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3942 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.

o 158 — 11 de Julho de 2003

Decreto-Lei n.o 150/2003 da política de desenvolvimento social e econó-


de 11 de Julho
mico do País;
c) A coordenação e sistematização dos programas
O Conselho Superior de Ciência e Tecnologia assu- e recursos financeiros existentes no que se refere
miu desde a sua criação uma relevante função enquanto à investigação científica, desenvolvimento tec-
órgão de consulta do membro do Governo responsável nológico e a projectos de inovação;
pela política científica e tecnológica nacional, pela jun- d) As medidas legislativas e estruturais necessárias
ção no seu seio das mais relevantes personalidades ao desenvolvimento do sistema científico e tec-
nacionais em matéria de ciência e tecnologia, que deste nológico nacional e ao estímulo da inovação;
modo contribuíam para a formulação da política nacio- e) As medidas relativas à implementação de pro-
nal de ciência e tecnologia e para o estabelecimento gramas de mobilidade entre empresas, univer-
das suas linhas estratégicas. sidades e unidades de investigação e desenvol-
O Governo, por outro lado, consciente de que a bata- vimento (I&D), nomeadamente no que respeita
lha do desenvolvimento se ganha pela aposta decisiva à inserção de investigadores no sector produtivo
em ciência e tecnologia, não pode deixar de ter em e à transferência de tecnologias de entidades
conta que parte importante dessa batalha tem de ser do sistema científico e tecnológico nacional para
travada e ganha pelo tecido empresarial através da as empresas;
inovação. f) A planificação de acções que visem o desen-
Assim, procurando revitalizar o Conselho Superior volvimento de tecnologias que permitam desen-
de Ciência e Tecnologia da quase paralisia em que se volver novos produtos, processos ou serviços e
encontra e procurando dotá-lo de competências em de acções que apoiem o surgimento de novas
matéria de inovação, que se traduzem na alteração da empresas de base científica e tecnológica;
sua designação, aprova-se o presente diploma, em cum- g) A política científica e tecnológica europeia e
primento ainda do que dispõe a Lei Orgânica do Minis- a coordenação das políticas nacionais no con-
tério da Ciência e do Ensino Superior, aprovada pelo texto da União Europeia;
Decreto-Lei n.o 205/2002, de 7 de Outubro. h) A política de cooperação científica e tecnológica
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das bilateral e multilateral.
Regiões Autónomas.
Assim: 2 — Compete ainda ao Conselho:
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da a) Desenvolver estudos que permitam a definição
Constituição, o Governo decreta o seguinte: de orientações gerais e critérios para a avaliação
das políticas e programas de I&D;
b) Promover estudos de avaliação global dos pro-
CAPÍTULO I gramas de investigação, tendo em vista o seu
Conselho Superior de Ciência, Tecnologia e Inovação impacte económico, social e cultural;
c) Promover a publicação de relatórios, pareceres,
Artigo 1.o recomendações ou quaisquer outros trabalhos
emitidos ou realizados no âmbito das suas
Natureza competências;
d) Aprovar o plano anual de actividades e o res-
1 — O Conselho Superior de Ciência, Tecnologia e pectivo relatório;
Inovação, adiante designado por Conselho, é o órgão e) Aprovar o projecto de orçamento;
de consulta e aconselhamento do Ministro da Ciência f) Aprovar o regimento.
e do Ensino Superior, no domínio da política científica
e tecnológica e na promoção da inovação, sem prejuízo 3 — Para o exercício das competências referidas no
das atribuições de outros departamentos governamen- presente artigo, pode o presidente solicitar estudos de
tais. base a peritos ou organismos especializados, nacionais
2 — O Conselho é um órgão colegial onde estão ou estrangeiros, nos termos a fixar no regimento.
representados os interesses sectoriais, públicos e pri-
vados, no domínio das actividades científicas e tecno-
lógicas, assim como as entidades cuja competência ou Artigo 3.o
actuação seja mais relevante no âmbito da política nacio- Composição
nal de ciência e tecnologia, bem como no domínio da
inovação. 1 — O Conselho tem a seguinte composição:
Artigo 2.o a) O presidente;
b) O presidente da Fundação para a Ciência e a
Competências Tecnologia, que exercerá, por inerência, as fun-
1 — Compete ao Conselho pronunciar-se, por soli- ções de vice-presidente;
citação do Ministro da Ciência e do Ensino Superior c) Dois representantes dos laboratórios do Estado,
ou por iniciativa própria, sobre todas as questões de cooptados pelo Conselho, sob proposta do
política científica e tecnológica e de políticas de incen- presidente;
tivo à inovação, designadamente: d) Um representante de cada uma das Regiões
Autónomas, designado pelo respectivo governo
a) As bases da política de ciência e tecnologia; regional;
b) O planeamento da política de investigação e e) Um representante das comissões de coordena-
desenvolvimento, tendo em vista a sua harmo- ção e desenvolvimento regional, cooptado pelo
nização com outros sectores e com os objectivos Conselho, sob proposta do presidente;
N.o 158 — 11 de Julho de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3943

