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ANTIGONO

Revista de Imprensa

31-01-2011

1. (PT) - Lux, 31/01/2011, «Ela continua a dar aulas de piano todos os dias» 1

2. (PT) - Diário de Coimbra, 29/01/2011, Comemorando... a música 2

3. (PT) - Expresso - Atual, 29/01/2011, Desenho a fingir de teatro 3

4. (PT) - Diário de Notícias, 29/01/2011, ?Antigono? afirmou-se uma ópera decididamente com direito à vida 5

5. (PT) - Sol, 28/01/2011, Antígono no CCB 6

6. (PT) - Público - P2, 25/01/2011, 256 anos depois... 7

7. RTP 1 - Bom Dia Portugal, 25/01/2011, Antígono no CCB 8

8. RTP N - Jornal do País, 25/01/2011, Antígono no CCB 9

9. RTP 1 - Jornal da Tarde, 25/01/2011, Antígono no CCB 10

10. (PT) - Lux, 24/01/2011, Lux.pt 11

11. (PT) - Nova Gente, 24/01/2011, O (in)conveniente 12

12. (PT) - Diário IOL Online, 24/01/2011, Fotos: Famosos na estreia da ópera Antigono no CCB 14

13. (ES) - El País, 24/01/2011, Lisboa rescata la ópera "Antígono", enterrada por el terremoto de 1755 15

14. (PT) - TVI 24 Online, 24/01/2011, Fotos: Famosos na estreia da ópera Antigono no CCB 17

15. (ES) - El País, 23/01/2011, Lisboa rescata 'Antígono' 18

16. TVI 24 - Cartaz das Artes, 23/01/2011, "Antigono" no CCB 19

17. (PT) - Blog Fragrâncias, 22/01/2011, ANTIGONO | ÓPERA COM FIGURINOS JOSÉ ANTÓNIO TENENTE 20

18. (PT) - Blog GlamLisboa, 22/01/2011, Retrospectivas de um designer português 22

19. (PT) - Correio da Manhã - Vidas, 22/01/2011, Na moda com Fiona 24

20. (PT) - Expresso - Atual, 21/01/2011, Não perder 26

21. (PT) - i, 21/01/2011, Antigono . Ópera engolida pelo terramoto ressuscitou 27

22. (PT) - Diário de Notícias, 21/01/2011, A segunda vida para ?Antigono? 30


23. (PT) - Jornal de Notícias, 21/01/2011, "Antígono" estreia hoje no CCB 31

24. (PT) - i Online, 21/01/2011, "Antigono". Ópera engolida pelo terramoto ressuscitou 32

25. (PT) - Diário de Notícias Online, 21/01/2011, A segunda vida para ?Antigono? 35

26. (PT) - Público - Ípsilon, 21/01/2011, Ópera com software do Barroco 37

27. (PT) - Público Online - Ípsilon Online, 21/01/2011, Ópera com software do Barroco 40

28. (PT) - Sapo Online - Música Sapo Online, 21/01/2011, «Antigono», de Antonio Mazzoni - pela Divino 45

Sospiro

29. (PT) - Sol - Essencial, 21/01/2011, Agenda de Espectáculos 46

30. (PT) - Sol, 21/01/2011, Ópera fantasma 48

31. (PT) - TSF Online, 21/01/2011, Ópera «Antígono» regressa a Lisboa, dois séculos depois do terramoto 50

32. TSF - Notícias, 21/01/2011, Ópera Antigono 51

33. (PT) - Correio da Manhã, 20/01/2011, Ópera para 1755 ouvida no CCB 52

34. RTP 2 - Diário Câmara Clara, 20/01/2011, Antigono no CCB 53

35. (PT) - Sapo Online - Mulher Sapo Online, 20/01/2011, José António Tenente desenha para ópera 54

36. (PT) - Sábado - Guia Para a Semana Sul, 20/01/2011, Antígono, uma ópera em estreia no CCB 55

37. TVI - Cartaz das Artes, 20/01/2011, "Antigono" no CCB 56

38. (PT) - My Guide.pt, 19/01/2011, MÚSICA: Antigono 57

39. (PT) - Público - P2, 19/01/2011, Rádios 59

40. (PT) - Time Out - Time Out Lisboa, 19/01/2011, A última ópera antes do terramoto 60

41. (PT) - Time Out - Time Out Lisboa, 19/01/2011, Concertos 64

42. (PT) - Focus - TV ETC., 19/01/2011, Ópera em Belém 65

43. (PT) - Visão Online, 19/01/2011, A segunda vida de ?Antígono? 67

44. (IT) - GBOPERA, 18/01/2011, L’Antigono di Giovanni Mazzoni, in prima rappresentazione moderna a 71

Lisbona

45. (PT) - Agenda LX Online, 18/01/2011, Antígono 73


46. (PT) - Visão Online, 18/01/2011, O Libretto de Antigono 75

47. (PT) - Flash, 17/01/2011, "Antigono" 113

48. (PT) - Público - Cidades, 16/01/2011, Programação TV - 16/1/2011 114

49. (PT) - Expresso - Atual, 15/01/2011, A ópera que renasceu das ruínas 116

50. (PT) - Diário de Notícias, 15/01/2011, Estampados e saias compridas desfilam na semana do Rio de 117

Janeiro

51. (PT) - Público Online - Guia do Lazer Online, 15/01/2011, Antígono 118

52. RTP N - Estação das Artes, 15/01/2011, "Antígono" 120

53. (PT) - Expresso - Revista Única, 15/01/2011, Tenente vai à ópera 121

54. (PT) - Público Online - Guia do Lazer Online, 14/01/2011, Antigono 122

55. (PT) - Jornal de Negócios - Weekend, 14/01/2011, Estreia de "Antígono" no CCB 124

56. SIC Notícias - Edição da Tarde, 13/01/2011, Ópera "Antígono" 125

57. (PT) - Visão, 13/01/2011, A segunda vida de «Antígono» 126

58. (PT) - Jornal de Letras, Artes e Ideias, 12/01/2011, Antigono - Uma ópera erguida dos escombros 132

59. SIC Notícias - Cartaz, 11/01/2011, "Antígono" 136

60. (IT) - Amadeusonline, 07/01/2011, L’Antigono torna a Lisbona 137

61. (PT) - Jornal de Notícias, 07/01/2011, "Antígono" renasce das ruínas do terramoto de 1755 140

62. (PT) - Diário de Notícias, 07/01/2011, Lisboa vai voltar a ouvir ópera que estava em cena em 1755 141

63. (PT) - Sol Online, 06/01/2011, 255 anos depois, ?Antígono? renasce das cinzas no CCB 142

64. (PT) - Visão, 06/01/2011, A ópera sísmica 144

65. (PT) - Canela & Hortelã.com, 05/01/2011, CCB apresenta obra que inaugurou a Ópera do Tejo em 1755 | 145

Canela & Hortelã

66. (PT) - Exame, 01/01/2011, Ópera 146

67. (PT) - Família Cristã, 01/01/2011, Ópera em três actos 147

68. (PT) - Agenda LX, 01/01/2011, Antígono - Divino Sospiro 148


69. (PT) - Agenda LX, 01/01/2011, Agenda de Música 149

70. (PT) - Sol Online, 01/01/2011, Dez acontecimentos que não pode perder em 2011 151

71. (PT) - Lux Woman, 01/01/2011, Ópera trágica 152

72. (PT) - Sol, 30/12/2010, Experiências novas 153

73. (PT) - Visão Online, 29/12/2010, Concertos e novidades de ano novo 155

74. (PT) - Diário de Notícias Online, 19/12/2010, Oratória ?O Messias? de Handel no Natal do CCB 157

75. (PT) - Jornal de Letras, Artes e Ideias, 08/09/2010, A música que aí vem 159

76. (PT) - Destak, 01/09/2010, Artur Pizarro em destaque no CCB 160


Tiragem: 90000 Pág: 74
Lux País: Portugal Cores: Cor
A1 Period.: Semanal Área: 21,67 x 29,71 cm²

ID: 33798789 31-01-2011 Âmbito: Sociedade Corte: 1 de 1

Página 1
Tiragem: 10531 Pág: 11
Diário de Coimbra País: Portugal Cores: Preto e Branco
A2
Period.: Diária Área: 25,75 x 16,68 cm²

ID: 33815609 29-01-2011 Âmbito: Regional Corte: 1 de 1

Comemorando... a música
O NARIZ vez viu” para o capitão da ar- acompanhando o que de mais com a sua tese de doutoramen- mais, não quero deixar de refe- das heranças mais belas da nos-
DE PINÓQUIO N.º 117 mada britânica Augustus Her- significativo se ia criando na to sobre a reconstituição da rir o concerto de homenagem sa cultura, que todos admira-
vey e “um conjunto que exce- Europa, onde a Itália era então Ópera do Tejo e Nicholas que foi lhe foi dedicado esta mos e gozamos com prazer e
dia tudo aquilo que Farinelli o modelo reinante no domínio McNair. A encenação de Car- semana promovido pela asso- orgulho. Muitas delas, canções
I JOSÉ havia tentado fazer para a cor- da música e da Ópera reverten- los Pimenta e o desenho digital ciação Musical Lisboa Cantat da minha juventude e de um
CARDOSO te de Madrid” conforme regis- do assim a política mais con- “online” de António Jorge Gon- com o apoio da Caixa Geral de certo orfeão e movimento “rumo
DUARTE tado por Charles Burney em servadora neste domínio e çalves emprestaram à repre- Depósitos que teve lugar preci- ao campo” que o meu irmão
zcardoso.duarte@netcabo.pt 1789 na sua história Geral da esquizofrenicamente religiosa sentação o seu cunho forte- samente na Culturgest, na sede António tanto afeiçoou.
Música. Apenas três óperas do seu pai D. João V, “aproxi- mente marcado do século XXI, da CGD. A homenagem consis- 3 - “Acordai, acordai, ho-
tiveram lugar na novíssima mando-se assim do modelo amplamente sublinhado na tiu na apresentação do projecto mens que dormis a embalar a
1 - A ÓPERA DO TEJO foi inau- Ópera. Alessandro nell´Indie laico da maior parte dos abso- actuação irrepreensivelmente discográfico “Fernando Lopes dor dos silêncios vis vinde no
gurada a 31 de Março na Lisboa do napolitano David Perez, lutismos europeus”. A ópera divina da orquestra Divino Graça, obra coral a cappella clamor das almas viris arran-
de 1755 poucos meses antes do marcou a sua inauguração Antigono foi estriada a 16 de Sospiro e do seu director Enri- “tendo actuado os Coros de Câ- car a flor que dorme na raiz…”
devastador Terramoto que aba- para comemorar o aniversário Outubro desse fatídico ano de co Onofri. Como de todos os 6 mara e Sinfónico de Lisboa Can- na poesia de José Gomes Ferrei-
lou Lisboa nesse ano. Projecta- da rainha Mariana Victoria, La 1755, com libreto de Pietro cantores! Não consigo perceber tat, dirigidos por Jorge Alves que ra e na música de FLG ao fechar
da por Giovanni Carlo Sicini da Clemenza de Tito (para o ani- Metastazio, grande reforma- como tal obra que se reprodu- apresentaram várias das “Can- do concerto se pôs a plateia de
Bibiena, membro de uma das versário a 6 de Junho do pró- dor da poesia dramática e céle- ziu em Lisboa, em estreia abso- ções Regionais Portuguesas”. pé. Diz-se que FLG disse um
mais ilustres famílias de arqui- prio D. José) e Antigono, estas bre em toda a Europa. Uma luta no passado dia 16 só tenha Associaram-se a esta festa o dia que a Música era como uma
tectos teatrais e cenógrafos duas da autoria de Antonio série de cantores, entre os qua- tido uma repetição, logo no dia Quarteto de Lopes Graça e a pia- religião, a única religião dele. E
europeus setecentistas, foi Mazzoni, compositor bolo- is famosos “castrati” como seguinte a 17, e não seja reposta nista Olga Prats. Mas o momen- eu gostava de terminar dizendo
construída em Lisboa, frente ao nhês, compositor de relevo Cafarelli e Guadagni, bailari- por mais tempo e em mais to mais inspirador da noite foi que se faz tanta questão da edu-
Tejo, hoje cais das descobertas, mas hoje “injustamente esque- nos, coreógrafos, figurinistas e lugares para delicia dos meló- provavelmente as improvisa- cação sexual nas escolas, não
como a Ópera Real, satisfazen- cido”. A Ópera como tal repre- cenógrafos compunham uma manos deste nosso Portugal, ções que o Maestro Vitorino de seria mais importante uma
do um sonho do rei D. José, sentava um símbolo do poder companhia ao melhor nível tão abalado por outras crises. Almeida fez ao piano sobre educação musical a sério? Tal-
perdurou na memória dos lis- real mas era simultaneamente europeu. Como curiosidade Nota: as referências historio- algumas destas canções como “o vez o país andasse melhor…
boetas como um dos mais instrumento de diversão e ins- típica as mulheres não eram gráficas sobre a Ópera de Lis- milho da nossa terra” e “os 4 - Holocausto, é preciso não
grandiosos e magnificentes trução quando não educação e admitidas para cantar nas ópe- boa são extraídas do programa homens que vão para a guerra” esquecer, é preciso resistir,
edifícios de Lisboa e monu- também, por que não, de ras reais em Portugal. Em boa da ópera publicado pelo CCB que puseram a assistência ao transmitir de geração em gera-
mento áureo da ópera barroca democratização da cultura até hora o Centro Cultural de com textos entre outros de rubro. É sabido que FLG enten- ção, de pais para filhos, que a
em Portugal. Os relatos de então pouco acessível às clas- Belém trouxe de novo a Lisboa Cristina Fernandes. dia a música como um instru- memória não se apague, de
alguns contemporâneos são ses fora da nobreza que girava a ópera Antígono o que só foi 2 - Fernando Lopes Graça é mento de cultura e educação todas as tiranias e de todas as
elucidativos do que foi o seu à volta da corte real. Todo este possível depois de um exausti- um nome que dispensa adjecti- quer aos níveis mais intelectuais ideologias que desprezam o
esplendor que por breves mes- empenho reafirmava uma vo trabalho de investigação vos para os cultores da música e quer populares e a síntese que Homem. O Holocausto come-
es iluminou Lisboa ”o teatro vontade de D. José de fazer de conduzido por várias pessoas, da liberdade. Brevemente por- ele fez nas suas canções regio- mora-se hoje para que não
mais magnífico que alguma Portugal um País europeu entre as quais Pedro Januário que este espaço não dá para nais portuguesas são hoje uma aconteça, nunca mais. l

Página 2
Tiragem: 127120 Pág: 22

País: Portugal Cores: Cor


A3
Period.: Semanal Área: 24,56 x 19,73 cm²

ID: 33814089 29-01-2011 | Atual Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2

Página 3
Tiragem: 127120 Pág: 3

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 5,39 x 5,05 cm²

ID: 33814089 29-01-2011 | Atual Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2

Página 4
Tiragem: 42719 Pág: 61

País: Portugal Cores: Preto e Branco


A5
Period.: Diária Área: 15,92 x 14,03 cm²

ID: 33809641 29-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

Página 5
Tiragem: 63708 Pág: 20

País: Portugal Cores: Cor


A6
Period.: Semanal Área: 9,49 x 13,16 cm²

ID: 33793937 28-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

Página 6
Tiragem: 50367 Pág: 9

País: Portugal Cores: Cor


A7
Period.: Diária Área: 29,56 x 25,32 cm²

ID: 33736472 25-01-2011 | P2 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

PEDRO CUNHA

Crítica de Ópera

256 anos depois...


Antígono
digitais manipulados ou inscritos
em tempo real (por António Jorge
mmm n Gonçalves). Aos figurinos (de José
Antonio Mazzoni, Divino Sospiro, dir.
António Tenente) coube sugerir, de
Enrico Onofri. Lisboa, CCB, 22
forma sóbria, que a acção em palco
Janeiro, 20h. Casa cheia
se teria dado na Antiguidade.
A adesão do espectador, referida
... Ou quase, cantou-se, junto acima, não se deveu apenas à arte
ao Tejo, uma ópera de Antonio dramatúrgica de Metastasio e ao
Mazzoni, um dos compositores original enquadramento visual.
italianos mais bem sucedidos do A música é variada e envolvente,
seu tempo. A estreia de Antígono com uma escrita fluida e complexa,
deu-se a 16 de Outubro de 1755 ricamente orquestrada; a isso
na faustosa Real Casa da Ópera, acrescem momentos musicais
localizada sensivelmente no actual especialmente marcantes (a
Arsenal da Marinha; o terramoto última ária de Demetrio, de uma
destruiu o edifício, mas a partitura beleza tipicamente galante, ou o
sobreviveu, tendo sido recuperada delírio de Berenice, retoricamente
por Nicholas McNair para a poderoso na sua instabilidade
presente produção. rítmica e harmónica). No entanto,
Assistimos à segunda e última o compositor quase não inclui
das duas récitas previstas – como números de conjunto, pelo que
de costume, não foi possível só a energia e importância dos
multiplicar por outros dias ou salas recitativos obsta a que a sucessão
as oportunidades de desfrutar a de árias individuais crie uma
ópera. Apesar da sua longa duração sensação de monotonia. A partitura com vozes naturais. Por isso, não catálogo de possibilidades vocais pela destreza técnica, pelo
(quase 4 horas, acrescidas de foi defendida com competência e é fácil encontrar substitutos à sua do que como ilustração de gosto, empenho cénico e pela inteligência
intervalos) e do barroquismo do brio pela orquestra Divino Sospiro, altura. enquanto a segunda soou tépida musical. Contudo, a voz apertada,
libreto (do célebre Metastasio), o que teve ainda algum papel no Com um orçamento em demasia; a sua presença em de potência inadequada para
público aderiu completamente ao enriquecimento das cadências dos incomparável ao do rei D. José cena foi algo pesada, partilhando sala tão vasta, não deixou brilhar
intrincado drama ético posto em cantores solistas (entrelaçando I, Enrico Onofri não podia fazer aparentemente esse perfil com o resultado. A catalã Maria
cena, sofrendo e anelando com as a voz com oboé ou violino, ou milagres. Nesse contexto, a sua a soprano britânica Geraldine Hinojosa (Clearco), pouco notável
diversas, admiráveis personagens. sustentando-a com um bordão escolha de elenco foi um pouco McGreevy (Berenice), que compôs, nos recitativos, atraiçoada por
Dever e amor, piedade e no violoncelo) e no reforço do desequilibrada, mas razoavelmente não obstante, uma personagem uma emissão nervosa do canto,
vingança, empatia e poder, foram ambiente lírico (através da inserção justificada. Num único caso, o dramaticamente convincente e conseguiu demonstrar em duas
contradições exemplarmente de um solo de harpa). nome escolhido foi ideal para o demonstrou invulgares qualidades árias um furor interpretativo pouco
cavalgadas por reis (Antígono e Finalmente, os cantores: foi papel: a soprano portuguesa Ana musicais, unindo a presença vocal comum.
Alessandro), príncipes (Berenice, neste capítulo que sobrevieram Quintans (Ismene), que exibiu não à subtileza interpretativa. Para Resta-nos falar de Martin Oro
Demetrio, Ismene) e capitão as principais dificuldades. Isso só apreciáveis dotes teatrais, como que a sua contribuição tivesse (Alessandro), um contratenor que
(Clearco). seria de esperar, porque a ópera uma voz ágil e bem projectada, de sido perfeita, teria sido apenas se destaca positivamente pelo
O espectáculo foi servido por foi escrita para alguns dos mais timbre redondo e emissão limpa, necessário algum amadurecimento à-vontade no registo grave, mas que
uma encenação minimalista (de famosos e caros intérpretes assistida por um gosto musical do estilo, de modo a que certas se apresentou, nesta récita, com
Carlos Pimenta), tendencialmente do século XVIII, que na estreia irrepreensível. Foi o único cantor passagens rápidas ganhassem uma emissão desequilibrada, não
estática, restrita à boca de criaram os respectivos papéis: o em palco cujas cadências surgiram leveza e as cadências densidade e particularmente notável no timbre
cena, entrelaçada com uma tenor Gregorio Babbi (Antígono), sempre confiantes, equilibradas impacto. nem no impacto sonoro, apostando
surpreendente, sugestiva e eficaz conhecido pela extensa tessitura e poderosas. O tenor americano As restantes cantoras cumpriram em cadências demasiado prolixas,
(ainda que algo arbitrária) dupla vocal; e cinco castrati, com Michael Spyres (Antígono) teve a competentemente os seus sem que às vezes pudesse convocar
projecção cenográfica, na qual o destaque para Caffarelli (Demetrio) seu favor a tessitura ampla, com papéis, demonstrando grande as correspondentes capacidades
enquadramento do palco é criado e Guadagni (Alessandro). Os destaque para o possante registo familiaridade com o universo técnicas. A dificuldade da escrita
por imagens baseadas em gravuras melhores castrados uniam a baritonal, e a segurança técnica, estilístico barroco. À italiana vocal explica, porém, algum deste
setecentistas, por vezes animadas, desenvoltura técnica à potência ao serviço de uma voz redonda e Pamela Lucciarini (Demetrio) desequilíbrio.
e o fundo da cena se vê ocupado sonora, tendo, para além disso, nasalada; a sua primeira cadência coube um papel particularmente
por perfis escultóricos e desenhos timbres hoje em dia inimitáveis foi mais impressionante como exigente, merecendo os parabéns Manuel Pedro Ferreira

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A8

Meio: RTP 1 - Bom Dia Portugal


Duração: 00:02:41
Hora de emissão: 09:55:00
ID: 33747272 25/01/2011

Antígono no CCB

O CCB apresenta a ópera barroca que se encontrava em cena quando a terra tremeu em Lisboa em

1755. Declarações de Massimo Mazeo, Dir. Artístico Orquestra Divino Suspiro, António Jorge

Gonçalves, Desenho Digital em Tempo Real.

Página 8
A9

Meio: RTP N - Jornal do País


Duração: 00:02:47
Hora de emissão: 20:52:00
ID: 33753767 25/01/2011

Antígono no CCB

O CCB apresenta a ópera barroca que se encontrava em cena quando a terra tremeu em Lisboa em

1755. Declarações de Massimo Mazeo, Dir. Artístico Orquestra Divino Suspiro, António Jorge

Gonçalves, Desenho Digital em Tempo Real.

