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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO PÚBLICO

PROCURADORIA PROVINCIAL DA REPÚBLICA - MANICA

“ Por um Ministério Publico mais Interventivo na Defesa dos Direitos Humanos e no


Controlo da Legalidade”

ACTA DA REUNIÃO TRANFRONTEIRIÇA ENTRE MOÇAMBIQUE E ZIMBABWE

No dia 26 de Outubro de 2017, uma comitiva da Procuradoria Provincial liderada pela


Digna Procuradora Provincial da República-Chefe de Manica e membros do Grupo
Referência da Provincia de Manica, participaram no 6ª. Encontro Transfronteiriço entre
Moçambique e Zimbabwe, em Mutare na República do Zimbabwe.

O encontro iniciou com a apresetação da agenda do encontro pelo Representante da


Acção Social de Zimbawe e sua aprovação pelos participantes.

Em seguida, a Digna Procuradora Provincial da República Chefe de Manica Dr. Angélica


Napica Tembe interviu no encontro, tendo começado por saudar os paricipantes e realçado
a importância que o encontro revistia para cooperação transfronteiriça entre os dois
paises.

A Digna Procuradora Provincial da República Chefe de Manica afirmou ainda que, a


cooperação transfronteiriça na áera da protecção de criança migrante, entre os 2 paises,
constituia um instrumento de prevenção ao tráfico de pesssoas em particular de crianças,
pois ajudará na mitigação dos efeitos deste mal e irá permitir uma maior protecção a
nossas crianças e promover uma migração segura destas.

No entanto, a mesma frisou que, para a implementação desta parceria passa


necessariamete pela mobilização de recursos, a assinaturas dos acordos e o reforço das
capacidades técnicas de ambos os paises, tendo em vista o objectivo comum, a protecção
das crianças.

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Disse ainda que, o maior desejo de Moçambique era de assinar o mais breve possivel o
documento final sobre os padrões de procedimentos de operação (SOPs) para
rastreamento, reunificação ou acolhimento alternativo para atendimento às crianças não
companhadas e separadas dentro de Moçambique e Zimbabwe e frisou que do lado de
Moçambique, todos os esforços estão sendo levado a cabos pela Procuradoria Geral da
República, para o efeito.

A representante da Acção Social do Zimbabwe, Charity Ndadzungira, na sua intervenção,


acrescetou que todos os actores são importantes na defesa dos interesses da criança no
processso de migração transfronteiriça, daí a necessidade de se unirem forças.

Aquela representante disse que o documento final do Termo de Referências da


Coordenação já foi assinado pelo seu país no dia 30 de Julho de 2017 e aguarda o mesmo
pelo Governo de Moçambique, tendo prometido remeter o referido documento a
Moçambique até o dia 27 de Outubro de 2017.

Em seguida, foi apresentada pelo secretariado a acta do último encontro transfronteirço


ocorrido em Moçamique, na cidade de Chimoio no dia 20 de Abril de 2017 e aprovado com
a retificação do ponto 7.1.

Foi apresentado pelo Representante da Acção Social de Moçambique a situação de


repatriamento de crianças Moçambicanas encontradas no Zimbabwe partir das fronteiras
de Chipinga junto ao distrito de Mussorize e frontrira de Machipanda, no distrito de
Manica, sendo que, de Abril a Outubro do corrente ano, foram identificadas 3 crianças
moçambicanas não acompanhadas naquele país e somente 2 crianças foram repatriadas.

A outra criança não foi repatriada, encontrando-se neste momento no centro de


acolhimento do Zimbabwe aguardando pela identificação de seus familiares.

O Departamento da Acção Social de Mutare apresentou o seu relatório de movimento


migratorio entre Zimbabwe e Moçambique no periódo de Abril a Outubro de 2017.

Ficou-se a saber que foram encontradas pela Acção Social do Zimbabwe 111 crianças
Moçambicanas com idades compreendidas entre 8 a 16 anos e encaminhadas ao centros
de acolhimento do Zimbabwe.

Todas crianças estão sendo dadas o devido acompanhamento pelos técnicos Acção Social
daquele país, em coordenação com uma organização social Zimbabweana.

Do trabalho realizado por aqueles técnicos, e das entrevistas efectuadas a aquelas crinaças,
se concluiu que, todas são Moçambicanas e se deslocaram ao Zimbabwe a procura de
emprego e melhores condições de vida, devido a pobreza e fome nas suas zonas de origem
e outras pretendiam usar o Zimbabwe como ponto de entrada a Africa do Sul.

Nos centros de acolhimento do Zimbabwe, as crianças foram entregues a familias de


acolhimento.

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Aquela representante afirmou ainda que, foram identificadas cerca de 275 crianças de
Moçambique nos campos de refugiado de Mutare, que alegadamente fugiram do páis em
virtude do recente conflito politico militar e também se encontram em familias de
acolhimentos e realizam actividades agrícolas para rentabilizar as rendas dessas familias.

Desse número apenas 21 crianças não podem ser repatraidas a Moçambique pois se está
ainda no processo de identificação de suas familias, e no entanto as mesmas afirmam que
perderam seus pais nesse conflito politico militar em Moçambique.

O representante da Migração de Moçambique apresentou o relatório da situação de


repatriamento das crianças Moçambicanas encontradas no Zimbabwe onde se realçou o
seguinte:

Casos de repartiamento realizadas na fronteira de Machipanda, no distrito de Manica

Foram repatriadas 2 crianças, com idades compreendidas entre 11 a 13 anos, , sendo uma
Moçambicana e outra Zimbabueana, pela de polícia de Migração dos 2 paises.

