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NO Se Oe Lea ‘VINE. Aula de 19/03/1980 / 107 TX, Aula de 26/03/1980 /115 ANEXO: Sobre a hermentatica de si Curso no Dartmouth College, 1960 Nota introdutéria / 4 1, Aula de 17/11/1980: *Subjetividade e verdade” /149 Aula de 25/11/1980; “Crstianieme e conf A fac lade de se fazer algo dificil ou, se quisermos, A dificuldade de se fazer algo facil Alfredo Veiga-Net Dentre as vétias acepgdes atsbuldas ao verbete apresen- tagdo, mesire Housiss repisra: “texto inicial de obra literéxia fou genérica que a apresenta (que a torna presente) e/ou 20 seu autor". Por que iniefo esta breve Apresentagdo recorrendo 20 iciondrio? A resposta€ fill: para mostrar que, de certa ma: neira, desde j6 esta estabelecida uma impossibilidade ou, na melhor das hipdieses, a minka concordncia de que esse € um empreendimento dispensével. Afinal, se levarmos bem a sério 26 palavras do mestre filélogo, nfo hé por que alguém ~ e, muito ‘menos, ev. ~ apresentar, sso &, formar presente o mesite iGsofo © um curso por ele ministrado no College de France. Por que presenta, por que tornar presente um pensamento que, desde ‘M4 muito, continua presente entre nés? E se no hé necessidade ‘raaor Tale do Deparareno de Es ‘Grad acide de Eds du Un ‘Sa Pore Alege Currclo eProps de Ms side Fede do Ris Grande do Ae ape Michel Pouca 0 cata D tre dt sn, ‘bin mish necennde de presentar Nido Aveo eete ‘comico, bern cigars to de zr # vide @ ‘Engen pnsest de ih! Fost Abs Mice Ril seas pcs cigs; eee eo 8 or fro de sa prong i Tn, yr gon soe cere ca Apesngie? De noo, reps Sa oan aye tas por Anta Trani ese ae “aeseasa” conse "ade compa. see pera sigue Ornament ino que qt er Sea: compare pera er lates pry eo sgt palivay, aver Sr sus preenss os resultados dos menos {sir intone rast de doe idsfs. Urs des = Foacalt=ys0 cod ncn rns Je 98 sane sta penn assigns Sobre tse pers dade a HopolizaoocolitrlamsO out deci wade pel penne ssiade J prblemtzagss da Init, Hoge nds ccs tl tases ag {Sivonen hm compare fem ire cat neste ane compu Sane dos di los asad fl quate open ice ler ees cage sls guseUscarlen ae Inc cage de, Reumind: oa deus cea dipensablidae em fe trot eo pene ao so de a re dtc psn eno ivaae sua princi es aprocage fmt one mia a de sompaclnen) Come em ei, comin lia ese pequens ena Mas ¢ reo lentrar comps sine Ge nee cus existe entte a minha situagdo de apresentador e a situagio da soi sina Teno bam a dine ea ote ok ies tet too al gue eaten ete i. seve. Ta diet tines anol ac pc ; rm pls de suet soem ge de ur adore ia: de am ads inks posi, no pape =r Daur ea prnuasia Pel since vere ace que aes We dee wo sculosamente buscados, compilados, dos, Esso tudo sem falar na Figuezd mais do que a puts dos pstros met enemas eds nea aeeseentadas Ent, oe “teeter et presenagi €S€ Meet ae sboefoende desta Apreetado ut se i aac man lage fuluc ong jo mergulhar neste livro, alguém poderé perguntar “onde oa Cramente so srs quem vue == Se eae aa uc ati ten sido publica, Stee ane prs oon cm sca psn Seal tt ence agu un ernie els s mesmo, Shessepre bd on mas sonidos 8 eanonildde textual, aretha to semimen eto dn repre eae as aesdemiy asa sempre hi aguces que, no a8 de 2 Mateo vrei, rsfrmane em elaadares ds Stprar eps do empl, ert pre lembrr duc nda di fer veaio quando se sain de Fost oi no mprindn, ado me rio apenas bs ques iene do its ed eae edi ma tomb utes sind is aurea Gs verses swiss for aie qun colons ome inpces legion do tee tapet lech camo dane dea vera. atl, Moho sept Gop tengo sncrsdno pronome tne cloamae coms donor dy un pétis sade dane 8 rd cn ac Sa ee eae NL Fare ner cmioraer drives respons vee exec: game porvores ds verdad vordseaente ‘ennias , somos {Uo ito sings forse pouco no mon surpre> endainos sig fanclndrio da trdaes ure vesta dot feces stlideres co Exo algun ror de plant, invoctnesicn nee io esis eatbadey belos pte Segindo os dames nelbeas da petra u ‘dads (Ball, 2004), o imprimétur editorial estd se tornando, cada _‘Trés décadas depois de pronunciadss, aqui esto de volt! os ez mals, prncioal oc nin oinicn-alsosconduta gataaue pslaras de Foueault. Como sempre, palavras coranies, bo oe econhecida elas sude-cottleg, hans, provoratns; como sempre, o esi renado mas no Soalments,anslonada < ungide pla masini gus-pncede aftad; como sempre, rofsio de deals mas sop sali acidinis ‘como Sempre, os arguments complexos mas “Seamus digo com orf seurso caro, direto € De novo: sera preciso lembrar que nada disso faz sentido rdidos com os fios limpidos de um di taro, di Jo diate de nbs ante eae ent Aa emor aaa decoinando dated ASRS suum let con no er lel se Noga 2010) Chao eo Foal peor vas com que Blandine Barzet-Kriegelsaudou, em 1988, a eon- bem diferente daquele “outro Foucault”, autor de Windia da tied Ftenh pro ets abe Ea Madr, Mt A para a ci Alpi de hr, Vigor 4 Politica © o Direte: “Isto nto ¢ uma comemoragio. Nés nao Mit. Trata-s, agora, de wm Foucault que ee apresents pera 86s tomeme da vonade de saber (Barre-Rregl 199, pg). 2M se vines engeato va laorendo suas kis, Iso € or ae em vontade de saber quanto mais aeoapanhei_ tod uma forma al qe, 20 Irmo cada aul, am ‘= mesmo que de longe...