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DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA
RECIFE
2007
ii
SERGIO ROMERO DA SILVA XAVIER
RECIFE
2007
iii
SERGIO ROMERO DA SILVA XAVIER
Aprovada em / /
COMISSÃO EXAMINADORA
Prece Árabe
(Traduzido do árabe por Seme Draibe)
Deus, não consintas que eu seja o carrasco que sangra as ovelhas, nem uma ovelha nas mãos
dos algozes.
Meu Deus!
Se me deres a fortuna,
não me tires a felicidade; se me deres a força, não me tires a sensatez;
se me for dado prosperar, permita que eu não perca a modéstia, conservando apenas o orgulho
da dignidade.
Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas, para não enxergar a traição dos adversários,
nem acusá-los com maior severidade do que a mim mesmo.
Ó Deus!
Faze-me sentir que
o perdão é o maior índice da força
e que a vingança é prova de fraqueza.
Se me tirares a fortuna,
deixe-me a esperança.
Se me faltar a beleza da saúde,
conforta-me com a graça da fé.
E quando me ferir a ingratidão
e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma
a força da desculpa e do perdão.
E, finalmente Senhor,
se eu te esquecer, te rogo,
mesmo assim,
nunca te esqueças de mim."
http://www.sonhofeliz.ezdir.net
v
Dedico
vi
AGRADECIMENTOS
Páginas
Páginas
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
Páginas
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
ANEXOS
RESUMO
ABSTRACT
This work represents the first comprehensive contribution to the knowledge of the
pteridophyte flora of Caatinga vegetation (semi-arid region in northeastern Brazil and
northern of Minas Gerais State). With the purpose to collecties and observies the
species, localities along nine thousand kilometers of roads were visited. Samples
deposited in regional herbaria were analised out. A total 12 families, 20 genera and
37 species of pteridophytes were registered: Acrostichum danaeifolium Langsd. &
Fisch., Adiantum deflectens Mart., Anemia ferruginea Kunth, Anemia filiformis (Sav.)
Sw., Anemia hirsuta (L.) Sw., Anemia mirabilis Brade, Anemia oblongifolia (Cav.)
Sw., Anemia pastinacaria Moritz ex Prantl, Anemia tomentosa (Sav.) Sw., Azolla
caroliniana Willd., Azolla filiculoides Lam., Azolla microphylla Kaulf., Blechnum
serrulatum Rich., Cheilanthes eriophora (Fée) Mett., Dicranopteris linearis (Burm. f.)
Underw., Doryopteris concolor (Langsd. & Fisch.) Kuhn, Doryopteris ornithopus
(Mett.) J. Sm., Hemionitis tomentosa (Lam.) Raddi, Isoetes luetzelburgii Weber ex
Luetzelburg, Marsilea ancylopoda A. Braun, Marsilea deflexa A. Braun, Marsilea
minuta L., Marsilea polycarpa Hook. & Grev., Ophioglossum nudicaule L. f.,
Phlebodium decumanum (Willd.) J. Sm., Pityrogramma calomelanos (L.) Link,
Pleopeltis macrocarpa (Bory ex Willd.) Kaulf., Polypodium polypodioides (L.) Watt,
Polypodium triseriale Sw., Salvinia auriculata Aubl., Salvinia minima Baker, Salvinia
oblongifolia Mart., Selaginella convoluta (Arn.) Spring, Selaginella erythropus (Mart.)
Spring, Selaginella sellowii Hieron., Thelypteris interrupta (Willd.) K. Iwats. and
Trachypteris pinnata (Hook. f.) C. Chr. Thirty one new references of species from
several states from Brazil are registered. Notes on geographical distribution,
illustrations of some species and distribution maps of each taxon on the Caatinga
vegetation are provided in the first paper. Observations about ecological aspects,
occurrences classes, threat intensity, economic importance and floristic relationship
with an Atlantic Forest, Amazonic Forest, Cerrado and Chaco are discussed in the
second paper. The similarity among 24 localities in the Caatinga vegetation was also
analysed. The patterns of geographical distribution were disassed in third paper. Five
local patterns were recognized: ample, moderately ample, restricted, very restricted
and disjunct. The species were also classified with relation to the global patterns:
cosmopolite, pantropical, neotropical, restricted to the South America and endemic to
xvi
the Brazil. These patterns were correlated to the phytogeographical provinces
surrounding the Caatinga vegetation. The data presented indicate the presence of a
flora of large geographical amplitude and environmental plasticity, probably
originated from the moist tropical forests. Although most of the species are widely
distributed in Brazil, the high representation of aquatic species and the low index of
epiphytic species, among other characteristics, indicate an own identity of the
pteridoflora of the Caatinga.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 1
1. INTRODUÇÃO GERAL
Englobando tudo que foi registrado até o momento para o Estado do Ceará,
Braga (1951) traz uma relação de 98 espécies distribuídas em 33 gêneros, com
acréscimos de distribuição geográfica e algumas sinonímias.
