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versão 3
14 de outubro de 2002
i
Capı́tulos 1 a 4 - R. Constantino
Capı́tulo 5 - P.C. Motta
Capı́tulo 6 - I.R. Diniz e R. Constantino
Capı́tulo 7 - I.R. Diniz e J.R. Pujol-Luz
Capı́tulo 8 - Raul A. Laumann
Capı́tulo 9 - P.C. Motta
Capı́tulo 10 - J.R. Pujol-Luz
8 Identificação de Hymenoptera 67
8.1 Chave para as Famı́lias mais comuns da Subordem Symphyta . . . . . . . . . . . . . . . . 67
8.2 Chave para as Superfamı́lias da Subordem Apocrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
8.3 Chave para Famı́lias da Subordem Apocrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
8.3.1 Chave para Familias de Evanioidea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
8.3.2 Chave para Familias de Ichneumonoidea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
8.3.3 Chave para Famı́lias de Cynipoidea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
8.3.4 Superfamilia Chalcidoidea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
8.3.5 Chave para Famı́lias de Proctotrupoidea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
8.3.6 Chave para Famı́lias de Vespoidea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
8.3.7 Chave para Famı́lias de Apoidea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
8.3.8 Chave para Famı́lias de Chrysidoidea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
comprimento. Corpo alongado e cilı́ndrico. Olhos 2 ou 3 filamentos caudais. Ninfas com brânquias
compostos são grandes e se tocam. Ocelos sempre foliáceas ou plumosas.
presentes. Cada mandı́bula com um único ponto de Biologia: Ninfas alimentam-se de detritos no fun-
articulação. Tarsos com 3 segmentos. Abdome com do da água. Na penúltima muda a ninfa sobe à su-
estilos e vesı́culas eversı́veis na face ventral. Possu- perfı́cie e transforma-se no subimago, que voa para
em 3 filamentos caudais. São capazes de saltar e se a vegetação próxima da água e muda novamente
alimentam de algas, lı́quens e matéria vegetal em para o adulto. O adulto vive apenas um ou dois
decomposição. dias e não se alimentam; reproduzem-se e morrem.
Biologia: Vivem no meio do folhedo em áreas de Metamorfose simples.
floresta ou campos. São noturnos na maioria. Importância econômica: As ninfas são importan-
Importância econômica: nenhuma. tes como alimento para peixes.
Taxonomia: Divididos em 2 famı́lias, com cerca Taxonomia: Cerca de 2000 espécies agrupadas
de 250 espécies conhecidas no mundo. em 17 famı́lias.
um grupo natural, isto é, não existe nenhuma evi- 1.4.3 Ordem Orthoptera
dência de que correspondam a uma única linhagem
Etimologia: ortho = reto + ptera = asa
evolutiva. Também não correspondem a nenhum
Nome vulgar: gafanhotos, grilos, esperanças, pa-
grupo formal na classificação; são um conjunto ar-
quinhas
tificial de 9 ordens (das quais 8 ocorrem no Brasil)
Caracterı́sticas principais: Insetos de tamanho e
com algumas caracterı́sticas semelhantes. Inclui as
forma variáveis. Asas podem estar presentes, re-
seguintes ordens: Plecoptera, Embiidina, Dermap-
duzidas ou ausentes. Asas anteriores coriáceas e
tera, Phasmida, Orthoptera, Blattaria, Mantodea,
posteriores membranosas. Pernas posteriores sal-
Isoptera. Essas 3 últimas são tratadas por alguns
tadoras.
autores como um única ordem chamada Dictyopte-
Pronoto grande, estendendo-se sobre os lados do
ra)
tórax. Vários são capazes de produzir sons e pos-
suem ouvidos timpânicos.
1.4.1 Ordem Dermaptera Biologia: Predominantemente fitófagos, mas com
Etimologia: derma = pele + ptera = asa alguns predadores, detritı́voros ou onı́voros.
Nome vulgar: tesourinha. Importância econômica: Várias espécies fitófagas
Caracterı́sticas principais: Insetos de tamanho são pragas na agricultura.
pequeno a médio (0,4 a 3 cm), de corpo duro, geral- Taxonomia: Com cerca de 15000 espécies conhe-
mente alongado e achatado. Cercos geralmente em cidas agrupadas em mais de 10 famı́lias.
forma de pinça. Asas presentes ou ausentes; quan-
do presentes, o primeiro par é endurecido, curto e Principais famı́lias de Orthoptera
truncado (lembrando élitros de besouros) e o segun-
do é membranoso. Antenas alongas e filiformes.
Subordem Caelifera: antenas e ovipositores
Biologia: Predominantemente noturnos e detrı́-
curtos; ouvidos no primeiro segmento abdomi-
tivoros, mas alguns se alimentam de plantas vivas
nal
ou são predadores.
Importância econômica: nenhuma. Acrididae: gafanhotos
Taxonomia: Cerca de 1100 espécies conhecidas
agrupadas em 6 famı́lias. Proscopiidae: mané-magro; falso bicho-pau
cabeça. Pernas adaptadas para correr. Asas ge- Nome vulgar: cupins ou térmitas
ralmente presentes, mas ausentes em algumas; se Caracterı́sticas principais: Insetos de tamanho
presentes, asas anteriores coriáceas. Antenas geral- pequeno a médio (0,4 a 4 cm). Corpo mole e ge-
mente longas e filiformes. ralmente de cor clara. Asas sempre presentes nas
Biologia: Insetos predominantemente tropicais, formas reprodutoras, que as perdem depois do aca-
detritı́voros ou onı́voros. Fêmeas colocam ovos den- salamento. Asas anteriores e posteriores membra-
tro de uma ooteca. nosas e iguais; com uma linha mais fraca (sutu-
Importância econômica: Várias espécies domésti- ra humeral) onde se quebram após o acasalamen-
cas são pragas importantes, atacando produtos ar- to. Castas estéreis (soldados e operários) ápteras.
mazenados. Transmitem várias doenças e causam Antena moniliforme (em forma de contas). Olhos
alergia. compostos presentes nas formas reprodutoras; re-
Taxonomia: Cerca de 3500 espécies conhecidas, duzidos ou ausentes em soldados e operários.
de classificação variável. As famı́lias mais impor- Biologia: Os cupins são predominantemente tro-
tantes são: picais e detritı́voros, e se alimentam de material
Principais famı́lias de baratas: celulósico ou húmus. Muitos são capazes de comer
madeira seca e uns poucos atacam plantas vivas.
Blattidae. Exemplo: Periplaneta americana, a ba- Todos os cupins são sociais, vivendo em colônias
rata grande doméstica com um casal reprodutor (rei e rainha) e numero-
sos indivı́duos estéreis: operários, responsáveis pelo
Blattelidae. Ex. Blattella germanica, barata do-
trabalho de alimentar as outras formas e da cons-
méstica pequena
trução do ninho; e de soldados, que defendem a
Blaberidae. Ex. baratas silvestres, algumas bem colônia.
grandes Importância econômica: Muitas espécies são pra-
gas urbanas importantes, atacando madeira, livros
e outros materiais celulósicos. Causam também
1.4.5 Ordem Mantodea
dano na agricultura, particularmente em cana-de-
Etimologia: do grego mantis = benzedor, profeta açúcar, arroz e eucalipto.
Nome vulgar: louva-a-Deus Taxonomia: Cerca de 2700 espécies agrupadas
Caracterı́sticas principais: Insetos de tamanho em 7 famı́lias. No Brasil ocorrem 4 famı́lias:
médio a grande, de corpo alongado. Protórax com-
prido e articulado, permitindo movimento. Asas Kalotermitidae: cupins de madeira seca
geralmente presentes; asas anteriores coriáceas.
Rhinotermitidae: cupins “subterrâneos”
Pernas anteriores raptoriais, com coxas longas e es-
pinhos nos fêmures e tı́bias que servem para segurar Serritermitidae: Apenas uma espécie, Serritermes
as presas. serrifer, do Cerrado.
Biologia: São todos predadores que se alimentam
de outros insetos que passam pelas proximidades. Termitidae: cerca de 80% das espécies, incluindo
Fêmeas colocam ovos dentro de uma ooteca; geral- todos os cupins de montı́culo e os com ninhos
mente comem os machos depois da cópula. arborı́colas.
Importância econômica: Como predadores po-
dem ajudar a controlar a população de outros in-
setos, mas não têm efeito significativo em controle
1.5 Pterygota: Neoptera:
biológico. Plecopteróides
Taxonomia: Cerca de 1500 espécies agrupadas
em 8 famı́lias, na maioria tropicais. Muitas vezes 1.5.1 Ordem Plecoptera
tratadas numa única famı́lia, Mantidae.
Etimologia: pleco = dobrado + ptera = asa
Nome vulgar: não existe em português; stonefly
1.4.6 Ordem Isoptera em inglês.
Etimologia: iso = igual + ptera = asa
1.6 Hemipteróides 5
Taxonomia: Com cerca de 3500 espécies agrupa- Biologia: A maioria das espécies suga plantas,
das em 3 subordens: Anoplura, Amblycera e Isch- mas vários são predadores e alguns são hematófa-
nocera. Os Anoplura são piolhos sugadores e inclui gos, sugando sangue de vertebrados. A maioria é
o piolho humano, Pediculus humanus, vetor do tifo terrestre, mas existem vários grupos de vida aquá-
epidêmico, o chato, Phthirius pubis, e vários piolhos tica.
de animais domésticos. Todos os Anoplura são pa- Importância econômica: Grande. Muitas espéci-
rasitas de mamı́feros, e alguns autores tratam esse es fitófagas são pragas importantes de plantas culti-
grupo como uma ordem. Amblycera e Ischnoce- vadas. Alguns predadores têm sido usados em con-
ra são piolhos mastigadores que atacam tanto aves trole biológico. Os barbeiros transmitem a doença-
como mamı́feros. Várias espécies atacam animais de-Chagas.
domésticos, principalmente aves. Essas duas su- Taxonomia: Uma das maiores ordens, com mais
bordens são muitas vezes tratadas como a ordem de 50 mil espécies conhecidas, agrupadas em deze-
Malophaga. nas de famı́lias. As principais famı́lias de importân-
cia econômica são: Pentatomidae, Lygaeidae, Mi-
1.6.3 Ordem Thysanoptera ridae, Cydnidae, Tingidae e Coreidae (percevejos
fitófagos) e Reduviidae (barbeiros). Os Cimicidae
Etimologia: thysanos = franja + ptera = asa são os percevejos-de-cama, que sugam sangue hu-
Nome vulgar: tripes. mano, mas que aparentemente não é importante
Caracterı́sticas principais: Insetos pequenos (0,5 transmissor de nenhuma doença. Alguns autores
a 15 mm) e de corpo alongado. Asas presentes ou preferem tratar Hemiptera e Homoptera uma úni-
ausentes; quando presentes ocorrem 2 pares, são ca ordem chamada Hemiptera (sensu lato), com os
estreitas e com uma franja de pelos longos. O apa- Hemiptera sensu stricto na subordem Heteroptera.
relho bucal é sugador, com uma probóscide curta.
Olhos grandes e antenas relativamente curtas.
1.6.5 Ordem Homoptera
Biologia: Predominantemente fitófagos,
alimentando-se da seiva de plantas; alguns Etimologia: homo = uniforme + ptera = asa
poucos são predadores. Nome vulgar: cigarras, cigarrinhas, cochonilhas,
Importância econômica: Várias espécies são pra- pulgões, mosca-branca.
gas importantes na agricultura, danificando as Caracterı́sticas principais: Insetos sugadores de
plantas e transmitindo doenças. Thrips tabaci ata- tamanho e forma muito variáveis. O aparelho bu-
ca algodão, alho, cebola, ervilha, feijão. Podem cal é sugador com uma probóscide originando-se na
ocorrem em quantidades enormes. parte posterior da cabeça. As asas são membrano-
Taxonomia: Com cerca de 4000 espécies agrupa- sas e homogêneas, sem parte coriácea. Alguns são
das em 5 famı́lias. ápteros. Os membros da superfamı́lia Coccoidea
(cochonilhas) são altamente modificados, com fê-
1.6.4 Ordem Hemiptera sensu meas ápteras e geralmente sem pernas e sésseis, e
machos com apenas um par de asas e sem aparelho
stricto
bucal.
Etimologia: hemi = metade + ptera = asa Biologia: Todos os Homoptera são sugadores de
Nome vulgar: percevejos, barbeiros, etc. plantas. Alguns tem ciclos bem complexos, com ge-
Caracterı́sticas principais: Insetos de tamanho e rações ápteras e partenogenéticas alternando com
forma variáveis, com aparelho bucal sugador. Asas gerações com asas e com reprodução sexuada nor-
anteriores com porção basal coriácea chamada he- mal.
miélitro e a porção apical membranosa. Asas pos- Importância econômica: Grande. Muitas espéci-
teriores membranosas. Alguns poucos são ápte- es são pragas importantes na agricultura, sugando
ros. Rostro origina-se na parte anterior da cabe- a seiva das plantas e transmitindo doenças.
ça. Adultos geralmente com glândulas nos lados do Taxonomia: Grupo grande, com mais de 30 mil
tórax que produzem uma substância de odor desa- espécies conhecidas. Divididos em 2 subordens:
gradável. Auchenorhyncha (cigarras e cigarrinhas) e Sternor-
rhyncha (pulgões, mosca-branca e cochonilhas). Os
1.7 Endopterygota (holometábolos) 7
grupos mais importantes como pragas são: Cicadi- pouco importantes. Adephaga inclui Carabidae,
dae (cigarras), Cicadellidae e Cercopidae (cigarri- uma das maiores famı́lias (30 mil espécies) e
nhas); Aphididae (pulgões), Aleyrodidae (mosca- algumas outras ordens menores. Os Polyphaga
branca) e a superfamı́lia Coccoidea (cochonilhas), são o maior grupo, com mais de 300 mil espécies
com muitas famı́lias. A superfamı́lia Fulgoroidea conhecidas agrupadas em mais de 100 famı́lias
é um grupo grande e diversificado principalmente e inclui todas as espécies de importância econômica.
nos trópicos e inclui algumas pragas.
Caracterı́sticas das principais famı́lias de Cole-
optera:
1.7 Endopterygota
(holometábolos) Subordem Adephaga (35 mil spp.)
Caracterizada por ter as coxas posteriores sepa-
Insetos do grupo Pterygota: Neoptera que apre- rando o primeiro esterno visı́vel em duas partes.
sentam metamorfose completa. Os imaturos são
chamados de larvas e são muito diferentes dos adul- Carabidae: cerca de 30 mil espécies. São todos
tos. As asas se desenvolvem internamente e só apa- predadores sem importância econômica. Os
recem no adulto. membros da famı́lia Cicindelidae são muitas
vezes incluı́dos em Carabidae também; são pre-
dadores ativos e rápidos, com olhos e mandı́-
1.7.1 Ordem Coleoptera bulas grandes e pernas longas.
Etimologia: coleo = bainha + ptera = asa Outras famı́lias de Adephaga: Ditiscidae (4000
Nome vulgar: todos são chamados de besouros; spp.) e Gyrinidae (700 spp.) são besouros
existem nomes mais especı́ficos para certos gru- aquáticos.
pos: vaga-lume, escaravelho, potó, bicudo, vaqui-
nha, gorgulho, caruncho Subordem Polyphaga (250 mil spp.)
Caracterı́sticas principais: Insetos com apare-
lho bucal mastigador e com metamorfose completa. Primeiro esterno não dividido.
