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UTILIZAÇÃO DA TÉCNOLOGIA BIOMETRICA NA IDENTIFICAÇÃO.

CARLOS ALBERTO FITL et al @ POWER PONTO 2005

RESUMO

Demonstra o que é biometria e a experiência de implantação de


sistemas biométricos para identificação de pessoas e a utilização da tecnologia
na atualidade.

INTRODUÇÃO

A sociedade com a necessidade de restringir pessoas pelo fato de não serem


confiáveis, há tempos que se faz necessário o uso de um mecanismo que
possibilita restringir o acesso a determinados lugares ou serviços. Uma das
idéias que teve maior êxito foi o uso da Biometria.

HISTORICO

O que é a Biometria?

• Nome Cientifico: medição biológica - do grego “bios”- vida + “métron”-


medida ou comparação.
Refere-se á captação das características fisiológicas e/ou
comportamentais que usamos para caracterizar, e posteriormente
verificar, a identidade de um indivíduo.

• Segundo o dicionário Aurélio, biometria é o ramo da ciência que estuda


a mensuração dos seres vivos.

• Do ponto de vista da segurança, biometria significa a verificação da


identidade de uma pessoa através de uma característica única inerente
a essa pessoa. Essa característica pessoal pode ser tanto fisiológica
(como uma impressão digital ou características faciais) ou
comportamental (como a assinatura manuscrita ou uma amostra de
voz). Deste modo, a biometria pode ser utilizada, por exemplo, para
autenticação de usuários em uma rede de computadores.

A biometria, ao contrário do que se pode pensar, é uma técnica bastante


antiga, utilizada pelos faraós egípcios que usavam a cor dos olhos, as
cicatrizes, a arcada dentária, a cor dos cabelos e outros para identificarem
determinadas pessoas. Com o avanço da tecnologia no século XIX, a biometria
ganhou a atenção dos cientistas que nela encontraram formas de facilitar a
identificação das pessoas e de dificultar a usurpação.
Um cientista chamado Francis Galton é considerado um dos fundadores
do que chamamos hoje de Biometria: a aplicação de métodos estatísticos para
fenômenos biológicos. Sua pesquisa em habilidades e disposições mentais, a
qual incluía estudos de gêmeos idênticos, foi pioneira em demonstrar que
vários traços são genéticos. A paixão de Galton pela medição permitiu que ele
abrisse o Laboratório de Antropométrica na Exibição Internacional de Saúde
em 1884, onde ele coletou estatísticas de milhares de pessoas. Em 1892,
Galton inventou o primeiro sistema moderno de impressão digital. Adotado
pelos departamentos de polícia em todo o mundo, a impressão digital era a
forma mais confiável de identificação, até o advento da tecnologia do DNA no
século XX.
O uso da biometria para a identificação de pessoas já é realidade e é
pouco provável que outro conceito a substitua. O constante avanço das
tecnologias de comunicação faz com que haja cada vez mais interação entre
as pessoas e aumente a utilização de serviços, principalmente os que estão
ligados ao setor financeiro. O fato é que à medida que o acesso à informação
aumenta, parece haver a mesma proporção em golpes. Além disso, deve-se
considerar que a biometria também pode representar uma comodidade ao
usuário, uma vez que está se tornando insuportável ter uma senha para cada
serviço utilizado em nosso cotidiano. Por outro lado, há quem acredite que a
biometria chegará ao extremo de um sistema conseguir identificar cada ação
de uma pessoa, aspecto esse que passa a envolver questões éticas. Apesar
disso, é certo que a biometria vai ser cada vez mais parte do dia-a-dia das
pessoas. Prova disso é que as tecnologias envolvidas ganham aprimoramentos
constantes. Chegará o dia em que você será sua senha.

O recurso à tecnologia biométrica está a revolucionar a forma como nos


identificamos. Ao contrário de códigos, passwords, cartões ou chaves, a
biometria permite uma identificação substancialmente mais segura e prática,
uma vez que identifica o utilizador a partir das suas características físicas
únicas e intransmissíveis, como a impressão digital, a íris, a voz ou a face.