~ 08 esforses dispendidos por Avelino —_* "étida impressio de que se para rodui eter, mas me ands cons eee ‘Sempre esieve 2 sua vontade de saber, agora somada & enorme . erred aceite 2 i thea gy gute ads Sanouses gu cents ecolhea corazon, oto my» Dus limis que a esa | alee de Frances em Pars, quanto no Inniar Mémoltes def Primera. des: qual €o ndcco duro do curso agu any Easton Conesporine Ince, em Cae longo das suas aulas? A resposta nio € dificil: fol a historia . nealgica © a problematizgio da obediéneia, da conformagio a rnamicno (Como condueso as Cndvtat), na nossa tadicio ‘Sieui Ao tesir a eontinpcla =e coaequerteprecaie: Eo fat desis exforcos que agra tems cm mis. Quando ale dr purguots “aden ov eh em ste Rented de carat 100 Bésnas dos excrtos organizadus(ranscrites, garantrasulegio dos individuoy tanto ao governemento Jot His, amtedes © apresentados) por Nido Avclino © pur ures quanto a0 govermamente desi ors meso, Foucault biisados pelo Centro de Cultura Sociale pela Fito Achiamé, ni inedanen prt sinporeace ee SE A Tenet | " ‘ pela verdade desi Ce is ; ioe ns dene De gait i ivesem sido publicados, sentiamos {Sea ransformagho de-a)-E » préprioésofo que explica, no —— fats desse Do govern dr vies, minisiado no inverno de 198D. clo Wo tesumno de ease: Pelo resumo que hi quase duss décadas circulava entre nbs, Siugmes 2 sts imprtinci. E aqules excerios mesmo que “como € pase qs nul eet cris «govern dos homens “apenas” excerios, comproravam obejamente que tivhan og xia daqueles que so para sé das atos de obedigncia © sardo, Agora, nesta versio ampliads, crece ainda mais a nose ee ee expecaia co més de sea organi CBG E ETE ir a WE 2 \ Oe “ase wats de verdode” que tém como particlaidade oto de {ue ndo somente 0 sujet € obrigado a dae a verdes mas diet « erdade sabre si mesmo, ss fils, seus dee, se esta de am? [Comp se formou um tipo de governo dos homens em que nie € mais Lipide simplesmente obedeer, mas manifests, enuncendo equilo ue se€" (Foucaul, 1992, 101) cenolois do Serer cin qucto os leva diteamented segunde:qul / 44 posiga que o curso Do goer do ios ocapa na vast pro shgio de Foveul? Nao hi dvida de que ess cso apenas |e ) vale ors mesmo com, tab e principalmente, uncions com um aento gue permite ums melhor aii HITE arses do eno iftediatamente anteior. Alem diso, Da goer ds ees parece ancora prints Gusts plas vais Foucault rss ieressar nos anos subsequent, ‘Nat places de Landy 2007, p. 1, pode-seconsdcrar ese curso como “a pee que flava no quebrscabega foucaultan” ‘inal este € 9 9 curso que Foucslt minsta no Callige de France, mas ¢ primeira em que soo mergulhs ne Histia Ang. O fate ¢ que, nas suas snvestpasbes acerca da gore. | ‘mentaldade, Foucault semis necssidade defer ui reco istic, de modo 2 examinar a poveniéncia ea emeigéacia du pits de gucenamenta.gue fetta plenament insat- ‘ada modernidadeocidetal.O que ele teve de fz, enti, i > | | sssstiteomeranear sca ar ee Fetes sacar por quis ogee vn elo tos ester prestige gue mene el ina endo soe fematizagio sobre o liberalismo e o neoliberlismo que havia inuciosamente explorado no curso ministrado no inverno de Revo me css imei de nine (195 1916) Sepa eis € elle BPP ein Sapte 78, “ 1979 ~ Narcimento da biopolitca ~ ¢ voltou-se em dicegio 20 cextme tanto ds tradigbes da Antguidade greco-ommana quanto as rupturas que o ctstianismo primitivo operou sobre aquelas tradigbs. , 20 fazer tal deslocamento, Foucault praticamente inaugura 4 teesroeixo de sua ontolgiahistérics do present, ou sit aqucle que ev tenho chamado de “tereciro dominio foucaultiano”, sabe, o dominio do rercomsig. Besse timo Foucault que se ‘emo sucitos Jeagho moral sobre nds mesmos™ (Vega-Neto, Sa Nae extue tebe cheno atana "ce cobrie 0 que somos nds” — esta "Gestranscendentalizada” € 9 ergo Ppa pass 3 ser our: “ga spans #0. ue somos?", E com essa pergunta que FouciuTt bre+ post Dilldade radical de contestarmos aquilo que somos, de lwtamo paramo semos mais 0 ue fomos le agora ede buscarmos A ‘tras formas de sere de estar no mundo. "8 nese ponto que Avelino eaftiza 2 importinciae 9 atuli- dace da nogio de anarqueologi, proposts por Foucault em sta aula do dia 30 de janeiro de 1980: “entéo e diria que isso que ‘vs proponho # um ipa de snargoeologia” (Foucault, 2010, £2). Come argutamente explica Avelino 2010, p. 23), a “anar Aucologia & uma atitude © uma postura intelectual que inverte, 2 pesigio tradicional da flosofia em relagio & verdad” que, “de lati até nostos dias, foi a de aceitar 0 poder da verdade”. Re- tae ul submssSo voluntiria & verdade implica “eolosae problema inicial » questionamento.da-podec", i550 uma posigioanalitica que consite em um gesto de transgressio 20 poder, posigio analitca que enloca o ato de desobedinc ‘como ponte de patida e eondicio de anise” (idem, p. 24), EEnfim, tenho certza de que esta edigho do curso Do governo dor vivo virdpreencher brithantemente uma lacuna na biblio- 1s sarem de outros modos. " ® Porto Alege, 6 de mio de 2011 ‘ee rs Ee Cla a BALL Site “eran rit 9 pve bm sar inte Eton © Sod Conpom cle Peg LN £5 Not Scie em Nag ewe gloss BARRET-KRIEGEL, Blandine “Miche! Foucaolt el Eviado de Police in BALMER a fc ls Poc Ga OUCEL ih Rama a Cd Cal Ps 8682 Rio de Janeiro: Zabar, 1997. " oct; AEA 2 Co mC am, iB Se Fae Ce es Sh a {NOR Ji Gear & pce Un 4 er Hci! Penh psec ege ocx Rs og en Si an nc rl any Poin. wuIoA ETO, Mess, "ei de re ‘SRLANDL tie watched he =. In: RAGO, Margaret wiv (or dnes