Página 9
A10

Meio: RTP 1 - Jornal da Tarde


Duração: 00:02:44
Hora de emissão: 14:12:00
ID: 33749852 25/01/2011

Antígono no CCB

O CCB apresenta a ópera barroca que se encontrava em cena quando a terra tremeu em Lisboa em

1755. Declarações de Massimo Mazeo, Dir. Artístico Orquestra Divino Suspiro, Carlos Pimenta, Director

Cénico, António Jorge Gonçalves, Desenho Digital em Tempo Real.

Página 10
Tiragem: 90000 Pág: 66
Lux País: Portugal Cores: Cor
A11
Period.: Semanal Área: 22,41 x 29,20 cm²

ID: 33690713 24-01-2011 Âmbito: Sociedade Corte: 1 de 1

Página 11
Tiragem: 188500 Pág: 74
Nova Gente País: Portugal Cores: Cor
A12
Period.: Semanal Área: 22,31 x 30,05 cm²

ID: 33711323 24-01-2011 Âmbito: Sociedade Corte: 1 de 2

Página 12
Tiragem: 188500 Pág: 75
Nova Gente País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 22,67 x 29,71 cm²

ID: 33711323 24-01-2011 Âmbito: Sociedade Corte: 2 de 2

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A14

Fotos: Famosos na estreia da ópera Antigono no CCB

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 24/01/2011

Meio: Diário IOL Online

URL: http://diario.iol.pt/moda-e-social/antigono/1228210-4061.html

24-01-2011 - 16:44h

Sandra Celas, Sofia Sá da Bandeira, António Mega Ferreira e Gabriela Canavilhas firam algumas das

figuras públicas que marcaram presença na estreia mundial da ópera Antigono, co-produzida pelo

CCB, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém.

José António Tenente foi outra das figuras em destaque na estreia desta obra que marca também a

estreia do criador português na criação de figurinos para ópera./p

Por: Redacção Lux

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A15

Lisboa rescata la ópera "Antígono", enterrada por el terremoto de 1755

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 24/01/2011

Meio: El País

URL: http://www.elpais.com/articulo/cultura/Lisboa/rescata/opera/Antigono/enterrada/terrem
oto/1755/elpepicul/20110123elpepicul_3/Tes

. REPORTAJE

Lisboa rescata la ópera "Antígono", enterrada por el terremoto de 1755

La ópera de Manzzoni quedó sepultada por el olvido tras el terremoto de 1755

FRANCESC RELEA - Lisboa - 23/01/2011

Vota Resultado 45 votos . .Han sido dos noches históricas para la ópera portuguesa. Dos siglos y

medio después de su última representación en Lisboa, Antígono, compuesta por Antonio Mazzoni y

escrita por Pietro Metastasio, volvió el viernes y sábado al escenario, en el Gran Auditorio del Centro

Cultural de Belem (CCB), de la misma ciudad. Fue el estreno mundial de una obra del repertorio

barroco italiano que estaba prácticamente olvidada, porque del libreto y la partitura de la ópera se

había perdido el rastro desde el terremoto del 1 de noviembre de 1755, que arrasó Lisboa y redujo a

cenizas el Teatro de la Ópera del Tajo. Aquel teatro suntuoso junto al río, inaugurado siete meses

antes, tenía en cartel Antígono cuando se produjo la catástrofe. Se trata de una tragedia en tres actos

al gusto y estilo italiano, compuesta por encargo del rey José I, el reformador, y que fue escrita para

cinco de los mejores cantantes de la época, entre ellos los castrados Guadagni, Caffarelli y Farinelli.

Portugal

A FONDO

Capital: Lisboa.Gobierno:República.Población:10,676,910 (est. 2008)La noticia en otros webs

webs en español

en otros idiomas

Lisboa no volvió a tener un teatro de la ópera hasta cuatro décadas más tarde. La recuperación de

Antígono ha sido toda una aventura, en la que han intervenido varios protagonistas, como el violinista

Massimo Mazzeo, director artístico de la orquesta barroca Divino Suspiro, creada hace cinco años, y

que es actualmente la orquesta residente del CCB. Mazzeo y el pianista y musicólogo británico

Nicholas McNair trabajaban en la recuperación del patrimonio musical portugués, que en el siglo XVIII

era muy importante. "Era una mina de oro musical", explica Mazzeo.

Gracias a un investigación del profesor portugués Manuel Carlos Brito, McNair descubrió que aquella

fue la última ópera que se representó en el Teatro del Tajo antes del terremoto. Encontró la partitura
Página 15
en la biblioteca del palacio de Ajuda, donde se guardan muchos manuscritos de ópera. Pero ni una

señal del libreto. "Antígono es la única de las tres óperas que se representaron en aquel teatro que no

tiene libreto en la biblioteca de Ajuda", dice McNair.

Siguiendo la pista de otra investigadora estadounidense, se llegó finalmente a localizar el libreto al

otro lado del Atlántico, en la Biblioteca Nacional de Río de Janeiro. El documento formaba parte de las

pertenencias de la familia real portuguesa cuando huyó a Brasil en 1808, durante las invasiones

francesas. McNair se dedicó a reconstruir y digitalizar la partitura, corregir errores, y adaptar el

material para la orquesta y los cantantes.

"Cuando me enseñaron la partitura, hace casi tres años, vi que era una ópera fantástica", dice el

maestro Enrico Onofri, director de la orquesta Divino Suspiro. La recuperación y adaptación ha sido un

trabajo arduo de casi tres años. "La escritura musical de la ópera es muy compleja", señala, "y la

parte de la orquesta es también difícil, los violines, el viento, porque la orquesta que había en Lisboa

en aquella época era una orquesta de virtuosos".

El argumento narra la historia de Berenice, princesa e Egipto, que llega a Macedonia para casarse con

el rey Antígono, después de haber rechazado a Alejandro, rey de Epiro, país vecino. Antígono

sospecha que Demetrio, su hijo predilecto, está apasionado por Berenice, y le amenaza con el

destierro. Paralelamente, Alejandro invade Macedonia para obtener a Berenice como esposa.

La soprano catalana María Hinojosa Montenegro es la única española de los seis cantantes que

intervienen en la ópera, todos con una amplia trayectoria internacional. Quedaba un papel vacante y

no lo dudó un instante. "El papel de Clearco es más pequeño pero tiene las arias más complicadas. Me

presenté y aquí estoy".

La puesta en escena con proyecciones digitales, a cargo del portugués Carlos Pimenta, es la gran

apuesta del montaje. "Construimos una maqueta a escala 1/10, sobre la que se pueden hacer

proyecciones", explica el director escénico. La opción digital tiene que ver con no querer hacer algo

arqueológico, es decir, reconstruir una ópera como sería en la época. "Esta ópera no tiene diseños de

cómo serían los escenarios. Hemos querido hacer Antígono mostrándolo con los medios actuales al

público de hoy. Sin olvidar que las fuentes de la idea del diseño digital y del concepto escénico están

en el barroco". El público disfrutó con el proyecto más osado de cuantos ha presentado Divino Suspiro,

con un montaje que ha costado 200.000 euros y que, lamentablemente, sólo ha tenido dos sesiones, a

la espera de moverlo en el circuito internacional de ópera.

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A17

Fotos: Famosos na estreia da ópera Antigono no CCB

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 24/01/2011

Meio: TVI 24 Online

URL: http://www.tvi24.iol.pt/moda-e-social/antigono/1228210-4061.html

| 24- 1- 2011 16: 44

Sandra Celas, Sofia Sá da Bandeira, António Mega Ferreira e Gabriela Canavilhas firam algumas das

figuras públicas que marcaram presença na estreia mundial da ópera Antigono, co-produzida pelo

CCB, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém.

José António Tenente foi outra das figuras em destaque na estreia desta obra que marca também a

estreia do criador português na criação de figurinos para ópera.

br/

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Meio: TVI 24 - Cartaz das Artes


Duração: 00:02:29
Hora de emissão: 10:52:00
ID: 33715111 23/01/2011

"Antigono" no CCB

Esta semana para os amantes da música e do belo canto estreia um espectáculo que não podem

perder. Há 255 anos, quando se deu o Grande Terramoto de Lisboa, estava em cartaz a ópera

"Antigono". Declarações de Carlos Pimentel, director cénico.

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ANTIGONO | ÓPERA COM FIGURINOS JOSÉ ANTÓNIO TENENTE

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 22/01/2011

Meio: Blog Fragrâncias

URL: http://fragrancias.blogs.sapo.pt/88992.html

Sábado, 22.01.11

MODA, PERFUMES, MÚSICA

ANTIGONO | ÓPERA COM FIGURINOS JOSÉ ANTÓNIO TENENTE

ANTIGONO, a ópera em três actos de Antonio Mazzoni com libreto de Pietro Metastasio (1755), é o

brilhante projecto, co-produzido pelo CCB e pelo Divino Sospiro em estreia moderna mundial, no

Grande Auditório do Centro Cultural de Belém.

Um acontecimento a não perder.

"Uma ópera sem memória? Foi de esplendor efémero a estreia de Antigono em 1755. Nesse outono

fatídico de Lisboa, a produção em cena era das mais luxuosas da época e contava com um elenco de

prestígio internacional: um dos castrati era Gaetano Guadagni (o eleito de Handel para cantar no

Messias e o primeiro Orfeu na ópera de Gluck). O Divino Sospiro quer resgatar esse esplendor e dar-

lhe a vida que ficou perdida nas ruínas do grande terramoto.

A malograda Casa da Ópera do Paço da Ribeira, inaugurada em Março de 1755, foi provavelmente a

única que assistiu à interpretação da ópera Antigono, em cena aquando da destruição daquele espaço

com o terramoto de 1 de novembro. O libreto, da autoria de Pietro Metastasio e um dos preferidos

pelos compositores da época, conta os estranhos desastres que sucedem a Antígono, rei da

Macedónia, desde que se junta a Berenice, princesa do Egito. A partitura de Mazzoni, que regressa

agora à vida com o Divino Sospiro, sofreu um trabalho de edição crítica da responsabilidade de

Nicholas McNair."

De salentar que o Arquitecto Pedro Januário fez um trabalho de grande investigação - Tese de

doutoramento, Madrid - sobre este espaço.

O meu conselho: visitem o site e vejam a "reconstituição" do, vulgarmente, designado por Teatro da

Ópera do Tejo. Nas fotos, abaixo, poderá ver o "antes e o depois do terramoto. Uma das muitas

maquetes tridimensionais apresentadas por Pedro Januário. Fabuloso!

Esta produção representa também a estreia de JAT na criação de figurinos para ópera

Estou muito feliz por participar neste projecto que me entusiasma muitíssimo. Apesar de ter uma

considerável experiência na criação de figurinos para dança e teatro, nunca tinha 'vestido' uma ópera.

E não podia ter sido melhor para começar... É absolutamente única a oportunidade de assistir ao

'renascer' de uma obra que estava esquecida há mais de 250 anos , diz José António Tenente.

O desenho dos figurinos rege-se pela contenção e 'economia' recomendada pela direcção cénica do

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Carlos Pimenta. Com uma aposta muito forte no 'barroco digital' do desenho de António Jorge

Gonçalves para o 'cenário', o desenrolar da acção, os estados de alma dos personagens, os conflitos,

serão sublinhados 'em tempo real' por esse 'dispositivo'.

O meu trabalho insere-se no 'story board' criado pelo Carlos Pimenta e António Jorge Gonçalves com

um ambiente visual muito preenchido e estimulante. Os figurinos contrapõem-no com uma imagem

quase uniforme, mas forte e de leitura evidente. De desenho linear, as formas assentam em linhas

geométricas e em manchas de cor únicas. Uma paleta cromática concisa e elementar: negro,

vermelho e azul. Numa visão 'simplista', os bons de vermelho e os maus de negro. O azul, romântico,

para Berenice, misteriosa, sedutora... Alusões subtis à antiguidade clássica, nomedamente, a partir

das suas representações escultóricas ou pictóricas", diz José António Tenente

PARABÉNS ZÉ. UM TRABALHO FANTÁSTICO.

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Retrospectivas de um designer português

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 22/01/2011

Meio: Blog GlamLisboa

URL: http://glamlisboa.blogspot.com/

22 de Janeiro de 2011Retrospectivas de um designer português

Estreou hoje no CCB a ópera Antígono, de Antonio Mazzoni, ressuscitada após longos anos de espera.

Sobre ela, interessa saber que a primeira edição antecedeu o terramoto de 1755, e que após a

destruição da Ópera do Tejo - local onde então estava em cena - ninguém mais voltaria a vê-la, nem a

ouvi-la. Até hoje.

Com a coordenação de Massimo Mazzeo, actual director artístico da orquestra Divino Sospiro,

residente no CCB, e a preciosa ajuda do musicólogo inglês Nicholas McNair, Antígono renasce das

cinzas e revala-nos o melhor da música barroca. Os figurinos são... José António Tenente, uma estreia

para o criador e uma novidade para nós, que vamos querer ver e dizer de nossa justiça.

Link: http://www.ionline.pt/conteudo/99703-antigono-opera-engolida-pelo-terramoto-ressuscitou

Para aqueles que não puderam ir hoje, corram à bilheteira do CCB para conseguir os últimos lugares

para amanhã (há a vários preços). Lá nos encontraremos :)

E porque o espectáculo começa apenas às 20h, aproveitem antes para passar pelo MUDE e assistir à

2ªedição do Creative LAB assinado por José António Tenente. Estive lá hoje e fiquei deslumbrada com

algumas - senão todas - as escolhas e criações.

Um excelente programa de sábado dedicado à moda e à cultura portuguesa. Afinal, está na altura de

valorizarmos o que é nosso, não acham? :)

Link: http://www.mude.pt/catalogoEaugusta/Temps/tenenteEN.html

Página 22
P.S - Para as muito muito realmente muito apaixonadas por moda, anotem: 27 de Janeiro, 19h,

apresentação da colecção Primavera-Verão 2011 de José António Tenente no MUDE. Lá estarei

também. Evidente!

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Tiragem: 155643 Pág: 60

País: Portugal Cores: Cor


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Period.: Semanal Área: 18,33 x 25,17 cm²

ID: 33703660 22-01-2011 | Vidas Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2

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Tiragem: 155643 Pág: 61

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 19,88 x 25,24 cm²

ID: 33703660 22-01-2011 | Vidas Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2

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Tiragem: 127120 Pág: 3

País: Portugal Cores: Cor


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Period.: Semanal Área: 6,36 x 25,85 cm²

ID: 33686883 21-01-2011 | Atual Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

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Tiragem: 27259 Pág: 36
i País: Portugal Cores: Cor
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Period.: Diária Área: 24,61 x 32,33 cm²

ID: 33686520 21-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 3

Música

O amor de um pai vence tudo


VERSÃO RESUMIDA E CONTEMPORÂNEA DE “ANTIGONO”

RELAÇÕES
PARENTES
AMANTES
INIMIGOS
PATRÃO E EMPREGADO

Antigono
REI DA MACEDÓNIA

É um pai extre-
moso. O herói só
queria casar-se
com Berenice,
sem ter chatices.

“Antigono”.
Ópera engolida 1
pelo terramoto
8

ressuscitou
11

A megaprodução do CCB “Antigono” estreia


hoje. Foi a última ópera tocada em Lisboa antes
do terramoto.Volta aos palcos 250 anos depois 5

VANDA MARQUES (Textos) tura e coloratura, mas vai resultar bem”,


vanda.marques@ionline.pt disse Massimo Mazzeo, director artístico
CARLOS MONTEIRO (Infografia) do Divino Sospiro – grupo responsável
carlos.monteiro@ionline.pt pela interpretação musical – na conferên- Ismene
cia de imprensa de apresentação da obra. FILHA DE ANTIGONO
Só há uma impossibilidade técnica nesta Enrico Onofri, director musical, concor- Com um sexto
ambiciosa produção do Centro Cultural da. “Não ter castratti não retira nenhu- sentido apurado, 10
de Belém. Os cantores de ópera para quem ma beleza. O resultado será excelente.” é um coração-
zinho mole que
foi escrita “Antigono” não existem. Não A megaprodução do CCB é a estreia
se apaixona pelo
há ninguém no mundo que cante como moderna mundial desta ópera que desa- inimigo do pai.
os castratti (homens que eram castrados pareceu com o terramoto de 1755. “Anti-
para não perderem a voz aguda quando gono” estava em cena quando o maior sis-
entravam na puberdade). Eles eram as mo sentido até hoje em terras lusas des-
estrelas da ópera no séc. XVIII. Os mais truiu Lisboa. O espectáculo será gravado
famosos passaram por Portugal, como pela Antena 2, para que não se perca nova-
Caffarelli, porque o rei D. José I fazia ques- mente. Massimo Mazzeo revela que está
tão de contratar os melhores para tentar a trabalhar neste projecto há dois anos e 2
competir com as grandes óperas de refe- meio e o desafio foi feito por Nicholas
rência em Itália. “Esta ópera de António Mcnair. O crítico propôs ao CCB esta via-
Mazzoni, com libreto de Pietro Metasta- gem ao passado. “Nicolas McNair recons-
sio, foi escrita com os melhores e maio- tituiu a partitura e fez-nos a proposta. Fica-
res recursos da Europa. Os castratti tinham mos muito entusiasmados com o projec-
uma grande paleta de cores na voz. Sal- to”, disse Miguel Coelho. O responsável do
tavam de um grave com muita força para CCB afirmou que não querem fazer uma
agudos. Fizemos várias audições e opta- reconstrução, mas sim modernizá-la.
mos por cantoras mulheres. Não há mui- Demetrio
tas vozes com grandes diferenças de tex- BARROCO DIGITAL Renascida das cinzas, FILHO DE ANTIGONO

uma ópera que não é tocada há 255 anos Corajoso, um filho fiel
e um pouco dramático.
vai ser acolhida pelo barroco do séc. XXI:
Tem uma paixão proibi-
Ópera o digital. Com figurinos de José António da pela futura madrasta.
Tenente, a encenação de Carlos Pimenta
Centro Cultural de Belém também vai fazer a diferença. O cenário TRÊS ACTOS EM 11 LIGAÇÕES
Ópera “Antigono”, de Antonio digital tem três níveis de projecção e Antó-
Mazzoni, com interpretação de nio Jorge Gonçalves vai desenhar em tem- 01. Antigono vai casar com Berenice na Macedónia. 02. Demetrio, filho de Antigono,
Divino Sospiro e encenação po real as cenas sucessivas. O elenco é conhece a futura madrasta e apaixona-se por ela. 03. Alessandro, furioso porque
de Carlos Pimenta. composto por Michael Spyres (Antigono), Berenice recusou casar com ele, invade o reino de Antigono. 04. Quando as tropas
Preço 8€ a 30€ Geraldine McGreevy (Berenice), Pamela de Alessandro vencem, tentam fugir. Mas o rei surpreendeu-os e pede Berenice em
Quando: Sexta e Sábado, Lucciarini (Demetrio), Martín Oro (Ales- casamento. Enquanto isso, prende Antigono. 05. Demetrio, armado em valentão,
às 20h00. sandro), Ana Quintans (Ismene) e Maria oferece-se como refém em troca da libertação do pai. 06. Demetrio é ainda obrigado
Duração: 3h40 Hinojosa Montenegro (Clearco). a convencer Berenice a casar com Alessandro. Mas Antigono descobre Página
e acusa27
o
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i País: Portugal Cores: Cor

Period.: Diária Área: 24,80 x 31,46 cm²

ID: 33686520 21-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 3

O símbolo da época
dourada da ópera
em Lisboa teve
sete meses de vida
Alessandro ca de Madrid, interessou-se por
REI DE EPIRO Pedro Januário fez este tema ao investigar sobre o
Um homem de
uma tese de Paço e ao encontrar referências
armas, que faz doutoramento sobre a à existência de um teatro “umas
3 tudo por amor. Ópera doTejo, que vezes mencionado como estan-
Ou para casar
com Berenice.
também foi destruída do no seu interior, outras vezes
em 1755 como sendo uma estrutura autó-
noma”. Pedro Januário desco-
Um exército a cavalo entrou no briu dados novos que ajudam a
palco. Um dos mestres de equi- conhecer melhor uma casa da
tação do rei D. José I fazia de qual ficaram poucos registos e
Alexandre, o Grande e cavalga- teve só sete meses de vida.
va em sintonia com a música. Por exemplo, a Ópera tinha
7 O primeiro espectáculo da Ópe- 120 metros e não 65 m como
ra do Tejo foi a 31 de Março de tinha sido proposto anterior-
1755, dia do anivesário da rai- mente. “A informação que reco-
nha Mariana Vitória de Bour- lhi sobre o teatro era contradi-
bon, e deixou a plateia rendida. tória e escassa, nomeadamente
“Tudo excedeu as tentativas que em termos de iconográficos: a
Farinelli [castrato famoso na planta da cave e o corte longi-
época] tentou introduzir no gran- tudinal atribuídos por José de
de teatro em Madrid”, escreveu Figueiredo em 1933; e a gravu-
4 Gerard de Visme, um inglês resi- ra das ruínas de Jacques Phili-
dente em Lisboa, sobre a estreia pe Le Blas de 1758. Outras infor-
de “Alessandro nell’Indie”. Esta mações, como a data da sua inau-
história faz parte da tese de dou- guração, são ainda hoje em dia
toramento “Teatro real de la incorrectamente mencionadas.
Ópera del Tajo (1752-1755)” do O teatro foi inaugurado a 31 de
arquitecto português Pedro Março de 1755 e não a 2 de Abril
Januário. do mesmo ano.”
Da próxima vez que passar em Pedro Januário destaca ainda
frente ao antigo Arsenal da Mari- o interesse de D. José I na ópe-
nha, hoje Ministério da Defesa, ra, quer na contratação de arqui-
Clearco ao lado do Terreiro do Paço, ima- tectos como Giovanni Carlo Bibie-
CAPITÃO DE ALESSANDRO gine ali um edifício com 120 na quer na programação. As estre-
9 O braço-direito de metros e capacidade para rece- las da época passaram por Lisboa.
Alessandro, um ber 600 pessoas. A Real Casa da “Mais do que uma obra de refe-
homem de acção. Ópera, ou Ópera do Tejo, como rência, a Ópera do Tejo é uma
Gosta de finais
felizes. ficou conhecida, foi mandada materialização de um propósito
construir pelo rei D. José I, que político.” O arquitecto encontrou
ao contrário do pai, D. João V, ainda outro dado interessante.
gostava muito de música e show “Foi possível identificar um dos
off. Estávamos em pleno perío- segredos, isto é, descobrir um
do barroco. Os dias de ópera eram dos bilhetes que davam acesso à
sempre à segunda e à quinta. Mas Ópera. Este, em concreto, desti-
só entrava quem tinha convite. nava-se à premier. Consultei um
Até desaparecer com o terramo- arquivo espanhol, e descobri um
to, recebeu três espectáculos: conjunto de correspondência
“Alessandro nell’Indie”, “La Cle- diplomática entre o embaixador
menza di Tito” e “Antigono”. de Espanha e o rei Fernando VI,
O arquitecto, que realizou a em que constava a carta com o
tese na Universidade Politécni- convite e respectivo bilhete.”

