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TRAUMATOLOGIA FORENSE

Conceito: é o estudo das lesões corporais resultantes de traumatismos de ordem


material ou moral, danoso ao corpo ou à saúde física ou mental (Croce; 115)

Classificação:

1- Agentes mecânicos (instrumentos)


2- Agentes físicos
3- Agentes químicos
4- Agentes físico-químicos
5- Agentes biológicos (contágios)
6- Agentes mistos

1-Agentes mecânicos ou instrumentais: denominam-se como conjuntos de objetos,


agidos de uma mesma maneira, produzem lesões semelhantes, sendo divididos em:

a) Instrumento perfurante
b) Instrumento cortante
c) Instrumento contundente
d) Instrumento perfuro-cortante
e) Instrumento corto-contundente
f) Instrumento perfuro-contundete

A) Instrumento perfurante:

Ação: por pressão, por meio de sua ponta, empurrados por uma força cujo sentido
corresponde ao seu eixo longitudinal. Objetos longos e de pontas afiladas.
Ex. Pregos, alfinetes, agulhas, estiletes, etc.
Ferimento: punctório ou puntiforme
Características: a ferida apresenta uma forma da projeção da secção transversa do
objeto. Profundidade sobre a superfície externa, que é muito pequena.
Atravessa-se o instrumento um segmento ou órgão do corpo, chama-se punctório
transfixaste.

B) Instrumento cortante:

Ação: por pressão e deslizamento sobre o seu fio ou gume. O aprofundamento


depende da pressão ou fio, mas a extensão da lesão depende do deslizamento do
instrumento. Deverá ser forte o bastante para vencer a resistência da pele. Objetos
que apresentem um bordo longo e fino.
Ex. Navalhas, lâminas de barbear, bisturi, faca, estilhaço de vidro, papel, capim-
navalha, etc.
Ferimento: Inciso
Características: a ferida apresenta forma linear reta ou curvilínea, com predomínio do
comprimento sobre a profundidade, margens nítidas e regulares; ausência de
contusão em torno da lesão, devido gume se limitar a secção dos tecidos, sem
mortificação; predomínio sobre a largura e a profundidade, extremidade mais
superficial e em forma de cauda de escoriação, ao qual é produzida na epiderme no
instante que precede a ação final do instrumento sobre a pele; corte perpendicular,
aspecto angular em formato de um “v” de abertura externa, se o instrumento cortante
agiu linearmente; hemorragia abundante.

Tipos de lesões produzidas por instrumentos cortantes: Nos instrumentos cortantes


provocados por lesões no pescoço, podemos classificar em:
1) Esgorjamento,
2) Degolamento e
3) Decapitação
1) Esgorjamento: São lesões incisas, de profundidade variável, situando-se na face
anterior ou antero – lateral do pescoço, entre a laringe e o osso hióide, ou sobre a
laringe, raramente acima ou abaixo desses limites. Pode ser única ou múltipla, e a
profundidade da lesão é variável, detendo-se, em geral, na laringe, dependendo da
intensidade do uso do instrumento, alcançando a coluna cervical.
Deve-se observar também que, se o ferimento for numa direção transversal ou
obliqua, entende-se como elementar para determinar a causa jurídica da morte, daí,
poderemos analisar se houve suicídio, ao qual o instrumento cortante é empunhado
pela mão direito, em que se predomina a direção transversal ou descendente para a
direita, também pode ocorrer em direção oposta, se quando for canhoto. A
profundidade da lesão é maior no inicio e no final a vitima perde suas forças.
Nos homicídios, aparecem características distintas, pois o autor da lesão coloca-se por
trás da vitima, provocando um ferimento da esquerda para a direita, se destro, em
sentido horizontal, se voltado para cima.

2) Degolamento: São lesões provocadas por instrumento cortante na região posterior


do pescoço, na nuca. É indicio de homicídio, principalmente se o ferimento for
profundo e a lesão encontra-se localizada na medula.

3) Decapitação: É a separação da cabeça do corpo, podendo ser oriunda de outras


formas de ação além da cortante. Pode ser acidental, suicida ou homicida.