Tamanho muito variável. Asas anteriores endure-
cidas formando os élitros, que cobrem as asas pos- Staphylinidae: (27 mil spp.): besouros pequenos
teriores quando em repouso. Élitros às vezes com a médios, alongados, com os élitros curtos e
ranhuras longitudinais, mas sem venação. Élitros truncados. São na maioria detritı́voros sem
mantidos imóveis durante o vôo. Mesotórax fun- importância econômica. O ”potó”é um besou-
dido com o metatórax. Maioria não tem ocelos. ro dessa famı́lia (gênero Paederus) que comu-
Larvas muito variáveis. Cercos ausentes. mente causa queimaduras em pessoas; quando
Biologia: Vivem em todos os tipos de habitat e comprimido libera um lı́quido cáustico.
se alimentam de todos os tipos de matéria animal
Scarabaeidae (25 mil spp.): são chamados de esca-
ou vegetal. Muitos são fitófagos; muitos são pre-
ravelhos ou rola-bosta. São besouros robustos
dadores; alguns são detritı́voros; outros se alimen-
de tamanho variável, corpo curto e largo. O
tam de fungos; uns poucos são parasitas. Existem
pronoto é grande e comumente possui ”chifres”,
besouros subterrâneos, aquáticos e alguns associa-
que são maiores nas fêmeas. As pernas an-
dos com ninhos de insetos sociais. Besouros de 3
teriores, especialmente as tı́bias são fossoriais,
famı́lias diferentes possuem órgãos luminescentes:
largas e com espinhos. Tarsos 5:5:5. Alguns
Lampyridae, Elateridae e Phengodidae.
alimentam-se de fezes de vertebrados; outros
Importância econômica: Muito grande. Mui-
são fitófagos. As larvas são fortemente curva-
tas das pragas mais importantes na agricultura são
das em forma de C.
besouros. As duas famı́lias mais importantes são
Chrysomelidae e Curculionidae. Buprestidae (11500 spp.): besouros de tamanho
Taxonomia: Os Coleoptera são divididos em 4 variável, corpo duro, alongado e ligeiramente
subordens: Archostemata, Myxophaga, Adephaga achatado de formato caracterı́stico, freqüente-
e Polyphaga. As duas primeiras são pequenas e mente com cores metálicas. Ponta do abdome
1.7 Endopterygota (holometábolos) 8
afilada. As larvas são brocas de madeira e mui- casca de árvores, alimentando-se de ácaros e
tas espécies causam prejuı́zo. pequenos insetos. Algumas alimentam-se de
grãos armazenados e são pragas, como Oryza-
Elateridae (7000 spp.): besouros pequenos a mé-
ephilus surinamensis, que ataca cereais, fari-
dios, de corpo alongado e ligeiramente achata-
nha, macarrão e outros produtos.
do, muito duro. Pronoto grande com os ângu-
los anteriores formando pontas voltadas para Coccinellidae (5000 spp.): joaninhas. São besou-
trás. Protórax com articulação móvel com o ros pequenos de corpo aproximadamente he-
mesotórax e um espinho ventral que forma um misférico. A cor varia, mas a maioria tem pin-
mecanismo de estalo, que o inseto usa quando tas. Os tarsos parecem ser 3:3:3, porque o 4o
colocado com dorso para baixo e que faz com segmento é muito curto. São na maioria pre-
que ele salte e consiga voltar à posição normal. dadores (alguns empregados em controle bioló-
Algumas espécies possuem órgãos luminescen- gico), mas algumas espécies são fitófagas. Epi-
tes no protórax. As larvas são chamadas de lachna cacica é uma praga de hortı́colas.
larva-arame, são alongadas e duras. Várias são
pragas importantes, atacando plantas jovens e Tenebrionidae (18 mil spp.): De tamanho e forma
raı́zes. variáveis, geralmente alongados e de cor escu-
ra. Tarsos 5:5:4. Antenas curtas com 11 seg-
Lampyridae (1700 spp.): são os vaga-lumes ver- mentos. São na maioria fitófagos, com alguns
dadeiros, a maioria com órgão luminescente no detritı́voros. Tribolium e Tenebrio são pragas
abdome, que pode ocorrer só nas fêmeas, em de grãos e farinha.
fêmeas e machos e até em larvas.
Meloidae (2300 spp.): besouros de tamanho mé-
Dermestidae (700 spp.): besouros pequenos a mé-
dio, alongados, geralmente cilı́ndricos (mas al-
dios, de forma ovalada e geralmente cobertos
guns mais robustos) com corpo e élitros não
de pelos. A coloração é preta ou acinzenta-
muito esclerotizados. Antena geralmente fili-
da, fosca. Antenas curtas e clavadas; pernas
forme. Tarsos 5:5:4. Pernas longas e finas.
curtas. São detritı́voros, mas muitas espécies
Pronoto da mesma largura ou mais estreito
alimentam-se de produtos armazenados, tanto
que a cabeça. Adultos de algumas espécies
de origem vegetal (grãos, farinha) como animal
podem secretar substância cáustica que pro-
(couro, peles, lã e seda, bem como coleções de
duzem queimaduras na pele humana. Adultos
insetos, aves e mamı́feros em museus).
comem de folhas e alguns são pragas. Larvas
Bostrichidae (400 spp.): besouros de tamanho va- vivem como parasitas de outros insetos. Epi-
riável, corpo alongado e cilı́ndrico, de cor ge- cauta atomaria (vaquinha) ataca solanáceas,
ralmente marrom a preta. Pronoto grande e feijão, soja, etc.
inflado, cobrindo quase toda a cabeça em vista
dorsal. Antenas curtas. A maioria das espécies Cerambycidae (35 mil spp.): Besouros pequenos a
são brocas se madeira. Rhyzopertha dominica muito grandes (até mais de 10 cm de compri-
é uma praga cosmopolita de grãos armazena- mento). Corpo alongado e ligeiramente acha-
dos. tado. Antenas geralmente muito longas, filifor-
mes ou serrilhadas. Olhos grandes. Mandı́bu-
Anobiidae (1100 spp.): besouros pequenos, subci- las grandes e conspı́cuas (e mordem). Pernas
lı́ndricos a ovais, geralmente de cor marrom e longas e finas, com tarsos 5:5:5 parecendo 4:4:4
peludos. Cabeça direcionada para baixo, ge- porque o 4o segmento é reduzido; o 3o segmen-
ralmente escondida embaixo do pronoto. Per- to é bilobado. A maioria das larvas são brocas
nas curtas. Lasioderma serricorne é um be- de madeira enquanto os adultos alimentam-se
sourinho que ataca fumo e outros produtos ar- em flores.
mazenados.
Bruchidae (1300 spp.): Besouros pequenos e ova-
Cucujidae (1000 spp.): pequenos besouros de cor-
lados, de cor cinza, marrom ou preta. Éli-
po fortemente achatado, a maioria de cor aver-
tros truncados, expondo a ponta do abdome.
melhada ou amarelada. A maioria vive sob a
1.7 Endopterygota (holometábolos) 9
ra larga. As larvas são eruciformes (parecidas das em várias famı́lias: Colletidae, Andreni-
com lagartas) e alimentam-se de folhas, poden- dae, Oxaeidae, Halictidae, Megachilidae, Api-
do causar dano a árvores. Os adultos são na dae e Anthophoridae. Alguns autores colocam
maioria predadores. todas as abelhas em Apidae, e para efeito da
coleção isso será aceito como correto. Tipica-
Subordem Apocrita mente, as fêmeas de abelhas apresentam uma
estrutura chamada escopa, composta por pê-
Divisão Parasitica los modificados presentes nas pernas posterio-
res e/ou no abdome, e que serve para carregar
Ichneumonoidea: Grupo muito grande (mais de 30 pólem. O corpo é geralmente coberto por pelos
mil espécies conhecidas) e importante de para- plumosos, e o primeiro segmento do tarso da
sitóides de insetos e outros invertebrados. Os perna posterior é alargado e comprido. A mai-
adultos tem aparência de vespa, mas não têm oria das abelhas são solitárias, e apenas cerca
ferrão. Antenas filiformes, geralmente com 16 de 5% são sociais. Mas todas são importantes
ou mais segmentos; os trocânteres posteriores polinizadores.
são divididos em dois segmentos; o pronoto é
mais ou menos triangular em vista lateral; o Vespoidea
ovipositor é geralmente muito longo. Contém
duas famı́lias: Braconidae e Ichneumonidae. Pompilidae: Insetos geralmente grandes, com for-
ma de vespa. Cerca de 1000 espécies conhe-
Chalcidoidea: Grupo também muito grande e im- cidas. Coloração escura, geralmente azulada;
portante de parasitóides, quase todos muito corpo com poucas cerdas; pernas longas e com
pequenos (alguns com menos de 0,5 mm). Po- espinhos; mesopleura com uma sutura trans-
dem ser reconhecidos pela venação reduzida versal completa. São caçadores de aranhas,
das asas; antenas dobradas em cotovelo com que servem para alimentar as larvas.
13 segmentos ou menos; pronoto mais ou me-
nos quadrado em vista lateral. Forma do corpo Mutillidae: Grupo com cerca de 5 mil espécies.
variável. Divididos em numerosas famı́lias de Dimorfismo sexual muito forte: machos alados
taxonomia complicada. Muitos insetos desse e fêmeas ápteras. As fêmeas lembram formi-
grupo são empregados com sucesso em controle gas, mas são mais robustas e cobertas de pelos
biológico, como por exemplo os Trichogramma curtos com uma aparência aveludada, e geral-
(famı́lia Trichogrammatidae). mente com manchas coloridas. Podem aplicar
uma ferroada muito dolorida. São parasitói-
Divisão Aculeata (Hymenoptera com ferrão) des de larvas de algumas abelhas e vespas que
fazem ninho no solo.
Apoidea (abelhas e algumas “vespas”)
Vespidae (vespas sensu stricto): São as vespas ver-
Sphecidae: Famı́lia grande e heterogênea, com cer- dadeiras, com mais de 1000 espécies conheci-
ca de 7800 espécies conhecidas. Tamanho e for- das. São de tamanho médio e coloração va-
ma variáveis. Adultos com asas; antena com riável, geralmente escura. Podem ser identifi-
12 segmentos nas fêmeas e 13 nos machos; pro- cadas pela venação das asas: célula 1M muito
noto curto e transverso, fundido com o meso- mais longa que a célula 1M + Cu1. Várias são
tórax e com um lobo posterolateral distinto, sociais, mas não todas.
e não chega até a tégula; pilosidade do cor-
po simples. Fêmeas são solitárias e geralmente Formicidae (formigas): Grupo grande com cer-
abastecem o ninho com insetos ou outros inver- ca de 9000 espécies conhecidas, todas sociais.
tebrados, que são paralisados pelo seu veneno Parte posterior do abdome ligada ao tórax por
e servem de alimento para as larvas. um pecı́olo formado por um ou dois segmentos,
com um nódulo projetando-se para cima. An-
Abelhas: Grupo muito grande, com cerca de 20 tena geniculada (formando um cotovelo) nas
mil espécies conhecidas, geralmente agrupa- fêmeas (o que inclui todas as operárias). Olhos
1.7 Endopterygota (holometábolos) 11
Subordem AGLOSSATA
1.7.3 Ordem Lepidoptera
Agathiphagidae [2]: Mariposas mandibuladas e
Etimologia: lepido = escama sem probóscide que ocorrem na Austrália e
Nomes vulgares: mariposa, borboletas, traças ilhas do Pacı́fico.
Caracterı́sticas principais: Insetos de tamanho
pequeno a grande, aparelho bucal sugador e dois Subordem HETEROBATHMIINA
pares de asas cobertas com escamas. Metamorfose
Heterobathmiidae [10]: Pequenas mariposas que
completa. Larvas são chamadas de lagartas, têm
ocorrem nas florestas do Chile, com adultos se-
aparelho bucal mastigador, 3 pares de pernas to-
melhantes aos de Micropterigidae. Larvas são
rácicas e 2 a 5 pares de falsas pernas abdominais.
minadoras de folhas.
O aparelho bucal consiste de uma longa probóscide
que fica enrolada sob a cabeça. Subordem GLOSSATA: Mariposas e borbole-
Biologia: As larvas são geralmente fitófagas, tas com probóscide formada pelo alongamento
alimentando-se de folhas ou outras partes das plan- das galeas; mandı́bulas pela ausência de man-
tas. As larvas possuem glândulas de seda que são dı́bulas nos adultos.
usadas para produzir um casulo ou para fazer um
abrigo com folhas e ramos. Os adultos alimentam- Infraordem Heteroneura: Divisão Ditrysia [98%
se de lı́quidos de vários tipos, incluindo néctar, sei- das espécies da ordem]: Femeas com dois po-
va, suco de material em decomposição, e mesmo ros genitais separados, um usado para a có-
sangue e lágrimas de vertebrados. pula e outro para oviposição. Grupo grande
Importância econômica: Muito grande. As la- com numerosas famı́lias. Estão listadas abai-
gartas de muitas espécies de mariposas e borboletas xo as principais de importância econômica no
alimentam-se de plantas cultivadas, causando gran- Brasil. As borboletas correspondem à Super-
des prejuı́zos. Algumas alimentam-se de produtos familia Papilionoidea. Todos os outros grupos
armazenados. Seu papel como polinizadores é pe- são chamados de mariposas.
queno na agricultura, mas alguns grupos são im-
portantes na natureza. O bicho-da-seda (Bombyx Principais famı́lias de mariposas
mori ) é uma mariposa de importância considerável;
Psychidae [800]: Bicho-cesto: Mariposas pequenas
a produção anual de seda no mundo é um negócio
a médias, peludas e cinzentas. Machos alados
estimado em cerca de US$500 milhões.
e fêmeas larviformes, permanecendo no casulo.
Taxonomia: A classificação da ordem Lepidop-
Asas dos machos geralmente sem escamas ex-
tera é bastante complexa e variável de acordo com
ceto as bordas. Larvas fazem um casulo com
diferentes autores. Uma classificação resumida
pedaços da planta, parecendo cestos.
é apresentada abaixo. As borboletas são uma
superfamı́lia e correspondem a apenas 15 mil das Lyonetiidae: Mariposas pequenas com asas estrei-
200 mil espécies da ordem. Alguns grupos arti- tas. Ocelos e palpos maxilares geralmente au-
ficiais encontrados na literatura são Rhopalocera sentes. Larvas são minadores de folhas. O
(borboletas) e Heterocera (mariposas); ou então bicho-mineiro (Perileucoptera coffeella) do ca-
Microlepidoptera (pequenas mariposas) e Macrole- fé pertence a essa famı́lia.
pidoptera (mariposas grandes e borboletas).
Gelechiidae: Uma das maiores famı́lias. Maripo-
Classificação da Ordem Lepidoptera sas pequenas com asas estreitas, a posterior
geralmente formando uma ponta. As larvas
podem ser minadoras, galhadoras, enroladoras
1.7 Endopterygota (holometábolos) 12
de folhas ou alimentar-se de grãos. Várias são Hesperiidae [3.000]: Borboletas de tamanho pe-
pragas importantes: lagarta-rosada, traça-do- queno a médio, corpo relativamente robusto,
tomateiro, traça-dos-cerais, etc. antenas curvadas na ponta; cor geralmente cin-
za ou marrom; palpos labiais conspı́cuos, pelu-
Plutellidae: Grupo de pequenas mariposas, vá- dos e frequentemente voltados para cima. Ur-
rias pragas. Plutella xylostella, a traça-das- banus proteus ataca o feijoeiro.
crucı́feras, pertence a esta famı́lia.
Pieridae [2.000]: Borboletas de tamanho médio,
Pyralidae: Uma das maiores famı́lias da ordem. geralmente brancas, amareladas ou alaranja-
Mariposas pequenas com asas anteriores tri- das. Garras tarsais bı́fidas. Muito comuns
angulares e palpos labiais projetando-se para e várias espécies pragas: Ascia monuste é o
a frente. Muitas pragas importantes incluı́das: curuquerê-da-couve.
broca-da-cana, lagarta-elasmo, traças de fari-
nhas e grãos, etc. Lycaenidae [4.000]: Borboletas pequenas, com as
superfı́cies dorsais das asas geralmente de colo-
Geometridae [12.000]. Famı́lia grande e comum. rido brilhante, enquanto o lado de baixo apre-
Mariposas pequenas de aparência delicada. senta cores apagadas. Pernas anteriores redu-
Larvas são chamadas de mede-palmo devido zidas nos machos. Thecla basalides ataca fei-
ao modo caracterı́stico de movimento. Impor- jão.
tância econômica limitada.
Nymphalidae s.l. [8.200]: Borboletas médias a
Bombycidae [300]. Famı́lia pequena e importante grandes, geralmente de cores vivas. Pernas an-
apenas pelo bicho-da-seda, Bombyx mori. teriores fortemente reduzidas em ambos os se-
xos. As seguintes subfamı́lias de Nymphalidae
Saturniidae [1.300]: Mariposas grandes e chama- são frequentemente tratadas como famı́lias por
tivas com corpo robusto. Partes bucais reduzi- alguns autores: Brassolinae, Morphoinae, He-
das. Lonomia circumstans e Eacles imperialis liconinae, Danainae e Satyrinae. São bastante
atacam o cafeeiro. comuns e algumas são pragas: Brassolis sp.
Sphingidae [1.000]: Mariposas médias a grandes, ataca palmeiras, Dione juno ataca o maracu-
de corpo robusto e elı́ptico; asas alongadas e já, Mechanitis lysimia ataca solanáceas.
com ponta afilada. Cabeça grande e probósci- Papilionidae [550]: Borboletas grandes, geralmen-
de longa; antenas grossas. Algumas são pra- te de colorido vivo. Lagartas de corpo liso e
gas: Manduca sexta ataca fumo e outras plan- com glândula no protórax chamada osmetério,
tas. que produz cheiro desagradável quando moles-
tada. Algumas espécies do gênero Papilio ata-
Lymantriidae [2.200]: Mariposas de tamanho mé-
cam citros.
dio, com ocelos ausentes. Lagartas têm pelos
urticantes.
1.7.4 Ordem Diptera
Arctiidae [11.000]: Mariposas médias e gran-
des com aspecto peludo. Cor frequentemen- Etimologia: di = duas + ptera = asa
te branca com marcas coloridas. Com ouvido Nomes vulgares: moscas, mosquitos, mutucas,
timpânico no metatórax. Algumas são pragas. borrachudo, maruim, berne, etc.