de col vere eatin ana Rn ere DRG aa W NETO, ied, Fut «Beas Bens 7 APRESENTACA( Foucault e a anarqueologia dos saberes Nilo Avetino® Tatrodusto “a2 Bla ulate parece ais» um concerto que um emia, €um solo que oscuro ‘scompanban TE Foesul diva alas adres" (Gite Dele) ‘Meu contato inicil com o curso Du Geusernement des Vi tant, proferido por Michel Fowczult no Callége de France n0 ‘no de 1980, ocorre em 2008 quando me encostava ne Ila ‘como bosist financiado pela Capes no Ambito do Programa de ‘Dostorada no Pair com Estgio no Exterior (PDEE). Na ocsio, realizar lvantamenta bibliogrtico sobre o anarquistafaliano Errico Malatesta (1853-1932) para pesquiss de doutoramento ‘em Ciéncia Politics inicada em 2003 no Programa de Estudos Teor Titi tie eda do Ge de une Ren, '61-Graduados em Cigncas Socials da PUC-SP.Interessudo na ——— eflexéo anarquista sobre poder, governo e auteridade, adotel como ponto de parti dois pequenos escrito: dt vargvio, de Errico Malateua © Gosernamentliede, de Michel Foucault. ‘Esaasliuras levaramme a investigar em que medias eeria po sive eonferis outa lgiilidade a reexdo politics do anarquism isi fora ds cliches de humanism comumente encontrados na critica “ps-anarquista": Dessainguletagio result a tese, Aelendida em 2008 sob erientagdo do Prof. Edson Passetti¢ also, ittulads Anarguismos € Derr me mie lane a rags com o obcivo de eater sca nsos de Niche aaa See nh e205 enonreae em Pacman sence Sigel notes“ Tnst Mamures oe Helos cae porn fn vein, digrne tad de Aeterna {er Sin Grane nth He cede oe a Neon Enna sag asec Pe funk nl Feu congo dea ssa aise arutos nr: us eanrenon Ne tes pour em Caen oui Michel Fossane dna Be ftir una vee shad funds om feos {nis bahind por um ago mana epounss cmb de so eitanon pinnate apne marae cone me iose po sone Dit ones en een de ur un se aca do cia a cesta Sonu perenne oe stone onsen con fata pe epee COE Baral Pans lin da Caen pre cap se pease in ato na Fraga. Com to pole oma seed ca des ter no pip Coles Fance on Dak 6 sae a ‘segundo sisi sin stem bal realizado a partir dos ars enros dione Oote fe Hanee (2 Bue do Cardinal Lemoine, 508 Pat Se ae abr sembro de 2007 Nao pss aetna de ans AVE, Gen opin «Gnome i Genome So Pal Tae (mentee lac Sc -Potsy Foifoa Unkeaae eae 8 meus agradecimentot « Marie-Renée Cazabon e sua equine pelo cquvos ¢ pela amivel cordatidade. Um trabalho de transcrigao © tradugzo realizado sem recurso ‘ap manvscrito original eta tueito a inimeras incorregbes in Cerpretaivas na medida em que eslo ausentes 0s procedimentos a ete" pps das pblagssrelizadas dos crs 4e Mice! Fvenut Eeetama, aguil que Busco € um oie ‘Suma utillzagio particulares: meu objetivo € tentar peree 1 maneira pela qual Michel Foucault retoma 6 anarquismo, a partic dos anos 1980, na sua posture analitca; para isso, © cur- $0 Do Governo dos Vivor aprescota possibilidades ainda pouco ymericano Todd May (oi o primciro a empreender esforgos para delineas no plano conceitual relacies entes o * ou “ps (uisme'. Ao fazer iss0, May consolidou o termo inventado por Stribuindo 2 esses ullimos um tipo de © pés-anarquisme Hakim Bey? alguns anos antes; entretant pestulado por May possui uma caracteristica muito precisa consist em recusar 9 que ele chamou de “a priori do anarquis ‘mo clissico” ou 2 concepgio anarquista do poder que, segunda tle, iremediavelmente humanista. O problema é que uma vez descartada a concepsio anarquistaclissica do poder, nada ou ues coisa resin do anarquismo. Assim, a0 abandonar 0 @ priori MAY T (980, he deat Panty of Rotcrait_Anecin. Feanglania: The Ressyana Sate University es: Encanty oreo cra ge ao Br tem meade dos ane 98D, © ts pei de ‘aga Rap fone nas pene oars "una oa compe ed, {Re rc pore apenas no cao 6 ola lstiilna panned nt She culana "um pespecameoolsin ase permease ss anagusas «pride oes prunes” (RAGO, M (183) Do Cato {at Updo Cual Daina 180 1990, Rode Jane: Paz Teas. 10, Em cua as ates de Rag, vie samara caus de Edson Fast (Four Leto" Resta Alger, Sa Pal 8 19% 9135-4, S. BEY H. (19) Pssdnarchine Anorely. Disponiel a Bupa ‘xpborpasunachim Cnsltad cab 210 1» — a -- = -- = earring econ scans selec tipo sonoma eran sect aie sian ie iargeTORST tnt ace ge SIE alos Seog pin ntopenactinat REOLSON Ges Fn xed Ren meng “ on | 2 snte viias décadas 0 olhar sobee o ansrquis- * ese tetrad, Se 6 verdad sue categoria OF aaron enatizon Prouulon, tm forga de pul, ree uci Tr Tegel ou Mare para agit pensar come Febetane ou marasta: €sfiiente esta familarizado com ak | resent egos de pensar para ge se prodazam fam at day ccoics, Eno lex [ose precio transfert Sai ed anarqusno casey para algimes modldades Setcara ns coma: rc amis seer opr Todd hay nao no ararqis classic, mes ro aan dete de cas inurasconemporiaess tha Naren seo, ea malo ra rua do gue Se fRaeinn. Seva tdi, cm eft sea armada do bumay a matin uncon caveroapanas fiero coneital aa rea ddonc: banat desfizerse dele ewrseia ur ‘onanism imme ge eapurs. Eniotaniy = problem ZEg'Ei hon contemporanldads no ipo de ira ave see Panicoee como anarguizmo, © desi, bem mais ZR, Code paar pls ci oss proprio pesemeno para sare iba teecaminar os argumntes do 2narne COM a ‘Srons loqueneis eonia Gs primeira desobera, Eun ‘Pino etic de feleure do ual nem 9 Reoanaegusm9 Nem © [Rnsrglom Soci sober reset. "igs cura que ao se fg es fermos