C) Instrumento contundente: é todo agente mecânico, liquido gasoso ou sólido, rombo,


que, atuando violentamente por pressão, explosão, flexão, torção, sucção, percussão,
distensão, compressão, descompressão, arrastamento, deslizamento, contragolpe, ou
mesmo de forma mista, traumatiza o organismo (CROCE: 272).

Ação: por pressão e/ou deslizamento sobre uma superfície mais ou menos plana.
Ex. tijolos, pedras, mãos, pés, cassetetes, etc. Tais ferimentos podem ter como
conseqüência ações como explosão, compressão, descompressão, tração, torção,
contragolpe, ou, formas mistas.
Tipos de lesões:
Contusão: é a denominada como genérica do derramamento de sangue nos
interstícios tissulares, sem qualquer efração dos tegumentos, conseqüente a uma
lesão traumática sobre o organismo. Trata-se de uma lesão fechada com
comprometimento do tecido celular subcutâneo e integridade real ou aparente na pele
e nas mucosas.
Ferida contusa: é a contusão que adveio da continuidade pela ação traumática do
instrumento vulnerante; é a contusão aberta.
Características: apresenta forma irregular, por vezes estrelada, com bordos
irregulares, anfractuosos e macerado, fundo irregular, com pontes de tecido unindo
uma borda à outra. Os tecidos próximos apresentam-se também como traumatizados,
como às vezes esmagados, conforme o caso.
Há uma classificação médico-legal, portanto:

• Eritema: área avermelhada no local contundido devido a alteração local da


circulação. É transitório, desaparecendo nas próximas 24 horas. Temos como
exemplo: tapas, empurrões, bofetadas, etc.
• Edema traumático: aumento difuso de volume, por acumulo de líquido intercelular.
Por motivo de alteração traumática da permeabilidade dos vasos capilares ocorre um
extravasamento de líquido nos espaços intersticiais. Podem desaparecer em menos
de 24 horas.
• Equimose: extravasamento de sangue para dentro dos tecidos, cujas malhas ficam
aprisionadas as hemácias, formando uma mancha de coloração, de inicio, violácea.
• Hematoma: solução de continuidade superficial que atinge a epiderme e
eventualmente parte da derme. Tem sua evolução, sem deixar cicatriz ou produzindo
alterações muito discretas na pele, formando manchas hipocrômicas como único sinal.
Há que mencionar também que as lesões tidas profundas são causadas pela forma do
instrumento gerando uma violência considerada grande. Assim, temos:

• Fratura: perda de continuidade óssea, parcial ou total


• Luxação perda de continuidade de articular, podendo ou não se acompanhar de
ruptura de ligamentos articulares.
• Ruptura visceral: lesão que atinge órgãos das cavidades cranianas, torácica e
abdominal. Freqüentemente, as vísceras mais lesadas são o fígado e o baço.

D) Instrumento pérfuro-cortante:
Ação: predomínio de profundidade sobre o comprimento; os bordos nítidos e lisos e as
margens não apresentam traumas de contusão. A lesão provocada chama-se
“ferimento em botoreira”, por apresentar-se um ângulo agudo e outro canto
arredondado, nos instrumentos de gume só, ou ambos os ângulos agudos, como
instrumentos com dois gumes, mas se houver três gumes, a forma de ferimento
poderá reproduzir a forma do instrumento quanto ao número de gumes.

Há, portanto, uma classificação quanto aos ferimentos pode ser:

• Penetrantes: atingem uma cavidade, com tórax ou abdômen, e terminam em fundo-


de-saco;
• Transfixantes: atravessam um segmento do corpo, tendo por característica física,
uma pequena cauda no local do gume.
Não poderemos nos esquecer que, o tamanho do ferimento nem sempre corresponde
à largura da lâmina que o produzir, podendo, inclusive ser menor, devido a
elasticidade da pele, ou maior devido a retração dos tecidos adjacentes.

