHOS DE COMO SE PREVENIR CONTRA A INFIDELIDADE

1. Sexo com intimidade. A intimidade sexual (ou a falta dela) é um dos fatores que influenciam a vida
conjugal. Há casais na igreja que tem relações sexuais com relativa frequência, mas sem intimidade! Há sexo
na relação, mas não há amor nem intimidade! Observe o conselho de Salomão: “Seja bendito o teu
manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, como cerva amorosa e gazela graciosa; saciem-te os
seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído perpetuamente. E por que, filho meu, andarias
atraído pela estranha e abraçarias o seio da estrangeira?” (Pv 5.18-20). Há maridos que não demonstram o
mínimo afeto à esposa e o oposto também é verdadeiro. Mas Deus criou o sexo para ser desfrutado com
afeto, amor e intimidade. Do contrário, o relacionamento sexual não atenderá aos propósitos divinos e nem
às expectativas do cônjuge.

2. Apego à Palavra de Deus e à disciplina. Como antídoto e forma de prevenção contra a infidelidade,
Salomão aconselha o apego à Palavra de Deus e à disciplina. Para não cairmos na cilada da infidelidade
conjugal, devemos guardar a instrução do Senhor, guardando-a em nosso coração. A Palavra do Senhor é luz
que ilumina a nossa vida (Pv 6.20-24). O homem e a mulher só estarão livres do perigo da infidelidade
conjugal quando a Palavra estiver impregnada em suas mentes e corações. Para isto, o crente deve meditar
nela dia e noite. Por isso, seja disciplinado.

CONCLUSÃO

A fidelidade conjugal é o que Deus idealizou aos seus filhos. Sabemos que a tentação é uma realidade, que
vem acompanhada da natureza adâmica que herdamos, e ambas pressionam-nos a desprezar o santo ideal da
fidelidade. Todavia, o Senhor deixou-nos a sua Palavra com dezenas de conselhos, a fim de prevenir-nos
quanto ao abismo chamado adultério.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Vida Cristã

“Sexo promove comunhão

A Bíblia afirma que ser dois é melhor do que ser um, e que onde estiverem dois ou três reunidos, Deus ali
estaria (Ec 4.9-12; Mt 18.20). E em 1 Pedro lemos que quando um casal precisa coabitar (verbo que significa
relacionar-se sexualmente) com entendimento para que as suas orações sejam respondidas. Ora, isto significa
que sexo tem a ver com vida espiritual, e que o casal, sendo dois, têm a possibilidade de serem mais fortes
quando unidos, além da promessa da presença de Deus com eles no cotidiano da vida e na oração conjunta.
Não tenho medo de afirmar que muitos casais estão com problemas pessoais, financeiros, profissionais, de
saúde, e até ministeriais, porque não estão se entendendo na vida sexual. Por mais que orem suas orações
estão impedidas [...]. Outros há que até se acertam na cama, mas vivem às turras e perdem a bênção de Deus
pois se magoam mutuamente. Sem falar em casais que não oram juntos, que não fazem cultos domésticos, e
que não dividem o sacerdócio do lar. Estes perdem a chance de serem dois, e de vivenciarem uma vida
conjugal, profissional, financeira, familiar, ministerial e sexual prazerosa e sadia” (CRUZ, E. Sócios,
Amigos & Amados: Os Três Pilares do Casamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2005, p.241).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Vida Cristã

“FUGIRÁS DA TENTAÇÃO — ON LINE E DE OUTRAS FORMAS

CORRA DA TENTAÇÃO

O Antigo Testamento não é o único que trata do assunto ‘fugir da tentação sexual’. Em sua primeira carta
aos coríntios, Paulo chama nossos corpos de templos do Espírito Santo. Qualquer outro pecado, ele diz,
cometemos contra Deus, mas a imoralidade sexual é um pecado tanto contra Deus quanto contra nossos
próprios corpos. O povo de Corinto conhecia bem a imoralidade sexual; muitos juntavam-se a ela em vez de
fugir dela. Mas Paulo os instruiu a fugir (1Co 16.18). O apóstolo repetiu essa ordem ao jovem pastor
chamado Timóteo. Como a maioria dos jovens, Timóteo lutava com os desejos. Então Paulo instruiu a seu
jovem amigo a ‘fugir das paixões da mocidade’ (2Tm 2.22). Essa instrução reporta-se não apenas a maridos
e esposas, mas também àqueles que estão para se casar. A Bíblia ensina que nossos corpos são presentes
reservados para nossos futuros cônjuges. Que presente de casamento maravilhoso para se trazer ao seu
próprio casamento! A Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, nunca nos encoraja a tentar
enfrentar a tentação sexual. Mas insiste em que saiamos completamente do caminho dela.

TRATE A TENTAÇÃO SEXUAL COMO UMA DOENÇA MORTAL

Imagine que você tenha ouvido a respeito de um surto de uma doença mortal em uma área remota. Apenas
profissionais médicos treinados ousaram viajar até a área onde houve o surto, e você ficou sabendo que se
contrair a doença provavelmente morrerá. Você também sabe que apenas aqueles que viajam para o local da
epidemia estão vulneráveis à doença. Seria um ato de bravura ou de plena estupidez viajar até a área afetada
apenas para provar quão ‘resistente’ à bactéria mortal você é? Nenhuma pessoa em sã consciência se poria
em tamanho perigo sem uma boa razão. Mas é exatamente isso que muitos cristãos fazem em relação à
tentação sexual. Antes e depois do casamento, dedicam-se a ela, flertam com ela e entretêm-se com ela -
acreditando que no último instante serão capazes de pisar nos freios e evitar a colisão. Isso não funciona
desse jeito. Deus nos conhece. Ele nos criou, então sabe o quanto a tentação sexual pode arrastar seus filhos.
É por isso que Ele nos instrui a fugir. Se tratássemos a tentação sexual como uma doença mortal e altamente
contagiosa, entenderíamos melhor e obedeceríamos à admoestação da Bíblia a fugir” (YOUNG, E. Os Dez
Mandamentos do Casamento. 1 ed., RJ: CPAD, pp.123-24)

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Advertência contra o adultério

Em Provérbios, encontramos uma série de exortações quanto à infidelidade conjugal (Pv 5.7-15). A
infidelidade é tida como falta de sabedoria (Pv 6.32). Sabemos que o temor ao Senhor é o princípio da
sabedoria. Quando se perde a reverência a Deus, a insensatez toma conta do coração do homem. Atualmente,
muitos veem a infidelidade conjugal como uma prática normal, porém os princípios de Deus são eternos e
imutáveis. Na Bíblia, o adultério é, e continuará sendo, pecado. Encontramos tanto no Antigo quanto no
Novo Testamentos sérias advertências contra a infidelidade conjugal (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19).
Como servos de Deus, precisamos estar atentos, pois “os lábios da mulher estranha destilam favos de mel”.
A princípio, a infidelidade pode parecer doce e prazerosa, mas o seu fim é amargoso como o absinto (Pv
5.4). Com a infidelidade, vem a disfunção familiar. Ela é perigosa, é destrutiva para toda família, para a
Igreja do Senhor e para a sociedade de um modo geral.

Uma vida conjugal feliz. O capítulo 5 de Provérbios tem início com uma série de conselhos contra o sexo
ilícito. A partir do versículo 15, o autor inicia uma seção para falar a respeito do relacionamento íntimo entre
marido e mulher. “Bebe a água da sua cisterna” (Pv 5.15). Água é símbolo de vida. O ser humano não pode
viver sem ela. Assim também é o relacionamento sexual no casamento. Ele é importante e traz vida aos
cônjuges. Um casamento não pode subsistir sem ele. “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito
bom” (Gn 1.31). Tudo que o Pai criou é bom e isso inclui a sexualidade. E importante ressaltar que o sexo
nunca foi, em si mesmo, pecaminoso. Deus o estabeleceu para ser desfrutado no casamento antes que o
pecado entrasse no mundo (Gn 2.21-25). Ao nascer, fomos dotados de instintos (tendência natural)
específicos sem os quais nossa sobrevivência seria impossível. O impulso sexual caracteriza o instinto de
preservação da espécie. Depois da Queda, no Jardim do Éden, o homem pecador passou a deturpar esse
impulso divino, gerando as muitas aberrações que sabemos existir hoje, mas isso não invalida a intenção de
Deus de abençoar o homem e perpetuar a espécie através da relação sexual sadia. Provérbio 5.18 diz:
“Bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade”. A vida sexual saudável dentro do
casamento tem a bênção de Deus, além de dar alegria e prazer ao homem (Hb 13.4).

A Bíblia na Família e na Sociedade

Na sociologia, uma “instituição” é um padrão estabelecido da vida social. Os sociólogos costumam


identificar cinco instituições: (1) o governo, (2) a economia, (3) a educação, (4) a religião e (5) a família.
Mas, em maior grau que qualquer outra instituição, a família incorpora todas as funções de uma sociedade.
Ela manifesta os padrões de autoridade e organização (governo). Ela recebe e dispensa fundos (economia).
Ela ensina habilidades e conhecimento (educação) e alguma forma de devoção (religião). A família é,
portanto, a unidade básica da sociedade. As famílias são necessárias na vida pessoal e social. As pessoas
precisam de famílias para desfrutar de intimidade, relacionamento estreito e segurança. As sociedades
precisam de famílias para garantir sua continuidade e lhe preparar membros responsáveis. Não surpreende,
portanto, que mais de 95% das pessoas se casem. E, apesar de algumas diferenças de forma, o casamento e a
família são fundamentais em todas as culturas conhecidas. Os últimos anos têm provocado mudanças
radicais na vida familiar da maioria dos países do Ocidente. Nos Estados Unidos, o número de famílias com
presença única do pai ou da mãe é mais que o dobro do que havia em 1965. Agora, mais de 20% de todas as
famílias com filhos têm só um pai ou uma mãe. O índice de divórcio flutua em torno de 5,5 para 1000
(comparado a 2,5 em 1965). Os casamentos duram, em média, menos de dez anos. Há reivindicações
ostensivas de casamentos e adoções para homossexuais. É evidente que a atividade sexual pré-conjugal é o
padrão do mundo. Aproximadamente 70% de todos os universitários relatam ter mantido relações sexuais.
Proporção semelhante de pessoas casadas relata infidelidade conjugal. Clamores por uma redefinição da
família têm acompanhado essas mudanças. Diante desses clamores, a Bíblia permanece como fonte de
constância e esperança (1) ensinando um modelo normativo para a vida familiar, (2) tratando das principais
questões que confrontam a família em sua sociedade e (3) fornecendo recursos e orientação para a edificação
da família.

Um modelo bíblico de família

A Bíblia reconhece que todas as culturas necessitam da família. A família repõe a população (Gn 1.28). Ela
estabelece controle sobre instintos sexuais (1Ts 4.3-6; Hb 13.4). Ela dá identidade a seus membros (Sl
127.3,4). Ela prove treinamento básico para a vida social (Pv 4.1-27). O interesse principal da Bíblia, porém,
é fazer com que a família tenha o devido relacionamento com Deus. O ensino bíblico é organizado em torno
de três conceitos chave: (1) a primazia absoluta do casamento, (2) a função da família e (3) as relações
funcionais na família.
A prioridade do casamento. A Bíblia confirma com veemência a primazia do casamento como a unidade
básica da vida social. Isso é feito de pelo menos três maneiras.

Psicologicamente. O mais fundamental dos princípios do casamento é a complementaridade, a


interdependência de homem e mulher na intimidade marital. Esse é um tema importante nos relatos da
criação. Gênesis 1.27 registra que Deus criou “o homem à sua imagem [...] homem e mulher os criou”.
Alguns estudiosos entendem que a “imagem de Deus” consiste na união de macho e fêmea. A imagem de
Deus parece incluir mais que masculinidade e feminilidade. E, é claro, a Bíblia permite, de acordo com o
momento, o celibato (Mt 19.12; 1Co 7.8,32). Entretanto, o casamento é o que permite expressão plena da
identidade sexual. O princípio de complementaridade é mais explícito no relato da criação da mulher: “Disse
mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”
(Gn 2.18). A solidão do homem não era boa (cf. Gn 1.31), de modo que Deus providenciou uma “ajudadora
idônea”. A palavra hebraica traduzida por “idônea” significa literalmente “colocada em oposição a ele para
que possa ser comparada a ele”. Isso indica uma correspondência ou uma adequação, uma interdependência
de tipos diferentes, mas semelhantes, de pessoas. A declaração máxima de complementaridade está em
Gênesis 2.24: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”.
No pensamento hebraico, “carne” pode referir-se não só à matéria biológica, mas ao que hoje é chamado
“personalidade”. Um casal, portanto, não só se torna biologicamente um, como também emocional, espiritual
e psicologicamente um. No casal há um dar e receber mútuo daquilo que está no íntimo deles. Isso explica
em parte o eufemismo bíblico de “conhecer” como sinônimo de relação sexual (Gn 4.1; 19.8).

Sociologicamente. O casamento também tem primazia como a unidade social básica. O casamento é uma
“ordenança da criação”, não uma ordenança da igreja. Isso significa que o casamento é válido e impõe
obrigações para todos, independentemente da fé em Cristo (1Tm 4.3-5). A Bíblia apresenta o casamento
como provisão de Deus para regular e sancionar a atividade sexual (Hb 13.4; Gn 2.24). Isso é crucial para
qualquer sociedade. Na Bíblia, todos os privilégios, responsabilidades e consequências da vida sexual são
confiados ao ambiente conjugal de compromisso mútuo e aprovação social.

Teologicamente. O casamento é uma relação de compromisso firmado de maneira formal, como demonstram
os termos “deixar” e “unir” (Gn 2.24; também Mt 19.5; Mc 10.7; Ef 5.31). Esse compromisso resulta em
aprovação social para a união do casamento.
Para os cristãos, o casamento bíblico leva mais adiante o ideal do compromisso. Trata-se de uma
“aliança” entre os parceiros (Ml 2.14) e com Deus (Ml 2.10). O casamento cristão deve, assim, ser “no
Senhor” (1Co 7.12-16; 2Co 6.14-18). Ele também possui significado teológico, simbolizando a relação de
Cristo com a igreja (Ef 5.32).

A família como unidade funcional. A Bíblia usa dois grupos de palavras para descrever uma família. De
longe, o mais comum dentre os dois é “casa” ou “família” (grego oikos; hebraico bayit). No Antigo
Testamento, ele ocorre mais de mil vezes; no Novo, mais de trezentas. Com frequência, as palavras referem-
se simplesmente a uma habitação. Mas em geral referem-se a pessoas que vivem juntas num relacionamento
familiar. Muitas vezes as palavras têm o sentido ampliado, como “a casa de Israel” (Êx 40.38) e “casa de
Levi” (Nm 17.8) ou a “casa de Saul” (2Sm 3.1). Às vezes elas denotam uma família nuclear ou imediata (Mc
6.4; 1Tm 3.5). Essas palavras definem a família de acordo com sua função. Um oikos ( bayit ) é um grupo
em atividade. É um sistema ou um ambiente caracterizado por certas atividades essenciais. A palavra
“economia” serve bem como ilustração. Ela vem de oikos e de nomos (“lei”), assim, seu primeiro significado
é a lei da família. Em grego, oikonomia denota a gerência ou administração da casa (Lc 16.3). O oikos (
bayit ) é uma unidade social a que Deus atribui algumas responsabilidades. Entre elas estão a provisão de
necessidades básicas (1Tm 5.8), a criação de filhos (1Tm 3.12), a proteção (Mt 12.25) e a promoção da
qualidade de vida para pais e filhos (“edificar a casa”, Pv 24.3). A Bíblia pressupõe que essas tarefas exigem
certa ordem estrutural dentro da família e ordem estrutural também no que diz respeito à família na
sociedade. Dentro da família, é preciso que a ordem prevaleça (1Tm 3.5,12; Pv 11.29). A autoridade legítima
é reconhecida, mas delimitada com cuidado. O marido é encarregado de liderar a família em amor (Ef 5.24),
compreensão e respeito (1Pe 3.7; Cl 3.18-19). A esposa tem a obrigação de respeitar essa responsabilidade
de liderança (Ef 5.22; Cl 3.18), de incentivar o marido nessa responsabilidade (Tt 2.4; Pv 31.10,11), mas sem
nenhuma sensação de medo ou intimidação (1Pe 3.5-6). As tarefas de manter e edificar a casa estabelecem
desse modo as esferas de responsabilidades básicas. A esfera do marido é a provisão e a liderança para o bem
da casa. Em 1 Timóteo 5.8, por exemplo, ele é considerado responsável pelo “cuidado dos seus”. A esfera da
esposa é a provisão e a liderança dentro da casa. Em 1 Timóteo 5.14 as mulheres são instruídas a serem
“boas donas de casa” (também Tt 2.4-5; Pv 31.27). É claro que essas áreas não se excluem. A diferença está
no eixo. A responsabilidade principal do marido é dar provisão e direção para a casa. A da esposa é cuidar e
gerir a casa. As famílias precisam não só de ordem interna, como também de ordem em relação à sociedade.
A Bíblia entende que a família é a principal unidade na concessão de cuidados para seus membros. A
responsabilidade de instruir os filhos (Sl 78.4-6; Pv 22.6) e o cuidado com os idosos (1Tm 5.4), por exemplo,
são da família, não de outras instituições sociais. Numa sociedade altamente complexa, essas tarefas são com
frequência exercidas de maneira indireta. Mas a Bíblia deixa claro que são obrigações da família. Além
disso, a Bíblia fala da família como o ponto de contato estratégico entre o indivíduo e a comunidade maior.
A família é um amortecedor, oferecendo refúgio e paz (Pv 25.24; Lc 10.5; Mc 3.20-21). É um ambiente para
desenvolver relacionamentos (cf. 1Tm 5.1-2), suprir necessidades (Rm 12.13) e comunicar ideias
(especialmente o evangelho) de maneira seletiva, mas liberal (Mt 9.10-11; 10.12-13; Fm 2). É notável que os
lares foram os principais instrumentos de evangelização e ministério na igreja primitiva (At 2.46; 1Co 16.15;
Cl 4.15). A família é o campo de treinamento de cidadãos responsáveis (Dt 11.9-21) que podem causar um
impacto permanente na sociedade (Sl 127.3-5; Ml 2.15). Ela é, acima de tudo, um ambiente propício para
desenvolvimento da fé viva (Dt 6.7; 2Tm 1.5).

A família como unidade relacional. O segundo grupo de palavras que denotam “família” é patria (e outra
afim, genos ), no Novo Testamento (em hebraico, mispabah ). Elas ocorrem menos de vinte e cinco vezes no
Novo Testamento, enquanto mispahah ocorre no Antigo Testamento cerca de trezentas vezes. Essas palavras
destacam as relações que mantêm as famílias juntas, ou seja, o parentesco. Associações frágeis às vezes
chamadas “família” na cultura contemporânea são desconhecidas na Bíblia. A família é formada pelo
casamento, depois nascimento ou adoção (Gn 15.3). Pela Bíblia, um relacionamento não é uma ligação
emocional. O relacionamento implica um conjunto de responsabilidades exigidas por laços de compromisso
(casamento) e sangue (filhos). Os princípios bíblicos para construir relacionamentos devem ser interpretados
nesses termos. A Bíblia mostra pouco interesse em preocupações modernas como capacidade de relacionar-
se ou dinâmicas interpessoais. Os relacionamentos familiares repousam principalmente na responsabilidade
para com o cônjuge, os filhos, os pais e os parentes (Ef 5.22-6.4).

A Bíblia e as questões familiares

Como a unidade social básica, cada questão social atinge de algum modo a família. É claro, porém, que
algumas questões chegam mais perto do centro da identidade e do bem-estar familiar. Na sociedade
contemporânea, estariam entre essas questões: papéis sexuais (veja acima), a extensão e os tipos de
comportamento sexual e os padrões de casamento.

A Bíblia e a sexualidade humana. O primeiro princípio bíblico da sexualidade humana é que o sexo é
legítimo exclusivamente dentro da aliança do casamento. A declaração concisa desse princípio em Gênesis
2.24 é a corte de apelação em todo o Novo Testamento em questões ligadas ao casamento e ao
comportamento sexual (veja Mt 19.5-6; Mc 10.8; Ef 5.31). As implicações desse princípio orientador são
também examinadas na Bíblia. Primeiro, todos os desvios sexuais são condenados (Gl 5.19; Rm 1.24). Entre
eles a relação sexual com crianças (pedofilia, veja Mt 18.6), o incesto (Lv 20.11-21) e o comportamento
homossexual (Lv 18.22; Rm 1.26-27). Segundo, a atividade sexual está sempre ligada à edificação da
família. Isso não significa que o único propósito da sexualidade são os filhos, por mais que sejam
importantes (Sl 127.3-5; 128.3-6). Significa que a Bíblia coloca o sexo dentro da estrutura da formação da
família. Todo ato sexual, de regra, possui potencial para concepção. E a relação sexual é o meio pelo qual se
cumpre a ordem divina de gerar filhos (Gn 1.28). Ele também expressa amor (Hb 13.4), nutre o
companheirismo (Pv 5.18-19) e fortalece o compromisso (1Co 7.3-4). Por conseguinte, como princípio
operacional, qualquer atividade sexual que não possa ser considerada promotora da formação de famílias vai
contra a Bíblia. O sexo pré-conjugal, por exemplo, coloca a intimidade sexual antes da aliança do casamento.
Ele também tem o potencial de produzir filhos para os quais ainda não foi preparado o ambiente seguro de
um lar (casamento). Assim, ele não consegue edificar uma família. Terceiro, a sexualidade causa
consequências psicológicas poderosas. O sexo é o modo de união no casamento (Gn 2.24). Ele junta duas
pessoas formando “uma carne” (veja acima). O sexo no casamento desenvolve a personalidade. Mas fora
dele, distorce e prejudica emocionalmente (1Co 6.18; Ml 2.16). Quarto, o casamento é a provisão divina para
expressão sexual (1Co 7.9). Como tal, é normal e bom (Jo 2.1-11; 1Tm 4.3; 5.14). A Bíblia certamente
permite o celibato e o recomenda para uma vida de devoção completa (1Co 7.7-9,32-34). Mas a noção de
celibato egoísta que busca o próprio prazer é estranho à Bíblia. O celibato bíblico sempre inclui castidade e
devoção (Mt 19.10-12; 1Tm 5.9-11).

