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ALHO

• Família: Alliaceae - Liliaceae – Amarillidaceae


• Espécies:
Allium sativum L. – Alho comum, (tradicional)
CULTIVO DO ALHO
Allium ampeloprasum L. var. holmense –
Alho boró, rei, gaúcho, paulista – utilizado pela
indústria na mistura com nabo ralado. Contém
menos sabor (antibióticos) que o sativum.

Engº Agrº Esp. José Luiz Bortolossi Allium ampeloprasum L. var. porrum – Alho
porro – só explora-se o pseudocaule, pouco
FAG – AGRONOMIA
cheiro, utilizado na indústria e venda in natura.
OLERICULTURA

ALHO ALHO

• Espécies: • Espécies:
Allium ampeloprasum L. var.
Allium sativum L. porrum
Alho comum, (tradicional) Alho porro – só explora-se
o pseudocaule, pouco cheiro,
utilizado na indústria e venda
in natura.

Origem: DESCRIÇÃO DA PLANTA


Ásia Central, cultiva-se desde a pré-história e
• Planta herbácea, com cerca de 40
um condimento usado universalmente. a 60 cm de altura;
• Folhas alongadas, estreitas e
Uso: cerosas;
Uso condimentar – tempero • PSEUDOCAULE curto ou raquis
formado pela bainha das folhas
(entre os bulbilhos);
Uso medicinal – Contém antibióticos (Alicina,
Garlicina) – regulador de pressão, altera • O CAULE verdadeiro é pequeno e
achatado, semelhante a um disco
o sono, baixa o colesterol, vermífugo, ou prato. É o ponto de partida de
expectorante, diurético, também usado folhas e raízes;
nas rações animais que não liberam o • As raízes pouco ramificadas,
gosto do alho. porém profundas
– 50 cm chegando até 1 m;

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• Utiliza-se o BULBO,
composto por bulbilhos –
ricos em amido e substâncias DESCRIÇÃO DO BULBILHO
aromáticas de valor
condimentar e nutricional. • Folha membranosa
envolvente;
• BULBILHOS = forma
arqueada, possui capa ou
folha protetora (brácteas) de • Folha com reservas
coloração branca ou roxa. nutritivas – massa;
• Pedúnculo floral = surge do
centro do bulbo = • Cavidade – Gema (folha
inflorescência tipo umbela. de brotação + folhas
completas ou
• “Não” forma semente verdadeiras);
botânica, forma bulbilhos
aéreos
• Caule – disco ou prato.

ESTADO DE BROTAÇÃO CRESCIMENTO DA GEMA


Muito importante para se determinar: • Determinado através do IVD – Índice
– Época de plantio. Ex: plantio de alhos de diferentes Visual de Dormência
regiões – de região quente para região fria brota
antes de ir ao solo; • IVD = % de crescimento da gema em
– Aplicação de herbicida (usar bulbilhos que ainda não
relação ao bulbilho.
brotaram); IVD = a / b . 100
– Profundidade de plantio; a

• Brotação pequena pode-se fazer o plantio


manual;
b

• Brotação grande demora mais para fazer raízes b a


devido ao gasto de energia durante a brotação.

QUEBRA DE DORMÊNCIA (VERNALIZAÇÃO). QUEBRA DE DORMÊNCIA (VERNALIZAÇÃO).

• Utilizada quando a temperatura e o fotoperíodo são Cuidados:


inadequados à produção de cultivares tardias.
– Ex: cultivares originárias do sul do Brasil, tais como Caçador, • Brotação muito adiantada: irá brotar na câmara;
Jonas, Ito, Quitéria, Contestado, Roxo Caxiense Chonan para
plantio no Sudeste, Centro-oeste e Nordeste; • Brotação muito pequena (gema nova) – 40 dias não é
suficiente. Só funciona quando o IVD for maior que
• Os bulbos inteiros são frigorificados:
– Em câmaras com 3-5°C; 40%, pois a gema ainda está dormente;
– Umidade relativa de 70-80%;
– Por um tempo variável entre 40 e 60 dias, dependendo do frio
• Os bulbilhos de fora possuem menor dormência, pois
na região de origem e das temperaturas que ocorrerão no se formam antes – fazer classificação;
campo: 40 a 45 dias para plantio de junho/maio e de 50 a 60
para plantios de abril/março; • Exposição ao frio além do necessário – acelera a
– Retirada dos bulbos da câmera ocorre às vésperas do plantio diferenciação da gemas axilares – encurta o ciclo –
(máximo. 6 dias); redução na produtividade – formação de bulbo
“piorra”ou coquinho.
• Plantio quando a temperatura estiver abaixo de 20°C ,
sendo o ideal 15°C.