Berenice
PRINCESA DO EGIPTO
A futura mulher de
Antigono origina várias
guerras porque todos
querem casar-se com ela.
Pedro Miguel Gomes Januário

filho de traição. 07. Antigono arma-se em herói e Clearco manda-o prender e rouba-
-lhe o anel. 08. Demetrio ameaça Alessandro, e Ismene revela que libertaram o pai.
09. O filho de Antigono oferece a sua vida a Alessandro e a Clearce, e recusa o amor
que tem por Berenice. 10. As forças militares de Antigono derrotam Alessandro.
Ismene entra assustada a dizer que o irmão se suicidou. Afinal era mentira.
11. Alessandro é preso, mas logo a seguir perdoado, porque pede a mão de Ismene.
Antigono, o pai babado, autoriza. Até deixa que o filho case com Berenice. A vista aérea da sala da Ópera Página 28
Tiragem: 27259 Pág: 56
i País: Portugal Cores: Cor

Period.: Diária Área: 5,58 x 0,80 cm²

ID: 33686520 21-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 3 de 3

Ópera A estreia de “Antigono”,


a megaprodução do CCB. PP. 36-37

Página 29
Tiragem: 42719 Pág: 52

País: Portugal Cores: Cor


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Period.: Diária Área: 26,19 x 31,85 cm²

ID: 33681423 21-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

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Tiragem: 108240 Pág: 59

País: Portugal Cores: Preto e Branco


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Period.: Diária Área: 4,73 x 8,76 cm²

ID: 33681592 21-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

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"Antigono". Ópera engolida pelo terramoto ressuscitou

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 21/01/2011

Meio: i Online

URL: http://www.ionline.pt/conteudo/99703-antigono-opera-engolida-pelo-terramoto-
ressuscitou

Música

por Vanda Marques , Publicado em 21 de Janeiro de 2011 |

A megaprodução do CCB "Antigono" estreia hoje. Foi a última ópera tocada em Lisboa antes do

terramoto. Volta aos palcos 250 anos depois

Só há uma impossibilidade técnica nesta ambiciosa produção do Centro Cultural de Belém. Os

cantores de ópera para quem foi escrita "Antigono" não existem. Não há ninguém no mundo que cante

como os castratti (homens que eram castrados para não perderem a voz aguda quando entravam na

puberdade). Eles eram as estrelas da ópera no séc. XVIII. Os mais famosos passaram por Portugal,

como Caffarelli, porque o rei D. José I fazia questão de contratar os melhores para tentar competir

com as grandes Óperas de referência em Itália. "Esta ópera de António Mazzoni, com libreto de Pietro

Metastasio, foi escrita com os melhores e maiores recursos da europa. Os castratti tinham uma grande

paleta de cores na voz. Saltavam de um grave com muito força para agudos. Fizemos várias audições

e optamos por cantoras mulheres. Não há muitas vozes com grandes diferenças de textura e

coloratura, mas vai resultar bem", disse Massimo Mazzeo, director artístico do Divino Sospiro - grupo

responsável pela interpretação musical - na conferência de imprensa de apresentação da obra. Enrico

Onofri, director musical, concorda. "Não ter castratti não retira nenhuma beleza. O resultado será

excelente."

A megaprodução do CCB é a estreia moderna mundial desta ópera que desapareceu com o terramoto

de 1755. "Antígono" estava em cena quando o maior sismo sentido até hoje em terras lusas destruiu

Lisboa. O espectáculo será gravado pela Antena 2, para que não se perca novamente. Massimo

Mazzeo revela que está a trabalhar neste projecto há dois anos e meio e o desafio foi feito por

Nicholas Mcnair. O crítico propôs ao CCB esta viagem ao passado. "Nicolas McNair reconstituiu a

partitura e fez-nos a proposta. Ficamos muito entusiasmados com o projecto", disse Miguel Coelho. O

responsável do CCB afirmou que não querem fazer uma reconstrução, mas sim modernizá-la.

Barroco digital Renascida das cinzas uma ópera que não é tocada há 255 anos vai ser acolhida pelo
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barroco do séc. XXI: o digital. Com figurinos de José António Tentente, a encenação de Carlos Pimenta

também vai fazer a diferença. O cenário digital tem três níveis de projecção e António Jorge Gonçalves

vai desenhar em tempo real as cenas sucessivas. O elenco é composto por Michael Spyres (Antígono),

Geraldine McGreevy (Berenice), Pamela Lucciarini (Demetrio), Martín Oro (Alessandro), Ana Quintans

(Ismene) e Maria Hinojosa Montenegro (Clearco).

O símbolo da época dourada da ópera em Lisboa teve sete meses de vida

Pedro Januário fez uma tese de doutoramento sobre a Ópera do Tejo, que também foi destruída em

1755

Um exército a cavalo entrou no palco. Um dos mestres de equitação do rei D. José I fazia de

Alexandre o Grande e cavalgava em sintonia com a música. O primeiro espectáculo da Ópera do Tejo

foi a 31 de Março de 1755, dia do anivesário da rainha Mariana Vitória de Bourbon, e deixou a plateia

rendida. "Tudo excedeu as tentativas que Farinelli [castrato famoso na época] tentou introduzir no

grande teatro em_Madrid", escreveu Gerard de Visme, um inglês residente em Lisboa, sobre a estreia

de "Alessandro nell'Indie". Esta história faz parte da tese de doutoramento "Teatro real de la Ópera

del Tajo (1752-1755)" do arquitecto português Pedro Januário.

Da próxima vez que passar em frente ao antigo Arsenal da Marinha, hoje Ministério da Defesa, ao

lado do Terreiro do Paço, imagine ali um edifício com 120 metros e capacidade para receber 600

pessoas. A Real Casa da Ópera, ou como ficou conhecida, Ópera do Tejo, foi mandada construir pelo

rei D.José I, que ao contrário do pai, D. João V, gostava muito de música e show off. Estávamos em

pleno período barroco. Os dias de ópera eram sempre à segunda e à quinta. Mas só entrava quem

tinha convite. Até desaparecer com o terramoto, recebeu três espectáculos: "Alessandro nell'Indie",

"La Clemenza di Tito" e "Antigono".

O arquitecto, que realizou a tese na Universidade Politécnica de Madrid, interessou-se por este tema

ao investigar sobre o Paço e ao encontrar referências à existência de um teatro "umas vezes

mencionado como estando no seu interior, outras vezes como sendo uma estrutura autónoma". Pedro

Januário descobriu dados novos que ajudam a conhecer melhor uma casa da qual ficaram poucos

registos e teve só sete meses de vida.

Por exemplo, a Ópera tinha 120 metros e não 65m como tinha sido proposto anteriormente. "A

informação que recolhi sobre o teatro, era contraditória e escassa, nomeadamente em termos de

iconográficos: a planta da cave e o corte longitudinal atribuídos por José de Figueiredo em 1933; e a

gravura das ruínas de Jacques Philipe Le Blas de 1758. Outras informações, como a data da sua

inauguração são ainda hoje em dia incorrectamente mencionadas. O teatro foi inaugurado a 31 de

Março de 1755 e não a 2 de Abril do mesmo ano."

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Pedro Januário destaca ainda o interesse de D. José I na ópera, quer na contratação de arquitectos

como Giovanni Carlo Bibiena quer na programação. As estrelas da época passaram por Lisboa. "Mais

do que uma obra de referência, a Ópera do Tejo é uma materialização de um propósito político." O

arquitecto encontrou ainda outro dado interessante. "Foi possível identificar um dos segredos, isto é,

descobrir um dos bilhetes que davam acesso à Ópera. Este em concreto, destinava-se à premier.

consultei um arquivo espanhol, e descobri um conjunto de correspondência diplomática entre o

Embaixador de Espanha e o rei Fernando VI, em que constava a carta com o convite e respectivo

bilhete."

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A segunda vida para ?Antigono?

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 21/01/2011

Meio: Diário de Notícias Online

URL: http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1762845&seccao=M%FAsica

Ópera

por Bernardo Mariano

CCB faz hoje estreia moderna de ópera esquecida desde o Terramoto. Edição em DVD está (quase)

assegurada.

Antonio Mazzoni (1717-85) não é propriamente um nome de que nos lembremos quando pensamos

em compositores líricos do Barroco tardio. Mas na faustosa corte lisboeta pré-Terramoto de D. José,

este bolonhês teve papel de destaque no magnificente Teatro de Ópera de Corte inaugurado em Março

de 1755, que ficaria conhecido como Ópera do Tejo.

Duas óperas suas foram ali dadas nos breves sete meses de vida do Teatro, a última este Antigono,

opera seria em três actos estreada a 16 de Outubro, com alguns dos mais famosos cantores europeus

da época. No fatídico 1 de Novembro, acabava a história desta obra, nunca recuperada... até hoje,

quase 256 anos depois: a partir das 20.00 (repete amanhã, à mesma hora), tem estreia mundial

moderna no Grande Auditório do CCB. Um acontecimento que suscitou a curiosidade da generalidade

dos média portugueses e de vários estrangeiros: El País, Scherzo e Cadena Cop (Espanha); Ansa,

Amadeus e GBOpera (Itália); Opera Magazine (Inglaterra); Diapason (França); Globo News (Brasil),

TV México, para citar alguns.

Mas sendo apenas duas as récitas (alcançando cerca de 2500 pessoas), que seria da ópera e desta

produção de estreia a partir de domingo? Os prognósticos não eram famosos: após várias reuniões e

visitas técnicas, a RTP declarou-se incapaz de providenciar os meios técnicos necessários para captar

os três planos de projecção da encenação idealizada por Carlos Pimenta. Da ópera ficaria tão-só a

gravação áudio, para posterior emissão na Antena 2.

Um golpe de sorte quase de última hora (ou uma conjugação de bons astros para quem a merecia,

diria Massimo Mazzeo, porta-voz da Orq. Divino Sospiro...) provocou o volte-face. João Ludovice,

produtor discográfico, conseguiu da Samsung Portugal a cedência - graciosa! - de equipamento

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técnico topo de gama que permitirá a futura edicão em DVD Blue Ray da produção de reestreia do

Antigono. Segundo Ludovice, uma equipa liderada por Juan Camós (realizador) e Eduardo Sousa

(engenheiro de som) irá operar uma ba- teria de oito câmaras de alta resolução (seis de controlo

remoto); três tipos diferentes de microfones, usando o sistema Middle-Side e a tecnologia earthworks,

que capta frequências até 50kHz. Estes são alguns dos meios que farão a captação de imagem e som

nas duas noites em que a ópera será apresentada e que deixam o encenador Carlos Pimenta muito

contente. Diz ainda Ludovice que será a primeira vez que em Portugal se fará gravação de ópera em

Blue Ray 7.1. No entanto, a decisão para uma edição comercial carecerá sempre do OK do CCB, de

Carlos Pimenta e de Massimo Mazzeo (dos Divino Sospiro).

Afinal, não é todos os dias que se ressuscita uma grandiosa ópera barroca, que Mazzeo coloca

claramente acima do Motezuma de Vivaldi, ressuscitado há oito anos. Segundo o músico italiano, tudo

nesta produção é transportável: "um ciclorama e quatro projectores é tudo o que é preciso. Ou os

teatros têm ou alugam". Quanto aos cantores, diz, "estão sempre a perguntar quando será esta

produção reposta". Está tudo dito.

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Ópera com software d


FOTOGRAFIAS DE PEDRO CUNHA

António Jorge
Gonçalves,
desenhador,
designer
gráfico,
ilustrador,
cenógrafo,
concebe uma
cenografia A equipa que dirige a produção de jecto não poupa em adjectivos: “ex-
em (quase) Estaremos no “Barroco” da era digital? A “Antígono” é unânime ao considerar traordinário”, “deslumbrante”, “ma-
permanente “histórica” esta operação de resgate ravilhoso”.
movimento, produção de “Antígono”, de Antonio Mazzoni, da ópera de Antonio Mazzoni que O maravilhamento é ao mesmo
usando “arrasou um teatro em 1755”, como tempo barroco e digital, antigo e mo-
desenho a última ópera em cena antes do terramoto diz, Miguel Leal Coelho, vogal do derno, histórico e musical. Mas tudo
digital e conselho de administração do CCB, a pensar nos sentidos dos espectado-
desenhando de 1755, leva a pensar que sim. Hoje e amanhã, brincando com as alusões ao terra- res de hoje que se maravilham com o
em directo moto que abalou Lisboa no século digital (talvez) tanto como a corte do
sobre os em Lisboa, o CCB apresenta a estreia mundial XVIII. O projecto pretende ser um Rei D. José I se deslumbrava com a
telões e as marco na produção operática em “maravilhosa máquina barroca” e
paredes moderna de uma ópera “maravilhosa” que Portugal. Não é uma reconstrução com a ópera de meados do século
do Grande acabada, mas o início de qualquer XVIII.
Auditório ficou soterrada entre as ruínas. Pedro Boléo coisa de novo: “É o princípio da se- D. José I queria ter ópera na corte.
gunda vida de ‘Antígono’”, diz Antó- Ao contrário do seu pai, D. João V,
nio Mega Ferreira. O presidente do devoto fervoroso e adepto da música
Centro Cultural de Belém chama-lhe religiosa, D José I não queria rezar
“o projecto mais importante da ac- tanto. Para divertimento da corte e
tual temporada”. Nem mais nem representação de poder, mandou
menos. A equipa que dirige o pro- construir a Ópera do Tejo, que durou

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e do Barroco
Experiência barroca
à beira de grandes
transformações, mas
também um
espectáculo para
os olhos e os ouvidos
de hoje. Por isso
“tem um pé no século
XVIII e outro no XXI”,
diz o encenador

sopro de vida ao que estava apenas


em folhas de papel”.

O resgate e o salto na cadeira


Partituras, sabia-se que existiam. Mas,
durante muito tempo, não havia cer-
tezas de que a ópera tivesse sequer
chegado a ser levada à cena. Meteram
mãos à obra musicólogos como Ma-
nuel Carlos de Brito, professor e in-
vestigador da Universidade Nova de
Lisboa, e um dos maiores especialis-
tas da vida musical portuguesa e da
ópera daquele tempo. Havia indícios
mais do que suficientes para provar
que a ópera tinha sido produzida de
facto em 1755 na Ópera do Tejo (Casa
da ópera do Paço da Ribeira), em Lis-
boa, no local onde é hoje o Arsenal
da Marinha, junto à actual Praça do
Município. Novas investigações con-
firmaram este dado e sabe-se hoje que
houve uma estreia de “Antígono”.
Percebeu-se que havia um libreto da
ópera com o texto e preciosas indica-
ções relativas à produção do espectá-
culo. O compositor, músico e investi-
gador Nicholas McNair foi buscar ao
Palácio da Ajuda as partituras e até
andou na Biblioteca Nacional do Rio
de Janeiro, no Brasil, atrás do libreto,
de autoria de Pietro Metastasio, o
maior fornecedor de libretos para a
ópera da época. McNair interessou-se
desde 2005 pela ópera (eram os 250
apenas 7 meses, mas que foi palco de anos do terramoto) devido à sugestão
uma vida musical intensa até ao gran- e curiosidade do actor e encenador
de desastre de 1755 que derrubou o Paulo Matos em saber qual a última
teatro e incendiou Lisboa. Mas o ter- ópera antes do terramoto, chegando
ramoto não destruiu apenas uma ci- a sugerir que fosse produzida na al-
dade: provocou abalos até nas mais tura. O investigador Pedro Januário,
profundas convicções, e desfez cer- autor de uma tese acerca da Ópera do
tezas absolutas em tempos de Abso- Tejo, confirmou também a existência
lutismo. de récitas de “Antígono” através de
“Antígono”, em cena entre 31 de outros documentos.
Março e 1 Novembro de 1755, precede Nicholas McNair agarrou na ideia
portanto grandes destruições e gran- de fazer uma produção moderna da
des mudanças. Desde aí que nunca ópera e fez a proposta ao CCB, cola-
mais foi apresentada em público. Jus- borando na reconstrução da partitu-
tamente por isso, Mega Ferreira con- ra e na elaboração de uma edição
sidera este projecto “um acto inaugu- crítica. António Mega Ferreira disse
ral de resgate e reconstrução”. E fala logo que sim, “com o seu famoso sal-
com orgulho ao ver o CCB contribuir to na cadeira”, como contou com iro-
para a descoberta e revitalização de nia o director artístico do Divino Sos-
uma ópera destas. Está a “dar-se um piro, Massimo Mazzeo, numa con-

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lões. Não se trata, pois, de reconsti- Para o


tuição do que se passou na Ópera do maestro que
Tejo em 1755, naquele sumptuoso te- dirige a ópera,
atro de Corte de 120 metros por 30, Enrico Onofri,
aberto a alguns “convidados” da aris- o maior
tocracia e da burguesia ascendente, desafio está
que pagavam bilhete. Se a reconstru- no canto e “a
ção musical teve de modificar algu- maior
mas coisas, a encenação teve de as dificuldade é
mudar ainda mais. Carlos Pimenta destinar as
explica que o importante para a equi- vozes”, ou
pa era encontrar “o que era para nós seja,
a maravilhosa máquina do Barroco”. encontrar as
E parecia que isso se podia encontrar vozes e as
hoje na “maravilha digital”. Para além formas de
disso, na ópera barroca fazia-se “mu- cantar certas.
dança de cena à vista”, diz Massimo É que
Mazzeo, “e a opção do desenho digi- “Antígono” é
tal tem a ver com isto”. António Jorge uma ópera
Gonçalves, desenhador, designer grá- feita a pensar
f e rê n c i a d e i m p re n s a d e
apresentação do projecto, para expri-
acrobáticos e que desçam até notas
extremamente graves. Por vezes vão
O maravilhamento fico, ilustrador e cenógrafo, foi então
convidado a conceber uma espécie
num tenor de
grandes
mir num único gesto o entusiasmo buscar-se especialistas em óperas de é barroco e digital, de cenografia em (quase) permanen- capacidades
com que o projecto foi recebido pela Rossini, habituados à grande agilidade te movimento, usando desenho digi- vocais e nas
direcção do CCB. O director da insti- e ao virtuosismo, mas nem sempre antigo e moderno, tal e desenhando em directo sobre os vozes dos
tuição, por seu lado, confessa ter habituados a tão distintos registos vo- telões e as paredes do Grande Audi- castrati
achado o projecto de trabalho “abso- cais. Para esta produção foram esco- histórico e musical. tório. Construindo pelo menos dois
lutamente irresistível”. lhidos o tenor Michael Spyres (rei An- tempos diferentes: o da acção dos
Estreada na véspera do terramoto, tígono) – tenor norte-americano espe-
Mas tudo a pensar personagens (a Antiguidade) e o do
“Antígono” é uma ópera duplamente
“trágica”, como diz Mega Ferreira,
cialista em Rossini -, o contratenor
Martin Oro (rei Alessandro, do país
nos sentidos dos tempo da composição (e do terramo-
to), usando gravuras de arquitectos
pelo seu conteúdo intrínseco mas tam- vizinho) e as cantoras Geraldine Mc- espectadores de hoje da época e imagens do terramoto de
bém pelas circunstâncias históricas Greevy (Berenice, princesa do Egito), Lisboa, movendo a acção e o enqua-
que a rodeiam. “Estamos a restituí-la Pamela Lucciarini (Demetrio), Maria que se maravilham dramento da acção – o teatro. Como
ao património português”, considera Hinojosa Montenegro (Clearco) e Ana se um novo Grande Auditório – digital
Mega Ferreira. Para ele é um acto inau- Quintans (Ismene). E não foi fácil: “Foi com o digital tanto – se criasse durante o espectáculo,
gural e ao mesmo tempo um acto his- uma dor de cabeça encontrar as vozes descobrindo-lhe novas perspectivas
tórico, “um gesto que deixa coisas”. certas para cada papel”, segundo Mas-
como a corte de através de ilusões ópticas.
O futuro dirá o que pode deixar aos
vindouros este “salvamento” das cin-
simo Mazzeo.
Ficaram aqueles seis solistas que
D. José I se Mas o movimento pára quando se
trata de cantar as árias, “momentos
zas, mas a ressureição é já um facto serão os responsáveis por “recons- deslumbrava com em que as personagens dialogam con-
consumado. Hoje e amanhã, o Grande truir o efeito das árias dos castrati”, sigo mesmas”, como diz Carlos Pi-
Auditório do CCB vai ter a sua digita- como explica Onofri, colocando alta a “maravilhosa menta. O encenador avisa que “não
líssima produção desta antiga ópera. a fasquia para os cantores, que têm, é uma ópera definitiva, é o nosso pon-
Mas o que é afinal esta grande ópe- para além do mais, de saber improvi- máquina barroca” to de vista”, sublinhando a originali-
ra de mais de três horas de duração sar nas cadências de certas árias se dade da proposta. Um ponto de vista
(nesta produção com dois intervalos), quiserem fazer tal como faziam os que provoca novas ilusões de óptica
chamada “Antígono”? E que tem de castrati no século XVIII. Mas não é só para os tempos (e os olhos) de hoje.
desafiante agora esta música feita pa- “pirotecnia” e “virtuosismo” que é Um ponto de vista que cria figurantes
ra os reis de há 250 anos atrás? preciso para o maestro Enrico Onofri. virtuais (porque podem surgir a qual-
É essencial descobrir “o aspecto ex- quer momento desenhados por An-
Os castrati virtuais pressivo”. E é preciso lá chegar seja tónio Jorge Gonçalves).
Para o maestro que dirige a ópera, como for, inspirando-se por exemplo “A partitura é de uma complexida- O desenhador explicou-nos o pro-
Enrico Onofri, o maior desafio está no numa máxima do Barroco: “O que de extraordinária e empurra os solis- cesso de “colagem e montagem” que
canto e “a maior dificuldade é destinar não dá a natureza, dá o artifício”. tas para o Olimpo”, diz entusiástico utiliza, a partir das ideias-chave de
as vozes”, ou seja, encontrar as vozes Massimo Mazzeo, que também fala “ruínas” e “arquitecturas impossí-
e as formas de cantar certas. É que Música à beira de terramotos do ponto de vista do músico, pois pa- veis” do Barroco. Lugares fascinantes
“Antígono” é uma ópera feita a pensar 1755 é tempo também de “terramotos ra além de director artístico é viole- e utópicos que remetem para um no-
num tenor de grandes capacidades intelectuais”, como lhes chama Mas- tista do Divino Sospiro, o conjunto vo Barroco actual, o da manipulação
vocais (e hoje “não havia muitas vozes simo Mazzeo. Terramotos “positivos” barroco residente do CCB. Nicholas digital, e que contêm para Jorge Gon-
que pudessem fazer isto”, garante que mudaram mentalidades e sensi- McNair julga que a música tem “gran- çalves também “possibilidades ex-
Massimo Mazzeo) e nas vozes dos cas- bilidades. E na música também há de beleza” e diz que nos permite mer- pressionistas”. E permitem-lhe neste
trati, cantores que eram submetidos sinais de mudança. Por exemplo? gulhar numa época de transição a que espectáculo criar efeitos tão simples
a uma operação antes da chegada à Uma nova forma de cantar o texto, o se deu pouca atenção: “Este período (ou tão surpreendentes) como uma
puberdade com o objectivo de impe- “recitativo acompanhado” (“accom- é pouco conhecido. Falamos apenas “cortina digital”, ou interagir com os
dir a mudança de voz e guardando um pagnato”, por oposição ao recitativo de Händel e Gluck, mas esta música figurinos (neo-barrocos?) concebidos
registo agudo e um timbre especial, “secco”), mudava de contornos e ad- permite compreender o fio da meada por José António Tenente. O desenho
na época muito apreciados. Em Lis- quiria renovada força expressiva nas desta época pré-Mozart”. de luz é de Nuno Meira e a programa-
boa, na época, terão cantado Gaetano mãos de compositores como Antonio ção multimédia ficou a cargo de Rui
Majorano (conhecido por Caffarello) Mazzoni, o autor de “Antígono” e tam- Softwares barrocos Madeira (em colaboração com Antó-
e Gaetano Guadagni, dois castrati fa- bém de uma outra ópera que foi re- Experiência barroca à beira de gran- nio Jorge Gonçalves).
mosos na Europa do seu tempo, alu- presentada na Ópera do Tejo, “La des transformações, mas também um Massimo Mazzeo diz que o terra-
nos do compositor Nicola Porpora e Clemenza di Tito”; o baixo contínuo espectáculo para os olhos e os ouvi- moto “cristalizou aquele tempo” e
estrelas do espectáculo musical. A simplificava-se em favor de um trata- dos de hoje. Por isso “tem um pé no que a produção operática desta “mi-
prática de “fabricar” castrati desapa- mento mais esfusiante da melodia século XVIII e outro no XXI”, diz o na de ouro da vida cultural portugue-
receu, mas aquela música sobreviveu desenhada por vozes agudas, fossem encenador. Carlos Pimenta sublinha sa de todos os tempos”, vai refazer “o
e, para ser cantada, exige sopranos ou elas de cantores ou de violinos; “es- que há uma grande informação e cristal que volta a deixar sair o seu
mezzos com grande tessitura vocal e tava a surgir uma nova escrita”, ex- atenção históricas mas que a intenção som”. Assim se poderá “completar”
tremenda agilidade. A escolha mais plica Mazzeo, e esta partitura está “não é arqueológica”. Não se trata de um espectáculo que o terramoto de
comum é recorrer a vozes de soprano portanto entre vários tempos: do Bar- fazer “Antígono” “tal como ele foi”, 1755 deixou inacabado: “É fazer as
com a maior extensão possível, por- roco para o Rococó, a caminho de um até porque não há dados suficientes récitas que faltam”, diz. Mas agora
que exige-se-lhes que atinjam agudos novo classicismo. para saber sequer como eram os te- com um novo software.