A Bíblia e o divórcio e o novo casamento. Assim como ocorre hoje, o divórcio era comum em todo o mundo
greco-romano e em Israel após o exílio (cerca de 536 a.C.). Isso explica os severos alertas a respeito do
divórcio e novo casamento em Malaquias (cerca de 430 a.C.) e em todo o Novo Testamento. Enquanto o
divórcio vem se tornando mais aceitável na sociedade, os cristãos questionam cada vez mais o ensino bíblico
sobre o assunto. A discussão envolve quatro passagens-chave nos evangelhos (Mt 5.32; 19.3-12; Mc 10.2-
12; Lc 16.18), uma nas epístolas de Paulo (1Co 7) e algumas no Antigo Testamento (especialmente Dt 24.1-
4). A questão decisiva nessas passagens é se há motivos justificáveis para o divórcio e, caso haja, quais.
Debates extensos tem levado a diferentes conclusões entre cristãos evangélicos. Alguns não encontram
permissão alguma para o divórcio. Outras encontram uma, duas ou várias. Outras permitem o divórcio, mas
não o novo casamento. Um ponto crucial nesse debate é Mateus 19.3-9 (também Mc 10.2-12), onde Jesus
citou a permissão mosaica de um “certificado de divórcio” no contexto do próprio ensino. Jesus afirmou que
Moisés “permitiu” essa prática por causa da dureza dos corações. A prática é descrita em Deuteronômio
24.1-4 que, porém, não prescreve nenhuma base para divórcio. Antes, proíbe o novo casamento de um casal
previamente divorciado. O motivo do divórcio (“por ter ele achado coisa indecente nela”) é ambíguo em
hebraico. Já na época do Novo Testamento, os rabinos judeus dividiam-se quanto ao significado da frase. Os
seguidores do rabino Shammai limitavam o significado a “adultério”. Os seguidores do rabino Hillel
incluíam qualquer coisa que desagradasse. A pergunta dos fariseus reflete esse debate (19.3). Jesus evitou o
laço armado e, ao mesmo tempo, elaborou três pontos importantes acerca do divórcio. Primeiro, ele declarou
que a questão do divórcio não era pertinente. Deus queria que o casamento fosse uma relação de aliança e
uma união que formasse “uma só carne” pelo resto da vida (19.4-6). Segundo, Moisés não instituiu o
divórcio, nem forneceu bases para isso. Ele só permitiu e regulamentou o divórcio como uma realidade
social que resultava em última análise do pecado. Terceiro, o Senhor designou a imoralidade sexual como a
única base para o divórcio (1990). A palavra usada é porneia (cf. a palavra “pornografia”), um termo um
tanto amplo que inclui outros tipos de imoralidade além do adultério. Há muito se entende que o ensino de
Paulo em 1 Coríntios 7 acrescenta uma segunda exceção para o divórcio. Nesse caso, um crente “não fica
sujeito à servidão”, caso o cônjuge incrédulo deixe a relação de casamento (1Co 7.12-15). Tomadas em seu
sentido literal, essas palavras parecem indicar desobrigação do compromisso marital e, portanto, liberdade
para novo casamento (cf. 7.39). Em 7.10-11 Paulo reiterou o ensino do Senhor sobre o ideal do casamento.
Os maridos e as esposas não se separem. Mas caso o façam, devem buscar reconciliação ou permanecer sós.
A palavra aqui traduzida por “separar” ( chorizo ) pode incluir o divórcio. Parece mais natural pressupor que
a Bíblia aceita o novo casamento em casos de imoralidade sexual e abandono. Em 1 Coríntios 7.8-9 Paulo
disse que é melhor que os “solteiros” casem-se em vez de se arriscarem à imoralidade sexual. Em 1 Coríntios
7.27-28, Paulo deu uma orientação ainda mais geral ao tratar de tais pessoas. A palavra “solteiros” ( agamos
) não se refere exclusivamente a pessoas que nunca se casaram (“virgem”, parthenos ) ou a viúvas ( chera ).
Ela parece englobar pessoas que não se encontram casadas por algum outro motivo. Observe o contraste
entre “solteiro” e “viúvas” (7.8,39) e “virgens” (7.27-28). A Bíblia destaca que o próprio Deus pretende que
o casamento seja uma relação de aliança vitalícia entre um homem e uma mulher. Deus declara seu ódio ao
divórcio (Ml 2.16). Tanto o Senhor como Paulo foram coerentes ao apelar à ordenança do casamento na
criação em seu ensino. A Bíblia não exige nem recomenda em parte alguma o divórcio. Antes, o perdão e a
reconciliação são estimulados (1Co 7.11). Todas as exceções são dadas com reserva, como um meio de
regular condições pecaminosas. Em suma, a fácil aceitação do divórcio moderno é estranha à Bíblia.

A Bíblia como recurso para edificação da família


A conhecida passagem de 2 Timóteo 3.16 sobre a inspiração é uma declaração não só da origem da Bíblia,
mas de sua utilidade “para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. É
interessante que o versículo fazia ligação entre o ministério de Timóteo na época e sua infância (2Tm 3.15).
Paulo lembrou a ele que as Escrituras que haviam moldado seu caráter na infância agora serviam de
fundamento para o trabalho de sua vida. As Escrituras desempenhavam papel crucial na participação de
Timóteo na mesma “fé sem fingimento” que possuíam sua mãe e avó (2Tm 1.5). Escritores antigos como
Tertuliano (falecido em cerca de 215 d.C.) afirmaram que a leitura da Bíblia estava no centro da vida
familiar cristã primitiva (À Sua Esposa 2.8). Agostinho (falecido em 430 d.C.) menciona a leitura do salmo
101 pela família para consolo na casa de sua mãe no funeral dela (Confissões, 10.12). Policarpo, um
discípulo do apóstolo João (falecido em cerca de 155 d.C), elogiou a igreja de Filipos pela constância na
devoção familiar: “Tenho certeza de que sois bem versados nas sagradas Escrituras e que de nada vos
esquecestes” (Aos Filipenses, 12.1). Infelizmente, muito dessa ênfase na devoção familiar dissolveu-se na
Idade Média. A Bíblia foi restrita ao clero, e diminuiu-se a ênfase no estudo acadêmico da Bíblia. A Reforma
(século VXI) muito fez para reviver a vida devocional da família, ainda que não tenha chegado aos níveis
dos primeiros séculos cristãos. Em anos recentes, a prática voltou a ser negligenciada. A edificação bíblica
da família, porém, depende da devoção familiar. Os estatutos e os mandamentos de Deus devem ser
constantemente ensinados. As crianças devem ser criadas de modo que temam a Deus e vivam em
obediência (Dt 6.1-8). De maneira amorosa, elas devem ser instruídas e guiadas “no Senhor” (Cl 3.21; Ef
6.4). A Bíblia incentiva a família a criar uma atmosfera de devoção (Êx 12.25-27; Dt 12.7; Sl 78.1-8; Is
38.19), onde a Palavra de Deus seja ensinada e haja uma obediência contínua a ela. Assim, em
Deuteronômio 6, os filhos são ensinadas quando os pais fazem com que os estatutos divinos recebam atenção
constante da família. Pelo aspecto negativo, isso implica que a Bíblia não deve ser usada de forma imprecisa
ou inadequada. Pelo aspecto positivo, implica que a leitura da Bíblia ocorre com regularidade. E,
principalmente, implica que a Bíblia deve ser obedecida; e o Salvador, de quem ela fala, adorado.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos a respeito da pureza e da castidade. Analisaremos a importância de nos guardarmos
sexualmente para o casamento. Veremos também que a prática sexual só é abençoada por Deus quando
realizada dentro dos propósitos divinos, ou seja, no casamento. Na sociedade atual, tratar a respeito deste
assunto pode parecer algo ultrapassado, porém como cristãos não podemos negar a nossa crença de que Deus
deseja a pureza sexual até o casamento. Santidade é para os crentes de todos os tempos. Não se deixe
enganar pelas filosofias malignas da nossa sociedade (Rm 12.2). Não tenha medo de dizer: “Eu creio na
castidade”.

I. E POSSÍVEL SER CASTO EM MEIO A UMA GERAÇÃO CORROMPIDA

1. O que é a castidade? Castidade é um estado de pureza. É uma atitude que a pessoa toma em relação à
preservação do seu corpo no tocante a uma prática sexual indevida. É uma virtude que está associada à
sexualidade, e não apenas ao ato sexual. É a abstenção de prazeres carnais, sexuais, e de tudo que a eles se
refere. Você pode estranhar, mas a castidade aos olhos de Deus é tão importante que é recomendada até para
as pessoas casadas. Para os casais? Sim! Castidade para os cônjuges não significa abstinência sexual, como é
para os solteiros, e sim fidelidade, temor, respeito e pureza no relacionamento conjugal. Os casados não
estão autorizados por Deus a ter uma vida desregrada sexualmente (infidelidade), pois atrairão para si o juízo
divino (Hb 13.4). Observe que a castidade, então, é uma forma de viver, preservando-se de atos sexuais
condenados por Deus e demonstrando amor para com o próprio corpo e mente. Castidade é diferente de
virgindade, pois mesmo uma pessoa que tenha tido uma vida sexual ativa antes de conhecer a Jesus como seu
Salvador, depois da conversão pode se tornar casta. Muitos jovens chegam à igreja e se convertem depois de
terem vários tipos de relacionamentos, mas se esse jovem, pela fé, entendeu que o melhor caminho é a
abstinência sexual até que se case, ele será um jovem casto. Muitos jovens se tornam castos depois da
conversão, pois como nova criatura, estão buscando guardar seu corpo e mente para um compromisso futuro,
segundo os padrões divinos.
2. Um mundo dominado pela sensualidade. Nossa sociedade está impregnada de mensagens voltadas para
o sexo. Na mídia, vemos um forte apelo sexual. Não é raro ver mulheres expondo o corpo em novelas, filmes
e comerciais de TV. Existe um clamor da sociedade, corrompida pelo pecado, para que os jovens e
adolescentes pratiquem sexo antes do casamento. Muitos erradamente afirmam que tal prática pode
evidenciar se o casal vai se adaptar ou não sexualmente depois de se casarem. Em todos esses artifícios
vemos a falta de temor a Deus e a desobediência aos ensinos divinos.

3. O que move as pessoas à prática do sexo fora do casamento? Existem diversos fatores que podem
explicar o motivo de alguns jovens buscarem a satisfação sexual a todo custo. Vejamos alguns:

a) Baixa autoestima. A pessoa se envolve em vários relacionamentos sexuais na tentativa de sentir-se bem
consigo mesma. Tomemos como exemplo a mulher samaritana. Ela buscava preencher o vazio de sua alma
tendo relacionamentos com homens, inclusive um casado (Jo 4.17,18).

b) Falta de aceitação dos pais. Muitos pais não demonstram amor e aceitação por seus filhos. Os filhos
crescem e passam a buscar na prática sexual fora do casamento a aceitação e o afeto que não recebem no lar.
Talvez seus pais não tenham demonstrado seu amor da forma que você gostaria, mas saiba que temos um Pai
Celeste que nos ama e deseja curar as nossas carências e feridas emocionais.

c) A pressão exercida pelas amizades. Muitos jovens caem na prática pecaminosa do sexo antes do
casamento, apenas por que todos os seus amigos e amigas o fazem também. Muitos são conduzidos ao
pecado por medo de perder a pessoa que tanto amam. Em geral, isso tende a acontecer com as moças, que
por receio de perderem um “grande amor”, acabam cedendo à pressão de fazer sexo. Não se deixe enganar.
Quem ama sabe esperar. O verdadeiro amor não busca somente os seus interesses.

II. POR QUE ESPERAR ATÉ O CASAMENTO (1Ts 4.3; 2Tm 2.22)

1. Deus condena a prostituição. O autor da Carta aos Hebreus diz: “Venerado entre todos seja o matrimônio
e o leito sem mácula, mas aos adúlteros e aos que se dão à prostituição, Deus os julgará” (Hb 13.4). Muitos,
erroneamente, acreditam que prostituição ocorre somente quando uma pessoa paga ou recebe dinheiro para
fazer sexo. Porém, aos olhos de Deus, quando um jovem solteiro mantém um relacionamento sexual, está se
prostituindo e seu relacionamento está manchado. O sexo entre pessoas solteiras é chamado fornicação. Na
Bíblia, tal prática é tida como uma impureza sexual. Quem se entrega a tal prática não herdará a vida eterna
(Ap 21.8).

2. Deus valoriza a castidade. Quando Deus nos diz que devemos nos resguardar sexualmente até o
casamento não planeja nos punir ou castigar. Na verdade, Ele está nos poupando de problemas físicos e
emocionais advindos de uma sexualidade precoce. A ordem divina não apenas nos poupa desses problemas,
mas igualmente de doenças sexualmente transmissíveis e de planos frustrados, como deixar de concluir os
estudos por força de uma gravidez fora de hora e as responsabilidades da maternidade e paternidade não
planejados. Portanto, vale a pena esperar em Deus e ter uma vida casta. A castidade não é apenas a
abstinência do ato sexual, mas sim uma forma de agir, pensar e de conviver com outras pessoas. Uma pessoa
casta policia seus pensamentos, a forma como se veste, como fala e como se relaciona com o próximo, para
não despertar desejos sexuais indevidos em outras pessoas. O jovem e a jovem que temem a Deus não devem
despertar desejos sexuais que não poderão ser satisfeitos fora do casamento. Castidade é mais que
abstinência do sexo; é um estilo de vida que demonstra respeito não apenas a Deus, mas também por si
mesmo, para que seu corpo não seja visto como um objeto a ser descartado depois de ter dado prazer a
alguém.

3. Não precisamos ceder à cultura do mundo. A cultura de nossos dias ensina que a vida sexual antes do
casamento é benéfica, e que se uma pessoa não está satisfeita com seu namorado, pode buscar o prazer com
outra pessoa. Esse é um pensamento satânico e fere o princípio dado por Deus sobre o homem e a mulher
serem um por meio do casamento. Paulo diz que se um homem se junta com uma prostituta, faz-se um só
corpo com ela (1Co 6.16). Seja solteiro(a), seja casado(a), se um homem ou mulher busca o prazer sexual
fora dos limites ordenados por Deus, não pode esperar ser abençoado(a) por Ele nessa área.

III. O QUE FAZER QUANDO SE TOMAM DECISÕES PRECIPITADAS (Mt 5.28; 1Jo 1.9; 1Jo 1.7)

1. Arrependa-se. O pecado sexual traz graves consequências, mesmo que não sejam sentidas de imediato.
Alguém sempre sai ferido quando há uma relação sexual ilícita ou fora do casamento.

2. Afaste-se do pecado. Seja vigilante, resista à tentação sexual. Deus perdoa os nossos pecados por causa
de sua fidelidade, mas o pecado sexual tem a tendência de perseguir aqueles que uma vez já cederam aos
seus desejos (1Jo 1.9). Por isso é tão importante que você corte os vínculos com qualquer situação que o
exponha a essa prática, ou certamente entraremos em um círculo vicioso de pecado, arrependimento e busca
pelo perdão divino. Não se esqueça que é importante, na busca do perdão de Deus, confessar o pecado e
abandoná-lo: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa
alcançará misericórdia” (Pv 28.13).

3. Obedeça a Deus. Quando nos guardamos sexualmente até o casamento, estamos obedecendo a Deus no
tocante à pureza do nosso corpo. O que recebemos em troca por manter nosso corpo e mente puros? Somos
honrados por Deus. O Senhor tem um compromisso com aqueles que o honram e obedecem aos seus
mandamentos. Mais que apenas conhecer a Deus, Ele valoriza a obediência aos seus preceitos. Não adianta
conhecer a Deus e desprezar suas orientações. Os dois filhos de Eli eram sacerdotes, mas desprezaram seu
ministério e pecaram gravemente contra Deus, inclusive tendo relações sexuais com diversas mulheres (1Sm
2.22), e Deus disse a Eli que os julgaria, pois “aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam
serão envilecidos” (1Sm 2.30). Portanto, não tenha dúvidas de que Deus honra aqueles que o honram e
obedecem aos seus mandamentos. Há pessoas que já tiveram relações sexuais antes de conhecerem a Jesus.
O que essas pessoas devem fazer? Elas devem se guardar da prática sexual até o casamento. Todos estão
sujeitos a errar, mas persistir no erro é tolice.

CONCLUSÃO

O sexo é uma bênção de Deus, a fim de que o homem e a mulher tenham satisfação e possam procriar.
Entretanto, o sexo exige responsabilidade e compromisso que apenas o casamento proporciona. Qualquer
prática sexual fora do matrimônio, seja para solteiros, seja para casados, corrompe o que o sexo tem de bom
e atrai o julgamento de Deus. Portanto, guarde-se dessa prática e espere que Deus conduza você a um
casamento abençoado e a uma vida sexual dentro dos padrões divinos.

SUBSÍDIO

“Virgem é quem não teve relação sexual. Essa palavra corresponde à tradução de duas palavras hebraicas do
AT e uma grega no NT: (1) A palavra hebraica btula, ‘virgem’, também é usada figuradamente para nações e
nomes de lugares. (2) A palavra hebraica alma, ‘mulher jovem, virgem’ é a forma feminina de elem, ‘homem
jovem’. Quanto à questão muito discutida se a palavra sempre significa apenas virgem, a etimologia nada
oferece que possa ajudar, e mesmo seu uso não é totalmente determinante neste caso. Entretanto, podemos
dizer corretamente que ela se aplica somente a mulheres solteiras, (3) A palavra grega parthenos, ‘virgem’,
foi empregada na tradução da LXX de Isaias 7.14 e está na citação de Mateus 1.23. Ela também foi usada
para descrever Maria em Lucas 1.27, as filhas de Filipe (At 21.9) e aqueles que formam a noiva de Cristo
(2Co 11.2). A virgindade da noiva era especialmente importante para os israelitas antes do casamento (Lv
21.13; Dt 22.13-21). Portanto, o noivo podia exigir uma prova da virgindade antes da consumação do
casamento. Os pais da noiva teriam, então, que exibir provas dessa ‘virgindade’ (em hebraico btulim),
provavelmente alguma de suas vestes manchadas com sangue menstrual para provar que não estava grávida.
O crime seria ter tido uma relação sexual com um terceiro quando já estava comprometida, porém ainda
vivendo com seus pais. Por outro lado, a infecundidade era considerada tamanha desgraça, que poderia ser
comparável à morte antes do casamento (Jz 11.37,38)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD,
2010, pp.2022-23).
COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Um dos maiores desafios da Igreja, nestes dias trabalhosos e difíceis, é a educação materialista, secularizada
e relativista que vai, desde o ensino fundamental até à universidade. As crianças, adolescentes e os jovens
são alvos dessa educação permeada de falsas filosofias e enunciados contrários às Sagradas Escrituras.

I. O ENSINO OFICIAL EM NOSSO PAÍS TENDE AO MATERIALISMO

1. A educação sexual. A maioria dos pais desconhece o que os seus filhos aprendem sobre sexualidade nas
escolas. Trata-se, via de regra, de um ensino antibíblico e pecaminoso. A educação sexual, com base na
pureza das Sagradas Escrituras, é dever da família e dos educadores realmente cristãos que, na Bíblia, têm a
única regra de fé e prática.

2. A Nova Era nas escolas. A Nova Era é a religião do Anticristo. Esse movimento vem entrando
sorrateiramente nas escolas, onde as crianças são levadas a praticar ritos pagãos e técnicas de relaxamento,
que muitos males psicológicos, emocionais e espirituais causam aos nossos filhos, levando-os a perder a
capacidade de discernir entre o certo e o errado.

II. AS CRIANÇAS SÃO ALVOS PREFERENCIAIS DA EDUCAÇÃO MATERIALISTA

1. O ateísmo incutido na mente infantil. Quando o comunismo estava no auge, principalmente no leste
europeu, sua doutrina era ensinada sistematicamente a partir das crianças. Em nosso país, o ensino
materialista vem predominando, especialmente nas áreas de Ciências e História, incutindo na mente das
crianças a descrença em Deus por meio da falsa teoria do evolucionismo.

2. Crianças ameaçadas pelo materialismo. As crianças são alvos fáceis do materialismo ateu. Existe um
plano diabólico orquestrado contra elas. Há países em que as crianças não podem sequer agradecer a Deus
pelo lanche na hora do recreio. Os pais cristãos precisam estar mais atentos e orar constantemente por seus
filhos. Com sabedoria, verifique quem são os seus professores, qual a linha pedagógica da escola e o que
estão aprendendo, pois é grande a influência do materialismo por toda parte. É por isso que a Bíblia adverte-
nos a ensinar as crianças no caminho em que devem andar (Pv 22.6; Jz 13.8,12).

3. O que a Bíblia ensina sobre a educação das crianças?

a) No Antigo Testamento as crianças eram valorizadas. Elas participavam do louvor a Deus ao lado dos
adultos. No Salmo 148, os velhos, os rapazes, as donzelas e as crianças são exortados a louvar a Deus. As
mulheres e os meninos alegravam-se durante os eventos sagrados (Ne 12.43).

b) No Novo Testamento as crianças foram apresentadas como exemplo. Jesus foi extremamente cuidadoso
com as crianças. Certa vez, o Mestre indignou-se e repreendeu seus discípulos por afastarem-nas de sua
presença. Asseverou-lhes: “Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de
Deus” (Mc 10.14). Os pais cristãos devem, com graça e conhecimento bíblico, fazer tudo o que estiver ao
seu alcance, a fim de que seus filhos sigam a Jesus.

c) As crianças devem ser ensinadas a caminhar com Cristo. Muitos cristãos não cumprem a ordenança do
Senhor em relação às crianças. É preciso cuidar delas (Jo 21.15), e remover qualquer obstáculo que as
impeça de caminhar com Cristo (Lc 18.16). Ver também Pv 22.6; Ef 6.4.

III. ADOLESCENTES E JOVENS AMEAÇADOS


1. A adolescência. É a idade que vai do final da infância à juventude. A maior parte dos crentes que se
desviam do evangelho de Cristo está nessa faixa etária, pois são atraídos irresistivelmente pelo mundo. De
acordo com as amizades que eles cultivam, podem ter sua personalidade bem formada, ou deformada. Ler
1Co 15.33; Rm 16.17; 2Co 6.14-17. Muitos deles têm como ícones pessoas destituídas do Reino de Deus.

2. A juventude. Em certas escolas e faculdades, o ensino materialista visa incutir na mente dos jovens idéias
ateístas e anticristãs. Entretanto, o jovem cristão, mais do que os outros, tem a seu dispor recursos valiosos
para suas decisões. Ele tem a Palavra de Deus e a comunhão da Igreja de Cristo para que o orientem em
todos os seus caminhos (Sl 119.9,105).

3. Os “pontos de apoio”. A família, a igreja e os amigos crentes servem como sustentação para os
adolescentes e jovens. Esses "pontos de apoio" são muito importantes e podem marcar toda a sua trajetória
na busca de um futuro promissor. Quando os adolescentes cristãos encontram, na igreja, pessoas de sua idade
que temem a Deus, tudo começa a caminhar no rumo certo (Sl 119.63). É a promessa divina.

4. Perigos na formação espiritual. A formação espiritual começa no lar. Se o adolescente e o jovem


tiverem uma firme base espiritual na família, poderão encarar, sem medo, a onda de materialismo que varre
as escolas seculares. A igreja local pode muito ajudar nesse particular. É nas escolas seculares que se ensina
a “teoria da evolução”, negando o criacionismo bíblico. Ao mesmo tempo, fazem apologias ao
homossexualismo e a outros comportamentos condenados pela Bíblia Sagrada. Daí a importância do ensino
religioso no lar. A Bíblia diz: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra; e luz para o meu caminho” (Sl
119.105).

5. Amizades perigosas, jovens e adolescentes cristãos correm o risco de ser envolvidos por amizades
ímpias. Muitos caem em armadilhas, envolvendo-se com drogas, sexo ilícito e violência. É preciso saber
escolher os amigos. Diz o salmista: “Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os teus
preceitos” (Sl 119.63). Por incrível que pareça, até nas igrejas, há amizades perigosas. Há pessoas que não se
converteram verdadeiramente, influenciando os simples ao pecado. Pais e pastores, estejamos alertas.

6. Perigos dentro de casa, na internet, nos filmes e novelas condenáveis. Há muitos adolescentes, jovens
(e até adultos) que se tornam viciados e escravos da internet. Não oram, não lêem a Bíblia, não frequentam a
Escola Dominical, pois deixaram-se escravizar por cenas e imagens geradas no próprio inferno. Cuidado
com as visitas aos chats, blogs e flogs. Use a internet com discernimento e temor a Deus.

IV. UMA PERSPECTIVA DE VITÓRIA

1. As portas do inferno não prevalecerão. Respondendo aos discípulos sobre a sua identidade messiânica,
Jesus afirmou: Eu “edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18).
Ao longo dos séculos, “as portas do inferno” têm combatido fortemente os arraiais dos cristãos, mas não têm
prevalecido, nem haverão de prevalecer. Aleluia!

