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DIREITO PENAL

TEMPO

ESPAÇO

-Regra: artigo 5° - Princípio da Territorialidade Temperada

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções,


tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no
território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do


território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que
se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-
mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a


bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade
privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em
vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar
territorial do Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

$1° - Embarcações e aeronaves brasileiras públicas em serviço do governo


será território brasileiro, mesmo no estrangeiro.

- Embarcações e aeronaves brasileiras privadas (particulares), em águas


internacionais ou em espaço aéreo internacional, estarão sujeitas as leis
brasileiras.

$2° - Embarcações e aeronaves estrangeiras privadas, que estiverem no


Brasil, estarão sujeitas as leis brasileiras.

- Embarcações e aeronaves estrangeiras públicas, que estiverem no Brasil,


serão sujeitas as leis estrangeiras.

* Navio Holandês do Aborto e da Maconha, que pega os passageiros nos


países onde estas práticas são proibidas e os levam até águas
internacionais, onde no navio passa a vigoras a lei daquele país (Holanda).

LUGAR DO CRIME – Artigo 6°

Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a


ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu
ou deveria produzir-se o resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 1984)

- Teoria da Ubiquidade:

• Conduta (no todo ou em parte)

• Resultado (onde ocorreu ou deveria ter ocorrido)

EXTRATERRITORIALIDADE – Artigo 7° (Não se aplica para contravenções


penais, somente para CRIMES)

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no


estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da


República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal,


de Estado, de Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída
pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

c) contra a administração pública, por quem está a seu


serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no


Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a


reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes


ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí
não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei


brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do


concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de
1984)
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 1984)

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído


pela Lei nº 7.209, de 1984)

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira


autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí


cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro


motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais
favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por


estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as
condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984)

a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº


7.209, de 1984)

b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº


7.209, de 1984)

Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº 7.209, de


11.7.1984)

I – a) Contra a vida (ar.tigos 121/122) ou liberdade (artigos 146 à 149)


do Presidente da República.

b) Contra o patrimônio ou a fé pública (Administração direta ou


indireta).

c) Crimes próprios de funcionários públicos (artigos 312 à 327) contra


a Administração Pública.

d)Crime de genocídio quando o agente for brasileiro ou domiciliado


no Brasil (Princípio da Representação).

$1° A aplicação penal brasileira nos casos do inciso I é INCONDICIONADA.


Artigo 8° Compensação de Penas – Ex: um cidadão brasileiro é
condenado no exterior por um crime a 10 anos de prisão e no Brasil a 18
anos. Se ele já tiver cumprido os 10 anos no exterior, somente cumprirá os
8 anos restantes no Brasil.

II – a) Que por Tratado ou Convenção o Brasil se obrigue a reprimir


(Princípio da Justiça Penal Universal; Princípio da Jurisdição Universal;
Princípio da Justiça Universal; Princípio Cosmopolita)
b) Crimes praticados por brasileiro (Princípio da Nacionalidade Ativa;
Princípio da Personalidade Ativa)

c) Crimes praticados em embarcações ou aeronaves brasileiras


privadas que estejam no estrangeiro, desde que lá não tenham sido
julgados (Princípio da Representatividade; Princípio da Bandeira)

$2° Nos casos do inciso II a lei brasileira exige os demais requisitos

a) Entrada do agente em território nacional;

b) O fato ser punível também no país onde ocorreu;

c) A lei brasileira classifica o crime como passível de extradição;

d) Não ter sido o agente absolvido ou não ter cumprido pena no


estrangeiro;

e) Não ter ocorrido perdão ou extinção da punibilidade.

$3° A lei brasileira aplica-se também ao estrangeiro por crime cometido


contra brasileiro fora do Brasil (Princípio da Nacionalidade Passiva; Princípio
da Personalidade Passiva)

• Além de todos os incluídos no $2°, aplicam-se as seguintes regras:

a) Não ter sido pedida ou nega a extradição;

b) Requisição do Ministro da Justiça.

OBS: No caso da Lei 9455/97 (Tortura), em seu artigo 2°; a aplicação desta
lei é INCONDICIONADA.