Caracterı́sticas principais: Insetos de tamanho
Noctuidae [21.000]: Maior famı́lia da ordem, com variável, metamorfose completa, aparelho bucal su-
muitas espécies de importância econômica. gador, asas anteriores geralmente presentes, asas
Adultos com corpo robusto e coloração geral- posteriores reduzidas a um órgão de equilı́brio (hal-
mente cinzenta. teres), olhos compostos geralmente grandes, meso-
tórax sempre bem desenvolvido.
Principais famı́lias de borboletas (Papilio- Biologia: Os Diptera são abundantes em todo ti-
noidea) po de habitat e alguns tem ciclos bastante comple-
xos. Como adultos muitos alimentam-se de néctar,
1.7 Endopterygota (holometábolos) 13
enquanto outros são predadores, saprófagos, hema- longa e perfuradora. Cerca de 2400 espéci-
tófagos ou ectoparasitas. Muitas larvas são aquáti- es conhecidas. As larvas são aquáticas, e as
cas; algumas se desenvolvem em plantas ou animais fêmeas hematófagas transmitem várias doen-
vivos ou mortos ou em material em decomposição ças importantes, como malária, febre amarela,
em geral. Um espécie da famı́lia Ephydridae vive dengue, filariose.
em lagoas de petróleo.
Importância econômica: As espécies hematófa- Simuliidae: Borrachudos ou piuns. Cerca de 600
gas são transmissoras de muitas doenças, entre elas espécies conhecidas. Insetos pequenos e geral-
malária, febre amarela, dengue, filarioses, febre ti- mente escuros, com pernas longas e asas largas,
fóide, leishmaniose. A mosca doméstica transpor- e dorso arqueado (corcunda). As fêmeas são
ta mecanicamente muitos microrganismos patogê- sugadoras de sangue e podem transmitir fila-
nicos, causando disenterias, e outras doenças. Duas rioses. As mordidas causam forte e incômoda
famı́lias apresentam importância agrı́cola: Tephri- reação local, com inchaço e coceira.
tidae (moscas-das-frutas) e Agromizidae (minado- Ceratopogonidae: Maruins ou mosquitos-pólvora.
res de folhas). Insetos muito pequenos, de corpo mais ou me-
Taxonomia: Existem cerca de 120 mil espécies nos robusto, asas largas e probóscide perfura-
agrupadas em várias dezenas de famı́lias. Uma dora. Os do gênero Culicodes são hematófagos
classificação resumida destacando as famı́lias de e causam um incômodo desproporcional ao seu
importância econômica segue abaixo. pequeno tamanho; suas mordidas inflamam e
frequentemente complicam-se com infeções se-
Principais famı́lias de Diptera. cundárias.
Subordem Nematocera: Antenas longas e fi- Subordem Brachycera: Antenas curtas, com
nas, com mais do que 5 segmentos livremente apenas 3 segmentos.
articulados
Tabanidae: Mutucas. Cerca de 3000 espécies co-
Tipulidae: famı́lia grande, com mais de 16 mil es-
nhecidas. Tamanho pequeno a médio, corpo
pécies conhecidas, sem importância econômi-
robusto, olhos grandes, aparelho bucal perfu-
ca. Corpo alongado, pernas e asas compri-
rador. As fêmeas são hematófagas e atacam o
das, ocelos ausentes; lebram mosquitos mas
homem e animais domésticos; podem transmi-
não apresentam aparelho bucal perfurador e
tir doenças mas não existe nada comprovado
nem escamas nas asas.
no Brasil. As larvas vivem em locais úmidos e
Psychodidae: Insetos pequenos e peludos, com são geralmente predadoras.
aparência de pequenas mariposas. As larvas
Asilidae: Insetos de tamanho médio a grande, com
desenvolvem-se em matéria orgânica em de-
cerca de 5000 espécies conhecidas. Olhos gran-
composição ou em água. A maioria dos Psy-
des com uma depressão entre eles e os ocelos
chodidae são inofensivos, mas os da subfamı́lia
numa protuberância nessa depressão. Probós-
Phlebotominae são hematófagos e os do gênero
cide curta. Predadores ativos e rápidos de ou-
Phebotomus transmitem a leishmaniose.
tros insetos.
Chironomidae: Famı́lia grande e comum, com
2000 espécies conhecidas e muitas ainda a se- Syrphidae: Cerca de 6000 espécies conhecidas.
rem descritas. Insetos pequenos de corpo alon- Tamanho e formato variável. Alguns imitam
gado, antenas peludas. Larvas geralmente abelhas e vespas. São encontrados frequente-
aquáticas, muitas avermelhadas devido à pre- mente visitando flores. Muitas larvas são pre-
sença de hemoglobina na hemolinfa. Sem im- dadoras de outros insetos.
portância econômica, mas são usadas como bi- Tephrytidae: Moscas-de-frutas. Uma das maiores
oindicadores e qualidade de água. famı́lias, com cerca de 4000 espécies conheci-
Culicidae: Esses são os mosquitos verdadeiros, ca- das. Tamanho pequeno a médio, com asas lar-
racterizados por escamas nas asas, probóscide gas e manchadas, formando vários padrões. As
1.7 Endopterygota (holometábolos) 14
Subordem Planipennia
1. - Com asas bem desenvolvidas (adultos) . . 2 Figura 2.2: A, Dermaptera (esquerda); B, Coleop-
- Sem asas ou com asas vestigiais e não funci- tera (direita).
onais (adultos e imaturos) . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Figura 2.4: Diptera. 13. - Asas anteriores peludas; aparelho bucal mui-
to reduzido, exceto os palpos; antenas geral-
mente tão longas ou mais longas que o corpo;
10. - Asas longas e estreitas e franjadas de pelos corpo mole . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Trichoptera
longos; tarsos com 1 ou 2 segmentos; insetos - Asas anteriores não peludas; mandı́bulas bem
pequenos, a maioria menor que 5 mm (tripes, desenvolvidas; antenas mais curtas que o corpo
Fig. 5-A) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Thysanoptera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
18
15. - Região costal da asa anterior com numerosas Figura 2.10: Odonata.
veias transversais; aparelho bucal não forman-
do nenhum bico (Fig. 13B) . . . . Neuroptera
- Região costa da asa anterior com não mais 17. - Aparelho bucal sugador . . . . . . . . . . . . . . . . 18
do que 2 ou 3 veias transversais; aparelho bu- - Aparelho bucal mastigador . . . . . . . . . . . . . . 19
cal prolongado ventralmente formando um bi-
co (Fig. 9) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mecoptera 18. - Bico se originando na parte anterior da cabe-
ça (Fig. 3A) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hemiptera
16. - Asas posteriores tão compridas quanto as an- - Bico se originando na parte posterior da ca-
teriores; ambas com muitas veias e células; an- beça (Fig. 3B) . . . . . . . . . . . . . . . . Homoptera
tenas curtas como cerdas; abdome longo e es-
treito; comprimento maior que 2 cm (libélulas, 19. - Tarsos com 4 segmentos; asas anteriores e
Fig. 10) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Odonata posteriores similares em tamanho, forma e ve-
19
- Asas totalmente ausentes, ou com 4 asas ru- - Antena não mais longa que a cabeça; tarso
dimentares e sem halteres; tarsos variáveis 31 com um segmento (piolhos) . . Phthiraptera
21
36. - Aparelho bucal sugador, com bico cônico ou 40. - Bico saindo da parte anterior da cabeça; an-
alongado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 tena com 4-5 segmentos e nunca em forma de
- Aparelho bucal mandibulado, às vezes oculto cerda; abdome sem cornı́culas (percevejos, Fig.
na cabeça, sem bico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 3A) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hemiptera
- Bico saindo da parte posterior da cabeça; an-
37. - Tarso com 5 segmentos; palpos maxilares e tena com mais de 5 segmentos ou em forma
labiais presentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 de cerda; abdome freqüentemente com um par
- Tarso com 4 segmentos ou menos; palpos pe- de cornı́culas (pulgões e cigarrinhas, adultos e
quenos ou ausentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 ninfas, Fig. 3B) . . . . . . . . . . . . . . . . Homoptera
38. - Corpo coberto de escamas; bico geralmente 41. - Abdome com constrição conspı́cua na ba-
em forma de tubo enrolado; antenas longas e se; antenas freqüentemente geniculadas; tarsos
com muitos segmentos (mariposas ápteras) . . com 5 segmentos (formigas e vespas ápteras)
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lepidoptera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hymenoptera
- Corpo sem escamas; bico não enrolado; an- - Abdome sem constrição; antena não genicu-
tena variável, mas freqüentemente com 3 seg- lada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
mentos ou menos . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diptera
42. - Abdome com 3 longos filamentos caudais e
39. - Aparelho bucal em forma de cone localiza- com apêndices em forma de estilete na face
do no lado ventral da cabeça; palpos presentes ventral de alguns segmentos abdominais (Fig.
mas curtos; antena tão longa quanto o tórax 16, sty); corpo freqüentemente coberto por es-
mais a cabeça, e com 4-9 artı́culos; tarsos com camas; todos terrestres . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
um ou 2 segmentos, freqüentemente sem garras - Abdome com 0, 2 ou 3 filamentos caudais; 3
(tripes) . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . .Thysanoptera apenas em larvas aquáticas . . . . . . . . . . . . . . 44
- Aparelho bucal em forma de um bico alonga-
do e segmentado; palpos ausentes . . . . . . . . 40 43. - Olhos compostos muito grandes, geralmen-
te tocando-se; corpo mais ou menos cilı́ndrico,
22
Famı́lias marcadas com um asterisco são menos 2 segmentos; tarsos posteriores com 3 segmen-
comuns. tos (Fig. 3) . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . .Tetrigidae
1. - Patas anteriores muito dilatadas e modifica- - Pronoto não prolongado para trás; asas ante-
das para cavar; tarsos com 3 segmentos; com- riores geralmente bem desenvolvidas e as asas
primento maior ou igual a 2 cm (Fig. 4) . . . . posteriores estiverem presentes; arólios presen-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gryllotalpidae tes (Fig. 2); todos os tarsos com 3 segmentos
............................................ 5
- Patas anteriores não dilatadas, ou, se um
pouco dilatadas, com tarsos das patas anterio- 5. - Antena mais longa que o fêmur anterior; asas
res e médias com 2 segmentos e comprimento geralmente presentes (Fig. 2) . . . . Acrididae
do corpo menor que 1 cm . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 - Antena mais curta que o fêmur anterior; asas
2. - Tarsos das patas anteriores e médias com 2 curtas ou ausentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
segmentos; tarsos posteriores com um segmen- 6. - Cabeça muito alongada; corpo semelhante a
to ou ausentes; patas anteriores um pouco di- bicho-pau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Proscopiidae
latadas; 4-10 mm . . . . . . . . . . Tridactyllidae*
- Cabeça curta, comprimida na frente . . . . . . .
- Tarsos com 3 ou 4 segmentos ou, se tarsos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eumastacidae*
anteriores tem 2 segmentos, então tarsos pos-
teriores tem 3; patas anteriores não dilatadas 7. - Todos os tarsos com 3 segmentos; ovipositor
............................................3 cilı́ndrico ou em forma de agulha (grilos, fig.
6) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gryllidae
3. - Antenas curtas, raramente maiores que a me-
tade do comprimento do corpo; ouvido timpâ- - Pelo menos o tarso médio com 4 segmentos;
nico, se presente, nos lados do primeiro seg- ovipositor em forma de espada . . . . . . . . . . . . 8
mento abdominal; ovipositor curto; tarsos pos- 8. - Asas geralmente ausentes; se presentes tem
teriores com 3 segmentos, anteriores e médios 8 ou mais veias longitudinais principais; cor
com 2 ou 3 segmentos . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . .4 geralmente marrom ou cinza (Fig. 7) . . . . . . . .
- Antenas longas, geralmente tão longas quan- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gryllacrididae
to o corpo ou maiores; ouvido timpânico, se - Asas presentes e com menos de 8 veias lon-
presente, na base da tı́bia anterior; ovipositor gitudinais principais; machos com órgãos es-
geralmente longo; tarsos com 3 ou 4 segmentos tridulatórios nas asas anteriores; tı́bia anterior
............................................7 com tı́mpano; cor geralmente verde (esperan-
4. - Pronoto prolongado sobre o abdome e estrei- ças, Fig. 5) . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tettigoniidae
tando posteriormente; asas anteriores vestigi-
ais; sem arólios; tarsos anteriores e médios com
26
1. - Antenas mais curtas que a cabeça, geralmen- 6. - Membrana do hemélitro com veias; abdome
te ocultas em cavidades sob os olhos (Fig. 1); com filamentos terminais curtos (Fig. 7); com-
sem arólios; aquáticos ou semi-aquáticos (su- primento maior que 20 mm Belostomatidae
bordem Nepomorpha) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 - Membrana do hemélitro sem veias; abdome
- Antenas tão longas ou mais longas que a ca- sem filamentos terminais (Fig. 8); comprimen-
beça, geralmente visı́vel de cima . . . . . . . . . . 7 to 5-16 mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Naucoridae
2. - Ocelos presentes (Fig. 2); pernas dianteiras 7. - Corpo alongado; cabeça tão longa quanto o
mais curtas que as médias; olhos fortemente tórax; patas finas e longas; aquáticos ou semi-
salientes; 10mm ou menos de comprimento . . aquáticos (Fig. 10) . . . . . . . . Hydrometridae
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gelastocoridae - Corpo variável; cabeça mais curta que o tórax
- Ocelos ausentes; tamanho variável . . . . . . . . 3 ............................................ 8
3. - Tarso frontal com apenas um segmento e mo- 8. - Garras tarsais subapicais (Fig. 9C-D); ápice
dificado em forma de colher (Fig. 3); bico mui- do último segmento tarsal fendido; aquáticos
to curto e com aparência de apenas um seg- de superfı́cie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
mento; superfı́cie dorsal do corpo geralmente - Garras tarsais apicais (Fig. 9A-B); ápice do
com linhas finas transversais (Fig. 4) . . . . . . . . último segmento tarsal não fendido . . . . . . 10
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Corixidae
- Tarso frontal variável, mas nunca em forma 9. - Patas médias originando-se mais próximas
de colher; segmentação do bico evidente; su- das patas posteriores que das anteriores; fê-
perfı́cie dorsal sem linhas transversais . . . . . . 4 mures posteriores estendendo-se muito além da
ponta do abdome; todos os tarsos com 2 seg-
4. - Corpo com dois longos filamentos terminais mentos (Fig. 11) . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gerridae
(Fig. 6); tarsos com um segmento . . Nepidae - Patas médias originado-se aproximadamen-
- Corpo sem filamentos terminais ou no má- te na metade da distância entre as patas an-
ximo com filamentos curtos (Fig. 7); tarsos teriores e as posteriores; fêmures posteriores
variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 extendendo-se pouco ou mais curtos que a pon-
ta do abdome (Fig. 12) . . . . . . . . . . . . Veliidae
5. - Patas posteriores longas e em forma de remo
(Fig. 5); tarsos posteriores sem garras . . . . . . . 10. - Antenas com 4 segmentos . . . . . . . . . . . . . . 11
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Notonectidae - Antenas com 5 segmentos . . . . . . . . . . . . . . 24
- Patas posteriores não como acima; tarsos
posteriores com garras; comprimento variável 11. - Prosterno com um sulco mediano longitudi-
............................................6 nal, finamente estriado (Fig. 14); rostro curto,
28
com 3 segmentos e ponta encaixando no sul- 20. - Rostro com 3 segmentos; asas vestigiais e cor-
co do prosterno; patas anteriores geralmente po achatado; ectoparasitas (Fig. 21) . . . . . . . .
raptoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Reduviidae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cimicidae
- Prosterno sem sulco; rostro longo, de 3 ou 4 - Rostro com 4 segmentos; asas geralmente
segmentos; patas anteriores variáveis . . .. . .12 bem desenvolvidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
12. - Asas anteriores reticuladas e sem subdivisão 21. - Hemélitro com cúneo e membrana com 1 a
clara (Fig. 15); pronoto com um processo tri- 2 células fechadas, raramente com outras veias
angular que se estende sobre o escutelo; tarsos (Fig. 17A e 23) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Miridae
com 1 ou 2 segmentos; ocelos ausentes; peque-
- Hemélitro sem cúneo e membrana não como
nos e achatados . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tingidae
acima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
- Asas anteriores não reticuladas e geralmen-
te diferenciada em cório, membrana e clavo; 22. - Tarsos com 2 segmentos, sem arólios; corpo
pronoto sem processo triangular . . . . . . . . . . 13 muito achatado; geralmente cinza, marron ou
preto fosco (Fig. 24) . . . . . . . . . . . . . . Aradidae
13. - Ocelos presentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
- Tarsos com 3 segmentos, com arólios; corpo
- Ocelos ausentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 não muito achatado; freqüentemente com cores
14. - Hemélitros com cúneo (Fig. 17C), rostro com vivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3 segmentos (Fig. 30) . . . .. . . .Anthocoridae
23. - Corpo alongado e preto brilhante, com 7-9
- Hemélitros sem cúneo, rostro variável . . 15 mm de comprimento; fêmures anteriores dila-
15. - Rostro com 3 segmentos; membrana do he- tados e armados com duas fileiras de dentes
mélitro com 4-5 células fechadas (Fig. 17F) (Fig. 20) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lygaeidae
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Saldidae - Corpo não como acima (Fig. 19) . . . . . . . . . .