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Ópera com software do Barroco

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 21/01/2011

Meio: Público Online - Ípsilon Online

URL: http://ipsilon.publico.pt/musica/texto.aspx?id=273526

20.01.2011 - Pedro Boléo

Estaremos no "Barroco" da era digital? A produção de "Antígono", de Antonio Mazzoni, a última ópera

em cena antes do terramoto de 1755, leva a pensar que sim. Hoje e amanhã, em Lisboa, o CCB

apresenta a estreia mundial moderna de uma ópera "maravilhosa" que ficou soterrada entre as ruínas

A equipa que dirige a produção de "Antígono" é unânime ao considerar "histórica" esta operação de

resgate da ópera de Antonio Mazzoni que "arrasou um teatro em 1755", como diz, Miguel Leal Coelho,

vogal do conselho de administração do CCB, brincando com as alusões ao terramoto que abalou Lisboa

no século XVIII. O projecto pretende ser um marco na produção operática em Portugal. Não é uma

reconstrução acabada, mas o início de qualquer coisa de novo: "É o princípio da segunda vida de

'Antígono'", diz António Mega Ferreira. O presidente do Centro Cultural de Belém chama-lhe "o

projecto mais importante da actual temporada". Nem mais nem menos. A equipa que dirige o projecto

não poupa em adjectivos: "extraordinário", "deslumbrante", "maravilhoso".

O maravilhamento é ao mesmo tempo barroco e digital, antigo e moderno, histórico e musical. Mas

tudo a pensar nos sentidos dos espectadores de hoje que se maravilham com o digital (talvez) tanto

como a corte do Rei D. José I se deslumbrava com a "maravilhosa máquina barroca" e com a ópera de

meados do século XVIII.

D. José I queria ter ópera na corte. Ao contrário do seu pai, D. João V, devoto fervoroso e adepto da

música religiosa, D José I não queria rezar tanto. Para divertimento da corte e representação de

poder, mandou construir a "pera do Tejo, que durou apenas 7 meses, mas que foi palco de uma vida

musical intensa até ao grande desastre de 1755 que derrubou o teatro e incendiou Lisboa. Mas o

terramoto não destruiu apenas uma cidade: provocou abalos até nas mais profundas convicções, e

desfez certezas absolutas em tempos de Absolutismo.

"Antígono", em cena entre 31 de Março e 1 Novembro de 1755, precede portanto grandes destruições

e grandes mudanças. Desde aí que nunca mais foi apresentada em público. Justamente por isso, Mega

Ferreira considera este projecto "um acto inaugural de resgate e reconstrução". E fala com orgulho ao

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ver o CCB contribuir para a descoberta e revitalização de uma ópera destas. Está a "dar-se um sopro

de vida ao que estava apenas em folhas de papel".

O resgate e o salto na cadeira

Partituras, sabia-se que existiam. Mas, durante muito tempo, não havia certezas de que a ópera

tivesse sequer chegado a ser levada à cena. Meteram mãos à obra musicólogos como Manuel Carlos

de Brito, professor e investigador da Universidade Nova de Lisboa, e um dos maiores especialistas da

vida musical portuguesa e da ópera daquele tempo. Havia indícios mais do que suficientes para provar

que a ópera tinha sido produzida de facto em 1755 na "pera do Tejo (Casa da ópera do Paço da

Ribeira), em Lisboa, no local onde é hoje o Arsenal da Marinha, junto à actual Praça do Município.

Novas investigações confirmaram este dado e sabe-se hoje que houve uma estreia de "Antígono".

Percebeu-se que havia um libreto da ópera com o texto e preciosas indicações relativas à produção do

espectáculo. O compositor, músico e investigador Nicholas McNair foi buscar ao Palácio da Ajuda as

partituras e até andou na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, no Brasil, atrás do libreto, de autoria

de Pietro Metastasio, o maior fornecedor de libretos para a ópera da época. McNair interessou-se

desde 2005 pela ópera (eram os 250 anos do terramoto) devido à sugestão e curiosidade do actor e

encenador Paulo Matos em saber qual a última ópera antes do terramoto, chegando a sugerir que

fosse produzida na altura. O investigador Pedro Januário, autor de uma tese acerca da "pera do Tejo,

confirmou também a existência de récitas de "Antígono" através de outros documentos.

Nicholas McNair agarrou na ideia de fazer uma produção moderna da ópera e fez a proposta ao CCB,

colaborando na reconstrução da partitura e na elaboração de uma edição crítica. António Mega

Ferreira disse logo que sim, "com o seu famoso salto na cadeira", como contou com ironia o director

artístico do Divino Sospiro, Massimo Mazzeo, numa conferência de imprensa de apresentação do

projecto, para exprimir num único gesto o entusiasmo com que o projecto foi recebido pela direcção

do CCB. O director da instituição, por seu lado, confessa ter achado o projecto de trabalho

"absolutamente irresistível".

Estreada na véspera do terramoto, "Antígono" é uma ópera duplamente "trágica", como diz Mega

Ferreira, pelo seu conteúdo intrínseco mas também pelas circunstâncias históricas que a rodeiam.

"Estamos a restituí-la ao património português", considera Mega Ferreira. Para ele é um acto inaugural

e ao mesmo tempo um acto histórico, "um gesto que deixa coisas". O futuro dirá o que pode deixar

aos vindouros este "salvamento" das cinzas, mas a ressureição é já um facto consumado. Hoje e

amanhã, o Grande Auditório do CCB vai ter a sua digitalíssima produção desta antiga ópera.

Mas o que é afinal esta grande ópera de mais de três horas de duração (nesta produção com dois

intervalos), chamada "Antígono"? E que tem de desafiante agora esta música feita para os reis de há

250 anos atrás?

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Os castrati virtuais

Para o maestro que dirige a ópera, Enrico Onofri, o maior desafio está no canto e "a maior dificuldade

é destinar as vozes", ou seja, encontrar as vozes e as formas de cantar certas. É que "Antígono" é

uma ópera feita a pensar num tenor de grandes capacidades vocais (e hoje "não havia muitas vozes

que pudessem fazer isto", garante Massimo Mazzeo) e nas vozes dos castrati, cantores que eram

submetidos a uma operação antes da chegada à puberdade com o objectivo de impedir a mudança de

voz e guardando um registo agudo e um timbre especial, na época muito apreciados. Em Lisboa, na

época, terão cantado Gaetano Majorano (conhecido por Caffarello) e Gaetano Guadagni, dois castrati

famosos na Europa do seu tempo, alunos do compositor Nicola Porpora e estrelas do espectáculo

musical. A prática de "fabricar" castrati desapareceu, mas aquela música sobreviveu e, para ser

cantada, exige sopranos ou mezzos com grande tessitura vocal e tremenda agilidade. A escolha mais

comum é recorrer a vozes de soprano com a maior extensão possível, porque exige-se-lhes que

atinjam agudos acrobáticos e que desçam até notas extremamente graves. Por vezes vão buscar-se

especialistas em óperas de Rossini, habituados à grande agilidade e ao virtuosismo, mas nem sempre

habituados a tão distintos registos vocais. Para esta produção foram escolhidos o tenor Michael Spyres

(rei Antígono) - tenor norte-americano especialista em Rossini -, o contratenor Martin Oro (rei

Alessandro, do país vizinho) e as cantoras Geraldine McGreevy (Berenice, princesa do Egito), Pamela

Lucciarini (Demetrio), Maria Hinojosa Montenegro (Clearco) e Ana Quintans (Ismene). E não foi fácil:

"Foi uma dor de cabeça encontrar as vozes certas para cada papel", segundo Massimo Mazzeo.

Ficaram aqueles seis solistas que serão os responsáveis por "reconstruir o efeito das árias dos

castrati", como explica Onofri, colocando alta a fasquia para os cantores, que têm, para além do mais,

de saber improvisar nas cadências de certas árias se quiserem fazer tal como faziam os castrati no

século XVIII. Mas não é só "pirotecnia" e "virtuosismo" que é preciso para o maestro Enrico Onofri. É

essencial descobrir "o aspecto expressivo". E é preciso lá chegar seja como for, inspirando-se por

exemplo numa máxima do Barroco: "O que não dá a natureza, dá o artifício".

Música à beira de terramotos

1755 é tempo também de "terramotos intelectuais", como lhes chama Massimo Mazzeo. Terramotos

"positivos" que mudaram mentalidades e sensibilidades. E na música também há sinais de mudança.

Por exemplo? Uma nova forma de cantar o texto, o "recitativo acompanhado" ("accompagnato", por

oposição ao recitativo "secco"), mudava de contornos e adquiria renovada força expressiva nas mãos

de compositores como Antonio Mazzoni, o autor de "Antígono" e também de uma outra ópera que foi

representada na "pera do Tejo, "La Clemenza di Tito"; o baixo contínuo simplificava-se em favor de

um tratamento mais esfusiante da melodia desenhada por vozes agudas, fossem elas de cantores ou

de violinos; "estava a surgir uma nova escrita", explica Mazzeo, e esta partitura está portanto entre

vários tempos: do Barroco para o Rococó, a caminho de um novo classicismo.

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"A partitura é de uma complexidade extraordinária e empurra os solistas para o Olimpo", diz

entusiástico Massimo Mazzeo, que também fala do ponto de vista do músico, pois para além de

director artístico é violetista do Divino Sospiro, o conjunto barroco residente do CCB. Nicholas McNair

julga que a música tem "grande beleza" e diz que nos permite mergulhar numa época de transição a

que se deu pouca atenção: "Este período é pouco conhecido. Falamos apenas de Händel e Gluck, mas

esta música permite compreender o fio da meada desta época pré-Mozart".

Softwares barrocos

Experiência barroca à beira de grandes transformações, mas também um espectáculo para os olhos e

os ouvidos de hoje. Por isso "tem um pé no século XVIII e outro no XXI", diz o encenador. Carlos

Pimenta sublinha que há uma grande informação e atenção históricas mas que a intenção "não é

arqueológica". Não se trata de fazer "Antígono" "tal como ele foi", até porque não há dados suficientes

para saber sequer como eram os telões. Não se trata, pois, de reconstituição do que se passou na

"pera do Tejo em 1755, naquele sumptuoso teatro de Corte de 120 metros por 30, aberto a alguns

"convidados" da aristocracia e da burguesia ascendente, que pagavam bilhete. Se a reconstrução

musical teve de modificar algumas coisas, a encenação teve de as mudar ainda mais. Carlos Pimenta

explica que o importante para a equipa era encontrar "o que era para nós a maravilhosa máquina do

Barroco". E parecia que isso se podia encontrar hoje na "maravilha digital". Para além disso, na ópera

barroca fazia-se "mudança de cena à vista", diz Massimo Mazzeo, "e a opção do desenho digital tem a

ver com isto". António Jorge Gonçalves, desenhador, designer gráfico, ilustrador e cenógrafo, foi então

convidado a conceber uma espécie de cenografia em (quase) permanente movimento, usando

desenho digital e desenhando em directo sobre os telões e as paredes do Grande Auditório.

Construindo pelo menos dois tempos diferentes: o da acção dos personagens (a Antiguidade) e o do

tempo da composição (e do terramoto), usando gravuras de arquitectos da época e imagens do

terramoto de Lisboa, movendo a acção e o enquadramento da acção - o teatro. Como se um novo

Grande Auditório - digital - se criasse durante o espectáculo, descobrindo-lhe novas perspectivas

através de ilusões ópticas.

Mas o movimento pára quando se trata de cantar as árias, "momentos em que as personagens

dialogam consigo mesmas", como diz Carlos Pimenta. O encenador avisa que "não é uma ópera

definitiva, é o nosso ponto de vista", sublinhando a originalidade da proposta. Um ponto de vista que

provoca novas ilusões de óptica para os tempos (e os olhos) de hoje. Um ponto de vista que cria

figurantes virtuais (porque podem surgir a qualquer momento desenhados por António Jorge

Gonçalves).

O desenhador explicou-nos o processo de "colagem e montagem" que utiliza, a partir das ideias-

chave de "ruínas" e "arquitecturas impossíveis" do Barroco. Lugares fascinantes e utópicos que

remetem para um novo Barroco actual, o da manipulação digital, e que contêm para Jorge Gonçalves

também "possibilidades expressionistas". E permitem-lhe neste espectáculo criar efeitos tão simples

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(ou tão surpreendentes) como uma "cortina digital", ou interagir com os figurinos (neo-barrocos?)

concebidos por José António Tenente. O desenho de luz é de Nuno Meira e a programação multimédia

ficou a cargo de Rui Madeira (em colaboração com António Jorge Gonçalves).

Massimo Mazzeo diz que o terramoto "cristalizou aquele tempo" e que a produção operática desta

"mina de ouro da vida cultural portuguesa de todos os tempos", vai refazer "o cristal que volta a

deixar sair o seu som". Assim se poderá "completar" um espectáculo que o terramoto de 1755 deixou

inacabado: "É fazer as récitas que faltam", diz. Mas agora com um novo software.

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A45

«Antigono», de Antonio Mazzoni - pela Divino Sospiro

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 21/01/2011

Meio: Sapo Online - Música Sapo

Online

URL: http://musica.sapo.pt/agenda/92582

Centro Cultural de Belém (CCB)

de 21 a 22 Janeiro

21:00

EUR 30,00 / ... / EUR 8,00

Antigono (1755) de Antonio Mazzoni foi a última ópera estreada em Lisboa antes do terramoto de

1755. A malograda Casa da Ópera do Paço da Ribeira - inaugurada em Março de 1755 e destruída

poucos meses depois, com o terramoto de 1 de Novembro - foi provavelmente o único espaço que

assistiu à interpretação desta ópera. Terceira e última produção da efémera Ópera do Tejo (como

passou a ser conhecida), é igualmente uma das poucas composições sobreviventes de Antonio

Mazzoni. O libretto de Antigono, da autoria de Pietro Metastasio, foi um dos preferidos pelos

compositores desta época, como Gluck, Hasse ou Piccinni.

A partitura de Mazzoni, que regressa agora com o Divino Sospiro sob a direcção de Enrico Onofri,

sofreu um trabalho de edição crítica da responsabilidade de Nicholas McNair.

Página 45
Tiragem: 60315 Pág: 22

País: Portugal Cores: Cor


A46
Period.: Semanal Área: 13,21 x 20,97 cm²

ID: 33687163 21-01-2011 | Essencial Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2

Página 46
Tiragem: 60315 Pág: 23

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 12,89 x 19,40 cm²

ID: 33687163 21-01-2011 | Essencial Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2

Página 47
Tiragem: 60315 Pág: 44

País: Portugal Cores: Cor


A48
Period.: Semanal Área: 27,06 x 33,45 cm²

ID: 33683759 21-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2

Página 48
Tiragem: 60315 Pág: 45

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 6,79 x 34,95 cm²

ID: 33683759 21-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2

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A50

Ópera «Antígono» regressa a Lisboa, dois séculos depois do terramoto

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 21/01/2011

Meio: TSF Online

URL: http://www.tsf.pt/Common/print.aspx?content_id=1762970

Depois de ter sido apresentado em Lisboa, a ópera Antígono, que estava em cena na Ópera do Tejo

em 1755 quando aconteceu o terramoto, está de regresso à capital.

Resgatado mais de dois séculos depois de ter sido apresentado em Lisboa, a ópera barroca Antígono

estava em cena na Ópera do Tejo quando aconteceu o terramoto de 1755.

Depois disso não mais voltou a ser apresentado. Até esta sxeta-feira, dia em que ressurge no grande

auditório do Centro Cultural de Belém (CCB).

No grande auditório do CCB serão ainda projectadas gravuras antigas com imagens da Ópera do Tejo,

um edifício paralelo ao rio inaugurado em Março de 1755 e destruído no grande terramoto desse ano.

O arquitecto Pedro Januário, que fez a tese de doutoramento em Madrid sobre a Ópera do Tejo,

confessou à TSF o sonho que vê realizado com a representação no CCB da ópera Antígono.

publicado a 2011-01-21 às 09:36

Para mais detalhes consulte:

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1762970

GRUPO CONTROLINVESTE

Copyright © - Todos os direitos reservados

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Meio: TSF - Notícias


Duração: 00:05:52
Hora de emissão: 09:00:00
ID: 33690393 21/01/2011

Ópera Antigono

Resgatada mais de dois séculos depois de ter sido representada, a ópera Antigono ressurge hoje no

Grande Auditório do CCB, numa versão contemporânea e actual. Declarações de Carlos Pimenta,

encenador, e do arquitecto Pedro Januário.

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Tiragem: 155643 Pág: 41

País: Portugal Cores: Cor


A52
Period.: Diária Área: 20,99 x 23,20 cm²

ID: 33664002 20-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

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A53

Meio: RTP 2 - Diário Câmara Clara


Duração: 00:02:38
Hora de emissão: 22:37:00
ID: 33694226 20/01/2011

Antigono no CCB

Antigono de António Mazzoni regressa a Portugal, desta vez no CCB, em Lisboa. Declarações de Enrico

Onofri, direcção musical, António Jorge Gonçalves, desenho digital em tempo real.

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José António Tenente desenha para ópera

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 20/01/2011

Meio: Sapo Online - Mulher Sapo

Online

URL: http://mulher.sapo.pt/actualidade/noticias/jose-antonio-tenente-desenha-p-
1122640.html

"Antígono?? estreia amanhã no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém com figurinos do

estilista português

O costureiro português tem já experiência na criação de figurinos para teatro e dança e, por isso,

aceitou a produção para a ópera "Antigono?? com partitura de António Mazzoni e libreto de Pietro

Metastasio (1755), um projecto co-produzido pelo CCB e pela orquestra Divino Sospiro.

Com estreia marcada para 21 de Janeiro, José António Tenente explica a sua intervenção: "O meu

trabalho insere-se no 'story board' criado pelo Carlos Pimenta e António Jorge Gonçalves com um

ambiente visual muito preenchido e estimulante. Os figurinos contrapõem-no com uma imagem quase

uniforme, mas forte e de leitura evidente??.

Recorde-se que "Antigono?? teve a sua estreia em 1755 e regressa agora ao Grande Auditório do

Centro Cultural de Belém.

