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Femas hor Son Pou Sune 00" 1.2006 couse TEORIA DA NORMA JURIDICA 6. Estrutura da norma juridica 0 diteito € definido, pela teoria pura, como uma or- ‘dem coativa, no sentido de que estabelece a imposigio de lum ato de coagio contra as situagGes sociais consideradas indesejaveis (cf. Bobbio, 1977: 210/211)", Esse ato (pri- so, privagao de bens etc.), normalmente, é recebido como ‘um mal por quem o sofre, e as leis em geral estatuem coa- ges. A existéncia de pessoas para as quais 4 coagao nao representa propriamente um desvator, bem como de nor- ‘mas juridicas estabelecedoras de incentivos ou prémios, & caracteristica excepcional nos homens e nas ordens juri- 16. “La ragione per eui Kelson non se & preoecupato del fine {be ordinamento giro sta nel fto che epi det cit, inteso come forma di controle sociale, una conceione merarent tment. a qa, occome Fiptel, va perfetamente 'accordo con i relativism etic € "iaclonalismo dei valor, Una delle afermazion ricrrent in uta opera kelseriana &che i dito pom & un fine ma un merz9. Come mez20 pus essere wat pet faggungere i fini pid diversi, come Ia seria del ito nsepna, Ma proprio in quanto serve araggungere ifn pt diversi un anal) ‘he para dai fini o peso dl ine (come quella det gusnatralisi) non permetterd mai di copter Pessenza del dirito. Pet Kelse i dito wna tecnica dll organizccione sociale: as spect consist nel 080 de rmedzicoectv per indaret membr di un grap sociale are o non fare aleunché I drito& un meccanismo coattivo.” a dicas. O direito se distingue de outras ordens sociais por- {que 0s atos de coagio prescritos podem ser aplicados, se necessario, mediante o emprego da forga fisica. A coaga0 psiquica € comum a todas as ordens sociais ¢ pode tam- ‘bém derivar do direito, embora isso nao seja essencial, As proposigdes juridicas descrevem as normas por cenunciados dednticos, isto é, afirmagdes de que alguma conduta deve ser. Especificamente, estabelecem a ligagao dedntica — isto é, através do verbo dever ser — entre de- terminada previsio factual e atos de coagio, Dado o fato p, deve ser 0 ato de coagao 4. A estrutura desse enunciado, pportanto, possui o antecedente (p) conectado deonticamente a0 conseqiiente (4). A formulagdo kelseniana admite, a partir dessa estru- tura baisica, duas alternativas: ou se estabelece a ligagio dedntica entre condutas humanas (atos ou omissdes)e san- fo, ou entre fatos diversos de condutas humanas e atos Coativos diversos de sancio, Esta gitima possibilidade, no entanto, parece ter significado marginal. Kelsen a consi dera para tratar de situagGes especificas, como a imposi- ‘¢40 de confinamento ou privagdo compulséria de proprie- dade pelo 6 fato de se pertencer a determinada raga. A definigao do antecedente como descricio de comportame! {o humano e do conseqiente como sangao corresponde & generalidade das normas juridicas, razdo pela qual se limi- ta aqui, o exame a apenas essa alternativa. Em Kelsen, portanto, a estrutura da norma juridica, pelo menos segundo a descrigao dada pela proposigao ju- ridica, & sempre a de ligagio deéntica entre a referencia a certo comportamento p e uma sangao 4. De modo mais simples, toda a norma jurica pode ser compreendida como 2 imposigo de uma sango 2 conduta nela considerada (Kelsen, 1960: 92)”. As normas juridicas, assim, tém a estrutura de uma proibigio, por descrever a conduta tida por ilicita como antecedente ea punigo como conseqien- te. A formula adotada na maioria dos dispositives de lei definidores de tipos penais (p. ex. 08 artigos da parte es- pecial do CP ou os do titulo Il do CDC) € generalizada, em Kelsen, como modelo estrutural de todas as normas. Para sustentar tal generalizagio, contudo, Kelsen nijo pode furtar-se ao enfrentamento de algumas questdes. Em primeiro lugar, a relativa 4s normas que nao profbem, mas obrigam determinados atos ou omissdes. Também deve esclarecer como poderiam ser proibitdrias aquelas esta- tuidoras de permissao. E, finalmente, é necessério expli- cara situagdo das normas que especificamente nem obri- ‘gam nem permitem, mas se limitam a estabelecer defini ‘G6es, como, por exemplo, a contida no art. 2® da Constitui G40 Federal, que elenca os Poderes da Uniao (Legislativo, Executivo e Judicidrio). Se 0 pensamento kelseniano se propde a demonstrar que todas as normas juridicas se re-

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