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Gosto da Creche
Porque cá posso brincar
Fazer lindas construções
Depois tudo desmanchar
Ouvir histórias e canções
Depois ser eu a contar...
Correr, saltar e jogar
Conversar e partilhar...
Gosto da Creche
Porque cá posso pintar
Das cores que me apetecer
Posso cortar e colar
Fazer prendas para oferecer
Dar passeios, fazer rodas
E dançar ate querer
Ensaiar quando há festas
Para correr tudo bem...
Nesse dia sou artista
Para o pai e para a mãe...
Gosto da Creche...
E difícil de entender?
Tenho cá os meus amigos,
Muitas coisas para fazer.
INTRODUÇÃO
CONTEXTUALIZAÇÃO
Tendo em conta a faixa etária do grupo procurei elaborar um plano
de actividades que contemple o tempo de concentração, a necessidade
de movimento, da autonomia, de experimentação e a realização de
actividades simples e lúdicas. A actividade lúdica faz parte da vida, tal
como dormir, comer, rir e chorar. Brincar e um fim em si próprio e não
apenas um meio para se atingir qualquer outro objectivo.
Brincasse porque se brinca! Brinca-se a vida toda!
No Principio VII da Declaração dos Direitos da Criança, aprovada
pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1959, pode ler-se: “A
criança deve desfrutar plenamente de jogos e recriações...”. A
actividade lúdica, muito associada ao prazer, a tranquilidade, a
criatividade e a descoberta, para alem dos elementos de partilha de
aprendizagem democrática, de exercício de tolerância, e cada vez mais
um bem necessário para enfrentar as dificuldades e as contrariedades
do dia-a-dia, para alem de que, quando brinca, a criança aprende e
começa a formar-se o seu carácter.
Segundo Gabriel D’Annunzio, devemos colocar nas mãos das
crianças todos os objectos necessários para activar o seu
desenvolvimento intelectual e emocional. Uma actividade lúdica
fisicamente equilibrada e variada, estimulante e desafiante, deve
constituir um repto a imaginação, a criatividade e a exploração dos
limites do corpo e da mente, um hino a estética e a defesa.
E a brincar que as crianças crescem, exprimem sentimentos e
resolvem conflitos. O jogo acompanha a criança desde o seu
nascimento, desde o simples observar e ouvir, ao aprender a levar os
brinquedos a boca, apalpa-los, bater-lhes e dar-lhes a volta, tudo e um
jogo.
Cada objecto, com a sua própria textura, cores, forma e tamanho,
da a criança uma valiosíssima informação. Para além de a divertir, o
jogo estimula o seu crescimento integral, levando-a a descobrir o que a
rodeia, e ensinando-a a relacionar-se com os outros. Muito antes de
surgirem os amigos, as crianças já brincaram muito, com o pai, com a
mãe e, também, sozinhas.
Uma criança que não saiba ou não consiga brincar sozinha,
necessitando de constante atenção de uma pessoa, terá grandes
dificuldades em se adaptar, mais tarde, a um grupo de brincadeiras com
outras crianças. Por volta dos 2 anos – idade esta até a qual a criança se
limitava a ficar sentada ao lado das outras, aceitando mais ou menos
pacificamente a sua companhia, começa a demonstrar uma maior
capacidade de brincar com as outras de uma forma mais activa e
participante.
As crianças necessitam de brincar, quase tanto como de comer: o
brinquedo e o seu alimento espiritual. Através do brincar, a criança
aprende a conhecer-se a si própria e a compreender os outros. A
brincadeira infantil e uma espécie de miniatura, da vida futura em
comunidade, com todas as suas esperanças, as suas alegrias, as suas
frustrações. Através do jogo, a criança conhece as suas possibilidades
reais, as suas limitações, o seu grau de altruísmo e a sua capacidade de
acção individual ou de equipa. Acima de tudo, aprende a desenvolver
estratégias para contornar obstáculos e superar/ultrapassar dificuldades,
aprendizagens estas que serão tomadas com exemplo ao longo da vida.
Segundo Winnicott, o acto de brincar desenvolve-se numa área
intermédia entre o mundo real e imaginário, num estado de suprema
concentração entre o sonho e a realidade.
A Creche deve ser um espaço onde a criança se sinta integrada e se
reveja e um elo de ligação com o exterior.