de conn ao pe sadn tas como nga doprsente 9 que se camara de {Tonio ceiceSUgeecein ape Cason, rates de tomar sult como recadr quia que no semen Parece que dura pensamento de Epnfere sentido 20 peasamento anarquist proprismente ‘Sar far einbém com que 0 préprio pensamento foucautian’ ‘Boguirs sentido particular no interior desse pensamento que ele ‘lucida ¢ renova Governamentalidade € anarqueologia A pantt de 1980 Michel Foucauhintroduz uma nara probe smatizngio nes seus extudos sobre as relagbes de poder pelo qual le renovou consderavelmente seu “métod” de andlise: aa-se COLSON Ds Gen, es ase Php de Acne, De onlon Dota Pars Leite Genki ani. a > a cnaraualia dr sabres que consste no deslocamentoanaltice so cino Poder-Saber para o eixo do “governo dos homens pela fedads sob a Torma da Subjetvidade™ Cont a anaTqUcOTOgT® “Foueaul confere um grau de complexidade extraordiitio as suas Pesgulsas, resultando, anos mais tarde, na formulagéo do tema rn Como id eserevi em outra ocasio®, a Aanarqueologiaprolonga e resitua ae anlises da governamenta- lidade inieiadas erm 1978 com o objetivo de marcar a distingio entre politica e guerra, e também para tornar operatérie 0 problema ds luis no dominio politico definido em termas de ‘elagoes aganisticas, A obrachave para aprender o tema da ‘nargucologia €0 cso inédito Dw Gousernement des Vieani, proferido por Foucault no Collége de France no ano de 1980 Segundo Dreyfus ¢ Rabinow, entre as nogbes com relagdo 38 quais Foucault organizou sua obra durante devas de 1970 tava a nogio de ini repesea,caractrizada pel afitmagso. + Sekund a gual“ seadade ¢inrinsceamente apes 40 Tous dlesempenhsndo todavia um papel Hberiador™ Sepunde For Sites bipsee apc oe etende Fas ‘iene da poténcia do nao, apio somiente 3 stabelever I (4 eRISTIF no nepaiva,e cujaeicacis imalie Sib amrsetie-oaielie permite" esis ISS termos em 2 coneguécis de gus, sate Sopa inet retrgto da et cello ey nso lhe eae, sain qu exrcerae mascrendose ocala seinen se {ltmarse toes, cbrnde de sonbas sun peinepak ene “Su se xeporio dauilo que consegu seshng ft suk meaniumos™ Fe tomo SS 0 tem0s da ipdese repress aparece como atce 3 AVELIN W200 Gonrumeniaee Ampeg i laden why. See Rolo ee AareUSHSRABINON PM cai Us et ni Povo de Hots ie eerie deme Tate ene FOUCAULT ALG, Hi tel dears Educ Grant ‘ Sass od dee © Als eA Gals aces Rt 2 ena: ‘obrigado a esconder sua verdade face ¢ a escamotear ‘ta ade ress seus ecaninmos apiece Tandon ‘GUBERE com sania o desconsid,o septedo,o mod frtinagem do trano mncurada (6 principal alimentos fies fondamentadas na noclo de (eologa realiadss pa Ualangs 1960. Conta exe anise devivadas da desrigao do poder como repressio, Faueault empreendeu sua investigacao ——— fem torn oe ue oeanticio do poder impiaue 0 mecanismo do segredo, is cane ns tn afr utes do per fempre eem toda parte plenamentevisivel, que sua verdade ae tmoste evidente manifesta; que seu exercicio reflita nas cons- Ciencias toda a tranepaéncia eo bilho do que ¢exaustivamente Combi, Ni se ata dis mas dos fos de simplfagio rovocades pela andlise da ideologia na medida em que nela ~ theo varenente ede acre central nogio de false de nio cienifco em oposigi ao verdadciro e a0 cien- fio, A ideoogia, 1 do conhecimento, tem sido desrita org com fala consiéneia que veld e 3 ‘Bret do poder, ora como o que produz sua acitacin em tgnos de egtimiae 8 anie gue Chtin-Gon Ter de instiujio do scgredo na politica mostra 0 quanto ¢inadequada uma explicagio nesses cermos. Ao tomar a pritica do sepreda ro Absolutismo Monrquico como uma pritie de comunieagaa, Cheétien-Gont mostzou como ela portava dus logieas: uma s Aigo que pode tornatat um imenso sistema generalizado do-by sexrede Asin ao tnves de Wancar no pabinete do Principe ‘5 aeanos de seu pode, 2 pica fei do sro fx cicular ‘0 propio fund opace de seas mecaisos una Wasa OAT qua pose : a ova, Uobanmento da verde para um mado de sombat ‘Se onde #soberaniaexeteta seu poder abscuro; tate do ‘complex cnteverddeira dssmulagies fasts dissimalgies, fiteios de eorwaicayaaamalgumados cer foros de Tes ¢ ‘oma. Um poder uniesienteenelausurado wo gabinete Jo Principe seria ncaa de se poner; seu exerci exige a abort paraoespago don siden. E ness aiculagio clauuraaberture ‘ue ocrte una intensateatalizac do politica lo execiio ‘esplandecente do poder nao pasta sem 0 brilho da verdad, ara evtar 2 inadegeasa0 das anlises do poder em termos de ideoogi, Foucault conduziy sua investgagso em termor de 1 Poder Sabet Muito 20 conrise de ocupar uma pesgie anti tétea em Flag 20 poder a vedade € um de seus prineipis elementos de ctalsigo: ela condu? e reprodu® relagaes de oder. Se € assim, diz Foucault n su ala inaugural no College fe France em 1970, das apectes se dstacam: de um lado, 0 Aiscurs, “lange de ser ese elemento transparente ow nest No fala sesualidade se desarma e a polities se pactis, [] wm dos lagares onde elas exercem, de modo privilesido, alguns de seus dente modo, "0 iscurte gue tall aot Go oF item rehome do cane Tara 0 College de Fanes no anos 19 hipsese de trabalho sepundo 3 qual (PREM, 30 HEE s Penis” ronunciado 1972, Fouesltafirmou sus i GIRETIB; Govt, «90, enced, Te een fear teem acc A Da IE FovcAvt mt Pan amg! Cd ta remedies ‘Sampaio, So Paelo: Loyola, p 9:10 ——_ ” ax elgher de poder com 2s qe i atnNesaTT Tar