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- CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

INSS NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL

ORDENS DE SERVIÇO 161,165, 172 E 185 DE 1997

Anteriormente às Ordens de Serviço 161, 165, 172 e 185 do Instituto Nacional de


Seguro Social (INSS) , o cálculo (apuração) do valor da mão-de-obra empregada
numa edificação de construção civil, executada sob regime de condomínio e pessoa
física, respectivamente, era realizado levando-se em consideração uma base de
cálculo obtida através da multiplicação do valor do Custo Unitário Básico (CUB/m2)
pela área de construção constante do alvará, determinada pela Prefeitura. Para
esta base de cálculo, o INSS utilizava o projeto-padrão do CUB H01-2QN para
todo e qualquer tipo de obra.

A utilização da área do alvará e do projeto H01-2QN acabavam por superestimar,


excessivamente, a referida base de cálculo.

Através das citadas Ordens de Serviço (161,165, 172 e 185) o INSS aperfeiçou o
critério de apuração do valor do salário de contribuição, atendendo, assim, às
questões anteriormente explicadas. O aperfeiçoamento foi decorrente da utilização
do CUB/m2 específico de cada empreendimento, deixando de utilizar somente o
CUB H01-2QN. A equivalência de áreas, em conformidade com a Norma Técnica
NBR 12.721/93, também passou a ser utilizada, deixando, portanto, de ser
considerada a área constante do alvará. Desta forma foi eliminada uma distorção
que ocorria no cálculo da contribuição ao INSS relativa às obras de construção civil.

Entretanto, os itens explicados abaixo continuam provocando superestimativas no


critério de cálculo das contribuições relativas às obras de edificações,
particularmente aquelas sob o regime de condomínio.

1) O INSS NÃO RETIRA DO VALOR DO CUB/m2 O PERCENTUAL DE 36,62%


RELATIVO À ALÍQUOTA DO INSS JÁ COMPUTADO NOS ENCARGOS
SOCIAIS.

No cálculo do Custo Unitário Básico leva-se em consideração a mão-de-obra com


encargos sociais já incorporando, portanto, a alíquota relativa ao INSS.
Desta forma, se não se retirar do valor do CUB/m2 (que será multiplicado pela área
equivalente) o percentual atribuído pelo INSS relativo à mão-de-obra, tal
procedimento acarretará numa dupla contagem (acumulação) de taxas.

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2) O INSS NÃO LEVA EM CONSIDERAÇÃO A MÃO-DE-OBRA


INCORPORADA NOS MATERIAIS QUE SÃO ELABORADOS FORA DO
CANTEIRO DE OBRA

I- Considerações gerais

Os construtores têm cada vez mais se utilizado de serviços ofertados por empresas
que atuam no mercado da Construção Civil, na execução das diversas etapas e
atividades constantes em seu cronograma de obra.

Estes serviços são executados tanto nos canteiros de obras, como também fora
deles, sempre com a utilização de equipamento e técnicas que resultam no
incremento da produtividade, trazendo reflexos positivos nos cronogramas físicos.

No estudo apresentado a seguir, analisa-se materiais que entram na composição


do valor do CUB/m2, conforme exigências da NBR12.721/93, e que no mercado de
insumos da Construção Civil estão sendo oferecidos já com a mão-de-obra
incorporada.

Enfatiza-se que o critério utilizado pela NBR12.721/93 na determinação dos


coeficientes para o cálculo do CUB/m2 foi elaborado levando-se em consideração
métodos tradicionais de construção, onde todas as etapas das atividades são
executadas nos canteiros de obras, utilizando-se materiais e mão-de-obra das
próprias obras.

Desta maneira, quando o construtor se utiliza destes serviços e o INSS utiliza o CUB
como base de cálculo, este custo total da mão-de-obra - sobre o qual deverá ser
aplicada a alíquota do INSS - torna-se excessivamente elevado, refletindo, de forma
superestimada, diretamente na expectativa de contribuição para o INSS.1
II - Materiais que entram na composição do CUB/m2 e que já possuem mão-de-
obra incorporada

Apresenta-se a seguir, composições de custos de alguns materiais que são


ofertados no mercado da construção civil.