- Rostro com 4 segmentos . . . . . . . . . . . . . . . . 16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pyrrhocoridae
16. - Ponta das tı́bias frontal e média com um 24. - Tı́bias com espinhos fortes (Fig. 25A); cor
processo apical largo e achatado (Fig. 9B); geralmente preto ou marron brilhante; 8 mm
membrana do hemélitro com numerosas célu- ou menos de comprimento . . . . . . . . . . . . . . . . 25
las marginais (Figs. 13 e 17E); arólios ausentes - Tı́bias sem espinhos fortes (Fig. 25B); geral-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nabidae mente mais de 8mm de comprimento . . . . 26
- Ponta das tı́bias sem tal processo; membrana
25. - Escutelo muito grande, arredondado poste-
do hemélitro variável; arólios presentes . . 17
riormente, cobrindo a maior parte do abdome
17. - Corpo de apêndices longos e finos; primei- (Fig. 26); comprimento geralmente 3-4 mm
ro segmento da antena longo e largo na ponta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Thyreocoridae
distal; último segmento da antena fusiforme; - Escutelo mais ou menos triangular, não se
fêmures clavados (Fig. 16) . . . . . . Berytidae estendendo até o ápice do abdome (Fig. 27);
- Corpo variável; antena e fêmures não como comprimento até 8mm . . . . . . . . . . Cydnidae
acima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
26. - Escutelo muito grande e arredondado, cobrin-
18. - Membrana do hemélitro com apenas 4 ou 5 do a maior parte do abdome (Fig. 28); córion
veias (Fig. 17B e 20) . . . . . . . . . . . . Lygaeidae do hemélitro estreito, não se entendendo até a
- Membrana do hemélitro com muitas veias margem anal da asa . . . . . . . . . . Scutelleridae
(Fig. 17D) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 - Escutelo curto, mais ou menos triangular
19. - Cabeça mais estreita e mais curta que o pro- (Fig. 29); córion largo, atingindo a margem
noto (Fig. 22) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Coreidae anal da asa . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pentatomidae
Figura 4.1: Chave para Hemiptera: 1, Nepomorpha (antenas); 2, Nepomorpha (ocelos); 3-4, Corixidae;
5, Notonectidae; 6, Nepidae; 7, Belostomatidae; 8, Naucoridae.
30
Figura 4.2: Chave para Hemiptera: 9, patas; 10, Hydrometridae; 11, Gerridae; 12, Veliidae; 13, Nabidae;
14, Reduviidae; 15, Tingidae; 16, Berytidae.
31
Figura 4.3: Chave para Hemiptera: 17, asas (A, Miridae; B, Lygaeidae; C, Anthocoridae; D, Rhopalidae;
E, Nabidae; F; Saldidae); 18, Alydidae; 19; Pyrrhocoridae; 20, Lygaeidae; 21, Cimicidae; 22, Coreidae.
32
Figura 4.4: Chave para Hemiptera: 23, Miridae; 24, Aradidae; 25 tı́bias (A, Cydnidae; B, Pentatomidae);
26, Thyreocoridae; 27, Cydnidae; 28, Scutelleridae; 29, Pentatomidae; 30, Anthocoridae.
Capı́tulo 5
1. - Tarsos 3-segmentados; antenas curtas e se- 5. - Segundos segmentos dos tarsos posteriores
táceas; rostro originando-se da parte posterior com 2 espinhos apicais (1 em cada lado) e com
da cabeça; insetos ativos (subordem Auchenor- ápice arredondado ou cônico (Fig. 6) . . . . . . 6
rhyncha) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 - Segundos segmentos dos tarsos posteriores
- Tarsos 1- ou 2-segmentados (quando têm per- com uma linha de espinhos apicais e com o
nas); antenas geralmente longas e filiformes; ápice truncado ou “emarginado”. . . . . . . . . . . . 9
rostro, quando presente, surgindo entre as co-
6. - Asas anteriores com numerosas veias costais
xas anteriores; em geral insetos não ativos (su-
transversais, mais longas que o corpo, em re-
bordem Sternorrhyncha) . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
pouso mantidas quase verticalmente nos lados
2. - Antenas originando-se da parte lateral da ca- do corpo (Fig. 7), clavo com numerosos tubér-
beça, sob os olhos, e separadas da fronte da culos pequenos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Flatidae
cabeça por uma carena vertical (Fig. 1); tégu- - Asas anteriores sem numerosas veias costais
las geralmente presentes; 2 veias anais da asa transversais (exceto algumas vezes apicalmen-
anterior em geral confluindo apicalmente para te), variáveis em tamanho e em posição de re-
formar uma veia em Y (Fig. 2A,B, clv) (su- pouso, clavo sem numerosos tubérculos peque-
perfamı́lia Fulgoroidea) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 nos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
- Antenas não separadas da fronte por uma ca-
7. - Asas anteriores mais longas do que o abdô-
rena vertical, e originando-se da parte anterior
men, com uma série de veias transversais entre
da cabeça, entre os olhos (Fig. 3); tégula ge-
a margem costal e o ápice do clavo separados
ralmente ausente; veia em Y na área anal das
da porção apical, a qual é mais densamente
asas anteriores ausente (Fig. 4) (superfamı́lia
“venada”; delgado, esverdeado a amarelado ou
Cicadoidea) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
amarronzado, 7-9 mm de comprimento . . . . . .
3. - Tı́bias posteriores com um esporão apical lar- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tropiduchidae
go e móvel (Fig. 5, sp); grupo grande de for- - Asas anteriores sem a porção apical diferen-
mas diminutas a pequenas, muitas dimórficas ciada como descrito acima; tamanho variável
(com asas bem desenvolvidas ou curtas), os se- ............................................ 8
xos frequentemente muito diferentes . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Delphacidae 8. - Asas anteriores muito largas, venação reticu-
lada, mais longas que o corpo e, em repouso,
- Tı́bias posteriores desprovidas de largo espo-
mantidas quase verticalmente nos lados do cor-
rão apical móvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
po (Fig. 8); tı́bias posteriores sem espinhos,
4. - Área anal das asas posteriores reticulada, exceto apicalmente . . . . . . . . . . Acanaloniidae
com muitas veias transversais . . Fulgoridae - Asas anteriores variáveis em tamanho e for-
-Área anal das asas posteriores não reticulada, ma, frequentemente mais curtas que o abdô-
sem veias transversais . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . .5 men, mas se mais longas que o abdômen, então
34
usualmente ovais; tı́bias posteriores usualmen- que se projeta para trás e que esconde parcial-
te com espinhos nos lados, além dos apicais mente o escutelo (Fig. 21); tı́bias posteriores
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Issidae usualmente sem esporões distintos ou longos
espinhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
9. - Segmento terminal do rostro curto, não mais
do que 1 e 1/2 vezes mais longo do que largo - Pronoto não se estendendo para trás do abdô-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Derbidae men, o escutelo quase sempre bem exposto
(Figs. 22-24); tı́bias posteriores com ou sem
- Segmento terminal do rostro mais longo, pelo esporões ou espinhos distintos . . . . . . . . . . . . 16
menos duas vezes mais longo do que largo 10
15. - Pronoto com um processo estreito, media-
10. - Asas anteriores sobrepondo-se no ápice (Fig. no, projetando-se para trás, e que esconde ape-
9); veia claval (uma veia Y) estendendo-se até nas parcialmente o escutelo e estende-se entre
o ápice do clavo (Fig. 2A, clv); corpo um tanto as asas por um quarto do comprimento delas
achatado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Achilidae ou menos (Fig. 21), freqüentemente com um
- Asas anteriores geralmente não se sobrepon- par de arestas ou processos semelhante a folhas
do no ápice; veia do clavo não atingindo o ápice dorsalmente; rostro estendendo-se até as coxas
deste (Fig. 2B, clv); corpo não particularmen- posteriores (Microcentrus) . . . . Aetalionidae
te achatado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 - Pronoto estendendo-se amplamente para trás
11. - Cabeça prolongada adiante (Figs. 10-12), se sobre as asas e o abdômen, cobrindo comple-
não o for, então a fronte tem 2 ou 3 carenas, ou tamente o escutelo e estendendo-se até o meio
as tégulas estão ausentes e a sutura do clavo é das asas ou mais, frequentemente com espinhos
obscura distinta; sem ocelo mediano . . . . . . . . . ou outros processos ou com aparência arquea-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dictyopharidae da (Fig. 19, 20); rostro não se estendendo até
as coxas posteriores . . . . . . . . . . Membracidae
- Cabeça não prolongada adiante (Figs. 13,
14), ou apenas moderadamente; fronte sem ca- 16. - Tı́bias posteriores com uma ou mais linhas
renas ou apenas com uma carena mediana; té- de pequenos espinhos (Fig. 25A); coxas poste-
gulas presentes; sutura claval distinta; ocelo riores transversas . . . . . . .. . . . . . .Cicadellidae
mediano geralmente presente . . . . . . . . . . . . 12 - Tı́bias posteriores sem espinhos ou com 1 ou
12. - Tergos abdominais 6-8 em forma de quilha , 2 espinhos fortes e laterais e uma coroa de es-
algumas vezes afundados abaixo do resto dos pinhos curtos no topo (Fig. 25B); coxas pos-
tergos; 3-4 mm de comprimento Kinnaridae teriores curtas e cônicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
- Tergos abdominais 6-8 retangulares; tama- 17. - Tı́bias posteriores sem espinhos, mas peluda;
nho variável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cixiidae rostro estendendo-se até as coxas posteriores;
cabeça amplamente coberta dorsalmente pelo
13. - Três ocelos (Fig. 15); insetos grandes com pronoto (Fig. 22), pela face vertical ou quase
asas anteriores membranosas (Fig. 16); ma- (Aetalion) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aetalionidae
chos geralmente providos de órgãos produtores
de som na base do abdôme (Fig 17); insetos - Tı́bias posteriores com 1 ou 2 espinhos fortes
não saltadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cicadidae e laterais e uma coroa de espinhos curtos no
topo (Fig. 25B); cabeça geralmente não am-
- Dois (raramente três) ocelos (Fig. 18) ou plamente coberta pelo pronoto (Fig. 23), a fa-
nenhum; insetos menores, algumas vezes com ce inclinando- se para trás; rostro de tamanho
asas anteriores espessadas; órgãos produtores variável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cercopidae
de som geralmente ausentes; insetos geralmen-
te saltadores . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .14 18. - Tarsos com 2 segmentos, com 2 garras; for-
mas aladas com 4 asas; peças bucais geralmen-
14. - Pronoto estendendo-se para trás sobre o te bem desenvolvidas nos dois sexos, com ros-
abdômen e escondendo o escutelo (Figs. 19, tro longo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
20) ou pelo menos com um processo mediano
35
- Tarsos unisegmentados, com garra úni- separadas na base (Fig. 28B); fêmeas parte-
ca (quando têm pernas); fêmeas ápteras e nogenéticas ápteras cobertas com floculência
freqüentemente sem pernas, em forma de es- cerosa; em conı́feras . . . . . . .. . . . . . .Adelgidae
cama, ou larviforme e coberta de cera; machos - Asa em repouso mantidas horizontalmente
com apenas um par de asas e sem rostro . . . . sobre o corpo; Cu1 e Cu2 da asa anterior com
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Superfamı́lia Coccoidea pedúnculos na base (Fig. 28A); fêmeas par-
19. - Antenas com 5 a 10 (geralmente 10) segmen- tenogenéticas ápteras não cobertas com flocu-
tos; asas anteriores freqüentemente mais espes- lência cerosa (no máximo, cobertas com um pó
sas que as posteriores; insetos saltadores . . . . ceroso) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Phylloxeridae
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Psyllidae
- Antenas com 3 a 7 segmentos; asas membra-
nosas ou esbranquiçados e opacas; insetos não
saltadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Figura 5.1: Chave para Homoptera: 1-2, Fulgoroidea; 3-4, Cicadoidea; 5, Delphacidae; 6, tı́bia; 7,
Flatidae; 8, Acanaloniidae; 9, Achilidae; 10-12, Dictyopharidae; 13-14, Cixiidae; 15-17, Cicadidae.
37
Figura 5.2: Chave para Homoptera: 18, ocelos; 19,-20, Membracidae; 21-22, Aetalionidae; 23, Cercopi-
dae; 24, Cicadellidae; 25, tı́bias (A, Cicadellidae; B, Cercopidae); 26, Aphidoidea; 27A, Aphididae; 27B,
Eriosomatidae; 28A, Phylloxeridae; 28B, Adelgidae.
Capı́tulo 6
tão longo quanto os três seguintes combina- souros geralmente de forma oval; 2-6 mm de
dos (Fig. 9K); cabeça tão ou mais larga que a comprimento. Predadores. Larvas e adultos
base do pronoto; olhos redondos, proeminen- predam ácaros e Collembola; muitas espécies
tes; corpo esbelto e cilı́ndrico; clava da antena podem ser fungı́voras . . . . . . . . Pselaphidae2
não segmentada. Fungı́voros. Adultos atacam - Abdome com 6 ou 7 segmentos abdominais
plantas enfraquecidas e fazem galerias profun- expostos; antenas moniliformes ou levemente
das no tronco onde implantam o fungo “Am- clavadas; tamanho variável. Uma das maiores
brósia” comido por larvas e adultos . . . . . . . . . famı́lias de Coleoptera, apresentando variados
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Platypodidae hábitos alimentares. As espécies são predomi-
- 1o segmento basal do tarso não como acima nantemente predadoras, detritı́voras, fungı́vo-
(Fig. 9G); cabeça mais estreita que a base do ras e ectoparasitas . . . . . . . . . . Staphylinidae
pronoto; olhos ovais, emarginados ou dividi-
dos, não proeminentes; corpo cilı́ndrico ou le-
vemente oval; clava da antena usualmente seg-
mentada ou anular . . . . . . . . . . . . . . Scolytidae
18. - Antenas moniliformes ou clavadas, raramente 23. - Tarsos aparentemente 3-3-3, 2-3-3 ou 2-2-3
filiformes; pelo menos 4 segmentos abdominais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
expostos após os élitros; pronoto geralmente - Tarsos não como acima . . . . . . . . . . . . . . . . 24
marginado lateralmente, comprimento de 1-20
mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Staphylinidae 24. - Alguns ou todos os tarsos aparentemente com
4 segmentos; 2o segmento tarsal dilatado e ven-
- Antenas filiformes, serradas ou pectinadas; tralmente pubescente; o 3o segmento é mais
outros caracteres variáveis . . . . . . . . . . . . . . 106 fino e mais curto que o 4o segmento . . . . . . 26
19. - Élitros lisos, brilhantes, truncados, expon- - Alguns ou todos os tarsos aparentemente com
do 1 ou 2 segmentos abdominais; antenas cla- 4 segmentos mas o 2o e o 3o segmentos não são
vadas; último segmento abdominal terminan- como descritos acima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
do em uma ponta fina; comprimento 2-7 mm
(Scaphidiinae). Fungı́voro . . Staphylinidae 25. - 2o segmento tarsal dilatado; tarsos com 4 seg-
mentos reais mas o 3o é muito pequeno e fun-
- Élitros pubescentes; antenas clavadas ou fili- dido na base do 4o segmento sendo muito difı́-
formes; último segmento abdominal não pon- cil de ser visualizado (Fig. 9E);besouros ovais,
tudo; comprimento de 5-20 mm . . . . . . . . 124 convexos e freqüentemente coloridos . . . . . . 26
20. - Segmentos apicais das antenas alargados, for- - 2o segmento tarsal não dilatado; outras ca-
mando uma clava de vários tipos (Fig. 6; Fig. racterı́sticas variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
7C, F-I) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
6.3 Chave para Famı́lias de Polyphaga 44
40. - Coxas anteriores arredondadas ou transver- 45. - 3o segmento tarsal mais ou menos bilobado
sais. Predadoras . . . . . . . . . . Rhizophagidae4 ventralmente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
- Coxas anteriores cônicas (dois gêneros) . . . . - 3o segmento tarsal fino ou curto e não bilo-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cleridae bado ventralmente . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .51
46. - Clavas das antenas bastante distintas e com-
41. - Pronoto sem margens laterais distintas; olhos
postas por 3 ou menos segmentos . . . . . . . . 47
redondos e bastante convexos nas laterais da
cabeça; comprimento de 7-28mm . . . . . . . . . . . . - Clavas das antenas bem menos distintas e
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Bostrichidae compostas por mais de 3 segmentos . . . . . . 49
- Pronoto com margens laterais distintas; olhos 47. - Cabeça projetada anteriormente como um fo-
ovais e levemente convexos nas laterais da ca- cinho largo; base do pronoto tão larga quanto
beça; tamanho variável e amplamente distri- a base dos élitros; pronoto com uma quilha la-
buı́dos . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .42 teral posterior; sutura“gular´´ ausente; labro
6.3 Chave para Famı́lias de Polyphaga 47
51. - Cabeça não visı́vel dorsalmente; besouros 55. - Antenas distintamente lameladas (Fig. 6 C-
cilı́ndricos-alongados; clava da antena sólida G) ou flabeladas (Fig. 6B) com os segmentos
composta de 3-4 segmentos . . Bostrichidae apicais expandidos para os lados formando cla-
vas assimétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
- Cabeça facilmente visı́vel dorsalmente . . 52
- Antenas não lameladas ou flabeladas com cla-
52. - Besouros alongados-cilı́ndricos, uniforme- vas usualmente simétricas . . . . . . . . . . . . . . . . 62
mente coloridos; antenas com uma clava bi-
segmentada e formada abruptamente; cabeça 56. - 1o segmento tarsal muito pequeno e difı́cil
tão larga quanto o pronoto e constrita atrás de ser visualizado; pronoto bastante separado
dos olhos. Larvas são fungı́voras; os adultos da base dos élitros, exceto na parte central; 5-
alimentam-se de néctar e são encontradas em 20mm de comprimento. Espécies predadoras e
inflorescências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lycidae fungı́voras . . . . . . . . . . . . . . . . . . Trogossitidae
- Besouros alongados-ovalados, geralmente - 1o segmento tarsal de tamanho normal . . 57
com diferentes padrões de coloração; antenas 57. - Antenas claramente flabeladas ou lameladas
com uma clava composta de 3-5 segmentos e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
formada de maneira menos abrupta; cabeça
mais estreita do que o pronoto e não constrita - Antenas com segmentos apicais ou interme-
atrás dos olhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 diários expandidos lateralmente em lobos arre-
dondados ou achatados, mas que não formam
uma clava compacta (Fig. 6 E, F) . . . . . . . . 60
6.3 Chave para Famı́lias de Polyphaga 48
67. - Coxas anteriores cônicas e conspı́cuas; an- - Os três primeiros segmentos tarsais são dila-
tena terminando abruptamente por uma cla- tados ou bilobados ventralmente sendo o quar-
va de três segmentos; último segmento tarsal to o menor deles; corpo com pelos esparsos;
mais longo que qualquer outro; besouros ovais- besouros ovais e algumas vezes achatados . . .