A Biometria trás consigo muitas vantagens face aos métodos


tradicionais, como por exemplo:

O fato de exigir a presença física do utilizador, evitando assim a fraude


na substituição de pessoas,

O fato de não ter que recordar passwords ou transportar crachás.

Se falarmos em TI (Tecnologia da Informação), o termo biometria é


usado quando nos referimos à tecnologia utilizada para reconhecimento ou
verificação de um indivíduo com base em alguma característica física ou
comportamental.

Deste modo, a biometria pode ser utilizada, por exemplo, para a


autenticação de utilizadores numa rede de computadores, com um alto grau de
confiança.

Para que uma característica humana, física ou comportamental possa


ser usada para a identificação de pessoas, deve satisfazer os seguintes
requisitos:

Universalidade: deve existir em todas as pessoas;


Singularidade: deve ser distinta em cada pessoa;
Permanência: não pode variar com o tempo;
Mensurabilidade: característica não pode ser medida quantativamente;

Teoricamente, os quatro requisitos citados anteriormente bastam, mas


na prática, para que o sistema seja adaptado, devem ser observados outros
pontos importantes, tais como:

Desempenho: os fatores ambientais que afetam a precisão da


identificação;
Aceitabilidade: refere-se ao "uso amigável" do sistema;
Proteção: técnicas de segurança.
Um sistema biométrico padrão é composto por um sensor, que irá formar
a interface do utilizador com um software de operação, incluindo o algoritmo
matemático que irá comparar o modelo capturado com o template.

COMO FUNCIONA A TECNOLOGIA BIOMÉTRICA?

Um sistema biométrico é essencialmente um sistema de reconhecimento


de padrões que efetuam a identificação pessoal de um indivíduo, determinando
a autenticidade das características registradas.

Normalmente um sistema deste tipo pode ser dividido em duas partes: o


módulo de registro e o módulo de autenticação.
No módulo de registro, as características físico/comportamentais são obtidas
por um sensor biométrico e são analisadas por um motor de extração que gera
um template (modelo).

No módulo de autenticação, os indivíduos são identificados no momento


do acesso. Ou seja, as características biométricas são capturadas e
processadas pelo motor de extração que, em caso afirmativo, produz a mesma
representação do template.

O QUE É UM TEMPLATE DE IMPRESSÃO DIGITAL?

Um template de uma impressão digital é o resultado do processamento


de um algoritmo capaz de realizar com precisão a captura de uma impressão
digital, e transformá-la num conjunto de caracteres, através dos seus pontos
minutiae.

É importante verificar que as imagens das impressões digitais não ficam


arquivadas nas bases de dados: o que ocorre é o armazenamento de uma
string que representa a impressão digital, não podendo a esta ser aplicada
qualquer processo de engenharia inversa, ou mesmo ser utilizada por qualquer
outro sistema de segurança. O seu conjunto de caracteres muda sempre que o
utilizador toca o sensor.

Diferença 1:1 x 1:N - Identificação vs Verificação


Na indústria biométrica, a distinção é feita entre os termos:
"IDENTIFICAÇÃO/RECONHECIMENTO" e "VERIFICAÇÃO/AUTENTICAÇÃO".

Identificação e Reconhecimento são essencialmente sinônimos. Nos


dois processos, um modelo é apresentado para o sistema durante o registro.
Posteriormente, o sistema poderá executar uma função de identificação, onde
o modelo apresentado é comparado com todos os templates da base de dados
(isto é conhecido como 1:N comparação um-para-muitos).

Verificação e Autenticação é um modelo de busca 1:1 no qual o sistema


biométrico tenta verificar uma identidade de um indivíduo.
Neste caso, um template retirado da base de dados é comparado com o
modelo solicitado. Em caso de verificação positiva, o sistema biométrico
confirma que o solicitante é quem ele diz ser.

As quatro fases do procedimento biométrico — captura, extração,


criação de um padrão e comparação — aplicam-se igualmente à Identificação e
à Verificação.
• Captura: É o processo de obtenção da informação ou característica a ser
mecanizada.
• Extração: É o processo de transformação da característica ou informação
para um formato inicial.
• Criação de um padrão: É o processo onde o formato inicial é convertido a um
formato padrão onde este possa ser armazenado.
• Comparação: É o processo onde são realizados testes de comparação entre
a característica ou informação utilizada e o formato armazenado.

