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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL.

MIGUEL ANGELO CELCO SOARES


TALITA SOUZA SIQUEIRA

ESTRUTURA DE MADEIRA EM TELHADOS NA CONSTRUÇÃO


CIVIL: ESTUDO DE RESISTÊNCIA MECÂNICA DA PARAJU

VILA VELHA, ES
2020
MIGUEL ANGELO CELCO SOARES
TALITA SOUZA SIQUEIRA

ESTRUTURA DE MADEIRA EM TELHADOS NA CONSTRUÇÃO


CIVIL: ESTUDO DE RESISTÊNCIA MECÂNICA DA PARAJU

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de


Graduação em Engenharia Civil da Faculdade
Novo Milênio como requisito parcial para
obtenção de nota e aprovação na disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso I, ministrada
pela professora Tamara Lopes Teixeira.

______________________________________
Prof.ª MSc. Orientadora: Tamara Lopes
Teixeira.

VILA VELHA, ES
2020
MIGUEL ANGELO CELCO SOARES
TALITA SOUZA SIQUEIRA

ESTRUTURA DE MADEIRA EM TELHADOS NA CONSTRUÇÃO


CIVIL: ESTUDO DE RESISTÊNCIA MECÂNICA DA PARAJU

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia


Civil da Faculdade Novo Milênio como requisito obrigatório à obtenção de
nota e aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I.

Aprovado em ____/_____/______ pela banca constituída dos seguintes professores:

______________________________________________
Prof(a). Examinador(a) 1 – Faculdade Novo Milênio

______________________________________________
Prof(a). Examinador(a) 2 – Faculdade Novo Milênio

______________________________________________
Prof(a). Examinador(a) 3 – Faculdade Novo Milênio

Vila Velha, ____de _______________de 2020

Faculdade Novo Milênio


Avenida Santa Leopoldina, 840, Coqueiral de Itaparica – Vila Velha, ES
Telefone: 33995555. www.novomilenio.br
Não importa o que aconteça, continue a
nadar

Graham Walters
RESUMO

Na construção civil a comercialização da madeira vem crescendo nos últimos anos e


com isso é necessário o conhecimento sobre as características mecânicas e/ou
durabilidade para as suas diversas aplicações, dentre elas em estruturas de telhado.
O objetivo desta pesquisa é avaliar a resistência da madeira Paraju em três idades
diferentes através de ensaios de compressão e cisalhamento paralelo às fibras em
estruturas de telhado na Grande Vitória/ES. Para iniciar o estudo, busca-se
contextualizar e caracterizar o uso da madeira Paraju no mercado capixaba. Será
realizada a coleta e preparação das amostras recolhidas em marcenarias e retiradas
de telhados no município de Vila Velha/ES. As amostras recolhidas passarão por
ensaios em laboratórios para compressão paralela às fibras que determina a
resistência e a rigidez da madeira, e o ensaio ao cisalhamento paralelo às fibras que
estabelece a máxima tensão ao ato de cisalhar que uma madeira pode suportar. Os
dados fornecidos pelos ensaios serão analisados e comparados para avaliar a
resistência da madeira Paraju com diferentes idades. Demostrando que esta
pesquisa tem a finalidade de compreender sobre a evolução da madeira Paraju com
o passar do tempo, buscando avaliar a durabilidade e conhecer a resistência
mecânica da madeira Paraju.

Palavras-chave: Madeira, Paraju, maçaranduba, comportamento mecânico,


resistência.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Prof.ª = professora

MSc. = mestre

UV = ultravioleta

IBÁ = Instituto Brasileiro de Árvores

NBR = Norma Brasileira

ABNT = Associação Brasileira de Normas Técnicas

Av.= avenida

Sra. = senhora

v. = volume

n. = número

p. = página

Jan. = janeiro

Mar. = março

Jun. = junho

Jul. = julho

Dez. = dezembro

EPI’s = Equipamento de proteção individual.


LISTA DE SÍMBOLOS

fwc,0 = resistência à compressão paralela às fibras

fc,0 = resistência à compressão paralela às fibras

Fc0,máx. = máxima força de compressão paralela às fibras

A = área

fc0,k = valor característico da resistência à compressão paralela às fibras

x𝑛 = variável

x1 = variável

E𝑐0 = módulo de elasticidade

σ = tensão

ε = deformação

mm = milímetro

cm = centímetro

µm/m = Micrómetro/Metro

MPa/mín. = megapascal/mínimo

Fc0,est. = resistência à compressão paralela às fibras estimada

fv,0 = resistência ao cisalhamento paralelo às fibras

Fv0,máx. = máxima força de resistência ao cisalhamento paralelo às fibras

Av0 = área inicial da seção

fv0,k = valor característico da resistência ao cisalhamento paralela às fibras


LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Etapas de execução da pesquisa cientifica .......................................... 19

FIGURA 2 - Corpo de prova para ensaio de compressão paralela às fibras ........... 21

FIGURA 3 - Diagrama de carregamento para determinação da rigidez da madeira à


compressão .............................................................................................................. 23

FIGURA 4 - Corpo de prova para ensaio de cisalhamento na direção paralela às


fibras ......................................................................................................................... 24

FIGURA 5 - Arranjo de ensaio para cisalhamento paralelo às fibras ....................... 25


