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Apostila de teoria e harmonia basica

Workshop do guitarrista e violonista Beto Lins

O conteúdo deste material é básico e direto. Foi desenvolvido baseado nas minhas experiências como
professor. Voltado exclusivamente para professores, estudantes de guitarra e violão iniciantes ou leigos
em teoria musical que, definitivamente, não encontram formas mais resumidas de aprender harmonia ou a
ler para seu instrumento. Esta apostila pode ser aplicada no formato de aulas em grupo ou individuais,
portanto, se você for estudante procure um professor para orientação presencial. Se for professor, fique à
vontade para aplicar esta sequência de estudos em suas aulas. Este é um começo, podendo ser
complementado com os mais variados métodos para violão e guitarra. O conteúdo técnico pode ser
aplicado separadamente com outros métodos e lições. Em modos, coloquei apenas o Dórico e um pouco
do Frígio, mas dou minha palavra que terminarei em breve este conteúdo que pretendo lançar em breve
no formato E-book. Abraço a todos!
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Estruturas conceituais da música


Vamos agora aos primeiros conceitos. Nesse momento, espero que o professor ou o estudante que estiver
usando este e-book compreenda a exemplificação de todos esses conceitos no instrumento:

Melodia - Combinação de sons sucessivos;


Harmonia - Combinação de sons simultâneos;
Ritmo – Padrão sonoro determinado pela combinação de som e silêncio que determina um estilo
musical.

Propriedades do som
ALTURA = é a propriedade que distingue os sons graves, médios e agudos;

INTENSIDADE = é a força empregada na execução dos sons;

DURAÇÃO = é a qualidade que distingue o prolongamento das notas classificadas como sons curtos ou
longos;

TIMBRE = é a qualidade que distingue a fonte sonora (instrumentos);

Notas musicais
Uma nota musical corresponde a uma frequência. O ouvido humano capta o som causado pela
emissão de uma nota do instrumento musical ou voz humana e atribui um uma nota (altura) diferente.
Uma sequência de notas gera uma melodia, podendo esta fazer parte de uma composição musical. As
sete primeiras letras do alfabeto são usadas para representar notas musicais. São as cifras:
C D E F G A B
do ré mi fa sol la si

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Tons, semitons e sinais de alterações


Tons e semitons funcionam como um tipo de unidade de classificação das distâncias entre as notas
musicais (intervalos). Semitom é menor distância entre duas notas. Tom é a união de 2 semitons. Aqui
temos uma figura que representa o braço do instrumento:

6ª corda ← 1tom → 1ªcasa

1ª corda ← semitom →

As notas musicais do, ré, mi, fa, sol, la, si fazem parte de um sistema de frequências de 12 sons a
que chamamos de “escala cromática”. As notas musicais alteradas em um semitom são representadas
com os símbolos de sustenido (#) e bemol (b) colocados a direita de suas cifras. Na partitura, esses sinais
aparecerão do lado esquerdo de cada nota alterada:

C C# D D# E F F# G G# A A# B
Db Eb Gb Ab Bb

# - Sustenido – Eleva a altura da nota em 1 semitom

b – Bemol – Abaixa a altura da nota em 1 semitom

Notas naturais e notas alteradas:

C Db D Eb E F Gb G Ab A Bb B
C C# D D# E F F# G G# A A# B

Pentagrama
A partitura é um sistema usado mundialmente para registro de música. Vamos estudar os
símbolos usados numa partitura e seus significados. Pentagrama é uma sistema de 5 linhas e 4 espaços
usado para registrar altura dos sons. Linhas e espaços são numerados de baixo para cima:

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Linhas Espaços

As notas musicais são escritas nas linhas e nos espaços. Notas graves em baixo, notas agudas em
cima:

Clave de Sol
O símbolo que determina a localização das notas e o instrumento a ser usado chama-se Clave. A clave
de sol é usada na escrita para violão, guitarra e outros instrumentos como violino e flauta.

Sol (G)
A partir desta nota, as demais notas de linha e espaço recebem seus nomes.

Compassos, barras de divisão e barra final


Compassos são as partes as quais dividimos uma música. Para dividirmos uma pauta (sistema) em
compassos, usamos barras de divisões. A barra dupla ou barra final indica o fim da música.