TTT hear mamta ose om com esi a sober someate em Deel it oes nse conten deere 0 Sr deen de eda ny pre sier a st fates am eau ven io oe dor reese clas | Plena ae apes se cin com o poder series 9 fare fr servi nalts coe iinet poe ‘Soros litogses nope, Mg sa mage ‘Titus de omni, regime eon ESE Sects emit etme wf de poder pth eh sm exec ¢ ‘Eicon Sento fn Se pte Beat pdr or oe, ‘Steere sem eg» aro, ci hc Nes hel sexe 9 enki ind a 001 nino Ete mas gartr de 1972 Foveaohdeslos cas ver mss 9 (cod ie oo Groce Tr favtia do aber" apoe Ter arattenteray Tormagoes discursivas ¢ Tomas Nitonermene-e bre aus FeNadeY Ne ‘cas eles se artiGilaramn ow veld; em quals condigoes historieas, er HEU, Forsdores de sabres to € pose! ste em coma as rele de poder que existe na wsiedade cm Ge {Sic eset nina.) ss Pairs ear Cosa stone no tl paramente deserve gue dita nstamene de la td Entretanto, o ta do poder parece ter conduzido a anlise de Foucault a ‘um impasse partie da segunda metade dos anos 1970, Foucault, como observou Mitchell Dean", 20 se deszer TE FOUEATE Man, od, 1 1950495 a Ga Tr, FOUCAULT, cmb, Diy Bei 17615 Pre: Caiman [en Gemmell en ci Lands Siena = 2s ois silica que davam ao Exe imagem de ma Teldade nied, sito os probless do ondomento dt {cherie deus hedtacia parma alte ds mle "reroics don mecoinmon oper J Joma. Pts 0 f¥otouprimeiramene a lingvagem la pcr como manera Serecnciaiagto a relgesde poser. Aa Feo ‘ inconenerte Se ewablecr os dcoomia ee seri fntenide como fora urlca de wy poder “pre-moder {roorn das monagut asleinan€ 6 aae seta Um Pouce rodeo” dein dicta ental, Fae diatom apatest, oscar ngage a sta ena tela ibrmas de demonic extern do poe vas conore & tmnlo reper el engeendn. Fo wm icameemene Werou 3 artise de Foust pos nov coterie dope ‘eine gual ele prvata edna o lens do poet tera ds diaton da oberanis eda gers pr os cos de 175819 News aca fsa Pgs Poses toraor de Foust no Cage fe Panes tee aso do pveaa =a ene sie Fact ta grvustmee ek ‘ethigo ao eee eonsdeou como et plas ue ambien, ‘poder’~*. A aalise da govermamentlidae encontta gui sis prosedéncia Projetoanarqueclégico Acompanhar os desdobramentos na analitica do poder de ‘Michel Foucault ornacompreensvel 2 impornela que a anaes sueologia ocupa na sua elaboragio ds eae dh exists, Com apteener esse pereurseanaltco que, pasando pela anise €o {govern ou da gorernamemtlidade, levou do tems Poder Saber ara a esttia da existnca? Intl seria buscar uma cocrEnea teérica de conjueo que o proprio Foveault eet 20 eevindeat ums cscrita 4m resto no preficio da sua Arquolgia det Saeren Em todo caso, ¢ perfeitamente plausivel esbocat um plane de Welpibilidede buscando srticulr eses diferentes nveis anal [I FASQUING P09, Pll they of wa an peace Facuh and he ir 2 aden pi 97 Ey nt Soy, Lancs 2a veep aa % ticos. Michel Senellart, mencionando 0 abandono do discurso ‘de guerra come operator analtco do pode, afrmou que na obra fs Foucault, 20 romper “com o discurse da “batalba’ wilizado desde o comeso dos anos 1970, 0 conecito de “governo’ marca mento, aentuado desde 1980, dz analitica €0 ‘Desse modo, € da nosso de governa- Definide no curso de 1978 como uma andlise genealéica do poder para descrever os carateresespeciticor do tecnologia de poder do Estado", no curso do ano seguinte Fouceult api ‘mora coneclivalmente a andlise da governamentalidade. Em O Navcimento da Bioolivicaafirma que seu objeto de estido no fois pritia governamental real, ou sei, 0 modo efeivamente como os goternos gorernim, O obictiva foi estudat a maneira fefletida de governar ou o conjunto de reflexes sobre a melhor smaneira de gover ode sundae a“instncia tefleaiva™ dys pritcas de saxeino solve as pitas de poverno,|Foucaul comou por objeto de lzagao das priticas de governo com = finalidade de apreender a maneira pela qual essa eoncetual fe um estudo da ravionallag 9 As soberania politics ( Tnal Wo curso, peecis rdnte na dikima aula, Foucaule iz: “0 evercicio do poder, essa pritica muita singular da qual (0% homens no podem escapar, ou que eseapim apenas pot me- ‘mento instanes, por process singultese aos individ ou oletves; que esloca so jurist, ao histriador, toa uma setie ae problemas; ese exercicio de poder como & possivel regio determini-lo naguele que governa?™, Segundo Foucault, a focledadesocidemaisconheceraz duas grandes formas de regia 2B. SERNELART M09 Sitaion dx oun 1 FOUCAULT, M.Sc, ‘rin, palate. Co Clg de Fane (977-197) ai Gai 21. FOUCAULT, Mot), Si rie Fas 17.157 fae Cai 2 FOUCAULT, MW, Nation dee Bogle Coun au Cage de acy 918197. Calley S65 = Papin. Cure a Clie n rj enfim, o_cbjetivo da governamentalidade 7 © exerciio do poder naquele que govera. Uma dels eonsistu, durante a Idade Média, em indenar oexeciio do poder & sa bedora ea verdade do texto tligise verdade da revelagio da ordem do mundo im seguida, com 0 Estado moderna, 0 eerccio do poder fol indexado nie mais 3 sabedocia religios, mas i sabedoria do Principe. Toavi, esa indesago cone. ‘eu a stra dus formas distints Je racinaidader num Trimeiro moreno ela Se dew soba forma da Rao de Estado om rainaidade do saberano na gual 0 poder de sobetania ‘cupa um papel cent, Mas, sum sequal momento ea ‘aconlidade deiou Je assumiea fora ira da Reto de Estado eaotow a forma do pacto¢ do contrato socal, apora ‘saconados uma serie de ovos problemas