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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA

“MATRIZ DE COEFICIENTES TÉCNICOS DA CULTURA DO TOMATE DE


MESA:
BASE PARA CÁLCULO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO E COLHEITA”
Relatório final submetido à
PRP/UNICAMP como parte dos
requisitos da Bolsa de Iniciação
Científica.
Aluna Flaviane Flor de Faria (RA 026949)
Orientadora Profa Dra Julieta Teresa Aier de Oliveira
UNICAMP, julho/2005.
1
Índice
RESUMO ...................................................................................................................
.... 2
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................
3
2. REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 5
2.1 Comercialização do Tomate de
Mesa .................................................................................. 5
2.2 Tomate de Mesa: Perdas Pós-
colheita.................................................................................. 6
2.4 Custos de
Produção .............................................................................................................. 7
3. MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................
8
3.1 Materiais..............................................................................................................................
8
3.2
Metodologia ......................................................................................................................... 8
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................................
10
4.1 Observações Qualitativas – Diário de Campo do Pesquisador ..........................................
10
4.2 As Matrizes dos Coeficientes Técnicos .............................................................................
14
4.2.1 Coeficientes Técnicos das Operações Agrícolas......................................................... 14
4.2.2 Coeficientes Técnicos de Material Utilizado ..............................................................
19
4.2.3 Tempos Gastos nas Operações Agrícolas: Comparações entre as Safras da Seca de
2004 e 2005. .........................................................................................................................
21
4.3 Custos................................................................................................................................
21
5.
CONCLUSÃO..........................................................................................................
24
6. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 25
7.
ANEXO ....................................................................................................................
26
2
RESUMO
O tomate é a segunda hortaliça em importância econômica e social no Brasil, sendo o
Estado de
São Paulo responsável por 22% da produção total do país. A produção convencional de
tomate
de mesa é caracterizada por possuir elevado custo operacional devido à grande demanda de
mão-de-obra e exigência de muitas aplicações de agrotóxicos. No presente trabalho
elaborou-se
a matriz dos coeficientes técnicos da produção de tomate de mesa utilizada para estimar o
custo
de produção e colheita segundo metodologia adotada pelo IEA (Instituto de Economia
Agrícola). Os dados foram coletados em visitas de campo realizadas no período de
ago/2004 a
jun/2005, com aplicação de questionários previamente elaborados em entrevistas pessoais
com
os proprietários e/ou administradores de propriedades tomaticultoras intencionalmente
selecionadas. Nessas ocasiões mensurou-se os tempos gastos pelos trabalhadores nas
atividades
de tratos culturais e colheita e quantidade de insumos utilizados na produção. Foram
obtidos os
coeficientes técnicos referentes às safras das águas (ago - dez) e da seca (jan – jun)
realizadas
por um mesmo produtor. As safras apresentaram algumas diferenças quanto à demanda
pela
força-de-trabalho e quanto à variedade e quantidade de insumos. Os custos de produção e
colheita de ambas as safras encontraram-se bem próximos uma da outra, identificando que
as
maiores despesas estão relacionadas principalmente com a compra de insumos.
3
1. INTRODUÇÃO
O tomate (Lycopersicon sculentum Mill), hortaliça solanácea originária da parte
ocidental da América do Sul, apresenta dois segmentos distintos, tanto na forma de cultivo,
finalidade de uso do produto, ou na comercialização. Os cultivares que apresentam cultivo
rasteiro são destinados à indústria de processamento, e o tomate de mesa, de cultivo
tutorado ou
envarado, são consumidos de forma in natura.
O hábito de se produzir e consumir hortaliças foi introduzido no Brasil ainda na época da
colonização portuguesa, no entanto o crescimento da produção de tomate no país foi
ocorrer
apenas durante as décadas de 1950 e 1960. Em 2003 o Brasil chegou a produzir 3.641.400
ton
de tomate (AGRINUAL, 2005) e com isso hoje ele ocupa o sétimo lugar no ranking
mundial.
Neste mesmo ano o Brasil exportou 40 ton de tomate para o Paraguai e 3.135 ton para a
Argentina, e importou 23,5 ton desse produto do Uruguai (AGRINUAL, 2005).
Em 2004, a região Centro-Oeste contribuiu com 26,8% da produção brasileira. O Estado
de Goiás foi o principal responsável por esse resultado, produzindo 97,6% da produção
dessa
região e 26,2% do total da produção nacional assumindo a posição de maior produtor
brasileiro.
A região Sudeste é a principal fornecedora de tomate do Brasil (49,8%), na qual 44,2%
são do Estado de São Paulo e 35,8% de Minas Gerais (AGRINUAL, 2005). O Estado de
São
Paulo é o segundo maior estado produtor responsável por 22,0% do total nacional
(AGRINUAL,
2005), na qual 68% de sua produção é destinada ao consumo in natura (CAMARGO,
2002).
Esse estado é também o maior consumidor de tomate e tem como principal centro
atacadista de
hortigranjeiros1 do País o Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP), da Companhia de
Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), com isso os preços de tomate
do
estado servem como parâmetro de venda para todo o país (CAMARGO, 2001). Em 2003, a
CEAGESP chegou a comercializar 235.323 ton de tomate (AGRINUAL, 2005).
Dados fornecidos pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) afirmam que a
tomaticultura paulista concentra sua produção aos Escritórios de Desenvolvimento Rural
(EDR’s2) de Itapeva (31%), Campinas (16%) e Mogi Mirim (13%) (figura 1).
1 Denominação consagrada entre produtores rurais e comerciantes atacadistas e varejistas para designar os
produtos
de origem vegetal – hortaliças e frutas – utilizados na alimentação humana e comumente comercializados “in
natura”.
2 Os EDR's - Escritórios de Desenvolvimento Rural - formam a estrutura organizacional da Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral (Cati/SAASP). O EDR-Itapeva é formado por 15 municípios; o EDR-Mogi-
Mirim por
11 municípios (Artur Nogueira, Conchal, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Estiva Gerbi, Holambra, Itapira,
Jaguariúna, Mogi-Guaçu, Mogi-Mirim, e Santo Antônio de Posse) e o EDR-Campinas por 17 (Campinas,
Campo
Lindo Paulista, Elias Fausto, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Monte Mor,
Morungaba, Paulínia, Sumaré, Valinhos, Várzea Paulista e Vinhedo). Mais detalhes em
http://www.cati.sp.gov.br
4
EDR Produção
(cx. 25 kg)
Itapeva 5.166.000
Campinas 2.624.460
Mogi- Mirim 2.158.600
Total do estado 16.810.925
Figura 1. Estatísticas da Produção de Tomate de Mesa, Por Escritório de
Desenvolvimento
Rural (EDR), Estado de São Paulo, 2004.
Fonte: IEA - (Anuário 2004).