20 de Janeiro de 2011

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Tiragem: 104525 Pág: 37

País: Portugal Cores: Cor


A55
Period.: Semanal Área: 10,43 x 12,53 cm²

ID: 33667044 20-01-2011 | Guia Para a Semana Sul Âmbito: Interesse Geral Corte: 1 de 1

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Meio: TVI - Cartaz das Artes


Duração: 00:02:29
Hora de emissão: 02:08:00
ID: 33693996 20/01/2011

"Antigono" no CCB

Esta semana para os amantes da música e do belo canto estreia um espectáculo que não podem

perder. Há 255 anos, quando se deu o Grande Terramoto de Lisboa, estava em cartaz a ópera

"Antigono". Declarações de Carlos Pimentel, director cénico.

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MÚSICA: Antigono

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 19/01/2011

Meio: My Guide.pt

Jornalistas: Álvaro Reis

URL: http://myguide.iol.pt/events/musica-antigono

Adicionado por

Detalhes do evento

Horário: 21 Janeiro 2011 a 22 Janeiro 2011

Local: CCB, Lisboa

Cidade: Lisboa

Tipo de evento: música,ópera

Última actividade: 8 horas atrás

Descrição do evento

Poucos dias antes do terramoto que arrasou Lisboa, em Novembro de 1755, estreou-se na Ópera do

Tejo, teatro real inaugurado há alguns meses, a ópera de Antonio Mazzoni "Antigono", uma tragédia

ao gosto e ao estilo italiano, como convinha à Corte de D. José e à tradição musical dominante em

Portugal. Não se sabe quantas récitas houve de "Antigono"; mas sabe-se que foi uma das três óperas

apresentadas durante a curta vida do teatro destruído pela catástrofe: Lisboa só voltaria a ter um

teatro de ópera, o S. Carlos, quatro décadas depois. E podemos afirmar hoje que a ópera,

encomendada pela Corte portuguesa e baseada num libreto de Pietro Metastasio, nunca mais voltou a

ser apresentada em Portugal.

Dois séculos e meio depois, o CCB leva de novo à cena, no palco do Grande Auditório, a peça de

Antonio Mazzoni. O Divino Sospiro quer resgatar o esplendor que a mesma teve outrora e dar-lhe a

vida que ficou perdida nas ruínas do grande terramoto.

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De Antonio Mazzoni

Libreto de Pietro Metastasio (1755)

Direcção musical de Enrico Onofri

Direcção cénica de Carlos Pimenta

Desenho digital em tempo real de António Jorge Gonçalves

Figurinos de José António Tenente

Desenho de luz de Nuno Meira

Programação multimédia de Rui Madeira

Reconstrução da partitura, edição crítica de Nicholas McNair

Intérpretes: Michael Spyres (Antigono), Geraldine McGreevy (Berenice), Pamela Lucciarini

(Demetrio), Martín Oro (Alessandro), Ana Quintans (Ismene), Maria Hinojosa Montenegro (Clearco)

CCB, Grande Auditório

21 e 22 Jan, 20h

Preços: 8EUR a 30EUR

Agenda MyGuide

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Tiragem: 50367 Pág: 11

País: Portugal Cores: Cor


A59
Period.: Diária Área: 5,37 x 8,23 cm²

ID: 33648205 19-01-2011 | P2 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

Rádios
Na Outra Margem
Rádio Europa Lisboa, 18h05
Antigono, de Antonio Mazzoni,
a última ópera a subir à cena na
Casa de Ópera do Paço da Ribeira,
em Lisboa (que ruiu no terramoto
de 1755), é apresentada no Centro
Cultural de Belém nos próximos dias
21 e 22. Na Outra Margem assistiu a
um ensaio desta produção e falou
com três dos principais responsáveis
pela consumação deste projecto:
o pianista Nicholas McNair, que
impulsionou a ideia e reconstruiu
a partitura, Massimo Mazzeo, o
director artístico do Divino Sospiro,
e Carlos Pimenta, encenador.
Edição de Manuela Paraíso.

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Tiragem: 11520 Pág: 26

País: Portugal Cores: Cor


A60
Period.: Semanal Área: 19,22 x 26,43 cm²

ID: 33651845 19-01-2011 | Time Out Lisboa Âmbito: Lazer Corte: 1 de 4

Página 60
Tiragem: 11520 Pág: 1

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 19,85 x 25,61 cm²

ID: 33651845 19-01-2011 | Time Out Lisboa Âmbito: Lazer Corte: 2 de 4

Página 61
Tiragem: 11520 Pág: 2

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 19,98 x 26,43 cm²

ID: 33651845 19-01-2011 | Time Out Lisboa Âmbito: Lazer Corte: 3 de 4

Página 62
Tiragem: 11520 Pág: 1

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 5,43 x 3,50 cm²

ID: 33651845 19-01-2011 | Time Out Lisboa Âmbito: Lazer Corte: 4 de 4

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Tiragem: 11520 Pág: 66

País: Portugal Cores: Cor


A64
Period.: Semanal Área: 19,98 x 26,22 cm²

ID: 33649500 19-01-2011 | Time Out Lisboa Âmbito: Lazer Corte: 1 de 1

Página 64
Tiragem: 33500 Pág: 57

País: Portugal Cores: Cor


A65
Period.: Semanal Área: 18,25 x 23,18 cm²

ID: 33648045 19-01-2011 | TV ETC. Âmbito: Interesse Geral Corte: 1 de 2

Página 65
Tiragem: 33500 Pág: 53

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 11,22 x 3,79 cm²

ID: 33648045 19-01-2011 | TV ETC. Âmbito: Interesse Geral Corte: 2 de 2

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A67

A segunda vida de ?Antígono?

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 19/01/2011

Meio: Visão Online

URL: http://aeiou.visao.pt/a-segunda-vida-de-antigono=f586599

Mais de dois séculos depois, regressa ao palco a ópera que estava em cena quando Lisboa foi atingida

pelo terramoto de 1755. No CCB, nos dias 21 e 22. VEJA O VÍDEO

Mais de dois séculos depois, regressa ao palco a ópera que estava em cena quando Lisboa foi atingida

pelo terramoto de 1755. Antígono representou, na altura, a estética e a riqueza de um país e de um

rei que não poupavam em luxo. Na próxima semana, o Centro Cultural de Belém apresenta a estreia

mundial da versão moderna, numa encenação que preserva a filosofia barroca, através da tecnologia

digital do século XXI

Recuemos até 31 de outubro de 1755, véspera do terramoto que arrasou Lisboa. Junto do rio, fora

inaugurada, recentemente, a nova Ópera do Tejo e ali se ouviam as vozes dos melhores castrati da

época. Nessa noite, havia de subir ao palco a ópera Antígono, do italiano Antonio Mazzoni, composta a

pedido de D. José I, "o reformador". Seria a última vez que Lisboa a veria, porque, horas depois, na

manhã do Dia de Todos os Santos, a cidade acordaria com o terramoto, o maremoto e os incêndios

que a destruiriam. E o edifício da Ópera do Tejo não resistiu. Foram precisos mais de 255 anos para

voltar a levar Antígono ao palco. Esta semana, a 21 e 22 de janeiro, quebra-se o silêncio, no Centro

Cultural de Belém (CCB).

Outra vez à beira-rio, a azáfama nota-se nos bastidores. Há ensaios cénicos à volta de uma maqueta,

ensaios de canto em camarins à porta fechada, ensaios de orquestra regidos pelas mãos habilidosas

do maestro Enrico Onofri. O encenador Carlos Pimenta compara o ambiente ao de uma "atarefada sala

de urgências de um hospital". E não é para menos: ali, no CCB, juntam-se esforços para dar, de novo,

vida a uma ópera que sucumbiu, no meio dos escombros, há mais de dois séculos. Nesta estreia

moderna, Antígono está de volta, depois da partitura de Mazzoni e do libreto de Pietro Metastasio

terem andado desaparecidos durante todo este tempo, cada um para seu lado, e sem haver

testemunho de como alguma vez foram levados a cena. A história da sua recuperação também já leva

alguns anos e começou com uma pergunta feita ao musicólogo inglês residente em Portugal Nicholas

McNair, em 2005: qual teria sido a última ópera a ser produzida na Ópera do Tejo, destruída pelo

terramoto? Mas foi a investigação efetuada pelo professor Manuel Carlos Brito que confirmou Antígono

como sendo a resposta certa e deu conta do paradeiro da partitura na Biblioteca do Palácio da Ajuda e

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da existência de um libreto no Rio de Janeiro, no Brasil. Pouco a pouco, as peças do puzzle foram

sendo juntas e, numa conversa informal entre Nicholas McNair e Massimo Mazzeo, diretor artístico da

orquestra Divino Sospiro (atualmente em residência no CCB), surgiu finalmente a hipótese de dar uma

segunda vida a Antígono. "Era uma pena que uma mina de ouro tão relevante como a ópera em

Portugal no século XVIII não tivesse a divulgação que merecia", comenta Mazzeo, coordenador do

projeto. "Este repertório é o mais espantoso que a música portuguesa teve até hoje. É de uma beleza

sublime", reforça.

Façamos, então, de novo, uma viagem no tempo, até essa Lisboa de 1755. Numa época de fulgor

económico e cultural, a ópera ganhara uma importância como nunca mais voltaria a ter em Portugal.

Na corte, o luxo opulento era imagem de marca e não fugiu a ele a Ópera do Tejo, mandada construir

pelo monarca como um dos símbolos do seu poder real (ver caixa). Para Antígono, a terceira ópera a

estrear ali, a 16 de outubro, seriam contratados, a peso de ouro, os melhores da época: Mazzoni e

Metastasio e também os célebres castrati Gizziello, Cafarelli e Gaetano Guadagni ou o tenor Gregorio

Babbi. Não se poupava em megalomania, as conversas sobre o nervosismo dos mercados e o défice

público ainda não tinham sido inventadas, era o momento áureo da época barroca, em Portugal. Até

ao dia em que um terrível sismo havia de destruir tudo, em poucas horas.

De volta a 2011. Da boca de Massimo Mazzeo e do maestro Enrico Onofri saem histórias sobre a

música barroca, os compositores e os cantores, com a naturalidade de quem é apaixonado pelo tema.

Também eles estão agora a descobrir estes sons que ficaram sepultados, no dia do terramoto. Elogiam

Mazzoni, o grande mestre do recitativo, como lhe chamaram, na altura, mas que acabaria por ficar na

História com um lugar menos honroso do que outros compositores, como Gluck, apesar de, na época,

ter criado uma linguagem musical nunca antes ouvida e que, mais tarde, caberia a outros generalizar.

"Esta partitura pede à voz recursos sobre-humanos", diz Massimo, explicando que se optou agora por

substituir as vozes dos castrati por vozes femininas (foram feitas audições em Lisboa e em Roma, para

formar o elenco de seis cantores: dois homens e quatro mulheres, uma delas a portuguesa Ana

Quintans, a única escolhida fora dos castings). Numa das salas de ensaio, a espanhola Maria Hinojosa

Montenegro debate-se com a exigência da música e as variações de voz a que a complexa partitura

obriga. "Não pareço uma galinha, pois não?", pergunta a Enrico Onofri, que a vai ajudando a

encontrar o ritmo e o tom certo do canto. "Isto faz-me lembrar a cantora do filme de Luc Besson, O

Quinto Elemento, com todas aquelas variações de voz", nota, a rir.

Antígono segue o modelo habitual da ópera séria, alternando entre recitativos, que fazem avançar a

ação, e árias da Capo, veículos das emoções dos personagens. O encenador Carlos Pimenta escolheu

que as árias fossem cantadas numa posição fixa, como então se fazia. Mas sublinha que preferiu

deixar de lado o caráter arqueológico, nesta encenação. "Quisemos, sobretudo, saber como é o nosso

olhar contemporâneo de Antígono e descobrir o que é hoje para nós o conceito da maravilhosa

máquina do barroco", explica. "Talvez a tecnologia seja o nosso maravilhamento contemporâneo.

Estamos a fazer um barroco digital, como costumamos dizer, sendo que o digital tem alguma coisa de

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barroco, acho", continua, mostrando a maqueta que construíram para testarem esta encenação feita

com projeções digitais. Sobre o palco despido do grande auditório do CCB, serão projetados dois níveis

de cenário: um exterior, que envolve toda a cena e que funciona como se fosse uma moldura, e onde

se "contará", por imagens, a história da Ópera do Tejo e do seu fim; e um interior, que servirá de

pano de fundo à narrativa que se desenrola em palco, sobre Berenice, princesa do Egito, chegada à

Macedónia para casar com o rei Antígono, depois de ter recusado a mão de Alessandro. É então que o

ilustrador António Jorge Gonçalves vai desenhando, em tempo real, enquanto decorre a ópera,

fazendo aparecer e desaparecer cenários de cores fortes e traços esbatidos. Uma forma de manter a

filosofia barroca, com a ilusão de tridimensionalidade que prolongava o olhar dos espetadores para

longe e com as mudanças de cenários feitas com uma complexa maquinaria à vista de todos. "O

desenho em tempo real, com as suas capacidades expressivas e expressionistas, dá valor emocional à

história, é como se fosse uma música visual", descreve António Jorge Gonçalves, que assume o lado

fantasmagórico da encenação de uma ópera que é, ela própria, um fantasma em Lisboa, já que não

existe uma única imagem ou descrição de como Antígono foi levado a palco, em 1755.

Para chegar às imagens que se projetam, o ilustrador andou pelo gabinete de estudos olisiponenses,

folheou livros antigos e, num volume com gravuras feitas pelo arquiteto italiano Giovanni Bibiena,

autor do edifício da Ópera do Tejo, encontrou a estética deste Antígono moderno. As imagens foram,

depois, retalhadas e remontadas digitalmente. Agora, serão projetadas num palco sem adereços nem

objetos cénicos. "O objetivo da ópera barroca era fazer com que a música, o canto, fossem ouvidos.

Foi esse também o nosso, quisemos tornar tudo o mais simples possível, sem grandes malabarismos",

afirma Carlos Pimenta, que contou com José António Tenente para conceber os figurinos, também eles

com "um desenho simples e algumas referências ao barroco e à antiguidade", nas palavras do criador.

Antígono estará duas noites no CCB, uma apresentação curta para um trabalho que já leva quase dois

anos e meio. Massimo Mazzeo reconhece a desproporção, mas justifica-a: "Se existisse uma tradição

de fazer e ver ópera barroca em Portugal, talvez pudéssemos ter mais interlocutores. Hoje, por cá,

ninguém sabe muito bem o que é Antígono ou como foi o período barroco. Mas até por isso, acredito

que vai ser um marco." Para o diretor artístico dos Divino Sospiro, esta é uma oportunidade para os

portugueses conhecerem melhor aquela que foi uma época áurea do País que o acolheu a ele, há 13

anos. "Um povo que tem consciência da sua cultura, estará melhor. Talvez seja bom recuperar essa

confiança. Sou italiano e tenho agora o Berlusconi no meu país, mas posso olhar para trás, para o

Leonardo Da Vinci, por exemplo. Sei de onde venho e sinto-me bem, porque tenho uma cultura para

onde me posso virar. Recuperar o nosso passado é também resolver alguma coisa do nosso presente",

defende. "Com o terramoto de Lisboa, muito ficou destruído: os sonhos, as vontades, os sorrisos. A

imagem de uma sociedade estética e economicamente poderosa desapareceu, naquele dia, e acredito

que isso determinou a psicologia de um país inteiro. Antígono faz parte, de forma paradigmática,

dessa imagem cristalizada."

Nos próximos dias 21 e 22, serão recuperadas, no CCB, as récitas interrompidas em 1755.

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"Esperamos fazer o nosso pequeno terramoto... mas no bom sentido", diz, a rir, Massimo Mazzeo.

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L’Antigono di Giovanni Mazzoni, in prima rappresentazione moderna a Lisbona

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 18/01/2011

Meio: GBOPERA

URL: http://www.gbopera.it/archives/13845

21-22 gennaio 2011, ore 21 presso il Grande Auditorium del Centro Cultural de Belem (Lisbona), verrà

rappresentato Antigono, Opera seria di Pietro Metastasio ( Lisbona 1755) su musica di Antonio Maria

Mazzoni (Bologna 1717-1785). Orchestra Divino Sospiro, direttore Enrico Onofri. Personaggi e

interpreti: Antigono - Michael Spyres; Demetrio – Pamela Lucciarini; Berenice – Sonya Yoncheva;

Alessandro – Martin Oro; Clearco – Maria Hinojosa Montenegro; Ismene – Ana Quintans. Regia

Carlos Pimenta. Ricostruzione della partitura ed edizione critica Nicholas McNair.

L’ Antigono di Antonio Mazzoni fu la terza ed anche l’ultima opera rappresentata nella Casa da Ópera

del Paço da Ribeira (il Teatro del Palazzo Reale di Lisbona, progettato da Galli Bibbiena), inaugurata

nel marzo 1755 con Alessandro nelle Indie del napoletano David Perez, direttore dello stesso teatro.

Seguirono sulle scene la Clemenza di Tito, dello stesso Mazzoni, e appunto l’Antigono, ancora su

libretto di Metastasio. Era l’ottobre del 1755. Da lì a poco, il 1° novembre, alle 9.40 del mattino, uno

dei più catastrofici terremoti mai registrati in Europa devastò quasi completamente la capitale

portoghese, uccidendo dalle 30 alle 40 mila persone. Da allora non si hanno più notizie dell’esecuzione

di questo melodramma che vide tra i suoi interpreti autentiche celebrità: il tenore Gregorio Babbi

(unica voce maschile nel ruolo del titolo) e ben cinque castrati, due soprani in vesti maschili, due

soprani in ruoli femminili e un alto. Tra di essi i famosi Gaetano Guadagni (primo interprete dell’Orfeo

di Gluck) e Caffarelli, a tutti noto per la nota citazione nel Barbiere di Siviglia di Rossini. Antigono,

ottavo melodramma tra quelli sopravvissuti di Mazzoni, è una composizione complessa e matura, dalla

scrittura virtuosistica, non solo – com’è ovvio per l’epoca – per le parti vocali ma anche per quelle

violinistiche, tanto da avvicinarsi allo stile Mannheimer. Un’opera fors’anche in anticipo sui tempi, di

stile già pre-classico e “jommelliano”, che in parte si lascia già alle spalle l’età d’oro del Barocco.

La prima ripresa moderna si terrà a Lisbona, al Centro Cultural de Belém, il 21 e 22 gennaio 2011, con

l’Orchestra “Divino Sospiro” (con copie di strumenti d’epoca), diretta da Enrico Onofri, con un cast di

specialisti del repertorio antico, tutti di prima grandezza. Un vero e proprio evento di livello

internazionale che si terrà nel Grande Auditorium del Centro culturale progettato da Vittorio Gregotti e

inaugurato nel 1992 e che ha già suscitato l’interesse di altre importanti istituzioni musicali europee,

dall’Arsenale di Metz al Festival di Innsbruck, per non citarne che alcune. Prevista anche la

trasmissione radiofonica e televisiva dell’emittente di Stato portoghese e l’incisione in CD. Al progetto

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Antigono hanno lavorato, oltre ad Onofri, il musicologo Nicholas McNair e il direttore artistico del

Divino Sospiro, il violista italiano Massimo Mazzeo, da anni residente in Portogallo dove si è affermato

come instancabile organizzatore e animatore della vita musicale lusitana. Nel title role è atteso Michael

Spyres, uno dei tenori emergenti in questo momento nel repertorio “antico”, ma non solo. Unica

italiana del cast, Pamela Lucciarini, nell’arduo ruolo di Demetrio che fu del Caffarelli: il soprano

pesarese, dopo una brillante carriera in Italia, si sta ormai affermando a livello europeo come una delle

più belle realtà del barocco musicale. Chiamata nel 2009 da Riccardo Muti a Salisburgo, all’Opéra de

Paris e al Ravenna Festival nel Demofoonte di Jommelli, è ora al suo debutto in Portogallo.

Antonio Maria Mazzoni

Mazzoni studiò musica sotto la guida d Luca Antonio Predieri e nel 1736 entrò nell’Accademia

Filarmonica di Bologna. Qualche anno più tardi si recò a Fano dove nel 1746 fu rappresentata la sua

prima opera, Siroe, re di Persia. Nel 1748 tornò a Bologna, ove nel 1751 occupò il posto di maestro

di cappella presso la Basilica di San Giovanni in Monte. Nel 1757 fu nominato facente funzioni di

Angelo Antonio Caroli, maestro di cappella, della Basilica di San Petronio, posizione che tuttavia

ottenne nel 1759, quando gli successe. Nonostante queste cariche, Mazzoni continuò la sua attività di

operista compiendo numerosi viaggi. Diventò principe dell’Accademia Filarmonica per ben cinque volte,

tra il 1757 e il 1784. Nel 1753 si recò a Lisbona per assistere David Perez nella composizione di

alcune opere. Tornò in Italia non prima del 1756. Nel 1763, in occasione dell’inaugurazione del Teatro

Comunale di Bologna, prese parte alla rappresentazione dell’opera Il trionfo di Clelia di Gluck come

maestro al cembalo. Mazzoni in ambito operistico era una figura molto nota al suo tempo. Le sue

opere furono particolarmente apprezzate, grazie soprattutto alla loro originalità, bellezza ed eleganza.

Come molti altri suoi contemporanei, impiegò parecchi libretti di Metastasio per i suoi lavori. Di

Mazzoni ci sono rimasti 19 melodrammi rappresentati a Fano, Macerata, Bologna, Parma, Piacenza,

Treviso, Parma, Napoli, Torino, Venezia, Roma, Lisbona.

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Antígono

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 18/01/2011

Meio: Agenda LX Online

URL: http://agendalx.pt/cgi-
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o=&numero_resultados=&id=2Bxij9uE

Antígono

De Antonio Mazzoni

21, 22 Jan: 20h

O Centro Cultural de Belém leva à cena a sua maior produção até à data: a opera Antígono de

Antonio Mazzoni. A obra estreou em 1755 na recém inaugurada Casa da Ópera do Paço da Ribeira, em

Lisboa, provavelmente, o único palco a assistir à interpretação de Antígono. A um de Novembro, o

grande terramoto que destruiu a cidade, deixou também em ruínas a nova sala de espectáculos. A

orquestra Divino Sospiro recupera do passado a malograda ópera, que conta a história dos infortúnios

de Antígono, rei da Macedónia, depois de se juntar à princesa do Egipto, Berenice. A obra, que sofreu

um trabalho de edição crítica por parte de Nicholas McNair, apresenta a sua estreia moderna mundial,

com a participação de alguns dos cantores mais conceituados dos nossos dias.