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................10

1.1 CONCEITOS E CONTEXTUALIZAÇÃO.......................................................... 10

1.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 10

1.3 PROBLEMA DA PESQUISA ........................................................................... 15

1.4 JUSTIFICATIVA. ............................................................................................. 15

1.5 HIPÓTESE....................................................................................................... 16

2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 16

2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 16

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 16

3 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 17

3.1 PESQUISADORES ......................................................................................... 17

3.2 TIPO DE ESTUDO .......................................................................................... 17

3.3 LOCAL ............................................................................................................. 17

3.4 DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE ................................................................. 18

3.4.1 Critérios de inclusão ............................................................................. 18

3.4.2 Critérios de exclusão ............................................................................ 18

3.4.3 Critérios para execução ........................................................................ 18

3.4.3.1 Contextualização e caracterização da madeira Paraju ..................... 19

3.4.3.2 Levantamento e preparação das amostras ....................................... 20

3.4.3.3 Realização de ensaios em laboratório .............................................. 20

3.4.3.3.1 Compressão paralela às fibras ............................................ 20

3.4.3.3.2 Cisalhamento paralelo às fibras ........................................... 23

3.4.3.4 Análise e comparação dos resultados ............................................... 25

3.4.4 Variáveis analisadas ............................................................................. 25


3.4.5 Análise de dados ................................................................................... 25

3.5 CRONOGRAMA .............................................................................................. 26

3.6 RECURSOS .................................................................................................... 26

4 RISCOS E BENEFÍCIOS ...................................................................................... 26

4.1 RISCOS ........................................................................................................... 26

4.2 BENEFÍCIOS ................................................................................................... 27

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 27

REFERÊNCIAS
10

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

Atualmente, na região da Grande Vitória/ES, quando se fala em estruturas de


telhados, a madeira Paraju ou Maçaranduba, é a mais lembrada e utilizada devido à
localização geograficamente favorável à disponibilidade em nossa região, pois de
acordo com a madeireira Avaré (2020), a madeira Paraju é regularmente encontrada
nas regiões do sul da Bahia e norte do Estado do Espírito Santo.

Entretanto, na maioria das vezes, não há conhecimento sobre as características


mecânicas e durabilidade que a torna adequada à especificação para estruturas de
telhado. Por este motivo, serão observados dados técnicos para identificar se a
madeira Paraju é realmente a madeira ideal para essa finalidade ou não.

1.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Dentre os recursos naturais, a madeira é um dos produtos mais comercializados no


Brasil, correspondendo a cerca de 12% do Produto Interno Bruto no Estado do
Espirito Santo, tornando-se um dos principais condutores do desenvolvimento
sustentável da região (LOVATTI, 2008).

A exploração da madeira em regiões de floresta busca a aplicabilidade do manejo


sustentável, fazendo necessário o equilíbrio ecológico, utilizando de forma racional e
eficiente os recursos naturais, mesmo com o avantajado número de espécies
existentes no Brasil (SILVA et al., 2007).

No mercado da construção civil, a madeira pode ser aplicada de diversas formas,


variando entre temporária e definitiva. No uso temporário podem ser utilizadas em
escoras e formas, e na definitiva em acabamentos, mobiliários e na própria
confecção da estrutura de uma edificação, tornando-se um material com funções
variadas (RESENDE; MAGALHÃES, 2015).

Segundo Vidal et al. (2015), a madeira é um material versátil, que apresenta boas
propriedades mecânicas e físicas. A madeira tem uma fácil trabalhabilidade, alta
resistência mecânica e um bom isolamento térmico.
11

Entretanto, alguns padrões devem ser avaliados para uma melhor preservação da
madeira, analisando assim as condições de uso com base nas propriedades de
durabilidade natural, a quais riscos biológicos a madeira será submetida e se há
necessidade de fazer algum tratamento visando o aumento da durabilidade da
madeira (VIDAL et al., 2015).

A caracterização das madeiras, a sua resistência e durabilidade contribuem para sua


escolha, mas é preciso destacar a importância da utilização consciente e uma das
medidas é a escolha de madeiras com o Certificado Madeira Legal. Diante disso, é
possível observar que explorar a madeira de forma sustentável é benéfico para
todos, abrangendo também a economia da região (RESENDE; MAGALHÃES, 2015).

Levando em conta a sustentabilidade e as adversidades climáticas, um grupo de


Brasília observou a degradação pela ação do tempo, onde algumas amostras de
variadas madeiras foram expostas a 2.000 horas de radiação ultravioleta (UV) e a
400 horas de submersão em água. Dentre as madeiras utilizadas, está a madeira
Paraju que apresenta grande resistência natural à degradação por intemperismo
(SILVA; PASTORE; PASTORE JUNIOR, 2007).

A madeira Paraju é uma madeira nativa da região amazônica, que mede de 40 a 50


metros de altura, plantada em regiões com o solo firme a até 700 m de altitude
(MOLINA; CALIL NETO; CHRISTOFORO, 2016).

Diante da diversidade de espécies e da necessidade de informações de forma claras


a respeito das propriedades mecânicas, a madeira Paraju apresenta bons resultados
em relação as suas propriedades, podendo ser classificada de uso estrutural (ROSA
et al., 2014).