O IEA tem por tradição realizar pesquisa de estimativa de custo de produção das
principais atividades agropecuárias do Estado de São Paulo. A partir da necessidade de
atualização periódica dessas estimativas, este instituto elaborou as “Matrizes de
Coeficientes
Técnicos de Utilização de Fatores na Produção de Culturas Anuais” de algumas culturas
(algodão, arroz, feijão, girassol, milho, soja, sorgo, trigo, batata, cebola, mandioca e tomate
industrial).
Utilizando a mesma metodologia adotada pelo IEA, a presente pesquisa tem como
objetivo apresentar a “Matriz dos Coeficientes Técnicos da Cultura do Tomate de Mesa” e
os
custos de produção e colheita do produto em questão. Neste relatório constam as matrizes
referentes a duas safras diferentes de um mesmo produtor, uma no período de Agosto a
Dezembro de 2004 (Safra das Águas) e outra do período de Janeiro a Junho de 2005 (Safras
da
Seca). Os dados foram obtidos a partir de visitas realizadas em campo para mensuração dos
tempos gastos pelos trabalhadores nas atividades de tratos culturais e colheita e para
aplicação
de questionários previamente elaborados em entrevistas pessoais com o proprietário e
administrador da propriedade tomaticultora intencionalmente selecionada. A partir dessas
matrizes foram feitas comparações quanto ao tempo das operações realizadas e quantidade
de
materiais utilizados, assim como foi feita uma análise do sistema de produção e colheita
adotado
pelo produtor. Por final, realizou-se o cálculo do custo operacional da produção e colheita
do
tomate de mesa das duas safras pesquisadas. Consta também neste relatório um registro das
observações de campo, realizadas pelo pesquisador, em relação às técnicas utilizadas na
lavoura
e uma revisão bibliográfica relacionada a comercialização e perda pós-colheita do tomate
de
mesa, e custo de produção.
5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Comercialização do Tomate de Mesa
A cadeia da comercialização do tomate de mesa é bem estruturada com agentes e
funções claramente definidas. Os principais agentes econômicos envolvidos na distribuição
do
tomate de mesa são os atacadista e varejistas.
Segundo LOURENZANI (2004), os atacadistas são agentes intermediários no processo
de distribuição que desempenham funções como vendas, promoções, armazenagem,
transporte e
transmissões de informações, entre outras. Na distribuição de tomate in natura são
identificados
dois tipos de atacadistas, sendo o primeiro representado pelos permissionários3 das Centrais
de
Abastecimento Sociedade Anônima (CEASA) que têm como função principal a
disponibilidade
de estoques. O segundo tipo é representado pelos atacadistas que oferecem maior nível de
serviços adicionais como o desdobramento das cargas de produtos, selecionando-os,
acondicionando-os em embalagens de diversos tamanhos e tipos e realizando operações
logísticas. Os packinghouses4 encontram-se nesse segundo tipo já que realizam processos
de
limpeza e classificação dos produtos.
As Centrais de Abastecimento, conhecidos como CEASAs, são pontos de concentração
física da produção de hortigranjeiros e flores oriundos de diversas regiões do país, sendo
que o
tomate possui grande representatividade de comercialização nesses centros. A CEAGESP
(Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerias de São Paulo) representa o mais importante
mercado atacadista da América Latina, sendo responsável por comercializar em média 11
mil
toneladas por dia (ANDREUCCETTI et. al., 2005).
Os varejistas são representados principalmente pelas grandes redes de supermercadistas,
supermercados de pequeno e médio portes, varejões, sacolões e feiras livres.
LOURENZANI
(2004) identificou também dois canais principais na distribuição de tomate in natura no
Estado
de São Paulo. O primeiro refere-se à distribuição por meio das centrais de compras
mantidas
pelas redes de auto-serviços e o segundo à comercialização por meio de CEASAs. Alguns
produtores de supermercados já possuem contato direto com produtores rurais, e assim a
cadeia
de comercialização fica restrita a produtor-varejista antes do produto chegar ao condumidor
final.
3 Utiliza-se
essa terminologia para o agente (pessoa física ou empresa) que possui recinto de venda, paga
condomínio e, portanto, tem permissão para comercializar os produtos dentro da CEASA (LOURENZANI,
2004).
4 Os packing houses geralmente pertencem a grandes produtores de tomate, que classificam seu produto e de
outros
produtores rurais e fornecem às grandes redes varejistas (LOURENZANI, 2004).
6
2.2 Tomate de Mesa: Perdas Pós-colheita.
O tomate de mesa é vendido principalmente para consumo em saladas e para confecção
de molhos. A compra desse produto para consumo in natura reforça a idéia da boa
qualidade do
fruto, uma vez que sua aparência é fator decisivo da compra. No entanto, garantir a boa
qualidade desses frutos tem sido um grande problema para os comercializantes, uma vez
que o
tomate é altamente perecível e muitas vezes sofre danos físicos durante o seu processo de
produção, colheita e comercialização.
Cerca de 21 % da produção de tomate sofre danos pós-colheita que impossibilitam a sua
comercialização. Tal índice é conseqüência principalmente de técnicas inadequadas de
manuseio, armazenamento e transporte dos frutos, além do grande tempo de exposição no
varejo
a que são submetidos (FERREIRA et. al., 2004).
FERREIRA et. al. (2004) afirmam que os tomates submetidos ao inadequado manuseio
apresentam alta perda de massa (9,05%) e possui área externa de dano físico de 2,4 % por
fruto,
enquanto que os frutos retirados da planta apresentam 1,5 % de área externa de dano físico.
As
principais causas dos danos físicos ocorrem ainda quando o tomate está na planta, devido
ao
ataque de insetos, ao sistema de amarrio utilizado e à abrasão das estacas de bambu. O
manuseio
na etapa da colheita influencia a perda da qualidade dos frutos, pois os tomates são colhidos
da
planta, colocados em cestas de bambu e posteriormente despejados em caixas K de
madeira,
fatores esses que aumentam a porcentagem de danos físicos e perda de massa devido ao
fato
desses recipientes serem altamente rugosos e não passarem por um processo de limpeza
antes de
serem reutilizados, o que implica na perda de umidade e na proliferação de patógenos.
Além
disso, as caixas do tipo K não são paletizáveis e permitem um grande número de tomates
sobrepostos, resultando em impactos durante o manuseio dessas embalagens e a
compressão
entre frutos.
O armazenamento do tomate, durante sua comercialização, é um fator condicionante
para a conservação do produto. No entanto, pesquisa realizada por ANDREUCCETTI et.
al.
(2005) mostra que apenas 4,1% dos atacadistas possuem câmara de refrigeração para
armazenamento de tomate.
Pesquisa recentemente divulgada por ANDREUCCETTI et. al. (2005) mostra que a
grande maioria dos compradores de tomate em supermercados estavam insatisfeitos com a
qualidade desse produto (95,6%), sendo a principal causa desse descontentamento a
presença de
danos físicos (cortes, furos e amassados) e o aspecto amarelo e descoloração desuniforme
que
apresentam. O tomate ideal para os consumidores é aquele que apresenta boa durabilidade,
coloração vermelha, firmeza e ausência de injúrias e de manchas.