Não nos podemos esquecer como refere Gabriela Portugal os
princípios Educativos da Creche que são os seguintes:
• Princípio 1 – envolver as crianças nas coisas que lhes dizem
respeito
• Princípio 2 – investir em tempos de qualidade procurando-se estar
completamente disponível para as crianças
• Princípio 3 – aprender a não subestimar as formas de
comunicação únicas de cada criança e ensinar-lhe as suas
• Princípio 4 – investir tempo e energia para construir uma pessoa
“total”
• Princípio 5 – respeitar as crianças enquanto pessoas de valor e
ajudá-las a reconhecer e a lidar com os seus sentimentos
• Princípio 6 - ser verdadeiro nos nossos sentimentos relativamente
às crianças
• Princípio 7 – modelar os comportamentos que se pretende ensinar
• Princípio 8 – reconhecer os problemas como oportunidades de
aprendizagem e deixar as crianças tentarem resolver as suas próprias
dificuldades
• Princípio 9 – construir segurança ensinando a confiança princípio
• Princípio10 – procurar promover a qualidade do desenvolvimento
em cada fase etária, mas não apressar a criança para atingir
determinados níveis desenvolvimentais
Uma das principais metas deste projecto tem como finalidade
responder aos projectos da instituição, e necessidades levantadas,
preparando as crianças para a integração plena na sociedade e
desenvolvendo de competências de vida que as ajudam a responder
adequadamente aos diversos problemas com que se deparam e a
articulação com o exterior, na partilha de experiências e vivências entre
crianças e educadores.
Neste contexto é fundamental proporcionar aos alunos experiências
e actividades que constituam aprendizagens significativas e que partam
das suas vivências e interesses imediatos.
Também propomo-nos dar ênfase ao trabalho cooperativo e
colaborativo, não só em contexto de sala de aula mas também fora da
mesma, envolvendo não só as crianças como os educadores e todos os
elementos da comunidade educativa e famílias das crianças.
O Projecto Pedagógico assume, assim, docentes, não docentes e
discentes como protagonistas de toda a acção educativa, assumindo o
educador um papel orientador no processo de conhecimento, tendo
sempre presente as competências a desenvolver em cada momento,
conhecimentos e atitudes a serem trabalhadas, gerindo da melhor forma
as necessidades de todos os intervenientes.
Esta gestão de interesses, não passa somente pelos elementos
educativos presentes na sala de actividades mas os de toda a
instituição, pelo que este Projecto foi delineado tendo em atenção a
participação de toda a comunidade escolar, para a concepção de um
objectivo comum.
A partilha de experiências com as diversas salas e entre ciclos
permite um crescimento conjunto e contribui substancialmente para a
melhoria do clima organizativo de toda a instituição.
Esta partilha de experiências ocorre com frequência entre todas as
salas, permitindo desta forma um enriquecimento mútuo.
Por todas as razões apontadas pensamos que este Projecto
Curricular contempla e tem como prioridade as exigências de uma
educação para todos.
Área da Casinha:
Aqui as crianças desenvolvem progressivamente a sua socialização,
comunicação e autonomia, através da simulação e desempenho de
diferentes papéis, onde fazem representações do que vêem no dia-a-dia,
onde brincam aos pais, às mães, aos médicos…
Esta área é também propícia ao desenvolvimento da linguagem,
mesmo que por vezes os diálogos sejam monólogos e da socialização,
quando brincam em conjunto/pares.
É na área do faz de conta que a criança ao “ Imitar as pessoas nas
situações que vivem …. dá-lhes a possibilidade de trabalharem em
conjunto, de exprimirem sentimentos e ideias…” (Hohmann, M,
Weikart,, Criança em Acção, 1995).
Após o período de adaptação esta área vai ser ampliada com mais
material, tal como, uma cozinha com frigorífico, fogão, lava-loiça, pratos,
panelas, copos, talheres, canecas, etc; um quarto com berço, um ferro,
uma tábua de engomar e três bonecas.
Tem ainda uma pequena mesa redonda com toalha e três cadeiras.
Área do parque
Fica situada ao lado da casinha, e tem um escorrega, e vários
cavalinhos balances. É a área mais procurada do grupo e onde brincam
em conjunto.
No decorrer do ano lectivo, novas áreas puderam surgem e outras
puderam desaparecer de acordo com os interesses e necessidades do
grupo.
ROTINAS DIÁRIAS
“O tempo educativo contempla de forma equilibrada diversos ritmos e
tipos de actividades, em diferentes situações... e permite oportunidades de
aprendizagem diversificadas...”