Andrade-Lima (1969), no seu trabalho sobre as pteridófitas das floras
amazônica e extra-amazônica apresentou 89 espécies encontradas nos Estados do
Maranhão (4 spp.), Piauí, Ceará (6 spp.), Paraíba, Sergipe (1 sp.), Bahia (60 spp.) e
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 5
Pernambuco (11 spp.). O autor também avalia as estratégias de dispersão em certas
espécies, além de contribuir para o conhecimento da flora pteridofítica no Brasil.
5. CAPÍTULOS
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 29
por
Abstract: This paper represents the first comprehensive contribution to the knowledge of
the pteridoflora of Caatinga vegetation (semi-arid region of northeastern Brazil and northern
of Minas Gerais State). A checklist was obtainded based on material from 17 herbaria, field
works and bibliographical survey. Thirty seven species of pteridophytes are enumerated. The
genera treated are Acrostichum L., Adiantum L., Anemia Sw., Azolla Lam., Blechnum L.,
Cheilanthes Sw., Dicranopteris Bernh., Doryopteris J. Sm., Hemionitis L., Isoetes L.,
Marsilea L., Ophioglossum L., Phlebodium (R. Br.) J. Sm., Pityrogramma Link, Pleopeltis
Humb. & Bonpl. ex Willd., Polypodium L., Salvinia Seg., Selaginella PB., Thelypteris
Schmidel and Trachypteris André are presented. Notes on geographical distribution,
illustrations of some species and distribution maps of each taxon on the Caatinga vegetation
are provided. Thirty one new references of species from several states from Brazil are
registered.
Materiais e Métodos
A Caatinga
A denominação Caatinga, de origem indígena, significa Mata Branca, referência ao
aspecto fisionômico de suas vegetações no período de estiagem, onde a maioria das plantas
presentes apresenta aspectos morfofuncionais relacionados às adaptações à deficiência
hídrica, como a perda de folhas e a presença de espinhos (Joly et al. 1994).
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 33
Ocupando basicamente a Região Nordeste do Brasil com algumas áreas ao norte do
Estado de Minas Gerais (Leal et al. 2003), a província da Caatinga (Sensu Cabrera & Willink
1980) abrange aproximadamente uma área equivalente a 10% da superfície território nacional
(Conselho Nacional... 2004), caracterizado em conjunto com o Cerrado, o bioma de savana no
Brasil (Coutinho 2006).
De acordo com a classificação fitogeográfica de Cabrera & Willink (1980), a província
fitogeográfica da Caatinga está inserida no Domínio Chaquenho, que abrange uma área
disjunta formada também pelas províncias Chaquenha (localizada no norte da Argentina,
oeste do Paraguai e sul da Bolívia); do Espinhal, Prepunenha e do Monte (localizadas na
Argentina) e Pampeana (localizada no sul do Brasil, Uruguai e Argentina). Estas províncias
compartilham com a Caatinga as chuvas moderadas e escassas, invernos suaves e verões
muito quentes, além de uma vegetação polimorfa com predomínio de espécies xerófilas e
caducifólias. Formações higrófilas aparecem somente junto a rios ou lagunas.
O clima predominante na Caatinga é o semi-árido, apresentando um regime de chuvas
cuja deficiência hídrica ocorre na maior parte do ano (Menezes & Sampaio 2000). Na
Caatinga, as chuvas, em média, não ultrapassam os 1.000 mm, e em aproximadamente 50%
desta região os índices são inferiores a 750 mm (Nimer 1972). A coincidência entre a linha
que delimita a Caatinga e a isoieta dos 1.000 mm anuais, faz esta província fitogeográfica
estreitamente dependente das condições climáticas, especialmente a pluviosidade.
Distribuição geográfica
As anotações sobre a distribuição geográfica no mundo foram obtidas através de
consulta aos trabalhos de Hirai & Prado (2000), Johnson (1986, 1995), Kramer (1978), Lorea-
Hernández (1995), Mickel (1962), Mickel & Beitel (1988), Missouri Botanical... (2006),
Moran (1995a, 1995b, 1995c, 1995d, 1995e, 1995f, 1995g, 1995h), Moran & Mickel (1995),
Moran & Smith (2001), Moran et al. (1995), Øllgaard (2001a, 2001b), Proctor (1985; 1989),
Salino & Semir (2002), Smith (1981, 1983, 1993, 1995a, 1995b, 1995c, 1995d, 1995e, 1995f,
1995g, 1995h, 1995i), Smith & Lellinger (1995), Somers et al. (1995), Sota (1960, 1966),
Stolze (1976, 1981, 1983), Tryon & Stolze (1989a, 1989b, 1992, 1993, 1994), Wagner
(1995).