Na tentativa de solucionar as perdas pós-colheita e de oferecer aos consumidores um
7
produto de melhor qualidade, os agentes da comercialização têm se preocupado com a
melhoria
de suas técnicas de serviço. Muitos permissionários passaram a comercializam
principalmente
cultivares de tomates longa vida, este que é um produto caracterizado por possuir maior
resistência pós-colheita. Além disso, os supermercados vêm exigindo a utilização de caixas
plásticas ou de papelão que evitam possíveis injúrias aos produtos.
O tomate é um produto que recebe uma seleção e classificação manual ainda no campo,
porém esse produto recebe uma reclassificação antes de chegar aos supermercados ou
feiras.
Muitos produtos depois da colheita são destinados para packinhouses onde passam por uma
melhor classificação, ou ainda, na CEAGESP onde recebem uma classificação manual.
Vem
crescendo o número de atacadistas que investem na montagem de packinghouses e em
máquinas
de seleção e classificação que garantem a boa uniformidade dos produtos comercializados,
possibilitando com isso, atender as exigências dos diversos compradores de tomate de
mesa.
Para a diminuição das perdas pós-colheita e aumento da vida útil do tomate é evidente
que maiores cuidados devem ser tomados durante toda a cadeia da produção à etapa da
colheita
e comercialização desse produto.
2.4 Custos de Produção
A produção de tomate é feita a custos elevadíssimos devido à necessidade de altas
dosagens de adubação, irrigações pesadas, controle semanal de doenças e pragas, e do
grande
número de mão-de-obra exigente para a realização dos tratos culturais e da colheita manual
(MINAME, 1989).
Segundo HOFFMANN (1980), para fins de Análise Econômica, o termo “custo”
significa a compensação que os donos dos fatores de produção, utilizados por uma firma
para
produzir determinado bem, devem receber para que eles continuem fornecendo esses
fatores à
mesma.
O custo operacional compõe-se de todos os itens de custo considerados variáveis (ou
despesas) representados pelos dispêndios em dinheiro, em mão-de-obra, sementes,
fertilizantes,
defensivos, combustível, reparos, alimentação, vacinas, medicamentos e juros bancários.
Adiciona-se aos itens acima a parcela dos custos fixos representados pela depreciação dos
bens
duráveis empregados no processo produtivo e pelo valor da mão-de-obra familiar, que
apesar de
não remunerada realiza serviços básicos imprescindíveis ao desenvolvimento da atividade.
Além
desses, são apropriados ao custo operacional os impostos e taxas, que apesar de serem
custos
fixos estão associados à produção (MATSUNAGA, 1976).
As determinações dos custos são feitas com várias finalidades. Para o agricultor servem
como elemento auxiliar de sua administração na escolha das culturas, criações e das
práticas a
8
serem utilizadas. Para o governo e entidades de classe, fornecem subsídios à formulação de
sua
política agrícola. Essa política pode referir-se à fixação de preços para efeito do
tabelamento, ao
cálculo das necessidades de crédito, à orientação dos trabalhos de assistência técnica à
produção
e à fixação de preços mínimos (HOFFMANN,1980).
De acordo com HOFFMANN (1980), os dados necessários para a determinação dos
custos devem ser coletados preferivelmente a partir dos registros financeiros e físicos da
propriedade. Todavia, a grande maioria das propriedades agrícolas do Brasil ainda não
possui
registros físicos, e mesmo a contabilidade financeira, quando existe, nem sempre apresenta
uma
classificação de despesas de modo a facilitar sua utilização. Não havendo registros, pode-
se, de
uma forma evidentemente menos precisa, coletar os dados com o auxílio de questionários
especialmente preparados e preenchidos através de uma entrevista com o responsável pela
exploração.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Materiais
Para a realização desta pesquisa selecionou-se um produtor de tomate localizado no
município de Sumaré, caracterizado por possuir estabelecimento5 produtivo representativo
de
sistemas típicos das regiões compreendidas pelos EDR’s de Campinas e de Mogi Mirim, já
que
estas regiões respondem por aproximadamente 29 % da oferta paulista do produto (Figura
1).
Utilizou-se para as entrevistas com o produtor um questionário previamente elaborado,
conforme descreve a metodologia deste relatório. Para a realização destas entrevistas e dos
levantamentos dos tempos de trabalho foi também utilizado o seguinte material: caderno,
lápis e
borracha; cronômetro; máquina fotográfica digital e calculadora.
As fontes bibliográficas desta pesquisa constituíram-se de artigos técnico-científicos
publicados em revistas especializadas e em anais de eventos, matérias de divulgação em
jornais
e revistas, livros e bases de Internet.
3.2 Metodologia
Neste trabalho, as matrizes de coeficientes técnicos de produção de tomate de mesa
foram construídas segundo a metodologia desenvolvida pelo IEA (Instituto de Economia
5 Definidopelo IBGE, nos Censos Agropecuários, como sendo “todo terreno de área contínua, independente
do
tamanho ou situação (urbana ou rural), formado de uma ou mais parcelas, subordinado a um único
produtor, onde
se processasse uma exploração agropecuária” (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍTICA,
1995/96).
9
Agrícola), que envolve duas fases, conforme proposto por MELLO Coord (2000:49) 6:
Inicialmente elaborou-se um questionário com questões abertas e fechadas obedecendo a
uma estrutura lógica baseada fundamentalmente na progressividade, coerência, ordenação
lógica
e linguagens usuais, cujo conjunto de variáveis consideradas contemplou os seguintes
tópicos:
− Montagem da infra-estrutura: cômputo das horas de trabalho da mão-de-obra e de
máquinas e equipamentos em tarefas que permitiram a implantação da cultura, como
desmanche de terraços da lavoura anterior; retirada e transporte de mourões da safra
anterior
de tomate; montagem da rede de irrigação e para pulverização de agroquímicos; construção
dos “ranchos” para pré-seleção do produto no campo e de banheiros temporários para os
trabalhadores;
− Preparo do solo: descrição das operações de subsolagem, gradagem, sistematização do
terreno, escarificação, riscação, distribuição de calcário e demarcação das quadras, segundo
o
tipo e potência das máquinas, equipamentos e implementos, especificando as horas de
trabalho
mecânico e humano;
− Tratos culturais: somatória das horas dedicadas às práticas definidas segundo a
ordenação lógica de sua ocorrência ao longo do processo produtivo (aplicação de
herbicidas,
adubação de plantio, plantio das mudas, amontoa, tutoramento, amarração, desbrota,
irrigação,
adubação de cobertura e aplicação de agrotóxicos), sendo caracterizadas também segundo o
tipo e potência do maquinário e implementos utilizados e mão-de-obra requerida;
− Colheita e pós-colheita: mensuração das horas de trabalho humano demandas por estas
tarefas no campo, e
− Material utilizado na produção: lista de todos os insumos e respectivas quantidades
usadas nos processos de plantio à pós-colheita.
