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TRANSPORTE DE ENERGIA ELÉCTRICA

EM CORRENTE CONTÍNUA (HVDC) Dep. Electrónica Industrial

O transporte de energia eléctrica faz-se maioritariamente


em corrente alternada, devido à simplicidade de alteração
das tensão através de transformadores. No entanto o
transporte em corrente contínua tem algumas vantagens:
• Redução das perdas nos cabos subterrâneos e
submarinos, que possuem capacidades elevadas.
• Menor regulação nas linhas aéreas devida à indutância.
• Possibilidade de linhas mais longas (nota: λ = c*T;
comprimento de onda a 50Hz é 6000km).
• Permite transmissão de energia entre sistemas AC não
sincronizados ou de frequências diferentes.
• Aumento da potência das linhas onde é difícil e caro
instalar novos condutores.
• Para a mesma potência, as linhas e suportes são menos
dispendiosos, pois necessita apenas dois condutores, os
cabos podem ser de menor qualidade e o efeito pelicular é
desprezável (R aumenta com a frequência).
• Aumenta a estabilidade do sistema AC sem aumentar a
corrente de curto-circuito.
• Redução do efeito de coroa, pois a tensão máxima é
1,414 vezes menor que em AC.
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Troço aéreo (12km) da


linha HVDC que liga a
Alemanha à Suécia. O
maior troço é submarino.

Banco de transformadores
para HVDC Siemens, em
Cabora-Bassa, Moçambique,
reparados depois da guerra.

• Os cabos subterrâneos e submarinos possuem capacidade elevada. Em DC o efeito é


desprezável. Em AC, requer correntes mais elevadas para carregar/descarregar as capacidades,
aumentando as perdas por efeito de Joule. Além disso, as perdas dieléctricas são muito
superiores em AC.
• Um sistema HVDC é capaz de transmitir mais energia, pois os valores máximos de tensão são
menores, o que determina o espaçamento mínimo entre condutores e a espessura dos
isolamentos. Sendo assim é possível aumentar a potência de linhas já existentes.
• Como um sistema HVDC é capaz de transmitir energia entre sistemas AC não sincronizados, é
possível aumentar a estabilidade da rede evitando que falhas em cascata (“apagões”) se
propaguem entre sistemas eléctricos – este factor por si só tem justificado o uso de HVDC por
vários operadores de sistemas eléctricos de energia.
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Barragem de Itaipu (rio


Paraná) tem 20 geradores de
700MW (14GW). Abastece
95% do Paraguai (60Hz) e
24% do Brasil (50Hz).

Subestação HVDC em
Herrenwyk, Alemanha.

• Possíveis benefícios para a saúde: as linhas DC não produzem, um campo electromagnético


ELF (extremely low frequency), tal como produzem as linhas AC. Existem defensores da teoria
que a ELF é prejudicial à saúde. No entanto o consenso Científico actual considera que a ELF
está confinada às proximidades das linhas AT e que não é especialmente nociva. Além disso,
considera que os sistemas HVDC não eliminam de todo o problema.
• As linhas AC só podem ligar sistemas com a mesma frequência e com uma diferença de fase
que é função da potência a transmitir pelas linhas. Muitas vezes é necessário partilhar energia
entre sistemas não sincronizados, como por exemplo Reino Unido, Europa de Norte e Europa
Continental. Outras vezes é necessário ligar sistemas com frequências diferentes, como por
exemplo no Japão (redes a 50Hz e 60Hz).
• Os geradores podem ficar instáveis e dessincronizar, no caso de se situarem numa zona
remota, ligada por uma linha longa. A transmissão HVDC pode ser interessante, por exemplo,
para ligar parques eólicos distantes (por exemplo no mar – Países Baixos) à rede.
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As linhas HVDC também possuem algumas desvantagens:


• São necessários conversores estáticos dispendiosos e que não aguentam sobrecargas.
• Em distâncias pequenas, as perdas nos conversores electrónicos de potência podem ser
maiores do que as perdas nas linhas AC.
• Para linhas curtas, os custos de instalação dos conversores de potência não justificam a
economia que se faz na instalação das linhas.
• É muito complexo fazer linhas com múltiplas ramificações, como é habitual acontecer nas
linhas AC.
• Fluxo de energia complicado de gerir, requerendo sistemas de controlo que comuniquem entre
si, enquanto que nas linhas AC o fluxo é garantido pelas propriedades intrínsecas das linhas.