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CLIMA CLIMA
• Planta tipicamente de clima frio, suportando muitas • Luminosidade alta favorece o crescimento;
vezes até geadas leves;
• Exige temperatura baixa para a diferenciação das
• Luminosidade baixa favorece a bulbificação
gemas axilares, que dão origem aos bulbilhos; (início) – enchimento da folha de reserva;
– Branco mineiro, Cateto roxo = 7 horas
• O calor na fase inicial é prejudicial ao bom – Amarante, Lavínia = 9 horas
desenvolvimento e a produção;
– Chonan, Caçador, Quitéria, Contestado, Roxo
• Planta Bienal – exige frio para florescer; Caxiense = 11-12 horas
– Argentino = 13 horas.
• Comportamento anual – apresentando somente a etapa
vegetativa do seu ciclo biológico;
TºC e fotoperíodo adequados = Bulbificação
• Planta de dia longo para bulbificar e de dia curto para
florescer;
OBSERVAÇÃO:
• Fator limitante é o fotoperíodo – tem que ser maior que O alho argentino tratado com Hidrazida maleica, não brota pois o
o valor crítico; produto é um inibidor de brotação. Quanto maior a dormência,
maior o tempo de comercialização.

FATORES QUE AFETAM A PRODUÇÃO


CULTIVARES
FOTOPERÍODO: • (B) Branco; (R) Roxo; (BR) Bulbo branco e bulbilho roxo;
Planta de dia longo para bulbificar. • Três grupos conforme a duração do ciclo, exigências de fotoperíodo
Bulbo = com fotoperíodo maior que o crítico. Abaixo e de temperatura:
a planta irá vegetar.
Fator crítico para a escolha da cultivar (precoce, Cultivares precoces
média e tardia • Ciclo em torno de 120 a 130 dias;
• Menos exigentes em fotoperíodo e frio;
TEMPERATURA: • Larga adaptação em regiões brasileiras de latitudes
diferenciada;
Planta de clima ameno a frio (outono/inverno). • Grande número de bulbilhos (20-25), de coloração
Suporta geadas leves. branca ou arroxeada;
Gemas dormentes = interação: Fotoperíodo X • Menor conservação pós-colheita;
• Menor valor comercial.
TºC = diferencia e forma os bulbilhos.
• Ideal : Tº média de 10 a 20º C.
Exemplo:
• > 20º C = “fraca” bulbificação.
Branco Mineiro (B) e Cateto Roxo (R) .
• > 30º C = não bulbifica

CULTIVARES CULTIVARES
Cultivares de ciclo médio Cultivares ciclo tardio (Nobres)
• Ciclo em torno de 150 a 160 dias; • Ciclo de 160 até 210 dias;
• Mais exigentes em fotoperíodo (13 horas) e em frio.
• Um pouco mais exigente em fotoperíodo e em frio;
Plantio no extremo sul;
• Menor número de bulbilhos (10-18), porém mais
• Plantio no Centro-sul somente com vernalização;
graúdos; • Bulbo graúdo e menor número de bulbilhos (8-10);
• Coloração externa arroxeada; • Coloração externa esbranquiçada;
• Melhor conservação pós-colheita; • Alta capacidade de conservação;
• Alcança melhor cotação no mercado. • Alta Cotação comercial (qualidade = alho argentino).
Exemplo:
Lavínia (R) , Amarante (R) , Chinês (R) , Exemplo:
Dourados (B) – Chonan (B), Roxo-Pérola-de-Caçador(BR),Quitéria(B),
Centenário(B)

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SOLO E ADUBAÇÃO
ÉPOCA DE PLANTIO
• Solos de textura média, boas propriedades físicas e
férteis;
• No Centro-sul vai de final do verão ao • Cultura pouco tolerante a acidez – pH 6,0 a 6,8 (V1 =
final do outono - final de fevereiro a 80%);
• Extração em ordem decrescente: N, K, S, Ca, P e Mg;
princípios de maio.
• P pouco extraído mas sua aplicação aumenta a
produtividade e tamanho do bulbo;
• Excesso de N causa o “super-brotamento”;
• Aplicação K não eleva a produção, porém previne essa
anomalia;
• Com a aplicação de sulfato de potássio há aumento da
produtividade devido ao enxofre;
• Quanto ao Ca, há resposta positiva quanto a sua
aplicação, independente da elevação do pH pela
calagem.