A partir deste questionário realizou-se entrevista individual com o produtor de tomate de
mesa selecionado. Com o objetivo de obter informações precisas em relação ao tempo gasto
pelos trabalhadores para a realização das diversas atividades que a cultura do tomate exige,
passou-se a acompanhar uma lavoura desde o transplante das mudas até a colheita, no
período
de agosto a dezembro de 2004 (Safra das Águas). Junto à propriedade, situada no município
de
Sumaré/SP, foram realizadas nove visitas a campo, nas quais foram cronometrados os
tempos
que os trabalhadores gastavam para a realização das diferentes tarefas agrícolas. Os tempos
foram cronometrados três vezes para cada tarefa, sendo estas referentes ao transplantes de
mudas, tratos culturais, colheita e pós colheita. Os dados apresentados neste relatório
referem-se
6 Asmatrizes de coeficientes técnicos são formadas, na realidade, por duas planilhas distintas. Uma relativa às
operações realizadas e cujos valores são expressos em horas de trabalho seja da mão-de-obra (comum e
especializada) ou do uso de máquinas, equipamentos e implementos. A outra planilha dá conta do material
usado na
produção, colheita e pós-colheita, discriminando as especificações e as quantidades consumidas.
10
à média aritmética dos tempos das respectivas tarefas.
Com a finalidade de obter uma outra matriz dos coeficientes técnicos, correspondente à
Safra da Seca, acompanhou-se o mesmo produtor no período de janeiro a junho de 2005.
Para
isso realizou-se 6 visitas de campo e mais uma entrevista com o agrônomo responsável pela
lavoura. Assim tornou-se possível realizar comparações quanto ao tempo das operações e
aos
materiais utilizados entre as safras.
Durante essas visitas de campo foram registradas pelo pesquisador, num diário de
campo, observações relacionadas aos recursos físicos, condições de trabalho dos
trabalhadores,
o uso de técnicas agrícolas, aspecto em geral da lavoura, etc. Estas observações compõem
também este relatório.
Por fim, realizou-se o cálculo dos custos de produção e colheita referente à Safra das
Águas e a Safra da Seca. Os custos apresentados neste relatório referem-se aos custos
operacionais, descrito por MATSUNAGA (1976). Para isso realizou-se o levantamento das
despesas com insumos, serviços, mão-de-obra contratada, mão-de-obra temporária, reparos
e
depreciação dos equipamentos agrícolas, a partir de informações fornecidas pelo produtor.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Observações Qualitativas – Diário de Campo do Pesquisador
A cultura de tomate envarado é fortemente demandante de mão-de-obra, pois esse
cultivo necessita de diversos tratos culturais, pulverizações e colheita manual. Durante as
visitas
na lavoura de tomate, observou-se a maneira como eram realizadas as atividades de campo.
As
principais observações foram descritas abaixo.
Após a montagem da infra-estrutura da lavoura e preparo do solo, inicia-se o transplantio
de mudas. Essa atividade dividi-se em três fases: covear, colocar a muda e jogar terra. A
cova é
feita utilizando-se um instrumento de madeira que fura o solo e marca o local da próxima
cova,
obedecendo a um espaçamento de 50 cm entre plantas. Observou-se que no transplantio de
mudas há um gasto extra de tempo (40 seg) a cada 80 plantas devido às interrupções que
ocorrem para buscar outra bandeja de mudas, já que cada bandeja contém 200 mudas de
tomate.
Para 10.000 pés, esse tempo resulta em 1 hora e vinte minutos. Os trabalhadores param para
descansar em média 2 min a cada fileira (80 covas).
Depois do transplantio, inicia-se a fase de tutoramento da planta. O tutoramento consiste
na colocação de um tutor (estaca), que vai servir de sustentação para a planta e garantir seu
desenvolvimento axial. Primeiro colocam-se as cruzetas que ajudarão na sustentação das
estaca.
As cruzetas são duas estacas de bambu cruzadas colocadas a cada dez plantas, e que serão
posteriormente amarradas por um arame e ligadas às estacas de cada planta. Para a
colocação
11
das cruzetas é preciso furar o solo, colocar a cruzeta, amarrar e esticar o arame. Essa tarefa
é
feita no sentido perpendicular às linhas das plantas, e como a maioria dos terrenos não são
totalmente retangulares é preciso colocar uma fita no chão para que os trabalhadores façam
os
furos no local certo seguindo uma reta de acordo com o formato do terreno.
A tarefa “erguer leira”, ou seja, jogar terra próximo à planta, serve para garantir a
sustentação da planta quando ela ainda está pequena. Durante essa operação, aproveita-se
para
colocar adubo nas proximidades da base da planta antes de jogar a terra propriamente dita.
Essa
tarefa contribui para abrir o acerto dos terrenos entre as linhas da plantação, o que ajuda na
passagem dos trabalhadores para a realização das próximas tarefas assim como a prática da
irrigação por sulco.
A colocação de estacas é realizada logo após o “erguer leira”. A estaca, por ser mais fina,
é fincada diretamente no solo e essa tarefa é facilitada quando o solo está úmido. Há um
gasto
de tempo para o trabalhador buscar as estacas no final de cada fileira que dura em média 1
min.
Após a colocação das estacas é amarrado um arame unindo-as entre si e estas às cruzetas e
aos
mourões que ficam no final de cada fileira. Finalmente o arame é esticado garantindo a boa
sustentação de todo o sistema (cruzetas, estacas e mourões).
A aplicação de agrotóxicos é realizada em média duas vezes por semana desde o
transplantio da muda até a colheita do produto, com a finalidade de controlar as pragas e
doenças. Os trabalhadores aplicam os agrotóxicos com um equipamento formado por uma
mangueira com um bico injetor numa extremidade que é acionado pelo trabalhador no
momento
de pulverização das planta. Essa mangueira está conectada a uma canalização pela qual os
agrotóxicos são distribuídos, por gravidade ou bombeamento com uso de um trator, para
toda a
lavoura a partir de um tanque. Para a realização dessa tarefa os trabalhadores utilizam
equipamentos de proteção individual (IPI’s) como luvas, respirador, viseira, touca árabe,
calça,
blusa, avental e bota. No entanto, observou-se que enquanto um trabalhador está
pulverizando
outro trabalhador permanece na lavoura realizando outra atividade sem se proteger dos
agroquímicos. Isso identifica uma falta de conscientização ou displicência de alguns
trabalhadores em relação ao perigo que os defensivos causam para a saúde.
Ainda são aplicados outros agroquímicos, como os fungicidas, porém essa prática
ocorre, em geral, apenas duas vezes enquanto a planta ainda é pequena. Para aplicação dos
fungicidas é preciso ser feito um furo a 5 cm do pé do tomateiro, onde depois é colocado o
produto.