A chave para a distinção entre estas duas abordagens reside nas


perguntas realizadas ao sistema:

Durante a identificação, a pergunta feita ao sistema biométrico é:


- Quem é esta pessoa?

Durante a verificação, a pergunta é:


- Esta pessoa é quem ela diz ser ?

MÉTODOS DE AUTENTICAÇÃO

Os métodos de autenticação biométrica estão sendo utilizados como


uma nova opção para combater as inseguranças do método de
ID/PASSWORDS para autenticar um indivíduo.

Impressão Digital
Íris
Voz
Face
Geometria da Mão
Geometria do Dedo
Assinatura Dinâmica
RFID

Os perfis que seguem pretendem dar uma visão geral dos sistemas
biométricos. Este é somente um guia geral. Fatores como a facilidade de uso e
a percepção do público mudam o tempo todo. Da mesma forma, é
extremamente importante notar que a natureza de cada aplicação irá afetar em
termos o desempenho e o perfil de todas as tecnologias biométricas. Além
disso, alguns dos fatores citados abaixo são correlacionados uns com os
outros. Por exemplo, a precisão de um sistema biométrico afetará sua
elasticidade como uma barreira a ser atacada e poderá ser determinada pelo
longo tempo de estabilidade das característics biométricas. Cada um dos
fatores a seguir tem sido separado pela simplicidade e estão graduados como
baixo, médio, alto ou muito alto:

Nível de Precisão: Qual é a precisão geral da biometria?


Facilidade de Uso: Instruções especiais são necessárias? Quão fácil é para
se usar efetivamente a biometria?
Barreiras ao Ataque: Quão boa é a biometria na prevenção de acessos
fraudulentos?
Aceitabilidade do Público: Quão confortável o público se sente com a
biometria?
Estabilidade à Longo Prazo: As características físicas ou comportamentais
mudam com o tempo?
Uma resposta específica é dada para os seguintes fatores:

Padrões: Existem padrões? Os padrões estão sendo desenvolvidos?


Interferência: Quais fatores podem interferir potencialmente no processo de
captura?

Olho

- Íris

Nível de Precisão: Muito alta


Facilidade de Uso: Média
Barreiras ao Ataque: Muito Alta
Aceitabilidade do Público: Média
Estabilidade à Longo Prazo: Alta
Padrões: -
Interferência: Óculos utilizados pelo usuário

- Retina:
Nível de Precisão: Muito Alta
Facilidade de Uso: Baixa
Barreiras ao Ataque: Muito Alta
Aceitabilidade do Público: Média
Estabilidade à Longo Prazo: Alta
Padrões: -
Interferência: -

Face
Nível de Precisão: Alta
Facilidade de Uso: Média
Barreiras ao Ataque: Média
Aceitabilidade do Público: Alta
Estabilidade à Longo Prazo: Média
Padrões: -
Interferência: Iluminação fraca; envelhecimento da face; óculos; pêlos faciais

Impressão Digital
Nível de Precisão: Alta
Facilidade de Uso: Alta
Barreiras ao Ataque: Alta
Aceitabilidade do Público: Média
Estabilidade à Longo Prazo: Alta
Padrões: ANSI/NIST Data Interchange & FBI Image Compression Standards
Interferência: Umidade, sujeira ou imagens digitais danificadas; idade; sexo e
raça do usuário final

Geometria da Mão
Nível de Precisão: Alta
Facilidade de Uso: Alta
Barreiras ao Ataque: Alta
Aceitabilidade do Público: Alta
Estabilidade à Longo Prazo: Média
Padrões: -
Interferência: Doenças como artrite e reumatismo nos usuários finais
Geometria do Dedo
Nível de Precisão: Alta
Facilidade de Uso: Alta
Barreiras ao Ataque: Alta
Aceitabilidade do Público: Média
Estabilidade à Longo Prazo: Média
Padrões: -
Interferência: Doenças como artrite e reumatismo nos usuários finais

Palma
Nível de Precisão: Alta
Facilidade de Uso: Alta
Barreiras ao Ataque: Alta
Aceitabilidade do Público: Média
Estabilidade à Longo Prazo: Alta
Padrões: ANSI/NIST Data Interchange & FBI Image Compression Standards
Interferência: Umidade, sujeira ou imagens digitais danificadas; idade; sexo e
raça do usuário final