(in “Orientações curriculares para a educação pré-escolar”)
CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO
E essencial conhecer as características próprias das crianças desta
faixa etária que vária entre os 2 anos e 3 anos, para que se possa ir ao
encontro das suas necessidades, antes de os caracterizar.
Segundo o psicólogo suíço Jean Piaget o desenvolvimento mental da
criança divide-se em quatro estádios: sensório-motor (0 aos 2 anos),
pré-operacional (2 aos 6 anos), fase das operações concretas (7 aos 11
anos) e a fase das operações formais (acima dos 12 anos). Assim, o
grupo da Sala 2 encontra-se na maioria no estádio pré-operacional
existido ainda algumas características do estádio anterior.
Desde o início desta etapa a criança já faz uso da capacidade
simbólica, não dependendo somente das sensações. Embora não seja
capaz de fazer operações lógicas e de se situar no tempo, ela já
relaciona significantes e significados: a linguagem será a habilidade que
mais se vai desenvolver. São características principais desta fase:
egocentrismo, a criança não se consegue colocar no lugar do outro,
centralização do interesse e a sua atenção fixa-se num só assunto de
cada vez, incapacidade de perceber as relações de causa e efeito (ela
não consegue associar transformações, fixando-se nos seus estados
separados), desequilíbrio emocional (a sua estrutura psicológica não
acompanha a grande quantidade de estímulos do meio ambiente e a
criança defende-se por meio de crises de choro, etc.), irreversibilidade
de pensamento (ela e incapaz de raciocinar em “ida e volta”) e
raciocínio transdutível (parte do particular para chegar ao particular).
Ao nível do desenvolvimento físico, a criança possui uma intensa
necessidade de exploração sensorial e motora. Imita facilmente os
movimentos que observa nos outros, e desembaraçada e revela
espontaneidade. O senso de equilíbrio desenvolve-se.
Aos 3 anos, a criança pode andar de triciclo, jogar a bola, correr,
virar-se, saltar.
E capaz de executar jogos de encaixe, construir torres, fazer
rasgagem e manipular massas plásticas. Os lápis atraem-na: rabisca em
todos os sentidos. Esta experiência livre permite a descoberta das
possibilidades dos materiais e das mãos.
Quanto ao desenvolvimento social e visível que a criança realiza
mais contactos sociais e passa menos tempo em jogos solitários. Já não
e indiferente a presença do companheiro. Consegue explicar-se e contar
o que esta a fazer. O interesse em conversar já caracteriza uma tomada
de consciência do companheiro, do “outro...”.
Mas a colaboração e pequena, pois a criança ainda não ultrapassou
a fase egocêntrica.
Há na verdade uma “pseudo colaboração”, evidenciada pela
diluição da atenção em actividades paralelas e simultâneas. Apesar
disso, a criança começa a aceitar brincadeiras que envolvem pequenos
grupos. Estes relacionamentos com outras crianças permitem-lhes a
descoberta de si própria e a sensação de se sentir uma entre muitas. E a
fase em que surge o espírito de competição.
Relativamente ao desenvolvimento intelectual, a criança percebe
claramente a existência da realidade exterior independente dela. A sua
atitude e mais realista e objectiva. Revela grande interesse pelo mundo
que a rodeia, quer saber o “como” e o “porque” das coisas – e por isso
esta sempre a perguntar.
O vocabulário e muito abundante e a comunicação verbal aprimora-
se bastante. A palavra “eu” e uma das mais frequentes nas suas longas
conversas.
As tarefas já são desempenhadas com mais atenção e cuidado. O
pensamento nesta fase e mais consecutivo e combinatório do que
sintético. E capaz de contar histórias entremeando ficção e realidade;
gosta de usar a fantasia, inventando pretextos com muita facilidade.
A caracterização de competências próprias de uma criança em
determinada idade é decorrente de uma análise fundamentada do vivido
em situação educativa, familiar e institucional, influenciada por
contributos da psicologia e da pedagogia, aliando a prática à teoria,
numa perspectiva de intervenção psico-pedagógica.
Há que salientar que está análise não deverá ser um “ etiquetar” de
comportamentos desligados mas uma referência em que se procura
conhecer pela acção e reflexão a criança no seu todo, como um ser
global, ao nível afectivo, cognitivo, psicomotor e social.
O grupo é composto por 16 crianças, 8 do sexo masculino e 8 do
sexo feminino, quinze crianças nasceram em 2007 e uma nasceu em
2008. Das quinze crianças sete nasceram na primeira quinzena oito e
nasceram na segunda quinzena
A maioria do grupo usa fralda, aqueles que não usam o control-
esfincteriano ainda não está totalmente adquirido. Excepto de três
crianças.