1ºcompasso 2ºcompasso 3ºcompasso 4ºcompasso

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A notação musical que conhecemos


hoje teve origem no Egito por volta de 3
mil anos antes de Cristo. O
desenvolvimento a aperfeiçoamento da
escrita absoluta das notas musicais se
deve ao monge e regente
italiano Guido D'Arezzo (992-1050). A
criação dos nomes das notas foi
inspirada no “Hino a São João Batista”
chamado “Ut queant laxis , cuja inicial
de cada verso corresponde a uma nota
musical.

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Parte 2

Divisão
Musical

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Valores, Figuras e Pausas


As figuras que representam a duração das notas são chamadas de valores positivos. Cada figura
possui uma pausa (figura que indica silêncio) referente a ela. Pausas são valores negativos:

Semibreve Pausa de semibreve

Mínima Pausa de mínima

Semínima Pausa de semínima

Colcheia Pausa de colcheia

Semicolcheia Pausa de semicolcheia

Fusa Pausa de fusa

Semifusa Pausa de semifusa

Em geral, na escrita de uma melodia a haste é colocada para cima, do lado direito da cabeça da nota:

Sobre a 3ª linha e acima dela, haste para baixo do lado esquerdo da cabeça:

Pequenas linhas podem ser colocadas abaixo e acima do Pentagrama. São as linhas
suplementares. São usadas para complementar o uso do pentagrama no registro da tessitura (alcance de
notas mais graves e mais agudas) dos instrumentos:

Fórmula de compasso, pulsação e ritmo


Fórmulas de compassos são números que indicam o tamanho dos compassos:

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Numerador 3 → 3 tempos por compasso (quantidade)


Denominador 4→ semínima preenche 1 tempo (qualidade)

O denominador é chamado de “número representativo”. Ele indica qual a figura que preenche 1
tempo:

1 2 4 8 16 32 64

Considerando a semínima como unidade de tempo, temos:

4 → 4 tempos por compasso (quantidade)


4→ semínima preenche 1 tempo (qualidade)

Considerando a fórmula acima, temos:

4
4 1 2 3 4

4
4 1 2 3 4

4
4 1234

Para entender o que chamamos de “ritmo” da música, importante compreendermos o que vem a
ser “pulsação”. Pulsação é uma batida constante, como num movimento de marcar o andamento de uma
música com a mão ou o pé. Andamento é a velocidade da pulsação:
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Ritmo é um padrão sonoro determinado pela combinação de som e silêncio:

Cada pausa tem sua localização no sistema:

É escrita sob a 4ª É escrita sobre a 4ª Centralizada na pauta.

linha da pauta. Linha da pauta.

No compasso 4/4:

a pausa da semibreve indica silêncio de 4 tempos


a pausa da mínima indica silêncio de 2 tempos
a pausa da semínima indica silêncio de 1 tempo

Leitura rítmica
Bater marcando a pulsação e cantando as durações em voz alta:

1) 1 2 3 4 1 2 3 4 12 3 4 12 34

Tá tá tá tá tá tá tá tá-á tá tá tá-á

2)

3)

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O solfejo é um estudo feito através


da leitura das notas da partitura.
Solfejar é cantar o que está escrito
seguindo as respectivas alturas e
durações. É nessa fase do estudo
que percebemos que a música
pode estar intrinsecamente em
nós.

Leitura com cordas soltas


Vamos praticar as cordas soltas com as figuras rítmicas semibreve, mínima e semínima e
suas respectivas pausas. Antes de passar para o instrumento, recomendo fazer uma leitura
rítmica.

Notação das cordas soltas:

E A D G B E

Sobre a 6ª Corda, nota mi

Sobre a 5ª Corda, nota lá

Sobre a 4ª Corda, nota ré

Colcheias
Colcheia é a metade da Semínima: =

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Através deste gráfico podemos compreender a pulsação e o valor da colcheia no compasso
quaternário:

impulso

apoio

Considerando o compasso quaternário, a colcheia preenche meio tempo. Quando 2 ou mais


colcheias são escritas juntas, elas são unidas por uma barra de ligação.