O uso da madeira na construção civil vem se difundindo com grande crescimento no


mercado e as estruturas de telhado são as que mais aplicam a madeira na sua
utilização. Em 2019, o Instituto Brasileiro de Árvores (IBÁ) informou que o segmento
madeireiro cresceu 13,1% mais que os setores agropecuários e industriais,
consolidando o seu destaque no comercio mundial, contribuindo com o crescimento
socioeconômico do Brasil.

Segundo Vidal et al. (2015), a madeira na construção civil é recomendada nas


estruturas de telhados, pois com tratamento e preservação da mesma, possibilita
12

que a madeira fique em áreas de grandes agressividades, contato com solo e


exposta ao intemperismo sem que afete sua resistência natural.

A estrutura de telhado pode ser fabricada de pré-moldados de concreto, de aço ou


madeira. As estruturas de madeira são as mais competitivas e podem ser usadas em
diferentes inclinações de acordo com a telha utilizada e o escoamento das águas
pluviais (AZEVEDO; NASCIMENTO, 1988).

De acordo com a NBR 7190 (1997), a aceitação da madeira para execução dessas
estruturas está ligada à sua compatibilidade de propriedades de resistência aos
valores indicados em projeto.

As estruturas de madeira de um telhado são compostas por uma trama de peças de


madeiras decrescentes (terças, caibros, ripas). As tramas costumam ser apoiadas
em vigas ou em pontaletes sobre a laje. As terças possuem três denominações
diferentes, cada uma de acordo com sua finalidade e posição na estrutura. Sobre as
terças são apoiados os caibros e sobre os caibros as ripas (GONZAGA, 2006).

Gonzaga (2006, p. 90) define cada tipo de terça como:


Frechal: apoiada sobre a estrutura de alvenaria recebe as pontas dos
caibros; Espigão: terça inclinada, que une a cumeeira ao canto da alvenaria
ou canto da edificação ao frechal; Cumeeira: a terça do topo da estrutura,
onde se fará o coroamento do telhado.

As terças são as partes da estrutura de madeira que recebem a maior parte das
cargas, e trabalham à flexão, portanto essas peças devem ser rijas, de boa
qualidade e resistente a insetos xilófagos e não afetar a sua resistência (GONZAGA,
2006).

Fazem parte também da estrutura de madeira do telhado os pontaletes e/ou tesoura.


O pontalete é a peça vertical que fica apoiada em uma laje para suportar as terças.
O pontalete é utilizado quando existe laje para apoiar a mesma, dispensando a
utilização das tesouras, o que pode gerar uma grande economia da madeira
(GONZAGA, 2006).

Gonzaga (2006) descreve a tesoura como uma estrutura em treliça utilizada,


normalmente, em locais que não existem lajes para servir de apoio para pontaletes,
essa peça é capaz de vencer pequenos vãos sem maiores problemas e ter as terças
apoiadas em sua estrutura. A tesoura é sustentada pelos frechais ou sobre a
alvenaria das paredes.
13

O entendimento do uso e da aplicação da madeira é muito importante para o correto


dimensionamento da estrutura de telhado, observando as características da madeira
(MATOS; MOLINA, 2016).

O dimensionamento da estrutura deve ser calculado de acordo com a resistência da


madeira que será utilizada, entretanto, por questão de estética ou por segurança,
essas estruturas são superdimensionadas. Outro motivo, também argumentado,
para esse superdimensionamento é para evitar o “embarrigamento” da madeira
(GONZAGA, 2006).

A aplicação da madeira na construção de telhados faz necessário o conhecimento


da resistência mecânica e durabilidade da madeira a ser utilizada, pois são fatores
importantes na sua escolha.

A NBR 15575-5 (2013) define três níveis de desempenho para o sistema de


cobertura, mas não evidencia de forma clara a durabilidade que os sistemas de
cobertura devem atingir. Ao contrário da NBR 15575-1 (2013), que define que a
durabilidade de uma estrutura é a capacidade de um sistema realizar as suas
funções ao longo do tempo, podendo ser afetada positivamente ou negativamente
pelas intempéries, pelos fatores de manutenção e fatores externos ou internos.

Quanto aos fatores externos, consideram-se os naturais sem controle e os internos


são os de controle do usuário, desta maneira a norma relata que a durabilidade é a
medida temporal da vida útil, com isso, a cobertura deve ter uma durabilidade
mínima de 20 anos e superior a 30 anos (NBR 15575-1, 2013).

Para determinar a resistência mecânica da madeira Paraju, utilizam-se métodos não


destrutivos e destrutivos. A avaliação destrutiva é caracterizada por um ensaio
mecânico de resistência à compressão e cisalhamento paralelo às fibras, utilizando
para cada ensaio corpos de prova, seguindo a NBR 7190/1997 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) (ROSA et al., 2014).

Os métodos não destrutivos visam estabelecer as propriedades mecânicas e físicas


da madeira, através de ultrassom, radiografia, análise de vibrações e emissão
acústica, pelos métodos de stress wave e vibração transversal, utilizando
equipamentos portáteis (ROSA et al., 2014).

Embora a NBR 7190 (1997) estabeleça quais ensaios podem ser feitos para obter as
propriedades mecânicas e físicas das madeiras, para Dias e Larh (2004) esses
14

ensaios não costumam ser realizados por necessitar de equipamentos específicos,


fazendo com que a madeira seja utilizada sem conhecimentos necessários de suas
propriedades, podendo gerar um desperdício ou mau uso desse material.