A nível dos hábitos de higiene ainda não lavam nem secam as mãos
sozinhos necessitando a ajuda do adulto, e usam o lenço para limpar o
nariz ou a boca com a ajuda do adulto.
A nível da alimentação comem algumas vezes com as mãos, não
comem sozinhos necessitando ajuda do adulto para comem
principalmente a sopa.
São crianças que gostam de experimentar alimentos novos sem
qualquer receio, tendo alguns deles dificuldade em comer
principalmente legumes.
Algumas crianças já usam um discurso verbal razoável, sabendo
manifestar desejos, interesses e necessidades, constatando-se o
desenvolvimento gradual da fala e da linguagem. Tendo ainda algumas
crianças que só comunicam com gesto, utilizando pouco o discurso
verbal.
A maioria do grupo, é capazes, de formar frases simples, de dizer o
seu nome, de compreender os nomes de objectos comuns e de
responder a perguntas simples.
Constata-se que estão numa fase que vão lentamente compreender
o mundo à sua volta, e a aprender que neste mundo há regras que
precisam ser obedecidas, embora ainda seja bastante egocêntrica.
Uma parte do grupo brinca sem a intervenção do adulto outra parte
do grupo não sabe brincar sozinha, não sabendo utilizar os brinquedos
adequadamente.
A nível da interacção com os seus pares preferem ainda brincar
sozinha a brincar com outras crianças, explorando pouco o espaço, as
áreas e os diversos brinquedos da sala.
A nível da motricidade global andam para trás, apanham a bola em
movimento, sobem e descem escadas sem alternância dos pés, correm,
chutam uma bola.
As crianças são muito curiosas, querem apanhar, explorar e
experimentar tudo…, obrigando os adultos a ter imensos cuidados, no
entanto, esta curiosidade ajuda-os a progredir na aprendizagem. O
grupo apresenta ainda como é normal, nestas idades, comportamentos
egocêntricos, o que provoca conflitos entre elas, devido à posse de
brinquedos ou na realização de actividades.
É um grupo activo e comunicativo, gosta de ouvir canções, dançar
ao som de música, não gosta de ouvir pequenas histórias…
As crianças gostam de imitar o adulto, imitam tudo o que vêem,
gostam de varrer, esfregar, limpar o pó etc.
A prática pedagógica, para além de desenvolver capacidades de
observação e compreensão da realidade educativa, permite uma análise
reflexiva de situações observadas em contexto escolar, vindo muitas
vezes levantar algumas questões.
Educar é intervir através da prática educativa no desenvolvimento e
crescimento do ser humano como pessoa, como profissional e como
elemento actuante de uma comunidade, fomentando para além da
transmissão de saberes, o desenvolvimento de valores, de atitudes, de
um espírito crítico e reflexivo, no sentido de cada pessoa se ajustar ao
meio onde está inserido de forma produtiva e interventiva, procurando
com a sua acção e envolvimento que se encontre uma sociedade mais
justa e onde todos façam parte de uma maioria global.
Ao planear e definir objectivos tivemos em conta a colaboração
mútua e a co – responsabilização dos membros de toda a equipa
educativa, as necessidades interesses do grupo em geral e de cada
criança em particular, optando-se por fazer a sua definição mediante as
áreas de conteúdo, presentes nas Orientações Curriculares para a
Educação Pré-Escolar.
Os objectivos foram traçados depois de análise e reflexão crítica da
realidade educativa e das necessidades e interesses de todas as
crianças do grupo.
Estes objectivos pretendem ser as metas a alcançar, procurando
proporcionar ambientes educativos que propiciem o desenvolvimento
integrado de todas as crianças e de cada uma, podendo ser alterados e
reestruturados mediante a evolução das crianças e das suas
necessidades e interesses.
Áreas de conteúdo
Área de Formação Pessoal e Social
Integrada nas restantes esta área deve favorecer a aquisição do
espírito crítico e interiorização de valores de forma a promover atitudes
conscientes e adequadas à resolução de problemas de vida como seres
autónomos, livres, solidários e membros integrantes de uma sociedade.
É através das diferentes relações com os outros que a criança vai
interiorizando e construindo referências sólidas, que lhe permite
compreender e agir perante a diversidade de experiências que a vida
lhe apresenta.
Assim a área do desenvolvimento social e pessoal “assenta na
constituição de um ambiente relacional securizante, em que a criança é
valorizada e escutada, o que contribui para o bem-estar e auto – estima.