TEORIA GERAL DO DELITO (CRIME)

1- Introdução – Sistema Bipartido

Infração Penal:

• Crimes (Delitos)

• Contravenções Penais

CRIME CONTRAVENÇÕES
PENAIS
Gravidade Maior Menor
Artigo 1° da Lei Pena privativa de Prisão simples e/ou
3914/41 liberdade; reclusão ou multa
detenção e/ou multa
Extraterritorialidade Artigo 7° CP Artigo 2° 3688/41
Tentativa Artigo 14° II CP Artigo 4° 3688/41
Limite de Pena Artigo 75° - 30 anos Artigo 10° 3688/41 – 5
anos
Competência Estadual; Federal Estadual
(Artigo 109° IV)

2- Conceito do Crime

• Formal: conduta humana prevista em lei como crime (Princípio da


Legalidade).

• Material: conduta humana que representa uma lesão ou perigo de


lesão a um bem jurídico tutelado pela norma penal (Princípio da
Intervenção Mínima; Princípio da Lesividade).

• Formal-Material: soma dos dois.

• Analítico: onde o Crime é fato típico, antijurídico (ilícito) e culpável.

FATO TÍPICO ANTIJURÍDICO CULPÁVEL

Conduta (ação ou Contrário ao Juízo de reprovação do


omissão humana ordenamento jurídico homem que visa
voluntária, dolosa ou (não permitido). determinar se ele pode
culposa. ou não ser reprovado
pelos atos praticados
por ele

Resultado naturalístico Excedentes de - Imputabilidade


do crime (modificação Antijuricidade: (Artigos 26°, 27°, 28°)
real produzida no bem
jurídico tutelado em -Artigo 23°: estado de
consequência da necessidade; legitima
conduta). defesa; estrito
cumprimento do dever
legal; exercício regular
do direito.

Causa Supra Legal –


consentimento do
ofendido (criado pela
doutrina)

Nexo Causal (vincula o Excludentes especiais: Potencial Consciência


resultado e a conduta) (artigo 128°; artigo 37° da Ilicitude (erro de
da Lei 9605/98) proibição inevitável;
artigo 21°)
Tipicidade (em aspecto Exigência de Conduta
formal e conglobante) Diversa (artigo 22°;
Coação moral
irresistível; obediência
hierárquica)

FATO TÍPICO

- Conduta:

Conceito: ação ou omissão humana voluntária psiquicamente dirigida a um


fim (dolo) ou resultante da inobservância de um dever objetivo de cuidado
(culpa).

OBS: todo TIPO PENAL possui um VERBO que representa o NÚCLEO DO TIPO
PENAL. Ex: subtrair, roubar, matar...

Ação – comissivo: o núcleo pratica uma ação

Omissão – omissivo próprio. Ex: art. 135; 169; 244 ... deixar de fazer alguma
coisa. PARA ESTES TIPOS DE CRIME NÃO CABE A TENTATIVA.

- Tipos mistos: têm mais de 1 verbo

- O mesmo tipo penal pode ter modalidades comissivas e omissivas

*Comissivo por omissão ou Omissivo Impróprio

(Ação)

Omissão Imprópria – art. 13, $2°


§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir
incumbe a quem:(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou


vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o


resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

c) com seu comportamento anterior, criou o risco da


ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

-Dever e possibilidade real de evitar o resultado.

Dever: pais em relação aos filhos; policiais em relação a população, como


deixar de evitar um roubo (Obrigação Legal).

- Assunção Voluntária da Obrigação. Ex: babá; segurança pessoal; vigia


noturno; etc...

- Aquele que numa primeira conduta cria o RISCO de que o resultado


aconteça. Ex: empurrar uma pessoa na piscina.

OBS: Na OMISSÃO IMPRÓPRIA é necessário haver DOLO ou CULPA.

OBS2: No crime COMISSIVO POR OMISSÃO o agente é o AUTOR do crime.

- Humana: OLHAR CADERNO

- Voluntária:

• Caso fortuito e força maior excluem a voluntariedade da conduta. Ex:


fenômenos da natureza.

• Estado de inconsciência (sonambulismo; hipnose) também excluem a


conduta.

• Atos involuntários (movimento reflexo; choque elétrico).

• Coação física irresistível (exclui o controle do agente sobre os


movimentos de seu corpo).
• NÃO CONFUNDIR COAÇÃO FÍSICA COM COAÇÃO MORAL.

- Dolo:

Direto: o agente quer o resultado (consciência+vontade) TEORIA DA


VONTADE

• 1° grau: ocorre quando o agente prevê o resultado e quer realizá-lo


como objetivo principal daquela conduta.