Assinatura
Nível de Precisão: Alta
Facilidade de Uso: Alta
Barreiras ao Ataque: Média
Aceitabilidade do Público: Muito Alta
Estabilidade à Longo Prazo: Média
Padrões: -
Interferência: Falta de instrução; assinaturas que mudam constantemente ou
facilmente copiáveis

Voz
Nível de Precisão: Alta
Facilidade de Uso: Alta
Barreiras ao Ataque: Média
Aceitabilidade do Público: Alta
Estabilidade à Longo Prazo: Média
Padrões: Speaker Verification API (SVAPI)
Interferência: Barulhos no ambiente; resfriados e outros fatores que modificam
a voz

COMO FUNCIONA A AUTENTICAÇÃO BIOMÉTRICA?

Numa segunda fase, para que um usuário tenha acesso ao sistema, é


preciso que ele apresente sua característica biométrica, que será comparada
ao padrão que foi registrado no banco de dados. A coincidência entre o padrão
gravado e o coletado em tempo real raramente será perfeita. O sistema pode
ser configurado para ser mais ou menos tolerante, para minimizar o número de
rejeições indevidas e impedir que um falso usuário obtenha acesso.

Impressão digital: requer um dispositivo capaz de capturar, com um bom


grau de precisão, os traços que definem a impressão dos dedos, além de um
programa que trate a imagem capturada e faça o reconhecimento da digital.

Reconhecimento da face: o software de reconhecimento registra vários


pontos delimitadores na face, capazes de definir proporções, distâncias,
tamanhos e formas de cada elemento do rosto, como olhos, nariz, queixo,
maçãs do rosto, orelhas, etc.

Identificação pela íris: O padrão da íris do olho humano (a parte colorida


dos olhos, em torno da pupila) guarda uma imagem muito complexa e, assim
como a impressão digital, é única em cada pessoa.

Identificação da retina: Esse método é semelhante ao da íris. A retina é


a parte do fundo do olho, uma camada interna composta por vasos sangüíneos
que desenham um padrão único e pessoal.

Reconhecimento da voz: O programa de identificação faz uma análise


dos padrões harmônicos e não simplesmente uma comparação entre
reproduções de uma mesma fala.

FALSA REJEIÇÃO E FALSA ACEITAÇÃO

Quando um sistema biométrico é colocado em uso, ele irá encontrar ou


não um par para o dado biométrico extraído. Uma nota é dada para a
comparação entre o template e o novo exemplo. Se a nota for maior que a
base para uma aplicação, o par é encontrado. Esta técnica dá à biometria
muito mais flexibilidade que o “sim ou não” aproximado utilizado pelas
tecnologias baseadas em PIN ou senhas.

Por alguns anos a indústria biométrica tem utilizado duas medidas de


desempenho para graduar o nível de precisão da comparação. Elas estão
focadas na habilidade do sistema de permitir o acesso a usuários autorizados e
negar o acesso àqueles que não são autorizados. São conhecidas como a
Taxa de Falsa Rejeição (FRR) e a Taxa de Falsa Aceitação (FAR). Para
mistificar ainda mais o processo, algumas vezes o FRR é denominado como
taxa de erro do Tipo I, enquanto o FAR é denominado como taxa de erro do
Tipo II.

A taxa de falsa rejeição refere-se à quantidade de vezes que um


indivíduo autorizado é falsamente rejeitado pelo sistema. A taxa de falsa
aceitação refere-se à quantidade de vezes que um indivíduo não-autorizado é
falsamente aceito pelo sistema.