(” Orientações Curriculares”, 1997:52)
Objectivos gerais:
• Promover uma educação para os valores;
• Levar a criança a interagir com outras crianças e resolver conflitos
entre elas;
• Promover a independência, a curiosidade e a iniciativa própria;
• Incentivar o respeito pelas regras;
• Desenvolver hábitos de alimentação e fomentar o gosto pela
autonomia alimentar (comer e beber sozinhos e com um mínimo de
limpeza);
• Criar atitudes positivas face aos alimentos e à alimentação;
• Tomar consciência de si próprio;
• Tomar consciência do outro;
• Fomentar o desenvolvimento progressivo da autonomia pessoal;
• Adquirir hábitos de higiene, asseio, segurança e saúde;
• Promover o desenvolvimento de atitudes de respeito, colaboração
cooperação, partilha e solidariedade quer com as outras crianças quer
com os adultos;
• Estimular a capacidade de expressão de sentimentos, desejos e
emoções de forma compreensiva;
• Promover atitudes adequadas em situações sociais e de
relacionamento interpessoal;
• Desenvolver a resolução de pequenos problemas de vida
quotidiana através de interacções e procura de ajuda necessária;
• Promover a aceitação de uma alimentação saudável e
diversificada;
• Estimular o desenvolvimento da auto-estima e auto-confiança e
do autoconceito;
• Estimular a capacidades de limpeza, arrumação e adequação do
uso do material da sala;
• Ajudar os Pais e Familiares na integração da criança;
• Realizar uma Transição gradual para um ambiente de suporte
extra-familiar;
• Promover o diálogo e a interacção família/creche;
Expressão Dramática
A Expressão Dramática é um meio de descoberta de si e do outro,
de afirmação, de relação com os outros e de resolução de conflitos e
frustrações.
Nesta área as crianças realizam diferentes teatros, dramatizações e
jogos de faz-de-conta, onde cada criança pode desempenhar diferentes
papéis contribuindo quer para a compreensão do que a rodeia, como
para a exteriorização dos seus medos, necessidades e preocupações.
Dramatizar situações vividas nas histórias permite à criança
extravasar sentimentos e angústias e ou mesmo tempo exprimir as suas
vivências e os seus sentimentos.
Objectivos gerais:
• Promover o reconhecimento de si mesmo e dos outros através da
exploração do corpo, da voz, do espaço, de objectos…, recorrendo a
situações e vivências do quotidiano;
• Favorecer a capacidade de improviso e espontaneidade através
do jogo simbólico e do faz-de-conta;
• Fomentar a capacidade de mimar e dramatizar vivências,
experiências, sentimentos, emoções e necessidades;
• Favorecer o desenvolvimento da capacidade de comunicação e
expressão;
Expressão Plástica
Através da Expressão plástica a criança explora diversos materiais
criando livremente.
O desenho, pintura, recorte, colagem, modelagem, são meios
utilizados para explorar a imaginação das crianças, sendo
representações e comunicações das suas vivências e dos seus
sentimentos.
Realizar criações estéticas facilita à criança a representação do
exterior e da sua vida interior, ao mesmo tempo que mobiliza
habilidades motoras
Estas manifestações artísticas para além de contribuírem para um
melhor conhecimento de si próprio e progressivo crescimento da criança
como pessoa, ajudam a manter a identidade pessoal e fazem com que a
criança transmita o que vivência e o que a preocupa.
Objectivos gerais:
• Estimular o desenvolvimento da motricidade fina;
• Promover o contacto e manipulação com diferentes materiais;
• Favorecer o desenvolvimento da capacidade imaginativa e criativa
explorando diferentes técnicas e materiais;
• Fomentar o desenvolvimento da criatividade e sentido estético;
• Proporcionar o desenvolvimento da coordenação óculo-manual;
• Estimular o desenvolvimento da destreza manual; ® Desenvolver
a motricidade grossa e fina;
• Desenvolver a coordenação motora (ao nível do desenho,
rasgagem, colagem, modelagem);
Expressão Musical
O desenvolvimento da música em idades precoces estimula a
musicalidade, sendo parte integrante da cultura de cada criança.