1 e 2 e 3 e 4 e

Continuação do exercício de leitura com cordas soltas:

Sobre a 3ª Corda, sol

Sobre a 2ª Corda, si

Sobre a 1ª Corda, mi

Contratempo
A pausa da colcheia pode ser usada no apoio ou no impulso. Quando usada no apoio temos um
contratempo, ou seja, a execução da colcheia do impulso se inicia na metade do tempo. Considerando o
compasso quaternário, a pausa de colcheia é um silêncio de meio tempo.

impulso

apoio

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Bater marcando a pulsação cantando as durações em voz alta:
1)

1 e 2 e 3 4 1 e 2 e 3 4 1 e 2 e 34 1 2 3 e 4

2)

Ligadura de tempo
A ligadura soma os valores das figuras. Quando colocada em uma nota no tempo fraco, o som é
estendido até outro tempo criando uma sensação de síncope.

2 tempos 1tempo e meio 3 tempos

3)

Semicolcheia
É a metade de uma colcheia. Quando escrita sozinha tem 2 bandeirolas. Duas semicolcheias
escritas juntas tem 2 traços unindo-as:

Considerando compasso quaternário, a semicolcheia preenche ¼ (um quarto) de tempo. Para


facilitar a leitura rítmica com semicolcheias, contar:

1 a b c 1 E 1

1 2 a b c 1 e 2 1 a b c 2 e 1 2

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Figuras derivadas

As 4 semicolcheias podem ser usadas com colcheias, criando combinações rítmicas dentro do tempo:

|| ||

|| ||

|| ||
Figuras pontuadas
O ponto aumenta o valor da figura em sua metade:
Mínima pontuada

Nestes próximos exemplos, pratique usando a nota sol, 3ª corda solta da guitarra ou violão.

Semínima pontuada

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Colcheia Pontuada

Quiálteras
É uma combinação rítmica irregular em relação a divisão esperada:

Tercina

1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

Sextinas

Quintinas e Septinas

Exercícios
1)

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2)

3)

Leitura da primeira região do braço na


partitura
Agora vamos ler as notas naturais que estão localizadas nas 4 primeiras casas do braço.
Importante usar um dedo para cada casa na hora de ler estes primeiros exemplos, seguindo a numeração
de cada dedo igualmente a numeração das quatro primeiras casas do braço do violão ou guitarra:

dedo 4 dedo 3 dedo 2 dedo 1

1ª corda 1ªcasa

6ª corda 5ª corda 4ª corda

mi fa sol la si do ré mi fa

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3ª corda 2ª corda 1ª corda

Sol la si do ré mi fa sol

Exercícios
1 – Sobre a 6ª corda

2 – Sobre a 5ª corda

3 – Sobre a 4ª corda

4 – Sobre a 3ª corda

5 – Sobre a 2ª corda

6 – Sobre a 1ª corda

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Leitura de acordes
A escrita de sons simultâneos na partitura se dá através do empilhamento das notas verticalmente:

C F G C

Importante compreender a leitura de sons simultâneos para futuramente ser capaz de analisar
harmonicamente os intervalos dos acordes:
7)

8)

9)

Notas alteradas e outras fórmulas de


compassos
A leitura das notas alteradas seguirá o mesmo padrão de digitação das 4 primeiras casas. Nos
próximos exemplos, resolvi incluir também fórmulas com numeradores 5, 6 e 7. A digitação escrita abaixo
de cada exemplo segue a numeração dos dedos 1, 2, 3 e 4 da mão esquerda. Os acidentes de sustenido

e bemol são anulados dentro do compasso com o símbolo de bequadro:

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1)

0 2 3 0 3 2 0 2 1 4 1 2 1 2 1 4 4 3 0

2)

0 3 1 4 3 1 0 2 2 1 0 4 3 2 1 0 0 1 0 3 0 0 1 0 4 1 1 3 0 1

3)

0 2 3 4 3 1 0 3 0 4 0 4 0 1 0 1 3 4 0 0 4 1 0 0 0 3 2 1 3 1

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Parte 3

Intervalos,
tríades e
tétrades

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Considero o estudo da harmonia quase uma ciência! Quando pensamos nos três parâmetros
melodia, harmonia e ritmo, podemos enxergar a harmonia como um simples acompanhamento, ou um
horizonte de possibilidades, principalmente na hora de compor.