• 2° grau: dolo do agente em qualquer outra conseqüência que


necessariamente o agente irá realizar para alcançar seu objetivo
principal.

Indireto:

• Alternativo: ocorre quando o agente prevê uma pluralidade de


resultados e dirige sua conduta a qualquer um deles (Dolo
Objetivamente Alternativo).

OBS: para Rogério Greco há também o dolo subjetivamente


alternativo; onde o agente dirige sua conduta para o fim, mas é
indiferente para ele qual será a vítima.

• Eventual: assumir o risco de produzir o resultado (TEORIA DO


CONSENTIMENTO); previsão do resultado + aceite do resultado.

Culpa: o agente deu causa ao resultado (material)

OBS: todo crime culposo é material; com exceções dos crimes previstos nas
leis (10.826/03 art. 13; 11.343/06 art. 38)

- Imprudência, negligência (omissão), imperícia (ação ou omissão, é técnica;


Inobservância dos deveres objetivos de cuidado).

FATO TÍPICO
1. Conduta

2. Resultado (naturalístico)

Conduta  Bem Jurídico Tutelado

Modificação real causada pela conduta ao Bem Jurídico Tutelado.

Crime Material Formal Mera Conduta

Conduta  resultado Conduta  resultado Conduta:

- depende do resultado - não precisa acontecer - normalmente o bem é


e é exigido para sua o resultado para a um direito;
consumação; consumação;
- não há modificação
- o resultado é exigido. - o resultado não é real, não diminui;
exigido
- não tem resultado
naturalístico;

- tem resultado jurídico.

OBS: Todo crime tem resultado normativo ou jurídico.

3. Nexo Causal

Art. 13 CP – Teoria da Conditio Sine Qua Non

- Limite subjetivo:

• Dolo

• Culpa
- Teoria das Concausas:

• Causa absolutamente independente – entre elas não há qualquer


relação para causar o resultado: pré-existente (tentativa);
concomitante (tentativa); superveniente (tentativa).

• Causas relativamente independentes – há alguma relação entre elas:


pré-existente (consumado); concomitante (consumado);
superveniente (consumado) Superveniente no caso do art. 13 $1°
- extraordinário, anormal; por si só não tem desdobramento
natural daquela conduta). Superveniente por si só - tentativa.

4. Tipicidade Penal

Tipicidade Formal – adequação entre fato social e o tipo penal.

Tipicidade conglobante

Tipicidade Formal Tipicidade Conglobante

- Adequação entre o - Limitar a Tipicidade Formal, com a aplicação do


fato social e o tipo Princípio da Integração Mínima e o Princípio da
penal. Lesividade.

Direta Imediata: Tipicidade Material:

Fato  Tipo - Lesão ou perigo de lesão grave causado ao BJT;

- Princípio da Insignificância (4 requisitos): mínima


ofensividade da conduta; nenhuma peculiaridade da
conduta; periculosidade da conduta; o reduzidíssimo
grau de reprovabilidade, inexpressividade da lesão.

Indireta Mediata: Não é reconhecido pelos tribunais:

Fato (tem que - Antinormatividade – contrário as normas jurídicas;


combinar normas) 
- não ter sido determinado ou fomentado por uma
Norma de Adequação
norma jurídica.
(art. 14, II)  Tipo
Intercriminis – é um modelo desenvolvido pela doutrina que engloba os
fatos ou etapas que, em regra, o agente passa quando decide praticar um
crime. OLHAR CADERNO

- Tentativa (art. 14, II)

Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por


circunstâncias alheias à vontade do agente. (Incluído pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)

• Iniciar a execução;

• Não consumar;

• Circunstância alheia (humana, natural, sobrenatural)

OBS: Cabe tentativa imperfeita nos crimes de MERA CONDUTA.

Tentativa branca – não lesa o BJT

Tentativa vermelha – lesa o BJT

Art. 14, Parágrafo Único causa de diminuição de tempo, entre 1/3 a 2/3.

Pena de tentativa(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a


tentativa com a pena correspondente ao crime consumado,
diminuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

AULA 08/11/10
Estado de Necessidade (art. 24 CP)

Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o


fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,
cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever


legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito


ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois
terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

OBS: dever contratual ou qualquer outro dever não impede o estado de


necessidade.