Destas composições pode-se destacar quais os percentuais sobre os custos dos


materiais que correspondem à mão-de-obra que deixou de ser utilizada na obra.

II.1- concreto estrutural lançado na forma

1 Observa-se, portanto, que no valor do CUB já tem incorporada a mão-de-obra, inclusive com percentual de
encargo social específico do INSS. Além disso, no cálculo do CUB pressupõe-se que a maioria dos materiais
utilizam mão-de-obra na própria obra, não considerando, assim, os materiais adquiridos com a mão-de-obra já
incorporada. Tudo isso acaba por superestimar o valor da contribuição do INSS.
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composição/m3 R$ participação (%)


mão-de-obra 31,19 36,02
cimento comum 34,15 39,44
areia lavada 7,34 8,48
brita 13,91 16,06
total/m3 86,59 100
Fonte: Catálogos PINI e ajustes elaborados, baseando-se em experiências de consumo

II.1.1- concreto estrutural lançado na forma


composição/m3 R$ participação (%)
mão-de-obra 28,56 32,98
p/elaboração
mão-de-obra para 2,63 3,04
lançamento
cimento comum 34,15 39,44
areia lavada 7,34 8,48
brita 13,91 16,06
total/m3 86,59 100

O INSS vem admitindo um abatimento equivalente a 5% (cinco por cento) do valor da


nota fiscal do fornecedor do concreto bombeado, a título de redução do custo de
mão-de-obra.

A NBR12.721/93 considera na composição do preço do concreto o peso da mão-


de-obra para elaboração e lançamento do mesmo em 33% e 3% respectivamente,
num total de 36% , considerando-se, assim, que a elaboração e lançamento do
concreto são feitos na obra.

Contudo, na prática, ao comprar o concreto bombeado, o construtor tem uma


redução da mão-de-obra, em seu empreendimento, que seria empregada para
elaboração do concreto diretamente em sua obra. Significa que sobre o preço do
concreto deve-se abater 33% e somente a mão-de-obra utilizada no lançamento
(3%) deve ser computada no cálculo que incidirá a alíquota do INSS. Portanto, os
5% aplicados pelo INSS devem ser revistos, aplicando-se 33% de redução
nas notas referentes à compra de concreto usinado.

II.2- chapisco em paredes, internas esp. 5mm


composição/m3 R$ participação (%)
mão-de-obra 96,00 48,00
cimento comum 70,00(630,00kg) 35,00
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areia comum peneirada 16,00 (1,00m3) 8,00


andaime p/revestimento 18,00 9,00
total/m3 200,00 100
Fonte: Catálogos PINI, estudos e ajustes elaborados baseando-se em experiências de consumo.

A NBR12.721/93 considera na composição do preço do chapisco o peso da mão-


de-obra para elaboração (argamassa) e lançamento do mesmo em 10,70% e
37,30% respectivamente, num total de 48% sobre o custo da argamassa pronta,
considerando-se assim que a elaboração e lançamento do chapisco são feitos na
obra.

II.2.1- elaboração de argamassa para chapisco em paredes, internas esp.


5mm

composição/m3 R$ participação (%)


mão-de-obra 10,30 10,70
p/elaboração
cimento comum 70,00(630kg) 72,69
areia comum peneirada 16,00 (1,00m3) 16,61
total/m3 96,30 100

Na prática, ao comprar a argamassa para o chapisco, o construtor tem uma redução


da mão-de-obra, em seu empreendimento, que seria empregada em sua
elaboração. Significa que sobre o preço da argamassa deve-se abater 10,70% e
somente a mão-de-obra utilizada no lançamento deve ser computada no cálculo que
incidirá a alíquota do INSS.

II.3- emboço em paredes internas, esp. 2cm


composição/m3 R$ participação (%)
mão-de-obra 91,00 57,41
cimento comum 18,00(160,50kg) 11,36
cal hidratada 16,00(160,00kg) 10,09
areia comum peneirada 20,00(1,22m3) 12,62
andaime para 13,50 8,52
revestimento
total/m3 158,50 100
Fonte: Catálogos PINI, estudos e ajustes elaborados baseando-se em experiências de consumo.

