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Apresentação do Módulo
Estrutura do Módulo
Aula 1 – Um pouco mais sobre o processo de identificação
Aula 2 – Exames comparativos: de confronto e microcomparativo
Aula 3 – Características microscópicas
Aula 4 – Exame microcomparativo de estojos
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termo utilizado referente ao processo em que se busca comprovar, por meio do
estudo comparativo das características particulares, a arma que efetuou o disparo
Exemplo:
Exemplo:
2.1. Deformações:
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Anexo Origem da Balística Comparativa
Nas deformações elásticas, quando cessada a tensão que gerou a
deformação, o corpo volta à sua forma original. Nas deformações plásticas,
mesmo após cessada a tensão, a deformação permanece e o corpo assume
essa nova forma física . Na ruptura sob efeito da tensão, o corpo rompe-se
em duas ou mais partes.
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Embora a classificação em gênero e espécie tenha origem na biologia e, refira-se
aos seres vivos, a Criminalística utiliza-se desses conceitos para classificação dos
seus vestígios, principalmente em balística identificativa
A maioria das características das classes pode ser observada
macroscopicamente pelo exame direto na arma e projétil incriminado.
Havendo identidade até esse momento, o próximo passo é a coleta de
projéteis padrões, de forma que apresentem as mesmas características do
material questionado, como, por exemplo, dureza, resistência, peso
específico, constituição, entre outras. Sempre que possível deve-se
comparar materiais iguais, pois conforme a qualidade, consistência ou grau
de dureza pode-se verificar uma maior ou menor quantidade de vestígios
(características singulares).
Importante!
A coleta de projéteis-padrão deve-se processar de tal forma que nesses
projéteis não existam deformações acidentais, somente as deformações
características da arma.
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Um dos pontos mais importantes na coleta de padrões é a certeza de que eles são
autênticos, ou seja, realmente pertencem a arma em exame Desta forma, a coleta
de padrões deve ser sempre efetuada pelo perito responsável pelo exame
cartuchos, quando elas apresentarem as mesmas características do material
questionado.
Na indisponibilidade e na impossibilidade de se obter munição
contemporânea à questionada e com as mesmas características, ou ainda,
na hipótese de não se definir que espécie de munição foi utilizada – fato
muito comum em munições recarregadas, sem um controle de qualidade – ,
é exequível, prático e viável tentar com munições de características
semelhantes. Tal fato, geralmente, leva a uma coleta de maior número de
padrões, seja para se buscar o padrão ideal ou para contemplar as
variações de características. Implica, também, em um estudo mais
detalhado das deformações normais, no que é repetitivo e característico
dessas deformações, na morfologia e em outros detalhes, para que o perito
possa formar uma convicção.
Importante!
Muitos exames tornam-se inviáveis pela ausência de material padrão
adequado. No entanto, também é comum a realização de confronto entre
projéteis incriminados, extraídos de vítimas diferentes, com vistas a definir
se ambos foram expelidos através do mesmo cano de arma de fogo.
Observações importantes:
Observação 1 - Nos revólveres, as câmaras não estão interligadas
ao cano. Quando do disparo, existe um pequeno espaço de voo livre,
percorrido pelo projétil do momento que ele abandona a câmara até
que entre no cano. Este espaço é maior ou menor dependendo da
qualidade da arma (quanto maior a distância, maior a possibilidade
de desgastes abrasivos da ogiva por impacto com o cone de
forçamento). Como o diâmetro do projétil, ao desprender-se do
estojo, é maior ou no mínimo igual ao diâmetro do cano de arma
raiada (o que impede o escape dos gases e o faz acompanhar o
raiamento), a parte anterior do cano é dotada de um cone de
forçamento. Este cone facilita a entrada do projétil no cano. Se a
câmara não está perfeitamente alinhada ao cano, o projétil ao
ingressar no cano pode chocar-se com um dos lados do cone de
forçamento, o que resulta em maiores ou menores desgastes
abrasivos; em alteração morfológica do projétil e em sulcagens na
superfície dos projéteis (deformações periódicas).
3.1 Estrias
Pode-se adotar como regra geral que não se encontrarão dois projéteis que,
embora sejam provenientes de mesmo calibre, material, mesma fábrica e
natureza, e que apresentem grandes sulcos com a mesma profundidade,
posição, largura e nitidez; não tenham sido expelidos pelo mesmo cano.
(pode-se afirmar que não serão encontrados dois projéteis que? Faltou
complementar)
Sulcos ou estrias profundos, de extensão razoável, com mesma dimensão e
nítidos, quando repetidos frequentemente, nos padrões e apresentem
justaposição entre o projétil questionado e o padrão, são elementos de
valor probante muito significativos.
Deve-se observar que pequenas
ausências, desigualdades e diferenças
não afastam uma identificação dos
projéteis como tendo impressões
oriundas de um mesmo cano. Tais
diferenças podem ocorrer devido ao
engajamento do projétil com o
raiamento ruim, fusão do projétil no
interior do cano, dureza do material,
revestimentos de constituição
diferentes, velocidades dos projéteis
Fotografia 3. Foto operada quando
diferentes, dentre outros fatores.
de exame no ICDF.
Você pode estar se perguntando: por que utilizar tantos sinônimos para
definir o mesmo fato?
Dos fatores analisados até agora, este
é o que apresenta maior significado
para definir, categoricamente, se um
projétil foi ou não foi expelido pelo
cano de determinada arma de fogo.
A perfeita justaposição das estrias é
prova de certeza no universo da
criminalística.
Conjuntos de estrias, em diversas
partes da superfície do projétil que
estejam situadas no mesmo ponto
Fotografia 4. Foto operada quando de entre projéteis questionado e padrão,
exame no ICDF. Nela observa-se constituem-se em fator de
exame de comparação entre projétil importância fundamental para
padrão e Incriminado com diagnose de identidade entre padrão
significativa justaposição para e questionado. Frisa-se que, nestes
ressaltos cavados e de estrias. casos,a não existência fala pela não
identidade.
A extensão das estrias é muito variável nas faces dos corpos cilíndricos dos
projéteis. Inúmeros fatores comprometem essa extensão. Veja alguns
exemplos:
Vazios na estrutura do projétil, fato comum em projéteis nus de liga
de chumbo;
Fusão dos projéteis ocasionada pela temperatura da queima do
propelente, principalmente, quando este propelente é de base dupla;
Variação na velocidade proporcionada aos projéteis em exame, o que
resulta em maior ou menor tempo de contato do projétil dentro do
cano;
Densidade gravimétrica dos propelentes.
Fotografia 7
Fotografias 9, 10 e 11. Fotos operadas quando de exames no ICDF. Nelas observa-se exame
de confronto balístico de picote ou confronto balístico de estojos realizado pela comparação
entre estojos padrão e Incriminado. Na fotografia 9 vê-se, lado a lado, as marcas do percutor
ampliadas, nas quais nota-se a repetição das estrias e anomalia desse percutor. Na fotografia
10 vê-se a justaposição das marcas de culatra, enquanto na fotografia 11, o que vê, em
destaque, é a justaposição de estrias produzidas pelo ejetor
Nota
As fotomicrografias apresentadas nesta aula foram produzidas pelos Peritos
Criminais do Instituto de Criminalística do Distrito Federal quando de
exames realizados na Seção de Balística Forense
Finalizando