2. Temos uma poderosa armadura para vencer. Com a armadura espiritual, a criança, o adolescente, o
jovem e o adulto podem vencer os desafios do materialismo nas escolas e onde quer que ele se apresente (Ef
6.10-17). Com o poder de Deus, “somos mais do que vencedores” (Rm 8.37-39).

CONCLUSÃO

Esperamos que essas reflexões despertem os servos de Deus contra os terríveis perigos que rondam e
assaltam especialmente as crianças, adolescentes e jovens, através dos ensinos materialistas e ateus
ministrados nas escolas seculares.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Apologético
“A Ciência como Apologética

Nós ouvimos, por todos os lados, que a ciência desaprovou o cristianismo, mas hoje em dia a evidência
histórica nos dá uma resposta clara: ao contrário, foi o cristianismo que possibilitou a ciência. Ao invés de
nos sentirmos intimidados por ataques feitos em nome da ciência, podemos mostrar que a própria existência
do método científico, e tudo o que alcançou, é um grande argumento de defesa da verdade do cristianismo.
Historicamente, muitos cristãos fizeram exatamente isso. Isaac Newton, com freqüência considerado o maior
dos primeiros cientistas, era um cristão devoto, cuja procura pela ciência era fortemente motivada pelo seu
desejo de defender a fé. Ele acreditava de modo convicto que o estudo científico do mundo precisaria levar
diretamente ao Deus que criou o mundo. A ciência nos mostra ‘qual é a primeira causa, qual poder Ele tem
sobre nós e quais benefícios nós recebemos dEle’, escreveu Newton, para que ‘o nosso dever em relação a
Ele, assim como em relação aos outros, apareça em nós pela luz da natureza’. E por que a ciência nos mostra
tudo isso? Porque o assunto da ciência é ‘deduzir as causas a partir dos efeitos, até que cheguemos à primeira
causa, que certamente não é mecânica’. Em outras palavras, o mundo pode operar por causas mecânicas, mas
quando procuramos as suas origens, deduzimos que a primeira causa deve ser um Ser inteligente e racional”.
(COLSON, C.; PEARCEY, N. O cristão na cultura de hoje. RJ: CPAD, 2006, p.237-8.)

APLICAÇÃO PESSOAL

O cristão é desafiado constantemente a responder a razão de sua fé concernente aos dilemas


suscitados pela ciência (1 Pe 3.15; Jd v.3). A ciência moderna costuma distinguir e conceder pesos
diferentes entre as afirmações que ela própria faz e as que o cristianismo defende. Para os cientistas, o
criacionismo é um assunto que diz respeito à fé e à consciência individual e um problema da religião. E
para você? A Bíblia só é digna de crédito se a ciência, a história ou a arqueologia comprovarem as
doutrinas bíblicas? Lamentavelmente muitos crentes buscam comprovações científicas para os relatos
bíblicos; são servos dos cientistas, não de Cristo; escravos da ciência, não das Escrituras.

4) Homossexualidade. É a prática das relações sexuais com pessoas do mesmo sexo. Pode ser masculino ou
feminino. É considerado um pecado muito grave na Lei de Deus. No Antigo Testamento, já havia a
condenação explícita da união homossexual (Lv 18.20; 20.13). No Novo Testamento, a reprovação não é
menos incisiva do que no Antigo Pacto, como vemos em 1 Coríntios 10.11. Esse texto sagrado mostra que os
efeminados, ou seja, os homossexuais passivos, que fazem o papel de “mulher” na relação, e os sodomitas,
que fazem o papel de “homem”, não herdarão o Reino de Deus. Significa que estão na prática de um pecado
tão grave que os impede de irem aos céus após a morte. As expressões usadas no texto sagrado sobre a
prática homossexual são terrivelmente condenatórias (Rm 1.22-28). 1 Coríntios 6.9,10 apresenta uma lista de
pecados, que embora incompleta, representa os principais tipos de pecados morais que caracterizam o não
salvo. O reino é a esfera espiritual da salvação em que Deus governa como rei sobre todos aqueles que
pertencem a ele pela fé (Mt 5.3,7). Todos os cristãos estão nesse reino espiritual, porém estão aguardando
para entrar na plena herança dele no tempo vindouro. As pessoas caracterizadas por essas iniqüidades não
são salvas. Conquanto os cristãos possam cometer, e cometam, esses pecados, eles não os caracterizam como
um padrão de vida contínuo. Quando isso acontece, fica demonstrado que a pessoa não está no reino de
Deus. Os verdadeiros cristãos que pecam ressentem-se do seu pecado e buscam conquistar a vitória sobre ele
(Rm 7.14-25). Nesta relação incompleta de pecados apresentada pelo apóstolo, temos ‘efeminados...
sodomitas’ - esses termos dizem respeito àqueles que trocam e corrompem os papéis e as relações sexuais
normais entre homem e mulher; estão incluídos o travestismo, a mudança de sexo e outras perversões quanto
ao gênero (Gn 1.27; Dt 22.5). Os sodomitas são chamados assim porque o pecado do sexo entre homens
dominou a cidade de Sodoma (Gn 18.20; 19.4,5). Essa perversão pecaminosa é sempre condenada, de
qualquer modo, pela Escritura (Lv 18.22; 20.13; Rm 1.26,27; 1Tm 1.10). O Antigo Testamento condena
explicitamente a união homossexual, considerando-a "abominação" a Deus (Lv 20.13; 18.20). O Novo
Testamento confirma essa condenação, reprovando a homossexualidade de modo não menos incisivo: "Não
erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os
ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de
Deus" (1Co 6.10; cf. Rm 1.18-32). É a pratica das relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Pode ser
masculino ou feminino. O homossexualismo e o lesbianismo são uma aberração e, salvo os poucos casos em
que há distúrbios de saúde física e/ou mental, é uma expressão de rebeldia contra Deus (Rm 1.21-28; Lv
18.22). O homossexualismo e o lesbianismo são o mais baixo nível de degradação moral e a maior expressão
do juízo de Deus (Rm 1.24-28). Paulo diz que Deus entregou tais homens à imundícia (Rm 1.24), a paixões
infames (Rm 1.26) e a uma disposição mental reprovável (Rm 1.28). Tanto a imundícia como as paixões
infames, assim como a disposição mental reprovável, apontam para a imoralidade sexual, sobretudo o
homossexualismo. Não podemos concordar com a bandeira levantada pelos ativistas Gay’s, quando afirmam
que o homossexualismo é uma opção normal e que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma união
de amor que deve ser chancelada pela lei de Deus e dos homens. Ao descrever o homossexualismo, Paulo
aponta sete características desse pecado abominável: (1) imundícia (Rm 1.24); (2) desonra para o corpo (Rm
1.24); (3) paixão infame (Rm 1.26); (4) anti-naturalidade (Rm 1.26); (5) contrariedade à natureza (Rm 1.26);
(6) torpeza (Rm 1.28) e; (7) erro (Rm 1.28). Portanto, o homossexualismo e o lesbianismo são uma negação
total do mundo natural. Refuta qualquer possibilidade de continuidade e ameaça a identidade da pessoa como
fruto do relacionamento de um pai e uma mãe.

5) Transexualidade. O transexualismo, também conhecido como transgeneridade, Transtorno de Identidade


de Gênero (TIG) ou disforia de gênero, é um sentimento de que seu gênero biológico/genético/fisiológico
não corresponde ao gênero com o qual você se identifica e/ou se percebe. É um “transtorno de identidade de
gênero” ou “disforia de gênero”, segundo a Organização Mundial da Saúde. Nesse transtorno, a pessoa
sente-se desconfortável com o sexo biológico com que nasceu. Um homem “sente-se mulher”, uma mulher
“sente-se homem”, e a pessoa deseja “mudar de sexo”. Isso é absolutamente impossível. Jamais alguém
poderá mudar de sexo. Essa distorção da identidade humana está associada à falsa e perversa “ideologia de
gênero”, que prega que a pessoa não nasce com gênero definido, mas com “gênero neutro”. Quando cresce,
depois da puberdade, “escolhe” o gênero com que se identifica. Essa ideologia é, no entanto, falsa,
tendenciosa e perversa. É de origem satânica, pois pretende destruir o plano de Deus para a sexualidade e a
identidade biológica do homem, além de não ter a mínima base científica. O Colégio Americano de Pediatria
desmascarou essa falsa ideologia em 2017 e recomendou a educadores e a legisladores para não ensinarem
essa aberração a crianças, pois isso provocará uma tremenda confusão na mente delas. Isso comprova
cientificamente que os seres humanos possuem um sexo biologicamente determinado e diferenças sexuais
inatas. A regra é que o organismo humano seja concebido como masculino ou feminino. Os pares de
cromossomos sexuais “XY” e “XX” são determinantes genéticos do sexo, respectivamente masculino e
feminino. Não são marcadores genéticos de um corpo desordenado ou um defeito de nascimento. A
sexualidade binária é binária por sua própria concepção, sendo a finalidade a reprodução de nossa espécie.
Esse princípio é auto-evidente. É uma terrível afronta à sacralidade do corpo humano, que foi criado por
Deus, com sua identidade binária: “macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). A igreja cristã deve rejeitar
peremptoriamente toda argumentação a favor da falsa ideologia de gênero e da transexualidade, ou a falsa
“mudança de sexo”. Os transexuais/transgêneros geralmente se descrevem como se estivessem “presos” em
um corpo que não corresponde ao seu verdadeiro gênero. Eles costumam praticar o travestismo e também
podem procurar a terapia hormonal e/ou a cirurgia de mudança de sexo para adequar seus corpos ao gênero
percebido. A Bíblia em nenhum lugar menciona explicitamente a transgeneridade ou descreve alguém como
tendo sentimentos transgêneros. No entanto, a Bíblia tem muito a dizer sobre a sexualidade humana. O
conceito mais básico para nossa compreensão de gênero é que Deus criou dois (e apenas dois) gêneros:
“homem e mulher os criou” (Gn 1.27). Toda a especulação moderna sobre numerosos gêneros ou fluidez de
gênero - ou mesmo um “continuum” de gênero com gêneros ilimitados - é estranha à Bíblia. O mais próximo
que a Bíblia chega de mencionar a transgeneridade é em suas condenações à homossexualidade (Rm 1.18-
32; 1Co 6.9,10) e ao travestismo (Dt 22.5). A palavra grega freqüentemente traduzida como “homossexuais
passivos ou ativos (NVI)” ou “homossexuais (NTLH)” em 1 Coríntios 6.9 significa literalmente “homens
efeminados”. Assim, enquanto a Bíblia não menciona diretamente a transgeneridade, quando menciona
outras instâncias de “confusão” de gênero, identifica clara e explicitamente como pecado. Segundo a OMS
(Organização Mundial de Saúde), a transexualidade é um "transtorno de identidade de gênero" ou "disforia
de gênero". Nesse transtorno, um homem "se sente mulher" e, por isso, não aceita o próprio corpo; uma
mulher "se sente homem" e, igualmente, não aceita o próprio corpo, desejando assim "mudar de sexo". A
tragédia maior é quando se tenta normalizar isso na cabeça de crianças e de adolescentes, trazendo confusão
entre eles. Isso é uma estratégia de origem satânica para destruir o plano original de Deus da criação da
família como célula mater da sociedade. Trata-se, pois, de um terrível afronta à sacralidade do corpo criado
por Deus com uma identidade binária: "macho e fêmea os criou" (Gn 1.27). É um "transtorno de identidade
de gênero" ou "disforia de gênero", segundo a Organização Mundial da Saúde. Nesse transtorno, a pessoa
sente-se desconfortável com o sexo biológico com que nasceu. Um homem "sente-se mulher", uma mulher
"sente-se homem", e a pessoa deseja "mudar de sexo". Isso é absolutamente impossível. Jamais alguém
poderá mudar de sexo. Essa distorção da identidade humana está associada à falsa e perversa "ideologia de
gênero", que prega que a pessoa não nasce com gênero definido, mas com "gênero neutro". Quando cresce,
depois da puberdade, "escolhe" o gênero com que se identifica. Essa ideologia é, no entanto, falsa,
tendenciosa e perversa, e de origem satânica, pois pretende destruir o plano de Deus para a sexualidade e a
identidade biológica do homem, além de não ter a mínima base científica. O Colégio Americano de Pediatria
desmascarou essa falsa ideologia em 2017 e recomendou a educadores e a legisladores para não ensinarem
essa aberração a crianças, pois isso provocará uma tremenda confusão na mente delas. O Pr. Elinaldo
Renovato diz que a transexualidade “é uma terrível afronta à sacralidade do corpo humano, que foi criado
por Deus, com sua identidade binária: ‘macho e fêmea os criou’ (Gn 1.27). A igreja cristã deve rejeitar
peremptoriamente toda argumentação a favor da falsa ideologia de gênero e da transexualidade, ou a falsa
‘mudança de sexo’".

Lição 2
8 de Abril de 2018
ÉTICA CRISTÃ E IDEOLOGIA DE GÊNERO

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta Aula estudaremos a respeito da Ideologia de Gênero, a faceta do sistema de ideias, excretada das
entranhas de Satanás, estimulada para estes últimos dias da Igreja no afã de enfraquecê-la sobremaneira. Este
é um assunto áspero e perturbador, que tem deixado os incautos, em todos os segmentos, confusos e absortos
diante das aberrações perpetradas pelos adeptos e ideólogos dessa faceta do mal e antinatural. A ideologia de
gênero tem penetrado em todos os segmentos sociais como uma erva daninha, destruindo o caráter familiar e
dos bons costumes. Essa teoria bestial e deletéria difunde com muita esperteza que o sexo biológico dado
pela natureza não tem valor algum, e que ninguém nasce homem ou mulher, mas, sim, um indivíduo
indefinido, que será decidido posteriormente se deseja ser homem, mulher ou neutro (isto é, nem um nem
outro), independentemente de suas características fisiológicas. Propagam que as diferenças entre os sexos são
resultados da relação histórica de opressão e preconceito entre homem e mulher. Caso essa ideologia não seja
combatida eficazmente, certamente, haverá: (1) O risco de que pais e educadores sejam punidos pelo Estado,
caso tratem as crianças como menino e menina, já que isto "seria uma opressão, considerando-se que eles
ainda não decidiram o que vão ser”; (2) A destruição da família, a obra prima do Criador, que “já não
deveria ser mais um núcleo natural formado por um homem e uma mulher, mas, sim, qualquer aglomerado
de pessoas”; (3) Afrontas ao matrimônio monogâmico e heterossexual, que é união natural estabelecida por
Deus. A ideologia de gênero trata-se de uma teoria sem nenhum fundamento científico. Todas as teorias em
sua defesa são meramente ideológicas e se baseiam em premissas falsas, desmentidas pela biologia. Os
defensores deste conceito promovem a inversão dos valores e afrontam os princípios cristãos, que tem como
fundamento as Escrituras Sagradas, que advertem aos cristãos a viverem em santidade em todas as épocas e
culturas (1Pe 1.15,23-25). Portanto, aceitar a ideologia de gênero como verdade é negar a existência de Deus,
e da natureza observável. As Ciências Sociais ensinam que as desigualdades sociais entre os sexos são o
resultado de relações históricas de opressão e preconceito. A esse entendimento dá-se o nome de “questão
de gênero”. Essa concepção não reconhece que as características físicas e biológicas de alguém devam ser
usadas como parâmetro comportamental. Nessa perspectiva, refutam a ideia de que o “sexo masculino” deva
se comportar como menino e de que o “sexo feminino” deva se comportar como menina. Alegam que o
comportamento social esperado de homens e mulheres é estabelecido pela cultura e não pelas questões
físicas e biológicas. Teorias sociais, que nascem em laboratórios de ciências sociais das principais
universidades do mundo, ensinam que as diferenças entre os sexos são resultados da relação histórica de
opressão e preconceito entre homem e mulher. A este entendimento dá-se o nome de “ideologia de gênero”.
Os defensores deste conceito promovem a inversão dos valores e afrontam os princípios cristãos. Apesar de
cada época apresentar desafios diferentes à fé cristã, as Escrituras advertem aos cristãos o viver em santidade
em todas as épocas e culturas (1Pe 1.15,23-25). Depois de surgir com destaque em 2014 nos debates
envolvendo a elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE), o termo “gênero” voltou aos holofotes no
Brasil. Já estamos habituados com a grande discussão acerca da ideologia de gênero, mas não existe uma
discussão acerca de sua origem. O termo gênero, com conotação política e manipulação linguística, apareceu
pela primeira vez na Conferência sobre as Mulheres (1995), em Pequim. Teóricos da “ideologia de gênero”
afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria
identidade, isto é, seu gênero, ao longo da vida. “Homem” e “mulher”, portanto, seriam apenas papéis
sociais flexíveis, que cada um representaria como e quando quisesse, independentemente do que a biologia
determine como tendências masculinas e femininas. Shulamith Firestone, em seu livro The Dialectic of Sex
(A Dialética do Sexo), de 1970, diz: “O objetivo definitivo da revolução feminista deve ser (…) não apenas
acabar com o privilégio masculino, mas também com a distinção entre os sexos. (…) assim como o objetivo
da revolução socialista era não apenas acabar com os privilégios da classe econômica, mas também com a
própria distinção que existia entre as diferentes classes econômicas”. A ideologia de gênero está sustentada
e embasada nas ideias marxistas. Karl Marx, no século XIX, deixou inúmeros artigos e anotações sobre a
origem da Família e da propriedade privada. Dessas anotações derivou um livro chamado A Origem da
Família, da Propriedade Privada e do Estado, o qual foi organizado e complementado por Friedrich Engels̶ o
burguês que sustentou Karl Marx até os seus últimos dias de vida. Marx dizia que não adiantava expropriar
os meios de produção dos capitalistas se a instituição opressora que nutria o capitalismo ainda estava intacta,
isto é, a Família Natural (homem, mulher e filhos). De acordo com Engels (1884): “O primeiro antagonismo
de classes que apareceu na história coincide com o antagonismo entre o homem e a mulher na monogamia;
e a primeira opressão de classes, com a opressão do sexo feminino pelo masculino”. O tal livro foi
publicado em Zurique, no ano de 1884. Décadas se passaram até que as feministas marxistas, na década de
1960, resolveram realizar estudos acadêmicos e não acadêmicos embasados nas ideias de Marx (a luta de
classes passou a ser luta dos sexos). Tentaram programar uma política de destruição da família tradicional na
extinta União Soviética, porém, sem sucesso. Os defensores desta idéia se inclinaram para as idéias de Leon
Trótsky, que afirmou: “é impossível destruir a família, mas é possível substituí-la por alguma outra coisa”.
Este programa de ‘transformação’ da família tradicional apareceu aos poucos e evidenciou-se com os estudos
da teoria crítica dos membros da famosa Escola de Frankfurt (a autoridade da família deveria ser
desconstruída, desfeita, desmontada). O que estamos presenciando hoje, é a implementação desse programa
nefasto, de origem esquerdista; seus defensores agem silenciosamente e em todos os meios disponíveis para
disseminar este ‘ideal’ Trótskyssista, custe o que custar, numa descarada afronta aos valores judaico-cristãos,
sob a falsa égide de ajudar a diminuir o preconceito e promover uma futura sociedade com igualdade entre as
pessoas. Em todas as épocas o cristão encontrou forte oposição em idéias contrárias aos seus valores, mas
nunca houve um inimigo tão perspicaz, afrontador e perigoso como esta política da ideologia de gênero.
Nesta lição, veremos a definição das palavras: ideologia e gênero; pontuaremos o que é a ideologia de gênero
e seus postulados; estudaremos o que determina o sexo na pessoa; postularemos quais as características da
ideologia de gênero; e por fim, analisaremos as consequências da ideologia. Convido-o a pensarmos
maduramente a fé cristã!

I. A IDEOLOGIA DE GÊNERO

A ideologia de gênero pretende desconstruir os papéis dos sexos masculino e feminino. A ideologia de
gênero, também conhecida como “ausência de sexo”, é um mal presente na sociedade pós-moderna e indica
o grau da corrupção da espécie humana. A palavra “ideologia” é composta pelos vocábulos gregos eidos,
que indica “ideia”, e logos, com o sentido de “raciocínio”. Assim, ideologia significa qualquer conjunto de
ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja
individualmente, seja em sociedade. Em um sentido amplo, a ideologia se apresenta como aquilo que seria
ou é ideal para um determinado grupo. Na busca da hegemonia política, o filósofo e político italiano Antônio
Gramsci (1891-1937) Gramsci recomenda a reforma intelectual e moral da sociedade por meio de pessoas
influentes como políticos, músicos, artistas, famosos, jornalistas e por todos os meios disponíveis que
possam manipular a opinião pública. Mediante essas ações, é possível modificar o senso comum do “certo”
e do “errado”. Com o uso intenso da mídia, das artes da literatura, das escolas, universidades e por via de
palavras de ordem e a massificação de uma “nova cultura”, cria-se o “homem coletivo”, que passivamente
assimila a “filosofia nova” e passa a pensar como todo o mundo. A partir desse momento, quem ousar
discordar do “senso comum modificado” sofrerá o patrulhamento ideológico. Esse patrulhamento tem como
objetivo desqualificar quem faz oposição e pensa diferente. O propósito é desprestigiar quem se manifesta
contrário à ideologia. As pessoas que oferecem resistência são estigmatizadas e são acusadas com termos
pejorativos tais como “fundamentalista”, “homofóbico”, “preconceituoso”, “machista”, “racista” e
“reacionário” dentre outros. Desse modo são construídas muralhas invisíveis que amordaçam o cidadão
temeroso da censura. Assim, a liberdade de expressão é controlada pelas grades do “politicamente correto”.

1. Definição de Ideologia. O termo foi desenvolvido pelo francês Destutt de Tracy (1758-1836). O conceito
foi amplamente usado pelos alemães Karl Marx e Friedrich Engels, autores do Manifesto Comunista (1848).
A palavra é composta pelos vocábulos gregos eidos, que indica “ideia”, e logos com o sentido de
“raciocínio”. Assim, ideologia significa qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar o
comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja individual, ou seja, socialmente. Em sentido
amplo, a ideologia se apresenta como o que seria ideal para um determinado grupo. Como esclarecido, o
termo ideologia (e não gênero) foi usado de forma marcante pelo filósofo francês Antoine-Louis-Claude
Destutt, o conde de Tracy (1754-1836), filósofo, político, soldado francês e líder da escola filosófica dos
Ideólogos. Criou o termo idéologie (1801) no tempo da Revolução Francesa, com o significado de ciência
das ideias, tomando-se ideias no sentido bem amplo de estados de consciência. Ideologia é um conjunto de
ideias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações
políticas, econômicas e sociais. O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo Antoine Destutt
de Tracy. O conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a
ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo
com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da
sociedade. O termo “ideologia” possui diferentes significados, sendo que no senso comum é tido como algo
ideal, que contém um conjunto de ideias, pensamentos, doutrinas ou visões do mundo de um indivíduo ou de
determinado grupo, orientado para suas ações sociais e políticas. Alguém disse, e concordo com ele, que
“ideologia significa qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira de
pensar e de agir das pessoas, seja individual, seja socialmente; em um sentido amplo, significa aquilo que
seria ou é ideal para um determinado grupo de pessoas”. O termo “ideologia” foi usado de forma marcante
pelo filósofo francês Antoine Destutt de Tracy, e o conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo
alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela
classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter
os mais ricos no controle da sociedade. No século XX, várias ideologias se destacaram: (1) Ideologia
fascista. Implantada na Itália e Alemanha, tinha um caráter militar, expansionista e autoritário; (2) Ideologia
comunista. Disseminada na Rússia e outros países, visando a implantação de um sistema de igualdade social;
(3) Ideologia democrática. Surgiu em Atenas, na Grécia Antiga, e têm como ideal a participação dos
cidadãos na vida política; (4) Ideologia capitalista. Surgiu na Europa e era ligada ao desenvolvimento da
burguesia, visava o lucro e o acumulo de riqueza; (5) Ideologia conservadora. São ideias ligadas à
manutenção dos valores morais e sociais da sociedade; (6) Ideologia anarquista. Defende a liberdade e a
eliminação do estado e das formas de controle de poder; e, (7) Ideologia nacionalista. É aquela que exalta e
valoriza a cultura do próprio país. A palavra ‘ideologia’ é composta pelos vocábulos gregos ‘eidos’, que
indica ‘ideia’, e ‘logia’, com o sentido de ‘raciocínio’. Assim, ideologia significa qualquer conjunto de
ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja
individualmente, seja em sociedade. Em um sentido amplo, a ideologia se apresenta como aquilo que seria
ou é ideal para um determinado grupo. Grosso modo a palavra ideologia denota uma “visão de mundo” ou
“cosmovisão”, e encerra um conjunto de pensamentos e doutrinas que são colocadas de alguma maneira,
como padrão ideal a ser seguido. O lexicógrafo Antônio Houaiss define a palavra ideologia como: “ciência
que tem como objetivo de estudo as ideias; as quais refletem, racionalizam e defendem os interesses
institucionais, sejam estes morais, religiosos, políticos ou econômicos”.