f) O presidente do conselho de administração do Artigo 5.o


Instituto Nacional da Propriedade Industrial; Duração do mandato
g) O presidente do conselho de administração da
Agência de Inovação; 1 — O mandato dos membros do Conselho, excepto
h) O gestor da Unidade de Missão Inovação e os que o sejam por inerência e os previstos na alínea d)
Conhecimento; do n.o 1 do artigo 3.o, tem a duração de três anos.
2 — Os membros referidos nas alíneas c), e), n), r) e s)
i) Dois membros das universidades representadas do artigo 3.o são substituídos no fim do seu mandato
no Conselho de Reitores das Universidades Por- por elementos representando a mesma instituição ou
tuguesas, a designar por este Conselho; outras instituições da mesma natureza, para que, rota-
j) Um membro dos institutos superiores politéc- tivamente, seja permitida a maior participação possível
nicos, a designar pelo Conselho Coordenador no Conselho.
dos Institutos Superiores Politécnicos; 3 — Os membros do Conselho mantêm-se em funções
l) Um membro dos estabelecimentos de ensino até à sua efectiva substituição.
superior particular e cooperativo, designado
pela Associação Portuguesa dos Estabelecimen- Artigo 6.o
tos de Ensino Superior Particular e Coope- Funcionamento
rativo;
m) Um representante da Academia de Ciências de 1 — O Conselho funciona em plenário e em grupos
Lisboa; de trabalho.
2 — O Conselho reúne por convocação do seu pre-
n) Um representante de fundações de direito pri- sidente, ordinariamente, duas vezes por ano, e extraor-
vado cujo fim contemple o exercício ou o finan- dinariamente por iniciativa do presidente ou a reque-
ciamento de actividades de ciência, tecnologia rimento de, pelo menos, um terço dos membros do
e inovação, cooptados pelo Conselho, sob pro- Conselho.
posta do presidente; 3 — O Conselho funciona desde que esteja presente
o) Um representante da Associação Empresarial a maioria dos seus membros, entre os quais o presidente
de Portugal; e o vice-presidente.
p) Um representante da Associação Industrial 4 — As deliberações são tomadas por maioria simples,
Portuguesa; tendo o presidente voto de qualidade, podendo porém
q) Um representante da Associação Portuguesa de o regimento estabelecer uma maioria qualificada para
determinadas matérias.
Parques de Ciência e Tecnologia;
r) Dois representantes das empresas com activi-
dades de investigação científica e desenvolvi- Artigo 7.o
mento tecnológico, cooptados pelo Conselho, Pareceres
sob proposta do presidente; 1 — Os pareceres são distribuídos pelo presidente a
s) Um representante dos laboratórios associados, um relator, designado de entre os membros do Con-
cooptado pelo Conselho, sob proposta do pre- selho, que deverá elaborar, no prazo que lhe for fixado,
sidente; o projecto final.
t) Duas personalidades de reconhecido mérito no 2 — O parecer final deverá ser submetido à aprovação
âmbito empresarial e académico ou em matéria do Conselho.
de política científica e tecnológica, cooptadas Artigo 8.o
pelo Conselho, sob proposta do presidente; Direitos e garantias
u) Um elemento a designar pelo Ministro da Ciên-
cia e do Ensino Superior de entre personali- 1 — Para efeitos de participação nas actividades do
dades de reconhecido mérito no âmbito empre- Conselho, os seus membros são dispensados das acti-
sarial e académico ou nos domínios científico vidades profissionais, públicas ou privadas, as quais são
equiparadas a serviço efectivo para todos os efeitos
e tecnológico. legais.
2 — Os membros do Conselho não podem ser pre-
2 — O Ministro da Ciência e do Ensino Superior par- judicados na sua colocação, nos seus benefícios sociais
ticipa nas reuniões do Conselho, por convite do pre- ou no seu emprego permanente por virtude do desem-
sidente ou por sua iniciativa, caso em que assumirá as penho do seu mandato.
funções de presidente. 3 — Quando se desloquem por motivo da participa-
3 — O presidente pode convidar a participar nas reu- ção nas suas actividades, todos os membros do Conselho
niões do Conselho, sem direito a voto, quaisquer enti- têm direito ao abono de despesas de transporte, bem
dades ou personalidades cuja presença seja considerada como ao pagamento de ajudas de custo, sendo estas
correspondentes ao escalão mais elevado da tabela
relevante. fixada para o funcionalismo público.
4 — Participa ainda do Conselho, sem direito a voto,
o secretário do Conselho.
CAPÍTULO II
Artigo 4.o Presidente
Tomada de posse Artigo 9.o
Presidente
Os membros do Conselho, incluindo o seu presidente,
tomam posse perante o Ministro da Ciência e do Ensino 1 — O presidente é nomeado por despacho do Minis-
Superior. tro da Ciência e do Ensino Superior de entre perso-
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nalidades de elevado prestígio na área da ciência e CAPÍTULO IV