Um dos fatores que reduz a utilização de algumas espécies é a resistência natural


das madeiras, o ataque de xilófagos e térmitas (cupins), tornando-se um importante
fator para escolha da madeira. A madeira Paraju é considerada de grande relevância
para a indústria de móveis e para construção civil, pois atende as necessidades
naturais da sua resistência (GONÇALVES et al., 2013).

Para prevenir possíveis danos futuros aos objetos confeccionados e os materiais


usados na construção civil, as indústrias comerciais preferem usar madeiras de
maior durabilidade natural, pois dispensam a obrigação de buscar um tratamento
preventivo para adquirir maior durabilidade, gerando benefícios econômicos
(GONÇALVES et al., 2013).

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo desenvolveu um


método que demonstram que a madeira Paraju possui um valor satisfatório para o
não aparecimento de ataque e danos aparentes ao ataque de cupins
(GONÇALVES et al., 2013).

Para Dias e Lahr (2004), mesmo com o grande consumo de madeira no Brasil, a
mesma ainda é tratada com pouca relevância técnica, pois os fornecedores e os
consumidores, não buscam conhecimento sobre suas propriedades mecânicas.

Observou-se a falta de pesquisas relacionadas à madeira Paraju nos últimos anos, o


que levanta o questionamento se é por conta da falta de interesse de haver estudos
sobre ou pela escassez da madeira, que vem sendo substituídas por outras
espécies de madeira.

As madeiras conhecidas por terem uma grande durabilidade natural estão ficando
escassas no mercado, e consequentemente vem sendo substituídas por madeiras
que crescem rapidamente, mas necessitam de um tratamento preventivo (VIDAL et
al. 2015).

Nos últimos anos vem sendo desenvolvidos muitas pesquisas e estudos sobre as
madeiras Eucaliptos e Pinus, que tendem a se tornar as madeiras mais utilizadas na
construção civil.
15

O Brasil apresenta potencial, com o tratamento das madeiras, de alcançar mercados


novos e de se expandir ainda mais no setor da construção civil, principalmente com
madeiras do gênero Eucaliptos e Pinus, devido a sua facilidade de construção,
rapidez, conforto e beleza (VIDAL et al., 2015).

Segundo Higa, R.; Mora; Higa, A.; (2000) os Eucaliptos são arvores de crescimento
rápido, em média 6 anos, e podem ser aplicados em diversos produtos nas casas
brasileiras, ganhando destaque no setor da construção civil e moveleiro. Além de
fácil adaptação ao clima e ao solo, sendo um produto muito rentável.

O fortalecimento do Brasil no mercado mundial, além de ajudar no consumo


sustentável e na melhoria do desenvolvimento operacional, fez com que ampliasse a
necessidade de se investir em pesquisas voltadas para diversificar o uso da
madeira. (IBÁ, 2019).

Por este motivo, pela madeira Paraju ser uma madeira comercializada no mercado
mundial e principalmente no mercado nacional em grande escala, se faz necessário
estudar as suas características, que contribuem que sua espécie seja valorizada
(CASTRO; CARVALHO, 2014).

Baseado nessas informações torna-se pertinente obter informações a respeito da


resistência mecânica da madeira Paraju, que é a mais utilizada nos dias atuais,
servindo de parâmetros para futuras pesquisas que envolva a resistência da Paraju.

1.3 PROBLEMA DA PESQUISA

Como a madeira Paraju, em três idades diferentes, se comporta no âmbito mecânico


para estrutura de telhado?

1.4 JUSTIFICATIVA

Na cobertura, a estrutura do telhado é uma das estruturas que passa por


manutenção menos frequente, se comparada a outros subsistemas de uma
edificação, é o que recebe menor atenção pós-execução. As pessoas, geralmente,
realizam as manutenções mais rotineiras, como: pintura, vedação, fissuras, entre
outros. Mas, para realizarem uma manutenção na estrutura de madeira, a situação
já tem que estar em um estado bem crítico.
16

Se há possibilidade de integrar um tipo de madeira que obtém ganho de resistência


ao longo do tempo, ou se até mesmo irá ter um comportamento assertivo, menor
será o prejuízo de quem utilizar a mesma.

Com base nisso, através de meios empíricos, será estudado se a estrutura de


madeira obterá ganho ou perda de resistência com madeiras de diferentes idades,
sendo possível obter indicadores que demonstrem de forma eficaz e fundamentada
a utilização da madeira Paraju.

Esta pesquisa atinge relevância quando o estudo no comportamento ajuda a


sociedade e a ciência, a conhecer os índices de resistência mecânica da madeira
Paraju, à medida que propõem estudar as suas características de durabilidade, vida
útil e resistência. Evidenciando para sociedade a utilização da madeira Paraju,
ressaltando que a mesma pode atender as suas necessidades ao longo do tempo,
sem necessidade de manutenção constante.