2. Conceito de Gênero. Gênero pode ser definido como aquilo que identifica e diferencia os homens e as
mulheres, ou seja, o gênero masculino e o gênero feminino. De acordo com a definição tradicional de gênero,
este pode ser usado como sinônimo de “sexo”, referindo-se ao que é próprio do sexo masculino, assim como
do sexo feminino. A palavra “gênero” tem origem no grego genos e significa “raça”. Na concepção da
Lógica, o termo indica “espécie”. Usualmente deveria indicar o “masculino” e o “feminino”, como ocorre
na Gramática. Nesse sentido, a expressão é inofensiva; porém, na sociedade pós-moderna tal significado é
relativizado e distorcido em “ideologia de gênero”. Essa ideologia também é conhecida como “ausência de
sexo”. Esse conceito ignora a natureza e os fatos biológicos, alegando que o ser humano nasce sexualmente
neutro. Os ideólogos afirmam que os gêneros - masculino e feminino - são construções histórico-culturais
impostas pela sociedade. Quanto à sexualidade, a ideologia ensina que o gênero e a orientação do desejo
sexual não são determinados pela constituição anatômica do corpo humano. Nesse caso, consideram que a
atração pelo sexo oposto corresponde a determinados estereótipos e papéis sociais previamente estabelecidos
pelo contexto histórico, político e cultural da sociedade. Como temos visto a defesa da "ideologia de
gênero", o termo é usado por aqueles que acreditam que a ideia de que os gêneros são, na realidade,
construções sociais. Para estes críticos, os gêneros "masculino" e "feminino" são construções impostas, mas
que no entanto não são únicas, e o indivíduo deve ter o direito de escolher entre um e outro, independente do
sexo com o qual tenha nascido.

3. Ideologia de Gênero. A chamada "ideologia de gênero" representaria o conceito que sustenta a


identidade de gênero. Consiste na ideia de que os seres humanos nascem "iguais", sendo a definição do
"masculino" e do "feminino" um produto histórico-cultural desenvolvido tacitamente pela sociedade.
Teóricos da “ideologia de gênero” afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo
deve construir sua própria identidade, isto é, seu gênero, ao longo da vida. “Homem” e “mulher”, portanto,
seriam apenas papéis sociais flexíveis, que cada um representaria como e quando quisesse,
independentemente do que a biologia determine como tendências masculinas e femininas. Pierre Bourdieu
em seu livro ‘A dominação masculina’ (1998), explica que temos que tratar do gênero como “costumes
sexuados”. Para ele, as três instituições permitiram esta dominação: A Família, a Escola e a Igreja - não nos
deixa surpresos então, quais sejam os alvos escolhidos pelos defensores desta ideologia. A "ideologia de
gênero" coloca o "gênero" como algo que pode ser mutável e não limitado, como define as ciências
biológicas. A Ideologia de Gênero, ou melhor, dizendo, a ideologia da ausência de sexo, é uma abstração
filosófica segundo a qual os dois sexos - masculino e feminino - são considerados construções culturais e
sociais, e que por isso os chamados “papéis de gênero” (que incluem a maternidade, na mulher), que
decorrem das diferenças de sexos alegadamente "construídas”, e que por isso não existem, são também
"construções sociais e culturais". A Ideologia de Gênero defende que a sexualidade de uma pessoa não seria
determinada pelo seu componente biológico e genético, mas sim pelo modo como ela se considera a si
mesma. Defende que nós nascemos sem sexualidade psicológica definida. A diferenciação sexual do corpo
seria apenas um acidente anatômico que “convencionalmente” é apresentado como masculino ou feminino.
Ou seja, nossa “suposta” identidade sexual é, para tal teoria, uma mera imposição do ambiente em que
fomos educados. Esta corrente ideológica procura encobrir o fato de que os seres humanos se dividem em
dois sexos. Afirma que as diferenças entre homem e mulher, além das evidentes implicações anatômicas não
correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos de uma cultura, de um país ou de uma época. Ensina
que não existem diferenças biológicas entre homens e mulheres. Assim sendo, legitima propostas estranhas
como o banheiro unissex para meninos e meninas nas escolas e universidades. Dentro do seu conteúdo
doutrinário, é forte o argumento que os dois sexos - masculino e feminino - são considerados construções
culturais e sociais, de modo que, embora existindo um sexo biológico, cada pessoa tem o direito de escolher
o seu sexo social (gênero) quando quiser. Seus adeptos e defensores querem ensinar às crianças que elas,
socialmente falando, não são homens ou mulheres, mas podem escolher qualquer opção sexual que quiserem.
Para esses defensores, quando a criança nasce ela não deve ser considerada do sexo masculino ou feminino,
mas somente uma pessoa do gênero humano, que depois fará a escolha do seu próprio sexo. A Ideologia de
Gênero quer obrigar a aceitar com naturalidade aquilo que é antinatural; distingue o sexo (que é um dado
biológico e natural) do gênero (que é uma mera construção social). Se as meninas brincam de boneca, não é
porque tenham vocação natural à maternidade, mas por simples convenção social. Embora só as mulheres
possam ficar grávidas e amamentar as crianças, e embora o choro do recém-nascido estimule a produção do
leite materno, a ideologia de gênero insiste em dizer que a função de cuidar de bebês foi arbitrariamente
atribuída às mulheres. E mais, se as mulheres só se casam com homens e os homens só se casam com
mulheres, isso não se deve a uma lei da natureza, mas a uma imposição da sociedade (a
“heteronormatividade”). O papel (gênero) de mãe e esposa que a sociedade impôs à mulher pode ser
“desconstruído” quando ela decide, por exemplo, fazer um aborto ou “casar-se” com outra mulher. A
Ideologia de Gênero propaga que a pessoa pode mudar de sexo quando bem quiser. Só que este ato contraria
não somente a realidade biológica, mas, sobretudo, a Lei divina; isto vai de encontro à vontade de Deus.
Ninguém nasce homem ou mulher por mero acaso, mas em virtude dos inescrutáveis desígnios da divina
providência, conforme o seguinte texto bíblico: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão
maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos
não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os
teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam
sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.14-16). “Antes que no seio fosses
formado, eu já te conhecia” (Jr 1.5). Segundo os cientistas entendidos neste assunto, “é impossível
fisiologicamente mudar o sexo de uma pessoa, uma vez que o sexo de cada um está codificado em seus
genes: XX, para a mulher; XY, para o homem. A cirurgia pode somente criar uma aparência do outro sexo,
pois a identidade sexual está escrita em cada célula do corpo e pode ser determinada por meio do teste do
DNA, não podendo ser mudada”. Ir contra os desígnios divinos é um ato de revolta contra o Criador: “Deus
criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou:
Frutificai, disse Ele, e multiplicai-vos, enchei a Terra e submetei-a” (Gn 1.27,28). A Ideologia de Gênero só
tem causado males, muitos males. Foi noticiado no diário francês “Le Figaro”, em sua edição de
31/01/2014, o fracasso da primeira tentativa de comprovação da ideologia de gênero, que culminou com o
suicídio do jovem Bruce-Brenda-Davi (seus três nomes, como homem, mulher e homem). As ideias do prof.
John Money, que definiu o “gênero masculino ou feminino” como uma conduta sexual que escolhemos
adotar, a despeito de nosso sexo de nascença, foi testada, em primeiro lugar, em Bruce, um menino
canadense. Ele foi submetido a uma cirurgia de mudança de sexo, e desde então passou a se chamar Brenda.
Doravante, uma menina - a “Brenda” -, usava saias e brincava com bonecas. Na adolescência passou a ter
uma conduta masculina, o que obrigou os pais a lhe contar a verdade. Cirurgicamente, ele voltou a ser
homem, passou a chamar-se Davi - terceiro nome em sua existência - e se casou aos 24 anos. Entretanto, o
trauma das mudanças de sexo causou um descompasso em sua vida, e ele suicidou-se. Segundo o diário
irlandês Irish Times, de 02/12/2013, 78% de “transgêneros” pensaram em se suicidar e 44% tentaram-no
pelo menos uma vez, revelou um estudo sobre saúde mental encomendado à “Transgender Equality
Network” pela comunidade “trans” da Irlanda. Entre as causas das tendências suicidas apontadas pelo
trabalho irlandês, figura o “estresse extremo” ligado ao fato de o indivíduo ostentar um sexo que não é o
natural. Infelizmente, a maioria das pessoas, principalmente os pais, desconhece o que significa o conceito
“gênero”, a ideologia que está por detrás dele e as consequências que podem produzir na educação das
crianças e dos adolescentes: confusão nas crianças, uso comum dos banheiros, promiscuidade, gravidez na
adolescência, perda da autoridade paterna sobre a educação sexual dos filhos, impedimento do ensino da
moral cristã, etc. Os líderes das igrejas, os educadores pró-família e os pais não podem fechar os olhos à
inversão dos valores que está ocorrendo; eles precisam abrir os olhos e orientar, com urgência, a todos
quantos possam alcançar, sobre tão terrível mal; é o mínimo que se espera. Os cristãos comprometidos com o
reino de Deus e com as Escrituras Sagradas precisam reagir e "batalhar pela fé que uma vez foi dada aos
santos" (Jd 3). Caso a ideologia de gênero seja implantada no Brasil, como já está sendo feita, isso
significaria a permissão de toda perversão sexual (incluindo o incesto e a pedofilia), a incriminação de
qualquer oposição ao homossexualismo (alegando crime de “homofobia”), a perda do controle dos pais
sobre a educação dos filhos e, por conseguinte, a extinção da família. Boas são as palavras de Marisa Lobo,
psicóloga: “A violência intelectual sofrida pelos que não aceitam a ideologia de gênero, não apenas por
uma questão de fé, mas de opinião baseado em evidências, jamais pode ser interpretada como preconceito.
Pois essa é a grande falácia da atualidade, e é tão violenta quanto a tal homofobia que pregam. Podemos
sim conviver com as pessoas e com as sexualidades ideologizadas, porém o cristianismo tem sua ideologia
enraizada na fé, na cultura, na tradição e na biologia, e é esta que acreditamos e queremos viver, mas
podemos sim respeitar o outro, e queremos sim sermos respeitados além de nossa fé. Isso seria o ideal de
sociedade. Direitos humanos para todos é um desafio, mas é possível”. Quanto à sexualidade, a ideologia
ensina que o gênero e a orientação do desejo sexual não são determinados pela constituição anatômica do
corpo humano. Uma das consequências da “ideologia de gênero” é a eliminação e alienação do conceito de
pessoa, pois, segundo esse modo de pensar, não existe uma identidade biológica em relação à sexualidade e
que todas as relações sexuais são apenas o construto da sociedade, pois ignora a natureza e os fatos
biológicos, e alega que o ser humano nasce “sexualmente neutro”, e o gênero pode ser construído e
desconstruído, ou seja, pode ser entendido como algo mutável e não definido, como afirmam as ciências
biológicas. A ideologia de gênero defende a total distinção entre gênero e sexo e prega que o gênero do
indivíduo não é uma determinação natural e biológica e que cada indivíduo deve lutar para se libertar da
imposição social sexista que inflige o padrão único e binário de masculino e feminino, e decidir ele próprio,
o seu gênero.

4. A ideologia de gênero e sua propagação. Como acontece com toda a ideologia, a identidade de gênero
vem sendo amplamente divulgada pela grande mídia em busca da construção do “homem coletivo”. Na
tentativa de desqualificar seus oponentes, imprime-se, por exemplo, a ideia de que o relacionamento afetivo
entre pessoas de mesmo sexo é objeto de discriminação e preconceito homofóbico. Desse modo, instituiu-se
a denominada “mordaça gay”, em que, por meio do “patrulhamento ideológico”, cidadãos de bem
convivem com o cerceamento de sua liberdade de expressão, nada podendo dizer em contrário à ideologia de
gênero sob pena de ser considerado preconceituoso. A ideologia de gênero agrega o marxismo, o feminismo,
o pós-modernismo e tem sido aplicada pelo feminismo. O movimento feminista apesar de ser recente, bebe
das idéias marxistas, principalmente no que diz respeito à desnaturalização da subordinação da mulher,
colocando o que se acredita ser a ordem natural das coisas – os papéis definidos para homem e mulher na
cultura judaico-cristã, como a primeira luta de classes. No seu livro “A origem da família”, Engels defende
que a aparição da propriedade privada converte ao homem em proprietário da mulher, e esta por sua vez, vê-
se explorada e oprimida pelo homem. Simone de Beauvoir, filósofa existencialista, ativista política, feminista
e teórica social francesa, dá-nos uma visão disto: “É fácil imaginar um mundo em que homens e mulheres
sejam iguais, pois é exatamente o que prometeu a revolução Soviética Comunista: as mulheres, educadas e
formadas exatamente como os homens, trabalhariam nas mesmas condições e com os mesmos salários; a
liberdade erótica seria admitida pelos costumes, mas o ato sexual já não seria considerado como um
“serviço” que se remunera; a mulher teria de assegurar outro modo de ganhar a vida; o casamento fundar-
se-ia num livre compromisso ao qual os esposos poderiam pôr termo quando quisessem; a maternidade
seria livre, isto é, autorizar-se-ia o controle da natalidade e o aborto, que por sua parte daria a todas as
mães e aos seus filhos exatamente os mesmos direitos, estejam elas casadas ou não; as baixas por
maternidade seriam pagas pela coletividade, que tomaria a seu cargo as crianças, o que não significa que
elas seriam retiradas aos seus pais, mas que não seriam abandonadas”. Exemplos diversos mostram como
esta ideologia tem sido propagada e implementada na sociedade por diversos meios, como leis e no sistema
pedagógico. Também são mostrados exemplos referentes a reforma cultural e moral promovidas pelos
movimentos homossexuais, feministas e socialistas na sociedade. Nesta ‘nova cultura’, os papeis ou funções
do homem e da mulher seriam perfeitamente intercambiáveis e a partir de então, a família heterossexual e
monogâmica, consequência natural do comportamento heterossexual do homem e a mulher, aparece como
um caso de prática sexual como muitos outros que se situariam em plano de igualdade com este: a
homossexualidade, o lesbianismo, a bissexualidade, o travestismo, as “famílias” recompostas, as “famílias”
monoparentais masculinas o femininas, e só faltariam as uniões pedófilas ou até incestuosas.

a) Marxismo e Feminismo como fonte dessa ideologia. Nos escritos marxistas a ideologia deixa de ser
apenas “o conhecimento das ideias” e passa a ser um “instrumento” que assegura o domínio de uma classe
sobre outra. O marxismo exerceu forte influência no feminismo, especialmente o livro “A Origem da
família, a propriedade privada e o Estado” (1884), onde a família patriarcal é tratada como sistema opressor
do homem para com a mulher. Desse modo a ideia central do conceito de gênero nasceu com a feminista e
marxista Simone de Beauvoir autora da obra “O Segundo Sexo” (1949), onde é afirmado que “não se nasce
mulher, torna-se mulher”. Assim, do contexto social marxista, que deu origem à “luta de classes”, surgiu na
pós-modernidade a ideologia culturalista como sendo “luta de gêneros”, ou seja, uma fantasiosa “luta de
classes entre homens e mulheres”. Nesse aspecto, a Ideologia de Gênero pretende desconstruir os papéis
masculinos e femininos na sociedade atual. A Ideologia de Gênero, que relativiza os conceitos de masculino
e feminino, tem como origem fundamental o Marxismo e o Feminismo. O Feminismo é a influência
dominante nos movimentos de mulheres que emergiram nos países capitalistas avançados durante os anos
1960 e 1970; parte da ideia de que os homens sempre oprimiram as mulheres, e que os fatores principais que
fazem tratar as mulheres como inferiores é a constituição biológica e psíquica dos homens. Isto leva à ideia
de que a libertação das mulheres só será possível separando-as dos homens. Muitas daquelas que apóiam esta
separação parcial consideram a si mesmas como feministas socialistas. Mas, depois, as ideias feministas
radicais da total separação fizeram a sua aparição nos movimentos das mulheres. Estas ideias, com o tempo,
tiveram menos eco, para finalmente serem defendidas por uma pequena minoria. Estas falhas levaram muitas
feministas para outra direção: para o Partido Socialista. Elas acreditavam que colocando mulheres em cargos
como deputadas, permanentes sindicais ou vereadoras, iriam de alguma forma ajudar as mulheres a alcançar
a igualdade. O Marxismo exerceu forte influência no feminismo, especialmente o livro "A Origem da
família, a propriedade privada e o Estado" (1884), onde a família patriarcal é tratada como sistema opressor
do homem para com a mulher. Desse modo a ideia central do conceito de gênero nasceu com a feminista e
marxista Simone de Beauvoir, autora da obra "O Segundo Sexo" (1949), onde é afirmado que "não se nasce
mulher, torna-se mulher; não se nasce homem, torna-se homem”. Assim, do contexto social marxista, que
deu origem à "luta de classes", surgiu a ideologia culturalista como sendo "luta de gêneros", ou seja, uma
fantasiosa "luta de classes entre homens e mulheres". Nesse aspecto, a Ideologia de Gênero pretende
desconstruir os papéis masculinos e femininos na sociedade atual. É bom ressaltar que a Ideologia de Gênero
não se alimenta apenas dessa gênese - Marxismo e Feminismo -, mas também de vários sistemas ideológicos.
Desta feita, não é correto dizer que a Ideologia de Gênero é somente uma proposta do Marxismo e do
Feminismo, apesar destes sistemas de ideias a alimentar. Além destas duas vertentes principais, a Ideologia
de Gênero alimenta-se da iguaria de revoluções culturais impostas sobre as culturas do Ocidente ao longo de
séculos, como, por exemplo: maniqueísmo, naturalismo, deísmo, niilismo, freudismo, existencialismo ateu,
dentre outros.

b) O conceito marxista de família. O conceito marxista acerca da família patriarcal está desenvolvido no
livro A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado (1884), elaborado pelo sociólogo alemão
Karl Marx, porém organizado e assinado por Friedrich Engels, dado à morte de Marx antes da publicação da
obra. Nesse livro, ele pretende explicar a gênese da realidade familiar por meio de um viés de liberdade
sexual desraigada e casamento dissolúvel. Marx dividiu os tipos familiares de quatro maneiras, quais sejam:
família consangüínea, família punaluana, família sindiásmica e família monogâmica. Sua veraz crítica e seu
conceito de patriarcado é com a família monogâmica, pois em seu entendimento ela “baseia-se no triunfo do
homem” e “os laços conjugais não podem ser rompidos por qualquer uma das partes”. Na visão marxista,
esse modelo de matrimônio escraviza o cônjuge a ter relações sexuais apenas com o seu cônjuge, e, na
opinião do sociólogo, isso é uma discrepância, tendo em vista que a liberdade sexual é necessária para a
sociedade. Desse modo, a intenção de Marx é desconstruir o sistema patriarcal e promover a liberdade
sexual. Por isso, afirma-se que a ideologia de gênero é desdobramento do marxismo que também pretende
eliminar o modelo familiar monogâmico, patriarcal e heterossexual.

c) O conceito feminista de gênero. A francesa Simone de Beauvoir (1908-1986), considerada uma das mais
importantes feministas da história, escreveu, como já afirmado, uma polêmica obra a respeito do feminismo,
o livro “O Segundo Sexo” (1949). Filósofos afirmam que as mais de 800 páginas de seu livro podem ser
sintetizadas pela frase já imortalizada pelos adeptos da ideologia de gênero: “Não se nasce mulher, torna-se
mulher”. Beauvoir afirma em sua obra que “todo ser humano do sexo feminino não é, portanto,
necessariamente mulher; cumpre-lhe participar dessa realidade misteriosa e ameaçada que é a
feminilidade.”. Diante de tal construção teórica e filosófica, surgiu o conceito feminista de gênero, isto é, que
a pessoa do sexo feminino não nasce mulher, sendo a construção social da sociedade machista que a
transforma em mulher. A partir daí nasceu a expressão “empoderamento”, para sinalizar a luta pela
igualdade de gêneros e a busca da libertação sexual, em que todos podem fazer opção de querer ser homem
ou mulher.

5. O que determina o sexo da pessoa. Biblicamente (e cientificamente), a orientação e o desejo sexual estão
direta e intrinsecamente relacionados às características físicas do sexo (masculino e feminino). O conceito de
“identidade de gênero” não aceita o sexo biológico (masculino e feminino) como fator determinante da
sexualidade. Ensinam que os indivíduos desenvolvem sua “identidade de gênero” durante o processo de
socialização com a cultura na qual estão inseridos. No entanto, de acordo com as Escrituras e a ciência,
existem apenas dois tipos de gêneros: o masculino e o feminino. Vejamos:
a) A ação do Criador. Do ponto de vista bíblico, a sexualidade de uma pessoa é determinada por uma ação
criadora do próprio Deus de maneira bem definida: “E criou Deus […] homem e mulher os criou” (Gn
1.27); “Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea” (Mc 10.6 ver Mt 19.4); “[…] e
Isabel tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome João” (Lc 1.13); “[…] A Noemi nasceu um
filho, e chamaram ao menino Obede […]” (Rt 4.17). Até com os animais a Bíblia mostra a diferença entre os
sexos (Gn 6.19; 7.2,3,9,16). A ideologia de gênero está fora de sincronia com esta criação e é contrária à
ordem natural estabelecida pelo Criador (Rm 1.24-27 ver Lv 18.1-23; Is 28.15).

b) A genética. Os hormônios sexuais são encarregados de conceder a uma pessoa as características físicas de
seu sexo genético. Estes cromossomos contêm as chaves que desencadeiam a regulação dos hormônios
sexuais nos homens e mulheres. Essas instruções estão localizadas em segmentos do DNA chamados
“genes” que definirão o sexo da pessoa. Os cromossomos sexuais são um tipo de plasma encontrado no
núcleo das células e que determina o sexo dos seres vivos. As fêmeas normalmente possuem o mesmo tipo
de cromossomos sexuais “XX”, e por isso chamado de sexo homogamético. Os machos são o sexo
heterogamético, contendo dois tipos distintos de cromossomos sexuais, um “X” e outro cromossomo “Y”.
Então, alterar o fenótipo (aparência) não consiste em alterar o genótipo (genes).

c) A fisiologia. Fisiologia é uma área de estudo da biologia responsável em analisar o funcionamento físico,
orgânico, mecânico e bioquímico dos seres vivos. O termo fisiologia se originou a partir da junção do grego
“physis”, que significa “funcionamento” ou “natureza”, com a palavra “logia”, que quer dizer “estudo” ou
“conhecimento”. Deus criou dois sexos anatomicamente distintos (Gn 1.27). Portanto, o órgão genital e as
características físicas de nascimento de um ser humano, também determinam sua sexualidade.