A NBR12.721/93 considera na composição do preço do emboço o peso da mão-


de-obra para elaboração e lançamento do mesmo em 16,28% e 41,13%

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respectivamente, num total de 57,41% , considerando-se assim que a elaboração e


lançamento do emboço são feitos na obra.

II.3.1- elaboração de argamassa para emboço em paredes internas, esp.


2cm

composição/m3 R$ participação (%)


mão-de-obra 10,50 16,28
p/elaboração
cimento comum 18,00( 160,50kg) 27,91
cal hidratada 16,00( 160,00kg) 24,81
areia comum peneirada 20,00( 1,22m3) 31,00
total/m3 64,50 100

Na prática, ao comprar a argamassa para emboço, o construtor tem uma redução


da mão-de-obra, em seu empreendimento, que seria empregada em sua
elaboração. Significa que sobre o preço da argamassa para emboço deve-se
abater 16,28% e somente a mão-de-obra utilizada no lançamento deve ser
computada no cálculo que incidirá a alíquota do INSS.

II.4- reboco paulista interno, esp. 2,5cm


composição/m3 R$ participação (%)
mão-de-obra 107,60 62,70
cimento comum 18,00(164,00kg) 10,49
cal hidratada 15,20(152,00kg) 8,86
areia comum peneirada 20,00(1,22m3) 11,66
andaime para 10,80 6,29
revestimento
total/m3 171,60 100
Fonte: Catálogos PINI, estudos e ajustes elaborados baseando-se em experiências de consumo.

A NBR12.721/93 considera na composição do preço do reboco o peso da mão-de-


obra para elaboração e lançamento do mesmo em 16,35% e 46,35%
respectivamente, num total de 62,70% , considerando-se assim que a elaboração e
lançamento do reboco são feitos na obra.

II.4.1- elaboração de argamassa para reboco paulista interno, esp. 2,5cm

composição/m3 R$ participação (%)


mão-de-obra 10,40 16,35
p/elaboração

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cimento comum 18,00(164,00kg) 28,30


cal hidratada 15,20(152,00kg) 23,90
areia comum peneirada 20,00(1,22m3) 31,45
total/m3 63,60 100

Na prática, ao comprar a argamassa para reboco, o construtor tem uma redução da


mão-de-obra, em seu empreendimento, que seria empregada em sua elaboração.
Significa que sobre o preço da argamassa para reboco deve-se abater 16,35% e
somente a mão-de-obra utilizada no lançamento deve ser computada no cálculo que
incidirá a alíquota do INSS.

II.5- chapisco em paredes externas, esp. 5mm


composição/m3 R$ participação (%)
mão-de-obra 102,00 52,58
cimento comum 70,00(630,00kg) 36,08
areia comum peneirada 16,00(1,00m3) 8,25
impermeabilizante tipo 6,00(4,0kg) 3,09
SIKA 1
total/m3 194,00 100
Fonte: Catálogos PINI, estudos e ajustes elaborados baseando-se em experiências de consumo.

A NBR12.721/93 considera na composição do preço do chapisco externo o peso da


mão-de-obra para elaboração e lançamento do mesmo em 10,07% e 42,51%
respectivamente, num total de 52,58% , considerando-se assim que a elaboração e
lançamento do chapisco externo são feitos na obra.

II.5.1- elaboração de argamassa para chapisco em paredes externas, esp.


5mm

composição/m3 R$ participação (%)


mão-de-obra 10,30 10,07
p/elaboração
cimento comum 70,00(630,00kg) 68,43
areia comum peneirada 16,00( 1,00 m3) 15,64
impermeabilizante tipo 6,00( 4,00kg) 5,86
SIKA 1
total/m3 102,30 100

Na prática, ao comprar a argamassa para chapisco externo, o construtor tem uma


redução da mão-de-obra, em seu empreendimento, que seria empregada em sua
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elaboração. Significa que sobre o preço da argamassa para chapisco externo deve-
se abater 10,07% e somente a mão-de-obra utilizada no lançamento deve ser
computada no cálculo que incidirá a alíquota do INSS.