1.5 HIPÓTESE

A resistência mecânica da madeira Paraju tem relação com a idade, pois parece
haver ganho ou estabilidade na resistência mecânica da madeira que tende a durar
mais e satisfazer o cliente.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar o comportamento mecânico da madeira Paraju, utilizada em estrutura de


telhado, em três idades.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Contextualizar o uso da madeira Paraju no mercado da construção civil


capixaba;

 Caracterizar a durabilidade de estruturas de telhados em madeira;


17

 Observar a resistência à compressão e cisalhamento da madeira Paraju, em


três idades.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 PESQUISADORES

A realização da pesquisa será realizada pelos acadêmicos do 9º período do curso de


graduação em Engenharia Civil da Faculdade Novo Milênio, Miguel Angelo Celco
Soares e Talita Souza Siqueira, em conjunto com a orientadora Prof.ª MSc. Tamara
Lopes Teixeira.

Aos discentes caberá a responsabilidade de elaborar o projeto de pesquisa em


atendimento aos critérios éticos e científicos nas diferentes etapas de sua
realização, manter os dados da pesquisa em arquivo sob sua guarda e
responsabilidade, desenvolver o projeto conforme delineado, coletar e analisar
dados, projetar e concluir o estudo proposto.

A orientadora será responsável por orientar, propor, avaliar e acompanhar o


desenvolvimento do projeto para que atenda aos critérios da pesquisa cientifica.

3.2 TIPO DE ESTUDO

Estudo hipotético-dedutivo, experimental de caráter qualiquantitativo, sobre a


resistência mecânica da madeira Paraju usada em estruturas de telhado na Grande
Vitória/ES.

3.3 LOCAL

A madeira Paraju, proveniente da região da Grande Vitória, empregada com sobras


de peças de estruturas de telhados e colhidas em marcenarias, será analisada no
laboratório de Materiais de construção no 5º andar, da Faculdade Novo Milênio,
localizada na Av. Santa Leopoldina, n. 840 - Praia de Itaparica, Vila Velha/ES,
29102-041, no período de Agosto a Novembro/2020.
18

3.4 DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE

3.4.1 Critérios de inclusão

Será incluído no estudo, teste de resistência mecânica à compressão paralela às


fibras e ao cisalhamento da madeira Paraju, e para os ensaios serão utilizadas
madeiras com três idades diferentes.

Segundo a NBR 15575 (2013), a cobertura deve ter uma durabilidade mínima de 20
anos e superior a 30 anos, com base nesta informação foi optado ensaiar amostras
com idade até a metade da durabilidade mínima exigida pela norma, sendo
utilizadas amostras com 1, 5 e 10 anos.

Este estudo foi desenvolvido com base na NBR 7190:1997 que trata sobre projeto
de estruturas de madeira e na NBR 15575:2013 que trata o desempenho.

Serão realizados ensaios mecânicos de resistência à compressão paralela às fibras


e ensaios mecânicos de resistência cisalhamento paralelo às fibras, dispondo de
corpos de prova para cada ensaio, seguindo as normas da ABNT.

3.4.2 Critérios de exclusão

Para resguardar a análise detida nos ensaios de resistência mecânica à compressão


paralela às fibras e a resistência mecânica ao cisalhamento paralelo às fibras, se faz
necessário excluir todos os outros ensaios mencionados na norma NBR 7190
(1997), tais como: densidade, estabilidade dimensional, flexão, dureza, resistência
ao impacto na flexão, embutimento, cisalhamento na lâmina de cola, entre outros,
além de excluir qualquer outra madeira que não a Paraju, que será abordada neste
estudo.

3.4.3 Critérios de execução

A pesquisa se constitui em quatro etapas diversas: Contextualização e


caracterização da madeira Paraju, Levantamento e preparação das amostras que
irão ser cortadas e preparadas para analise, realização de ensaios em laboratório da
resistência mecânica pelo método destrutivo, e análise e comparação dos resultados
obtidos (figura 1).
19

FIGURA 1 - etapas de execução da pesquisa científica

Fonte: autoria própria, 2020.

Serão utilizadas as disposições descritas na NBR 7190:1997 – Projeto de estrutura


de madeira, sendo a mesma a norma vigente no período do estudo. Além da NBR
15575:2013 - Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais e Parte 5: Requisitos para
os sistemas de coberturas, que tratam do desempenho das estruturas de telhado.

3.4.3.1 Contextualização e caracterização da madeira Paraju.

Para contextualizar o uso da madeira Paraju no mercado capixaba será efetuado um


questionário com algumas madeireiras da Grande Vitória, com intuito de
compreender a utilização da madeira, realizando as seguintes perguntas:

1 - Por que a madeira Paraju é utilizada como referência e a mais indicada para
construção de telhados no mercado capixaba?

2 - Por experiência de mercado, a madeira Paraju tem durabilidade de quantos anos,


em média, aplicada na estrutura de telhado?

3 - Quais critérios fazem a madeira Paraju ter um mercado mais amplo no estado? A
madeira Paraju é mais acessível? O transporte é mais fácil?

4 - Como seria possível descrever o comportamento da madeira Paraju em relação a


outras madeiras utilizadas em estruturas de telhado?

Diante da contextualização do uso da madeira Paraju, é necessário além disso


caracterizar a durabilidade das estruturas de telhados sendo utilizando como apoio a
NBR 15575:2013 - Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais e Parte 5: Requisitos
para os sistemas de coberturas, que trata do desempenho, trazendo informações a
respeito da durabilidade e da vida útil.
20

3.4.3.2 Levantamento e preparação das amostras

Nesse quesito, as amostras coletadas das estruturas de madeira de telhados da


região da Grande Vitória, serão cortadas e aparelhadas em uma marcenaria
localizada no bairro Planalto, Vila Velha/ES para as dimensões apropriadas para os
ensaios laboratoriais recomendados pela NBR 7190:1997 - Projetos de Estruturas
de Madeira.