O amarrio consiste na amarração da planta à estaca utilizando-se para tanto uma fita
plástica. Esta tarefa é realizada durante toda a fase de desenvolvimento da planta. O
primeiro
amarrio é feito após um mês do transplantio quando a planta ainda está bem pequena, sendo
essa
12
uma das tarefas que mais exige esforço físico do trabalhador, já que este permanece em
postura
agachada, portanto bastante desconfortável, durante todo o tempo de trabalho. Juntamente
com o
amarrio faz-se a desbrota, que consiste na retirada de ramificações laterais que não
produzem
frutos. Em uma safra realizam-se em média cinco amarrios e desbrotas. Quando a planta
atinge
uma altura de 1,80 m faz-se o corte em seu ramo principal evitando assim que ela continue
crescendo. Observou-se que durante a realização do amarrio e da desbrota os trabalhadores
não
utilizam luvas para se protegerem dos agroquímicos presentes na plantas.
A colheita inicia-se, em média, após 70 dias do transplantio e tem duração de 45 a 60
dias dependendo da época da safra. Geralmente a safra de inverno (60 dias) é mais
duradoura
que a safra de verão (45 dias), pois as temperaturas mais altas favorecem o amadurecimento
dos
frutos. As primeiras colheitas exigem que os trabalhadores permaneçam em condições
penosas
de trabalho, já que os frutos maduros dessa época encontram-se na parte mais baixa da
planta
(Figura 2). Os tomates adequados para colher devem apresentar um tamanho ideal para
consumo
e coloração pouco avermelhada ou ainda verde, pois irá amadurecer até chegar ao
consumidor.
A “boa colheita” refere-se à época em que existe um maior número de tomates maduros e
ocorre
em torno de 15 dias após a primeira colheita. Geralmente contrata-se maior número de
mão-deobra
para essa época.
Figura 2. Colheita do Tomate de Mesa.
Fonte: Dados da Pesquisa (2004)
Na colheita os tomates são colocados em um cesto (figura 3a), no qual os trabalhadores
jogam os frutos de uma altura inadequada, correspondente a aproximadamente a distância
entre
o chão e seu braço em posição de descanso, e depois os despejam em um carrinho (figura
3b),
no qual o produto é levado até o rancho. Observou-se um inadequado manuseio dos frutos
no
campo, pois os tomates sofrem grandes impactos e ainda são colocados um sobre os outros
em
grande quantidade nas caixas, o que provoca injúrias aos frutos e compromete sua
qualidade.
Apenas alguns trabalhadores utilizam luvas para colher os frutos. As luvas e os cestos são
usados em mais que uma safra e por isso apresentam-se sujos.
13
(a) (b)
Figura 3. Cesta utilizada na colheita (a) e Carrinho que transporta os frutos até o
rancho
(b) na Lavoura de Tomate de Mesa.
Fonte: Dados da Pesquisa (2004)
Depois da colheita, os frutos passam por uma pré-seleção realizado no rancho que fica
no campo de produção (figura 4). Essa pré-seleção envolve um ciclo de tarefas: primeiro
colocam-se os tomates em uma bancada e retiram-se os frutos podres e danificados, depois
os
trabalhadores selecionam os frutos manualmente segundo sua cor e tamanho e os colocam
em
caixas plásticas fornecidas pelo comprador, e, finalmente essas caixas são empilhadas e
colocadas no caminhão transportador. Observou-se que a quantidade de tomate colocado
nas
caixas geralmente excede a altura máxima da caixa o que implica em perdas por
esmagamento
dos frutos durante o empilhamento. No rancho os trabalhadores não utilizam luvas para
manusear os frutos, e durante a seleção, os frutos são jogados nas caixas, levando ao
aumento do
número de injúrias. De acordo com FERREIRA et. al. (2004), o inadequado manuseio do
tomate
durante sua produção e colheita causa danos físicos aos produtos, comprometendo sua
qualidade
final e levando ao aumento das perdas.
Figura 4. Pré Seleção e Classificação realizada na lavoura de Tomate de Mesa.
Fonte: Dados da Pesquisa (2004)
14
4.2 As Matrizes dos Coeficientes Técnicos
O produtor pesquisado é proprietário de um imóvel rural de 480ha localizado na divisa
entre os municípios de Sumaré e Monte Mor (EDR-Campinas). Os dados apresentados
neste
trabalho referem-se a um estabelecimento que, na época da Safra das Águas, era formado
por
70ha (40ha terras próprias e 30ha arrendados de terceiros) e na época da Safra da Seca por
66ha
(24ha terras próprias e 42ha arrendado de terceiros). Este produtor possuía um nível
tecnológico
superior à média regional e estadual, cujas práticas discriminantes desta condição referiam-
se à
gestão da lavoura realizada por um membro da família e por um agrônomo, à prática do
controle
integrado de insetos e microorganismos patogênicos com assistência técnica de uma
empresa
especializada, e ao uso de irrigação pelo sistema de gotejamento. Este produtor contratou,
para
as safras pesquisadas, trabalhadores permanentes e temporários cujos salários eram
complementados com uma parcela de participação nos lucros calculada com a base na
renda
bruta, custos diretos de produção e demais custos indiretos.
A produção da Safra das Águas contava com 250.000 pés de tomate, cuja área de
produção era de 20 ha. Já a Safra da Seca tinha uma área de 17 ha (212.500 pés). A Safra
das
Águas apresentou uma produtividade média de 3.616,3 caixas 23Kg/ha, enquanto que na
Safra
da Seca foi de 3.991,5 caixas 23Kg/ha.
4.2.1 Coeficientes Técnicos das Operações Agrícolas
Nas tabelas 1 e 2 apresentam-se as matrizes dos coeficientes técnicos relativas as
operações agrícolas da Safra das Águas – SA (Ago-Dez/2004) e da Safra da Seca - SS (Jan-
Jun/2005) respectivamente.
Analisando comparativamente as tabelas 1 e 2 verifica-se que a Safra da Seca demandou
cerca de 30% a mais de mão-de-obra comum (2.303,70horas/10.000pés) que a Safra das
Águas
(1.782,60horas/10.000pés), enquanto que a mão-de-obra tratorista das duas safras
apresentaramse
bem próximas uma da outra, sendo 122,13 horas/10.000pés para a Safra da Seca e 128,96
horas/10.000pés para a Safra das Águas.
O principal fator que contribuiu para essa considerável diferença de horas de serviço de
mão-de-obra comum entre as duas safras foi que a Safra da Seca, caracterizada por possuir
uma
colheita mais prolongada (60 dias), utilizou 590 horas de mão-de-obra comum para a
colheita e
720 horas para a seleção e classificação do produto no campo, enquanto que a Safra das
Águas
(45 dias) utilizou 385 horas para a colheita e 576 horas para a seleção e classificação do
produto.
As tarefas como irrigação e aplicação de agrotóxicos também contribuíram para esse
resultado,
pois observa-se que a Safra da Seca utilizou 133% a mais de horas para a irrigação que a
Safra
15
das águas, e 11,5% a mais de horas para aplicação de agrotóxicos. Esse maior tempo de
irrigação que a Safra da Seca apresentou ocorreu devido ao fato de ser característico dessa
safra,
como o próprio nome diz, o baixo índice de pluviosidade na fase crítica do amadurecimento
e
colheita dos produtos.