6. Sobre o Movimento Gay. O movimento gay, por sua vez, representa um grande perigo para a sociedade.
Ele se apresenta transvestido de causas nobres, mas sua ideologia e intenções não correspondem com o seu
discurso. O ativista gay propaga sua luta contra o preconceito, e neste sentido, em geral se coloca ao lado do
negro, da mulher e dos deficientes para dar um tom de legitimidade à sua causa. Mas é bom que se saiba que
o negro, a mulher, o deficiente, as etnias e o portador de síndrome e outras minorias não precisam do apoio
do movimento LGBT, pois já estão inseridos dentro de causas sociais legítimas e que tem grande aceitação
na sociedade. Na verdade o movimento gay não representa nem mesmo os homossexuais e no fundo não tem
este propósito. Há um interesse econômico e ideológico por trás de suas estratégias de trabalho. O
movimento está conseguindo através de manobras parlamentares aprovarem a destinação de recursos
públicos para o financiamento de suas atividades. Infelizmente milhões de reais, oriundo dos nossos
impostos, estão sendo destinados ao financiamento dessa perversa ideologia e promoção de paradas gay’s em
várias cidades brasileiras. A estratégia do movimento é espalhar a ideologia gay, fundamentada no marxismo
do século XIX, que tem como fundamento a destruição da família, e a perversão da religião. Digo perversão
da religião e não necessariamente destruição dela, pois ao contrário do que se pensa o movimento gay não
pretende mesmo acabar com a religião, embora tenha aversão a ela, porque sabe que essa é uma missão
impossível. O próprio Marx no final de sua vida chegou a essa conclusão. Assim a estratégia do movimento
é se infiltrar dentro do sistema religioso, como um vírus que infesta o sistema e altera o seu desempenho.
Alguns ativistas gay’s lançaram a bíblia gay no Brasil (“Bíblia Graça Sobre Graça”), numa tentativa de
redesenhar o Cristianismo, ou seja, usar frases, imagens e parábolas do Cristianismo para criar algo
totalmente diverso dele, e apresentá-lo como se fosse a verdadeira doutrina de Cristo.

a) O significado da sigla. A sigla “GLS” (Gays, lésbicas e simpatizantes) caiu em desuso. Organizações
internacionais como a ONU e a Anistia Internacional adotam a sigla “LGBT” (lésbicas, gays, bissexuais e
transexuais). Dentro do movimento propriamente dito, as siglas podem variar (algumas organizações usam
LGBT, outras LGBTT, outras LGBTQ…). Atualmente, a versão mais completa da sigla é LGBTPQIA+.
Sendo a representação de cada letra como se segue: L: Lésbicas; G: Gays; B: Bissexuais; T: Travestis,
Transexuais e transgêneros; P: Pansexuais; Q: Queer (do inglês: estranho. Ex.: Drag Queen); I: Intersex; A:
Assexuais; e, +: Sinal utilizado para incluir pessoas que não se sintam representadas por nenhuma das outras
sete letras.
b) Principais pautas. É difícil afirmar quais são as principais pautas do movimento LGBT, já que cada país
tem um contexto político e social e não há unanimidade nem mesmo dentro do movimento. Apesar disso,
essas são algumas das pautas, no Brasil e no mundo: Criminalização da homo-lesbo-bi-transfobia; Fim da
criminalização da homossexualidade (e consequentemente das punições previstas pelas leis que criminalizam
a prática); Reconhecimento da identidade de gênero (que inclui a questão do nome social); Despatologização
das identidades trans; Fim da “cura gay”; Casamento civil igualitário; Permissão de adoção para casais
homo-afetivos; Laicidade do Estado e o fim da influência da religião na política; Leis e políticas públicas que
garantam o fim da discriminação em lugares públicos, como escolas e empresas; Fim da estereotipação da
comunidade LGBT na mídia (jornais e entretenimento), assim como real representatividade nela.

II. CONSEQUÊNCIAS DA IDEOLOGIA DE GÊNERO

A ideologia de gênero pretende desconstruir os papéis de homens e mulheres e assim descontinuar o


casamento e a família tradicional. As Escrituras Sagradas ensinam que o pecado provoca graves
consequências e o ser humano recebe em si mesmo o resultado de seus erros (Rm 1.27). A Ideologia de
Gênero teve sua origem no fim do século XIX; desde então, vem criando consequências funestas para a vida
em sociedade. Citaremos três malévolas consequências. Existem outras consequências, mas essas três já nos
levam a pensar profundamente no mal que a Ideologia de Gênero gera no desenvolvimento das pessoas
normais. Estes e outros males são resultados da depravação humana e sinais da iminente volta do Senhor
Jesus (2Tm 3.1-5). Como já vimos, a Ideologia de gênero teve sua origem no fim do século XIX; desde
então, vem criando consequências funestas para a vida em sociedade. Citaremos algumas sérias
consequências, que são produtos dessa agenda:

1. Troca de papéis entre homens e mulheres. A ideologia de gênero propaga que os papéis dos homens e
das mulheres foram socialmente construídos e que tais padrões devem ser desconstruídos. Essa posição não
aceita o sexo biológico (macho e fêmea) como fator determinante para a definição dos papéis sociais do
homem e da mulher. Sob esse aspecto, alguém pode ser biologicamente homem e desejar desenvolver
comportamento típico de mulher e vice-versa. Entretanto, as Escrituras Sagradas ensinam com clareza a
distinção natural dos sexos (Gn 2.15-25; cf. Pv 31.10-31). Outra consequência lógica dessa ideologia é que a
determinação do sexo de uma pessoa agora é definida pelo fator psicológico, bastando ao homem, ou à
mulher, aceitarem-se noutro papel. Além disso, faz-se apologia à prática do homossexualismo e do
lesbianismo. Tal posição despreza os papéis biblicamente constituídos. Tanto as Escrituras quanto a tradição
eclesiástica sempre confrontaram essa tendência humana de inverter os papéis naturais (Rm 1.25-32; Ef
5.22-33). Pelo o que já exposto até aqui, segundo o que propõe a ideologia de gênero, não existiria uma
identificação entre sexo genético e o ser homem ou mulher, mas é o próprio ser humano que vai
determinando o seu “gênero” de acordo com os desejos e inclinações de sua vontade. Entendem que as
diferenças entre masculino e feminino são apenas construções meramente culturais e convencionais, feitas
segundo os papeis e estereótipos que cada sociedade atribui aos sexos. Toda a antropologia cristã tem sua
base e ponto de partida nos três primeiros capítulos do Gênesis. Neles aparece claramente uma verdade
revelada: o homem foi criado por Deus com uma natureza determinada e concreta; natureza feita à imagem e
semelhança de Deus. A humanidade se articula, pois, desde sua origem, sobre o feminino e o masculino, que
são assim revelados como pertencentes ontologicamente à criação e ao ser do homem. A Ideologia do gênero
afirma, pois, que “gênero” seria uma construção cultural. A palavra “gênero” substitui assim a palavra
“sexo”, com o objetivo de se eliminar a ideia de que os indivíduos humanos sejam diversos e divididos em
dois sexos. A “Ideologia do gênero” insiste na afirmação de que “sexo” não existe. É o papel
desempenhado pelo indivíduo na sociedade que determinaria uma das cinco modalidades de sexo: “mulher
heterossexual, mulher homossexual, homem heterossexual, homem homossexual e bissexual”. O gênero é
uma construção cultural; por isso não é nem resultado causal do sexo, nem tão aparentemente fixo como o
sexo. Em consequência, homem e masculino poderiam significar tanto um corpo feminino como um
masculino; mulher e feminino tanto um corpo masculino como um feminino.

2. Confusão de identidade para o ser humano. Os adeptos dessa ideologia fazem questão de criar
conceitos relativistas. Afirmam que a sexualidade (desejo sexual) e o gênero (homem e mulher) não estão
relacionados com o sexo (órgãos genitais). Desse modo, a identidade de gênero e a orientação sexual passam
a ser moldadas ao longo da vida. Por exemplo, a criança passa a decidir depois de crescida se quer ser
menino ou menina. É o aprofundamento dramático da distorção da natureza humana relatada pelo apóstolo
Paulo (Rm 1.26,27). No entanto, essa indefinição acerca da própria identidade produz no ser humano um
efeito destruidor e provoca nele uma confusão de personalidade, gerando graves problemas de ordem
espiritual e psicossocial. Tal ideologia induz ainda ao pior dos pecados: a insolência da criatura de se rebelar
contra o seu Criador (Rm 9.20). De fato, esta ideologia é a última rebelião da criatura contra a sua condição
de criatura. É uma teoria absurda, cheia de incoerências e contradições e que apesar disso, tem-se tentado
impor seu ensino nas escolas como uma teoria científica. Apesar de suas incongruências, tem encontrado
muitos adeptos e defensores. Não existe “homem” e “mulher”. “Sexo” seria biológico e “gênero” seria
construído socialmente. Sendo assim, não poderia nem mesmo existir o conceito de “homossexual” ou
“heterossexual”, que supõe um sexo básico pelo qual a pessoa é atraída. Logo, a “ideologia do gênero”
destrói os mesmos direitos dos “homossexuais” e combate os que lutam pelos direitos deles. O Comentário
da Bíblia Diário Vivir do texto de Romanos 1.26 e 27, traz o seguinte: “O plano divino quanto às relações
sexuais normais é o ideal de Deus para sua criação. É lamentável, mas o pecado distorce o uso natural dos
dons de Deus. Freqüentemente, o pecado não só implica negar a Deus, mas também negar a forma em que
nos fez. Quando uma pessoa diz que qualquer ato sexual é aceitável sempre que não fira ninguém, está-se
enganando. A mudança ou abandono das relações sexuais naturais propagou-se nos dias de Paulo como
nos nossos. Muitas práticas pagãs o respiravam. No mundo de hoje, muitos consideram aceitável esta
prática, inclusive algumas Igrejas. Mas não é a sociedade que estabelece o padrão para as leis de Deus ”.
Ainda sobre Romanos 1.26 e 27, Paulo registra as tríplices rejeições: “Deus os entregou”, “Deus os
entregou”, ”foram entregues pelo próprio Deus” (Rm 1.24,26,28). A conjunção do verbo “entregar” no
pretérito perfeito exibe o sentido do abandono pleno do Criador, como uma resposta iminente de Deus
deixando os seres humanos a mercê de suas perversidades explicitas nos versículos 22 e 23. Para os
defensores da “nova perspectiva”, não se devem fazer distinções porque qualquer diferença é suspeita, má,
ofensiva. Por isso procuram estabelecer a plena igualdade entre homens e mulheres, independentemente das
diferenças naturais entre os dois. É interessante notar que a mesma Dale O’Leary evidencia que a finalidade
do “feminismo do gênero” não é melhorar a situação da mulher, mas separar totalmente a mulher do homem
e destruir a identificação de seus interesses com os interesses de suas famílias. Além disso, acrescentava que
o interesse primordial do feminismo radical nunca foi diretamente melhorar a situação das mulheres nem
aumentar a sua liberdade, mas sim impulsionar a agenda homossexual/lesbiana/bissexual/transexual. O
“feminismo do gênero” não se interessa pelas mulheres comuns e correntes. As “feministas de gênero”
pretendem assim, “desconstruir” os “papéis socialmente construídos”, principalmente os seguintes: (1) A
distinção entre masculinidade e feminilidade. Consideram que o ser humano nasce sexualmente neutro e, em
seguida, é socializado em homem ou mulher. Essa socialização afeta negativamente e de forma injusta as
mulheres; (2) As relações de família: pai, mãe, marido e mulher; (3) As ocupações ou profissões próprias de
cada “sexo”; (4) A reprodução humana. Diz uma autora da dita perspectiva: “em sociedades mais
imaginativas a reprodução biológica poderia ser assegurada com outras técnicas”.

3. A eliminação do conceito de “pessoa”. A pessoa é uma realidade primaria e original. O psicólogo Carl
Rogers afirmava: “É sempre altamente enriquecedor poder aceitar a outra pessoa”. A aceitação é o
primeiro passo para vivermos nossa vida. Hoje, há uma constante rejeição e negação do que somos. Deus nos
fez à Sua imagem e semelhança, e isso tem um valor incalculável. Não posso tornar inválido o que Deus fez
em mim. Como negar minha sexualidade, como negar minha origem, como negar a minha consciência e
personalidade. O ser “pessoa” não é um elemento qualquer, mas a construção mais autêntica de cada ser
humano. A pessoa não é uma máscara como pretendiam afirmar os gregos; ser “pessoa” é a maior
qualificação que o homem recebe em todos os tempos, pois do ser “pessoa” deriva o seu ser capaz de tornar
as coisas diferentes. A proposta da Ideologia de Gênero é a exaltação do “indivíduo”, anônimo e
desconhecido, onde Deus não tem lugar. A pessoa é uma realidade primária e original, e a aceitação do “eu”
é o primeiro passo para vivermos nossa vida feliz. Na ideologia de gênero, há uma constante rejeição e
negação do que as pessoas são. Deus nos fez a Sua imagem e semelhança, e isso tem um valor incalculável
(Gn 1.26). O ser “pessoa” não é um elemento qualquer, mas a construção mais autêntica de cada ser humano
feito a imagem do Criador como coroa da criação (Sl 8.4-9).
4. Desvalorização do casamento e da família. A ideia é de que o desaparecimento dos papéis ligado ao
sexo provoque um impacto deletério sobre a família. A Ideologia de Gênero considera que a atração pelo
sexo oposto, o casamento e a família correspondem a determinados estereótipos e papéis sociais previamente
estabelecidos pela sociedade. Tudo passa a ser relativizado e permitido, isto é, ninguém poderá afirmar que
algum modo de relações entre os sexos possa ser mau ou antinatural. Nesse contexto, o casamento
heterossexual e a família tradicional, primeira instituição amada pelo Criador (Gn 2.24) passa a ser
constantemente desvalorizada, criticada e massacrada sendo totalmente desconsiderados. Estes e outros
males são resultados da depravação humana e sinais da iminente volta do Senhor Jesus (2Tm 3.1-5). Falar de
família para o cristão é algo fácil porque temos um modelo que cremos estabelecido por Deus (Família é
projeto de Deus - Gn 2.18-24) e por isso, de caráter irrevogável. Contudo, para aqueles que não têm a Bíblia
como padrão, não é algo fácil, tanto pela rediscussão atual dos papéis familiares, pelos novos modelos
centrados no padrão ‘mono-parental’ ou ‘homo-parental’, e, sobretudo, pela desagregação dos membros da
família, que não se reúne mais em torno da mesa, não conversam, não interagem. A família é a fonte da vida,
berço da fé, é o lugar onde a personalidade e o caráter do ser humano é construído. Hoje, mais do que em
outros tempos, a família precisa ser repensada e valorizada. A crise passa pela mudança de época e pelos
novos desafios culturais e religiosos. Aparecem grupos que pretendem impor para a sociedade novos
conceitos e modelos de família totalmente contrários aos preceitos ensinados nas escrituras. A família tem
um inimigo (1Pe 5.8), o diabo trabalha contra o casamento de varias formas a fim de desvalorizar o
casamento. Está muito claro hoje esta afronta ao projeto divino através da mídia, da ciência, da política, da
banalização o sexo, das diversas novas formas de núcleo familiar. Infelizmente a nossa sociedade é uma
sociedade pornográfica com filmes, novelas, revistas, propagandas, internet. Já podemos ver o resultado
disso agora: Pessoas com problemas de desenvolvimento de caráter; Famílias desestruturadas gerando
pessoas desestruturadas. Em Romanos 1.18-23, a visão que Paulo tem nessa denúncia da maldade humana é
atestada pelo fato de que essa ira “se revela do céu contra toda a impiedade e injustiça dos homens”. Ou
seja, as práticas dos seres humanos caídos não agradam a Deus, pois pervertem a verdade pela injustiça. O
resultado dessa ação, propositalmente feita por homens dessa natureza, é posicionar-se contra qualquer obra
que tenha como propósito glorificar a Deus. Esses homens impiedosos e injustos usam todos os seus recursos
para um fim desesperador. Distorcem o que é verdade e injustamente transferem para a mentira a verdade de
Deus. Mentem, difamam o povo de Deus, deformam a justiça, com o intuito de suas inverdades parecerem
ser verdade. Sem dúvida alguma, Paulo conhecia bem a mente do povo helênico, a cultura na qual o Novo
Testamento foi escrito, e, por isso, os dois termos gregos empregados pelo apóstolo no versículo 18 apontam
para um nível muito alto da ingenuidade do homem; ασεβειαν και αδικιαν (asabeian kai adikain;
“impiedade e injustiça”). Portanto, a negação do homem “não piedoso” e do “não justo”, em uma tradução
literal, denota a pessoa tanto impiedosa quanto injusta; um duplo grau de depravação do homem que vive
sem se importar com o que faz, muito menos com fato de que prestará contas a Deus no juízo final.

5. A eliminação das relações pessoais afetivas e os vínculos familiares. Essa é a mais malévola de todas as
consequências, e também a mais sutil. Ela tende a destruir a família, obra prima da criação. Os defensores da
Ideologia de Gênero se opõem à família natural, considerando-a responsável por "repressão sexual" e
"opressão social". Insistem na necessidade de desconstruir a família, o matrimônio e a maternidade, e deste
modo, fomentam um estilo de vida que incentiva todas as formas de experimentação sexual desde a mais
tenra idade. Para a Ideologia de Gênero os critérios familiares são secundários; a figura do pai, da mãe e dos
irmãos é completamente relativa. Uma relação familiar pode passar a ser chamada de espaço de “cuidado”,
assim como também a monogamia, a fidelidade, a exclusividade e o compromisso definitivo são
desnecessários. “Todos somos iguais”, vociferam. Essa proposta é perceptível no momento em que vivemos
junto a jovens casais, pois muitas deles desejam viver uma espécie de “experiência de convivência” para
descobrir se vale ou não a pena estabelecer um vínculo conjugal definitivo. Muitos casais de namorados e
noivos já levam uma vida marital como se isso fosse o mais “normal” durante o tempo no qual só se
conhecem; na mentalidade proposta pela ideologia de gênero podem acontecer inúmeras situações, sem
medir os resultados e sem valorar os fins que essas mesmas situações produzem. Nós acreditamos que o
amor tem nome de pessoa, exige respeito, comunhão e cria vínculos de responsabilidade, entrega e
compromisso. Quem se decide a amar, segundo a proposta do Evangelho, sabe que dar a vida pelo outro
exige tempo, dedicação e exclusividade, e que o amor entre os cônjuges só poderá ser vivido no amor
esponsal e conjugal da vida matrimonial. A ideologia de gênero postula que os critérios familiares são
secundários e devem ser rejeitados como: a figura do pai, da mãe e dos irmãos. Assim também a monogamia,
a fidelidade, a exclusividade e o compromisso são desnecessários, e tudo passa a ser relativizado e permitido,
e o casamento heterossexual e a família tradicional são totalmente desconsiderados. Por isso e muito mais,
esta ideologia de vida agride em todas as suas dimensões a família e deve ser rejeitada (Ef 5.22; 6.1-4).

6. A depravação da sexualidade. Depravações sexuais como zoofilia (sexo do homem com animais);
necrofilia (atividade sexual com cadáver) e até a pedofilia (sexo de adultos com criança) serão toleradas
como resultado da aceitação da “ideologia de gênero”. Convém aqui registrar que a prática da zoofilia é
tipificada como crime (Art. 32, Lei 9.605/1998 – Lei de Crimes Ambientais), a necrofilia (Art. 212, Código
Penal Brasileiro), bem como a pedofilia, é considerada crime contra vulnerável previsto no Código Penal
Brasileiro (Art. 217-A), além de ser tipificada como doença na categoria “Transtornos da preferência
sexual” listada na Classificação Internacional de Doenças (CID-10, Código F65.4). Quando se adota a
identidade de gênero como parâmetro ou medida, os valores e os conceitos morais tornam-se relativos. Caso
fosse verdadeiro que o ser humano tenha capacidade para “auto-construir” seu próprio gênero nenhum
modo de relação sexual poderá ser considerado puro ou impuro, certo ou errado. Assim, instala-se o
relativismo e a resultante inversão/alteração de valores (Is 5.20). A partir disso, não se poderá restringir a
liberdade sexual de ninguém. A começar pelo postulado básico da “identidade de gênero” de que não existe
uma identidade biológica em relação à sexualidade e que todas as relações sexuais são apenas o construto da
sociedade, então toda relação sexual consentida será considerada moralmente boa e, portanto, lícita e
aceitável, não sendo passível de crítica ou condenação por parte da sociedade e das autoridades públicas. Em
vista disso, serão desconstruídas as relações familiares, o casamento, a reprodução, a educação, a religião, a
sexualidade, dentre outros. Práticas que hoje são moralmente condenadas passarão a ser consideradas
igualmente lícitas tanto do ponto de vista moral, legal e jurídico. Depravações sexuais como zoofilia (sexo
do homem com animais); necrofilia (atividade sexual com cadáver) e até a pedofilia (sexo de adultos com
criança) serão toleradas como resultado da aceitação da “ideologia de gênero”. Convém aqui registrar que a
prática da zoofilia é tipificada como crime (Art. 32, Lei 9.605/1998), a necrofilia (Art. 212, Código Penal
Brasileiro), bem como a pedofilia, é considerada crime contra vulnerável previsto no Código Penal Brasileiro
(Art. 217-A), além de ser tipificada como doença na categoria “Transtornos da preferência sexual” listada
na Classificação Internacional de Doenças (CID-10, Código F65.4). Apesar de estarmos conscientes desses
fatos, sabemos que a cultura se modifica e seus conceitos e valores podem ser relativizados. Entretanto, as
Escrituras Sagradas ensinam que as verdades divinamente reveladas independem da cultura, e, portanto, não
são passíveis de alteração. Para o cristão, a autoridade e a inspiração divina das Escrituras são fatos
inquestionáveis. O reformador alemão Martinho Lutero (1483-1546) compreendia que o sentido de “Sola
Scriptura” era literal, ou seja, somente a Escritura - e não a Escritura somada à interpretação dos homens ou
a cultura dos povos - é a fonte de revelação cristã. Sua defesa era pela centralidade da palavra de Deus. O
reformador holandês Jacó Armínio (1560-1609) igualmente defendeu a centralidade das Escrituras e ensinou
que todas as doutrinas necessárias para o cristão já nos foram transmitidas pela revelação da Palavra de
Deus. Portanto, para o cristão as doutrinas bíblicas se constituem em única autoridade infalível de fé e
prática.