Actualmente, justifica-se utilizar HVDC nas linhas aéreas com mais


de 600 a 800Km e nas linhas submarinas com mais de 50Km.
Será uma solução interessante para linhas (muito) mais curtas num
futuro próximo, graças à evolução dos semicondutores de potência
(e respectiva redução de custos) e sistemas de controlo?
E para ligação de fontes de energia alternativa à rede (algumas
geram corrente contínua)?
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Os sistemas HVDC podem ser dos seguintes tipos:


• Unipolar com retorno pela terra: um dos terminais da linha é ligado à terra, o outro está sob
alta tensão. O condutor de terra a ligar duas subestações pode existir ou não. No segundo
caso a corrente circula pela terra, o que pode provocar corrosão de metais enterrados (tais
como condutas); libertação de cloro nos eléctrodos de terra submarinos e campos magnéticos
não compensados que podem afectar as bússolas de navegação. As linhas modernas deste
tipo incluem um condutor de retorno enterrado, que não precisa de isolamento.
• Bipolar: utiliza-se um par de condutores com polaridades simétricas em relação à terra. É
mais cara que a unipolar mas tem algumas vantagens: a corrente pela terra é desprezável; se
uma linha avariar, pode continuar a funcionar como unipolar; o custo do segundo condutor é
reduzido, pois as correntes são metade das linhas unipolares da mesma potência e no caso de
terrenos muito acidentados os dois condutores podem ter trajectos distintos. É habitual instalar
também um terceiro condutor enterrado de retorno.
• Back-to-back: trata-se de uma subestação onde os conversores estáticos estão próximos,
tendo a linha apenas alguns metros. Servem para ligar sistemas de frequências diferentes,
sistemas de igual frequência mas ângulo de fase independente e sistemas com números de
fases distintos (tracção eléctrica, por exemplo). As linhas usam correntes muito elevadas.
• Tripolar: (patente) sistema que usa duas linhas da rede AC como HVDC bipolar e a terceira
como unipolar. Os condutores bipolares funcionam alternadamente e periodicamente a 37% e
137% do regime nominal, enquanto que o terceiro funciona a 100%. Com este sistema é
possível transportar mais 80% da energia nas linhas já existentes para AC, sem as danificar.
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Nome Subestação Subestação Comprimento Comprimento Tensão Potência Ano Notas


1 2 do cabo da linha aérea

Konti-Skan 1 Vester Stenkullen, 87km 89km 250kV 250MW 1964 Rectificadores de vapor de
Hassing, Suécia mercúrio até 2006, alterada
Dinamarca para tirístores
SACOI 2 Suvereto, Lucciana, 118km 304km 200kV 300MW 1992 Sistema multiterminal; usa
Itália França; tirístores
Codrongianos,
Itália
Cabora-Bassa Songo, Apollo, África - 1420km 533kV 1920MW 1979 Reparada depois da
Moçambique do Sul guerra; usa tirístores
HVDC Tjæreborg, Tjæreborg, 4,3km - 9kV 7,2MW 2000 Ligação a geradores
Tjæreborg Dinamarca Dinamarca eólicos; usa IGBT’s

Rectificadores de vapor
de mercúrio
(controlados/inversores):
rendimento baixo, muito
frágeis (ampola de vidro),
o mercúrio é altamente
poluente.

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Tirístores para HVDC


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As linhas HVDC podem ser


unidireccionais, se a energia
fluir sempre no mesmo
sentido (exemplo à esquerda)
ou bidireccionais, se for
possível o fluxo de energia
nos dois sentidos (exemplo
em baixo).

Componentes de uma linha de transmissão HVDC:


• Indutores das linhas DC (L)
• Filtros de harmónicos do lado DC (Fdc)
• Transformadores dos conversores (T1, T2)
• Fontes de energia reactiva (Q1, Q2)
• Filtros de harmónicos do lado AC (Fac)
• Sistema de comunicações entre as estações de
conversão
• Eléctrodos de terra (Gd)

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O transporte de energia eléctrica em HVDC


é controlado ajustando os ângulos de
disparo do rectificador e do inversor das
duas subestações.
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