Legítima defesa (art. 25 CP)

Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando


moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.(Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

- moderação;

- meios necessários;

- repele uma injusta (proibida pelo direito; ilícita) agressão (ato humano
direto; atual, presente ou iminente)

- direito próprio ou de terceiro.

Legitima Defesa Pré-ordenada – ofendículo para impedir invasões em casas.


Ex: cacos de vidro, cercas elétricas.

OBS: qualquer direito admite legitima defesa, seja ele disponível ou


indisponível, próprio ou de terceiro.

OBS 2: meio necessário é o meio eficaz e suficiente (moderado);


proporcional a intensidade da agressão.

Estrito (regras legais) cumprimento do dever legal (art. 23, III CP)

III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular


de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Exercício regular (regras, limites) do direito (art. 23, III CP)

III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular


de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
OBS: Supra legal – consentimento do ofendido (doutrina)

OBS 2: quando não está previsto no tipo penal será excludente supra legal
de antijuricidade; quando estiver previsto será de tipicidade. Ex: art. 150 CP

Requisitos:

• Capacidade do ofendido (capacidade penal)

• Válido – consentiu livremente

• Direito disponível (lesão patrimonial, lesão a honra, a fidelidade)

*Direitos indisponíveis: vida, integridade física (lesão leve o


consentimento é válido), saúde

• Anterior ou concomitante a prática do fato

• Correlação – fazer somente aquilo que foi autorizado

AULA 10/11/10

- Imputabilidade

- Potencial consciência da ilicitude

- Exigibilidade de conduta diversa

Imputável Semi Imputável Inimputável

- culpável (pena) - culpável (redução de - não culpável


pena) (absolvido)

- maiores de 18 anos - art. 26, PÚ – não era - menores de 18 anos


inteiramente capaz (art. 27 CP) – ficam
- capaz sujeito ao ECA (lei
Parágrafo único - A 8069/90)
pena pode ser reduzida
de um a dois terços, se Art. 27 - Os menores de
o agente, em virtude de 18 (dezoito) anos são
perturbação de saúde penalmente
mental ou por inimputáveis, ficando
desenvolvimento sujeitos às normas
mental incompleto ou estabelecidas na
retardado não era legislação especial.
inteiramente capaz de
entender o caráter - art. 101 ECA (0 à 12
ilícito do fato ou de anos)
determinar-se de
acordo com esse
entendimento.

- art. 28, I CP – emoção - pode ser substituída - Art. 26, caput


ou a paixão por uma medida de
segurança (art. 98 CP) Art. 26 - É isento de
Art. 28 - Não excluem a pena o agente que, por
imputabilidade penal: Art. 98 - Na hipótese do doença mental ou
parágrafo único do art. desenvolvimento
I - a emoção ou a 26 deste Código e mental incompleto ou
paixão; necessitando o retardado, era, ao
II - a embriaguez, condenado de especial tempo da ação ou da
voluntária ou culposa, tratamento curativo, a omissão, inteiramente
pelo álcool ou pena privativa de incapaz de entender o
substância de efeitos liberdade pode ser caráter ilícito do fato ou
análogos. substituída pela de determinar-se de
internação, ou acordo com esse
tratamento entendimento.
ambulatorial, pelo
prazo mínimo de 1 (um) - inteiramente incapaz
a 3 (três) anos, nos - absolvição imprópria
termos do artigo (gera uma medida de
anterior e respectivos segurança) – art. 96 à
§§ 1º a 4º. 99 CP

- embriaguez patológica
(pode excluir ou não)

Art. 97 CP STF STJ

Prazo mínimo 1 – 3 anos 1 – 3 anos 1 – 3 anos

Prazo máximo indeterminado 30 anos (art. 75 Pena máxima em


CP) abstrato
cominada paro o
fato típico

Embriaguez voluntária – imputável

Embriaguez culposa – imputável


Embriaguez patológica – inimputável (art. 26, caput); semi-imputável (art.
26, PÚ); imputável

Embriaguez Pré-ordenada – além de ser imputável terá agravante de pena


(art. 61, II “l”)

Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando


não constituem ou qualificam o crime:

II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209,


de 11.7.1984)

l) em estado de embriaguez preordenada.

Art. 28, $1°

§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa


(involuntária), proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 28, $2°

§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,


por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não
possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE

- Erro de proibição (art. 21 CP) – exclui a potencial consciência da ilicitude

Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a


ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá
diminuí-la de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou


se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era
possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.