Ambas as taxa são expressas na forma de porcentagem, utilizando-se os


cálculos que seguem abaixo:

FRR:

Número de falsas rejeições


_________________________________________________________. x 100
Número de reconhecimentos autorizados ou tentativas de verificação

FAR:

Número de falsas aceitações


________________________________________________________. x 100
Número de reconhecimentos de impostores ou de tentativas de verificação

Menos utilizada é a taxa conhecida como taxa de erros (EER), que está
exatamente no ponto onde a FRR e a FAR se encontram (crossover). Por
exemplo, um sistema com uma FRR e uma FAR de 1% também terá um EER
de 1%. O uso de taxas de falsa rejeição e falsa aceitação tem conduzido uma
grande quantidade de debates dentro da indústria biométrica. Esses debates
referem-se principalmente à significância estatística de cálculos tão
simplificados. As fórmulas acima são surpreendentemente simples, dado o
grande número de variáveis que pode ser apresentado ao sistema biométrico.
Por exemplo, o desempenho de um sistema biométrico, e a FRR e a FAR
podem ser afetadas por:

Condições ambientais: por exemplo, temperaturas extremas e umidade;


A idade, o sexo, a etnia e a ocupação do usuário: por exemplo, mão sujas
de trabalhos manuais;
As crenças, desejos e intenções do usuário: se um usuário não quiser
interagir com o sistema, o desempenho será afetado;
A aparência física do usuário: um usuário sem membros não poderá usar
biometrias baseadas nos dedos ou na mão.

Cada um dos fatores acima pode influenciar as taxas de falsa aceitação


e de falsa rejeição. Essas taxas, quando publicadas por fornecedores
biométricos para ilustrar o desempenho, podem ser o resultado de testes de
laboratório sob condições controladas. Reivindicações sobre o desempenho
devem ser tratadas com cuidado. Assim que as variáveis acima forem
introduzidas, as taxas serão adversamente afetadas. Taxas de falsa aceitação
e de falsa rejeição devem ser tratadas com cuidado porque podem ser
calculadas utilizando métodos de tentativa única ou de tentativas múltiplas,
dependendo da natureza da aplicação biométrica e do tipo de sistema
biométrico que está sendo utilizado. Isso significa que um usuário pode tanto
tentar somente uma vez quanto tentar três vezes a comparação do novo
exemplo com o template. O senso comum diz que se são utilizadas três
tentativas, isso aumentará a taxa de falsa rejeição.

Outro problema intrínseco na objetividade da FRR e da FAR é que as


taxas podem ser configuradas manualmente. Por exemplo, um banco solicitará
um nível de segurança alto na sua entrada principal. Indivíduos não-
autorizados não podem conseguir acesso. O banco pode ainda decidir que a
taxa de falsa aceitação deverá ser menor que 0,1%. Em outras palavras que o
sistema somente poderá permitir a entrada de um indivíduo não-autorizado em
mil tentativas. O banco poderá ser ainda mais insistente e solicitar que a taxa
de falsa aceitação seja de 0,001% (uma em cem mil tentativas). Um fornecedor
biométrico pode alterar a FAR do sistema para que essas taxas sejam
alcançadas. Entretanto, fazendo isso, a taxa de falsa rejeição sofrerá em
conseqüência.

A FRR e a FAR são um jeito simplificado de avaliar o desempenho. São


tanto uma vantagem quanto uma desvantagem. Ajudam a entender a precisão
básica de um sistema biométrico - mas devemos lembrar que as circunstâncias
de uma aplicação podem afetar as taxas de desempenho. Verificando a taxa de
erros e considerando a FRR e a FAR em concordância é fácil determinar o
desempenho básico do sistema, sempre lembrando que as circunstâncias de
uma aplicação não devem ser esquecidas, especialmente se um sistema
biométrico pretende operar dentro dos limites de uma certa aplicação.

O DESEMPENHO DOS SISTEMAS BIOMETRICOS


Se existisse uma lei única que compreendesse todas as biometrias,
seria esta. Todas as aplicações são diferentes e isso influi drasticamente no
desempenho dos sistemas biométricos. Por causa disso, nenhum sistema
biométrico pode ser 100% perfeito e deverá ser flexível à mudança da
demanda em cada nova aplicação.

O desempenho varia em circunstâncias e ambientes diferentes.


Vários fatores como a umidade, luz, barulho, atitude dos empregados e o nível
de supervisão podem afetar a habilidade do sistema biométrico em alcançar
um nível de precisão pré-definido.