7. Suplantação da sexualidade pelo sexuado. No conceito da Ideologia de Gênero, o indivíduo tem todas as
faculdades para fazer, no seu devido momento, a opção sexual. O termo “opção sexual” cada vez mais traz
confusão. Para os ideólogos deste segmento, cada indivíduo deve fazer opções no momento em que mais lhe
convêm. Não existe, segundo a proposta da ideologia de gênero, ninguém que possa afirmar que somos
homem ou mulher desde o início da nossa vida. Os criadores dessa ideologia negam que exista uma
propriedade que determine nosso gênero sexual, razão pela qual os comportamentos sexuais foram
convenções criadas e idealizadas pela própria sociedade. Se nós aceitássemos essa tese, então teríamos de
dizer que nenhum ser humano, até hoje, foi verdadeiramente homem ou verdadeiramente mulher, tese que
não tem nenhum sentido. Em cada um de nós, Deus plasmou o seu querer criador e a sua lei moral. Ele nos
fez de tal forma que não somos produto nem do determinismo muito menos do casual encontro de gametas
ou materiais genéticos. Em cada um de nós há um projeto originário e original. Fomos criados à Sua imagem
e semelhança. O homem sempre será homem e a mulher sempre será mulher. O propósito dessa ideologia na
área da moralidade é desassociar o sexo da sexualidade e com isso provocar a inversão dos valores no
casamento e na família. Tal posição despreza os papéis biblicamente constituídos (Rm 1.25-32; Ef 5.22-33).
Devemos rejeitar esta ideia, porque entendemos que em cada um de nós, Deus plasmou (formar ou modelar
em barro) o seu querer santo em nós e o homem sempre será homem a mulher sempre será mulher: “E,
quando forem cumpridos os dias da sua purificação por filho ou por filha […] Esta é a lei da que der a luz a
menino ou menina” (Lv 12.6,7). “Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez”
(Mt 19.4).

8. O perigo da inversão de valores. Na época do profeta Isaías, a ordem social, o estado moral, ético e
espiritual do povo de Judá era lamentável e em muito se assemelha aos dias que vivemos. O mal era
caracterizado pela inversão dos valores. O profeta fora enviado a uma nação que se recusava ouvir a palavra
de Deus (Is 1.2-6,10-17; 6.9-13). Nesse cenário de podridão moral e espiritual, Deus levantou um atalaia
para profetizar contra a nação. Dentre as reprimendas, o profeta vaticinou “seis ais” que confrontavam o
comportamento inadequado daquele povo. O primeiro “ai” era contra o materialismo desenfreado e o
enriquecimento ilícito (Is 5.8-10). O segundo “ai” duplamente anunciado condenava a bebedeira e a
embriaguez que conduzia à ociosidade (Is 5.11,12,22). O terceiro “ai” repreendia os que zombavam da
verdade e duvidavam do juízo divino apostando no ceticismo (Is 5.18,19). O quarto “ai” era um alerta
acerca da perversão dos valores. Tratava-se de uma dura advertência acerca do extremo perigo do
relativismo cultural (Is 5.20). O quinto “ai” era uma condenação aos presunçosos que se julgavam sábios e
únicos donos da verdade (Is 5.21). E o sexto e último “ai” repreendia a corrupção, o suborno e a perversão
do direito (Is 5.23). Essas atitudes reprováveis e imorais causaram a derrocada daquela nação (Is 5.24,25).
Em nosso tempo, a situação não é diferente; a sociedade está em estágio de putrefação moral e ética, pois a
verdade vem sendo modificada por intensa manipulação do pensamento. Homens inescrupulosos afrontam a
verdade de Deus e a sua Palavra promovendo ideologias contrárias à revelação divina. A ideologia de
gênero, com a sua inversão de valores, tem invadido, inclusive, diversos setores da igreja que se
autodenomina cristã. O farisaísmo - como dissimulação da verdade - tem adentrado em nosso meio. A
reprimenda de Cristo os classificando como “Condutores cegos! Coais um mosquito e engolis um camelo”
(Mt 23.24) vem sendo ignorada por um número considerável da igreja e de sua liderança. Contudo, as
Escrituras são categóricas em revelar que não haverá escape para os transgressores. Aos que relativizam a
verdade, a Palavra de Deus vaticina: “não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (2Pe 2.1-
3). A igreja não pode fechar os olhos para a inversão dos papéis de homens e mulheres divinamente
revelados nas Escrituras (Ef 5.22-33).

III. O IDEAL DIVINO QUANTO AOS SEXOS

A Palavra de Deus revela que o homem foi criado macho e fêmea (Gn 1.27). Entre outros propósitos divinos
estava a união heterossexual entre um homem e uma mulher. Portanto, a revelação divina contida na Bíblia
Sagrada está acima da ideologia de gênero e transcende a cultura pós-moderna relativizada de nossa época. A
Ideologia de Gênero propaga que as expressões "sexo" e "gênero" devem ter significados diferentes, onde os
aspectos biológicos do corpo passam a ter nenhuma importância para a definição de homem e mulher. Para
esses ideólogos, o ser humano nasce sexualmente neutro e só depois é "socializado" como homem ou
mulher. O desejo dos seus defensores é aculturar a sociedade de tal forma que qualquer pessoa, mesmo sendo
um homem, poderia ser considerada uma mulher e qualquer mulher poderia ser reconhecida um homem,
caso assim desejassem. Ou seja, a ideologia de gênero tenta negar a essência masculina e feminina, e, assim,
qualquer forma natural de sexualidade humana. Isso abre espaços para justificação de qualquer atividade
sexual, com a heterossexualidade sendo considerada apenas uma alternativa e não o natural.

1. Criação de dois sexos. A Bíblia revela que Deus criou dois sexos anatomicamente distintos: “E criou
Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Portanto,
biologicamente o sexo está relacionado aos órgãos genitais e às formas do corpo humano. Assim sendo, os
seres humanos nascem pertencendo ao sexo masculino ou ao feminino; o homem, designado por Deus como
macho, a mulher como fêmea. Por conseguinte, não podemos alterar a verdade bíblica para acomodar a
ideologia de gênero. A cultura humana permanece sob o julgamento de Deus (1Pe 4.17-19). Paulo alerta a
igreja de Corinto: “nada podemos contra a verdade, senão pela verdade” (2Co 13.8). No contexto dessa
passagem, tanto o “evangelho” quanto a “retidão moral” é apresentado como conceito da verdade. Essa
expressão paulina indica que rejeitar a verdade, seja ela no campo da ética, seja da moral, implica combater
contra aqu’Ele que é a verdade - Cristo e seu evangelho. Portanto, não é possível anular a verdade, ainda que
alguma ideologia o queira fazer. Aqui está evidenciado um princípio geral: não importa o que o homem faça
para torcer a verdade, no final, quer queira quer não, a verdade triunfará sobre a falsidade e o engano. Pode
até ser que a verdade fique oculta ou subjugada por um determinado espaço de tempo, mas por fim ela
ressurgirá triunfante. Por conseguinte, diante da exortação paulina, não podemos alterar a verdade bíblica
para acomodar a fé cristã aos valores da cultura secular. Nem tampouco devemos ceder ao conformismo e
assistir passivamente à deturpação da verdade. Não estamos autorizados a acrescentar ou retirar algo da
verdade revelada por Deus (Ap 22.18,19). As Escrituras são enfáticas ao revelar que Deus criou apenas dois
sexos: macho e fêmea (Gn 1.27). Portanto, enquanto a Igreja estiver na terra, temos que oferecer resistência à
tentativa de deturpação da verdade. O SENHOR criou todas as coisas com sabedoria e propósitos definidos,
para que glorificassem o Seu santo nome. Assim, criou o homem e a mulher com papéis distintos; os fez
distintamente perfeitos em todo o seu ser: físico, mental, emocional e espiritual. As diferenças são marcantes
e próprias para cada um desempenhar o propósito para que foram criados. No texto citado temos a oração‫זָכָ ֥ר‬
‫ וּנְק ָ ֵ֖בה בּ ָ ָ֥רא א ָֹתֽם׃‬que enfatiza o fato de que essa humanidade é composta por homem e mulher, ou seja, ambos
formam o substantivo coletivo definido ‫( הָ ֽאָדָ ם‬criou). Homem e mulher possuem genitália apropriada à
reprodução. Notem que Deus não criou meio termo, não criou um ser humano que em determinado momento
pudesse assumir funções incompatíveis com a natureza do seu ser. Deus não criou um homem com
possibilidades sexuais de desempenhar o papel da mulher no ato sexual, e vice-versa. Ocorre que a natureza
pecaminosa em função da queda no Éden coloca o homem em rebeldia contra Deus. Pela influência do
diabo, o homem continua se rebelando contra o Criador e Sua palavra. Daí as perversões na área sexual. O
homem para ser a “cabeça”, marido, provedor, protetor, sacerdote fiel e temente à Deus, líder espiritual do
lar, amante leal e fiel á sua esposa, satisfazer legitimamente sua esposa, pai e educador de seus filhos. A
mulher para ser: sua auxiliadora idônea, administradora do lar, dar á luz filhos, mãe, instruir seus filhos,
satisfazer legitimamente seu marido, amante leal e fiel ao seu marido, co-herdeira da graça juntamente com
seu marido do reino eterno, fonte de carinho e ternura, graciosa e bela aos olhos de seu marido, fonte de
sabedoria e verdade da Palavra de Deus, fazedora do bem ao seu marido e filhos. Macho e Fêmea assim os
fez o SENHOR. Esta é a beleza da criação Divina, dois seres que se completam e vêm a tornar-se uma só
carne, podem e devem tornarem-se uma só carne pois são criaturas singulares e distintas, macho e fêmea, o
que jamais, nunca, absurdamente impossível de acontecer, fora dos propósitos de Deus, uma aberração
contrária á natureza, entre pessoas do mesmo sexo. Como duas partes incompletas podem querer se unir e
viver de modo contrário á sua natureza e propósitos para o que foram criadas por Deus? Desprezando a
sabedoria e a verdade de Deus, e negando as bênçãos matrimoniais devidas ao casal “macho e fêmea”, ao
qual Deus uniu em uma só carne? A Bíblia nos mostra que Deus criou Macho (o homem) e Fêmea (a
mulher). Ao criar o macho e a fêmea, fica claro que apenas dois sexos, anatomicamente distintos e definidos,
foram criados: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou”
(Gn 1.27). A construção social e cultural pode influenciar o indivíduo de forma positiva ou negativa, mas
isto não poderá invalidar a verdade Divina de que Deus já criou os seres humanos com o sexo definido. O
primeiro macho Deus colocou o nome de Adão (Gn 5.2); a primeira fêmea, Adão a chamou de Eva (Gn
3.20). Após Deus ter criado esse casal, o Criador ordenou que o macho deveria unir-se com a fêmea; e esta
união é a que chamamos de união heterossexual: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e
apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” (Gn 2.24). A união do macho com a fêmea é a
grande prova de que Deus criou os seres humanos com o sexo definido e distinto para a união heterossexual
e não homossexual. Jesus disse: “Desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea” (Mc 10.6).
Portanto, nascer homem ou mulher não é um fato cultural, é biológico. Os fetos com seus dois cromossomos
sexuais provam que a Ideologia de Gênero é falsa. De acordo com o Aci Digital, em um artigo publicado no
site Posición.pe, com a temática “Sobre a ideologia de gênero”, a Dra. Puppo explicou que “quando os fetos
são formados, têm dois cromossomos sexuais, XX ou XY - se for menina, XX; se for menino, XY. Os genes
contidos nesses cromossomos determinam o desenvolvimento físico dos fetos. Deste modo, os embriões
desenvolvem diferentes órgãos de acordo com o seu sexo”. A especialista destacou que “isto não é
discriminação, é simplesmente biologia”. A doutora apresentou que, contrariamente aos princípios da
ideologia de gênero, “o fato de nascer homem ou mulher não é um fato cultural, é biológico”. Portanto,
biologicamente, o sexo está relacionado aos órgãos genitais e às formas do corpo humano. Assim sendo, os
seres humanos nascem pertencendo ao sexo masculino ou ao feminino; o homem, designado por Deus como
macho, a mulher como fêmea. Não podemos, por conseguinte, alterar a verdade bíblica para acomodar a
falaciosa ideologia de gênero.

2. Casamento monogâmico e heterossexual. Ao instituir o casamento Deus ordenou: “deixará o varão o


seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Isto significa que a
união monogâmica (um homem e uma mulher) e heterossexual (um macho e uma fêmea) sempre fez parte da
criação original de Deus. A diferença dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: “nem o
varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão” (1Co 11.11). Assim, mudam-se as culturas e os
costumes, mas a Palavra de Deus permanece inalterável (Mt 24.35). A Declaração de Fé das Assembléias de
Deus no Brasil crê, professa e ensina que a família é “instituição criada por Deus, que tem por princípios
reguladores e estruturantes a monogamia [...] e a heterossexualidade”. Por essas razões, nossa confissão de
fé rejeita a homossexualidade (1Co 6.10) e qualquer configuração social que se denomina família cuja
existência é fundamentada em prática, união ou qualquer conduta que atenta contra a monogamia e a
heterossexualidade, consoante ao modelo instituído pelo Criador e ensinado pelo Senhor Jesus (Mt 19.4-6).
Esse tema será discutido novamente com maior profundidade no capítulo 9, que abordará o planejamento
familiar. Pelo texto de Gênesis 2.24 temos que Deus criou o casamento para ser uma união monogâmica,
sem a possibilidade de terceiros ligados ao marido ou à mulher. A poligamia, o adultério e o divórcio são
pecados surgidos pós-queda e não faziam parte dos planos divinos para a família; Ao afirmar que ambos se
tornam uma só carne, Deus quer afirmar que homem e mulher entram em um relacionamento regado pela
intimidade - social, emocional e espiritualmente; uma união indissolúvel - uma só carne - pela qual marido e
mulher devem lutar e realizar o querer do Criador a fim de ver os resultados que Ele deseja para o
relacionamento. A família é constituída por homem e mulher: quando institui a família, ele o faz unindo o
gênero feminino e o gênero masculino. Não existe a possibilidade de uma família ser iniciada e se perpetuar
de outra forma. Com isso não estou afirmando que não existam outros modelos bíblicos de família (viúvos,
solteiros, entre outros), mas que não há possibilidade de existir uma família unindo o mesmo gênero (união
homossexual), pois não é esse o projeto de Deus. Desde o princípio, Deus estabeleceu o matrimônio e a
família que dele surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra (Gn 1.28). O mesmo
Deus que criou o homem à sua imagem e semelhança e criou macho e fêmea, também instituiu o casamento.
A prescrição divina para o matrimonio é um só homem e uma só mulher, os quais tornam-se “uma só
carne”. “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn
2.24). Aqui, há três princípios sobre o casamento: (1) Primeiro, o casamento é heterossexual. O texto fala de
um homem unindo-se à sua mulher. A tentativa de legitimar a relação homossexual está em desordem com o
propósito de Deus; (2) Segundo, o casamento é monogâmico. O texto diz que o homem deve deixar pai e
mãe para unir-se à sua mulher e não às suas mulheres. Tanto a poligamia (um homem ter várias mulheres)
como a poliandria (uma mulher ter mais de um homem) estão em desacordo com o propósito de Deus; (3)
Terceiro, o casamento é monossomático. O homem e a mulher tornam-se uma só carne, ou seja, podem
desfrutar da relação sexual com alegria, santidade e fidelidade. Seguir esses princípios de Deus, em qualquer
época e cultura, é o segredo de um casamento feliz. A evolução da humanidade, portanto, só foi possível
com a organização social e pelo casamento heterossexual, monogâmico e monossomático.

3. Educação dos filhos com distinção dos sexos. Educar não consiste apenas em suprir os meios de
subsistência e proporcionar o bem-estar necessário à família. Cabe também aos pais educar os filhos na
admoestação do Senhor (Ef 6.4), promover o diálogo e o amor mútuo no lar (Ef 6.1,2). A família cristã não
pode perder a referência bíblica na educação de seus filhos. Por exemplo, explicar e orientá-los de que
homens e mulheres possuem órgãos sexuais distintos, fisiologia diferente e personalidades díspares é
responsabilidade dos pais. Sigamos, pois, com respeito às pessoas, não discriminando-as, mas se
posicionando com toda firmeza na distinção de homem e mulher e na coibição da inoportuna ideia de “luta
de gêneros” (Gn 1.27; 1Co 11.11,12; Ef 5.22-25). A família cristã acredita que os filhos estão debaixo da
autoridade dos pais e lhes devem obediência. A obediência dos filhos aos pais decorrem da ordenança divina
e porque é justo. Ser pai, segundo Efésios 6 versos 2 e 3 significa ter o direito a ser honrado, portanto ser pai
é um privilégio também. E mais, Deus também prometeu abençoar o filho que honrasse os seus pais. Alguns
pais deixam os filhos “soltos” para agirem como desejarem; isso é errado, segundo o ensinamento de
Provérbios. Não sou contra o uso da vara porque ela é aprovada pela Palavra de Deus. Nesse estudo vamos
nos concentrar principalmente no segundo ponto: a disciplina exagerada. Em primeiro lugar quero dizer que
se a disciplina for exagerada ou sem controle ela automaticamente deixa de ser disciplina. Muitas atitudes
dos pais nesse sentido não passam de explosões de ira e falta de autocontrole. Freqüentemente ao disciplinar
seus filhos, os pais se colocam numa posição merecedora de disciplina. A correção dos filhos só tem valor
quando os pais fazem uso dentro das normas estabelecidas pela palavra de Deus. Veja o que Paulo escreveu
sobre isso. “E vós, pais, não provoqueis à ira os vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do
Senhor” (Ef 6.4). “Vós, pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados” (Cl 3.21).
Admoestar é trazer à memória da criança o que é certo para voltar a praticar o que é correto e abandonar o
que é errado. A Admoestação pressupõe a aplicação de ensino prévio. Não se admoesta sem se ter a
consciência de como deveria ter sido feito. As crianças devem aprender assentadas em casa, andando pelo
caminho, quando se deitam e quando se levantam (Dt 6.7). Por isso, devemos ensinar e encorajar nossos
filhos a lerem a Bíblia todos os dias. Devemos ensiná-los e encorajá-los a orar sempre. Devemos orar com
eles e por eles cotidianamente. Devemos deixar que vejam o nosso exemplo, porque os filhos imitam
primeiro os pais. Uma verdade que tem de estar estampada em nossos corações firmemente é: Nossos filhos
precisam de Deus porque são pecadores como nós (Sl 51.5). A ideologia de gênero no currículo das escolas
pelo país é uma das bandeiras dos militantes dos movimentos políticos homossexuais. Aceitar a ditadura da
ideologia de gênero de forma passiva é ser conivente com a destruição da educação moral e psicológica das
crianças, e com ela a destruição da própria família. É responsabilidade inviolável dos pais explicar e orientar
os filhos de que homens e mulheres possuem órgãos sexuais distintos, fisiologia e personalidades diferentes,
tendo a Bíblia Sagrada como a principal referência. Deus criou os dois sexos dentro de uma instituição
monogâmica e heterossexual. Logo, devemos educar nossos filhos no ideal da distinção dos sexos. Urge um
empenho superlativo na educação moral e espiritual dos filhos. É dever inexorável dos pais educar os filhos
na admoestação do Senhor (Ef 6.4), promover o diálogo e o amor mútuo no lar (Ef 6.1,2). Sigamos, pois,
com respeito às pessoas, não as discriminando, mas se posicionando com toda firmeza na distinção de
homem e mulher e na coibição da inoportuna ideia de ‘luta de gêneros’ (Gn 1.27; 1Co 11.11,12; Ef 5.22-25).

5. A ideologia de gênero na educação secular. Nesse aspecto, os pais ou os responsáveis pelos estudantes
devem redobrar a atenção. Ativistas labutam para implantar a “ideologia de gênero” nas escolas por meio de
material didático e uma nova pedagogia voltada para a desconstrução sexual e o doutrinamento das crianças
e alunos em geral. No Brasil, em 2014, durante a tramitação no Congresso Nacional do PNE (Plano Nacional
de Educação), que dita as diretrizes e metas da educação para os próximos dez anos, após diversas pressões
de parlamentares cristãos, a ideologia de gênero foi retirada do texto. Após uma série de debates, o
Ministério da Educação manteve a ideologia de gênero na Base Nacional Comum Curricular, porém, agora
na disciplina de ensino religioso. A Base Nacional se limita, por enquanto, ao ensino infantil e fundamental
(basenacionalcomum.mec.gov.br). Por fim, o que se pode afirmar é que a ideologia de gênero pretende
relativizar a verdade bíblica e impor ao cidadão aquilo que deve ser considerado como ideal. Acuada pelo
“patrulhamento ideológico”, parcela da sociedade não esboça reação, faz concessões em nome do
“politicamente correto”, e o mal vem sendo propagado. No entanto, os cristãos possuem o dever de reagir e
“batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3).

6. Porque não aceitamos a ideologia de gênero. Não podemos aceitar a ideologia de gênero por diversas
razoes. Listamos a seguir algumas delas.

a) Porque ela é anti-científica. A homossexualidade assim como outros transtornos relacionados com a
identidade de gênero, trata-se de uma conduta patológica, um desvio da pulsão sexual, tanto no que concerne
ao objeto quanto ao alvo sexual. Fisiologicamente, o ser humano normal, sem nenhum distúrbio, nasce
menino ou menina. A sexualidade de uma pessoa não deve, naturalmente, ser diferente do seu sexo, a menos
que ela, já madura, resolva renunciar sua própria natureza. Mesmo que haja alguma deturpação física,
permanecem homens ou mulheres biológicos. Não há nenhuma dúvida que não existe “gene gay” ou “gene
trans”: “Cientificamente, não existe um ‘terceiro sexo’, visto que a sexualidade humana é binária por
princípio, com a finalidade óbvia de reprodução e florescimento de nossa espécie.

b) Porque ela é anti-racional. O conceito de “identidade de gênero” não aceita o sexo biológico
(masculino e feminino) como fator determinante da sexualidade. Se pegarmos qualquer coisa que tenha sido
criada ou projetada para funcionar de determinada maneira e reverter a sequência da operação, e o resultado
inevitável será a destruição. Uniões do mesmo sexo agridem a própria imagem de Deus e a ordem natural e
racional da criação (Rm 1.25-27).

c) Porque ela é antiética. A ideologia de gênero é mais uma daquelas mentiras com ares de suposta verdade
que infestam o mundo contemporâneo é um dos subprodutos da ditadura do relativismo moral, cuja origem
se encontra no marxismo cultural é um ataque frontal e violento a família e à dignidade do homem. É o
desdobramento do marxismo que também pretende eliminar o modelo ético familiar monogâmico, patriarcal
e heterossexual. A ideologia de gênero, também conhecida como ‘ausência de sexo’, é um mal presente na
sociedade pós-moderna e indica o grau da corrupção da espécie humana.

d) Porque ela é antibíblica. A ideologia de gênero está exatamente no contrário do que Deus ordenou (Rm
1.24-27 ver Is 28.15). Ao instituir o casamento, Deus ordenou: “o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua
mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn 2.24). Isso significa que a união monogâmica (um homem e
uma mulher) e heterossexual (um macho e uma fêmea) sempre fez parte da criação original de Deus. A
diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: “nem o varão é sem a mulher,
nem a mulher, sem o varão” (1Co 11.11 ver Gn 1.27; 1Co 6.10; Ef 5.22-25).