nto mais igados 20 Principe, mas a0 meveado, 3 populagio€& economia, lisa pustagen da inderagio do eertlo do por que eva 4 raconalidade do Principe pra ¢racionlidae do conto tocial fol considera por Foucault um ponio de clvagem de trasformagioabslutamente importante ma economia do poder. O gue significa, atinal,indetaro exericio do poder 2 raconalidade do coneao social? Sigaifica, simplesmente, index sore fe dagueles qu si governadon, ¢ ue sfo governados de modo particular: somo sues eee mieos, come suits de intresse, como indvidus qv, pata satisfac seus interesses uilizam de mancira mas ou menos lve a regres € 0 bjeosdsponiiiados pelo meread, Em ras palaras, 0 pooto de eliage importante porque ele inaugura nova moderniade, dterminando o mode Come a somos povernados bo. Com efcito, quando se apreende «questi da leptimidade do poder ar aastrin do Pensamenlo politico deste w-eUTs AVL pees alien como, das cas catraalas30 Li gape «otemprdne, a responta sea queso aie e'o-consentimento doy goveTRRIT eT. tornow aki io ds OVERRRIOE deve oder polit imum plano coneeitual a nagao de lgitaidade ox iva que possi um regime politi ae se modo a racioralidade politica do conttato, configurada pelo liberalism dos séculos XVIII e XIX, e pelo neoliberalismo ‘de nossos diss, consiste em indexar o exericio do poder na r2- cionalidade daqueles sobre os quais © proprio poder é exercido Foi assim que, ap6s a Razio de Estado a racionalidade politica do contratointroduziu a exigencia, ornada indispensavel para ‘oexecitio do poder, desseclemento que preeedentemente tinhs iia Sf, mand ar Sr ‘tate umt alvidade ena indexation € ideo ‘bina, de um En dun Se a attention Foaca segundo a qual "3 refleo sobre 2 nogio de governamentlidade nio pode deirar de pasar, teria ¢pratcamente, pelo elemento um suo suet dena pel sel de goeigos Assim Ede ne oT ean Se ocupa a saruclegi ictidapor MicheeFoveatta cso Bo Gin rr Et encanto fats rerbamenide spurcer ab uns nova configusgio a do econ ate 6 ME inaeho ceerctat soe ox TST ET “desi Enseaniess mane ciao oreo ace ‘Hoos atjsorprprior do seu daminia no que cle consis, Ho aspeconobucuros para ok guasexsem paucos clement ns obs patna de Fovesut permitinds detios Gee isersyeseablesene ono eaten ete eins de daminaco a tenia des una queso 0 cisa ae 180 permite eponder de ume mani mit pis Uns ‘ora sobe agente do cua sade comprcedet de fue Sgndo Donel Deter, partir dejncto de 187, 2 hit ‘ria da eoaistocondusiy Pouault "a esudar os petechce textos dos Padres da Tere ot) Casio, Santa Agortin, Tertuliano, Nace progesanamente ums hoe mates rae BE FOUCATET, maa, Le Hemant Sua, Cus en el Cage Etc, 91-182, ese: Fond de Cal 19341975. Pais: Galiameedp 7. segundo volame da Hinris da Seswaidade, “As ConfisSes da Carne" (Let dveur de do Chir) 0 esto dos primeros textos ‘ristiosoresta sua pesquisa gencalgicaem Giegin a0 textos Taino da Antigua tardia” O curso que no Calle de France serh.o meio pelo qual Foucauh apresentaré os resultados devses sts sobre os Padres Ja Urea ¢ Du Gaveeroment des Vivant DDewte mde, ocutso de 180 fo inicialmente destinado a cons tite o segundo volume da Hinsra de Sezsldade. Mss, como eae, in mio ocoree. Em 1982 Foucault publia us artigo invitlado"O Carsate da Castiade” na revista Conmenicatians, 6 artigo epteduride nos Dit ¢ Excrtey,iicin-se citando Que 6 “tent fr extaido do tercrra volume da Mitr da Seoul ade” (rio meay€ wa nota dos organizadotes complements ' Informacaa dizendo que esse tect volume & "At Confit ‘ds Carn, Nessa epoca 0 Use div Praca ni havi sida indie fem dois volumes”. Quer dizer, Ar Confirve da Carte passt 2 fgurar mio mais come segundo, mat eam terceira volume «serie Hasina ds Sexualidoe, loco apse O Uso dr Pavers Sobre essa teatientagao da scie, Foucault died im entrensta ‘ue a difcaldagesuria porque de inicio el escreveu um lv sobre senualdade que, em sepuia, foi colacada de lade (0 pr- ‘meio volume, A Tomade de Seber depois ele eereveu um v0 sobre as tcnias de i crits no qual 3 seeualidade deaparece (Gs Conic: de Corey er sepia cles vi ebrigad res ‘reer pela tereira ver umn leo a0 qs procarow manter ui quilt enire um e outro (presume-se ue seis O Uso dor Pras ‘re, Tua indica que, par eulibrar 0 tems oe sexulidade, O Ure dor Pras eras © volume da série, Mas foo volume | At Confisies da Corn, “o lveo sobre © eristianismo”, que ‘obrigou Foucault a rever 0 volume O Uso dot Praccres © cindilo em dois para constitu 0 terceira volume da sic: 0 Cuidado d Si, Depeis de to, As Gonfister da Came, penssdo iicialmente como 2 volume da serie Hsia da Saualidade, foi realocado para figurar como o 4° volume; além disso, ele foi o velume Fesponsivel pla reorientagioe teelaboragio dos volumes Os BE FOUGALT Stop ci 0b. 114, ao sos dos Praeres € 0 Cuidado de Si, Poe qué? Deleuze forneceu tama respost: € que o tema da estétiea da existéncia, delineado pelos des slkimos volumes, posibilitoy a Foucault conceber um poder da verdade desvinculado da verdade da poder, ou seia, Uma verdade docortente das formas de resistencia, Foucault tmosiou como os greg “dobraram forgo, sem que ea dexasse de ser forg",relacionando-a consigo mesma. Os gregos, “longs i ignorarer &interioridade, a individualidade a subjetividade, fnventaram o suelo, mas como ume derivada, como 0 produto de umma “subjetivagio". Descobriram