O comportamento humano não é linear. Alguns indivíduos possuem


fobia de tecnologia ou razões pessoais para serem relutantes com o uso do
sistema biométrico. A intenção e cooperação do usuário final é muito
importante. A forma como um usuário interage fisicamente com o sistema
também pode ser significante. A primeira vez que uma pessoa usa um sistema
será diferente da décima vez. Cada uma das dez leituras biométricas será
única. As pessoas não são robôs e não podem ser totalmente lineares em tudo
o que fazem. Genericamente falando, se um usuário final cooperativo torna-se
mais familiar com um sistema biométrico, a qualidade da captura aumentará.

Todas as biometrias são flexíveis e podem ser ajustadas para suprir as


mudanças no ambiente, no comportamento humano ou outras circunstâncias.
Certas biometrias, entretanto, são mais adaptáveis a uma aplicação que outras
e são, portanto, mais flexíveis.

O sistema biométrico é capaz de ajustar-se aos requerimentos do


usuário, mas isso irá alterar todo o seu desempenho. Configurar uma taxa de
falsa-rejeição, por exemplo, terá impacto direto na taxa de falsa aceitação. A
flexibilidade tem, portanto, seus limites.

O teste de precisão mais apropriado é o desempenho em campo. Aqui o


sistema pode ser julgado em suas habilidades para lidar com uma variedade de
circunstâncias e ambientes. Mais uma vez deve-se notar que altos níveis de
precisão em uma aplicação não qualificam um sistema para uma aplicação
completamente diferente. Por causa do desempenho de qualquer tecnologia
biométrica depender da natureza da aplicação, os testes biométricos são uma
tarefa difícil. Manter a harmonia em uma situação de teste requer paciência e
uma análise cuidadosa da tecnologia.

INTEGRAÇÃO

Quando escolhemos um sistema biométrico, os usuários devem ser


levados em consideração. A interação atual entre o usuário final e o sistema
deve ser julgada apropriadamente para todos os usuários. A facilidade com a
qual o sistema se integra com sistemas existentes também é crucial. Satisfaz
os interesses dos usuários e dos fornecedores se o sistema for assimilado com
um mínimo de discussão entre as partes. Os sistemas biométricos são
desenhados com a integração e o uso amigável como pontos a serem
alcançados e quase todos podem ser integrados com uma variedade de
sistemas operacionais computadorizados e redes.

Certos sistemas biométricos são mais seguros que outros, mas também
está limitada à aplicação em questão. É mais aceitável ser intrusivo onde níveis
de segurança são necessários. Por exemplo, trabalhadores de uma plataforma
de energia nuclear irão provavelmente reconhecer a necessidade de um grau
de intrusão, já que a segurança é um fator importante.

SAÚDE

As biometrias não colocam sua saúde em perigo, não existem


evidências de que qualquer sistema biométrico possa afetar adversamente o
usuário final. Os sistemas biométricos utilizam métodos seguros e higiênicos de
captura de dados biométricos. Isso minimiza o contato entre o sistema e o
usuário final e agiliza o processo de captura, incomodando o mínimo possível.
Mesmo que alguns usuários finais possam ter alguma preocupação, elas
podem ser mitigadas com a comunicação apropriada. Assim como em vários
aspectos da tecnologia biométrica, a comunicação e o treinamento dos
usuários finais são importantes para eliminar tais dúvidas.

ÉTICA

A informação biométrica deverá ser utilizada somente para o objetivo da


aplicação, utilizar as informações biométricas com outro fim que não o original
é, obviamente, inaceitável. Os usuários finais que interagem com os sistemas
biométricos irão perder a confiança no processo biométrico se seus dados
estiverem sendo usados para outros fins. A responsabilidade de assegurar que
isso nunca aconteça deve recair sobre a organização que implementa o
sistema biométrico. Transferir dados biométricos para seguros de saúde,
vendedores diretos ou quaisquer outros terciários iria causar um alvoroço
público. Tais transferências de dados biométricos seriam, sem dúvida alguma,
tidas como ilegais.

INSTRUÇÃO DE USUARIOS

A instrução dos usuários é essencial, existem duas razões principais


pelas quais os implementadores e fornecedores de biometrias deveriam instruir
completamente seus usuários finais sobre o sistema biométrico, Primeiro, a
instrução ajuda a acabar com os medos sobre a proteção de dados e a
privacidade. Segundo, ela é necessária para dar assistência aos usuários finais
sob a forma de interagir com o sistema biométrico. Os humanos reagem de
formas diferentes quando deparam-se com a tecnologia, e a educação pode
ser um guia, melhorando o desempenho em qualquer aplicação.