Informações Úteis: Preço do bilhete: 8EUR a 30EUR

Centros Culturais

Centro Cultural de Belém

Endereço:Fundação Centro Cultural de Belém

Praça do Império

1449-003 Lisboa

Telefone:213 612 400

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Fax:213 612 500

Internet: www.ccb.pt

E-Mail: ccb@ccb.pt

Acessos:Autocarros: 28, 714, 727, 729, 751 | Eléctricos: 15

Comboio: Linha Cais do Sodré/Cascais, Estação de Belém

Ligações Fluviais: Belém

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A75

O Libretto de Antigono

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 18/01/2011

Meio: Visão Online

URL: http://aeiou.visao.pt/o-libretto-de-antigono=f586290

Leio aqui o primeiro ato de Antigono, a Ópera que estava em cena no Teatro do Tejo, quando se deu o

terramoto de 1755, e que vai ser reposta no CCB, dias 21 e 22.

ANTIGONO EM THESSALONICA

OPERA DO SENHOR ABBADE

PEDRO METASTASIO,

Traduzida em Versos Portuguezes

por

MARCELINO DA FONSECA

MINC'S-NOOT.

LISBOA

Na Offic.de JOSEPH DA SILVA NAZARETH

MDCCLXVIII

Com licença da Real Meza Censoria

ARGUMENTO.

Antigono Gonatas, Rei da Macedonia, namorado de Berenice, Princeza do Egypto, a pedio, obteve por

esposa, e aprazou dia para celebrar com ella as suspiradas vodas. Este o principio de tantos seus

domesticos, e estranhos desastres. Ateara-se em Demetrio seu filho, e em Berenice huma violenta, e

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mutua chamma de amor. Percebeo-a o Rei, e quiçá antes que os mal precatados amantes o

advertissem. No calor de zelosos delirios enlutou o Palacio com o desterro de hum Principe, que atélli

for a a sua ternura, e as esperanças do Reino. Em tanto, Alexande Rei do Epiro, insofrido de que

outrem gozasse por mulher a Berenice, que lhe fora negada, invadio a Macedonia, venceo Antigono

em batalha, e o pôz prisioneiro em Thessalonîca. Accorreo o expulsado Demetrio aos perigos do Pai,

tentou para livrá-lo os mais desesperados meios, e conseguindo finalmente o restituir-lhe a liberdade,

e o Reino, quiz tornar para o seu desterro: mas Antigono, a quem penhoráraõ tantos primores de

obediencia, respeito, e amor, não sómente o abraçou, e lhe atalhou a partida; mas lhe cedeo

voluntario a pleiteada pose de Berenice.

Trogo Pompeo abrio fundamento ao Drama: a ideia de Metastasio edificou-o mais.

A Acçaõ se representa em Thessalonîca, Cidade maritima da Macedonia.

PERSONAGENS

DO DRAMA

Antigono Rei da Macedonia

Berenice Princeza do Egypto

Ismene Filha de Antigono

Alexandre Rei do Epîro

Demetrio Filho de Antigono

Clearco Capitaõ de Alexandre

COMPARSAS

Soldados Macedonios com Antigono

Soldados Epirotas

Nobreza com Alexandre

Marinheiros

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Guardas com Clearco

Pagens com Berenice, e Ismene

MUTAÇOENS

DAS SCENAS.

ACTO I

SCENA I Sitio solitario de Jardins interiores do Palacio.

SCENA VI Espaçoso Porto de Thessalonîca, bem povoado de Navios, d'al- guns dos quaes desembarca

ao som de bellicosa sinfonîa a Soldadesca do Epiro, e se forma ao longo da praia. Depois Alexandre

com luzido cortejo da nobreza Epirota.

ACTO II

SCENA I Cameras adereçadas de estatuas, e pinturas.

SCENA IX Sumptuosos pórticos, dos quaes se descortinaõ estendidas campinas, e Porto de

Thessalonîca: aquellas, alastradas de baralhados destroços de derrotadas hostes; este de cascos ainda

fumegantes das incendiadas Náos de Epiro.

ACTO III

SCENA I Fundo da antiga Torre conrespondente a varias prizoens, e huma dellas aberta.

SCENA III Gabinete com portas, e Cadeira Magestosa ao lado esquerdo.

SCENA VIII Sálas de Palacio.

ACTO I

Scena I

Sitio solitario de Jardins interiores do Palacio

Berenice, e Ismene

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Ismene

Naõ, Berenice, naõ. Tu naõ descobres

Todo o teu coraçaõ; mais recatadas,

Mais fundas saõ as fontes,

Donde essas tuas lagimas procedem.

Berenice

Taõ pouco te parece,

Quanto sabido tens de meus desastres?

Ao thalamo, ao throno

D'Antigono teu Pai venho do Egypto,

E apenas me recebe este Palacio,

O Pai se accende em zelos

Do filho, a meu respeito:

Innocente sou alvo a mil suspeitas;

E o Principe sem culpa he desterrado.

Mas esse he o menor de meus pezares.

Alexandre, a quem minha maõ negáraõ,

Por ver que a logra Antigono,

Deste dezar agora se resente.

Namorado, offendido,

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Mancebo, e Rei, junta as armas do Epiro,

Inunda a Macedonia: ao poderoso

Rival vem contrastar a Esposa, e o Reino.

Antigono se apressa a reparar-se;

E ao ponto de cumprir as nossas nupcias

Me deixa, e fico só em terra estranha.

Nem 'Sposa, nem Rainha.

Sobresaltada espero

De Antigono o destino.

Considero, que ao ver-se desarmado

D'hum valoroso filho, a meu respeito,

Fluctua em mil soçobros. Em estranhas,

Em domesticas chammas flamejando

Vejo o Real Palacio; e eu no meio

Ser de incendios taõ grandes

A desgraçada facha. E naõ te basta?

Buscas á minha dor ainda mais causas?

Ismene

São bem dignos de ti taes pensamentos:

Mas a magoa, que só da razaõ nasce,

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Nunca se demazia, sempre guarda

O caracter pacifico,

Que traz da sua nascente.

Estas, aonde huma alma assáz soçobra,

Procellosas tormentas,

Rompem do coraçõ, e naõ da mente.

Berenice

Como, Ismene! Capaz podeste crer

D'affectos que á razaõ fossem contrarios?

Ismene

Naõ creias que te offendo,

Se temo em ti o mesmo que em mim sinto.

Tambem eu a Alexandre

Devera aborrecer, por inimigo

De meu Pai, infiel ao meu affecto:

Assim o quero, o procuro, e o naõ consigo.

Ismene

E em que confronto eu c'os teus successos?

Em que! Talvez Demetrio haja ateado

Dentro em teu coraçaõ aquella chamma,

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Que em meu peito Alexandre atear soube.

Berenice

Demetrio? Ah! E donde

Taõ injusta suspeita?

Ismene

Do teu fallar frequente

Em Demetrio; da magoa que tens delle;

De saber que no Egypto

Te vio, e te admirou; e mais que tudo

Dos enfados do Pai.

Berenice

Naõ he d'agora

O ser teu Pai zeloso.

Ismene

Sim he certo:

Essa feia paixaõ foi o defeito

Unico sempre, deste Heróe taõ grande.

Mas era tambem certo, que Demetrio

Foi todo o seu amor, sua esperança;

E naõ he para crer-se,

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Que o arrojasse de si sem ter motivo.

Quem sabe... Raras vezes o affecto

He prudente. Huma vista recatada,

Hum suspirar incauto, hum repentino

Mal disfarçado peo, hajaõ trahido

Os arcanos talvez do vosso peito.

Berenice

Naõ me faças, Ismene, hum tal aggravo.

Eu, que vim destinada para esposa

De Antigono, serei do filho amante?

Ismene

Hum filho similhante

D'assaz prendas s'adorna, com que possa

Render qualquer virtude: nem thégora

Em annos juvenîs, taõ sazonados

Merecimentos vio a idad antiga

Em mais gentil semblante alma taõ nobre

Thégora transluzio: por qualquer lado

Tu queiras contemplá-lo he todo assombros,

He Principe, he amigo,

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Cidadaõ, e Soldado...

Berenice

Ah! Calla. Agora

Opportunos naõ saõ seus elogios:

Entreterme só quero por emtanto

Nas prendas do meu esposo, porque a elle

Os Ceos me destinaraõ;

E saõ vassallos meus os meus affectos.

1. Aria Ismene

Bastante razaõ tem de vangloriar-se

Quem dos affectos seus, quem do seu peito

Póde livre dispor:

Mas em amor palavras de altiveza

Muita fé naõ merecem:

Que arrastrando grilhoens o prisioneiro

Muitas vezes blazona liberdade. (vai-se)

SCENA II

Berenice, e depois Demetrio.

Berenice

Eu de Demetrio amante!

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Ah! Vós Numes do Ceo, que claro vedes

Este meu coraçaõ, sabeis se he certo,

Que eu jámais lhe fallei, ou se algum dia

Commigo praticou dos seus amores.

Se respeitei os seus merecimentos,

He a todos geral o respeitá-los:

Se de seus infortunios me lastimo,

Quem ha que os naõ lastime? Na verdade

Sei que he mui terna a magoa, e mui activa,

Que delle me condoe:

Mas quem limites poz thégora á magoa!

Quem póde... Mas que vejo!

O proprio Demetrio!

A que virá? Porèm eu porque tanto,

Porque assim me alvoroço?

Como te atreves, Principe, a despeito

Do paternal enfado,

Demaziar-te a pizar este Palacio?

Demetrio

Ah! foge, Berenice, vem commigo;

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Foge, segue os meus passos.

Berenice

Retirar-me comtigo!

Como? Para que sitio? Por qual causa?

Demetrio

Está tudo perdido:

Meu Pai foi derrotado:

Saõ mortos, ou dispersos seus Soldados.

Salvemo-nos, Senhora,

Que o vencedor demanda estas muralhas.

Berenice

Ah! Que dizes? E Antigono?

Demetrio

Dar-me noticias delle ninguem sabe:

Mas s'he morto meu Pai... Treme Alexandre:

Satisfará teu sangue... Ah naõ tardemos.

Berenice

Vai, generoso Principe,

Resguarda a tua vida, deixa aos Numes

Haver d'huma infeliz todo o cuidado.

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Demetrio

Pois queres ficar só, e em tanto risco?

Berenice

Mais minha gloria arrisco indo comtigo:

Teria a inveja entaõ (bem que apparente)

Algum motivo de estragar-e a fama.

Já muitos lhe franquêa a tua vinda.

Parte, pois, e respeita

As ordens de teu Pai, e o meu decoro.

Demetrio

Nada pertendo mais, que conservar-te

Para elle, e vingá-lo;

Depois morrer. Permitte-me que eu possa

Pôr tua vida em salvo, e mais naõ torno,

Protesto, a apparecer ante os teus olhos.

Berenice

A teu Pai outro tanto protestaste

Demetrio

Mas se faltei foi por salvar-lhe a vida,

A qual, se te perdera, lhe fugira.

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Ah! que não pensas qual amor inspiras!

Prendou-te muito o Ceo de seus favores.

Quem poderá jámais ver teu semblante,

E naõ desalentar á vista delle?

Perder-te, e naõ perder a propria vida?

Berenice

Principe! (sevéra)

Demetrio

Mas que disse? (a parte)

Berenice

Esse empenho, Demetrio, traspõem muito

Os termos do respeito.

Demetrio

Ah! Naõ temas;

Serena os sobresaltos do semblante;

Porque este meu empenho

He sómente de filho, naõ de amante.

Berenice

Naõ mais, e só me deixa.

Demetrio

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Ao menos...

Berenice

Nada

Pretendo mais ouvir.

Demetrio

Mas qual delicto...

Berenice

Ah! parte; porque póde de improvizo

Apparecer Antigono;

E qual seria entaõ á sua vista

Seu enfado, o meu pejo, e o tu perigo?

Demetrio

Pois...

Berenice

Naõ queres partir?

Demetrio

Pois taõ sobejo

Odio me tens, que...

Berenice

Foje, que ElRei chega.

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Demetrio

Naõ he já tempo.

Berenice

Oh Ceos!

SCENA III

Antigono com acompanhamento de Soldados,

e os ditos.

Antigono

Mas esta he Berenice: o Ceo, os Deoses

Naõ m'aborrecem tanto. Em Berenice

O melhor me salvaraõ. (sem ver Demetrio)

Esposa... Mas que vejo! Tu, Demetrio,

Aqui!... E mais comtigo! Assim se observaõ

Minhas ordens?

Berenice

Senhor... Naõ veio... soube...

Eu me explico. (Enleada)

Antigono

Bastante te explicaste,

sem me dizeres nada. E tu perjuro...

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Demetrio

Meu Pai, se transgredi o teu preceito...

Antigono

Vai-te...

Demetrio

Obedeço, sim; mas sabe ao menos...

Antigono

Eu mando-te partir, naõ desculparte.

Demetrio

Venero o Real mando, e lhe obedeço.

Berenice

Ah! Pai severo! (À parte)

2. Aria Demetrio

Sem razaõ perjuro

Me chama: posso ser infeliz filho;

Mas aleivoso naõ: negar-me tudo

A sórte poderá; mas naõ roubar-me

O timbre de fiel. (Vai-se)

SCENA IV

Antigono, Berenice, e depois Demetrio.

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Berenice

Ah! Principe infeliz! (À parte)

Antigono

Porque assim emmudeces? Assáz pódes

Desafogar-te agora.

Porque me naõ estranhas os delirios

Dos meus zelos? Ingrata,

Perder naõ sinto hum Reino a teu respeito;

Assáz compensaçaõ de toda a perda

Me era só Berenice; mas hum filho...

Oh Deoses! mas hum filho taõ amado,

Em quem ufano, e ledo me revia

Com razaõ; porque assim allucinar-mo?

Torná- lo hum contumaz, hum aleivoso?

Taõ gostoso te he pois este espectaculo

De verme fluctuar entre os affectos

De Pai, e de rival?

Berenice

Asserena, Senhor, a alma agitada;

Eu ja te prometti a minha dextra;

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E de já me apercebo a acompanhar-te

À ara, quando queiras. O teu filho,

Se foi digno do teu amor paterno,

Ainda hoje o he;

Veio a salvar-me só por teu respeito;

Nem jámais o verás aonde eu esteja.

Demetrio

Pai... (Torna a sahir)

Antigono

E tornas de novo inda, atrevido?

Demetrio

Sim: mata-me, se queres; (Anciado)

Mas salva-te, Senhor. Chegou ao porto

Em triumpho Alexandre, e na sua esteira

Mil vélas vem surgindo em direitura.

Teus mais leaes vassallos desamparaõ

O Paço, e a Cidade aos inimigos.

Se aqui mais te demoras,

Às mãos do vencedor serás tomado.

Perdoa, se o Decreto hei quebrantado.

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Mui sagrado dever era o salvar-te;

Mas desgraçado sou em tal extremo,

Q'hum delicto me custa o ser qual devo. (Vai-se)

Berenice

Que nobre coraçaõ! (À parte)

Antigono

Se naõ engeitas

Correr no meu desastre igual ventura,

Posso fóra do Paço por-te a salvo.

Berenice

A sórte do meu 'sposo abraçar devo.

Antigono

Tu me tornas feliz nos meus desastres.

Vamos, sim... Mas Ismene... hei de deixá-la

Entre inimigos? Naõ... (Perplexo)

Vou procurá-la. Mas... Póde a demora...

Eu, amigos, vos sigo com a filha: (Resoluto)

Vós em tanto guiai a Berenice (Fallando aos guardas)

Ao mar acautelados. Applacai-vos

A favor d'ella ao menos hum momento,

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Deoses infestos

[Aria omitida

; pois que a formosura

He hum rasgo do Ceo, que nos namora;

E cumpre ainda ao Fado, respeitá-la.

Ah! Numes, se negais vossa piedade

A dous olhos gentîz, quem jámais póde

Pôr em vós confiança?] (Vai-se)

SCENA V

Berenice só

3. Recit. e Aria Berenice

E entre tantas tormentas

Que será de Demetrio? Desterrado,

Affligido, quem sabe, aonde o guia...

Mas ai de mim! Que hei de eu forçosamente

Pensar sempre em Demetrio?

E a bocca acertar só com este nome?

Se esta paixaõ, oh Deoses,

Naõ he amor, naõ si que affecto he este.

Ah! s'hés amor, que assim me martirizas,

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Recata-te o peito; e se naõ pude

Atalhar que nascesses, quero ao menos

Cortar-te em flor, paixaõ naõ conhecida. (Vai-se)

SCENA VI

Espaçoso Porto de Thessalonîca, bem povoado de Navios, d'alguns dos quaes desembarca ao som de

bellicosa sinfonîa a Soldadesca do Epiro, e se forma ao longo da praia. Depois desembarca Alexandre

com luzido cortejo da nobreza Epirota.

4. Marcha

Alexandre e Clearco.

Clearco

Tudo cede, Senhor, á tua fortuna:

O teu nome bastou para a victoria;

Thessalonîca he tua. Em quanto vieste

Avassallando o mar, vim eu correndo

Sem tropeço co' a tua Infantaria

Essas longas campinas, sem que ouzasse

Alguem levantar olhos

A teus victoriosos estandartes.

Francos tens os caminhos para o throno

Da grande Macedonia.

Alexandre

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Oh quanto mais prezado me seria

Este triumpho, se o favor da sórte

Naõ cerceára tanto

Do seu merecimento, aos meus trabalhos.

E de Antigono houveste já notícia?

Clearco

Naõ: acaso no campo ficou morto.

Alexandre

Pois roubou-me a fortuna

A conquista maior.

Clearco

Naõ a mais bella;

Pois Berenice he tua prisioneira.

Alexandre

Sim?

Clearco

Eu a cativei já na fugida:

À tua vista a conduzem teus Soldados,

De quem me anticipei poucos instantes.

Alexandre

Página 96
Ah! que agora estaõ pagos meus desejos.

Corramos a encontrá-la.

Clearco

Mas...suspende-te,

Que ouço estrepito de armas.

SCENA VII

Ismene afadigada; e os ditos. Depois Antigono, com a espada na mão,

combatendo com os Soldados de Alexandre.

Ismene

Alexandre,

Salva a vida a meu Pai.

Alexandre

Aonde está?

Antigono

Soberbos. Eu ainda

Naõ me dou por vencido. (Defendendo-se dos Soldados do Epiro)

Alexandre

O'lá, Soldados;

Cessem já os insultos,

E d'Antigono a vida se respeite.

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Antigono

Infausto dom, da maõ d'hum inimigo.

Alexandre

Esse nome esqueci tanto que venço,

E findo as mhas iras c'o triumpho.

Antigono

E as minhas nunca foraõ

Do vencedor despojo.

Mas Berenice, oh Ceos! Vem prisioneira?

A similhante golpe,

Curva a minha constancia.

SCENA VIII

Berenice entre guardas, e os ditos.

Berenice

Entre prizoens me vejo,

Alexandre, e naõ creio. (Com ironía)

Armar os seus Soldados arrogante,

Para damno d'aquella que se adora!

He este hum novo estillo

De conquistar affectos.

Página 98
Antigono

Mil furias tenho n'alma. (À parte)

Alexandre

Em meu semblante

Repara, idolatrada Berenice,

E depois me dirás qual mais parece

D'entre nós prizioneiro.

Ismene

Desleal! (À parte)

Antigono

Confiado! (À parte)

Alexandre

Com dous Cetros ornada a minha dextra

Te offreço, Amado Nume, e tenho gosto

Minha Esposa te adore, e sua Rainha

A Macedonia, e o Epiro. He bem que vamos.

Longo se me assemelha cada instante.

Assáz hei suspirado.

Antigono

Occasiaõ he agora de que eu morra. (Quer matar-se)

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Ismene

Ah! que fazes, meu Pai? (Sustendo-o)

Alexandre

Que furor! Desarmai-o. (Tiraõ-lhe a espada)

Antigono

E pertendes tambem vedar-me a morte?

Alexandre

Eu me corro de ver os teus delirios,

Antigono. Ao embate dos insultos

Da embravecida sórte,

Quem nasceo para o throno

Devera coraçaõ mostrar mais forte.

Antigono

Naõ, naõ: quando se perde

A unica esperança

He vileza o viver, e naõ constancia.

Alexandre

Consola-te; por quanto he vaõ intento

Combater c'o destino. Envolve o fado

Em tenebroso véo

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Os casos dos humanos,

E os laços do Himenêo no Ceo se formaõ.

Antigono

Bramo de irado! (À parte)

Alexandre

Berenice, vamos,

E perante os altares, segurança

De amor, a tua dextra...

Berenice

Enganas-te, Alexandre, se a esperas;

Prometti, bem o sabes, dá-la a Antigono.

Antigono

Respiro. (À parte)

Alexandre

Mas ainda a sacra cerimonia

Vos naõ unio.

Berenice

Às minhas iguaes sobra

Só a fé promettida.

Antigono

Página 101
Qual gosto inunda agora este meu peito! (À parte)

Alexandre

Facilmente esse nó, que ora te prende,

Póde soltar Antigono.

Berenice

Eu naõ quizera. (Resoluta)

Alexandre

Naõ! (Fica suspenso)

Antigono

E como assim! Que estranho caso

Os olhos te assombrou; tornou as faces

Pállidas, cor de morte?

Quem nasceo para o throno

Devera coraçaõ mostrar mais forte.

Alexandre

Que ultraje, oh Ceos! (À parte)

Antigono

Consola-te; bem sabes

Quanto he vaõ contrastar nosso destino.

Alexandre

Página 102
Acaso minha vinda foi para ouvir insultos, e desprezos?

Antigono

Pensa que envolve o fado

Em tenebroso véo

Os casos dos humanos,

E os laços de Himenêo no Ceo se formaõ.

Alexandre

Levai d'ante meus olhos,

Guardas, esse atrevido.

Antigono

Neste estado

Os fados desafio, se poderem,

Que de alegre me tornem desgraçado.

5. Aria Antigono

Hum reino me roubaste, e tens a gloria

De vencedor triumphante, mas em tanto

Daquelle coraçaõ sustento o imperio.