7. É macho e fêmea: não existe base bíblica que prove o contrário. Os defensores da ideologia de gênero
tentam incutir a ideia de que não existe apenas o gênero masculino e feminino e defendem a tese de que a
opção por um gênero e outro pode ser escolhido livremente pelo indivíduo. Eles colocam absurdamente o
gênero como algo que pode ser mutável e não limitado e não aceitam uma contrapartida às suas convicções.
Os militantes dessa ideologia não se contentando com as suas praticas contrárias à natureza, ainda lutam
contra a diferença de sexos insistindo que as diferenças genitais entre as pessoas não tem qualquer
importância podendo qualquer um escolher a sua opção sexual independente de ser macho ou fêmea. O
homem não é um ser hermafrodito, homem e mulher ao mesmo tempo, pois Deus criou macho e fêmea (Gn
1.27). Deus disse: sede fecundos e multiplicai-vos, tanto para o gênero humano, como para os animais era o
plano de Deus a propagação da raça para encher a terra, tanto de indivíduos, como de animais. Se Deus
criasse dois homens, ou duas mulheres, não haveria propagação e a terra estaria só com dois habitantes, isso
se tivessem a imortalidade física, caso não, a terra estaria vazia de seres, tanto no gênero humano, como no
dos animais. Não satisfeitos com as suas aberrações que vão contra a natureza, ainda conseguiram chegar ao
direito legal do casamento de homem com homem e mulher com mulher. O mais grave é que diabolicamente
traz para o meio evangélico essa aberração da natureza, isso porque, alguns pseudo-pastores e pastoras que
na realidade diante de Deus não o são, estão explicitando essas práticas descaradamente, sem qualquer temor
e tremor diante do nosso Criador.

a) Ai dos que se iniciam no pecado sexual sem noção que ele se avoluma. Deus através dos seus profetas
fez várias advertências em relação às práticas pecaminosas, e dentre elas uma que é abominável aos seus
olhos, a qual é a prática sexual contrária à natureza. Por causa dessa prática, Deus destruiu as cidades de
Sodoma e Gomorra, na qual grande parte dos seus habitantes estava mergulhada nessa prática sexual
abominável de homem se relacionar sexualmente com outro homem. O pecado quanto a essa prática sexual
contrária a natureza, por muito tempo era algo que se mantinha em certa discrição, mas de uns tempos para
cá, ele tem se avolumado de tal forma que ficou totalmente descarado abertamente, com os adeptos dessa
prática mostrando a sua opção sexual aos olhos de todos.

b) Ai dos que avolumam pecado desafiando a Deus sem temer seus juízos. Pessoas que vivem nessa
imundície pecaminosa ainda levantam suas bandeiras afrontando a tudo e a todos no sentido de legitimar as
suas opções sexuais contrárias à natureza e escarnecem das profecias bíblicas envolvidos nos seus pecados,
dos quais não querem se libertar. Não fazem caso dos juízos divinos e só acreditarão que eles são reais,
quando verem com seus próprios olhos, mas ai já será tarde demais.

c) Ai dos que tentam distorcer os valores morais usufruindo do abominável. O homossexualismo é uma
depravação de homens e mulheres que perderam a compreensão daquilo que envolve a moralidade e
pervertidos que são se especializaram em trocar o bem pelo mal procurando influenciar a muitos no sentido
de que o mal que é bom. Depois que o indivíduo fica impregnado pelas suas ideologias perde todo senso de
pudor e se entregam descaradamente às suas práticas pecaminosas, pois a sua consciência está totalmente
afastada das influências divinas. Pecado é pecado, não importa qual seja ele, mas o pecado contra a natureza
é passível de um juízo severo. (Lv 20.13).

d) Ai dos pervertidos sexuais que não aceitam conselhos contrários a si. Alguns legisladores que se
julgam sábios aos seus próprios olhos, promovem precedentes legais, ou criam meios jurídicos para defender
os optantes dessas anomalias para tornarem algo incomum diante da sociedade tanto secular como cristã,
como se fosse algo comum. Na realidade a maioria desses legisladores também são adeptos ocultos dessas
opções sexuais pervertidas, que são demonstradas pelos seus empenhos em defender essa ideologia de
gênero. A Bíblia é explícita nessa prática contrária a vontade de Deus: “Por isso Deus os abandonou às
paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E,
semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua
sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a
recompensa que convinha ao seu erro”. (Rm 1.26,27). Esse texto está apontando a homossexualidade, tanto
feminina, como masculina.

e) Ai da autoridade que legisla a favor da perversão sexual como bêbados. A Bíblia condena juízes, que
como aprofundados na embriaguez agem fora das razões legais, e usam a seu poder que o seu ofício lhe dá
condições, não para legislar de acordo com a moralidade, a serviço do bem para a sociedade, mas a serviço
da imoralidade para satisfazer e agradar os adeptos da ideologia de gênero que lutam para oficializar as suas
convicções de uma sensualidade contrária à natureza, como também as suas luxúrias. São eles que na sua
embriaguez tomados por influências diabólicas, se esquecem da lei na sua imparcialidade tornando-a parcial
ao seu bel prazer. Todo juiz deveria ser obrigado a conhecer profundamente as leis divinas, para que
pudessem refletir bem na sua tomada de decisões, pois fazendo coisas contrárias as leis divinas estão se
condenando a si próprio.

f) Ai dos que fazem leis próprias para dar base legal ao ilegal por suborno. São condenáveis os juízes,
que pervertem a justiça agindo contrariamente as regras do que a justiça exige para ser cumprida. Muitos
para manter a sua própria luxúria alteram as leis para satisfazer os adeptos da ideologia de gênero
justificando as suas convicções a custa de recompensas. Dessa forma usam do seu poder para encontrar
pretextos para tomar decisões que na sua cegueira espiritual procuram tornar o mal em bem. Assim
defendem os ideologistas de gênero e punem os que são contrários a essa promiscuidade sexual com
condenações arbitrárias e totalmente injustas. Todo juiz que defende essas aberrações não esperem viver com
tranqüilidade; pois os juízos de Deus quanto a essa questão serão severamente punitivos.

g) Ai dos que rejeitam a lei do Senhor, a sua destruição será sem piedade. Todos aqueles que agem
parcialmente em suas decisões favorecendo quem pratica as coisas que são abomináveis diante de Deus, são
considerados pessoas perversas e sofrerão os juízos divinos sem misericórdia. A resistência teimosa e
adversa aos preceitos divinos, sempre, mais cedo, ou mais tarde, resultará em consequências terríveis. As
Escrituras revelam ao longo do antigo testamento os resultados terríveis do acendimento da ira de Deus,
porém estas ainda não foram as mais fortes, pois há uma que está por vir assim que Cristo levar a Sua igreja
dessa dimensão terrena para a dimensão celestial. (Mt 24.21; 1Co 6.10).

CONCLUSÃO

O plano de Deus foi criar um casal, sendo um macho e a outra fêmea, ou seja, um homem e uma mulher.
Entre muitos propósitos divinos estava a união heterossexual entre um homem e uma mulher. Portanto, a
revelação divina contida na Bíblia Sagrada está acima da ideologia de gênero e transcende a cultura pós-
moderna relativizada de nossa época. A Ideologia de Gênero jamais pode ser aceita como algo normal e
necessário. Dentro de nós há uma identidade e, com ela, o plano criador de Deus, que não pode ser alterado
por nenhuma ideologia. Promovamos a vida e esclareçamos que a Ideologia de Gênero agride a vida em
todas as suas dimensões. É necessário um diálogo, é necessário um esclarecimento, é necessária uma
conversão interior. Faço minha as palavras do Dr. Puppo: “a igualdade não é conquistada negando as
nossas diferenças sexuais, a igualdade é alcançada por meio do respeito das diferenças de cada sexo e o
que cada sexo contribui para a sociedade”. A sociedade atual está cada vez mais perdendo de vista o
princípio que Deus definiu para a união sexual entre os seres humanos: um homem e uma mulher, unidos
pelo compromisso eterno do matrimônio. Em virtude deste crescente desvio do padrão idealizado por Deus
no princípio, é que têm surgido todas estas anomalias sexuais descritas até aqui. Hoje já se convive até
mesmo com o “casamento” entre homossexuais e a adoção de filhos por estes “casais”. O propósito de
Deus é que o homem junte-se com a mulher e os dois formem “uma só carne” (Gn 2.24), constituindo-se
numa família heterossexual, na qual os filhos poderão ser educados em meio a um ambiente sadio e livre de
preconceitos. Este ideal está totalmente corrompido na sociedade moderna, e as relações sexuais passaram a
ser apenas um meio de obter prazer a qualquer custo, sem atentar para as orientações dadas por Deus no
passado, e para os perigos de não seguir estas orientações. A atual sociedade já aprendeu a conviver
pacificamente com o outrora chamado “pecado grego”, vendo os homossexuais como apenas “um pouco
diferentes”. A Ideologia de Gênero pretende relativizar a verdade bíblica e impor ao cidadão o que deve ser
considerado ideal. Acuada parcela da sociedade não esboça reação e o mal vem sendo propagado. No
entanto, a igreja não pode fechar os olhos para a inversão dos valores. Os cristãos precisam reagir e
“batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3).

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

Ética cristã e Ideologia de Gênero

O que é?

Em primeiro lugar, a ideia de “gênero” como construção histórica e social, segundo a consultora cultural,
Marguerite A. Peeters, remonta uma fabricação intelectual, sem fundamento na realidade. O gênero proposto
pelos ideólogos não é uma realidade identificável. É uma abstração da realidade, mera teoria sem lastro no
dia a dia da vida. Aqui está o perigo, na verdade a sordidez de um plano “diabólico”: Forçar a “crença”
numa teoria social a fim de usar, principalmente, crianças e adolescentes como cobaias humanas é de uma
perversidade sem limites.

Um falso fundamento

O jornal Gazeta do Povo, do Estado do Paraná, publicou um estudo (o mais importante sobre o tema) -
Ideologia de Gênero: estudo do American College of Pediatricians - em que a teoria de que o gênero é uma
construção social não tem base científica e que a sua aplicação na educação de crianças e de adolescentes
traz danos muitas vezes irreversíveis à saúde. Ter esta consciência é importantíssimo para os que se sentem
atacados por essa teoria social. Assim, a ideologia de gênero não tem base científica e, por isso, como
afirmamos, este é um de muitos aspectos que confirmam sua distorção da realidade.

A trincheira da ideologia de gênero

Como toda teoria que visa alterar o comportamento social, a trincheira da ideologia de gênero é a educação
de crianças e de adolescentes. Na escola é que os pais se depararão com a agressividade dessa teoria. Trata-
se, sim, de uma guerra cultural e ideológica. Querem tomar a mente das crianças e dos adolescentes a fim de
pôr em prática uma agenda hegemônica cultural. E a trincheira para esse plano é a Escola. Não por acaso que
toda iniciativa do avanço da ideologia de gênero visou aprovar leis que obriguem a inserção do tema no
Plano Nacional de Educação e nos currículos locais de educação (municípios).

O papel da igreja e da família

Na igreja e na família é onde se encontra a resistência de imposições hegemônicas. Por isso que estas duas
instituições, ao longo dos séculos, sempre foram, e continuarão a ser, atacadas. A igreja e a família são
instituições que devem resistir em Deus ao avanço dessa agenda. O ministério de ensino da igreja, por meio
do discipulado cristão, e a vivência da família segundo os preceitos das Sagradas Escrituras são o antídoto
para proteger a nossa geração.
SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

Ética Cristã e Ideologia de Gênero

A presente lição tem como objetivo geral justificar a gravidade da ideologia de gênero na educação. Tendo
como ponto central, apesar do espírito relativista de nosso tempo, a Palavra de Deus não muda. A lição tem
como texto áureo Gênesis 1.27, texto que destaca as seguintes palavras: E criou Deus o homem à sua
imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. É notável nos primeiros capítulos de Gênesis a
configuração de família nuclear, formada por um homem e uma mulher, Deus criou macho e fêmea, isto
identifica o processo da criação da família ser monogâmico e heterossexual.

1. Ideologia de gênero. O primeiro tópico tem como objetivo específico, explicar ideologia de gênero. O
termo ideologia pode ser definido como o estudo da ideia, porém no seu abranger corresponde com o
conjunto de ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja
individualmente, seja em sociedade. Portanto, a ideologia de gênero corresponde com a propagação das
ideias centrais da ausência de sexo, composta por ativistas que justificam seus preceitos dizendo que o
indivíduo nasce neutro, pois o ser masculino e feminino são construções culturais impostas pela sociedade no
decorrer da história. A bandeira dos ativistas da ideologia de gênero é justificada pela presença dos
problemas sociais, ou seja, instruindo a sociedade sobre as questões de gênero, para eles, a sociedade estará
resolvendo problemas históricos, porém os seres humanos poderão e deverão viver sem preconceito, mas não
podemos impor a uma criança uma fantasia de sexo “plural” como forma de felicidade, pois estaremos
mudando a natureza das coisas, o curso da história, e veremos em um futuro bem próximo o retorno como
problemas sociais gerados pelas relações conflitantes que se desenvolveram. O ser humano não é tecnologia,
portanto não pode ser tratado com ela, e sim com amor e direitos. Por fim, percebe-se que a ideologia
marxista por meio do seu idealizador e seguidores tem como objetivo por meio da ideologia de gênero
destruir o modelo de família monogâmico, patriarcal e heterossexual.

2. Conseqüências da ideologia de gênero. O presente tópico tem como objetivo específico arrazoar a
respeito das consequências da ideologia de gênero. Pois, o papel da mulher na família não poderá ser
esquecido e menosprezado. Sendo que o destaque deste papel poderá ser definido pela palavra submissão. A
submissão da esposa trata-se da humildade, passividade e dependência para com o esposo. Ser humilde no
relacionamento não requer o silêncio quando o lar é ameaçado, mas trata-se de uma das virtudes da mulher
sábia, pois a humildade fortalece o convívio e proporciona resultados positivos. A passividade da esposa é
notada na maneira conforme, a mesma, se posiciona na administração do lar no que corresponde ao falar, ao
ouvir e ao agir. Já a dependência feminina é uma questão física e não financeira, pois a mulher torna-se carne
e osso do marido. Para Allen; Radmacher e House: “O apóstolo Paulo exorta aos maridos a amar a esposa
como a seu próprio corpo, está de fato dizendo que eles devem amá-la do mesmo modo que amam a si
mesmos. Nunca se esperou que o homem tivesse esse amor profundo pela esposa no mundo pagão de Roma
e da Grécia”. Conforme o comparativo entre as culturas percebe que é de suma importância que os cristãos
sejam exemplos na prática do amor. Pois, tendo como base Efésios 5.25,28,29,31,33, o amor do marido para
com a esposa é identificado pela entrega, pelo sustendo, pelo cuidado em não aborrecer a esposa e pelo
abandono da zona de conforto. Portanto, papéis como estes e como os definidos pela sexualidade biológica,
os defensores da ideologia de gênero pretendem desassociá-los, objetivando uma confusão de identidade
para com o ser humano ao ponto de conduzir o desaparecimento da família no seu formato Bíblico, fator que
não ocorrerá, pois a família é uma instituição divina, criada antes do pecado que tem prevalecido diante dos
ataques do pecado e que prevalecerá mediante os ataques da sociedade pós-moderna.

3. O ideal divino quanto aos sexos. O terceiro tópico apresenta o seguinte objetivo: mostrar o ideal divino
quanto aos sexos. Primeiro Deus criou macho e fêmea, isto é, Deus criou homem e mulher. Logo, o sexo do
indivíduo está associado com os órgãos genitais e também com as formas do corpo. Já por segundo, Deus
constituiu o relacionamento monogâmico, isto é, um homem e uma mulher. O fato de o homem deixar pai e
mãe e “apegar-se-á à sua mulher” remete a dois princípios fundamentais: a heterossexualidade, pois o
casamento é entre um homem e uma mulher; e a monogamia, porque está escrito “a sua mulher” e não “as
suas mulheres”. O homem deve se casar com uma só mulher. O terceiro princípio é o da indissolubilidade,
“e serão ambos uma carne”. Por fim, em terceiro é necessário que os pais instruam os filhos conforme os
princípios Bíblicos, pois corresponde com o ideal divino para com os cristãos. Ensinar valores não é criar na
criança um conjunto de hábitos mecânicos, nem criar cercas ou barreiras de proteção omitindo-lhe a
realidade, mas é levar a criança a descobrir os conceitos do certo e do errado, ajudando-a a construir sua
própria estrutura de juízo moral e a formar Deus em sua mente.

Lição 8
20 de Maio de 2018
ÉTICA CRISTÃ E SEXUALIDADE

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Se por um lado a sexualidade tem sido desvirtuada na sociedade pós-moderna, por outro lado alguns cristãos
insistem em tratar o assunto como tabu. Embora o tema possa trazer desconforto para alguns, a sexualidade
humana não pode ser subestimada. Por isso, estudaremos o conceito da sexualidade, o propósito do sexo
segundo as Escrituras e o casamento como o parâmetro para o sexo. De acordo com Sigmund Freud (1856-
1939), reconhecido como o pai da psicanálise, “o homem tem necessidades sexuais e, para explicá-las, a
biologia lança mão do chamado instinto sexual da mesma maneira que, para explicar a fome, utiliza-se do
instinto da nutrição. A esta necessidade sexual dá-se o nome de libido”. Freud atribuiu à libido uma natureza
exclusivamente sexual e considerou a fase oral como a primeira na organização da libido da criança. As
teorias de Freud contrastaram com o extremo moralismo da interpretação católica e produziram o extremo da
licenciosidade, antinomianismo - desprezo à Lei de Deus - e a irresponsabilidade sexual. Atualmente, a
sexualidade da criança vem sendo estimulada e incentivada de modo precoce, e isso em detrimento do
desenvolvimento natural e saudável, gerando transtornos comportamentais. Ressalta-se que, em virtude do
avanço da tecnologia da informação e conseqüente globalização, nossas crianças têm acesso indiscriminado
a todo tipo de conhecimento. E, por estarem em fase de desenvolvimento, tornaram-se alvo de quem as quer
perverter. Por meio da inversão dos valores, ideologia de gênero e a erotização da infância, pretendem
desconstruir a família tradicional e promover a luxúria, promiscuidade e a imoralidade. Portanto, pela sua
abrangência e importância, faz-se necessário refletir sobre a sexualidade, seus conceitos, propósitos e limites
éticos estabelecidos nas Escrituras Sagradas.

I. SEXUALIDADE: CONCEITOS E PERSPECTIVAS BÍBLICAS

A sexualidade é uma das dimensões do ser humano criado à imagem e semelhança de Deus. A questão
sexual estava presente no ato da criação quando Deus nos fez “macho e fêmea” (Gn 1.27). Doravante, após a
queda, tornou-se um intrigante tema de pesquisa das ciências naturais (biologia, anatomia, etc.) e das
ciências humanas (literatura, psicologia, etc.). O campo de abrangência perpassa pela identificação sexual,
orientação/preferência sexual, erotismo, satisfação e prazer, imoralidade, prostituição e pornografia, dentre
outros. Por meio da revolução sexual das últimas décadas, que relativizou e desvirtuou a liberdade sexual,
surgiram novas questões nas áreas da ética, da moral e da religiosidade. Por conseguinte, os conceitos na
perspectiva bíblica precisam ser restaurados. Sexo e sexualidade possuem conceitos próprios, pois ambos
constituem-se atos da criação divina.

1. Conceito de Sexo e Sexualidade. A biologia define “sexo” como um conjunto de características


orgânicas que diferenciam o macho da fêmea. O sexo de um organismo é definido pelos gametas que
produzem. Gametas são células sexuais que permitem a reprodução dos seres vivos. O sexo masculino
produz gametas conhecidos como “espermatozóides” e o sexo feminino produz gametas chamados
“óvulos”. A expressão “sexo” ainda pode ser usada como referência aos órgãos sexuais ou a prática de
atividades sexuais. Já o termo “sexualidade” representa o conjunto de comportamentos, ações e práticas dos
seres humanos que estão relacionados com a busca da satisfação do apetite sexual, seja pela necessidade do
prazer ou da procriação da espécie.

a) A deturpação da sexualidade. Dentro dos conceitos modernos da sexualidade, o filósofo francês Michel
Foucault (1926-1984) discorreu na obra História da Sexualidade que a postura cristã é repressiva e envolve
“proibições, recusas, censuras e negações discursivas” que são impostas à sociedade. Confabula o filósofo
que, ao mesmo tempo em que o radicalismo cristão levava as pessoas a detestar o corpo, também tornou o
sexo cobiçado e mais desejável; por conseguinte, a austeridade cristã deve ser combatida em busca de
“liberação” sexual. Foucault afirma que essa liberação surgiu quando Freud dissociou a sexualidade do sexo
que era baseado na anatomia e suas funções de reprodução restringida aos aspectos biológicos. Assim,
Foucault considera a sexualidade como uma produção discursiva, e, portanto, um construto sócio-histórico
de uma sociedade. Por isso, o apelo e o discurso ofensivo na construção da ideologia de gênero, identidade
sexual, iniciação sexual precoce, homo-afetividade e a nova moda de se falar em sexualidade no plural, como
existindo “sexualidades”. A partir daí, o conceito foi deturpado e, em busca de “liberação”, ensina-se que a
sexualidade depende da cultura inserida em determinado grupo social. Desse modo, toda e qualquer escolha
ou opção sexual passa a ser válida, tais como, homossexualismo, zoofilia, pedofilia, necrofilia e incesto.

2. O sexo foi criado por Deus. O homem e a mulher possuem imagem e semelhança divina. Porém, no ato
da criação Deus fez o homem e a mulher sexualmente diferentes: “macho e fêmea os criou” (Gn 1.27).
Portanto, o sexo faz parte da constituição anatômica e fisiológica dos seres humanos. Homens e mulheres,
por exemplo, possuem órgãos sexuais distintos que os diferenciam sexualmente. Sendo criação divina, o
sexo não pode ser tratado como algo imoral ou indecente. As Escrituras ensinam que ao término da criação
“viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31). Desse modo, o sexo não deve ser
visto como algo pecaminoso, sujo ou proibido. Tudo o que Deus fez é bom. O pecado não está no sexo, mas
na perversão de seu propósito.

a) A reprodução sexuada e dióica. Ao criar o ser humano, Deus os dotou de órgãos específicos e
especialmente destinados à reprodução da espécie, chamados órgãos sexuais ou genitais. A esse processo de
perpetuação da espécie humana dá-se o nome de “reprodução sexuada”. A reprodução sexuada dos seres
humanos é classificada, quanto ao sexo, de “dióica”, ou seja, requer a participação de dois seres da mesma
espécie, sendo obrigatório que um deles seja “macho” e outro seja “fêmea”. E isso pelo fato inequívoco de
que homem e mulher foram criados com órgãos sexuais apropriados à reprodução. Trata-se de um processo
em que há a troca de gametas (masculinos e femininos) para a geração de um ou mais indivíduos da mesma
espécie. Percebe-se, então, que Deus não criou meio termo; definitivamente, o ser humano é formado de
macho e fêmea. Deus não formou o homem com possibilidades sexuais de desempenhar o papel da mulher
no ato sexual, e nem vice-versa. O nosso Jesus Cristo, ao discorrer sobre esse tema, associou a anatomia dos
sexos com o propósito divino da sexualidade e da reprodução. O Mestre fundiu o texto da criação e da
procriação (Gn 1.27,28) ao texto do relacionamento conjugal (Gn 2.24) indicando que os textos bíblicos se
complementam, isto é, a reprodução humana é sexuada e dióica: Porém, desde o princípio da criação, Deus
os fez macho e fêmea. Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher. E serão os
dois uma só carne e, assim, já não serão dois, mas uma só carne. (Mc 10.6-8).

3. A sexualidade é criação divina. Ao criar o homem e a mulher, Deus também criou a sexualidade: “E
Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra...” (Gn 1.28). O
relacionamento sexual foi uma dádiva divina concedida ao primeiro casal, bem como às gerações futuras:
“deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24).
Sempre fez parte da criação original de Deus a união sexual entre o homem e a sua mulher, formando assim,
ambos uma só carne. O livro poético de Cantares exalta a sexualidade e o amor entre o marido e a sua esposa
(Ct 4.10-12). Portanto, não é correto “demonizar” o desejo e a satisfação sexual. Assim como o sexo, a
sexualidade também não é má e nem pecaminosa. O pecado está na depravação sexual que contraria os
princípios estabelecidos nas Escrituras Sagradas.

a) A sexualidade no livro de Cantares. No judaísmo, a interpretação alegórica de Cantares faz alusão ao


amor entre Deus e Israel, e na tradição cristã aparece como uma metáfora do amor existente entre Cristo e
sua Igreja. Porém, quanto ao seu gênero literário, Cantares de Salomão é reconhecido pelos intérpretes como
sendo um poema de amor. A linguagem é franca, mas também é pura. O livro louva o relacionamento
conjugal regido pelo mútuo amor entre marido e mulher. Cantares exalta a sexualidade e não despreza o
prazer sexual no âmbito do matrimônio. O livro narra a celebração do amor na noite de núpcias (Ct 4.1-16) e
na vida matrimonial do casal eternamente enamorado (Ct 5.2-6). Nota-se que o livro desmistifica a
sexualidade e condena a licenciosidade, enaltece a paixão e desqualifica a promiscuidade, exalta o amor e
despreza a lascívia. Assim, Cantares apresenta a sexualidade humana sem depravação e sem malícia. A
mensagem denota o ideal divino para a sexualidade: bela, santa e pura.