A madeira com 1 ano de idade será adquirida na madeireira Bridi Madeiras situada
na Av. Carlos Lindemberg, nº 08 - Nossa Sra. da Penha, Vila Velha/ES. As madeiras
com idade de 5 e 10 anos serão obtidas das estruturas de telhados em duas
residências no bairro Vila Nova, Vila Velha/ES.

As amostras preparadas para o ensaio de compressão paralela às fibras terão 5cm x


5cm e 15cm de comprimento e a amostras do ensaio de cisalhamento paralela ás
fibras terão 6,4cm x 5cm x 5cm com um ressalto de 1,4cm x 2cm x 5cm.

3.4.3.3 Realização de ensaios em laboratório

Neste quesito, as amostras coletadas passarão por ensaios de compressão paralela


às fibras e de cisalhamento paralela às fibras. Submeterá aos ensaios as madeiras
das 3 idades diferentes, sendo elas de 1, 5 e 10 anos. Ao todo serão utilizados 72
corpos de prova, no qual são 36 para o ensaio de compressão paralela às fibras e
os outros 36 para o ensaio de cisalhamento, utilizando para cada ensaio 12 corpos
de prova de diferentes idades.

3.4.3.3.1 Compressão paralela às fibras

Conforme a NBR 7190 (1997), o ensaio de compressão paralela às fibras determina


a resistência e a inflexibilidade da madeira de um conjunto tido como semelhante.
Para realização do ensaio serão necessários 12 corpos de prova com seção
transversal de 5cm x 5cm e 15cm de comprimento (figura 2).
21

FIGURA 2 - Corpo de prova para ensaio de compressão paralela às fibras

Fonte: NBR 7190, 1997, p. 51.

“A resistência à compressão paralela às fibras (fwc,0 ou fc,0 ) é dada pela máxima


tensão de compressão que pode atuar em um corpo de prova” (NBR 7190/1997, p.
50). Sabendo deste critério deve-se utilizar a fórmula:

Fc0,máx.
fc,0 =
A

Onde pela NBR 7190 (1997, p. 50):

Fc0,máx. é a máxima força de compressão aplicada ao corpo de prova


durante o ensaio, em newtons;
A é a área inicial da seção transversal comprimida, em metros quadrados;
fc,0 é a resistência à compressão paralela às fibras, em megapascals.

Após obter todos os valores dos resultados dos corpos de prova, será utilizada a
fórmula abaixo para determinar o característico valor da resistência à compressão
paralela às fibras (fc0,k ) (NBR 7190, 1997).

𝑥1 +𝑥2 +⋯+𝑥𝑛
−1
2
fc0,k = (2 𝑛 − 𝑥𝑛 ) 1,1
2
−1 2

Os resultados de x𝑛 devem ser aplicados de forma crescente, onde fc0,k não pode

ser menor que x1 ou 0,7 do valor médio (NBR 7190, 1997).

Quanto à inflexibilidade da madeira na posição paralela às fibras é definida pelo


módulo de elasticidade, onde é exemplificado pela deformação especifica x
diagrama tensão, sendo definidos pelos pontos (σ10%; ε10%) e (σ50%; ε50%),
22

equivalente a 10% e 50% da capacidade de resistir à compressão paralela às fibras


(NBR 7190/1997). Representada pela fórmula:

𝜎50% − 𝜎10%
E𝑐0 =
𝜀50% −𝜀10%

A NBR 7190 (1997, p. 50) define:

σ10% e σ50% são as tensões de compressão correspondentes a 10% e


50% da resistência fc0, representadas pelos pontos 71 e 85 do diagrama de
carregamento.
ε10% e ε50% são as deformações específicas medidas no corpo de prova,
correspondentes às tensões de σ10% e σ50%.

Para estabelecer os parâmetros de resistência e de rigidez é preciso seguir certos


procedimentos para padronizar e certificar os resultados, conforme a NBR 7190
(1997) que define os padrões, dentre eles, deve ter exatidão de 0,1mm nas medidas
dos corpos de prova, medir as deformações de dois lados opostos do corpo de
prova para determinar o módulo de elasticidade. Além disso, existem outras etapas
a serem seguidas segundo as páginas 51 e 52 da NBR 7190 (1997, p. 51) que:

Para determinação do módulo de elasticidade podem ser utilizados relógios


comparadores, com precisão de 0,001 mm, fixados por meio de duas
cantoneiras metálicas pregadas no corpo de prova, com distância nominal
de 10 cm entre as duas linhas de pregação. As medidas das deformações
específicas devem ser feitas com extensômetros com exatidão mínima de
50 µm/m.

Depois de analisar as deformações específicas, a NBR indica ser necessário


adequar os corpos de prova na máquina do ensaio, empregando uma rótula entre o
corpo de prova e o atuador (NBR 7190/1997). Diante destes acontecimentos a NBR
7190 (1997, p. 52) cita outros pontos que devem ser seguidos como:

A resistência deve ser determinada com carregamento monotônico


crescente, com uma taxa em torno de 10 MPa/min. Para determinação da
rigidez, a resistência da madeira deve ser estimada ( fc0,est ) pelo ensaio
destrutivo de um corpo de prova selecionado da mesma amostra a ser
investigada.