SOLO E ADUBAÇÃO IMPLANTAÇÃO DA CULTURA


• Adubação orgânica: em solos com baixo teor de matéria orgânica pode Propagação por meio dos bulbilhos
ser feita com
– 20 a 30 t/ha. de esterco de curral curtido ou
– 5 a 7 t/ha. de esterco de galinha curtido. ALHO-SEMENTE:
• Adubação de base: para solos de média a baixa fertilidade:
N 10-30 kg/ha. • Qualidade sanitária;
P2O5 300-500 kg/ha.
K2O 80-120 kg/ha. • Representa 30-50% do custo de produção;
– Micro nutrientes:
• 4 kg/ha. de Zinco – Sulfato de Zinco (20% Zn) • Plantam-se de 500-700 kg/ha. de bulbilhos
• 2 kg/ha. de Boro – Bórax (11-13% B) selecionados;
• Adubação complementar: sugere-se;
• Logo, adquirir 30% a mais em peso de bulbos
N 20-60 kg/ha. inteiros;
K2O 40 kg/ha.
• Quanto maior o bulbilho maior é a
A aplicação deve ser parcelada em duas vezes, aos 30 e aos 50 dias
da emergência, menos para as cultivares tardias que deve ser entre 90-100
produtividade;
dias do plantio (após o período crítico ao super-brotamento )

ALHO-SEMENTE: PLANTIO
• Debulha deve ocorrer com IVD Espaçamento:
acima de 60%, com 15 dias de • O espaçamento entre plantas
antecedência ao plantio está relacionado ao tamanho
(trabalhoso) e também porque do bulbilho: quanto maior o
debulhado o processo de bulbilho maior o espaçamento;
crescimento da gema acelera; • Varia entre 7 a 10 cm entre
• Padronização do bulbilho bulbilhos e 20 a 25 entre
fileiras;
uniformiza a emergência, o
desenvolvimento, a maturação e, • A profundidade de plantio
inclusive o tamanho dos bulbos também varia em função do
produzidos. tamanho do bulbilho, ficando
– Para padronizar utiliza-se diferentes
entre 3 e 5 cm, sendo maior
peneiras com diferentes espaços: para bulbilhos maiores.
• (P1 = 15 x 25 mm;
Quando for aplicado herbicida
• P2 = 10 x 20 mm;
pré-emergente certificar-se de
que exista +- 2 cm de solo
• P3 = 8 x 17 mm;
sobre o bulbilho.
• P4 = 5 x 17 mm).

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TRATOS CULTURAIS
PLANTIO
COBERTURA MORTA
Posição do bulbilho:
• Benefícios:
• VAC – Vértice com Ápice para Cima – Manutenção do teor adequado de água no
• VAB – Vértice com Ápice para Baixo solo;
• DAC – Deitado com Ápice para Cima – Economia na irrigação;
• DAB – Deitado com Ápice para Baixo – Temperatura do solo menor que a do ar;
• DL – Deitado de Lado. – Favorecimento da brotação dos bulbilhos;
- A posição em que se obtém melhores resultados e a
VAC
– Auxílio no controle de plantas daninhas.
- A posição em que se obtém os piores resultados e a • Desvantagens:
VAB – Elevado custo da operação;
– Dificuldade de obtenção de material.

TRATOS CULTURAIS TRATOS CULTURAIS


IRRIGAÇÃO CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS.
• O alho é muito sensível ao
estresse hídrico, principalmente na
etapa de crescimento vegetativo;
• A cultura do alho é altamente prejudicada
• A forma mais utilizada é a por
pela competição com plantas invasoras;
aspersão. Por sulco há uma
redução no número de plantas em
detrimento do aumento da área
• O período crítico vai até os 100 dias
ocupada por sulcos; iniciais, sendo os 30 primeiros os mais
cruciais;
• O turno de rega varia de 2 a 7 dias , dependendo do estádio da
cultura e do solo: Nos primeiros 30 dias irrigar de 2 em 2 dia; entre
30 e 90 dias a cada 4-5 dias e 7 dias até a paralisação da irrigação • O uso de herbicidas ocorre em pré-
que deve ocorrer entre 10 e 20 dias do final do ciclo; emergência da cultura, logo após o plantio
• Excesso de água após a diferenciação dos bulbilhos é prejudicial – dos bulbilhos e antes da colocação da
provoca o super-brotamento;
palhada.

