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Sem banco, grupo ainda tem TV, varejo
e vendas diretas
Segundo consultor, a expansão acelerada em diversos setores pode levar grupos familiares a perder
controle da gestão
02 de fevereiro de 2011 | 0h 00

Fernando Scheller - O Estado de S.Paulo

O Grupo Silvio Santos, que contabilizava mais de 40 empresas antes da venda do Banco
Panamericano ao BTG Pactual, ainda concentra uma miríade de empreendimentos que
inclui capitalização (Telesena), a marca de cosméticos Jequiti, o hotel Jequitimar,
negócios imobiliários e o SBT - tudo isso sem contar outras participações acionárias.

Sem o Panamericano, porém, o grupo perde o braço mais rentável. Em 2009, o lucro de
R$ 171,5 milhões da instituição foi insuficiente para salvar a holding do prejuízo de R$ 8
milhões. Naquele ano, com exceção do SBT, os outros negócios principais fecharam no
vermelho.

Entre as companhias que restam, o mercado faz as principais apostas na Jequiti. A


empresa atua no setor de vendas diretas, que faturou R$ 26 bilhões em 2010. Cresce
fortemente, mas o consultor Marcelo Pinheiro diz que a companhia está em fase de
consolidação - e ainda exige altos investimentos.

Um dos desafios é fidelizar a força de vendas. A Jequiti contabiliza cerca de 160 mil
revendedoras, enquanto a Avon tem hoje 1,1 milhão de associadas. A expansão da força de
vendas se baseia na possível participação em uma atração que distribui prêmios no SBT.
Para Pinheiro, a estratégia pode não se sustentar no longo prazo, o que pode levar à
migração de "colegas de trabalho" a marcas mais famosas.

Do lado negativo do espectro estão as lojas do Baú Crediário. O consultor em varejo


Eugênio Foganholo diz que o negócio não gerou frutos: "O grupo teve posição relevante
com a Tamakavi, nos anos 80, vendida para a Casas Bahia. Mas as coisas mudaram - hoje,
o consumidor não pega mais crédito na loja. E o nome também confunde. A pessoa pode
relacionar a loja aos carnês."

Gestão. Para Márcio Roldão, consultor especialista em empresas familiares, é comum que
grupos concentrados na figura do "patrão" percam o controle ao se expandir rapidamente
para setores com os quais têm pouca familiaridade. Segundo ele, os empresários podem
perder a mão ao delegar funções. Após o escândalo do Panamericano, Silvio Santos foi
criticado pela escolha de Rafael Palladino, formado em educação física, para comandar
um negócio de bilhões de reais.

http://www.estadao.com.br/noticia_imp.php?req=not_imp674084,0.php 08/02/2011
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Diante de tantas atividades diferentes, o próprio Silvio admitiu, depois de bater o martelo
da venda do Panamericano, que não tem noção de muito do que se passa em suas
empresas: "A única coisa que entendo um pouco é de televisão. O resto, o dinheiro que se
ganha a gente coloca em empresas e (escolhe) alguém para tomar conta."

Procurado, o Grupo Silvio Santos informou que ontem que não concederia entrevistas.

http://www.estadao.com.br/noticia_imp.php?req=not_imp674084,0.php 08/02/2011

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