“A expressão musical assenta num trabalho de exploração de sons
e ritmos, que a criança produz e explora espontaneamente e que vai
aprendendo a identificar e a produzir, com base no trabalho sob os
diversos aspectos que caracterizam os sons: intensidade (fortes e
fracos), altura (graves e agudos), timbre (modo de produção), duração
(sons longos e curtos), chegando depois à audição interior, ou seja, a
capacidade de reproduzir mentalmente fragmentos sonoros. “
(Orientações Curriculares, 1997:63)
Para além desta exploração de sons a criança é também capaz de
estar em silêncio, o que lhe permite escutar e identificar sons e criar
ritmos, cantar,...
A relação que se estabelece entre a música e a letra tem forte
ligação com o domínio da linguagem e da capacidade de atenção e
concentração.
Objectivos gerais:
• Estimular a capacidade de atenção e concentração;
• Promover a estimulação auditiva;
• Promover a interacção musical criança/adulto;
• Promover experiências de escuta musical de aquisição e
exploração do vocabulário musical;
• Proporcionar um ambiente rico musicalmente.
• Fomentar o desenvolvimento da capacidade de escutar, cantar,
dançar, minar;
• Estimular o desenvolvimento da capacidade de imitar e produzir
sons com o corpo e voz;
• Proporcionar o desenvolvimento de capacidades de discriminação
e memória auditiva;
• Estimular o desenvolvimento da sensibilidade musical e o gosto
pela música;
• Promover o contacto com instrumentos musicais convencionais e
não convencionais;
Objectivos gerais:
• Estimular a capacidade de comunicar oralmente com progressiva
autonomia e clareza;
• Estimular a utilização da linguagem de forma correcta como meio
de comunicação, expressão, relacionamento e desenvolvimento criativo;
• Estimular aquisição de novo vocabulário de forma a enriquecer o
campo lexical e semântico
• Promover o desenvolvimento da capacidade de expressão oral e
transmissão de ideias, opiniões, necessidades e sentimentos;
• Promover a descodificação de mensagens;
• Desenvolver a capacidade de retenção de informação oral;
• Promover o desenvolvimento progressivo da construção frásica e
elaborada a nível morfo-sintáctico;
• Promover o desenvolvimento da linguagem não-verbal;
• Fomentar o gosto e o interesse pelos livros;
• Fomentar o interesse em comunicar;
• Incentivar a aquisição de novos vocábulos;
• Promover o desenvolvimento da linguagem oral;
• Fomentar a correcta articulação das palavras e construção de
frases;
• Exercitar a capacidade de concentração e a capacidade de
memória;
• Explorar o carácter lúdico da linguagem;
Matemática
Nas vivências diárias a criança vai criando noções matemáticas que
lhe vão permitir estruturar o seu pensamento.
Desenvolver o raciocínio lógico matemático, formar conjuntos,
ordenar, seriar, são algumas das noções a explorar na realização de
actividades, considerando também as noções de tempo e de espaço.
Através dos sucessivos ritmos diários, tais como antes e depois, do
almoço, da sucessão dos dias a criança adquirirá a noção de tempo.
Deslocando-se nos diferentes espaços e manipulando objectos que
ocupam cada espaço a criança aprenderá as noções de dentro e fora,
longe e perto, nomeando, diferenciando e classificando.
Objectivos gerais:
• Fomentar o conhecimento e compreensão de conceitos básicos de
espaço, tempo, quantidade, ligados à acção;
• Estimular a capacidade de seriar e classificar através de
diferentes objectos, animais, …;
• Favorecer a aquisição de noções temporais simples (antes,
depois…);
• Favorecer a aquisição de noções espaciais simples (dentro,
fora…);
• Promover o desenvolvimento de raciocínio lógico matemático
através da resolução de problemas;
Objectivos gerais:
• Fomentar a curiosidade e o espírito de descoberta;
• Promover o desenvolvimento de interacções com o meio
envolvente exterior;
• Fomentar a aquisição progressiva de conhecimentos relacionados
com o meio, a nossa cultura e diversidade de culturas;
• Fomentar o desejo natural da criança de explorar, descobrir e
saber,
• Proporcionar o contacto com épocas festivas;
• Promover comportamentos de segurança;
• Fomentar o gosto de estar em grande grupo;
• Fomentar a Educação para a Saúde;
• Distinguir o ambiente familiar do ambiente escolar;
• Proporcionar momentos de magia, animação e surpresa;
• Vivenciar as épocas festivas.
PLANO DE ACTIVIDADES
Adaptação das crianças
Critérios de Avaliação:
Relação criança/educadora/adulto
Relação criança/criança
Autonomia
Habilidades motoras básicas
Interesse pelas aprendizagens
Concentração e participação nas actividades
BIBLIOGRAFIA
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