Intervalos
O estudo da harmonia pode ser iniciado com os intervalos, visto que a análise da distância entre
duas notas musicais gera conhecimento sólido para a compreensão do que vem a ser “consonância” e
“dissonância” na música.
Intervalos são distâncias entre as notas musicais. A classificação de intervalos nos ajuda a
entender a estrutura de escalas e acordes. O estudo dos intervalos deve ser feito no braço do instrumento,
de modo completamente prático, cantando as notas. Isso proporcionará conhecimento do braço da
guitarra e do violão e pode melhorar a percepção.

Os intervalos podem ser classificados da seguinte forma:

Maiores e menores Justos Aumentados e


diminutos
Simples 2ª, 3ª, 6ª e 7ª 4ª, 5ª e 8ª todos
Compostos 9ª e 13ª 11ª todos

Podem ser executados no formato harmônico ou melódico. Harmônico: notas tocadas


simultaneamente. Melódico: Sucessão de notas.
Intervalos simples são aqueles que não ultrapassam o limite de uma 8ª. Os Intervalos compostos
ultrapassam o limite de uma 8ª.

Segunda Menor Db C

2ª menor – meio tom

Segunda Maior D C

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2ª maior – 1 tom

Terça menor
C Eb

3ª menor – 1 tom e meio

Terça Maior
C E

3ª maior – 2 tons

Quarta Justa
C

4ª justa – 2 tons e meio

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Quarta Aumentada
F# C

4ª aumentada – 3 tons

Quinta Justa
G C

5ª justa – 3 tons e meio

Quinta Aumentada
G# C

5ª aumentada – 4 tons

Quinta diminuta
Gb C

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5ª diminuta – 3 tons

Sexta Maior
C A

6ª maior – 4 tons e meio

Sexta menor
C Ab

6ª menor – 4 tons

Sétima maior
B C

7ª maior – 5 tons e meio

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Sétima menor
C

Bb

7ª menor – 5 tons

Sétima diminuta
C B(dobrado bemol)

7ª Diminuta – 4 tons e meio

Oitava Justa
C C

8ª justa – 6 tons

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Intervalos compostos mais comuns em acordes


Intervalo de nona maior (9) C

Intervalo de nona aumentada (#9) D# C

Intervalo de nona menor (b9) C Db

Intervalo de décima primeira (11) F C

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Intervalo de décima primeira aumentada (#11) C F#

Intervalo de décima terceira maior (13) A C

Intervalo de décima terceira menor (b13) Ab C

Tríades
Uma tríade é formada por 3 sons, que podem ser executados de forma harmônica ou melódica. Em
sua formação, encontramos uma nota chamada “fundamental”. Partindo da fundamental, encontramos
mais 2 intervalos que se dispõe em uma terça (3ª) e uma quinta (5ª). Estudaremos agora as quatro tríades
básicas: maior, menor, aumentada e diminuta.

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C F 3ª 5ª

C E G(3ª corda solta)

No violão e na guitarra as tríades podem ser tocadas oitavando ou “dobrando” em oitavas algumas
notas que compõe o acorde.
C

Neste formato, as notas C e E foram oitavadas.


C E G C E

Podemos classificar os formatos de acordes em tríades “fechadas” e tríades “abertas”.

Dó maior

Outras tríades fechadas de Dó

Caum ou C(#5) Cm Cdim ou Cm(b5)

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Inversões das tríades


Podemos colocar as notas de terças e quintas como “baixos”. Consequentemente as cifras dos
acordes ficarão diferentes. A sonoridade permanece, mas a digitação no braço do violão ou guitarra muda,
gerando assim várias possibilidades de formações pelo braço. São chamadas de “tríades abertas”.

C
Baixo na 4ª corda

Baixo na 5ª corda

Baixo na 6ª corda

*Alterando a nota G em 1 semitom acima (G#), formaremos Caum.

Cm
Baixos na 4ª corda

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Baixo na 5ª corda

Baixo na 6ª corda

*Alterando a nota G em 1 semitom abaixo (Gb), formaremos Cdim.

Tétrades
Quando adicionamos uma nota em intervalo de 3ª sobre uma tríade, temos tétrade. Tétrade é um
acorde de quatro sons. Formado por F, 3ª, 5ª e 7ª. O intervalo de 7ª pode ser maior, menor ou diminuto.

