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Através das citadas Ordens de Serviço (161,165, 172 e 185) o INSS aperfeiçou o
critério de apuração do valor do salário de contribuição, atendendo, assim, às
questões anteriormente explicadas. O aperfeiçoamento foi decorrente da utilização
do CUB/m2 específico de cada empreendimento, deixando de utilizar somente o
CUB H01-2QN. A equivalência de áreas, em conformidade com a Norma Técnica
NBR 12.721/93, também passou a ser utilizada, deixando, portanto, de ser
considerada a área constante do alvará. Desta forma foi eliminada uma distorção
que ocorria no cálculo da contribuição ao INSS relativa às obras de construção civil.
I- Considerações gerais
Os construtores têm cada vez mais se utilizado de serviços ofertados por empresas
que atuam no mercado da Construção Civil, na execução das diversas etapas e
atividades constantes em seu cronograma de obra.
Estes serviços são executados tanto nos canteiros de obras, como também fora
deles, sempre com a utilização de equipamento e técnicas que resultam no
incremento da produtividade, trazendo reflexos positivos nos cronogramas físicos.
Desta maneira, quando o construtor se utiliza destes serviços e o INSS utiliza o CUB
como base de cálculo, este custo total da mão-de-obra - sobre o qual deverá ser
aplicada a alíquota do INSS - torna-se excessivamente elevado, refletindo, de forma
superestimada, diretamente na expectativa de contribuição para o INSS.1
II - Materiais que entram na composição do CUB/m2 e que já possuem mão-de-
obra incorporada
1 Observa-se, portanto, que no valor do CUB já tem incorporada a mão-de-obra, inclusive com percentual de
encargo social específico do INSS. Além disso, no cálculo do CUB pressupõe-se que a maioria dos materiais
utilizam mão-de-obra na própria obra, não considerando, assim, os materiais adquiridos com a mão-de-obra já
incorporada. Tudo isso acaba por superestimar o valor da contribuição do INSS.
CEE/CBIC - COMISSÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA DA CÂMARA BRASILEIRA
DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
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- CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
elaboração. Significa que sobre o preço da argamassa para chapisco externo deve-
se abater 10,07% e somente a mão-de-obra utilizada no lançamento deve ser
computada no cálculo que incidirá a alíquota do INSS.
Observa-se que todo este raciocínio é válido para quaisquer outros materiais que
por ventura possam ser utilizados, incorporando um maior nível de tecnologia e
produtividade, ao processo construtivo.
CONCLUSÃO
O critério utilizado é filosoficamente objetivo e ágil, uma vez que exclui a fiscalização
direta nas obras. Entretanto, necessita de um aperfeiçoamento visto que acaba
superestimando a base de cálculo para aplicação da alíquota relativa à aludida
contribuição.
O INSS, através das OS’s n.º 161/165/172 e 185 aperfeiçou o critério de apuração
do valor do salário de contribuição. Esse aperfeiçoamento decorreu da utilização do
CUB/m2 específico de cada empreendimento, além da equivalência de áreas nos
termos da NBR 12.721/93.