alongados; coloração uniforme ou com padrões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nitidulidae
de diferentes cores; 1-12 mm de comprimen- 72. - Besouros alongados, mais ou menos cilı́ndri-
to. Hábitos alimentares variados: detritı́voros, cos; cabeça quase tão larga quanto o prono-
predadores, pólen e néctar . . . . Dermestidae to; 1o esternito abdominal visı́vel mais longo
- Coxas anteriores geralmente redondas, curtas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lycidae
e inconspı́cuas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 - Besouros alongados, achatados; cabeça e 1o
68. - Tı́bias com espinhos apicais; coxas posterio- esternito abdominal não como acima (Silvani-
res sem o sulco receptador (espécie de estojo) nae) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cucujidae
do fêmur; élitros freqüentemente com espinhos 73. - Corpo oval, convexo; cabeça muito mais es-
ou denteados; pronoto geralmente com tubér- treita que o pronoto; palpos maxilares quase
culos; a maioria entre 3-10mm de comprimento tão longos quanto as antenas; antenas com 8-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Bostrichidae 9 segmentos e com clava pilosa; cabeça visı́vel
- Tı́bias com espinhos curtos ou ausentes; co- dorsalmente; besouros geralmente encontrados
xas posteriores com o sulco receptador (espécie no barro; 1-7mm de comprimento (Sphaeridi-
de estojo) do fêmur; élitros sem espinhos e não nae). Detritı́voros; ocorrem em folhiço ou ex-
denteados; pronoto sem tubérculos; a maioria cremento . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hydrophilidae
entre 1-9mm de comprimento. As larvas fazem - Corpo alongado ou se oval o besouro é mais
brocas em madeira morta, adultos atacam pro- ou menos achatado; largura da cabeça variável
dutos manufaturados . . . . . . . . . . . . Anobiidae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
69. - Coxas anteriores cônicas e conspı́cuas; besou- 74. - Cabeça não visı́vel dorsalmente; besouros
ros ovais-alongados, geralmente brilhantes; ba- alongados, cilı́ndricos; escuros; menores que
se do pronoto mais estreita que as bases dos 12mm; pronoto com tubérculos e algumas ve-
élitros; 3-24mm de comprimento; predadores zes com uma estrutura semelhante a um chifre
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cleridae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Bostrichidae
- Coxas anteriores arredondadas, ovais, trans- - Cabeça conspı́cua e facilmente visı́vel dorsal-
versais e não proeminentes . . . . . . . . . . . . . . 70 mente; besouros de tamanho, forma e pronoto
70. - Coxas anteriores globosas ou ovais; 1o esterni- variável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
to abdominal visı́vel mais longo que os outros; 75. - Corpo muito achatado com as superfı́cies dor-
besouros marrons-amarelados com pubescên- sal e ventral paralelas; 4o segmento tarsal ge-
cia sedosa; 1-5mm de comprimento. Fungı́vo- ralmente pequeno; besouros alongados; geral-
ros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cryptophagidae mente vermelhos ou marrons; 2-12mm de com-
- Coxas anteriores quase sempre transversais primento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cucujidae
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 - Corpo não tão achatado com as superfı́cies
- Coxas anteriores globosas ou ovais; outras dorsal e ventral convexas; 4o segmento tarsal
caracterı́sticas variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 não tão pequeno . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .76
71. - Tarsos finos com segmentos não bilobados 76. - Coxas anteriores cônicas ou quadradas; ante-
sendo o primeiro basal muito pequeno; cor- nas ligeiramente clavadas e com o 7o segmento
po com pelos esparsos; pronoto freqüentemen- duas vezes mais longo do que largo; ou cada
te separado das bases dos élitros exceto por élitro com três ou menos estrias e; então, as
6.3 Chave para Famı́lias de Polyphaga 50
antenas são distintamente clavadas ou capita- 4 segmentos; besouros usualmente pretos com
das; abdome com seis esternitos abdominais o pronoto vermelho ou alaranjado; 5-12mm de
visı́veis em ambos os sexos. Hábitos alimenta- comprimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . Languriidae
res diversificados. A maioria das espécies é de- - 1o tarsômero muito pequeno; sendo o 4o de
tritı́vora (principalmente necrófaga), algumas tamanho normal; antenas com uma clava bi-
predadoras (caramujos) e fitófagas Silphidae segmentada (raramente 3); besouros marrons
- Não como acima; coxas anteriores tranversais com coloração uniforme; 2-7 mm de compri-
ou globosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 mento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lycidae
78. - Os três segmentos basais dos tarsos são do 84. - Cavidades coxais anteriores fechadas na parte
mesmo tamanho e apresentam uma densa pi- posterior. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
losidade ventral (como uma escova); o 4o seg- - Cavidades coxais anteriores abertas na parte
mento é menor e sem tais pelos . . . . . . . . . . 79 posterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
- Os quatro segmentos basais dos tarsos com 85. - Último segmento da antena tão longo quanto
pelos ventrais longos; o 4o segmento tão largo os 3 ou 4 segmentos anteriores combinados; an-
quanto o 3o e o 1o bastante curto (Trogossiti- tenas filiformes; cabeça e pronoto mais estrei-
nae). Predadores . . . . . . . . . . . . Trogossitidae tos que os élitros; besouros alongados, escuros,
brilhantes; 6-15mm de comprimento. Detritı́-
79. - Besouros entre 1,5-12mm de comprimento;
voros; larvas são detritı́voras de madeira em
pronoto mais ou menos quadrado; élitros às
decomposição e no folhiço; adultos alimentam-
vezes curtos, expondo a ponta do abdome . . .
se de flores, folhas e no folhiço . . Lagriidae5
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nitidulidae
- Último segmento da antena não como aci-
- Besouros entre 3-20mm de comprimento; pro-
ma; antenas11-segmentadas, filiformes, moni-
noto mais ou menos trapezoidal, estreitado an-
liformes ou ligeiramente clavadas; olhos geral-
teriormente, com a base nitidamente mais lar-
mente marginados; 2-35mm de comprimento.
ga que a cabeça; élitros cobrindo todo o abdo-
Principalmente detritı́voros Tenebrionidae
me. Fungı́voros . . . . . . . . .. . . . . . . . .Erotylidae
86. - Pronoto com margens laterais retas . . . . 87
80. - Corpo entre oval e alongado-oval; cabeça dis-
tintamente mais estreita que o pronoto; pro- - Pronoto com margens laterais redondas 90
noto marginado lateralmente; freqüentemente 87. - Besouros alongados, muito achatados com as
com marcas vermelhas, amarelas e alaranja- superfı́cies dorsal e ventral paralelas . . . . . . . . .
das; entre 3-20mm de comprimento. Fungı́vo- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cucujidae
ros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Erotylidae
- Corpo não tão achatado . . . . . . . . . . . . . . . . 88
- Corpo alongado; cabeça tão larga quanto o
pronoto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 88. - Corpo curvo, tão alto ou mais alto que largo;
cabeça dirigida para baixo; ápice do abdome
81. - Pı́gideo exposto; 1o esternito abdominal tão pontudo (Fig. 13), 14mm ou menos de compri-
longo quanto os três seguintes (2-4) combina- mento. Herbı́voros (há ainda muitas dúvidas
dos; 4mm ou menos de comprimento . . . . . . . . quanto a algumas espécies) . . . . Mordellidae
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Rhizophagidae
- Caracterı́sticas não como acima . . . . . . . . 89
- Pı́gideo escondido; 1o esternito abdominal
não como acima; geralmente menores que 5mm 89. - Pronoto sem sulcos ou depressões próximo
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 à margem posterior; antenas com clavas dis-
tintas e tri-segmentadas; 1o segmento dos tar-
82. - 4o tarsômero muito pequeno; sendo o 1o de sos posteriores não muito alongados; 1-5mm de
tamanho normal; antenas com uma clava de comprimento. Fungı́voros Cryptophagidae
6.3 Chave para Famı́lias de Polyphaga 51
- Pronoto com dois sulcos ou depressões pró- 94. - Tarsos aparentemente 4-4-4 (Cleridae tem 5-
ximo à margem posterior (Fig. 14A); 1o seg- 5-5) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
mento dos tarsos posteriores alongados, muito - Tarsos 5-5-5 (raramente 4-5-5 em alguns ma-
maior do que qualquer dos outros segmentos; chos) . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .101
antenas filiformes; 3-20mm de comprimento.
Fungı́voros . . . . . . . . . . . . . . . . . . Melandryidae 95. - Cabeça prolongada anteriormente como um
focinho largo; antenas serreadas ou pectinadas;
90. - Pronoto com dois dentes ou depressões pró- élitros pubescentes; besouros ovais; marrons ou
ximos à margem posterior (Fig. 14A); base do amarelados; ápice do abdome exposto; 5mm
pronoto tão larga quanto às bases dos élitros; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Bruchidae
1o segmento dos tarsos posteriores muito mais
- Não como acima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
longo do que qualquer outro segmento . . . . 91
- Pronoto sem tais dentes ou depressões próxi- 96. - Cabeça pouco ou não visı́vel dorsalmente; an-
mos à margem posterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92 tenas pectinadas nos machos e serreada nas fê-
meas; escutelo em forma de coração; 3o tarsô-
91. - Fronte distintamente prolongada na frente mero bilobado ventralmente; 4-6mm de com-
dos olhos (Fig. 15G); bases das antenas dis- primento. Detritı́voros. Aquáticos ou terres-
tantes dos olhos; olhos redondos (Mycterinae). tres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ptilodactylidae
Detritı́voros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mycteridae
- Cabeça facilmente visı́vel dorsalmente . . 97
- Fronte levemente prolongada na frente dos
olhos; bases das antenas muito próximas dos 97. - Corpo alongado, muito achatado; geralmente
olhos; olhos ovais-alongados Melandryidae vermelhos ou marrons; 2-12 mm de compri-
mento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cucujidae
92. - Metade anterior do pronoto mais larga e com
- Corpo não tão achatado; superfı́cie dorsal
a base mais estreita que os élitros; penúltimos
mais ou menos convexa . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
segmentos de todos os tarsos dilatados, com
pilosidade densa ventral; coxa mediana cônica, 98. - Corpo muito pubescente com longos pelos
conspı́cua, cônica;; garras tarsais simples; ab- eretos; antenas raramente estendendo-se após
dome com 5esternitos visı́veis; besouros alon- a base do pronoto; base do pronoto mais es-
gados e de corpo mole; 3 a 20mm de compri- treita que as bases dos élitros, tarsos 5-5-5 com
mento. Herbı́voros; larvas xilófagas, em cau- os segmentos 1o ou 4o bastante curtos e os seg-
les, adultos alimentam-se de pólen e néctar e, mentos 1o ou 2o -4o bilobados na parte ventral;
ainda de fungos . . . . . . . . . . . . . . Oedemeridae 3-24mm de comprimento. Predadores . . . . . . .
- Não como acima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cleridae
- Élitros sem pelos ou com pelos curtos; outros
93. - Garras tarsais divididas na base (Fig. 10C) caracteres variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
ou apresentando dentes; abdome com 6 ester-
nitos visı́veis; 3-30mm de comprimento. Lar- 99. - Sutura gular ausente; pronoto com uma qui-
vas são predadoras. Adultos são desfolhado- lha na margem posterior lateral e geralmente
res, sendo considerados como pragas de plan- com uma elevação transversal estreita; antenas
tas cultivadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Meloidae maiores do que a metade do comprimento do
- Garras tarsais simples; abdome com 5 esterni- corpo; cabeça prolongada anteriormente for-
tos visı́veis; 12mm ou menos de comprimento; mando um focinho largo mas, algumas vezes,
abeça estreitada na parte posterior formando retraı́do no tórax; esporões tibiais ausentes; éli-
um pescoço fino; corpo alongado; pronoto al- tros com fileiras de pontuações; 0,5-11mm de
gumas vezes com um chifre projetado à fren- comprimento. Hábitos alimentares diversifica-
te; 2-6mm de comprimento. Larvas vivem em dos. Herbı́voro, fungı́voro e predador. . . . . . . .
madeira em decomposição e são predadoras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anthribidae
Adultos comem pólen, néctar ou são detritı́vo- - Sutura gular presente; outras caracterı́sticas
ros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anthicidae variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
6.3 Chave para Famı́lias de Polyphaga 52
100. - Antenas geralmente maiores que a metade rior do corpo; freqüentemente coloridos; ocelos
do comprimento do corpo e inseridas em pro- ausentes 5-18mm de comprimento . . Lycidae
eminências frontais; as inserções das antenas - Coxas medianas contı́guas ou bem próximas;
são parcialmente circundadas pelos olhos (Fig. élitros não reticulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
12D); olhos emarginados; 1o segmento da an-
tena mais ou menos 5 vezes mais longo do que 106. - Cabeça mais ou menos escondida pelo pro-
o 2o ; corpo usualmente alongado; 3-73mm de noto, geralmente não visı́vel dorsalmente; mar-
comprimento. Herbı́voros; a maioria xilófaga. gem do metepisterno reta ou quase (Fig. 16A);
Adultos alimentam-se de flor, néctar, pólen, abdome freqüentemente com órgãos lumines-
fruto maduro e cascas de ramos novos . . . . . . . centes (áreas amarelas visı́veis na parte ven-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cerambycidae tral); 5-20mm de comprimento. Larvas são
- Antenas geralmente menores que a metade predadoras; adultos não se alimentam . . . . . . .
do comprimento do corpo e não inseridas em . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lampyridae
proeminências frontais; olhos geralmente intei- - Cabeça não escondida pelo pronoto, facil-
ros; corpo usualmente oval; geralmente meno- mente visı́vel dorsalmente; margem do mete-
res que 12mm . . . . . . . . . . . . . . Chrysomelidae pisterno variável; abdome sem órgãos lumines-
centes; tamanho variável; margem do metepis-
101. - Os primeiros três esternitos abdominais visı́- terno mais ou menos curva (Fig. 16B); an-
veis são fundidos; tarsos e garras longas (Fig. tenas 11-segmentadas, filiformes ou serreadas
9H); 8mm ou menos de comprimento; a maio- (raramente pectinadas); élitros usualmente ar-
ria aquática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 redondados no ápice; 18mm ou menos de com-
- Os primeiros três esternitos abdominais visı́- primento. Larvas e adultos são predadores . .
veis são livres; tarsos não como acima; tama- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cantharidae
nho variável; geralmente terrestres . . . . . . 104
107. - Os primeiros dois esternitos abdominais vi-
102. - Abdome com 6 ou 7 esternitos visı́veis (rara- sı́veis parcialmente fundidos apresentando su-
mente 5); besouros ovais, achatados, escuros e turas bastante fracas (Fig. 17B); metaster-
com leve pubescência; 4-6mm de comprimento. no usualmente com sutura transversal (Fig.