Na figura 5 apresentam-se o total de tempo gasto nas principais tarefas realizadas pelos
trabalhadores manualmente na produção de tomate. Pode-se observar que, tanto para a
Safra das
Águas quanto para a da Seca, as tarefas que mais utilizaram mão-de-obra comum foram o
tutoramento, amarrio e desbrota, colheita e seleção e classificação dos produtos.
0 150 300 450 600 750 900
Adubação
Transplantio e amontoa
Tutoramento, amarração e desbrota
Irrigação
Aplicação de Agrotóxicos
Colheita
Seleção e Classificação
Safra da Seca
Safra das Águas
Figura 5. Total de Horas utilizados nas principais operações realizadas por mão-de-obra
comum na Safra das Águas e na Safra da Seca de Tomate de Mesa, EDR-Campinas,
10.000pés,
2004/2005.
Dentre os equipamentos utilizados para as diversas operações, observa-se pelo gráfico da
figura 6, que os equipamentos mais utilizados em ambas as safras foram o pulverizador
“glas”tanque (2.000L), a moto-bomba (120cv) e o trator (180cv). O uso intensivo desses
equipamentos ocorreram diversas vezes durante todo o processo de desenvolvimento da
planta,
sejam o trator e o “Glas”tanque para a aplicação de agrotóxicos, seja a moto-bomba
utilizada
para a irrigação. Na Safra das Águas, a motobomba foi responsável por 28% do total de
horas de
serviço dos equipamentos. Já na Safra da Seca esse valor corresponde a 48%, devido ao
maior
número de irrigações realizadas nessa safra.
16
0 30 60 90 120 150 180 210
Trato r (80cv)
Trato r (100cv)
Trato r (140cv)
Trato r (160cv)
Subs o lado r
Grade
P laina
Es carificado r
Ris cado r
Carregado ra
P ulve riza do r de ba rra
P ulve riza do r 'Gla s 'tanque
Mo to boma (120cv)
Carreta
Caminhão
Total de Horas
Safra da Seca
Safra das Águas
Figura 6. Total de Horas utilizados pelos equipamentos na Safra das Águas e na Safra da
Seca de Tomate de Mesa, EDR-Campinas, 10.000pés, 2004/2005.
.
17
Tabela 1. Coeficientes Técnicos da Cultura do Tomate de Mesa, EDR-Campinas, 10.000 pés, Safra das
Águas (Ago-Dez/2004). Operações Agrícolas (em hora de serviço).
Mão-de-Obra Máquinas e implementos
Trator
Operação Comum
Tratorista/
Motorista 80 cv 100 cv 140 cv 160 cv
Subsolador
Grade Plaina
Escarificador
Riscador
Carregadora
Pulverizador
de
barra
“Glas”
tanque
Motobomba
(120 cv)
Carreta
(4t)
Caminhão
pesado
1. Montagem da infra-estrutura
Desmanche terraços da lavoura anterior - 0,50 - 0,50 - - - - - - - - - - - - -
Retirada e transporte de mourões/estacas 24,00 12,00 - 12,00 - - - - - - - - - - - - 12,00
Distribuição e colocação dos mourões 40,00 4,00 - - - - - - - - - - - - - - 4,00
Montagem do encanamento de irrigação 8,60 0,40 0,40 - - - - - - - - - - - - 0,40 -
Montagem da rede de pulverização 4,00 0,10 0,10 - - - - - - - - - - - - 0,10 -
Construção do "rancho" 32,00 0,04 0,04 - - - - - - - - - - - - 0,04 -
Construção de banheiro 2,00 0,02 0,02 - - - - - - - - - - - - 0,02 -
2. Preparo do solo -
Subsolagem - 2,00 - - - 2,00 2,00 - - - - - - - - - -
Gradagem (2x) - 8,40 - - 8,40 - - 8,40 - - - - - - - - -
Sistematização do terreno - 0,50 - 0,50 - - - - 0,50 - - - - - - -
Escarificação - 1,50 - - - 1,50 - - - 1,50 - - - - - -
Riscação - 1,50 - 1,50 - - - - - - 1,50 - - - - -
Distribuição de calcário - 1,00 1,00 - - - - - - - - 1,00 - - - -
Demarcação de quadra 2,00 - - - - - - - - - - - - - - -
3. Tratos culturais -
Aplicação de herbicidas (pré-emergente) - 4,00 4,00 - - - - - - - - - 4,00 - - - -
Aplicação de herbicidas (pós-plantio) 3,00 - - - - - - - - - - - - 3,00 - - -
Adubação mineral e orgânica 48,00 3,00 1,00 - - - - - - - - - - - - 1,00 2,00
Coveamento, plantio das mudas e
amontoa 60,00 - - - - - - - - - - - - - - - -
Tutoramento, amarração e desbrota (6x) 420,00 - - - - - - - - - - - - - - - -
Irrigação por gotejamento(33x) 33,00 - - - - - - - - - - - - - 99,00 - -
Adubação de cobertura (15x) 15,00 - - - - - - - - - - - - - - - -
Aplicação de agrotóxicos (30x) 130,00 90,00 90,00 - - - - - - - - - - 90,00 - - -
4. Colheita e pós-colheita -
Colheita manual 385,00 - - - - - - - - - - - - - - - -
Seleção e classificação do produto no
campo 576,00 - - - - - - - - - - - - - - - -
Total de Horas 1.782,60 128,96 96,54 14,50 8,40 3,50 2,00 8,40 0,50 1,50 1,50 1,00 4,00 93,00 99,00 1,56 18,00
Fonte: Dados da Pesquisa (2004).
18
Tabela 2. Coeficientes Técnicos da Cultura do Tomate de Mesa, EDR-Campinas, 10.000 pés, Safra da
Seca (Jan-Jun/2005). Operações Agrícolas (em hora de serviço).