Examine porèm nossos semblantes

Qualquer amante fino, e desengane

Qual mais excita inveja,

Página 103
Se esse teu vencedor, se o meu vencido. (Vai-se)

SCENA IX

Berenice, Alexandre, Ismene, Clearco

Ismene

Posso esperar se digne

De me ouvir, Alexandre!

Alexandre

Talvez que em seu amor agora esta

Me pertenda fallar.

Ismene

Tu naõ me attendes? (Com desdem)

Alexandre

E te parece propria de arguir-me

Agora a occasiaõ?

Ismene

Eu só pertendo,

Me seja permittido

Meu Pai acompanhar.

Alexandre

O'lá: de Ismene

Página 104
Ninguem atalha os passos.

Ismene

Quanto he certo

Que accusaçaõ pareça qualquer dito,

Inda o mais innocente,

Aquelle coraçaõ, que réo se sente. (Para os guardas)

[Aria omitida

Ao lado do meu Pai morrer constante

Só quero me concedas: naõ recees

Outra mercê requeira, nem piedade.

Promette amar a quem melhor te agrade,

Por quanto eu naõ lhe invejo

Coraçaõ, que professa aleivozia.] (Vai-se)

SCENA X

Berenice, Alexandre, e Clearco.

Alexandre

A Palacio, ó Clearco,

Conduz a Berenice.

Tu, mais aconselhada...

Berenice

Página 105
Senhor...

Alexandre

Calla,

A que mudes de avizo te dou tempo:

Nem provas sempre daõ de mais seguros

Os subitos conselhos. Considera

No que ora mais te cumpre, e entaõ decide.

6. Aria Alexandre

Reflecte bem na graça

D'hum vencedor reinante:

Bem que o vejas amante,

Naõ te esqueças que he Rei.

Quem se olha em Regio throno

D'acaso em vaõ suspira,

Pois que do amor á ira,

Bem curta a estrada he. (Vai-se)

SCENA XI

Berenice, Clearco, Guardas, e logo Demetrio.

Berenice

Ao menos longe está de taes desastres

Página 106
Demetrio, e palpitar por causa delle

Naõ deves, coraçaõ. (À parte)

Demetrio

Quem saberá dizer-me por piedade

De meu Pai o destino... E tu, Princeza,

Naõ quizeste fugir?

Berenice

E ainda tornas?

Demetrio

Em vaõ pois esperei... Este he Clearco!

Oh que feliz encontro! O Ceo me envia

Venturoso soccorro. (À parte) Ah! caro amigo,

Vem a meus braços.

Clearco

Naõ te chegues tanto,

No trage és Macedonio; e eu naõ costumo

C'os que saõ inimigos ser affavel.

Demetrio

E podeste deixar de conhecer-me?

Clearco

Página 107
Naõ me lembro de verte.

Demetrio

Oh Astros! Eu sou...

Clearco

Calla,

E deixa em meu poder a tua espada.

Demetrio

O que!

Clearco

Es prizioneiro d'Alexandre.

Demetrio

Essa a paga que dás a meus favores?

Clearco

Tu deliras?

Demetrio

Ingrato, hei de arrancar-te

Primeiro a vida, que te dei...

Berenice

Ah Principe,

Intempestivas saõ as tuas iras:

Página 108
Cede ao poder do fado; rende a espada;

Dilata a vida. Eu sou a que to mando.

Demetrio

Ahi a tens, desleal.

Berenice

Naõ te apaixones:

Releva-lhe, Guerreiro, aos verdes annos

Este brioso ardor.

Clearco

Com Berenice,

Guardas vos adiantai: eu já vos sigo.

Berenice

Recomendo-te, amigo o prizioneiro:

Bem sei que transgredio com o que disse

As raias do dever;

Mas os casos extremos

Perturbaõ a razaõ.

Se podéra contar-te o quanto somos

Ambos desventurados, causaria

Compaixaõ aos mais duros inimigos.

Página 109
7. Aria Berenice

Ah! que he barbara dor sentir a morte

Hir traspassando até o centro d'alma,

E naõ poder dizer: Morrer me sinto.

Nos gemidos, no pranto,

Huma sombra ha de gosto;

Mas anciar-se, e callar,

He barbaro tormento. (Vai-se)

SCENA XII

Demetrio, e Clearco.

Demetrio

Quem ouzará dizer-me, que se encontra

Gratidaõ neste mundo,

Ou fé, ou amizade!

Clearco

Al fim, estamos sós. Recora agora

A tua invicta espada, e me consente,

Senhor, te aperte ao peito.

Demetrio

Como d'antes...

Página 110
Clearco

D'antes, Senhor, fingi: cumpria todos

Os guardas despedir daqui primeiro.

Se eu assim naõ obrára,

Sobre perder-me a mim, naõ te salvava.

Demetrio

Sem razaõ te ultrajei.

Assim...

Clearco

Agora o risco he muito grande.

Ah! foge, e te resguarda, Amado Principe

Para melhor fortuna,

E vê como me chamas mais ingrato.

Demetrio

Escuta-me.

Clearco

Naõ posso.

Demetrio

Ao menos dize

Que nova ha de meu Pai?

Página 111
Clearco

Teu Pai 'sta prizioneiro.

Salva-te. A Deos Demetrio. (Vai-se)

SCENA XIII

Demetrio só

8. Recit e Aria Demetrio

Que fuja, e deixe em tanto

Meu Pai entre grilhoens? Ah! Deos naõ queira.

Se tanto amasse a vida,

Indigno fora entaõ de possuî-la.

Contra o nosso destino embravecido

Armado de borrascas tempestuosas

Juntos combateremos, Pai amado.

De que serve fugir ás tuas cadeas

O meu amor constante?

Se os pés nellas naõ prendo, a alma as arrastra.

Fim do primeiro Acto.

Página 112
Tiragem: 85000 Pág: 18-19
Flash País: Portugal Cores: Cor
A113
Period.: Semanal Área: 14,90 x 13,15 cm²

ID: 33617858 17-01-2011 Âmbito: Sociedade Corte: 1 de 1

Página 113
Tiragem: 50367 Pág: 12

País: Portugal Cores: Cor


A114
Period.: Semanal Área: 23,20 x 37,04 cm²

ID: 33608872 16-01-2011 | Cidades Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2


O Wrestler
Documentários
Brecht – Livre Acesso
RTP2, 21h20
Documentário do jornalista Rui
Pedro Tendinha sobre o processo
de criação da peça O Senhor Puntila
e o Seu Criado Matti, de Bertolt
Brecht, com encenação de João
Lourenço – em cena no Teatro
Aberto, em Lisboa.

Desporto
Futebol: FC Porto – Naval 1.º de
Maio
SportTV1, 18h00
O líder recebe o “lanterna
vermelha”, no Estádio do Dragão,
à 1.ª jornada da segunda volta do
campeonato. Um FC Porto quase
imaculado, que cedeu apenas
dois empates em 15 jogos, recebe
uma Naval que somou apenas
8 pontos no mesmo número de
jogos. A equipa da Figueira da Foz
vem, no entanto, de uma vitória
moralizadora em Guimarães (2 a
1) na passada jornada, obtida na
estreia do novo treinador navalista,
Carlos Mozer. Na primeira volta, o
Porto ganhou na Figueira por 1 a 0. Cinema
Futebol: Académica – Benfica O Wrestler
SportTV1, 20h15 Título original: The Wrestler
Depois do líder, entra em campo o De: Darren Aronofsky
segundo classificado e campeão em Com: Mickey Rourke, Marisa
título. O Benfica viaja até Coimbra, Tomei, Evan Rachel Wood
para defrontar uma Académica EUA/FRA, 2008, 109 min.
que, na primeira volta, foi à Luz RTP1, 23h01
despejar um balde de água fria O filme do regresso de um antigo
sobre a euforia benfiquista (venceu campeão de wrestling mas, acima de
por 2 a 1). Mas a Académica do tudo, o filme do regresso do antigo
início da época parece, aos poucos, galã Mickey Rourke que, distinção
vir dando sinais de fraqueza a distinção pelo seu desempenho
e fragilidade – prova disso é a unanimemente aplaudido, acabaria
quantidade de golos sofridos por ser nomeado em 2009 para
nos últimos jogos, por exemplo. o Óscar de melhor actor. Randy
O Benfica, por seu lado, tem Robinson (Rourke), cabeça de
apresentado melhorias assinaláveis cartaz em combates de wrestling,
ao nível da produção e segue com passou a uma estrela caída em
cinco vitórias consecutivas. desgraça, a viver numa caravana.
Um dia, após um combate, sofre
Futebol: Liga Espanhola um ataque de coração e o médico
SportTV2, 18h00/20h00 diz-lhe que a sua próxima exibição
Magazine Transmissão, em
directo, do Almería –
pode ser fatal. Mas a sua paixão
pelo espectáculo impede-o de
Câmara Clara – Economia e Real Madrid, às 18h00, parar... De Darren Aronofsky, ainda
Cultura e do Barcelona – com Marisa Tomei (nomeada para o
RTP2, 22h30 Málaga, às 20h00. Óscar de melhor secundária) e Evan
Em Portugal, o sector cultural e Rachel Wood.
criativo emprega, segundo um Futebol:
estudo de Augusto Mateus, cerca Liverpool – Nell [Nell]
de 130 mil pessoas e representa Everton MOV, 18h55
2,8 por cento da riqueza gerada no SportTV2, Nell ( Jodie Foster, numa
país. O ex-ministro da Economia é 14h05 interpretação que lhe valeu uma
o convidado do programa de hoje, É o derby da nomeação para o Óscar de melhor
onde demonstra como é pela aposta cidade dos actriz) é uma jovem selvagem,
na criação – do design à música, Beatles, com criada pela mãe numa zona remota
passando pelo cinema, pelas artes transmissão da Carolina do Norte, sem qualquer
de palco e pela literatura – que em directo. ligação ao resto do mundo. Como
Portugal pode vir a ter um futuro Às 16h10, na a mãe – a única pessoa que ela
sustentável. Destaque ainda para SportTV3, é conhece –, tem a voz distorcida
a apresentação da ópera Antígono transmitido devido a um acidente vascular.
no Centro Cultural de Belém, ópera o Tottenham – Até que a progenitora morre e a
que estava em cena em Lisboa Manchester UNited. jovem vê-se forçada a enfrentar
aquando do terramoto de 1775, a um mundo que até aí ignorava. O
exposição da artista Ana Vieira no Futebol: Liga Italiana compreensivo médico de província
Centro de Arte Moderna, em Lisboa, SportTV1, 14h00 Jerome Lovell (Liam Neeson)
e os concertos do maestro Dudamel SportTV3, 19h45 tenta ajudá-la a adaptar-se à nova
na Fundação Calouste Gulbenkian. Na SportTV1, Lázio – Sampdória, realidade, mas os seus esforços
às 14h00, em directo. para protegê-la vão colidir com o
O Lecce – AC Milan interesse da comunidade científica
tem transmissão no caso. De Michael Apted.
na SportTV3, às
19h45. O Quinto Elemento [The Fifth

Basquetebol:
Entrevista Element]
Hollywood, 22h00
Taça da Liga De Homem Para Homem Esplendor visual de Luc Besson,
SportTV1, 16h00 TVI24, 23h06 onde se cruzam personagens
Taça Hugo dos Manuel Luís Goucha entrevista flamejantes, mercenários
Santos, em o gastrónomo José Bento dos extraterrestres e um ex-agente
directo. Santos. especial chamado Korben Dallas
Página 114
Tiragem: 50367 Pág: 13

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 11,79 x 37,04 cm²

ID: 33608872 16-01-2011 | Cidades Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2

Séries
Os Simpson
FOX, 21h30
Estreia da 19.ª temporada da série
de animação criada por Matt
Groening. Os Simpson, que segue
o dia-a-dia da família amarela
na pacata cidade de Springfield,
celebra o seu 400.º episódio nesta
nova temporada. Domingos às
21h30, com repetição aos sábados
às 12h40.

A Vida Secreta de Uma Teenager


Americana
Sony, 20h55
Amy é uma adolescente de 15 anos:
inteligente, talentosa, toca na
banda da escola… e está grávida.
Ricky é o bad boy da escola, está
a ser seguido por um psicólogo e
é o pai da criança. Estreia da 4.ª
temporada.

Entretenimento
Globos de Ouro
AXN e Sony Entertainment
Television, 01h00
Emissão, em directo de Los
Angeles e na versão original,
da 68.ª cerimónia dos Globos
(Bruce Willis). Vive-se num clima de Ouro, que dá a conhecer os
poluído, com o planeta Terra melhores do mundo do cinema e
ameaçado por uma profecia da televisão, eleitos anualmente
maligna. Dallas é taxista e eis que pela imprensa estrangeira
lhe cai no banco de trás do seu acreditada em Hollywood. A
carro voador a chave da salvação: apresentação está a cargo do
Milla Jovovich. Nomeado em 1998 actor britânico Rick Gervais,
para o Óscar de melhores efeitos protagonista das séries de humor
sonoros, deu a Besson o César de O Escritório (The Office) e Extras –
melhor realizador. Figurantes. Transmissão em versão
legendada no próximo dia 21, às
Green Zone: Combate pela 00h15, no AXN. No Sony, no dia
Verdade [Green Zone] 23, às 21h45, passa um resumo
TVC4/HD, 22h30 legendado em português.
2003. O sargento Roy Miller
(Matt Damon) e a sua equipa de
inspectores são destacados para
localizar armas de destruição
Música
maciça no deserto do Iraque. Mas, Playlist – David Fonseca
ao chegarem ao local, ao invés Biography Channel, 22h00
de encontrarem as provas que Espaço para o músico português
legitimariam a entrada dos EUA David Fonseca, que em 1998
em guerra, são confrontados com formou, com vários amigos, o
uma conspiração que envolve as grupo Silence 4. Dois anos mais
mais altas figuras de Estado. A falta tarde, o grupo separou-se e David
de provas e esta nova descoberta Fonseca começou a sua carreira
invalida toda a missão. É então a solo, lançando o seu primeiro
que, numa tentativa de ocultar a álbum, Sing Me Something New.
verdade, Miller se torna um alvo Em 2004, participou no projecto
a abater. De Paul Greengrass (Voo Humanos, em homenagem a
93, Supremacia), com Matt Damon António Variações, onde cantou
(o 3.º filme do realizador com o em português pela primeira
actor), Greg Kinnear, Brendan vez. Em 2009, foi nomeado para
Gleeson e Amy Ryan. Melhor Actuação Portuguesa nos
Europe Music Awards da MTV.
A Vida Privada de Salazar [A
Vida Privada de Salazar]
SIC, 22h55
Mini-série, de 180 minutos, para
ver compactada e a prometer
polémicas várias, baseada na vida
íntima de António de Oliveira
Salazar. E, garantem, o ditador
de imagem austera “tinha, afinal,
uma turbulenta vida afectiva”.
Salazar é representado por Diogo
Morgado em envelhecimento
contínuo, a sua amiga Maria
Emília Vieira (que, resume a SIC,
“serviu Salazar como astróloga e
amante”) pela escultural Soraia
Chaves e a jornalista francesa
Christine Garnier (o mais notório
“flirt” do ditador) pela actriz luso-
belga Helena Noguerra. Ainda no
elenco, Margarida Carpinteiro
como a governanta Dona Maria
ou Ana Padrão como Carolina,
viúva aristocrata apaixonada pelo
Salazar.
Página 115
Tiragem: 127120 Pág: 25

País: Portugal Cores: Cor


A116
Period.: Semanal Área: 12,23 x 28,89 cm²

ID: 33601151 15-01-2011 | Atual Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

Página 116
Tiragem: 42719 Pág: 63

País: Portugal Cores: Cor


A117
Period.: Diária Área: 26,22 x 33,15 cm²

ID: 33596193 15-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

Página 117
A118

Antígono

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 15/01/2011

Meio: Público Online - Guia do Lazer

Online

URL: http://lazer.publico.pt/artigo.asp?id=272786

Foi a última ópera a que Lisboa assistiu antes de ser abalada pelo sismo de 1755. É agora recuperada

para o século XXI naquela que é uma das maiores produções de sempre do CCB. "Antígono" regressa

à capital nos dias 21 e 22 de Janeiro.

"O hiato temporal a que a natureza condenou 'Antígono' foi imerecido castigo", explica Carlos

Pimenta, director cénico. "No século XXI, o nosso barroco só poderá ser um 'barroco digital'", adverte.

Daí que a versão moderna inclua, por exemplo, desenho digital em tempo real, por António Jorge

Gonçalves. Inclui também figurinos originais de José António Tenente.

O libreto desta ópera em três actos, da autoria de Pietro Metastasio, narra a sucessão de desventuras

por que passa Antígono, rei da Macedónia, a partir do momento em que se junta a Berenice, princesa

do Egipto.

Os papéis principais estão entregues ao tenor norte-americano Michael Spyres e à soprano inglesa

Geraldine McGreevy. A orquestra barroca Divino Sospiro encarrega-se da interpretação da partitura

reconstruída e editada por Nicholas McNair.

PUBLICO.PT

TELEFONE

213612400

LOCAL

Lisboa, Centro Cultural de Belém - Praça do Império

HORARIOS

Página 118
De 21-01-2011 a 22-01-2011

Sexta e sábado às 20h00

PREÇO

8EUR a 30EUR (sujeito a desconto).

OBSERVAÇÕES

No Grande Auditório. Ópera em 3 actos legendada em português. M/6.

COMPOSITOR/ES

Antonio Mazzoni

ENCENADOR/ES

Carlos Pimenta

INTÉRPRETE/S

Divino Sospiro

SOLISTA/S

Michael Spyres, Geraldine McGreevy, Pamela Lucciarini, Martín Oro, Ana Quintans, Maria Hinojosa

Montenegro

DIRECÇÃO MUSICAL

Enrico Onofri

Se algum destes dados não estiver correcto, diga-nos.

Página 119
A120

Meio: RTP N - Estação das Artes


Duração: 00:01:51
Hora de emissão: 15:48:00
ID: 33627057 15/01/2011

"Antígono"

Poucos dias antes do terramoto que abalou Lisboa, em Dezembro de 1755, estreou na Ópera do Tejo

a ópera "Antígono". O CCB leva à cena essa ópera nos dias 21 e 22 de Janeiro. Comentários de Carlos

Pimenta, Encenador.

Página 120
Tiragem: 127120 Pág: 10

País: Portugal Cores: Cor


A121
Period.: Semanal Área: 16,14 x 20,05 cm²

ID: 33586129 15-01-2011 | Revista Única Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

Página 121
A122

Antigono

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 14/01/2011

Meio: Público Online - Guia do Lazer

Online

URL: http://lazer.publico.pt/artigo.asp?id=272786

Foi a última ópera a que Lisboa assistiu antes de ser abalada pelo sismo de 1755. É agora recuperada

para o século XXI naquela que é uma das maiores produções de sempre do CCB. "Antígono" regressa

à capital nos dias 21 e 22 de Janeiro.

"O hiato temporal a que a natureza condenou 'Antígono' foi imerecido castigo", explica Carlos

Pimenta, director cénico. "No século XXI, o nosso barroco só poderá ser um 'barroco digital'", adverte.

Daí que a versão moderna inclua, por exemplo, desenho digital em tempo real, por António Jorge

Gonçalves. Inclui também figurinos originais de José António Tenente.

O libreto desta ópera em três actos, da autoria de Pietro Metastasio, narra a sucessão de desventuras

por que passa Antígono, rei da Macedónia, a partir do momento em que se junta a Berenice, princesa

do Egipto. Os papéis principais estão entregues ao tenor norte-americano Michael Spyres. A orquestra

barroca Divino Sospiro encarrega-se da interpretação da partitura reconstruída e editada por Nicholas

McNair.

PUBLICO.PT

TELEFONE

213612400

LOCAL

Lisboa, Centro Cultural de Belém - Praça do Império

HORARIOS

De 21-01-2011 a 22-01-2011

Página 122
Sexta e sábado às 20h00

PREÇO

8EUR a 30EUR (sujeito a desconto).

OBSERVAÇÕES

No Grande Auditório. Ópera em 3 actos legendada em português. M/6.

COMPOSITOR/ES

Antonio Mazzoni

ENCENADOR/ES

Carlos Pimenta

INTÉRPRETE/S

Divino Sospiro

SOLISTA/S

Michael Spyres, Geraldine McGreevy, Pamela Lucciarini, Martín Oro, Ana Quintans, Maria Hinojosa

Montenegro

DIRECÇÃO MUSICAL

Enrico Onofri

Se algum destes dados não estiver correcto, diga-nos.

Página 123
Tiragem: 17622 Pág: 3

País: Portugal Cores: Cor


A124
Period.: Semanal Área: 7,82 x 7,31 cm²

ID: 33579191 14-01-2011 | Weekend Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1

Página 124
A125

Meio: SIC Notícias - Edição da Tarde


Duração: 00:03:32
Hora de emissão: 15:32:00
ID: 33575499 13/01/2011

Ópera "Antígono"

O CCB recebe na próxima semana a ópera "Antígono".