E) Instrumento corto-contundente:

Ação: contunde por pressão devido a animação e corta pelo fio ou gume grosseiro.
São objetos pesados com superfície romba e gume pouco afiado.
Ex. Facão, machado, enxada, dentes, etc.
Tipo de ferimento: Corto-contundente
Características: apresentam bordos pouco regulares, sem cauda, fundo anfractuoso e
presença de equimose e edema traumático junto às margens. São ferimentos
extensos, profundos e provocados por fraturas, conforme o peso do instrumento e da
força com que conduziu o instrumento.

F) Instrumento perfuro-contundente:
Ação: inicialmente “amassa” e afasta o os tecidos por ação de sua ponta romba devido
sua extremidade, porém de diâmetro pequeno.
Ex. espeto sem ponta, chaves de fenda, ponteira de guarda-chuva e, classicamente,
projéteis de arma de fogo (balas)
Ferimento: Pérfuro-contuso
Características: apresentam bordos irregulares, com maior predomínio da
profundidade sobre a superfície e caráter penetrante ou transfixante.
Normalmente, as lesões tidas típicas são armas de fogo, ao qual, agem por impulsão e
rotação, determinando a formação de um orifício e de zonas de contorno junto à pele
em que depende da incidência do tiro, portanto, se for obliquo, perpendicular, ou
mesmo tangencial, como também sua distancia.
Podemos analisar uma breve classificação, quanto aos tipos de zona, como:

• Zona de contusão: caracteriza-se por uma aréola apergaminhada, escura, de poucos


milímetros de largura, que circunda o bordo do orifício, resultante do impacto e da
pressão rotatória feita pelo projétil contra a pele.
• Zona de equimose: é uma aréola violácea, originada durante a passagem do projétil
através da pele, quando pequenos vasos sanguíneos e capilares são tracionados e
rompidos, formando equimoses em torno do ferimento. Somente podem ser
produzidos quando a vitima estiver com vida.
• Zona de tatuagem: trata-se de disparos à queima-roupa ou apoiados, pelos grânulos
de pólvora combusta ou incombusta, que acompanham a bala de perto, incrustando-
se mais ou menos profundamente na pele da região atingida. Além disso, é uma
incidência de que o orifício de entrada de tiro ser de curta distancia.
• Zona de esfumaçamento: Também conhecida pela doutrina, como zona de tatuagem
falsa, resulta do depósito de fumaça e de partículas de carvão, muito leves, que se
acumulam sobre a epiderme, mas tem ter força suficiente de penetração. Pode ser
removida simplesmente pela lavagem da pele.
• Zona de queimadura ou chamuscamento: decorre da ação do calor e dos gases
quentes que saem do cano da arma, queimando pelos e a epiderme. Se localizado na
região da pele, apresenta a aparência enrugada e seca, de aparência vermelho-
escura, e com cheiro característico. Já nos pelos, apresentam-se queimados e
quebradiços.

Nos disparos de arma de fogo, o projétil ocasiona o orifício de entrada e elementos de


vizinhança ou zona de contornos, independente do tipo de tiro. Assim, há três
situações:

1) Tiro encostado ou apoiado: neste caso, o projétil pode penetrar ou mesmo refluir,
produzindo o chamado efeito “mina”
Características: orifício de bordas denteadas, desarranjadas e evertidas, este último
decorre da violência da força de expansão dos gases. O diâmetro é maior que o
projétil, com bordas voltadas para fora, devido à explosão dos tecidos subcutâneos.
Normalmente, não há a presença de zona de esfumaçamento e de zona de tatuagem,
eis que os elementos de disparo penetram no próprio ferimento.

2) Tiro a queima roupa ou de pequena distancia: o alvo é atingido pelos gases


aquecidos dos disparos e pela chama resultante da queima da pólvora
Características: ocorrência de calor, fumaça e grânulos de pólvora em combustão,
bem como todas as impurezas provindas do cano da arma. Predomina-se pelo
arrancamento da epiderme devido o movimento rotatório do projétil, enxugo, tatuagem,
esfumaçamento e queimadura.

3) Tiro a distancia: o alvo é atingido pelo projétil somente.


Características: a boca de fogo fica a mais de 50 centímetros do alvo e só projétil
alcança o alvo, formando um orifício de bordos invertidos com orla de contusão e
enxugo e orla equimotica. Não apresenta os efeitos secundários do tiro.

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