Mão-de-Obra Máquinas e implementos
Trator
Operação Comum
Tratorista/
Motorista 80 cv 100 cv 140 cv 160 cv
Subsolador
Grade Plaina
Escarificador
Riscador
Carregadora
Pulverizador
de
barra
“Glas”
tanque
Motobomba
(120 cv)
Carreta
(4t)
Caminhão
pesado
1. Montagem da infra-estrutura
Desmanche terraços da lavoura anterior - 1,50 - 1,50 - - - - - - - - - - - - -
Retirada e transporte de mourões/estacas 20,00 10,00 - 10,00 - - - - - - - - - - - - 10,00
Distribuição e colocação dos mourões 48,00 4,80 - - - - - - - - - - - - - - 4,80
Montagem do encanamento de irrigação 8,00 0,37 0,37 - - - - - - - - - - - - 0,37 -
Montagem da rede de pulverização 10,00 0,25 0,25 - - - - - - - - - - - - 0,25 -
Construção do "rancho" 40,00 0,05 0,05 - - - - - - - - - - - - 0,05 -
Construção de banheiro 6,00 0,06 0,06 - - - - - - - - - - - - 0,06 -
2. Preparo do solo
Subsolagem - 1,00 - - - 1,00 1,00 - - - - - - - - - -
Gradagem (2x) - 1,50 - - 1,50 - - 1,50 - - - - - - - - -
Sistematização do terreno - 0,60 - 0,60 - - - - 0,60 - - - - - - -
Escarificação - 0,90 - - - 0,90 - - - 0,90 - - - - - -
Riscação - 0,60 - 0,60 - - - - - - 0,60 - - - - -
Distribuição de calcário - 0,50 0,50 - - - - - - - - 0,50 - - - -
Demarcação de quadra 1,70 - - - - - - - - - - - - - - -
3. Tratos culturais
Aplicação de herbicidas (pré-emergente) - 4,00 4,00 - - - - - - - - - 4,00 - - - -
Aplicação de herbicidas (pós-plantio) 3,00 - - - - - - - - - - - - 3,00 - - -
Adubação mineral e orgânica 50,00 1,00 1,00 - - - - - - - - - - - - 1,00 2,00
Coveamento, plantio das mudas e amontoa 90,00 - - - - - - - - - - - - - - - -
Tutoramento, amarração e desbrota (6x) 480,00 - - - - - - - - - - - - - - - -
Irrigação por gotejamento (77x) 77,00 - - - - - - - - - - - - - 231,00 - -
Adubação de cobertura (15x) 15,00 - - - - - - - - - - - - - - - -
Aplicação de agrotóxicos (45x) 145,00 95,00 95,00 - - - - - - - - - - 95,00 - - -
4. Colheita e pós-colheita
Colheita manual 590,00 - - - - - - - - - - - - - - - -
Seleção e classificação do produto no campo 720,00 - - - - - - - - - - - - - - - -
Total de Horas 2.303,70 122,13 101,23 12,70 1,50 1,90 1,00 1,50 0,60 0,90 0,60 0,50 4,00 97,00 231,00 1,73 16,80
Fonte: Dados da Pesquisa (2005).
4.2.2 Coeficientes Técnicos de Material Utilizado
Nas tabelas 3 e 4 apresentam-se as matrizes dos coeficientes técnicos relativas aos
materiais utilizados na Safra das Águas e na Safra da Seca, respectivamente. Essas tabelas
mostram a quantidade total dos principais insumos utilizados pelas safras pesquisadas. As
especificações da quantidade e tipo de insumos com seus respectivos preços, assim como
especificações de outras despesas, são apresentadas detalhadamente no Anexo 1.
Verifica-se, pela análise das citadas tabelas, que a produção de tomate de ambas as safras
exigiu uma grande quantidade e variedade de insumos como sementes, fertilizantes,
adubos,
inseticidas, fungicidas, herbicidas, combustível e lubrificantes. Dentre os materiais
utilizados,
destaca-se a grande quantidade de composto orgânico, sobretudo na Safra das Águas cujo
consumo foi de 4.087 t contra 3.906 t na Safra da Seca.
Tabela 3. Coeficientes Técnicos da Cultura do Tomate de Mesa, EDR-Campinas, 10.000 pés,
Safra
das Águas (Ago-Dez/2004). (Material Utilizado).
Material utilizado Unidade Quantidade
Sementes Envelope 12,52
Calcário t 2,40
Fertilizantes KLg 410,,4004
Composto Orgânico t 4.087,28
Adubo t 8,02
Adubo Foliar KLg 3511,,2512
Inseticida KLg 2725,,9042
Fungicida KLg 1638,,6502
Herbicida KLg 10,,0384
Combustível e Lubrificantes L 226,64
Fonte: Dados da Pesquisa (2004).
20
Tabela 4. Coeficientes Técnicos da Cultura do Tomate de Mesa, EDR-Campinas, 10.000 pés,
Safra
da Seca (Jan-Jun/2005). (Material Utilizado).
Material utilizado Unidade Quantidade
Sementes Envelope 11,59
Calcário t 1,88
Fertilizantes KLg 124,,0127
Composto Orgânico t 3.905,88
Adubo t 23,53
Adubo Foliar KLg 2271,,1117
Inseticida KLg 2451,,3503
Fungicida KLg 12369,,0301
Herbicida KLg 120,,0109
Combustível e Lubrificantes L 321,03
Fonte: Dados da Pesquisa (2005).
Para fins de análise comparativa, apresenta-se na figura 7 o total das despesas gastas com
os principais insumos utilizados nas safras pesquisadas. Verifica-se que os maiores gastos,
em
ambas as safras, referem-se a compra de sementes, adubo e inseticida. A Safra das Águas
apresentou uma despesa maior para a compra dos diversos tipos de inseticidas. Já a Safra da
Seca apresentou um gasto maior com adubos. Em relação aos demais insumos, pode-se
dizer
que as duas safras apresentaram custos bem próximos uma da outra.
0
1000
2000
3000
4000
5000
Sementes
Calcário
Fertilizantes
Comp.
Orgânico
Adubo
Adubo Foliar
Inseticida
Fungicida
Herbicida
Combustível
R$
Safra das Águas
Safra da Seca
Figura 7. Total de despesas com os principais insumos utilizados na Safra das Águas e
na Safra da Seca de Tomate de Mesa, EDR-Campinas, 10.000pés, 2004/2005.
21
4.2.3 Tempos Gastos nas Operações Agrícolas: Comparações entre as Safras da Seca
de
2004 e 2005.
A tabela 5 refere-se aos tempos gastos nas principais tarefas realizadas por mão-de-obra
comum para a Safra da Seca de 2004 (Jan-Jun/04) e para a Safra da Seca de 2005 (Jan-
Jun/05).
Os dados apresentados na safra de 2004 foram obtidos a partir de declaração do produtor e
na
safra de 2005 a partir de levantamento realizado pelo pesquisador.
Tabela 5. Tempo de trabalho humano para a realização das tarefas agrícolas das Safras
da Seca de 2004 e 2005.
Tarefas
2004
(horas)
2005
(horas)
Coveamento, plantio de mudas e amontoa 50,0 90,0
Turoramento, amarrio e desbrota 240,0 480,0
Aplicação de Agrotóxicos 308,0 145,0
Colheita Manual 720,0 590,0
Seleção e Classificação 432,0 720,0
Fonte: Dados de Pesquisa (2004 e 2005).
Por se tratar de duas safras realizadas em um mesmo período do ano (Jan-Jun), as tarefas
descritas na tabela 5 deveriam apresentar dados bem próximos quanto ao tempo de
trabalho.
No entanto, observa-se uma diferença nos resultados apresentados entre as safras. Nos
dados
da safra levantada pelo pesquisador, as tarefas como coveamento, plantio de mudas e
amontoa
apresentaram cerca de 55% a mais de tempo gasto que os dados da safra declarado pelo
produtor. O mesmo ocorreu em relação à realização do tutoramento, amarrio e desbrota só
que
na proporção do dobro de horas. Nas tarefas como aplicação de agrotóxicos e colheita
manual
a situação se inverte, verificando-se que a safra de 2004 (valores declarados) apresentou
cerca
de 47% e 82% a mais de horas que a safra de 2005 (valores mensurados).