A TECNOLOGIA BIOMÉTRICA MAIS UTILIZADA ATUALMENTE É O


RECONHECIMENTO POR LEITURA DA DIGITAL.

No mercado esta a venda vários leitores biométricos dos mais variados


preços, o que se diferencia uma do outro é o tipo e a qualidade do sensor de
captura da digital.

Os leitores mais utilizador é o leitor biométrico óptico e o leitor biométrico


capacitivo.

VANTAGENS DO LEITOR BIOMÉTRICO ÓPTICO X LEITOR BIOMÉTRICO


CAPACITIVO

Embora o custo do leitor óptico de impressão dactilar (última geração)


seja 35% superior ao leitor capacitivo (geração anterior) o grau de segurança e
precisão de leitura é muito superior, em função das seguintes vantagens:
1. O leitor óptico permite visualização tridimensional (3D) da impressão dactilar
pois utiliza uma lente prismática e emissão de luz infra-vermelha;

2. A tecnologia 3D permite o ajuste remoto por software do grau de segurança


e precisão de comparação dos algoritmos da impressão dactilar. Em outras
palavras, enquanto a leitora capacitiva vai até 87 % de precisão de leitura
comparativa, o leitor óptico pode chegar a 99 % de precisão;

3. O leitor capacitivo pode ser burlado com mais facilidade, não só em função
da limitação de precisão, como também em função da tecnologia capacitiva
realizar o “Tinger Tip”, uma espécie de “foto plana” da impressão dactilar. Em
outras palavras, corre-se o risco com a leitora capacitiva, da liberação de um
acesso ser realizado por uma foto da impressão dactilar em papel de alto-
contraste. Enquanto que na leitora óptica a presença do dedo do usuário é
exigida em função da necessidade da comparação de leitura em 3D ;

4. A leitora óptica permite a utilização da tecnologia de busca da impressão


dactilar pelo método AUTOMATCH, que compara a leitura pela busca rápida da
impressão no banco de dados do controlador da leitura, sem requerer nenhum
tipo adicional de acessórios, tais como, teclado para PIN number ou leitora de
smartcard ou proximidade, até o limite de 30.000 usuários.

Um terceiro tipo de leitor utilizado é o foto luminescente:

Sensores óticos por reflexão ou foto luminescente: Esta é a técnica


mais antiga. O dedo é colocado numa placa de vidro ou prisma e depois
iluminado através de um LED. No local onde as cristas da impressão digital
estão em contato com a superfície do sensor a luz é absorvida; entre as cristas
existe a reflexão total da luz. Um sensor de imagem (CCD ou CMOS) registra
os diferentes níveis de luminosidade. Na prática esta técnica possui algumas
desvantagens: as imagens obtidas com os dedos molhados e secos são muito
diferentes e, além disso, o sistema é muito sensível à sujeira existente na
superfície do sensor. Este tipo de sensor tem dimensões razoáveis não é
totalmente confiável e é pouco dispendioso. É também muito fácil de enganar.
Se a pele estiver gastas ou danificada a impressão torna-se difícil de
reconhecer. O reconhecimento das impressões digitais de pessoas mais velhas
também é difícil, dado que sua pele não é suficientemente elástica. Em alguns
casos isso pode resultar num falso reconhecimento."

LEITORES BIOMÉTRICOS DE IMPRESSÃO DIGITAL

Dentre estes vários leitores destacamos os mais utilizados e com maior


desempenho:

1º Lugar - Suprema – Leitor Ótico 500 dpi – SDK Pago


2º Lugar - Nitgen – Leitor Ótico 500 dpi – SDK Free
3º Lugar - Digital Persona – Leitor Foto luminescente 500 dpi – SDK Pago

Para fazer a integração do Leitor Biométrico com sua aplicação vamos


precisar:

• Drivers do Leitor Biométrico;


• SDK de Integração – Software Development Kit, ou seja, Kit de
Desenvolvimento de Software;

• Documentação de Integração – é uma documentação que o fabricando


do leitor fornece juntamente com o SDK, onde constam todas as
informações referentes ao SDK.