TRATOS CULTURAIS TRATOS CULTURAIS


CONTROLE DE PRAGAS. • CONTROLE DE DOENÇAS.
• A) PRINCIPAIS PRAGAS
– Trips – Thrips tabaci (ocasionam ferimentos com redução no • B) PRINCIPAIS DOENÇAS
limbo foliar – porta de entrada para a alternaria); – Alternaria – Alternaria porri
– Afídeos (transmissores de viroses); sugam a planta Características: Pequenas manchas foliares,
– Ácaro- do-chochamento – Aceria tulipae. Na lavoura brancas, que evoluem para manchas
manifesta-se por folhas retorcidas e no armazém pelo alongadas , marrons. Favorecida por altas
chochamento dos bulblilhos.
temperaturas e pelo ataque de trips.
– Traças-do-alho – Cadra cautella, Ephestia elutella, Plodia
interpunctella. As larvas atacam o alho durante o Controle:
armazenamento; – Uso de cultivares tardia (vernalizadas);
– Nematóides – Ditylenchus dipsaci. Bulbos esbranquiçados e – Rotação de culturas;
pouco consistentes, raízes necrosadas e a parte aérea
amarelecida e murcha – murchadeira do alho. – Pulverização com fungicidas específicos.

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TRATOS CULTURAIS TRATOS CULTURAIS
• CONTROLE DE DOENÇAS. • CONTROLE DE DOENÇAS.
• B) PRINCIPAIS DOENÇAS • B) PRINCIPAIS DOENÇAS
– Ferrugem – Puccinia porri – Podridão –branca – Sclerotium cepivorum
Características: pequenas pústulas ferruginosas típicas, Características: Apodrecimento das raízes e do
cobrindo as folhas. disco, fazendo com que a planta seja arrancada com
Favorecida por temperatura amena e alta umidade. facilidade. Também ocorre amarelecimento e morte
das folhas baixeiras. Bulbos recobertos por micélio
Manifesta-se somente do meio do ciclo para frente. branco e escleródios negros;
Favorecida por baixa temperatura e alta umidade.
Controle:
– Plantio de cultivares de ciclo mediano, mais Controle:
resistentes (Observações de campo);
– Plantio de alho-semente sadio;
– Rotação de culturas;
– Tratamento dos bulbilhos com fungicidas específicos.
– Aplicação de fungicidas sistêmicos específicos.

TRATOS CULTURAIS PRODUTIVIDADE


4 a 10 t/ha.
• CONTROLE DE DOENÇAS.
• B) PRINCIPAIS DOENÇAS COLHEITA
– Viroses • Quando ocorrer 50-70% de tombamento da
As cultivares normalmente encontra-se infectadas.
planta (estalo)
Características: Baixo vigor vegetativo; bulbos e • Com todas as folhas secas, com exceção das
bulbilhos de menor tamanho e menor peso; baixa folhas do ponteiro, não ocorrendo o estalo;
produtividade. • A colheita é feita manualmente arrancando-se
as plantas. Quando mecanizada, passa-se uma
Controle: lâmina por baixo do canteiro, cortando as raízes
o que favorece o arranquio;
– Limpeza dos clones através do cultivo de
meristemas, associado a termo terapia. • Canteiros bem secos e ausência de chuvas
favorecem.

• BENEFICIAMENTO:
COLHEITA – Consiste no corte do pseudocaule,
deixando 2 cm de talo aderido ao
bulbo curado (evita a debulha e
torna-se barreira a invasão de
• CURA:
patógenos; aparam-se as raízes rente
– Inicial, rápida – é feita ao bulbo, sem ferir o disco.
no campo, pela
exposição indireta à luz • CLASSIFICAÇÃO
solar por 1 a 3 dias, – Efetuada pelo diâmetro transversal e segue as normas do
dependendo do clima. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

• EMBALAGENS:
– Lenta – durante meses
– Caixa de madeira, oitavada, com capacidade para 10 kg
efetuada em galpão meio – Sacos telados, vermelhos, de vários tamanhos;
escuro, seco e arejado. – Caixas de papelão.

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COMERCIALIZAÇÃO
• Diretamente a grandes atacadistas ou
cooperativas;
• Ocorre flutuação estacional acentuada nos
preços pagos ao produtor;
• As cotações máximas ocorrem em junho-julho
• A partir de julho entra a importação,
principalmente da China;
• Cultura muito afetada pela política do Mercosul;
• Indústria - industrializado na forma de pasta.

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