Após analisar o corpo de prova e conhecer a resistência estimada (fc0,est ), o valor


deve ser conduzido em dois ciclos, sendo um ciclo de carga e outro de descarga,
como mostra o diagrama de carregamento na figura 3 (NBR 7190/1997).
23

FIGURA 3 - Diagrama de carregamento para determinação da rigidez da madeira à compressão

Fonte: NBR 7190, 1997, p. 53.

Segundo a NBR 7190 (1997), recomenda-se que a taxa de carregamento esteja a


10 MPa/min, e que as menções das cargas e das deformações estejam marcadas
no diagrama de carregamento (figura 3). A NBR 7190 (1997, p. 52) ainda relata que:

Para os ensaios com instrumentação baseada em extensômetros mecânico


fixados no corpo de prova, as deformações devem ser registradas para
cada ponto do diagrama de carregamento mostrado na figura 3, até 70% da
carga estimada. Em seguida deve-se retirar a instrumentação e elevar o
carregamento até a ruptura do corpo de prova.

3.4.3.3.2 Cisalhamento paralelo às fibras


O ensaio para estabelecer a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras da
madeira consiste na máxima tensão ao ato de cisalhar que o corpo de prova pode
suportar na sua seção crítica (NBR 7190/1997). Sendo dada por:

Fv0,máx.
fv,0 =
Av0

A NBR 7190 (1997, p. 59) define:

Fv0,máx. é a máxima força cisalhante aplicada ao corpo de prova, em


newtons;
Av0 é a área inicial da seção crítica do corpo de prova, em um plano
paralelo às fibras, em metros quadrados;
fv,0 é a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras da madeira, em
megapascals.
24

Após obter todos os valores dos resultados dos corpos de prova, será utilizada a
fórmula abaixo para determinar o valor característico de resistência atribuído ao
cisalhamento paralela às fibras (fv0,k ) (NBR 7190/1997).

𝑥1 +𝑥2 +⋯+𝑥𝑛
−1
2
fv0,k = (2 𝑛 − 𝑥𝑛 ) 1,1
−1 2
2

Serão necessários 12 corpos de prova de cada idade, os corpos de prova devem ter
tamanhos e formatos igual à figura 4, sendo que a seção crítica deve ser fabricada
paralelo à direção radial da madeira (NBR 7190/1997).

FIGURA 4 - Corpo de prova para ensaio de cisalhamento na direção paralela às fibras

Fonte: NBR 7190, 1997, p. 61.

Para realização desse ensaio, serão seguidos os procedimentos e etapas


determinadas pela norma que solicita exatidão de 0,1mm nos corpos de prova para
determinar a capacidade de resistir ao cisalhamento paralelo às fibras, no qual a
NBR 7190 (1997, p. 59), requisita que:

Para o ajuste do corpo de prova na máquina de ensaio deve-se utilizar uma


rótula entre o atuador e o corpo de prova. O carregamento deve ser
monotônico crescente, correspondente a uma taxa de 2,5 MPa/min. O
arranjo de ensaio para a determinação da resistência ao cisalhamento
paralelo está indicado na figura 5.
25

FIGURA 5 - Arranjo de ensaio para cisalhamento paralelo às fibras

Fonte: NBR 7190, 1997, p. 61.

3.4.3.4 Análise e comparação dos resultados

Após a realização dos ensaios de resistência à compressão paralela às fibras e de


cisalhamento, posteriormente ao ensaio de cada madeira , serão feitos comparativos
entre os resultados encontrados, como a obtenção da média da carga suportada das
madeiras de cada idade e ,em seguida, será verificado a resistência suportada de
acordo com a idade da madeira.

Com base nos dados encontrados acredita-se que será possível obter elementos
que certifiquem a resistência da madeira ao longo do tempo, comprovando o seu
bom desempenho com o passar dos anos na região da Grande Vitória/ES.

3.4.4 Variáveis analisadas

As variáveis analisadas serão as cargas de compressão paralela às fibras e de


cisalhamento suportadas pela madeira Paraju, além da variável de idade, de acordo
com a sua resistência mecânica conforme a sua utilização.

3.4.5 Análise de dados

Os dados coletados nos ensaios em laboratório serão analisados com auxilio do


Microsoft Office Excel 2013, após os cálculos será elaborada uma planilha no
próprio Excel para comparação do comportamento da madeira em diferentes idades.
26

3.5 CRONOGRAMA

* Projeto de pesquisa desenvolvido entre fevereiro e novembro de 2020.

3.6 RECURSOS

Diante dos acontecimentos da COVID-19, algumas informações referentes aos


equipamentos cedidos pela faculdade, não foram possíveis de ser acessados, com
as marcas e modelos destes equipamentos, tão logo retornarem as atividades, serão
coletadas essas informações.

4 RISCOS E BENEFÍCIOS

4.1 RISCOS

A execução deste estudo propícia riscos devido à utilização de equipamentos que


podem colocar em risco a integridade física dos componentes do grupo, por este
motivo, é essencial seguir as normas de uso do laboratório de Materiais de
27

construção no 5º andar, da Faculdade Novo Milênio, que integra o uso de


Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s), como: óculos de proteção, calçado
fechado, calça comprida, camisa de manga e etc.