Algı́voros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Psephenidae 17B); corpo duro; geralmente metálicos (espe-
- Abdome com 5 esternitos visı́veis (raramente cialmente na superfı́cie ventral). Larvas são
5); besouros ovais ou alongados, convexos ou brocadoras de árvores sãs, doentes ou mortas;
mais ou menos cilı́ndricos; 1-8mm de compri- há espécies minadoras e indutoras de galhas;
mento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 adultos alimentam-se de pólen e néctar e de
casca de tronco, galhos e folhas Buprestidae
103. - Coxas anteriores transversais, trocânteres ex- - Todos os esternitos abdominais visı́veis são
postos; élitros lisos ou pubescentes; antenas separados por suturas iguais e distintas; metas-
curtas com a maioria dos segmentos mais lar- terno usualmente sem sutura transversal (Fig.
gos que longos. Detritı́voros. . . . . Dryopidae 17A); corpo duro ou macio; raramente metáli-
- Coxas anteriores globosas ou ovais, trocân- cos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
teres não expostos; élitros lisos; antenas mais
longas e mais finas Algı́voro. . . . . . . Elmidae 108. - Cabeça escondida pelo pronoto ou dificil-
mente visı́vel dorsalmente; besouros ovais-
104. - Abdome com 7 ou 8 esternitos visı́veis; élitros alongados, usualmente convexos; 10mm ou me-
geralmente macios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 nos de comprimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
- Abdome com 5 ou 6 esternitos visı́veis; élitros - Cabeça facilmente visı́vel dorsalmente; tama-
variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 nho e forma do corpo variáveis . . . . . . . . . . 113
105. - Coxas medianas separadas; élitros geralmen- 109. - Margens posteriores do pronoto projetados
te com esculturas reticuladas; besouros achata- posteriormente em pontas que cobrem a ba-
dos e geralmente mais largos na metade poste- se dos élitros; coxas anteriores pequenas, re-
6.3 Chave para Famı́lias de Polyphaga 53
dondas; prosterno prolongado para trás em 115. - Protórax pouco móvel e firmemente preso
um“processo” até o mesosterno . . . . . . . . . . 110 ao mesotórax; coxas anteriores parcialmente
- Margens posteriores do pronoto não projeta- encobertas pelo espinho proesternal; besouros
dos posteriormente; outros caracteres variáveis ovais-oblongos; usualmente marrons ou pretos;
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 alguns capazes de fazer o “click” e pular; 2-
5mm de comprimento . . . . . . . . . . Throscidae
110. - Besouros ovais-oblongos, mais largos na me- - Protórax com movimento livre e fracamen-
tade do corpo; usualmente marrons ou pretos; te preso ao mesotórax; coxas anteriores late-
2-5mm de comprimento. Fungı́voros . . . . . . . . rais ao espinho proesternal; besouros alonga-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Throscidae dos; usualmente maiores que 5mm; geralmente
- Besouros alongados, mais ou menos cilı́ndri- capazes de fazer o “click” e pular . . . . . . . . 116
cos; usualmente marrons ou pretos; maiores
116. - Labro fundido à fronte; antenas inseridas na
que 5mm de comprimento . . . . Eucnemidae
frente dos olhos e geralmente alojadas em sul-
111. - 3o segmento do tarso distintamente bilobado cos na fronte ou no prosterno; prosterno não
na parte ventral; 4o segmento muito pequeno bilobado na frente, margem anterior reta; be-
e difı́cil de ser visualizado; escutelo em forma souros mais ou menos cilı́ndricos; usualmente
de coração; antenas serreadas (fêmeas) ou pec- 15mm ou menos . . . . . . . . . . . . . . Eucnemidae
tinadas (machos); besouro marrom claro; mais - Labro distinto separado da fronte por uma nı́-
ou menos alongados. Detrı́tivoros . . . . . . . . . . . tida sutura; antenas inseridas perto dos olhos,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ptilodactylidae acima das mandı́bulas e geralmente não alo-
- Não exatamente como acima . . . . . . . . . . 112 jadas em sulcos na fronte (algumas vezes no
prosterno); prosterno usualmente bilobado na
112. - Coxas posteriores com sulco receptador dos frente, margem anterior usualmente arqueada;
fêmures; antenas usualmente com os três últi- besouros mais ou menos achatados; tamanho
mos segmentos alongados (Fig. 7C), raramen- variado podendo chegar até 35mm de com-
te pectinadas, flabeladas, filiformes ou serrea- primento. Fase larval predadora e herbı́vora;
das; patas curtas; não parecidos com aranhas; adultos são herbı́voros, fungı́voros e detritı́vo-
1-9mm de comprimento. Larvas herbı́voras ou ros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Elateridae
fungı́voras (brocadoras de madeira) . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anobiidae 117. - Pronoto mais ou menos trapezoidal, cantos
posteriores angulares, margem posterior sinu-
- Coxas posteriores sem sulco receptador dos
osa; corpo quando pubescente apresenta os pe-
fêmures; antenas com os três últimos segmen-
los curtos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
tos não alongados, filiformes ou serreadas; pa-
tas longas; besouros marrons; parecidos com - Pronoto quadrado ou oval, cantos posteriores
aranhas; 2-4mm de comprimento. Detritı́vo- arredondados, margem posterior reta ou con-
ros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ptinidae 6 vexa; besouros freqüentemente brilhantes; cor-
po pubescente com longos pelos . . . . . . . . 124
113. - Antenas pectinadas, flabeladas ou serreadas
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 118. - Besouros usualmente marrons e menores que
10mm; coxas anteriores transversais; élitros
- Antenas filiformes ou moniliformes . . . . 119 com pubescência média a densa; antenas com
114. - Margens posteriores do pronoto prolongadas 11 segmentos. Alimentam-se de raı́zes de plan-
para trás em pontas finas . . . . . . . . . . . . . . 115 tas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dascillidae
- Margens posteriores do pronoto não prolon- - Besouros marrons ou pretos; maiores que
gadas para trás em pontas finas; base do pro- 10mm; coxas anteriores cônicas, conspı́cuas;
noto reta, sinuosa ou mais ou menos convexa élitros se pubescente os pelos são finos e curtos;
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117 antenas 11 ou 12-segmentadas; tarsos biloba-
dos ventralmente (Fig. 9F). Larvas são ecto-
parasitas de cigarras . . . . . . . . . . Rhipiceridae
6.3 Chave para Famı́lias de Polyphaga 54
119. - Corpo muito achatado, superfı́cies ventral e - Trocânteres posteriores triangulares, peque-
dorsal paralelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cucujidae nos; élitros pubescentes; forma usualmente não
- Corpo não tão achatado, superfı́cie dorsal como acima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
mais ou menos convexa . . . . . . . . . . . . . . . . 120 124. - Coxas medianas redondas, não proeminentes;
120. - Cantos posteriores do pronoto prolongados coxas posteriores achatadas ou ovais se proje-
para trás em pontas finas; prosterno prolonga- tando um pouco abaixo da superfı́cie ventral
do para trás em uma estrutura como espinho do abdome; pronoto geralmente arredondado
que se ajusta em uma cavidade no mesosterno nas laterais; olhos freqüentemente emargina-
(Fig. 17A) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 dos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cleridae
- Caracterı́sticas não como acima . . . . . . . . 122 - Coxas medianas cônicas, proeminentes; co-
xas posteriores conspı́cuas estendendo-se abai-
121. - Labro distinto, separado da fronte por uma xo da superfı́cie ventral do abdome; pronoto
sutura; prosterno usualmente bilobado anteri- marginado nas laterais; olhos redondos . . 125
ormente (margem anterior arqueada) e se es-
tendendo para frente abaixo do aparelho bu- 125. - Élitros curtos expondo, pelo menos, três seg-
cal (Fig. 17A); antenas inseridas próximo aos mentos abdominais; antenas em geral ligeira-
olhos, acima da base das mandı́bulas; corpo mente clavadas . . . . . . . . . . . . . . Staphylinidae
mais ou menos achatado; protórax fracamente - Élitros maiores expondo não mais do que dois
preso ao mesotórax; besouros capazes de emi- segmentos abdominais; antenas filiformes ou li-
tir o “click” com a cabeça e de pular; 3-35mm geiramente serreadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
de comprimento . . . . . . . . . . . . . . . . Elateridae
126. - Antenas com 10 ou 11 segmentos, inseridas
- Labro normalmente não distinto, sutura en- na fronte e acima das bases das mandı́bulas;
tre a fronte e o labro fraca ou ausente; proster- receptáculos das antenas anteriores; coxas pos-
no não ou fracamente bilobado anteriormente teriores transversais; corpo pubescente, pelos
(margem anterior reta ou quase); antenas inse- longos e eretos; 5-10mm de comprimento. Lar-
ridas na frente dos olhos; mandı́bulas pequenas vas são predadoras; algumas são herbı́voras .
e inconspı́cuas; corpo mais ou menos cilı́ndrico; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Melyridae
protórax não tão fracamente preso ao mesotó-
rax; besouros capazes de emitir o “click” com - Antenas com 11 segmentos, inseridas entre os
a cabeça e de pular . . . . . .. . . . . .Eucnemidae olhos e distantes das bases das mandı́bulas; re-
ceptáculos das antenas dorsais; coxas posterio-
122. - Besouros quase sempre maiores que 10mm res triangulares; corpo geralmente pubescente,
de comprimento; élitros sem pelos; besouros pelos curtos e recurvados; 1-15mm de compri-
marrons e brilhantes (Parandra) ou pretos e mento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cantharidae
com pontuações (Spondylus e Scaphinus) . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cerambycidae
- Comprimento variável, se maior que 10mm
então os élitros são pubescentes . . . . . . . . 123
Figura 7.10: Asas de Tabanidae (A e B) e de muscóides com caliptra (C) indicando a venação. A e C,
terminologia segundo o sistema de Comstock-Needham; B. sistema antigo numerado. cal: caliptra; C:
costal; Sc: subcosta; R: radial; M: média; Cu, cubital; A, anal; D, célula discal
Figura 7.16: Drosophilidae. A, frontal; B, lateral. af: fossa antenal; ar: arista; fob: pelos fronto-orbitais;
frl: lunulo frontal; fs: sutura frontal; ivb: pelo inferior vertical; ob: pelo ocelar; ov: vibrissa oral; ovb:
pelo vertical externo; pv: pelos pós-verticais.
37. - Corpo usualmente metálico, genitália do ma- 41. - Pós-escutelo fracamente desenvolvido, calip-
cho dobrada para a frente sob o abdome, 1o tra estreita com a margem interna dobrando-se
célula basal muito curta, ramificação de Rs ge- longe do escutelo . . . . . . . . . . Rhinophoridae
ralmente dilatada (Fig. 12 D-F) . . . . . . . . . . . . . - Pós-escutelo não desenvolvido, caliptra não
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dolichopodidae como acima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
- Corpo não metálico, genitália não dobrada,
42. - Usualmente 2 (raramente 3) pelos noto-
1a célula basal longa, ramificações de Rs geral-
pleurais, arista usualmente plumosa, corpo
mente não dilatadas (Fig. 12 B, C) . . . . . . . . .
freqüentemente metálico, tórax raramente ou
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Empididae
nunca com listras dorsais pretas ou cinzas . . .
38. - 2o segmento antenal com sutura longitudinal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Calliphoridae
no lado externo(Fig. 17A), tórax usualmente - Usualmente 4 pelos notopleurais, arista ge-
com sutura transversal completa (Fig. 17C), ralmente plumosa somente até a metade basal,
caliptra usualmente larga . . . . . . . . . . . . . . . . 39 corpo não metálico, tórax freqüentemente com
- 2o segmento antenal sem sutura (Fig. 17B) listras dorsais pretas ou cinzasSarcophagidae
tórax sem sutura transversal completa (Fig. 43. - 3o segmento antenal mais longo que a arista,
17D), caliptra inferior usualmente pequena ou vibrissas orais ausentes, mesonoto sem pelos
sedimentar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 (Loxocera) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Psilidae
39. - Pelos hipopleurais presentes (fileira de pelos - 3o segmento antenal não tão longo, vibrissas
abaixo dos halteres) (Fig. 18B) . . . . . . . . . . 40 presentes, mesonoto com pelos . . . . . . . . . . . . 44
39 - Pelos hipopleurais ausentes . . . . . . . . . . 43 44. - 6a nervura (Cu2 + 2A) usualmente atingindo
40. - Pós-escutelo bem desenvolvido em perfil (Fig. a margem da asa (Fig. 19C) . . . . . . . . . . . . . . 45
18B); arista geralmente sem pelo (a maioria - 6a nervura (Cu2 + 2A) nunca atinge a mar-
dos parasitóides pertence a esta famı́lia) . . . . . gem da asa mesmo quando dobrada (Fig. 19
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tachinidae B, D) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Muscidae
- Pós-escutelo fracamente desenvolvido ou au- 45. - Escutelo com pelos eretos e finos na superfı́cie
sente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 ventral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anthomyiidae
64
Figura 7.17: A, antena de caliptrado; B, idem, acaliptrado; C, mesonoto de caliptrado; D, idem, acalip-
trado.
Figura 7.18: Tórax de muscóides. A, Hipposboscidae, ventral; B, Tachinidae, lateral. hyb: pelos
hipopleurais; pscl: pós-escutelo; ptb: pelos pteropleurais; stn: esterno.
46. - Probóscida muito longa e fina sedo 2 ou mais 49. - Dorso do tórax achatado, patas e abdome
vezes maior que a cabeça, segundo segmento conspicuamente pilosos . . . . . . . . Coelopidae
antenal maior que o 1o , abdome clavado, cé- - Dorso do tórax convexo, se achatado não há
lula anal usualmente longa e pontuda . . . . . . . os pelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Conopidae
- Sem estas caracterı́sticas . . . . . . . . . . . . . . . . 47 50. - Dois a 4 pares de pelos fronto-orbitais (Fig.
20A), 2o segmento antenal com projeção an-
47. - Nervura Sc completa terminando na célula gular externa (Fig. 20A), arista subapical, vi-
costal (C) ou muito perto, célula anal presente brissas presentes (Fig. 20 A, C) . . Clusiidae
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 - Até 2 pares de pelos fronto-orbitais, (Fig. 20
- Nervura Sc incompleta não atingindo C 51 B), antenas sem tal projeção, arista sub-basal,
dı́pteros usualmente pretos brilhantes ou me-
48. - Abdome alongado estreitado na base (pareci- tálicos . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .Piophilidae
dos com formigas), palpos vestigiais, dı́pteros
pequenos, freqüentemente com uma pinta pre- 51. - Nervura Sc curvada apicalmente para frente
ta perto do ápice da asa . . . . . . . . . . Sepsidae em quase 90 graus e usualmente terminando
66
antes de atingir C, vibrissas orais ausentes (Fig 60. - Insetos com menos de 1,5 mm de comprimen-
20 F-G), asas com padrões . . . . Tephritidae tos, não alados, parasitas de abelhas . . . . . . . .
- Sc não como acima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Braulidae
- Insetos maiores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
52. - Segmento basal do tarso posterior mais curto
que o 2o e dilatado . . . . . . . . Sphaeoriceridae 61. - Cabeça estreita e dobrada para trás no tórax;
- Segmento basal não como acima . . . . . . . . 53 sem asas; parasitas de morcegos . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nycteribiidae
53. - Célula costal (C) inteira sem quebras, pelos
pós-verticais convergentes (Fig 20E) ou ausen- - Cabeça mais larga não dobrada no tórax; com
tes, pequenas moscas de cor cinza . . . . . . . . . . . ou sem asas; parasitas de aves . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Chamaemyiidae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hipposboscidae
- Célula costal (C) com pelo menos uma quebra
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
54. - Célula costal com uma quebra próxima ao
final da subcostal ou à R1 . . . . . . . . . . . . . . . . 55
- Célula costal com duas quebras como acima
e também perto da nervura humeral . . . . . . 59
55. - Célula anal presente, triângulo ocelar variável
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
- Célula anal ausente, triângulo ocelar grande
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chloropidae
56. - Vibrissas orais presentes (Fig 20A-C,E,J) 57
- Vibrissas ausentes (Fig 20 F-I) . . . . . . . . . . 58
57. - Pelos pós-verticais divergentes (Fig 20 B,
F), asas hialinas (transparentes), espinhos pré-
apicais ausentes . . . . . . . . . . . . . . Agromyzidae
- Pelos pós-verticais convergentes (Fig 20 C-E)
ou ausentes, mesopleura sem pelos . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anthomyzidae
58. - Mesopleura com pelos finos, um pelo noto-
pleural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Psilidae
- Mesopleura com um pelo grande em adição
aos pelos finos (famı́lia rara) . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . Strongylophthalmyiidae
59. - Gena larga, com uma fileira de pelos no cen-
tro, probóscida curta e engrossada, célula anal
presente (famı́lia rara) . . . . . . . . . . . . Carnidae
- Gena estreita, se há pelos eles estão confina-
dos à margem inferior, probóscida fina, célula
anal presente . . . . . . . . . . . . . . . . . . Milichilidae
- Pelos esterno-pleurais presentes, corpo não
metálico, célula anal bem desenvolvida e fecha-
da no ápice (moscas de frutas, muito utilizadas
nos estudos de genética) . . . . Drosophilidae
Capı́tulo 8
Identificação de Hymenoptera
A chaves aqui apresentadas foram construı́das macrópteros as asas anteriores sem célula anal fe-
utilizando como referencia as chaves de: chada e as asas posteriores com no máximo 2 células
fechadas na base (Figura 2b). Em alguns casos o
Borror, D.J. & De Long, D.M. 1969. Introdução pecı́olo não é evidente e em estes taxóns não exis-
ao estudo dos insetos. Ed. Edgard Blucher. tem células fechadas nas asas anteriores.