II. O PROPÓSITO DO SEXO SEGUNDO AS ESCRITURAS

O sexo como criação divina possui finalidades específicas. Holmes afirma que a “história da ética cristã é
bastante clara nesse particular. A psicologia do sexo indica o seu potencial de união, e sua biologia indica
um potencial reprodutivo”. Portanto, o relacionamento sexual conforme idealizado pelo Criador prevê uma
realização completa entre macho e fêmea na busca do prazer conjugal e na procriação da espécie.

1. Multiplicação da espécie humana. A finalidade primordial do ato sexual refere-se à procriação. Deus
abençoou o primeiro casal e disse-lhes: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). Tal como
o Criador ordenara a procriação dos animais (Gn 1.22), também ordenou a reprodução do gênero humano.
Neste ato, Deus concedeu ao ser humano os meios para se multiplicar, assegurando-lhe a dádiva da
fertilidade. Depois da queda no Éden (Gn 3.11,23), e a conseqüente corrupção geral (Gn 6.12,13), o
Altíssimo enviou o dilúvio como juízo para eliminar o gênero humano (Gn 6.17), exceto Noé e sua família
(Gn 7.1). Passado o dilúvio, Noé recebeu a mesma ordem recebida por Adão: “E abençoou Deus a Noé e a
seus filhos e disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 9.1). A terra, que outrora fora
despovoada, agora deveria ser repovoada por Noé a fim de dar continuidade aos desígnios divinos (Gn 3.15,
cf. Rm 16.20).

a) A bênção da fertilidade. Como já visto, a ordem divina para a procriação da espécie humana é precedida
pela bênção da fertilidade (Gn 1.28). A partir dessa dádiva e ordenança divina, as narrativas bíblicas
registram a busca pela maternidade e paternidade como anseio geral tanto de mulheres quanto de homens. A
fertilidade passa a ser indispensável para o cumprimento do preceito divino. Desse modo, os registros das
Escrituras quanto à sexualidade estão intrinsecamente relacionados com a reprodução e procriação da vida
humana. Após a queda do homem no Jardim do Éden, Deus avisa que, por causa da desobediência, a bênção
da fertilidade trará também sofrimento: “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua
conceição; com dor terás filhos” (Gn 3.16). Apesar desse novo ingrediente, mulheres e homens, por meio da
união heterossexual e do casamento monogâmico, anseiam cumprir a multiplicação da espécie e prover
descendência para a família.

2. Satisfação e prazer conjugal. Por muito tempo, o catolicismo ensinou-se que a procriação era o único
propósito da relação sexual. O Concílio de Trento (1545-1563) disciplinou a pratica sexual com fins
exclusivos de reprodução e proibiu o sexo aos domingos, nos dias santos e no jejum quaresmal. Não
obstante, a Bíblia também se refere ao sexo como algo prazeroso e satisfatório entre o marido e a sua esposa:
“Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade...” (Pv 5.18,19); e ainda: “Goza a
vida com a mulher que amas” (Ec 9.9). Assim, na união conjugal, como também ensina o Novo Testamento,
o homem e a sua mulher devem buscar a satisfação sexual (1Co 7.5). A Bíblia se refere ao sexo como algo
prazeroso e satisfatório entre o marido e a sua esposa. O prazer e o deleite sexual não devem servir para a
satisfação promíscua e egoísta de um dos cônjuges. A satisfação conjugal deve ser precedida do sentimento
mútuo de amor entre macho e fêmea (1Co 7.3-5). Apesar das afirmações equivocadas da atualidade que
associam amor, sexualidade e casamento como sendo uma invenção da era burguesa do século XVI, a Bíblia
Sagrada ensina desde os primórdios o mútuo cuidado, carinho e o respeito entre um homem e uma mulher
casados (Ef 5.21-28). Desse modo, a completa satisfação sexual envolve emoções, sentimentos, carícias e
prazer para ambos os cônjuges. De acordo com as Escrituras, o romance e o dom da sexualidade devem ser
usados para o prazer mútuo dentro do contexto do casamento monogâmico e heterossexual.
a) O ajustamento do casal. Em 1 Coríntios 7.1-7, vemos uma orientação bíblica muito importante do
apóstolo Paulo no que diz respeito à intimidade conjugal. O apóstolo, nesta passagem, considera os seguintes
princípios: Prevenção (v.2): “mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher e cada
uma tenha o seu próprio marido”. Com isso, evita-se o adultério e a prostituição; Mútuo dever (v.3): “O
marido pague à mulher a devida benevolência e, da mesma sorte, a mulher ao marido”. É o dever do amor
conjugal, no que tange ao atendimento das necessidades sexuais, a que tem direito cada cônjuge; Autoridade
mútua (v.4): “A mulher não tem poder sobre seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma
maneira, o marido não tem poder sobre seu próprio corpo, mas tem-no a mulher”. Não se trata aqui, da
autoridade por imposição, pela força, mas sim pelo amor conjugal. Diga-se também que o marido não pode
abusar da esposa, praticando atos ilícitos, carnais, abusivos e sub-humanos, ou vice-versa; Abstinência
consentida (v.5): Isto é importante no relacionamento do casal. Os cônjuges podem abster-se, por algum
tempo, da prática sexual, mediante o consentimento mútuo. Não pode haver imposição de um sobre o outro.
Caso decidam separar-se no leito conjugal, devem fazê-lo sob as seguintes condições: que haja concordância
entre ambos, e que haja sabedoria quanto ao tempo determinado para dedicarem-se à oração e à disciplina da
vontade (de ambos).

b) A satisfação amorosa do casal. Existem seitas ou religiões e, até evangélicos, que proíbem o prazer do
sexo alegando que a finalidade deste é somente a procriação. Isso não tem base na Bíblia. Vários textos nos
mostram que Deus reconhece o direito de o casal usufruir desse prazer. Em Provérbios 5.18-23, o sábio
recomenda aos cônjuges que desfrutem do sexo, sem referir-se, neste caso, ao ato procriativo. Nesta
passagem, porém, o homem é advertido quanto à “mulher estranha”, a adúltera; e é incentivado a valorizar a
união conjugal honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade (ver Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9). No
Antigo Testamento, a “lua de mel” durava um ano! (Dt 24.5).

3. O correto uso do corpo. No ato sexual ocorre a fusão de corpos: “Assim não são mais dois, mas uma só
carne” (Mt 19.6). O sexo estabelece um vínculo tão forte entre os corpos que os torna uma só pessoa. Como
os nossos corpos são membros de Cristo (1Co 6.15), e templo do Espírito Santo (1Co 3.16), as Escrituras
proíbem o uso do corpo para práticas sexuais ilícitas (1Co 6.16). São condenadas, dentre outras, as relações
incestuosas (Lv 18.6-18), o coito com animal (Lv 18.23), o adultério (Êx 20.14) e a homossexualidade (Rm
1.26-27). O corpo não pode servir a promiscuidade (1Co 6.13), mas deve glorificar a Deus, o nosso Pai (1Co
6.20).

a) Templo do Espírito Santo. Escrevendo à Igreja em Corinto, Paulo menciona vários tipos de pessoas que
pecam contra o corpo e são sexualmente imorais, tais como, “os devassos”, “os adúlteros”, “os
efeminados” e “os sodomitas”, os quais, afirma o apóstolo, não herdarão o reino de Deus (1Co 6.10). Em
seguida, o texto paulino questiona a igreja acerca do uso indevido do corpo: “Não sabeis vós que os vossos
corpos são membros de Cristo?” (1Co 6.15). Por conseguinte, Paulo ensina que o corpo não pertence ao
crente, e sim a Deus; por isso, o corpo não pode ser objeto da imoralidade sexual (1Co 6.18). O ensino
assevera que a imoralidade sexual é pecado que afronta ao próprio corpo, que é templo do Espírito Santo
(1Co 6.19). Por essa razão, o crente não deve contaminar o corpo, pois é santuário de Deus. Por fim, exorta-
nos o texto bíblico: “[...] glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a
Deus” (1Co 6.20). Conclui a Escritura que o nosso corpo foi comprado por bom preço, e, por essa razão,
pertence ao Senhor que nele habita e requer do crente salvo que mantenha o templo do Espírito Santo em
pureza sexual.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Por que Deus criou o sexo?

A Bíblia nos dá três razões específicas para o sexo:

1. Procriação: Provavelmente você já conhece a primeira razão por que Deus criou o sexo. Chama-se
procriação. Em Gênesis 1.28, Deus revelou a Adão e Eva seu propósito para o sexo quando disse:
‘Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a’. Deus nos deu uma capacidade de criar vida
semelhante à d’Ele por meio do ato sexual. O início desse versículo nos conta que Deus pretendia que os
resultados do sexo fossem uma bênção;

2. Unidade: Como seres humanos, somos dotados de um profundo desejo por intimidade. Ansiamos por nos
unir a outros seres humanos e a Deus. O Senhor nos criou com esse desejo. Parte do seu projeto para o sexo
inclui satisfazer essa necessidade de relacionar-se de modo pessoal. Está provado cientificamente que o sexo
cria um laço entre duas pessoas, mas os níveis mais profundos de união e intimidade só podem ser atingidos
com a busca pelo plano de Deus para o sexo. Gênesis 2.24 diz: ‘Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua
mãe e apegar-se-à à sua mulher, e serão ambos uma carne’. Essa passagem fala sobre o vínculo entre
marido e mulher fortalecendo-se a ponto de eles se tornarem uma só carne. O escritor de Gênesis sabia
intuitivamente o que a ciência confirmou há pouco tempo. Pesquisadores descobriram um hormônio
chamado ‘ocitocina’, ou ‘hormônio do amor’. A ocitocina é uma substância química que nosso cérebro
libera durante o sexo e a atividade que precede o ato. Quando essa substância é liberada, produz sentimentos
de empatia, confiança e profunda afeição. Cada vez que você faz sexo, seu corpo sofre uma reação química
que lhe diz para ‘apegar-se’. Deus criou os meios para satisfazer nosso desejo por intimidade em um nível
biológico;

3. Recreação: Uma das razões por que Deus criou o sexo foi para o nosso prazer. Vemos isso claramente em
Provérbios 5.18,19: ‘Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, como a cerva
amorosa e gazela graciosa; saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído
perpetuamente’. Essa passagem fala de um marido sendo satisfeito pelo corpo de sua esposa. O texto original
pode ser lido como: ‘Que você fique inebriado pelo sexo com ela’. Deus planejou o sexo para ser divertido e
prazeroso. Está claro que Deus criou o sexo para o nosso benefício e para sua glória. Quando se desfruta o
sexo de acordo com o plano divino, o resultado é maravilhoso. Quando saímos dos limites estabelecidos por
Deus para nossa vida sexual, o prazer diminui, a intimidade é rebaixada, e as bênçãos que Deus planejou
como resultados de nossos encontros sexuais podem se deteriorar” (MCDOWELL, Josh; DAVIS, Erin.
Verdade Nua & Crua: Amor, sexo e relacionamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp. 20-23).

III. O CASAMENTO COMO LIMITE ÉTICO PARA O SEXO

No casamento, os impulsos sexuais podem ser satisfeitos sem que se incorra em atos pecaminosos. No
entanto, o casamento não é autorização para a prática de atos pervertidos, devassidão ou escravidão sexual de
um cônjuge sobre o outro. Ainda que o casamento seja um inibidor de práticas moralmente ilícitas, percebe-
se na cultura pós-moderna o enfraquecimento de sua eficácia no combate à imoralidade. A antiga lei moral
exigia a abstinência extraconjugal por temor de uma gravidez indesejada, doenças sexualmente
transmissíveis ou medo de ser descoberto e ter a reputação manchada. Atualmente, esses antigos fatores de
inibição das relações extraconjugais sofreram mutações; a pílula reduziu grandemente o primeiro temor, as
drogas modernas o segundo e as mudanças sociais o terceiro. Contudo, para o cristão, o propósito divino
para o casamento não pode ser alterado e seus princípios devem ser observados por todos e em todos os
lugares. O casamento é o legítimo limite ético dos impulsos sexuais que podem ser satisfeitos sem que se
incorra em atos pecaminosos.

1. Prevenção contra a fornicação. A fornicação está relacionada ao contato sexual entre pessoas solteiras,
ou seja, não casadas. Para prevenir este pecado, o apóstolo Paulo orienta os cristãos a se casarem: “por
causa da prostituição [ou fornicação], cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio
marido.” (1Co 7.2). Os ensinos de Paulo ratificam o propósito divino do casamento, ou seja, “um homem
para cada mulher” (Gn 2.24). Este princípio também foi defendido por Jesus: “deixará o homem pai e mãe,
e se unirá à sua mulher” (Mt 19.5). Deste modo, a legitimidade cristã para a satisfação dos apetites sexuais
entre um homem e uma mulher restringe-se ao casamento monogâmico heterossexual (1Co 7.9). Toda
prática sexual realizada fora destes moldes constitui-se em sexo ilícito.

a) O sexo pré-matrimonial. Nos textos vetero-testamentários, a fornicação ou o sexo pré-matrimonial eram


punidos severamente. Se um marido descobrisse após o casamento que sua esposa não era virgem, o caso
seria levado aos anciãos da cidade, que conduziriam a mulher até a porta da casa de seu pai e os homens a
apedrejariam até a morte (Dt 22.20,21). Na lei mosaica, também estavam previstas outras punições para os
casos de sexo pré-matrimonial (Êx 22.16,17; Dt 22.23,24). Se a moça fosse violentada e não pudesse fazer
nada para evitar o ato sexual ilícito, ela seria inocentada e o seu agressor seria apedrejado (Dt 22.25-27). O
Novo Testamento mantém a fornicação e o sexo pré-matrimonial como pecado (1Ts 4.3). No entanto, a pena
de morte física não é aplicada; a punição é na esfera espiritual que implica morte eterna (Tg 1.15).

b) A intimidade e interação sexual é privativa dos casados. A ordem de crescer e multiplicar não foi dada
a solteiros, mas a casados (Gn 1.27,28). Deus não quis que o homem vivesse só e lhe deu uma esposa, já
formada, preparada para a união conjugal. O ensino bíblico é que o homem deve desfrutar o sexo com a
esposa de modo normal, racional, sadio e amoroso não com a namorada ou noiva. Em Cantares de Salomão,
tem-se a exaltação do amor conjugal. Este, não ocorre entre solteiros (Ct 4.1-12; Ef 5.22-25). Pesquisas
indicam que 50% dos jovens evangélicos já praticaram sexo antes do casamento. Isso é pecado grave contra
o próprio corpo, contra o Criador, contra a Palavra de Deus, contra o próximo, contra a Igreja e contra a
família.

b) O problema da incontinência sexual. Ao tratar das questões de imoralidade sexual e o comportamento


cristão no casamento, o apóstolo Paulo fazia frente a dois movimentos presentes na igreja de Corinto. O
primeiro era formado pelos libertinos ou antinomianos e o segundo era partidário do asceticismo. Os
libertinos ensinavam que não existe problema algum com o uso do corpo, isto é, o que alguém faz com o
corpo é moralmente indiferente. Os adeptos do ascetismo de modo geral consideravam que o corpo é
inerentemente mau e que cada um deve afligir e castigar seu próprio corpo negando-lhe qualquer prazer
físico. Logo depois de escrever condenando a fornicação, Paulo também ensina à igreja que, após casados, o
marido e a mulher não podem negar o prazer sexual ao seu cônjuge, pois ambos têm o dever mútuo de
satisfazerem-se e manterem a fidelidade matrimonial (1Co 7.3). Por essa razão, as Escrituras explicam que o
corpo do homem está sob o domínio da sua esposa e o que o corpo da mulher está sob o domínio do marido
(1Co 7.4). Isso significa que o corpo do marido só pode buscar prazer e satisfação sexual no corpo de sua
esposa, e vice-versa. Desse modo, ratifica-se a união monogâmica e heterossexual e reafirma-se a
condenação das demais práticas como imoralidade sexual. Em seguida, o texto bíblico alerta que a privação
ou abstinência sexual dentro do casamento pode ser usada pelo Adversário como meio de tentação para as
práticas sexuais ilícitas (1Co 7.5). Por isso, o texto orienta os casais a não privarem um ao outro do ato
sexual, exceto de comum acordo e temporariamente para algum propósito espiritual. O casal não deve ser
ingênuo a ponto de imaginar que não serão tentados ou traídos por seus impulsos sexuais. Deus instituiu o
casamento tanto para a procriação quanto para evitar o pecado da imoralidade por meio do prazer mútuo
entre marido e mulher. Sexo premarital é pecado e, igualmente o extra-marital.

1) Fornicação. Prática do sexo entre solteiros ou entre casado e solteiro. O fornicário não entra no céu (Ap
21.8; Gl 5.19 e 1Co 6.18).

2) Adultério. Relação sexual de casados com pessoas que não são seus cônjuges (Mt 5.27; Mc 10.9; Rm
13.9). É grave e desastroso pecado (Pv 5.1-5).

3) Prostituição. Em sentido geral, envolve todas as práticas sexuais pecaminosas. Em sentido estrito, é a
intimidade sexual com prostitutas e a infidelidade conjugal. Deus a proíbe com veemência (Dt 23.17); é
grave pecado (1Co 6.16); é insanidade, loucura, estupidez e torpeza (Pv 7.4-10; 1Co 6.15-18).

4) Homossexualismo. É a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo. Contrariando a opinião de muitos, a
Bíblia condena, pois é abominação ao Senhor (Lv 20.13; 18.22; Dt 23.17,18), perversão sexual de Sodoma -
sodomia (Gn 19.5). Deus destruiu cidades por causa disso (Dt 23.17). Não entram no Reino de Deus os que
praticam tais atos (1Co 6.9,10).

5) A masturbação. Há ensinadores que não a consideram pecado de forma alguma. Outros, dizem que é
totalmente errado. Outros, ainda, dizem que, se não for por vício, mas por necessidade, torna-se moralmente
justificável. De qualquer forma, é pecado, por contrariar o plano de Deus, pois o sexo não deve ser egoísta,
mas partilhado com outra pessoa, no âmbito do casamento. A masturbação está sempre associada a fantasias
sexuais.

2. O casamento e o leito sem mácula. As Escrituras ensinam que o casamento é digno de honra (Hb 13.4) e
que a união conjugal deve ser respeitada por todos (Mt 19.6). O leito conjugal não pode ser maculado por
ninguém. Quem o desonrar não escapará do juízo divino (Hb 13.4b). Aqui a desonra refere-se ao uso do
corpo para práticas sexuais ilícitas com ênfase nos casos de relações extraconjugais (1Co 6.10). Inclui
também as relações conjugais resultante de divórcios e de segundo casamentos antibíblicos (Mt 19.9).
Embora, muitas vezes, os imorais escapem da reprovação humana, não poderão fugir da ira divina (Na 1.3).
A práxis da sociedade e a condescendência de muitas igrejas não invalidam a Palavra de Deus.

a) O modelo bíblico de casamento. Pallister define o casamento como “ato público em que a pessoa deixa
a primeira família em que cresceu para se unir, pelo resto de sua vida, com uma pessoa do sexo oposto com
a finalidade de constituir uma nova família”. Esta conceituação constitui um ato de obediência ao ensino
bíblico: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só
carne” (Gn 2.24, NVI). Nos registros bíblicos, é possível identificar que, ao menos em alguns casamentos, a
união conjugal era precedida pelo sentimento de amor. Jacó amava tanto a Raquel que nem viu o tempo
passar enquanto trabalhou durante sete anos para pagar o dote dela (Gn 29.18,20). Mical amava tanto a Davi
que o ajudou a fugir, livrando-o da morte certa, e não temeu a ira de seu pai Saul (1Sm 18.20,28; 19.11-17).
Dessa maneira, o modelo bíblico não se restringe à procriação, mas também inclui o romantismo e o ato
sexual como fonte de satisfação e prazer. O catolicismo classificou o casamento como sacramento - rito
sagrado instituído para dar, confirmar ou aumentar a graça. Os teólogos da Reforma Protestante entenderam
que o casamento não é um sacramento, e sim uma aliança, isto é, o casamento não é apenas um ato formal,
mas uma aliança, assumida diante de Deus, de natureza permanente e fonte de conforto e alegria ao longo de
toda a vida. Em consequência, o amor é um princípio moral do casamento. Porém, o amor não é o único; a
justiça é igualmente princípio relevante para a união matrimonial. A justiça requer igualdade para todos e se
manifesta contra o abuso sexual de qualquer parte. A Declaração de Fé das Assembléias de Deus, ao tratar
dos propósitos do matrimônio, descreve o seguinte: O casamento tem por propósitos: a instituição da família
matrimonial; compensação mútua do casal; a procriação; o auxílio mútuo e continência e satisfação sexual.
Entendemos que o homem é unido sexualmente à sua esposa, como resultado do amor conjugal, não só para
procriar, mas também para uma vivência afetuosa, agradável e prazerosa. Diante destas assertivas, deve-se
reconhecer que o casamento monogâmico entre um homem e uma mulher é o modelo bíblico para escapar da
impureza sexual. Também é possível perceber que Deus, ao criar o ser humano à sua imagem e semelhança,
os fez macho e fêmea (Gn 1.27) demonstrando a sua conformação heterossexual. E, ainda, que a
diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal.

b) Leito sem mácula. A expressão “leito sem mácula” é um eufemismo usado para suavizar os aspectos que
envolvem a intimidade, o erotismo, os desejos e as relações sexuais entre o marido e a esposa no contexto da
união matrimonial. O leito conjugal não pode ser manchado pela imoralidade sexual. Aqui estão incluídos
como transgressão os pecados sexuais cometidos dentro ou fora do casamento. O sexo e a sexualidade são
atos da criação divina, e não podem ser tratados como algo pecaminoso e nem como mero elemento de
procriação ou fonte de prazer. Cabe ao cristão cumprir o propósito estabelecido por Deus para a sexualidade
(Gn 2.24). Aqueles que contaminam o casamento ao ultrapassar os limites divinamente instituídos para o ato
sexual devem estar certos de que enfrentarão um severo juízo (Hb 13.4).

“A intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada por Deus.
Mediante o casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de Deus. Os prazeres
físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são ordenados por Deus e por Ele
honrados. O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são
pecados graves aos olhos de Deus por serem transgressões da lei do amor e profanação do relacionamento
conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras e colocam o culpado fora do reino de
Deus. Imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer
prática sexual contra outra pessoa que não seja seu cônjuge” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995, 1921).

CONCLUSÃO

O sexo e a sexualidade são atos da criação divina e não podem ser tratados como algo pecaminoso e nem
como mero elemento de procriação ou fonte de prazer. Cabe ao cristão cumprir o propósito estabelecido por
Deus para a sexualidade (Gn 2.24). O desvirtuamento desse padrão implicará punição aos que praticam a
imoralidade (Hb 13.4). Portanto, vivamos para a glória de Deus!

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