Algumas hipóteses podem ser levantadas para explicar as significativas diferenças
encontradas entre o registro das horas de trabalho declarado pelo produtor e a
cronometragem
em campo. Uma explicação reside no fato do trabalhador, ao saber que está sendo
observado,
realiza suas tarefas de maneira diferente da usual. Por outro lado, há também a
possibilidade
do produtor contar com sistema falho no que diz respeito ao registro das operações
realizadas
em campo apesar deste produtor ser caracterizado por obter um controle administrativo da
sua
produção agrícola.
4.3 Custos
Para o cálculo dos custos de produção e colheita, consideraram-se os custos operacionais
das safras, segundo metodologia de MATSUNAGA (1976). Desconsiderou-se para fins de
22
cálculo do custo a remuneração do produtor rural tendo em vista que ele dedica-se a
inúmeras
atividades, ficando difícil atribuir uma remuneração específica para o tomate e mesa.
Também
foram desconsideradas as despesas com arrendamento da terra, taxas e juros bancários.
Na tabela 6 apresentam-se os custos com insumos, equipamentos, mão-de-obra e outros
serviços assim como o custo total da produção e colheita da Safra das Águas e da Safra da
Seca.
Para o cálculo de reparos e depreciação dos equipamentos, utilizou-se a metodologia
adotada
por MOLIN & MILAN (2002), que define as despesas com reparo e manutenção das
máquinas
e equipamentos como sendo a razão entre o valor de aquisição da máquina e sua vida útil
(R$/hora) multiplicado pelo número de horas do serviço realizado pela máquina. Para
calcular a
depreciação, considerou-se 85 % do valor de aquisição do equipamento e dividiu-se esse
valor
pelo tempo de vida útil (R$/hora) e finalmente multiplicou o resultado pelas horas
trabalhadas.
Tabela 6. Custos de Produção e Colheita de Tomate de Mesa da Safra das Águas e da
Safra da Seca, EDR-Campinas, 10.000pés, 2004/2005.
Custos Safra das Águas
R$
Safra da Seca
R$
Insumos
Sementes 2760,48 2442,69
Calcário 68,64 64,71
Fertilizantes 94,72 214,36
Composto Orgânico 287,14 279,50
Adubo 2747,97 4332,92
Adubo Foliar 1103,61 1486,88
Inseticida 4242,34 2404,13
Fungicida 1418,04 1688,74
Herbicida 252,74 356,12
EPIs 80,50 80,50
Outros 6049,14 6036,38
Total 19105,32 19386,93
Equipamentos
Combustível e Lubrificantes 425,05 527,78
Reparos e Manutenção 813,16 887,67
Depreciação 691,18 754,52
Total 1929,39 2169,97
Mão-de-obra
Mão-de-obra contratada 4560,00 4560,00
Maõ-de-obra temporária 570,00 760,00
Total 5130,00 5320,00
Outras Despesas
Assistência Técnica 159,97 157,32
Transporte externo 165,89 278,06
Outros 38,29 87,29
Total 364,15 522,67
Custo Total 26528,86 27399,57
Fonte: Dados de Pesquisa (2004 e 2005).
23
A Safra das Águas apresentou um total de custo de produção e colheita de R$
33.161,08/ha e a Safra da Seca R$ 34.249,46/ha. Esses valores equivalem a R$ 2,65/planta
e R$
2,74/planta respectivamente. Segundo AGRINUAL (2005), o custo de produção do tomate
de
mesa é de R$ 32.098,00, verifica-se que os valores encontrados para ambas as safras são
bem
próximos da literatura citada.
De acordo com a figura 8, pode-se dizer que as maiores despesas em ambas as safras
foram relacionadas principalmente para compra de insumos como sementes, adubos,
agrotóxicos e outros, representando aproximadamente 72% do total do custo para a Safra
das
Águas e 70% para a Safra da Seca.
Tanto a Safra das Águas como a Safra da Seca tiveram 19% de seu custo total
direcionado para mão-de-obra. A despesa com equipamentos (combustível, reparos e
depreciação) é responsável por 7% do custo total da Safra das Águas e 8% da Safra da
Seca.
(a) (b)
Figura 8. Principais despesas para produção e colheita de tomate de mesa da Safra das
Águas (a) e da Safra da Seca (b), EDR-Campinas, 10.000pés, 2004/2005.
24
5. CONCLUSÃO
Este trabalho atendeu aos objetivos gerais e específicos propostos em seu projeto inicial.
Inicialmente obtive-se as matrizes dos coeficientes técnicos de produção e colheita do
tomate de
mesa, utilizando a metodologia adotada pelo IEA (Instituto de Economia Agrícola), de um
produtor representativo da região de Mogi Mirim e de um produtor representativo da região
de
Campinas, conforme apresentado no relatório parcial. Na segunda etapa da pesquisa,
realizou-se
um levantamento de campo que propiciou obter dados mais próximos do real, com isso
construiu-se as matrizes dos coeficientes técnicos referente à Safra das Águas (Ago-
Dez/2004) e
a Safra da Seca (Jan-Jun/2005) de um mesmo produtor, e ainda, obteve-se os respectivos
custos
de produção e colheita dessas safras.
Dentre as principais diferenças identificadas nas matrizes dos coeficientes técnicos de
operações da Safra das Águas e da Safra da Seca, destaca-se a maior demanda de mão-de-
obra
que a Safra da Seca apresentou. Isso deve-se ao fato da presença de uma colheita mais
prolongada na Safra das Águas, e com isso aumentou-se significativamente o número de
horas
trabalhadas para a realização da irrigação, aplicação de agrotóxicos, colheita e seleção e
classificação do produto. Os equipamentos mais utilizados em ambas as safras foram os
relacionados à irrigação e aplicação de agrotóxicos, uma vez que essas atividades são
realizadas
durante todo o processo produtivo da planta.
Em relação as matrizes dos coeficientes técnicos de material utilizado, as duas safras
apresentaram significativa diferença apenas quanto à quantidade de adubo utilizado. As
principais despesas apresentadas pelas safras foram com a compra de insumos como
agrotóxicos, sementes e adubos, estes que representaram aproximadamente 72% do custo
total
da Safra das Águas e 70% da Safra da Seca.
Conforme proposto pelo relatório parcial, fez-se uma validação dos dados declarados
pelo produtor em relação ao tempo de serviço necessário para a realização das principais
tarefas
manuais, e com isso, evidenciou-se que suas informações eram diferentes dos dados obtidos
em
campo.
De acordo com as observações qualitativas realizadas pelo pesquisador durante as visitas
de campo, o produtor pesquisado apresentou um inadequado manuseio dos frutos após sua
colheita. Muitas vezes os frutos eram submetidos a grandes impactos e eram armazenados
em
cestas e caixas que não recebiam higienização e prejudicavam a superfície do produto.
Além
disso, foram identificadas condições penosas de trabalho e o contato do trabalhador com
agrotóxicos presentes na superfície do fruto devido a não utilização de luvas em diversas
tarefas.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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