• Tem consciência – culpável

• Não tem consciência (Erro de Proibição) – não pode ter – inevitável 


isenção de pena

• Não tem consciência – pode ter – evitável – culpabilidade reduzida 


redução de pena
- Direto: acredita que o fato é lícito

- Indireto: sabe que o fato é ilícito, mas acredita que está autorizado a
fazê-lo

- Mandamental: incide somente nos crimes omissivos

EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

- se é inexigível uma conduta diversa não pode haver punição.

Art. 22 CP (hipóteses legais de inexigibilidade de conduta diversa)

Coação irresistível e obediência hierárquica (Redação dada pela Lei


nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em


estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da
ordem.

OBS: Não confundir coação moral física (exclui o controle do movimento


do corpo; exclui a conduta), com coação moral irresistível (exclui do
agente a possibilidade de decidir para uma conduta diversa)

OBS 2: art. 65, III “c” – atenuante

Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a


pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em


cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a
influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da
vítima;

Obediência Hierárquica:

• Só existe em empresas públicas, não existe em privadas;

• O agente obedece estritamente a ordem de um superior;

• A ordem não pode ser manifestamente ilegal.

AULA 29/11/10

TEORIA DO ERRO
Erro de Tipo Erro de Erro Descriminant
Proibição Acidental es Putativas

- Tipicidade (art. 20 CP) - art. 21 CP - art. 20, $1°


CP
Art. 20 - O erro sobre Art. 21 - O
elemento constitutivo desconhecime § 1º - É isento
do tipo legal de crime nto da lei é de pena quem,
exclui o dolo, mas inescusável. O por erro
permite a punição por erro sobre a plenamente
crime culposo, se ilicitude do justificado
previsto em lei. fato, se pelas
inevitável, circunstâncias,
isenta de pena; supõe situação
se evitável, de fato que, se
poderá existisse,
diminuí-la de tornaria a ação
um sexto a um legítima. Não
terço. há isenção de
pena quando o
Parágrafo erro deriva de
único - culpa e o fato é
Considera-se punível como
evitável o erro crime culposo.
se o agente
atua ou se
omite sem a
consciência da
ilicitude do
fato, quando
lhe era
possível, nas
circunstâncias,
ter ou atingir
essa
consciência.

- exclui dolo - erro de


proibição
indireta

- inevitável/ invencível
escusável: exclui dolo
e culpa;

-
evitável/vencível/inescu
sável: exclui somente o
dolo

ERROS ACIDENTAIS

- erro quanto o objeto do crime;

- erro quanto a pessoa: quer praticar o crime contra uma pessoa, mas se
confunde e acaba cometendo o crime contra outra. Seleciona a pessoa
errada. Ex: Irmãos gêmeos

Art. 20, $3° CP

§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não


isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou
qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente
queria praticar o crime.

- aberratio ictus (erro na execução) – art. 73 CP – mira na pessoa que queria


atingir, mas acaba errando o alvo e atingindo outra pessoa.

Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de


execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia
ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado
o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20
deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o
agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste
Código.

- aberratio criminis (resultado diverso do pretendido) – art. 74 CP

Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou


erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do
pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como
crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se
a regra do art. 70 deste Código.

- aberratio causae:

• Com o dolo de produzir determinado resultado, causa o resultado de


forma diversa do qual havia planejado. O erro é considerado
irrelevante, devendo o agente responder pelo crime consumado.

• O agente com o dolo de produzir determinado resultado pratica uma


primeira conduta e acredita por erro que o resultado já ocorreu.
Então, o agente decide praticar uma segunda conduta sem o dolo
inicial, quando acaba causando de fato o resultado que pretendia na
primeira conduta. A doutrina entende que a hipótese deve ser
resolvida estendendo o dolo da primeira conduta ao resultado
produzido no segundo momento. É o chamado dolo geral.

DESCRIMINANTES PUTATIVAS

- circunstâncias que excluem o crime;

- toda descriminante putativa atua na culpabilidade; na consciência da


ilicitude;

- o legislador adotou a Teoria Limitada da Culpabilidade;

- pode ocorrer por erro de tipo permissivo (fatos) ou por erro de proibição
indireta.