C7M

C7M F 3ª 5ª 7ª

Cm7

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Cm7 F 3ªm 5ª 7ªm

Cm7M

Cm7M F 3ªm 5ª 7ªM

C7

C7 F 3ª 5ª 7ªm

C7M(#5)

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C7M(#5) F 3ª 5ªaum 7ªM

Cm7(b5)

Cm7(b5) F 3ªm 5ªdim 7ªm

C° F 3ªm 5ªdim 7ªdim

Os acordes tétrades podem ser representados por algarismos romanos (cifragem analítica):

I7M IIm7 IIIm7 IV7M V7 Vim7 VIIm7(b5)

Campo de Do maior

C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5)

Inversões das tétrades


Os acordes de quatro sons também podem ser invertidos. Vamos estudar o acorde de C7M e com
ele vamos desenvolver as várias possibilidades de inversões das outras categorias de tétrades, a saber:
Cm7, Cm7M, C7M(#5), Cm7(b5), C7 e C°.

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Baixo na 4ª corda

Baixo na 5ª corda

Baixo na 6ª corda

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Parte 4

Campo
harmônico

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Escalas, acordes e tonalidades


Escala é uma série harmônica. Possui uma estrutura intervalar expressa em uma sequência de
tons e semitons. Cada nota da escala é chamada de “grau” e representada por um algarismo romano:
O I grau é chamado de tônica;
O II grau é chamado de supertônica;
O III grau é chamado de mediante;
O IV grau é chamado de subdominante;
O V grau é chamado de dominante;
O VI grau é chamado de superdominante ou sobredominante;
O VII grau é chamado de sensível.

I II III IV V VI VII VIII

Em cada grau encontramos:


- uma tríade (acorde de 3 sons)
- uma tétrade (acorde de 4 sons)
- um modo (sonoridade)
- uma função (caminho ou objetivo de cada acorde numa progressão harmônica)
Na música Ocidental, temos o modo maior e o modo menor. Para a constituição de uma música, ou
seja, para uma composição, o músico deve conhecer em qual modo ou tonalidade quer tocar determinada
melodia ou harmonia. Os acordes são constituídos dentro das escalas, formando assim, um Campo
Harmônico, onde a música é executada. Na música, temos a escala maior e a menor, ou modo maior e
menor.

Escala Maior
A escala maior constitui o Campo Harmônico maior. A escala de Do maior não possui sinais de
alterações. Em outras tonalidades encontramos a mesma estrutura expressa em tons e semitons, porém
com algumas notas alteradas. Quanto a configuração de intervalos, temos:

Tônica 2ªM 3ª M 4ªJusta 5ªJusta 6ªM 7ªM 8ªJusta

Estrutura TOM TOM SEMITOM TOM TOM TOM SEMITOM


Do maior C D E F G A B C
Ré maior D E F# G A B C# D
Mi maior E F# G# A B C# D# E
Fá maior F G A Bb C D E F
Sol maior G A B C D E F# G
Lá maior A B C# D E F# G# A
Si maior B C# D# E F# G# A# B

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Na partitura, os acidentes devem ser colocados no início da pauta, logo após a clave. É a armadura
de clave:

Escala de Sol maior

Esses acidentes são fixos. A escrita segue uma ordem:

Ordem dos sustenidos: Fá Dó Sol Ré Lá Mi Si

Ordem dos bemóis: Si Mi Lá Ré Sol Dó Fá

Escala de Mib maior

Reconhecimento e formação no braço


Nesse momento é importante que seja fomentado o reconhecimentos dos nomes das notas
musicais no braço do instrumento, cantando e tocando cada nota.

Digitação usando cordas soltas: Usando outra digitação:

Com essa disposição de notas, podemos acrescentar mais uma nota sobre cada grau. Esta nota é
chamada de terça:

Se acrescentarmos mais uma nota, a quinta, vamos ter a formação de um Campo Harmônico onde
há um grupo de acordes que podem ser usados numa composição. Lembrando que essas notas
acrescentadas fazem parte da própria escala em questão, Do maior. Os acordes formados são chamados
de Tríades. Cada tríade é constituída por 3 notas: Fundamental (F), Terça (3 ou 3m) e Quinta (5, 5dim).