O primeiro caso se trata de uma criança Moçambicana identificada por Ermelinda


Vínculos, com cerca 11 anos de idade.

Esta criança foi encontrada pela polícia Zimbabueana e repatriada para Moçambique a
partir da fronteira de Machipanda, no distrito de Manica, encontrando-se neste momento
no Infantário Provincial de Chimoio aguardando pela localização da sua família.

Esta actividade está sendo levada a cabo pela Direcção Provincial do Género Criança e
Acção Social de Moçambique, na província de Manica.

O segundo caso, se trata de uma criança Zimbabueana identificada por Munache


Muzongui Lavumó de cerca de 13 anos de idade, filha de Muzongui Lavumó e de Juli
Sanhahoque natural de Inhanga-Zimbabwe.

A criança foi raptada em Nyanga na República do Zimbabwe ,há cerca de 7 meses por uma
cidadã moçambicana identificada por Belinha Wilson.

Neste momento, a criança ja foi repatriada a Zimbabwe e a infractora se encontra presa na


Cadeia Distrital de Manica, aguardando pelo subsequentes termos processuais.

Casos de repartiamento verificados no distrito de Mossurize

Foram repatriadas para o nosso país a partir da fronteira do distrito de Mossurize, pela de
polícia de Migração Zimbabueana, 4 crianças moçambicanas.

O Dr. Estrelino Uate apresentou a porposta do SOPs e afrimou que o documento foi revisto
pela comissão técnica que foi criada em Moçambique e em segida o documento final foi
remetido a Procuradoria Geral de República para aprovação e posterior assinaturas após as
devidas recomendações pelo órgão Central em relação aos procedimentos a serem
seguidos pelo nosso país no processo de migração transfronteiriça de crianças.
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Posteriormente, a reprensentante da Acção Social de Harare-Zimbabwe apresentou um
documentos sobre SOPs, que foi aprovado para a Proivncia de Harare.

Foi apresentado um exercício em grupo com simulação de repatriamento de uma criança


entre os 2 paises e actividades a serem levadas a cabo neste processo.

Ao encerrar o encontro, foram deixadas as seguintes recomendações:

RECOMENDAÇÕES

 Os planos de acção devem ser feitos a partir do documento acta, discutidos antes
do encontro e deve ser indicados os responsaveis e o prazo de cumprimentos das
acções.
 As acções de seguimento devem ser destacadas e cada país deve ter a sua acção em
documento separado da acta.
 As actas devem ser elaboradas e remetidas a outro país 15 dias após o encontro.
 No processo de repatriamento de crianças entre os 2 paises, o Serviço da Acção
Social deve envolver todas as entidades que participam nesse processo.
 Os distritos de Manica, Machipanda e Bárue devem reportar mesnsalmente a
Procuradoria Provincial os dados com os casos de repatriamente verificados nas
frontriras e postos simplificados desses distritos.
 Em relação as crianças Moçambicanas que estudam no Zimbabwe, no próximo
plano de acção do grupo transfonteiriço, deverá ser incluido uma acção de
formação na área de protecção de crianças aos professores dessas escolas para
evitar possiveis tráficos de pessoas e abuso dos direitos das crianças.
 Uma equipa multisectorial coordenada pela Procuradoria Provincial deve fazer
visita as fronteiras de Machimpada e aos postos transfronteiriços de Chuijo, Mbeza,
Espungabera, Mpengo no distito de Mossurize até Dezembro de 2018.
 Deve observar-se o SOP´s no processo de repatriamento entre Moçambique e
Zimbabwe, uma vez que o Zimbabwe, ja aprovou o documento final.
 Os técnicos de Acção Social de Moçambique e Zimbabwe e os membros do Grupo
de Referência devem deslocar ao centro de acolhimento onde existem as 21
crianças Moçambicanas para realizarem uma triagem mais cuidada no mês de
Novembro de 2017
 Realizar actividades de sensibilização para os familiares de crianças repatriadas para
sensibilizar os seus familiares para não deixarem elas migrarem sozinhas porque
podem correr o risco de serem traficadas e esta actividade deve ser realizada no
mês Novembro de 2017 .
 Contactar a Acção Social de Zimbabwe para abordar as empresas e sensibilizarem
aqueles que empregam crianças para não o fazerem porque estamos perante
trabalho infantil que constitui uma violação dos direitos da criança.
 O distrito de Bárue deverá registar e repostar os dados de repatriamento a partir
da fronteira com o Zimbabwe.

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 Os dados de repatriamento devem ser partilhados nos encontros tranfronteiriços
para se realizar um trabalho conjunto para evitar que as crianças voltem a reentrar
e serem novamente repatriadas e serem duplamente contabilizadas
 Realizar treinamento com polícia de fronteira e migração na matéria de salvaguarda
da criança e tráfico de pessoas e com os professores sobre os temas de
casamentos prematuros, trabalho infantil e tráfico de pessoas nas fronteiras dos
distritos de Manica e Mossurize(Moçambique) e Mpengo-Mutare(Zimbabwe), no
mês de Novembro de 2017.
 Realizar trocas de experienças entre os provedores do Serviço de fronteiras dos 2
paises antes do mês de Abril de 2018.
 Propor-se o dia 26 Abril de 2018 para a realização do proximo encontro
transfronteiriço entre Moçambique e Zimbabwe e o encontro devrá ser em
Moçambique.

Chimoio, 27 de Outubro de 2017

Elaborado por

O Coordenador Provincial do Grupo

Dr. Manuel Machaze

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