II.6- emboço em paredes externas, esp. 2cm


composição/m3 R$ participação (%)
mão-de-obra 107,50 61,08
cimento comum 18,00(162,00kg) 10,23
cal hidratada 16,00(162,00kg) 9,09
areia comum peneirada 20,00(1,22m3) 11,36
impermeabilizante tipo SIKA 14,50(10,00kg) 8,24
1
total/m3 176,00 100
Fonte: Catálogos PINI, estudos e ajustes elaborados baseando-se em experiências de consumo.

A NBR12.721/93 considera na composição do preço do emboço externo o peso da


mão-de-obra para elaboração e lançamento do mesmo em 13,29% e 47,79%
respectivamente, num total de 61,08% , considerando-se assim que a elaboração e
lançamento do emboço externo são feitos na obra.

II.6.1- elaboração de argamassa para emboço em paredes externas, esp.


2cm

composição/m3 R$ participação (%)


mão-de-obra 10,50 13,29
p/elaboração
cimento comum 18,00( 162,00kg) 22,78
cal hidratada 16,00(162,00kg) 20,25
areia comum peneirada 20,00( 1,22m3) 25,32
impermeabilizante tipo SIKA 14,50( 10,00kg) 18,36
1
total/m3 79,00 100

Na prática, ao comprar a argamassa para emboço externo, o construtor tem uma


redução da mão-de-obra em seu empreendimento, que seria empregada em sua
elaboração. Significa que sobre o preço da argamassa para emboço externo deve-
se abater 13,29% e somente a mão-de-obra utilizada no lançamento deve ser
computada no cálculo que incidirá a alíquota do INSS.

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II.7- contra-piso, esp. 3 cm


composição/m3 R$ participação (%)
mão-de-obra 77,67 53,94
cimento comum 49,67(453,00kg) 34,49
areia lavada 16,66(1,03m3) 11,57
total/m3 144,00 100
Fonte: Catálogos PINI, estudos e ajustes elaborados baseando-se em experiências de consumo.

A NBR12.721/93 considera na composição do preço do contra-piso o peso da mão-


de-obra para elaboração e lançamento do mesmo em 13,47% e 40,47%
respectivamente, num total de 53,94% , considerando-se assim que a elaboração e
lançamento do contra-piso são feitos na obra.

II.7.1- elaboração de argamassa para contra-piso, esp. 3 cm

composição/m3 R$ participação (%)


mão-de-obra 10,33 13,47
p/elaboração
cimento comum 49,67( 453,00kg) 64,78
areia lavada 16,67 ( 1,03m3) 21,75
total/m3 76,67 100

Na prática, ao comprar a argamassa para contra-piso, o construtor tem uma redução


da mão-de-obra, em seu empreendimento, que seria empregada em sua
elaboração. Significa que sobre o preço da argamassa para contra-piso deve-se
abater 13,47% e somente a mão-de-obra utilizada no lançamento deve ser
computada no cálculo que incidirá a alíquota do INSS.

Observa-se que todo este raciocínio é válido para quaisquer outros materiais que
por ventura possam ser utilizados, incorporando um maior nível de tecnologia e
produtividade, ao processo construtivo.

MATERIAIS QUE ENTRAM NA COMPOSIÇÃO DO CUB/m2 E QUE POSSUEM


MÃO-DE-OBRA INCORPORADA

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MATERIAIS REDUÇÃO DA MÃO- PROPOSTA DE


DE-OBRA REDUÇÃO DA MÃO-DE-
ESTABELECIDA PELO OBRA (1)
INSS

CONCRETO 5,00% 32,98%

ARGAMASS PARA CHAPISCO 5,00% 10,70%


E PAREDES INTERNAS
ARGAMASSA PARA EMBOCO 5,00% 16,28%
EM PAREDES INTERNAS
ARGAMASSA PARA REBOCO 5,00% 16,35%
PAULISTA INTERNO
ARGAMASSA PARA 5,00% 10,07%
CHAPISCO EM PAREDES
EXTERNAS
ARGAMASSA PARA EMBOÇO 5,00% 13,29%
EM PAREDES EXTERNAS
ARGAMASSA PARA CONTRA- 5,00% 13,47%
PISO
(1) mão-de-obra empregada (fora do canteiro de obra) para elaboração dos materiais.