4.2 BENEFÍCIOS

Esta pesquisa estará colaborando com a sociedade e com a ciência, no


conhecimento dos índices de resistência mecânica à compressão e ao cisalhamento
da madeira Paraju, propondo estudar as características de durabilidade, vida útil e
sua resistência.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A madeira Paraju vale ser estudada em virtude da sua ampla aplicação no mercado
da construção civil, tendo a necessidade de conhecer a resistência mecânica da
madeira Paraju, possibilitando um olhar consciente sobre suas características e
aplicação nas estruturas de telhado.

Estima-se que essa pesquisa ajuda a entender a vida útil da madeira Paraju ao
longo da evolução da sua idade, conforme a sua exposição à intempérie, que podem
alterar a sua durabilidade.

Analisando os resultados que serão detectados no ensaio de compressão paralela


às fibras e de cisalhamento paralela às fibras, pretende-se chegar a informações
que a madeira Paraju mantém a sua resistência ao longo dos anos.
28

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190: projeto de


estruturas de madeira. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edificações


habitacionais - Desempenho. Parte 1: Requisitos gerais. Rio de Janeiro: ABNT,
2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edificações


habitacionais - Desempenho. Parte 5: Requisitos para sistemas de coberturas.
Rio de Janeiro: ABNT, 2013.

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de madeira para cobertura dos aviários no Estado da Paraíba. Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 3, n. 3, p. 385-390, 1999.
ISSN 1807-1929.

CASTRO, Tatiana da Cunha; CARVALHO, João Olegário Pereira de. Dinâmica da


população de Manilkara huberi (DUCKE) A. CHEV. Durante 26 anos após a
exploração florestal em uma área de terra firme na Amazônia Brasileira. Ciência
Florestal, Santa Maria, v. 24, n. 1, p. 161-169, jan./mar., 2014. ISSN 0103-9954.

DIAS, Fabricio Moura; LAHR, Francisco Antonio Rocco. Estimativa de propriedades


de resistência e rigidez da madeira através da densidade aparente. Scientia
forestalis, Piracicaba, v. 65, n. 01, p. 102-113, jun. 2004.

GONÇALVES Fabricio Gomes et al. Durabilidade Natural de Espécies Florestais


Madeireiras ao Ataque de Cupim de Madeira Seca. Floresta e Ambiente. v. 20, n.
1, p 110-116. 2013. ISSN 2179-8087.

GONZAGA, Armando Luiz. Usos específicos da madeira. In:______ Madeira: Uso e


Conservação. Cadernos técnicos: 6. Brasília: IPHAN/MONUMENTA, 2006. p. 77-
100.

HIGA, R.C.V.; MORA, A.L.; HIGA, A.R. Plantio de eucalipto na pequena propriedade
rural. Embrapa Florestas, Colombo, documento 54, p. 1-31, 2000. ISSN 1517-536X.

Instituto Brasileiro de Árvores - IBÁ. Relatório 2019. Disponível em:


<https://iba.org/datafiles/publicacoes/relatorios/iba-relatorioanual2019.pdf>. Acesso
em: 17 abril 2020.
29

LOVATTI, Lucelio pietralonga. Madeira serrada na região sul do Espirito Santo:


comercialização e propriedades. 2008. p. 1-107. Dissertação (pós-graduação em
produção vegetal) - Universidade Federal do Espirito Santo, Centro de ciências
agrárias, Alegre, 2008.

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<http://www.madeireiraavare.com.br/tiposdemadeira/7.htm>. Acesso em: 14 de abril
2020.

MATOS, Gabriela da Silva; MOLINA, Julio Cesar. Resistência da madeira ao


cisalhamento paralelo às fibras segundo as normas ABNT NBR 7190:1997 e ISSO
13910:2005. Revista Matéria. v. 21, n. 4, p. 1069–1079, 2016. ISSN 1517-7076.

MOLINA, J. C.; CALIL NETO, C.; CHRISTOFORO, A. L. Resistência à tração de


emendas dentadas de madeira de Manilkara huberi para o emprego em madeira
laminada colada. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 16, n. 1, p. 221-227,
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RESENDE, D.; MAGALHÃES, L.N. d. Propriedades mecânicas das madeiras Paraju


e Pinus sob ação térmica. Construindo. V.07, n.02, Jul./Dez. 2015. ISSN 2318-
6127.

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sp.) por métodos destrutivos e não destrutivos. Ciência da Madeira. Pelotas, v. 05,
n. 01, p. 68-78, Maio, 2014. ISSN: 2177-6830.

SILVA, Marcela da Gomes et al. Carvão de resíduos de indústria madeireira de três


espécies florestais exploradas no município de Paragominas, PA. Revista Acta
Amazônica. Manaus, v.37, n.1, p. 61-70, 2007. ISSN 1809-4392.

SILVA, J.O.; PASTORE, T.C. M.; PASTORE Junior, F. Resistência ao intemperismo


artificial de cinco madeiras tropicais e de dois produtos de acabamento. Ciência
Florestal. Santa Maria, v. 17, n. 1, p.17-23, 2007. ISSN 0103-9954.

VIDAL, Jackson M. et al. Preservação de Madeiras no Brasil: Histórico, cenário atual


e tendências. Ciência florestal, Santa Maria, v. 25, n. 1, p. 257-271, jan.-mar., 2015.

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