e “existéncia estética’y lato 6,0 foro, a relagso consigo a regra facultaiva do homer liste". Os gregos foram os primeizos anarqueologistas de nossa cultural). Mas tudo isso aio ocorreu sem antes passar plas téenieas de si do crstanismo que, ainda segundo Deleuze, Sever ter entrstecdo muito Foucault. Agut pode estar uma das razdes pela qual, conforme Didier Eribon, os edtores de Foucaul consideraram os manuscrtos de ct Confit da Carme como send o liro-chave da série "Em todo caso para fazer a gencalogia do tipo de racionalide de governamental que tem como tago principal @ de Indexar 0 ‘exciici do poder sobre a subjetividade do governs, Foucwult fealizou esse longo recuo histérico até as priicas criatde de ‘onfissie, Por qual zazio? Parece que uma questio subjace te que atravessa a reflexae foucaultiana sobre o poder scia 0" 1ada obeditneia. Se retomarmes 6 que fei ito Aobee deals de cbc a nics Heal € neoliberal de indenacso do exercicia do pager fa racionalidade do contrato focal, ou asia na racionaldade aqusles sobre os quaiso pode srt excel, @ Sbvio que ita tal indoxagio somente seed eficas sea racionalidade dagueles tobe ans o poder € grid exer eenads, tt direcionada, organizada.\Em suma, a indexagto do poder sé sera vracToniTidadle do governsdo estiver, de alguin modo, siustads ou dispesta para a produga da abedici: = produgae de raconalidadessufcietemente obedlentes aos objetvos do poder € vm problema poi hisoriamente importante: “A B.PELEUZE (9%), Foal, Tt, Gta 5. Mest. So Pes ar Se — 8-8 Ed, pews mado, a aod do gover no ode set produto do acx30, fue evapam 20 exerci 2 ainsi do noon yg aaa inte ee i re errr Togle de obedincia OR palogl-de aN sp Rae ci fue sbedienca C 7 ‘Esiris tecnologas de 9 Beate ‘serdo focados, a partir de 1980, sobretudo na dimenséc 4) por raionaligate, Houcaul eign os conunion de pec: | crise lel raed gue ease saute, Tovriuem espages regalamentam comporrienton; neve ride as Aetoslidade nde am. see de sles OED veal ow de realidade ue induzem esses efios teal tp espeiicos questo agueles 4 separasio Go verdadeio apfhda mncia pao Home ge 4 ‘erm se sonduzem a sh esis © a outros". Poranto, Eorpablema dn verdade que esta em jogo nas racionalidade, { netee momento # qbestso central coleeada por Foucault, no coma efx pts get cident cristo gorero de bomenr eng Ga pate dees qu 30 Grids, até de sts de ec nb ra gs pie ‘equenio someste sujet tsoltado a der a vesdadey ns die $Teetades pops le meso, de sass falas, de Svs esis do SORES ct ier at dao Se 2 aes roe formouese um tipo de governo dc rato de ia alma et? Come fomawse un tivo de governs 20 men licitado simplesmente a obedecer, mas & lp que 0 (tesince Sande, ra poder gander a esas ques, Foveutitodutt 2 ao Facrastiggnendia como petra metodlce ude oso” de anagrssbo Tae Verda Iii Uf seria dds Plt a6 nostos dis fo de acta rosa verdade:Fasa posigi de conformasio da (losis Cab poder da verdade fof consagrada por Espinoza com a sus Fam Fetala do ter index, para afirmas que a verdad eb obrigaa vetdade no constange, porgue a verdade € 0 a- Feeds Paesmas para Espinoza, o ato de obediécia deriva da state daquele que comands nde da verdade da coisa, Nesta ealctena pongeo Gloslia, die Foucault, a questi colocada (ala lonofa ¢seguinie: 2 partic da ligagao voluntiri que eite eatabelece com a verdade, ligagio que he fornece os fuandamentan os instranentes es ustlfeagbes com #8 quas 0 Shit sustentar um dacueso de verdadss a partir dessa higas80 “lutiria do suieto com a verdade, a flosofia questions: 6 due Cig ese suelo pode der sobre, para ou contra 0 poder que ftv? Jia posturn anarquect6giea consiste na inversion {k posigao elissca da filosotia. E preciso nio mais patie da Iigagio volumtria com a verdade, mas colocar como problema ficial 9 qvestlonamento do poder; quer dizer, partir da atitude de questionameno do poder para perguntr: 0 que ese gst colocr mm questdo 9 poder tex 4 ize sobre 0 sie temitco, volute, terico« prea de ‘de canbe: (mento esabe a igag com 4 verdad qual involumaciamene ele $e eacontra peso? Dito de eure modo, no 36 de hee: “osiderandeo vinela qe me Hi Yolastatamente verdad qe irene [IL ESPINOS, 200d lignan. nds io was {Diego hi Sie Polos Mare Fone 9.245 (08), i, ‘falodde aay Te, tn Hs Hoon: AO, 7 «ave eu poss dizer do poder? Mas, considerando minha vont, deck enorgo de deste Tiago qe me Hea ao poder, 0 gue Tet) emo do sist de coabecien eda vetdade?™ Percebe-s como a anargucologla € uma posigo anaiten que ‘consists em um geo de tranepessto 40 poder, No entant0 Que ‘aleca 0 ato de desobediéneia como ponte de putida ¢ condi- 0 da snilise. No comego dos anos 1970, Foucault womava o Sistema das titcas puntivas como analisador das relages de "poder afirmando ue esse procedimento"o elemento central a fer considerado€ 2 luta™™, No comego dos anos 1980, ee afta ‘que "é0 movimento para separarse do poder que deve servir {de revelador da transfotmagio do aueitoe das relagdes que ele ‘mantém com 2 verdade". aqui, o elemento centeal na andlise 4 ato de tanspressio, de desobediénca, dante do anarquzmo ‘pistemolépcn. 