3) O INSS CONSIDERA A MÃO-DE-OBRA INCORPORADA NOS MATERIAIS


UTILIZADOS JÁ COM A INSTALAÇÃO NO CÁLCULO DO CUB/m2

Ainda, no cálculo do CUB/m2, considera-se outros materiais que são adquiridos já


colocados, portanto já trazem consigo mão-de-obra incorporada (carpete, forro de
gesso, esquadrias metálicas e de madeiras, laminados, etc)

No CUB/m2 o percentual de 12% corresponde a estes insumos que não


necessitam de mão-de-obra da obra para sua colocação . O peso da mão-de-obra
para instalação dos materiais é de aproximadamente 30%.

a =12% (percentual de materiais colocados no cálculo do CUB/m2)


b= 30% (percentual da mão-de-obra para colocação dos materiais)
(a) x (b) = 3,6%

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Alguns serviços relativos à colocação destes determinados materiais na obra já


estão incorporados ao seu preço, quando da compra, portanto, a construtora não
emprega diretamente esta mão-de-obra. Como no cálculo do CUB/m2 (3,6%)
correspondem à mão-de-obra empregada para instalação dos materiais, este
percentual deverá ser retirado da base de cálculo para incidência da alíquota do
INSS. Assim o valor do metro quadrado do CUB específico de cada
empreendimento deverá sofrer esta outra redução.

CONCLUSÃO

O setor da construção civil encontra-se preocupado com a atual metodologia


empregada pelo INSS para o cálculo da contribuição relativa as obras de
edificações, particularmente aquelas sob o regime de condomínio.

O critério utilizado é filosoficamente objetivo e ágil, uma vez que exclui a fiscalização
direta nas obras. Entretanto, necessita de um aperfeiçoamento visto que acaba
superestimando a base de cálculo para aplicação da alíquota relativa à aludida
contribuição.

O INSS, através das OS’s n.º 161/165/172 e 185 aperfeiçou o critério de apuração
do valor do salário de contribuição. Esse aperfeiçoamento decorreu da utilização do
CUB/m2 específico de cada empreendimento, além da equivalência de áreas nos
termos da NBR 12.721/93.

Contudo, a referida superestimativa ainda persiste levando-se em consideração


os seguintes aspectos:

• A existência de percentual já incorporado nos encargos sociais a título de


contribuição ao INSS, encargos sociais estes já agregados na mão-de-
obra utilizada para cálculo do CUB/m2. No cálculo do Custo Unitário Básico
leva-se em consideração a mão-de-obra com encargos sociais já incorporando,
portanto, a alíquota relativa ao INSS. Desta feita, se não se retirar do valor do
CUB/m2 o percentual atribuído ao INSS relativo a mão-de-obra, tal procedimento
acarretará numa dupla contagem ( acumulação de taxas).

• A existência de mão-de-obra incorporada nos materiais de construção


utilizados já com instalação, no cálculo do CUB/m2. Este cálculo considera
alguns materiais que são adquiridos já colocados portanto, já trazem consigo
mão-de-obra incorporada. O percentual referente a esta questão deverá ser
retirado da base de cálculo para incidência da alíquota do INSS.
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• A distinção entre mão-de-obra relativa aos serviços executados fora e


dentro do canteiro de obras. Os construtores têm cada vez mais se utilizado de
serviços ofertados por empresas que atuam no mercado da construção civil, na
execução das diversas etapas e atividades constantes em seu cronograma de
obra. Contudo, o critério utilizado pela NBR 12.721/93 na determinação dos
coeficientes para cálculo do CUB/m2 foi elaborado levando-se em consideração
métodos tradicionais de construção, onde todas as etapas das atividades
construtivas são executadas dentro dos canteiros de obra, utilizando-se
materiais e mão-de-obra das próprias obras. Desta maneira, quando o
construtor utiliza daqueles serviços e o INSS utiliza o CUB como base de cálculo ,
este custo total da mão-de-obra, sobre o qual deverá ser aplicada a alíquota do
INSS, torna-se excessivamente elevado.

COMISSÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA


CBIC
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