Gauld, I. & Bolton, B. The Hymenoptera. 1988.
Oxford University Press. 8.1 Chave para as Famı́lias
Goulet, H. & Huber, J.T. 1993. Hymenoptera of mais comuns da
the world: an identification guide to families.
Agriculture Canada. Publications. Subordem Symphyta
Nota: Para facilitar a identificação tem se di- 1. - Antenas inseridas numa elevação dos da fron-
vidido as chaves. Inicialmente encontraram-se as te abaixo dos olhos e imediatamente acima da
principais caracterı́sticas para diferenciar as duas boca (Figura 3, a-b); uma célula submarginal.
Subordens de Hymenoptera, logo uma chave para Insetos raros, difı́ceis de achar, de tamanho
identificar Famı́lias de Symphyta. Para os Apocrita medio (8 a 14 mm de comprimento) . Larvas
apresenta-se uma chave para as Superfamı́lias e lo- parasitas de besouros BuprestidadeOrussidae
go uma chave para identificação das Famı́lias mais - Antenas inseridas acima da base dos olho,
comuns de cada uma delas. perto do meio da face (figura 3, c-d); geral-
Nas figuras referidas nos textos das chaves mente duas ou três células marginais . . . . . . 2
podem as estruturas que devem observar-se estão
indicadas por letras ou setas. 2. - Tibias anteriores (do primeiro par de patas)
com um esporão apical ou se 2 um deles muito
Diferenciação de Subordens menor que o outro (Figura 4a) . . . . . . . . . . . . 3
Subordem Symphyta. Corpo sem uma cons- - Tibias anteriores com 2 esporões apicais (Fi-
trição evidente entre o 1o e 2o segmento abdominal, gura 4b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
abdome fortemente soldado ao tórax (Figura 1a).
Insetos macropteros, asas anteriores com 1 célula 3. - Pronoto, em vista dorsal, mais largo que lon-
anal fechada e asas posteriores com pelo menos 3 go e mais curto medialmente que lateralmente;
células fechadas na base (Figura 2a). Insetos de mesonoto com 2 sulcos diagonais que se esten-
tamanho meio a grande (maiores de 3 mm). dem anterolateralmente a partir da margem
Subordem Apocrita. Corpo com constrição anterior do escutelo(Figura 5a); último seg-
evidente entre o 1o e 2o segmento abdominal, for- mento abdominal com o tergo (nas fêmeas) ou
mando um pecı́olo. Abdome dividido em pecı́olo o esterno (nos machos) com uma projeção ci-
e gaster (ou mesosoma e metasoma) (Figura 1b). lı́ndrica em forma de espinho (Figura 6a); fê-
Insetos macropteros, braquipteros o ápteros. Nos meas com ovipositor longo. Insetos grandes
8.2 Chave para as Superfamı́lias da Subordem Apocrita 68
6. - Antenas freqüentemente clavadas, serradas 5. - Asas anteriores com 1 célula fechada ou sem
ou plumosas raramente filiformes, asas com células fechadas (Figura 15a) . . . . . . . . . . . . . . 6
1 célula submarginal (Figura 11). As larvas - Asas anteriores com 2 ou mais células fecha-
se alimentam de folhas e em algumas espécies das (Figura 15b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
são minadoras, bastante comuns em Eucalyp-
tus spp. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pergidae 6. - Pronoto pequeno não extendido até as tégu-
las (Figura 16a). Algumas famı́lias com asas
- Antenas geralmente filiformes, 7 a 10 segmen-
anteriores reticuladas e asas posteriores vesti-
tos; a maioria das vezes as asas anteriores com
giais com ápice bı́fido em estes casos são inse-
2 células submarginais. Insetos de ate 20 mm
tos pequenos (< 1mm), em outros casos as asas
semelhantes a vespas de coloração brilhante,
posteriores apresentam um pecı́olo (Figura 17)
geralmene escura com manchas verdes, ama-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Chalcidoidea
relas, vermelhas ou brancas, larvas folı́voras
podendo viver no interior de minas ou galhas (em parte) - Pronoto grande seu ângulo poste-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tenthredinidae rior alcança as tégulas (Figura 16b) . . . . . . . . 7
- Antenas inseridas na parte inferior da fronte (em parte) - Asas anteriores com a célula costal
perto do clipeo, as cavidade de inserção estão visı́vel, as vezes não delimitada anteriormente
separadas do clipeo por uma distancia aproxi- por uma nervura. Antenas com 10 a 15 seg-
madamente igual a seu próprio diâmetro (Fi- mentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
gura 18b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
13. - Asas anteriores com a célula costal aberta,
8. - Antenas não inseridas em uma elevação da não delimitada por uma nervura ao longo da
cabeça (figura 19a) ; escapo aproximadamente margem anterior da asa (Figura 20); pterostig-
da mesma largura que o pedicelo (Figura 19a), ma ausente; gaster comprimido lateralmente
nervuras como na (Figura 20) . . Cynipoidea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cynipoidea
(em parte) - Antenas inseridas em uma eleva- (em parte) - Asas anteriores com a célula cos-
ção da cabeça com forma de prateleira (Figura tal fechada e delimitada por uma nervura ou
19b), escapo longo aproximadamente 3 vezes se esta nervura é ausente logo as asas anteri-
mais longo que o pedicelo (Figura 19b). Asas ores possuem pterostigma; gaster cilı́ndrico ou
anteriores sem nervuras ou com uma única ner- comprimido dorsoventralmente . . . . . . . . . . 14
vura linear que as vezes define uma célula cos-
tal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Proctotrupoidea 14. - Primeiro tergito do gaster corto, fundido com
o esternito para formar um segmento em forma
(em parte) de anel altamente esclerotizado, segundo tergi-
9. - Cabeça prognata . . . . . . . . . . Chrysidoidea to longo (maior que o tergito 1 e 3 combinados)
(figura 23a); asas anteriores com 2 células fe-
(em parte) - Cabeça hipognata . . . . . . . . . . 10 chadas, raramente com mais de 3 . . . . . . . . . . .
10. - Asas anteriores com nervura ao longo da mar- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Proctotrupoidea
gem anterior, esta nervura apresenta uma ra- (em parte) - Primeiro tergito do gaster longo,
mificação curva e as vezes com um pterostigma não fundido com o esternito para formarm um
grande (Figura 21); tibias das patas anteriores segmento em forma de anel, segundo tergito
com 2 esporões . . . . . .. . . . . .Ceraphronoidea curto (menor que o tergito 1 e 3 combinados)
(em parte) - Asas anteriores sem nervuras ou (Figura 23b); asas anteriores com 6 ou mais
com uma nervura muito curta que não atinge a células fechadas, raramente com 2 a 5 . . . . 15
metade da assa ou com uma nervura longa sem 15. - Asas anteriores com célula radial não eviden-
ramificação e sem pterostigma; tibias das patas te ou aberta distalmente; asas posteriores sem
anteriores com 1 esporão Proctotrupoidea células fechadas (Figura 24a) Chrysidoidea
(em parte) (em parte) - Asas anteriores com célula radial e
11. - Tarsômeros 1 a 4 com projeções ventrais em pelo menos uma célula cubital, asas posteriores
forma de dedo (Figura 22); antenas com 26 a com 2 ou 3 células fechadas (Figura 24b) 16
27 segmentos; asas anteriores com 10 células 16. - Pronoto curto em forma de colarinho, não es-
fechadas. Uma única Famı́lia de insetos pe- tendido lateralmente até as tégulas e com um
quenos (12 a 13 mm) e raros Trygonalyoidea lóbulo arredondado na margem posterior (Fi-
- Tarsômeros sem tais projeções; antenas com gura 25a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Apoidea
menor número de segmentos usualmente 14 ou - Pronoto com o margem posterior estendendo-
menos ou se as antenas apresentam mais de 14 se até as tégulas e sem o lóbulo arredondado
segmentos as asas anteriores com no máximo de cada lado (Figura 25b) . . . . . . Vespoidea
7 células fechadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
(em parte)
12. - Asas anteriores com a célula costal oblitera-
da, venas C, Sc, R e Rs fundidas desde a base 17. - Antenas com 16 segmentos ou mais, filifor-
até o pterostigma (Figura 14b). Antenas com mes; esternitos do gaster levemente esclerotiza-
16 segmentos ou más . . . . Ichneumonoidea dos, quando o inseto se desidrata formam uma
fenda longitudinal mediana Ichneumonoidea
8.3 Chave para Famı́lias da Subordem Apocrita 70
(em parte) - Antenas com 15 segmentos ou me- 24. - Cavidades de inserção das antenas separadas
nos, geralmente geniculadas ou as vezes filifor- do clı́peo por uma distancia igual a seu proprio
mes; esternitos do gaster fortemente escleroti- diâmetro (Figura 18b); primeiro segmento do
zados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 gaster com tergito e esternito separados; ante-
nas, na maioria dos casos, com 13 segmentos
18. - Margem posterior do pronoto separado da ou mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . Proctotrupoidea
tegula por uma placa (prepectus) (Figura 26a)
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Chalcidoidea (em parte) - Cavidades de inserção das ante-
nas separadas do clı́peo por uma distância mai-
(em parte) - Margem posterior do pronoto per- or a duas vezes seu próprio diâmetro (Figura
to ou alcançando a tegula, ou tegula ausente 18a); primeiro segmento do gaster com tergito
(Figura 26b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 e esternito fundidos; antenas, na maioria dos
19. - Primeiro segmento do gaster de forma cônica casos, com 13 segmentos ou menos . . . .. . . .25
no fundido dorsalmente com o tergito 2 . . 20
25. - Gaster, principalmente em fêmeas, compri-
- Primeiro segmento do gaster mais ou menos mido lateralmente; antenas com 14 segmentos
cilı́ndrico ou em forma de anel, fundido dorsal- (fêmeas) e 13 segmentos (machos); ovipositor
mente com o tergito 2 de maneira que não estes oculto; cabeça sem saliências . . Cynipoidea
dois segmentos não podem individualizar-se.
(em parte) - Gaster cilı́ndrico; antenas com
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22
número variável de segmentos, mais se apre-
20. - Antenas com 10 segmentos Chrysidoidea sentam 14 segmentos (fêmeas) e 13 segmentos
(machos) logo o ovipositor e exposto ou a cabe-
(em parte) - Antenas com 11 a 13 segmentos
ça apresenta saliências em forma de prateleira
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
(Figura 19b) . . . . . . . . . . . . Proctotrupoidea
21. - Cabeça prognata e achatada dorsoventral- (em parte)
mente; clipeo com uma carina mediana que se
extende entre as antenas (Figura 27) . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Chrysidoidea 8.3 Chave para Famı́lias da
(em parte) - Cabeça hipognata, não achatada Subordem Apocrita
dorsoventralmente; clipeo sem a carina media-
na . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vespoidea Os Hymenoptera Apocrita são divididos tradici-
(em parte) onalmente em dois grandes grupos “Parasitica” e
“Aculeta”. O primeiro grupo reúne uma série de
22. - Antena de diversos tipos mais nunca genicu- Superfamı́lias caraterizadas por serem parasitoides,
lada, escapo com (aproximadamente) a mes- porém estas formam um grupo parafilético pelo que
ma largura e comprimento ou levemente mais muitos autores tem abandonado este agrupamento.
curto que o primeiro segmento flagelar (Figrua Os “Aculeata” parecem definir um grupo monofilé-
19a), gaster comprimido lateralmente . . . . . . . tico, a principal caracterı́stica morfológica de estes
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cynipoidea Hymenoptera é a perda da função original do ovipo-
(em parte) - Fêmeas ( o sexo braquiptero ou sitor que se transformou em um ferrão relacionado
aptero mais comúm em estes insetos) com an- com glândulas de veneno e utilizado para defesa,
tenas geniculadas; escapo longo, com pelo me- agressão e caça.
nos com duas vezes o comprimento do primeiro Apocrita “Parasitica”
segmento flagelar (figura 19b); gaster de am- Esta agrupação compreende as Superfamı́lias
bos sexos cilı́ndrico ou achatado . . . . . . . . . . 23 Evanioidea, Ichneumonoidea, Chalcidoidea, Cyni-
poidea, Proctotrupoidea, Trigonaloydea e Ceraph-
23. - Tibias das patas anteriores com 2 esporões ronoidea. Hoje em dia alguns autores reconhecem
apicais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ceraphronoidea também a Superfamı́lia Mymaromatoidea (tradici-
(em parte) - Tibias das patas anteriores com 1 onalmente parte de Chalcidoidea) e Platygasteroi-
esporão apical . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 dea (tradicionalmente em Proctotrupoidea).
8.3 Chave para Famı́lias da Subordem Apocrita 71
galhas ou alimentar-se de sementes. Devido a seu estende-se para a frente sobre o tórax (Figu-
pequeno tamanho a identificação de famı́lias é uma ra 46). Insetos diminutos de coloração negra
tarefa complicada pelo que não se apresentara aqui brilhante, vivem como parasitas de Cecidomyi-
uma chave. As Figuras (35 A 40) mostram repre- idae (Diptera) existem também espécies para-
sentantes de algumas das principais Famı́lias. sitas de moscas brancas (Aleyrodidae), Cole-
optera e Hymenoptera . . . . Platygasteridae
8.3.5 Chave para Famı́lias de - Antenas usualmente com 11 ou 12 segmentos,
Proctotrupoidea as vezes com 7 ou 8; asas anteriores geralmen-
te com nervuras marginal e estigmal; abdome
1. - Antenas inseridas bem acima do clı́peo em sem processo dorsal como o descrito acima. In-
uma saliência da fronte, (Figura 19b), com 11 setos pequenos que vivem como parasitas de
a 14 segmentos, geralmenet clavadas nas fême- ovos de insetos (Orthoptera, Hemiptera, Cole-
as; célula marginal pequena ou não desenvolvi- optera, Lepidoptera) e aranhas Scelionidae
da; nervura discoidal ausente (Figura 41); asas
posteriores desprovidas de lobo jugal (Figura Apocrita “Aculeata”
41). Pequenos insetos de coloração negra, a Neste grupo se reconhecem 3 Superfamı́lias Ves-
maioria parasita de Diptera . . . . Diapriidae poidea, Apoidea e Chrysidoidea sendo esta última
- Sem as caracterı́sticas detalhadas acima . . 2 a considerada mais primitiva entre os aculeata.