Página 125
Tiragem: 120300 Pág: 94

País: Portugal Cores: Preto e Branco


A126
Period.: Semanal Área: 20,17 x 26,02 cm²

ID: 33560202 13-01-2011 Âmbito: Interesse Geral Corte: 1 de 6

Página 126
Tiragem: 120300 Pág: 95

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 19,91 x 26,29 cm²

ID: 33560202 13-01-2011 Âmbito: Interesse Geral Corte: 2 de 6

Página 127
Tiragem: 120300 Pág: 96

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 20,03 x 27,14 cm²

ID: 33560202 13-01-2011 Âmbito: Interesse Geral Corte: 3 de 6

Página 128
Tiragem: 120300 Pág: 97

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 19,71 x 25,15 cm²

ID: 33560202 13-01-2011 Âmbito: Interesse Geral Corte: 4 de 6

Página 129
Tiragem: 120300 Pág: 98

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 20,31 x 26,80 cm²

ID: 33560202 13-01-2011 Âmbito: Interesse Geral Corte: 5 de 6

Página 130
Tiragem: 120300 Pág: 99

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 20,58 x 24,64 cm²

ID: 33560202 13-01-2011 Âmbito: Interesse Geral Corte: 6 de 6

Página 131
Tiragem: 10500 Pág: 16
Jornal de Letras, Artes e Ideias País: Portugal Cores: Cor
A132
Period.: Quinzenal Área: 27,01 x 30,73 cm²

ID: 33548485 12-01-2011 Âmbito: Lazer Corte: 1 de 4

Página 132
Tiragem: 10500 Pág: 17
Jornal de Letras, Artes e Ideias País: Portugal Cores: Cor

Period.: Quinzenal Área: 27,30 x 30,95 cm²

ID: 33548485 12-01-2011 Âmbito: Lazer Corte: 2 de 4

Página 133
Tiragem: 10500 Pág: 18
Jornal de Letras, Artes e Ideias País: Portugal Cores: Cor

Period.: Quinzenal Área: 27,23 x 32,07 cm²

ID: 33548485 12-01-2011 Âmbito: Lazer Corte: 3 de 4

Página 134
Tiragem: 10500 Pág: 1
Jornal de Letras, Artes e Ideias País: Portugal Cores: Preto e Branco

Period.: Quinzenal Área: 9,93 x 2,28 cm²

ID: 33548485 12-01-2011 Âmbito: Lazer Corte: 4 de 4

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A136

Meio: SIC Notícias - Cartaz


Duração: 00:03:33
Hora de emissão: 16:31:00
ID: 33540573 11/01/2011

"Antígono"

O Centro Cultural de Belém recebe nos dias 21 e 22 de Janeiro a ópera que estava em cena, em

Lisboa, quando ocorreu o terramoto de 1755.

Página 136
A137

L’Antigono torna a Lisbona

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 07/01/2011

Meio: Amadeusonline

URL: http://www.amadeusonline.net/news.php?ID=1294407769

L’Antigono torna a Lisbona

L’opera di Antonio Mazzoni verrà proposta il 21 e 22 gennaio 2011 in prima ripresa moderna al Centro

Cultural de Belém

Pietro Metastasio

L'Antigono di Antonio Mazzoni fu la terza ed anche l'ultima opera rappresentata nella Casa da îpera del

Paço da Ribeira (il Teatro del Palazzo Reale di Lisbona, progettato da Galli Bibbiena), inaugurata nel

marzo 1755 con Alessandro nelle Indie del napoletano David Perez, direttore dello stesso teatro.

Seguirono sulle scene la Clemenza di Tito, dello stesso Mazzoni, e appunto l'Antigono, ancora su

libretto di Metastasio. Era l'ottobre del 1755. Da lì a poco, il 1° novembre, alle 9.40 del mattino, uno

dei più catastrofici terremoti mai registrati in Europa devastò quasi completamente la capitale

portoghese, uccidendo dalle 30 alle 40 mila persone.

Da allora non si hanno più notizie dell'esecuzione di questo melodramma che vide tra i suoi interpreti

autentiche celebrità: il tenore Gregorio Babbi (unica voce maschile nel ruolo del titolo) e ben cinque

castrati, due soprani in vesti maschili, due soprani in ruoli femminili e un alto. Tra di essi i famosi

Gaetano Guadagni (primo interprete dell'Orfeo di Gluck) e Caffarelli, a tutti noto per la famosa

citazione nel Barbiere di Siviglia di Rossini.

Antigono, ottavo melodramma tra quelli sopravvissuti di Mazzoni, è una composizione complessa e

matura, dalla scrittura virtuosistica, non solo - com'è ovvio per l'epoca - per le parti vocali ma anche

per quelle violinistiche, tanto da avvicinarsi allo stile Mannheimer. Un'opera fors'anche in anticipo sui

tempi, di stile già pre-classico e "jommelliano", che in parte si lascia alle spalle l'età d'oro del Barocco.

La prima ripresa moderna si terrà a Lisbona, al Centro Cultural de Belém, il 21 e 22 gennaio 2011, con

l'Orchestra "Divino Sospiro" (con copie di strumenti d'epoca), diretta da Enrico Onofri, con un cast di

specialisti del repertorio antico, tutti di prima grandezza. Un vero e proprio evento di livello

internazionale che si terrà nel Grande Auditorium del Centro culturale progettato da Vittorio Gregotti e

inaugurato nel 1992 e che ha già suscitato l'interesse di altre importanti istituzioni musicali europee,

dall'Arsenale di Metz al Festival di Innsbruck, per non citarne che alcune. Prevista anche la

trasmissione radiofonica e televisiva dell'emittente di Stato portoghese e l'incisione in CD.

Página 137
Al progetto Antigono hanno lavorato, oltre ad Onofri, il musicologo Nicholas McNair e il direttore

artistico del Divino Sospiro, il violista italiano Massimo Mazzeo, da anni residente in Portogallo dove si

è affermato come instancabile organizzatore e animatore della vita musicale lusitana.

Nel title role è atteso Michael Spyres, uno dei tenori emergenti in questo momento nel repertorio

"antico", ma non solo. Unica italiana del cast, Pamela Lucciarini, nell'arduo ruolo di Demetrio che fu del

Caffarelli: il soprano pesarese, dopo una brillante carriera in Italia, si sta ormai affermando a livello

europeo come una delle più belle realtà del barocco musicale. Chiamata nel 2009 da Riccardo Muti a

Salisburgo, all'Opéra de Paris e al Ravenna Festival nel Demofoonte di Jommelli, è ora al suo debutto

in Portogallo.

Antonio Maria Mazzoni

Brevi note storiche

Mazzoni studiò musica sotto la guida d Luca Antonio Predieri e nel 1736 entrò nell'Accademia

Filarmonica di Bologna. Qualche anno più tardi si recò a Fano dove nel 1746 fu rappresentata la sua

prima opera, Siroe, re di Persia. Nel 1748 tornò a Bologna, ove nel 1751 occupò il posto di maestro di

cappella presso la Basilica di San Giovanni in Monte. Nel 1757 fu nominato facente funzioni di Angelo

Antonio Caroli, maestro di cappella, della Basilica di San Petronio, posizione che tuttavia ottenne nel

1759, quando gli successe. Nonostante queste cariche, Mazzoni continuò la sua attività di operista

compiendo numerosi viaggi. Diventò principe dell'Accademia Filarmonica per ben cinque volte, tra il

1757 e il 1784. Nel 1753 si recò a Lisbona per assistere David Perez nella composizione di alcune

opere. Tornò in Italia non prima del 1756. Nel 1763, in occasione dell'inaugurazione del Teatro

Comunale di Bologna, prese parte alla rappresentazione dell'opera Il trionfo di Clelia di Gluck come

maestro al cembalo.

Mazzoni in ambito operistico era una figura molto nota al suo tempo. Le sue opere furono

particolarmente apprezzate, grazie soprattutto alla loro originalità, bellezza ed eleganza. Come molti

altri suoi contemporanei, impiegò parecchi libretti di Metastasio per i suoi lavori. Di Mazzoni ci sono

rimasti 19 melodrammi rappresentati a Fano, Macerata, Bologna, Parma, Piacenza, Treviso, Parma,

Napoli, Torino, Venezia, Roma, Lisbona.

Antigono

Opera seria di Pietro Metastasio

(prima rappresentazione: Lisbona 1755)

Musica di

Antonio Maria Mazzoni

(Bologna 1717-1785)

Prima rappresentazione moderna:

Página 138
21-22 gennaio 2011, ore 21

Centro Cultural de Belem (Lisbona)

Grande Auditorium

Orchestra Divino Sospiro

Direttore

Enrico Onofri

Personaggi e interpreti

Antigono (Tenore) - Michael Spyres

Demetrio (Soprano) - Pamela Lucciarini

Berenice (Soprano) - Sonya Yoncheva

Alessandro (Controtenore) - Martin Oro

Clearco (Soprano) - Maria Hinojosa Montenegro

Ismene (Soprano) - Ana Quintans

Regia

Carlos Pimenta

Disegni digitali

Antonio Jorge Goncalves

Costumi

José Antonio Tenente

Luci

Nuno Meira

Ricostruzione della partitura ed edizione critica

Nicholas McNair

Página 139
Tiragem: 108240 Pág: 54

País: Portugal Cores: Cor


A140
Period.: Diária Área: 15,71 x 18,59 cm²

ID: 33468570 07-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

Página 140
Tiragem: 42719 Pág: 54

País: Portugal Cores: Cor


A141
Period.: Diária Área: 21,00 x 21,16 cm²

ID: 33468391 07-01-2011 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

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A142

255 anos depois, ?Antígono? renasce das cinzas no CCB

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 06/01/2011

Meio: Sol Online

URL: http://sol.sapo.pt/inicio/Cultura/Interior.aspx?content_id=8584

6 de Janeiro, 2011

Uma ópera renascida das cinzas foi como o director do CCB classificou Antígono, de Antonio Mazzoni,

que nos dias 21 e 22 sobe ao palco do Grande Auditório daquele espaço lisboeta.

Com libreto de Pietro Metastasio (1755), Antígono estava em cena na Ópera do Tejo quando ocorreu

o terramoto de 1 de Novembro de 1755.

Apesar dafascinante emaravilhosa máquina barroca, este espectáculo não é um projecto

dearqueologia, mas sim uma representação que é vista hoje e não através da reconstrução de um

olhar setecentista, disse Miguel Coelho.

A encenação da ópera, com interpretação musical da Divino Sospiro e direcção musical de Enrico

Onofri, parte de algumas imagens do edifício setecentista onde foi representada embora seja

apresentada numa forma de barroco digital, disse por seu turno o fundador e director da orquestra

barroca Divino Sospiro.

A subida de Antígono - a terceira e última ópera apresentada na Ópera do Tejo - ao palco do Grande

Auditório do CCB marca assim a estreia moderna desta ópera barroca, disse Massimo Mazzeo.

Foi ainda o director da Divino Sospiro que referiu que Antígono era para ter sido produzida em 2005,

por altura dos 250 anos do terramoto de Lisboa, o que não aconteceu por falta de financiamento.

Interpretada originalmente por castrati (homens castrados), um dos quais Gaetano Guadagni (que foi

eleito por Handel para cantar no Messias), os papéis de vozes masculinos vão agora ser interpretadas

por mulheres, seguindo a tradição da ópera italiana do século XVIII. Apenas Alessandro será cantado

por um homem (Martín Oro).

Segundo Massimo Mazzeo, a escolha das vozes femininas foi difícil, pornão haver muitas vozes com

grandes diferenças de tessitura e coloratura.

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Michael Spyres canta Antígona, Geraldine McGreevy faz Berenice, Ana Quintans é Ismene e Maria

Hinojosa Montenegro é Clearco.

A encenação de Antígono é de Carlos Pimenta, o desenho digital em tempo real de António Jorge

Gonçalves, o figurino de José António Tenente, o desenho de luz de Nuno Meira, a programação

multimédia de Rui Madeira e a reconstrução da partitura de Mazzoni e a edição crítica de Nicholas

McNair.

Para o responsável da Divino Sospiro, a partitura desta óperaé de uma complexidade e uma estética

extraordinárias.

O facto de a ópera ser encenada numa visão moderna mas respeitar a estética do barroco foram

factores sublinhados pelo músico.

Tal como o uso de desenho digital em tempo real, que pode ser equiparado ao manuseamento da

maquinaria de palco em tempo real como era tradição barroca, ou o facto de as árias serem cantadas

em locais fixos de frente para o público.

A acção da ópera, que é legendada em português, gira em torno de Antígono, rei da Macedónia,

desde que se junta a Berenice, princesa do Egipto.

O espectáculo será gravado em registo áudio.

Nós não estamos a fazer uma versão definitiva do Antígono, certamente que daqui para a frente

muitas mais Antígono haverá, concluiu.

Lusa/SOL

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Tiragem: 120300 Pág: 104

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CCB apresenta obra que inaugurou a Ópera do Tejo em 1755 | Canela & Hortelã

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 05/01/2011

Meio: Canela & Hortelã.com

URL: http://canelaehortela.com/ccb-apresenta-obra-que-inaugurou-a-opera-do-tejo-em-1755

5 de Janeiro de 2011

Corria o ano de 1755 e Lisboa preparava-se para inaugurar o seu mais recente teatro - a Ópera do

Tejo, em pleno Terreiro do Paço, para a inauguração estava programada a ópera Antigono de Antonio

Mazzoni com libreto de Pietro Metastasio, a estreia deu-se e alguns meses mais tarde, em Novembro

um maremoto e um terramoto violentos destruíram o teatro e grande parte da Baixa de Lisboa, desde

então, a peça nunca mais foi apresentada entre nós, até agora.

Pela primeira vez, depois de 1755, a ópera em três actos, do barroco italiano, vai ser apresentada no

Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, num projecto que já vem sendo preparado há dois

anos e que conta com Massimo Mazzeo (director do ensemble Divino Sospoiro), Enrico Onofri (director

musical), Carlos Pimenta (director cénico) e figurinos da autoria de José António Tenente.

Do elenco fazem parte nomes como Michael Spyres no papel de Antigono, Geraldine McGreevy no de

Berenice, Pamela Lucciarini, Martín Oro, Ana Quintans e Maria Hinojosa Montenegro, entre outros.

Mais informações consultar www.ccb.pt.

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Tiragem: 27700 Pág: 117

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ID: 33552439 01-01-2011 Âmbito: Regional Corte: 1 de 1

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Dez acontecimentos que não pode perder em 2011

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 01/01/2011

Meio: Sol Online

URL: http://sol.sapo.pt/inicio/Cultura/Interior.aspx?content_id=8182

1 de Janeiro, 2011

A redacção do SOL escolheu dez acontecimentos culturais que não pode perder em 2011.

Em 2011 a Tate Modern, em Londres promete duas grandes exposições para o novo ano. Já dia 19 de

Janeiro inaugura a exposição do mexicano Gabriel Orozco, apelidado de um dos maiores artistas desta

década. Em Abril, o museu londrino inaugura a grande exposição de Miró.

Em Lisboa, não pode perder a ópera Antigono, uma criação que estava perdida desde o terramoto de

1755, que se julgava perdida e que estará no CCB, em 21 e 22 de Janeiro.

Os festivais de Verão já disputam o título de imperdível. O Optimus Alive responde com Chemical

Brothers e Foo Fighters enquanto o Super Bock Super Rock responde com Strokes e Portishead.

Fora dos festivais, PJ Harvey já esgotou o coliseu, obrigando a uma segunda data.

Nas salas de cinema, Cisne Negro, de Darren Aronofsky que marca a transição de Natalie Portman

para a idade adulta. Não perca ainda o novo Piratas das Caraíbas, o seu filme de Verão.

Se procura dicas para leitura, não perca as duas grandes publicações do ano: chegam finalmente as

traduções de Liberdade, de Jonathan Franzen, apelidado de Novo Grande romancista pela revista

Time. O prémio Booker de 2010, atribuído a The Finkler Question, de Howard Jacobson também chega

às bancas, prometendo grandes gargalhadas.

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Lux Woman País: Portugal Cores: Cor
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ID: 33365127 30-12-2010 Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2

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Concertos e novidades de ano novo

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 29/12/2010

Meio: Visão Online

URL: http://aeiou.visao.pt/concertos-e-novidades-de-ano-novo=f584179

Várias obras da família Strauss, interpretadas pela orquestra Sinfónica de Lisboa, compõem o

programa do Concerto de Ano Novo que se realiza dia 1 de janeiro, às 17, no Centro Cultural de

Belém, em Lisboa

Cumprindo a tradição, este é um dos muitos concertos que se realizam em todo o país nos primeiros

dias do ano. Ainda em Lisboa, e também no dia 1, na Igreja do Carmo pode ouvir-se, às 21 e 30,

obras de Mozart, Vivaldi, Puccini, Schubert e outros, interpretadas por Luís Pacheco Cunha, Anne

Victorino d'Almeida, Joana Cipriano, Isabel Pimentel, Catherine Strynckx, Adriano Aguiar, Natasa

Sibalia. No mesmo dia, às 21, em Santarém, na Igreja da Misericórdia, decorrerá um recital de órgão

por Isabel Albergaria. Na Casa da Música, no Porto, dia 2, às 18, a Orquestra Sinfónica do Porto

interpretará música americana, com notas espirituosas e cheias de humor, como se lê no programa.

Será o início de um programa mensal vastamente dedicado à música do outro lado do Atlântico.

A área da música é uma das mais fortes neste início de ano. Ainda em janeiro há a registar a ópera

Da Casa dos Mortos, de Janá?ek, na Gulbenkian, dia 6, às 22, enquanto que no Teatro Nacional de

São Carlos, também em Lisboa, sobe ao palco uma obra do compositor checo Kátìa Kabanová. No

CCB, sublinhe-se o resgate de uma obra que caiu em esquecimento. Antígono estava em cena na Casa

da Ópera do Paço da Ribeira quando o Terramoto de 1755 deixou Lisboa de rastos. Nunca mais foi

interpretada, cabendo essa tarefa aos Divino Sospiro.

Nas exposições, o destaque vai para o Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste

Gulbenkian, enquanto se aguarda a programação de outros museus e galerias. De uma assentada são

inauguradas, a 13 de janeiro, três exposições. A primeira, Muros de Abrigo, que propõe uma releitura

da obra de Ana Vieira, artista nascida em Coimbra, em 1940. O comissário Paulo Pires do Vale

selecionou obras dos anos 60 à atualidade e foi buscar o título da mostra a uma das memórias de

infância de Ana Vieira, que diariamente se dirigia aos muros de abrigo que se encontravam no fundo

da quinta dos pais. Em articulação com esta, a segunda exposição, comissariada por Isabel Carlos,

pega em obras de 31 artistas representados na coleção do CAM para recordar os arquétipos ligados à

ideia de casa. Por último, Não Confiem nos Arquitetos. Trata-se de maior exposição de Didier Faustino

realiza em Portugal, composta por projetos de arquitetura, vídeos, instalações sonoras, escultura e

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performance.

Na Culturgest, janeiro arranca com quatro conferências de Paulo Mendes Pinto, diretor da licenciatura

e do mestrado em Ciência das Religiões na Universidade Lusófona, sobre a construção das ideias

centrais no mundo das religiões do Mediterrâneo, na passagem da Pré-História para a História. Nos

dias 5, 12, 19 e 26, sempre às 18, no Grande Auditório, o ciclo Da lei da morte libertanto... focará

também os conceitos de divino, deus e salvação. A Culturgest traz ainda a Portugal o Grupo de Teatro

de Gent, da Bélgica, e a sua Personal Trilogy (três espetáculos a 8 e 9, 11,12 e 13, e 15 e 16), e

acolhe, entre 13 e 16, um ciclo de cinema dedicado ao realizador bielorusso (hoje radicado na

Alemanha) Sergei Loznitsa, organizado pela Zero em Comportamento.

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Oratória ?O Messias? de Handel no Natal do CCB

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 19/12/2010

Meio: Diário de Notícias Online

URL: http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1738497&seccao=M%FAsica

Concerto

Inglês Nicholas Kraemer dirige solistas, Orquestra Metropolitana e Coro Sinfónico Lisboa Cantat no

Grande Auditório

A oratória em três partes O Messias, de G. F. Händel (1685-1759) foi a obra escolhida pelo CCB para

o cartaz do seu concerto de Natal, que esta tarde (17.00) terá lugar no Grande Auditório.

Das mais universalmente conhecidas obras da clássica (e não só por conter o verdadeiro hit que é o

número coral Hallelujah ...), O Messias foi ouvido pela primeira vez em Abril de 1742, em Dublin, e

nunca desde aí deixou de marcar presença regular nas salas de concerto. No CCB, a obra terá a

interpretá-la a Orquestra Metropolitana de Lisboa, o Coro Sinfónico Lisboa Cantat (contando cerca de

cem elementos) e quatro solistas vocais: Joana Seara (soprano), Martín Oro (contratenor), Thomas

Walker (tenor) e Hugo Oliveira (barítono). Dirige o britânico Nicholas Kraemer.

Joana Seara é presença habitual nas obras corais e óperas programadas pelo CCB, mormente na área

da música antiga, com os Divino Sospiro e os Músicos do Tejo. Com estes, justamente, a seu lado e

direcção de Marcos Magalhães, teve edição recente o CD As árias de Luísa Todi, em que Joana Seara

empresta a voz a vários dos trechos vocais que fizeram a fama da cantora portuguesa Europa fora.

Martín Oro é outro regresso: na Páscoa, foi solista na oratória Madalena aos pés de Cristo, de Antonio

Caldara. E regressa em Janeiro à mesma casa, integrando o elenco da estreia moderna mundial da

ópera Antigono, de Mazzoni, a última ouvida na efémera Ópera do Tejo, levada pelo Terramoto.

Thomas Walker regressa um ano depois da forte impressão deixada enquanto solista da oratória A

Criação, de Haydn, no Natal de 2009. Por fim, Hugo Oliveira toma lugar entre os solistas vindo

directamente do exigente papel de Howard na ópera Paint Me, de Luís Tinoco, que esteve na

Culturgest nas duas últimas noites.

O experiente maestro Nicholas Kraemer (n. 1945) esteve ligado a formações como a English Chamber

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Orchestra, Raglan Baroque Players, London Bach Orchestra e Manchester Camerata. Foi o responsável

musical do filme The Madness of king George.

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Jornal de Letras, Artes e Ideias País: Portugal Cores: Cor
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ID: 31675553 01-09-2010 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1

TEMPORADA 2010/2011

Artur Pizarro em destaque no CCB


D.R.
Artur Pizarro, um dos e as óperas Antigono, pelo
maiores pianistas portu- Divino Sospiro e Le Carna-
gueses da actualidade vai es- val et la Folie, pelos Músicos
tar em destaque durante a do Tejo. A temporada musi-
temporada 2010/2011 do Cen- cal do CCB propõe ainda o ci-
tro Cultural de Belém. O pia- clo Sofia Gubaidulina, a hora
nista será o Artista Associado da alma.
da Temporada e ao longo de No domínio do teatro, vão
nove recitais, Pizarro vai dar passarpeloCCB GonçaloWad-
corpo a um projecto ambicio- dington, com Rosmersholm,
so: a interpretação de toda a de Ibsen, João Garcia Miguel,
obra para piano solo de com Mãe Coragem, de Brecht,
Fryderyk Chopin. Beatriz Batarda com Sangue
Da programação musical Jovem, de Asmussen e O Ban-
relevo ainda para a partici- Artur Pizarro vai interpretar do, com uma nova versão de
pação do Coro Lisboa Cantat todas as obras de Chopin Pedro e Inês.

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