• Inevitável – isenção de pena

• Evitável – culpa (culpa imprópria – praticou o crime dolosamente mas


responde culposamente)

Hipóteses que não admitem tentativa:

1. Crime uni subsistente;

2. Crime culposo (culpa imprópria admite tentativa)

3. Crime preterdoloso. Ex: lesão corporal seguida de morte.

OBS: a qualificadora é culposa

4. Crime omissivo próprio

OBS: nos crimes omissivos impróprios (comissivos por omissão) cabe


tentativa

5. Crime habitual (depende de uma reiteração da conduta para tipificar


o fato)

6. Crimes que dependem do resultado para a tipificação. Ex: crime de


induzimento ao suicídio.

7. Crimes de atentado – são aqueles que punem a tentativa como


modalidade consumada no próprio tipo penal. Ex: art. 14, II; art. 352
CP; art. 3° da Lei 4898/65

8. Contravenções penais (decreto 3688/41; art. 4°)

AULA 10/01/11

CONCURSO DE PESSOAS

• Unisubjetivos – depende de apenas 1 pessoa para a prática do crime.


• Plurisubjetiovs – depende de um número maior de pessoas para a
prática do crime; são crimes de concurso necessário. Ex: art. 137 CP;
art. 288 CP; art. 35 da lei 11343/06

Art. 137 CP

Rixa

Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:

Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.

Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza


grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de
detenção, de seis meses a dois anos.

Art. 288 CP

Quadrilha ou bando

Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou


bando, para o fim de cometer crimes:

Pena - reclusão, de um a três anos. (Vide Lei 8.072, de 25.7.1990)

Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou


bando é armado.

TEORIAS:

• Teoria Unitária (art. 29 CP) – adotada como regra

Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas


penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode


ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)

§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos


grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada
até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais
grave.

OBS: o art. 29 é uma norma de adequação típica indireta ou mediata; não


acarreta pena única, a pena é individualizada.

• Teoria Dualista – Ex: art. 124/126 CP; art. 317/335 CP; art. 318/334
• Teoria Pluralista. Ex: Lei 11343/06 – art. 33, caput e $1°, art.
34,36,37.
REQUISITOS PARA CONCURSO DE PESSOAS:

• Existência de pluralidade de pessoas (cada uma praticando uma


conduta);
• Cada conduta deve ter relevância causal com o crime praticado;
• Liame subjetivo (convergência de vontades) – o liame subjetivo pode
surgir até o momento da execução do crime; pode ocorrer na culpa
também.

OBS: nos crimes formais o liame subjetivo pode ocorrer após a consumação.

• Unidade infracional (identidade de infração penal)

- desde o início um dos agentes não conhecia todas as circunstancias


do fato (nesse caso não há concurso)

- durante a execução é rompida a unidade infracional (art. 29, $2° CP)

COMUNICABILIDADE DAS CIRCUNSTÂNCIAS NO CONCURSO DE PESSOAS:

• de natureza objetiva – ligada ao fato criminoso (lugar, modo); os


agentes tem consciência
• de natureza subjetiva – ligada aos sujeitos do crime (de caráter
pessoal) art. 30 CP

Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de


caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.

TEORIAS DA AUTORIA:

• Teoria Restritiva da Autoria (adotada pelo CP) – é autor do crime


quem executa o verbo núcleo do tipo penal. Quem concorreu para
execução do verbo é participe.

OBS: a doutrina criou remendos para este caso; são eles: Autor Intelectual e
Autor Mediato/Indireto.

• Teoria Extensiva da Autoria – praticamente não diferencia autor de


participe.
• Teoria do Domínio do Fato (adotada pela doutrina) – é autor quem
com sua conduta tem domínio sobre o fato criminoso. Nesse caso o
participe não tem domínio.

Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; pode ter co-autoria
e participação.

Crime próprio – é praticado por uma pessoa específica; permite execução


conjunta com outras pessoas. Admite co-autoria e participação.

Crime de mão própria – praticado por pessoa específica. Ex: falso


testemunho
OBS: a diferença do crime próprio e de mão própria está baseada na Teoria
Restritiva.

OBS 2: no crime de mão própria só pode executar o verbo núcleo do crime


pessoa específica. Não admite co-autoria, só participação. Para a doutrina
também não admite autoria mediata.

COMENTÁRIOS GERAIS:

- art. 29, $1°

§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser


diminuída de um sexto a um terço.

- nos crimes omissivos, para autores mais novos, cabe co-autoria e


participação.

- art. 31 CP

Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo


disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não
chega, pelo menos, a ser tentado.

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