e muitas vezes manchada de vermelho, bran- - Corpo com alguns pêlos, especialmente os do
co ou amarelo, alguns podem apresentar uma tórax, ramificados ou plumosos, primeiro seg-
coloração azul escura com reflexos metálicos mento dos tarsos posteriores alongados e geral-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pompilidae mente espessado ou achatado e freqüentemen-
- Mesopleura não dividida como acima (Figura te piloso (figura 52b); abdome não peciolado
48b); pernas mais curtas, os fêmures posterio- (Apiformes) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
res não alcançando o ápice do abdome . . . . 4 2. - Garras tarsais com dentes na margem interna
(figura 53); tibias médias com 2 esporões api-
4. - Mesosterno e metasterno formando juntos
cais; asas posteriores com lobo jugal pequeno
uma placa contı́nua dividida por uma sutura
ou ausente (Figura 54a). Insetos raros, de ta-
transversa e encobrindo as bases das coxas mé-
manho pequeno e coloração preta. Constróem
dias e posteriores, as coxas posteriores bem se-
os ninhos em madeira . . . . . . . . Ampulicidae
paradas (Figura 49a); membrana da asas com
finas rugas longitudinais na região distal às cé- - Garras tarsais sem dentes na margem inter-
lulas fechadas (Figura 50a); ápice do abdo- na; tibias médias com 1, 2 ou sem esporões;
me do macho com 3 espinhos retrateis. Ves- asas posteriores com ou sem lobo jugal, quan-
pas grandes, peludas de colorido brilhante ge- do presente geralmente grande (Figura 54b) 3
ralmente pretas e com áreas de cor vermelho, 3. - Asas posteriores com lobo jugal grande com
branco ou amarelo . . . . . . . . . . . . . . . . Scoliidae mais da metade do comprimento da área pos-
- Mesosterno e metasterno não formando uma terior da asas (Figura 54b) abdome peciolado,
placa como acima,coxas posteriores contı́guas o pecı́olo formado exclusivamente pelo esterno
ou quase (Figura 49b); membrana da asa não (Figura 55a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sphecidae
enrugada (Figura 50b); ápice do abdome do - Asas posterioes com lobo jugal pequeno ab-
macho sem espinhos retráteis . . . . . . . . . . . . . . 5 dome sésil ou se peciolado o pecı́olo formado
5. - Mesosterno com 2 extensões lobiformes atrás, pelo tergo e o esterno (Figura 55b) . . . . . . . . 4
que se projetam entre as bases das coxas mé- 4. - Tibias médias com um esporão apical; ab-
dias e as recobrem em parte (Figura 51a). As dome peciolado (o peciolo pode ser mais largo
vezes apteros e com tégulas ausentes. Vespas do que longo); asas anteriores com pterostig-
negras as vezes com manchas amarelas, pelu- ma tão largo ou ainda maior que a primeira
das de pernas cortas e tamanho considerável célula discal (Figrua 56a). Vespas pequenas,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tiphiidae delgadas e geralmetne de coloração preta, são
- Mesosterno sem tais lobos ou no máximo com predadoras de Homoptera (Cercopidae, Mem-
um para de diminutas projeções dentiformes bracidae, Cicadellidae) . . Pemphredonidae
atrás (Figura 51b); machos alados, asas poste- - Tibias médias com 2, 1 ou sem esporões api-
riores sem lobo jugal distinto; fêmeas com asas cais; abdome geralmente séssil a levemente pe-
muito reduzidas. Corpo geralmente muito pi- ciolado; asas anteriores com pterostigma mui-
loso de coloração escura com manchas verme- to menor que a primeira célula discal (Figrua
lhas, brancas e/ou amarelas . . . . Mutillidae 56b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
5. - Tibias médias com 2 esporões tibiais, se apre-
8.3.7 Chave para Famı́lias de sentam um esporão as asas anteriores possuem
Apoidea a região pre-estigmática da célula submargi-
1. - Corpo com pêlos simples (Figura 52a); pri- nal maior que o metade do comprimento de
meiro segmento dos tarsos posteriores não alar- esta célula (Figura 57a). Ocelos laterais nor-
gado ou espessado e geralmente nu (Figura mais ou com forma de C (Figura 58a). Vespas
52a); abdome freqüentemente peciolado (esfe- de tamanho pequeno a moderado, geralmen-
ciformes) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 te de coloração escura, podem se solitárias ou
construir ninhos que agrupam vários indivı́du-
os, são predadoras de insetos . . Nyssonidae
8.3 Chave para Famı́lias da Subordem Apocrita 74
- Tibias médias com 1 esporão; asas anteriores em cavidades naturais (madeira) e formam as
com a região pre-estigmática da célula submar- células com pedaços de folhas Megachilidae
ginal menor que a metade do comprimento da - Asas anterioers com três células submargi-
mesma (Figura 57b). Ocelos laterais normais, nais; labro mais largo que longo; escova, quan-
ovais, elipticos ou em forma de virgula (Figura do presente, nas tibias das pernas posterio-
58b). Vespas de tamanho moderado a grande res (Figura 64b); suturas antenais partindo do
e usualmente de coloração preta com manchas meio ou da margem interna dos alvéolos ante-
amarelas facilmente reconhecidas pela cabeça nais (Figura 65b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
larga e quadrada, podem nidificar em madei-
ra ou no solo, predam principalmente moscas 10. - Escova, quando presente formando uma cor-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Crabronidae bicula na superfı́cie externa da tı́bia 3 (Figu-
ra 66a); tı́bias 3 com a margem apical com
6. - Duas suturas subantenais sob cada alvéolo um pente (conjunto de pequenas setas) (Figu-
antenal (Figura 59a); asas posteriores com lo- ra 66a e 67). Abelhas e mamangabas Apidae
bo jugal tão longo quanto a célula submediana
ou mais longo que esta (Figura 60). Abelhas - Escova não formando corbı́cula (Figura 66b);
de tamanho médio de coloração escura e mui- tı́bia 3 com a margem apical sem pente (Fi-
tas vezes com manchas amarelas ou brancas, gura 66b). Abelhas de tamanho médio com
nidificam no solo . . . . . . . . . . . . . . Andrenidae o corpo escassamente a densamente piloso, de
coloração escura a avermelhadas, nidificam em
- Uma sutura sob cada alvéolo antenal (Figura buracos no solo ou em barrancos e podem ser
59b) ou as vezes duas; nas asas posteriores lobo parasitas ou coletoras de pólen . . . . . . . . . . . . . .
jugal variável, as vezes ausente . . . . . . . . . . . . 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anthophoridae
7. - Asas posteriores com lobo jugal tão longo
quanto a célula submediana ou mais longo que 8.3.8 Chave para Famı́lias de
esta (Figura 61 a-b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Chrysidoidea
- Asas posteriores com lobo jugal mais curto 1. - Antenas com 10 segmetnos; tarsos anterio-
que a célula submediana ou ausente (Figura res das fêmeas semelhantes a pinças. Insetos
61c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 pequenos parasitas de Homoptera Dryinidae
8. - Nervura basal reta ou fracamente encurvada - Antens com 12 ou 13 segmentos; tarsos não
(Figura 61a); glossa bilobada ou truncada (Fi- formando pinça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
gura 62a). Abelhas pequenas, geralmente de
coloração escura com manchas claras no abdo- 2. - Abdome com 3 tergitos visı́veis (Figura 68a),
me ou face, construem os ninhos em buracos raramente 4, o último freqüentemente dentado
no solo ou no caule de plantas . . Colletidae no ápice; abdome côncavo ventralmente; cabe-
ça hipognata. Vespas pequenas (<12 mm) de
- Nervura basal fortemente encurvada (Figu- corpo azul ou verde metálico com escultura-
ra 61b); glossa acuminada, acabando em uma ções grossas; são parasitas de larvas de vespas
ponta (Figura 62b). Abelhas pequenas ou de ou abelhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Chrysididae
tamanho moderado, freqüentemente de colora-
ção metálica, a maioria nidifica em orifı́cios no - Abdome com 4 a 7 tergitos visı́veis (Figura
solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Halictidae 68b); convexo ventralmente; cabeça prognata.
Vespas pequenas de coloração escura; fêmeas
9. - Asas anteriores com duas células submargi- podem ser aladas, braquipteras ou apteras (es-
nais (Figura 63); labro mais longo que largo; ta últimas parecidas com formigas), são pa-
escôvas quando presente nos esternitos do ab- rasitas de larvas de Coleoptera e Lepidoptera
dome (Figura 64a); suturas subantenais par- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Bethylidae
tindo da margem externa dos alvéolos antenais
(Figura 65a). Abelhas de tamanho moderado e
corpo robusto, constroem os ninhos no solo ou
8.3 Chave para Famı́lias da Subordem Apocrita 75
Figura 8.2: Hymenoptera. Figuras 6-13. SM: célula submarginal; gs: gaster; pl: propleura.
8.3 Chave para Famı́lias da Subordem Apocrita 77
Figura 8.3: Hymenoptera. Figuras 14-22. C: célula costal; noC: sem célula costal; tg: tégula.
8.3 Chave para Famı́lias da Subordem Apocrita 78
Figura 8.4: Hymenoptera. Figuras 23-28. no1: pronoto; R: célula radial; Cu: célula cubital; tg: tégula;
ms: mesonoto; pl2: mesopleura; pr: prepecto.
8.3 Chave para Famı́lias da Subordem Apocrita 79
Figura 8.5: Hymenoptera. Figuras 29-36. 35, Pteromalidae; 36, Chalcididae. rv: veia recorrente
8.3 Chave para Famı́lias da Subordem Apocrita 80
Figura 8.6: Hymenoptera. Figuras 37-43. 37, Torymidae; 38, Eupelmidae; 39, Aphelinidae; 40, Encyrti-
dae. C: célula costal
8.3 Chave para Famı́lias da Subordem Apocrita 81
Figura 8.7: Hymenoptera. Figuras 44-52. st: pterostigma; MC: célula marginal; 1D: primeira célula
discoidal; SB: célula submediana; MS: mesopleura; cx: coxa.
8.3 Chave para Famı́lias da Subordem Apocrita 82
Figura 8.8: Hymenoptera. Figuras 53-61. j: lobo jugal; st: pterostigma; D, célula discal; SM, célula
submarginal; sas, sutura subantenal; SMD, célula submediana; jl, lobo jugal; Nb, nervura basal.
8.3 Chave para Famı́lias da Subordem Apocrita 83
1. - Antena filiforme e com ápice conspicuamente - Veia anal da asa posterior com dois ramos e
dilatado e sem pincel de pelos (borboleta) ..2 perna anterior com as tı́bias sem epı́fise . . . . .
- Antena filiforme, plumosa, ou com ápice dila- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pieridae
tado, mas sempre com pincel de pelos na ponta
(Adaptado de http://www.unisantos.com.br/
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . mariposa
metropms/xixova/a.htm )
2. - Ápice da antena com dilatação em forma de
taco de golfe afilada na extremidade e todas as
veias da asa anterior saindo de pontos diferen-
tes da célula discal praticamente sem dicoto-
mias (Hesperiioidea) . . . . . . . . . . Hesperiidae
- Ápice da antena com dilatação não em forma
de taco de golfe e com algumas veias da asa
anterior saindo de outras, formando dicotomi-
as (Papilionoidea) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
11. - Forma biológica eucéfala; espiráculo abdomi- 7. - Corpo cilindróide, geralmente sanfonado; seg-
nal, as vezes, inserido no ápice de um apêndi- mentação do abdome semelhante a do tórax;
ce tubuliforme localizado no final do abdome noto não ultrapassando em largura o abdome
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Larva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
- Forma biológica acéfala ou hemicéfala, com - Corpo com outro aspecto; abdome nitida-
uma das extremidades do corpo afilada ou ova- mente diferenciado do tórax; tórax plano, ul-
lada; corpo flácido e viscoso . . . . . . . . . . Larva trapassando em largura o abdome . . . . . . . . 08
12. - Aparelho bucal sugador, representado por lá- 8. - Final do abdome com um apêndice tubular
bio rostral, segmentado ou não . . . . . . . . Ninfa dorsal de tamanho variável e, as vezes, ven-
- Aparelho bucal de outro tipo . . . . . .. . . . . .13 tralmente, com folı́olos branquiais; cabeça bem
desenvolvida em relação ao tóraxCuliciforme
13. - Apêndices simetricamente dispostos em re- - Final do abdome sem tais apendices ou folı́o-
pouso sobre e voltados para a região ventral los branquiais; cabeça pequena em relação ao
do corpo, normalmente despigmentados e/ou tórax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Buprestiforme
incompletos e mecanicamente inativos Pupa
9. - Cápsula cefálica, frontalmente, com forma
- Outras combinações de caracteres . . Ninfa
quadrangular; Segmentos do corpo, dorsal e
ventralmente, com filas de pequenos nódulos
10.2 Chave para Tipos de esféricos; abertura anal em ”Y” . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cerambiciforme
Larvas
- Outras combinações de caracteres . . . . . . 10
1. - Larvas ápodas ou oligópodas . . . . . . . . . . . . 03 10. - Linha da pleura definida pela presença de
- Larvas polı́podas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 pares de tubérculos laterais, logo abaixo dos
espiráculos; peritrema do espiráculo protoráci-
2. - Pernas torácicas cônicas e curtas, de tamanho
co nitidamente visı́vel e esclerotizado; presença
inferior ou igual a largura do tórax . . . . . . . . . .
de protuberâncias dorsais entre cada segmento
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eruciforme
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Curculioniforme
- Pernas torácicas longas, de tamanho superior - Linha da pleura indistinta; peritrema do es-
a largura do tórax . . . . . . . . Campodeiforme piráculo protorácico pouco visı́vel; presença de
3. - Larvas ápodas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 protuberâncias dorsais no centro dos primei-
ros segmentos abdominais; inserção da cabeça
- Larvas oligópodas, podendo apresentar todos
com o tórax estreitada . . . . . . . . Vermiforme
ou um dos pares de pernas, vestigial . . . . . . 11
11. - Cápsula cefálica, frontalmente, com forma
4. - Larvas acéfalas ou hemicéfalas . . . . . . . . . . 05
quadrangular; Segmentos do corpo, dorsal e
- Larvas eucéfalas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 ventralmente, com filas de pequenos nódulos
esféricos; abertura anal em “Y” . . . . . . . . . . . . . .
5. - Larvas acéfalas . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .07
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cerambiciforme
- Larvas hemicéfalas; corpo alongado, liso e
- Outras combinações de caracteres . . . . . . 12
com a parte anterior afilada em relação a pos-
terior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vermiforme 12. - Final do abdome avolumado e ogival; abertu-
ra anal transversal; corpo, geralmente pubes-
6. - Corpo alongado, cilindróide, subdividido por
cente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Scarabaeiforme
segmentos anelares e com a parte anterior afi-
lada em relação a posterior . . . . Vermiforme - Outras combinações de caracteres . . . . . . 13
- Corpo ovalado, ventralmente deprimido com 13. - Larvas alongadas com segmentos de dimen-
segmentação indistinta; abdome, as vezes, com sões semelhantes; corpo geralmente rı́gido; ápi-
apêndice respiratório tubular dorsal . . . . . . . . . ce do último urostergito provido de projeções
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Limaciforme quitinosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Elateriforme
10.3 Chave para Tipos de Pupas 87
- Larvas com outras combinações de caracteres; alcançam o urômero seguinte; antenas distin-
apresentando pernas e mandı́bulas bem desen- tas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Siphonaptera
volvidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . Campodeiforme - Larvas com outras combinações de caracteres
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hymenoptera
10.3 Chave para Tipos de 8. - Larvas oligópodas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Pupas - Larvas polı́podas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2. - Asas, quando presentes, pernas e antenas 10. - Palpos maxilares ausentes . . . . Neuroptera
visivelmente livres e dispostas simetricamen- - Palpos maxilares presentes . . . . Coleoptera
te em repouso sobre e voltadas para a região
ventral do corpo . . . . . . . . . . . . Pupa Exarata 11. - Larvas eruciformes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
- Apêndices, cefálicos e torácicos, sob uma cu- - Larvas Campodeiformes . . . . . . . . . . . . . . . . 14
tı́cula aderente ao corpo. Aparelho bucal, asas
e pernas dispostos lado a lado e concentrados 12. - Larvas com 2, 3 ou 5 pares de pseudópodes
na região ventral do inseto . . Pupa Obtecta com colchetes na sola . . . . . . . . . .Lepidoptera
- Larvas com 6 ou 8 pares de pseudópodes sem
colchetes na sola . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .13
10.4 Chave para Ordens de
13. - Cabeça com, no máximo, 1 ocelo de cada lado
Larvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hymenoptera
1. - Larvas ápodas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 - Cabeça com 12 a 20 ocelos de cada lado . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mecoptera
- Larvas oligópodas ou polı́podas . . . . . . . . 08
14. - Psedópodes anais sem garras . . Coleoptera
2. - Larvas culiformes . . . . . . . . . . . . . . . . Diptera
- Pseudópodes anais com garras . . . . . . . . . . 15
- Larvas de outros tipos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
15. - Pseudópodes anais com 1 garra Trichoptera
3. - Larvas vermiformes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
- Pseudópodes anais com 2 garras . . . . . . . . . . .
- Larvas de outros tipos . . . . . . . . Coleoptera
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Megaloptera
4. - Final do abdome recoberto por escamas . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lepidoptera
10.5 Chave para Ordens de
- Final do abdome desprovido de escamas 05
Pupas
5. - Larvas acéfalas ou eucéfalas . . . . . . . . . . . . 06
-Larvas hemicéfalas . . . . . . . . . . . . . . . . Diptera 1. - Pupa coarctata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
- Pupa de outro tipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
6. - Larvas acéfalas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . Hymenoptera ou Diptera2 2. - Cápsula cefálica ou cefaloteca, presentes 03
- Larvas eucéfalas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07 - Cápsula cefálica ou cefaloteca, ausentes . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diptera
7. - Final do abdome com dois apêndices carno-
sos, alongados e divergentes; bordo posterior 3. - Cápsula cefálica distinta; corpo segmentado
dos urômeros com fileiras de cerdas rı́gidas que com caracterı́sticas de larvas . . . .. . . .Diptera
2 Não é possı́vel separar essas ordens nessa fase. - Cefaloteca presente; corpo com outras carac-
terı́sticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Strepsiptera
10.6 Chave para Ordens de Ninfas 88
15. - Primeiro par de pernas do tipo raptatorial - Cabeça sem ”bossa frontal”; tarsos tetrâme-
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mantodea ros; abdome com 10 urômeros . . .. . .Isoptera