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Estes mesmos acordes podem ser tocados assim:

C Dm Em F G Am B°

Usando os formatos fechados, temos uma disposição básica das tríades do campo harmônico
maior.
C Dm Em F

G Am Bº

Sol maior
Escala

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Acordes partindo das notas da escala:

G Am Bm C

D Em F#°

Ré maior
Escala

Acordes formados a partir das notas da escala:

D Em F#m G

A Bm C#º

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Escalas Menores
O modo menor é encontrado no VI grau das escalas maiores. Esta escala é chamada de Menor
Natural ou Menor Primitiva. A Menor Natural é derivada da escala Maior, por isso, o campo formado nesta
escala possui os mesmos acordes de seu relativo Maior.

Exemplo em Am natural, VI grau de Do maior:

T 2ªM 3ªm 4ªJ 5ªJ 6ªm 7ªm 8ªJ

A escala menor primitiva dá origem em outras duas sonoridades menores. Isto ocorre com a
alteração do VI e VII graus desta escala, originando a Menor Harmônica e Menor Melódica:

Menor Harmônica

T 2ªM 3ªm 4ªJ 5ªJ 6ªm 7ªM 8ªJ

Menor Melódica

T 2ªM 3ªm 4ªJ 5ªJ 6ªM 7ªM 8ªJ

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Menor Harmônica
Esta escala tem o VII grau alterado em relação a menor Natural. É bem provável que os
compositores do período Renascentista e Barroco descobriram esta escala por acaso, usando
uma nota de passagem por aproximação cromática entre a 7ª e a 8ª nota da escala Menor
Natural. Com o tempo, o uso se intensificou em composições destes períodos.

Campo Menor Harmônico Tétrades

Am7M Bm7(b5) C7M(#5) Dm7

E7 F7M G#°

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Menor Melódica
Esta escala tem o VI e VII grau elevado em relação a menor Natural encontrada na escala
maior.

Campo Menor Melódico Tétrades

Am7M Bm7 C7M(#5) D7

E7 F#m7(b5) G#m7(b5)

Funções Harmônicas
O objetivo do acorde no campo é chamado de Função Harmônica. Este objetivo tem as suas
variáveis. Existem os acordes primários, que são os acordes do I, IV e V graus e são os acordes que
caracterizam a tonalidade; e os acordes secundários são relativos aos primários, mas que não exercem
uma função tão efetiva. Os secundários são usados para substituir os primários numa progressão
harmônica de uma música. Esta representação é válida para todo campo harmônico, seja maior ou menor.

Exemplo em Do maior:
FUNÇÕES PRIMÁRIAS FUNÇÕES SECUNDÁRIAS
Tonica I7M C7M IIIm7 Em7
(Ponto de partida e resolução) VIm7 Am7
Subdominante IV7M F7M IIm7 Dm7
(Afastamento)
Dominante V7 G7 VIIm7(b5) Bm7(b5)
(Preparação que pede resolução)

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Todos os acordes do Campo se relacionam com o acorde do primeiro grau. Isso porque esse
acorde é o ponto de partida numa progressão, e normalmente, também pode ser o repouso ou final da
cadência.

Cadências
A cadência harmônica é caracterizada pela combinação funcional dos acordes, com sentido
conclusivo (resolução na tônica ou em sua relativa), ou suspensivo (resolução na dominante,
subdominante ou em suas relativas). É através da cadência que se define uma tonalidade. A principal
característica da música ocidental é a ‘preparação que pede resolução’. Isso se dá através de um intervalo
chamado Trítono, encontrado entre o IV e VII grau das escalas mais usadas no ocidente, a saber, a escala
Maior, Menor Harmônica e Menor Melódica.

IV VII
Este intervalo, gera um acorde maior com 7ª menor que é o Dominante. Na tonalidade em questão
(Do maior) é o G7:

O entendimento de cadências facilita a compreensão de tonalidades, fazendo com que o estudante


de música consiga analisar e transpor músicas para alturas confortáveis para a execução instrumental ou
vocal. Exemplos em Do maior:

Cadência Perfeita

V7 – I7M

|| G7 | C7M||

Cadência Imperfeita

V7 – I7M invertidos

|| G7 | C7M/E ||
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Cadência plagal
IV7M - I7M
|| F7M | C7M ||

Cadência Deceptiva
V7 - VIm7
|| G7 | Am7 ||

Cadência II cadencial
IIm7 - V7 - I7M
|| Dm7 | G7 | C7M ||

Cadências nas tonalidades menores


O tom menor traz algumas particularidades em termos de sonoridade. Existe uma variedade maior
de acordes e possibilidades de resolução no campo menor. A estrutura intervalar das escalas menores
harmônicas e melódicas gera tensões e extensões interessantes para uma progressão. Vamos recapitular
os acordes do campo menor. Exemplos em Am:

