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CURSO DE AGRONOMIA
Cascavel – PR
2005
ÍNDICE
1.1 Introdução
O estudo das operações agrícolas visa racionalizar o emprego das máquinas,
implementos e ferramentas na execução das operações agrícolas. Para isso, é necessário não
apenas o estudo analítico das operações, a fim de determinar "o que fazer" e "quando fazer",
através da análise operacional. Também, a "criteriosa seleção de métodos" e a "escolha de
espécimes mais adequados" a cada situação é outro importante aspecto focalizado no estudo
da Mecanização Agrícola.
Denomina-se desempenho operacional um complexo conjunto de informações que
definem, em termos quali-quantitativos, os atributos da maquinaria agrícola quando executam
operações sob determinadas condições de trabalho. Essas informações podem ser agrupadas
da seguinte forma:
características operacionais: abrangendo dados relativos à qualidade e à quantidade de
trabalho desenvolvido pela maquinaria, sob determinadas condições de trabalho;
características dinâmicas: abrangendo dados de potência requerida para acionamento e de
velocidade de trabalho da maquinaria, sob determinadas condições de trabalho;
características de manejo: focalizando os aspectos relacionados com as regulagens, a
manutenção, as reparações, a estabilidade etc.
A Cc pode ser expressa em alqueires/dia, ha/dia, ha/minuto, m2/s, etc., dependendo das
unidades adotadas para área e tempo.
Área Trabalhada
Capacidade de Campo Efetiva =
Tempo de Produção
Área Trabalhada
Capacidade de Campo Operaciona l =
Tempo de Máquina
O peso ou volume de produto trabalhado refere-se ao peso ou volume de produto que sai
da máquina, isto é, produto que sofreu a ação de seus órgãos ativos. Por exemplo, no caso de
uma bomba hidráulica, a capacidade de produção será expressa em litros por minuto ou metros
cúbicos por hora; no caso de uma trilhadora, em sacos por hora; no caso de uma colhedora de
milho, em kg/h etc.
Da mesma forma que a capacidade de campo, a capacidade de produção poderá ser:
Teórica -CPT: obtida em função das dimensões dos órgãos ativos;
Efetiva - CPE: obtida por meio de determinações feitas com a máquina em operação,
considerando o tempo de produção; TPR
Operacional -CPO: obtida de forma idêntica a CPE, porém considerando o tempo máquina-TM.
Figura – Determinação da capacidade de produção efetiva de uma trilhadora. Para isso, basta
cronometrar o tempo em que certa quantidade de produto sai da máquina.
2 RENDIMENTO OPERACIONAL
Designa-se por rendimento operacional de máquinas agrícolas, arelação entre
capacidades operacionais da mesma natureza. É um parâmetro que indica as perdas
provenientes do não aproveitamento integral da capacidade operacional da maquinaria. Entre
os rendimentos operacionais, destacam-se dois como os mais importantes: o rendimento de
campo teórico (RC T) e o rendimento de campo efetivo (RC E).
3 EFICÁCIA OPERACIONAL
O desempenho operacional da maquinaria agrícola abrange, além dos aspectos
quantitativos expressos pelas capacidades e rendimentos operacionais, os aspectos
qualitativos do trabalho executado. A habilidade de as máquinas executarem operações
agrícolas, segundo certos padrões qualitativos, é avaliada através de parâmetros de eficácia
operacional.
Seja, por exemplo, o caso de uma descascadora de mamona indeiscente, na qual a
eficácia operacional pode ser expressa através dos seguintes parâmetros:
- Eficácia de descascamento ( E% ) : relação percentual entre a quantidade de sementes
contidas no produto in natura - SN , e a quantidade de sementes intactas - SB, recolhidas na
bica de produto beneficiado da máquina descascadora:
SB
E% = ⋅ 100
SN
8
FB
R% = ⋅ 100
FN
O retorno indica, em termos percentuais, a intensidade de ação dos órgãos ativos da
descascadora sobre os cocos de mamona; quanto maior for a ação dos órgãos ativos sobre os
cocos do produto in natura, tanto menor será R% .Por outro lado, o valor assumido por R¨%
depende da interação de dois fatores:
a) seletividade de ação do mecanismo beneficiador
b) uniformidade do produto in natura a ser beneficiado.
SQ
Q% = ⋅100
SN
4 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
MIALHE. L. G. Manual de Mecanização Agrícola. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, 1974.
301p.