2 atte andrquica (rete 20 poder que deve ser tomada eomo ponto de partida para ura anise da verdade: como estabelecer relagbes de conhecimento recusando 20 mes. mo tempo o poder da verdade? A questio parece fii, porém envalve urs aspecto palitico bastante complex. A feminisa os panels Maite Larausichamou atengao precisamente paraiso 0 problems, segund laeza dos Lagos entre saber e poder para iornar-te copa de se opor EVER Esse aspecto, diz ela, consttui a parte aadal do peatariento- ea de mais difel compreensio. cicis hasan que (.) me ma wer que nfo pono dar de perce at somo verdates ou sds, cone iterate uo yerdae se det Ae pereber que € vende (2) A empresa de jee a verde do ode empresa exttenameate complica vs que et as tase, pep de goes, Fount conus Je soarusloi ‘at deli’ é um jogo de palavas pars sere ques arf te este eda ene oe gs B asas ORCAS TAOS ise ae srs ge ato padet exces Se PTS empouce 0 poder Oe vaste 3 Ex FOUCAULT it 973, La Sie Pace. Cons ay Cllgede Face 57- 127. Pus ine, ons, ins Gol Clige de Free he 3, LARRAURI, (189), "La Anarguecloga de Michel Foaca Odo Ma 95,124, © poder ds verdade referido aqui, e contra o qual a anat- uta ope, oe sbretudos so a forme deja: 4 ments ef que somos chamados 2 nos constituir como o-que aestamos 0 império Tos discursos Cieaificos «180 entific 0 Fevelar aquilo 0 que verdadei- faiieate somos, Entio, do mesmo modo come ® austrieco Paul Feyerabend, no comego dos anos 1970, propés 0 snarquismo como lum “tratamento médico para a cpisemologiae para flosofia da tiéncia”¢loalizow a possbilidade de uma metodologiae “ciéncia narquista” no ato de transgressio metodoldgica. De maneira senethtyFoucul propos, com onome de anand islidade da reflexdo enarquista. Que Foucault, um dos filésofos mas importantes do século XX, tenha intitulade o seu método investigative de an-anar- ‘quceldpco, significa certamente que ja era possivel encontrar ‘no anarquismo, ¢ eu diria especialmente no anarquismo de Proudhon, 2 disposigao que considera os discursos que articular. (© que penssmes, dizemos e fazemos com a mesma seriedade ‘oncedia aos eventos histricos. Assim, se existe uma novidade ruiosa na anarqueologia, deve-se a faro de que, dferenternente 4o reatvismo epistemalégica colocado em funcionamento pelos linguistas anglo-saxdes nos anos 1960, quando Paul Feyerabend entra eens declarando-se anarguistaepistemolégico, do mesmo modo quando Foucault declera-se an-argueologista do saber, esse momento o “relativismo” deixa de operar simplesmente so plano da linguagem ou na relacao entre as sintaxes, para operar, sobretudo, no campo da politics, no exereicio do poder politico, no governo dos homens, para colocar em suspensio 9s efeitos do poder da verdade. Nesse momento, o anarquismo spistemolégico, introduzido para problematizar 0 governo da conduta dos individuos, dé-se como tarefa a de tornat evidentes, 1s conextes sempre existentes entre poder e verdade, buscando wh imetrias ¢ seus efeitos s@hueas ubjtvdades, oi 14 FEYERABEND, P (1093), Couns « Mind, Trodusio de Migus . Pesci. isos: Rekiio Agua p23. * Se ateoria de Marx configurou uma espécie de realismo so- ciolégico so objetivar na realidad social, na prixis, o eritério de verdade da andlise;dir-se-ia que no anarquismo © na anar- ‘quealogia dos saberes existe um tipo de realism nio soioligico, ‘as epistemoldgica que confere & verdade a mesma realidade fea mesma coneretude que normalmente apenas sio atribuidos aos fatos. Entretanto, ose trata de estabelecer umn criério de verdade, mas descrever as articulaes obscuras entre o poder politico 2 verdade na configuracse disso que precisamente & cchamado o real. Por iso 3 nogio “reltiviemo epistemologico” resulta incompativel com 2 anargueologia na medida em que supse um ecletism ingénuo destinado habitsndo em toda parte. Qual je coisa com um liberalism cratiagia drecrade © do cu ‘erigoso quanto sua restrigdo. O que est em jogo n30-€ 2 censurs ou aclagzo do diseurso verdadero, mes 0 poder da verdad ede sus estos sobre a sbjeividad. Deste modo, 0 anarquclogista nso assume o relativism, mas vstena em fae da verdade una posture negotice que conse cm concer a verdade negandorhe quaisquer aributos do Ser ou Substania Em outa plavas ¢ precio subtrair ds verde todo predicada de bondade, maldade, beleza etc, para admite simplesmente sua exisénca © necessidade ao catendimento i rast. Ene ‘contra-se aq ovelho problema proudheniano de "come, fos fados 3 admit a verdade [ou o abouts), livearmo-nos dasa fascinagior™. Para Proudhon, a verdade deve opera unicamente enquanto cence no lao da ge, amas como “oberan dante do ual ev devo prosternarsme¢ confundic-me”: Nessa conga ‘eee pad er amiga em meta, man fectada “he (heto de conhecimentoimeiato, posiiv, dado (9; como ob ese cult, sngio da justia sberano mora” Em outras lara pausivel “gue o peasamentoverdadciro (faa pate econo do espeio aman; gues verdade aja da na Giéncla como condigéo metaisica do fendmenos porta sora siém desta coavenso tics, hipottica, que a coloce na Cones JE FROUDTON iD Jui da Rtn dnt ad php rau, ome teinine. Pais: Fayaeds pee "Sie 6 de todo conhecimento objetivo, a verdade deve ser eliminada igorossmente como principio de ilusao ¢ de charlatanismo”, E com mais forte razio, diz Proudhon, “nas coisas de ordem moral é que devemos, sobretudo, nos defender da tirania da verdade e, sempre respeitando-a em sua dignidade suscetivel, A wedeck 2% ee peeem 36 Tdem, 1096, 918, Dr tidy tees, 2B. FEYERABEND op. cis. 39

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