tecnologia.
2 — As funções de presidente não são exercidas em Disposições finais
regime de exclusividade nem a tempo inteiro.
3 — A remuneração mensal do presidente corres- Artigo 13.o
ponde a 50 % do valor da remuneração do cargo de Prestação de informação
reitor das universidades públicas.
4 — O presidente do Conselho pode, por simples As entidades, públicas ou privadas, devem prestar ao
comunicação ao Ministro da Ciência e do Ensino Supe- Conselho, sempre que solicitadas, as informações por
rior, prescindir da remuneração a que tem direito, nos este requeridas para a realização das suas tarefas.
termos do número anterior.
5 — O presidente é coadjuvado pelo vice-presidente, Artigo 14.o
que o substitui nos seus impedimentos e ausências. Publicidade dos actos

1 — Os estudos previstos no n.o 3 do artigo 2.o podem


Artigo 10.o ser publicitados se o Conselho assim o determinar.
Competências do presidente 2 — De cada reunião do Conselho será elaborada
uma súmula de todas as propostas apresentadas e das
1 — Compete ao presidente: conclusões extraídas, a qual pode ser publicitada se o
a) Representar o Conselho; Conselho assim o deliberar.
b) Convocar e presidir às reuniões plenárias, bem
como às dos grupos de trabalho em que par- Artigo 15.o
ticipar; Apoio
c) Propor ao plenário a criação de grupos de
trabalho; O Conselho é apoiado pela Fundação para a Ciência
d) Assegurar a gestão corrente do Conselho em e a Tecnologia, a qual assegura o apoio logístico neces-
matéria administrativa e financeira; sário ao seu funcionamento, nomeadamente nas áreas
e) Exercer os demais poderes que lhe forem come- de secretariado, gestão financeira, expediente e arquivo.
tidos pelo regimento.
Artigo 16.o
2 — Para efeitos da competência para autorização de
despesas, o presidente é equiparado a director-geral. Encargos financeiros

1 — Os encargos financeiros resultantes do funcio-


namento do Conselho são suportados por dotação ins-
CAPÍTULO III crita no orçamento da Fundação para a Ciência e a
Secretário Tecnologia.
2 — As instalações necessárias ao funcionamento do
Artigo 11.o Conselho serão asseguradas pela Fundação para a Ciên-
cia e a Tecnologia.
Secretário
Artigo 17.o
O Conselho dispõe de um secretário, sendo essas fun- Revogação
ções exercidas, por inerência, pelo director de serviços
de Informação e Documentação da Fundação para a É revogado o Decreto-Lei n.o 145/96, de 26 de Agosto.
Ciência e a Tecnologia.
Artigo 18.o
o
Artigo 12. Entrada em vigor
Competências do secretário O presente diploma entra em vigor no dia seguinte
ao da sua publicação.
Compete ao secretário:
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 3
a) Coadjuvar o presidente, no exercício das suas
de Abril de 2003. — José Manuel Durão Barroso — Maria
funções;
Manuela Dias Ferreira Leite — Paulo Sacadura Cabral
b) Assegurar o secretariado do plenário do Con-
Portas — José Luís Fazenda Arnaut Duarte — Carlos
selho, elaborando as suas actas;
Manuel Tavares da Silva — Armando José Cordeiro Sevi-
c) Preparar as reuniões do Conselho nas quais par-
nate Pinto — Pedro Lynce de Faria — Luís Filipe
ticipa sem direito a voto;
Pereira — António Pedro de Nobre Carmona Rodrigues —
d) Organizar os pareceres, estudos e demais tra-
Amílcar Augusto Contel Martins Theias.
balhos a distribuir a elementos do Conselho,
a título individual ou a grupos de trabalho;
Promulgado em 26 de Junho de 2003.
e) Acompanhar a evolução do trabalho distribuído
nos termos da alínea anterior; Publique-se.
f) Promover a elaboração do relatório anual de
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
actividades;
g) Exercer quaisquer outras competências que lhe
Referendado em 2 de Julho de 2003.
sejam delegadas pelo presidente ou que lhe
forem cometidas pelo regimento. O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso.

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