Campo Menor Harmônico Tétrades

Am7M Bm7(b5) C7M(#5) Dm7

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E7 F7M G#°

Campo Menor Melódico Tétrades

Am7M Bm7 C7M(#5) D7

E7 F#m7(b5) G#m7(b5)

Podemos usar extensões para o acorde dominante do V grau, são os acordes dominantes
alterados. Essas extensões possibilitam sonoridades diferentes para a cadência, gerando bons
movimentos de notas em um só acorde.

Cadência dominante

V7 – Im7M
|| E7 | Am7M||

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Ou
V7alt – Im7
|| E7(b9) | Am7||

V7alt – Im6
|| E7(#9) | Am6||

VIIm7(b5) – Im7
|| G#m7(b5) | Am7||

VII° – Im7M
|| E7(b9) | Am7M||

Modos Gregos e Harmonia Modal


Modos são sonoridades encontradas nos campos harmônicos. No estudo da guitarra atual existem
metodologias específicas que tratam os modos como meros fragmentos de um campo harmônico, quando
na verdade podem ser tratados separadamente dentro de uma composição musical. Para mim, existem
duas formas de abordagens:

1 – Harmonizando modalmente

2 – Improvisando modalmente.

Quando se usa harmonia modal, invariavelmente acaba-se improvisando modalmente mas


pensando numa progressão modal (vamp). Na abordagem 2 o improviso é “pensado” de forma ‘micro’
(sobre cada acorde), diferentemente da abordagem 1 onde toda a progressão é levada em conta (macro).

Modos maiores do campo harmônico maior

I – Jônico

IV – Lídio

V – Mixolídio

Modos menores

II – Dórico

III – Frígio

VI – Eólio

VII – Lócrio

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Abordagem 1: Harmonia Modal
Nesta primeira etapa, abordarei somente os modos Dórico, Frígio, Lídio e Mixolídio. O 1º passo
para usarmos os modos nesta abordagem é encontrar a nota característica. O 2º passo é inserir essa nota
no acorde base (ou tônica). O 3º passo é inserir esta nota nas tríades dos outros acordes da progressão,
criando assim o que chamamos de “vamp”.

Modo Dórico - Exemplo em D dórico, II grau de Dó maior

T 2M 3m 4J 5J 6M 7m

Cada modo possui uma nota chave, ou nota característica. Por ser um modo menor, vamos
compará-lo à sua escala menor natural homônima para encontrarmos essa nota::

D Dórico 6M (B) D menor natural 6m (Bb)

A nota B é a 6ª maior, característica deste modo. Vamos encontrar esta nota no campo modal:

Campo harmônico D Dórico

Dm7 Em7 F7+ G7 Am7

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Bm7(b5) C7M

Para criarmos um vamp em D Dórico, vamos usar o Dm6, Dm7(13) e o Em7, pois são os acordes
que possuem nota B:

Dm6 Dm7(13)

|| Dm6 Dm7(13) | Dm6 Em7 ||

Ferramentas melódicas D Dórico

Para improvisarmos sobre esse vamp em D Dórico, vamos usar 3 ferramentas: Escala de D Dórico
(C maior), Pentatônicas (m7, m6 e penta blues menor) e arpejos.

1 – Escala

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2 – Pentatônicas

Penta de D menor 7

Pentatônica modal de D Dórico (menor 6)

Penta blues menor em D

3 – Arpejos

Dm7

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F7M

Am7

C7M

Modo Frígio – Exemplo em E Frígio, III grau de Dó Maior

T 2ªm 3ªm 4ªJ 5ªJ 6ªm 7ªm

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Nota característica:

E Frígio 2ªm (F) E menor natural 2ªM (F#)

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O estudo da música depende de


conceitos, mas não como meras
informações que não geram
conhecimento. O conhecimento
musical depende diretamente da
vivência e da prática, seja ela só, ou
em conjunto. A teoria musical pode ser
usada apenas como um sistema
expositivo de elementos
metodológicos, desde que o
desenvolvimento da percepção musical
esteja sempre atrelado à prática e ao
conhecimento dos conceitos.

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