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ILUSTRÍSSIMO SENHOR DIRETOR DE TRÂNSITO DA

COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRANSPORTE E TRÂNSITO -


CETTRANS.

DEFESA DA AUTUAÇÃO
Auto de Infração de Trânsito nº.

FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, profissão, inscrito no CPF/MF


sob nº, vem à presença de Vossa Senhoria, diante do suposto cometimento de infração de
trânsito, apresentar defesa da autuação, com fundamento no art. 5º, inc. LV, da
Constituição da República, e na forma da Resolução nº 149/03 do Conselho Nacional de
Trânsito, nos seguintes termos:

1. O Requerente foi autuado pela suposta infração, em 11/01/2011,


ao art. 218, inc. I, do CTB (transitar em velocidade superior à máxima permitida em até
20%).

2. Ocorre que a autuação não atendeu aos ditames do art. 5º A da


Resolução nº 143/2003 do CONTRAN (acrescentado pela Resolução nº 241/2006 do
CONTRAN), posto que não se observou a distância mínima estabelecida na tabela do
Anexo III da Resolução, ou seja, a sinalização vertical estava instalada em intervalo
menor de 100 metros de distância do equipamento, o que fulmina de nulidade a autuação,
consoante art. 90 do CTB:

Art. 5º A. É obrigatória a utilização, ao longo da via em que está


instalado o aparelho, equipamento ou qualquer outro meio
tecnológico medidor de velocidade, de sinalização vertical,
2
informando a existência de fiscalização, bem como a associação
dessa informação à placa de regulamentação de velocidade
máxima permitida, observando o cumprimento das distâncias
estabelecidas na tabela do Anexo III desta Resolução.

Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste Código


por inobservância à sinalização quando esta for insuficiente ou
incorreta.

3. Sob outro aspecto, caso mantida a autuação – o que não se


espera -, o Condutor deve ter imposta contra si a penalidade de advertência por
escrito ao invés da penalidade de multa, posto que a infração é de natureza média, o
Requerente não é reincidente na mesma infração nos últimos 12 (doze) meses e seu
prontuário atesta que tal providência é mais educativa (vide anexo), consoante art. 267 do
CTB:

Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência por


escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser
punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma
infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade,
considerando o prontuário do infrator, entender esta providência
como mais educativa.

A circunstância de, no início do art. 267 do CTB, constar o verbo


“poderá” de modo algum significa que a autoridade de trânsito goza de juízo discricionário
para decidir se substitui a multa pela penalidade de advertência. “Uma vez atendidos os
requisitos enunciados no dispositivo, tem o autuado o direito à substituição
preconizada na lei”, como ensina SIDNEY MARTINS (Multas de trânsito: defesa prévia e
processo punitivo. Curitiba : Juruá, 2002, p. 69).

Não há como contestar que a advertência por escrito como


penalidade cumpre a função educativa, e então não há como deixar de aplicá-la quando
presentes as condições para sua aplicação. Impor a multa, representaria manifesta
violação ao princípio da razoabilidade.
3
Outra não é a lição de ARNALDO RIZZARDO: “Se nada consta nos
registros contra o condutor ou proprietário, e satisfeitos os demais elementos, há
obrigatoriedade em proceder à substituição, posto que erige-se em direito
consagrado no Código” (Comentários ao código de trânsito brasileiro, 4ª ed., São Paulo :
Revista dos Tribunais, 2003, p. 562).

5. Ante o exposto, requer a Vossa Senhoria seja a defesa


recebida e deferida, para o fim de determinar o arquivamento do auto de infração, ou
ainda, alternativamente, a aplicação da penalidade de advertência por escrito, na
forma do art. 267 do CTB.

Nestes termos, pede deferimento.

Cascavel/PR, 2 de fevereiro de 2011.

Requerente

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