EXEMPLO EM DELPHI

Veja um Exemplo pratico de como capturar uma digital, neste exemplo


vamos utilizar um dos Leitores mais práticos de se implementar, alem do SDK
ser gratuito. Vamos utilizar o leitor FingKey Hamster I.

O eNBSP SDK para os Leitores da Nitgen tem suporte às linguagens:

- Visual Basic
- Delphi
- C#.Net
- MS Visual C++
- Asp e PHP (JavaScript)

Primeiramente vamos conectar o leitor na porta USB e vamos instalar os


Drivers do leitor para o seu sistema operacional reconhecer o Leitor Biométrico,
após instalar os drivers instale o SDK eNBSP.

Código em Delphi

CARREGAR OBJETOS

procedure TForm1.FormCreate(Sender: TObject);


var
i : longint;
begin
objNBioBSP := CreateOleObject('NBioBSPCOM.NBioBSP');
objDevice := objNBioBSP.Device;
objExtraction := objNBioBSP.Extraction;
objMatching := objNBioBSP.Matching;
objIndexSearch := objNBioBSP.IndexSearch; // utilizado para busca
1:N
end;

BUSCA 1:1

procedure TForm1.btnCaptureClick(Sender: TObject);


begin

objExtraction.WindowStyle := NBioAPI_WINDOW_STYLE_INVISIBLE;
//o objeto objextraction recebe o objeto pic
// o qual vai receber a imagem na hora de colocar
//' o dedo no leitor, mas para isso a opcao
//' objExtraction.WindowStyle tem que estar setada
// como NBioAPI_WINDOW_STYLE_INVISIBLE;
//' veja acima
objExtraction.FingerWnd := Form1.pic.Handle;
objExtraction.WindowOption[NBioAPI_WINDOW_STYLE_NO_FPIMG] :=
False;
objExtraction.WindowOption[NBioAPI_WINDOW_STYLE_NO_TOPMOST]
:= False;
objExtraction.WindowOption[NBioAPI_WINDOW_STYLE_NO_WELCOME]
:= False;

objDevice.Open(255);
objExtraction.Capture();
//' ************************************
//' o campo edit1 recebe a string para ser gravada no banco de dados
//'**************************************
edit1.Text := objExtraction.TextEncodeFIR;
objDevice.Close(255);
//objExtraction.FingerWnd := '';
ShowMessage('DIGITAL CADASTRADA COM SUCESSO !');

end;

CAPTURA 1:1 – VERIFICA

procedure TForm1.Button2Click(Sender: TObject);


var

FirDB : TEdit;
nFirst,
nLast : Integer;
str : string;
begin
Edit3.Clear;
//Get FIR data
objDevice.Open(NBioAPI_DEVICE_ID_AUTO_DETECT) ;

if objDevice.ErrorCode <> NBioAPIERROR_NONE then


begin
str := objDevice.ErrorDescription;
ShowMessage('Device open failed !');
Exit;
end;

objDevice.Open(255);
objExtraction.Capture();
Edit3.Text:= objExtraction.TextEncodeFIR;

//Função que faz a verificação da digital


objMatching.VerifyMatch(Edit2.Text,objExtraction.TextEncodeFIR);

objDevice.Close(255);
if objMatching.MatchingResult = NBioAPI_TRUE then
begin
ShowMessage('USUARIO VALIDADO COM SUCESSO !');
end else

ShowMessage('DIGITAL NÃO É DO USUARIO !')


end;

Quando forem cadastrar uma digital, de preferência cadastre o dedo


indicador, pois tem uma qualidade superior aos outros dedos, principalmente
da mão esquerda que tem menos contato no dia a dia, pessoas que
manuseiam alvejante, solventes, produtos de limpeza, papel, ferro e água por
um longo período, diretamente com as mãos, sem nenhuma proteção terá uma
grande dificuldade de reconhecimento de sua digital já que estes materiais
danificam a digital.

Espero ter atingido meu objetivo com este artigo, que é compartilhar o
meu conhecimento e experiência profissional na área de biômetria com
profissionais da área de desenvolvimento e acadêmicos.

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