As anotações sobre a distribuição geográfica no Brasil foram obtidas através de
consulta aos trabalhos de Alston (1936), Ambrósio & Barros (1997), Andrade-Lima (1969),
Angely (1963), Athayde Filho & Windisch (2003), Athayde Filho et al. (2003), Baker (1870),
Barros et al. (1988, 1989a, 1989b, 2002), Bastos & Cutrim (1999), Behar & Viégas (1992),
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 35
250 35 250 30
Precipitação(mm)
Precipitação(mm)
Temperatura(oC)
Temperatura(oC)
30 25
200 200
25 20
150 20 150
15
100 15 100
10 10
50 50 5
5
0 0 0 0
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
Meses (2000-2002) Meses (2000-2002)
Arcoverde-PE Ouricuri-PE
250 35 250 35
Precipitação(mm)
Precipitação(mm)
Temperatura(oC)
30
Temperatura(oC)
30 200
200
25 25
150 20 150 20
100 15 100 15
10 10
50 50
5 5
0 0 0 0
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
Meses (2000-2002) Meses (2000-2002)
250 35 250 35
Precipitação(mm)
Precipitação(mm)
Temperatura(oC)
30
Temperatura(oC)
200 30
200
25 25
150 20 150 20
100 15 100 15
10 10
50 50
5 5
0 0 0 0
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
Meses (2000-2002) Meses (2000-2002)
Resultados
AZOLLACEAE
1. Azolla caroliniana Willd. Fig. 14A
Azolla caroliniana Willd., 1810, Sp. Pl. 5(1): 541.
Distribuição geográfica - Europa (introduzida), Canadá, Estados Unidos, Grandes Antilhas,
Granada, Trinidad, Tobago, México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Panamá,
Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai, Brasil
(Pará, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul).
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 37
2. Azolla filiculoides Lam. Fig. 14A
Azolla filiculoides Lam., 1783, Encycl. 1(1): 343.
Distribuição geográfica - Austrália (introduzida), Ásia (introduzida), Europa (introduzida),
Zâmbia, Havaí, Estados Unidos, Trinidad, México, Mesoamérica, Colômbia, Venezuela,
Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Chile, Argentina, Uruguai, Brasil (Amazonas, Ceará,
Paraíba, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul).
BLECHNACEAE
4. Blechnum serrulatum Rich. Fig. 14B
Blechnum serrulatum Rich., 1792, Actes Soc. Hist. Nat. Paris 1: 114.
Distribuição geográfica - Austrália, Trópicos do Velho Mundo, Estados Unidos, Antilhas,
México, Mesoamérica, Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai,
Argentina, Brasil (Rondônia, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Mato Grosso, Goiás,
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul).
GLEICHENIACEAE
5. Dicranopteris linearis (Burm. f.) Underw. Figs. 2, 14B
Dicranopteris linearis (Burm. f.) Underw., 1907, Bull. Torrey Bot. Club 34(5): 250.
Distribuição geográfica - Austrália, Nova Zelândia, China, Filipinas, Indonésia, Vietnam,
Burundi, Gabão, Madagascar, Nigéria, Tanzânia, Zâmbia, Caribe, Cuba, Panamá, Peru, Brasil
(Mato Grosso, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina,
Rio Grande do Sul).
ISOETACEAE
6. Isoetes luetzelburgii Weber ex Luetzelburg Fig. 14B
Isoetes luetzelburgii Weber ex Luetzelburg, 1880, Estud. Bot. Nordeste 3: 257.
Distribuição geográfica - Brasil (Paraíba, Pernambuco).
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 38
MARSILEACEAE
7. Marsilea ancylopoda A. Braun Fig. 14C
Marsilea ancylopoda A. Braun, 1864, Monatsber. Konigl. Preuss. Akad. Wiss. Berlin 1863:
434.
Distribuição geográfica - Estados Unidos, Grandes Antilhas, México, Mesoamérica,
Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai, Brasil (Bahia,
Minas Gerais, Rio Grande do Sul).
OPHIOGLOSSACEAE
11. Ophioglossum nudicaule L. f. Fig. 14D
Ophioglossum nudicaule L. f., 1782, Suppl. Pl. 1781: 443.
Distribuição geográfica - Austrália, Ásia Tropical, África, Madagascar, Estados Unidos,
Grandes Antilhas, Hispaniola, Trinidad, México, Belize, Guatemala, Honduras, Nicarágua,
Costa Rica, Panamá, Galápagos, Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívia,
Paraguai, Argentina, Brasil (Amazonas, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná,
São Paulo).
POLYPODIACEAE
12. Phlebodium decumanum (Willd.) J. Sm. Fig. 14D
Phlebodium decumanum (Willd.) J. Sm., 1841, J. Bot. (Hooker) 4: 59.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 39
Distribuição geográfica - Antilhas exceto Cuba, México, Mesoamérica, Galápagos, Colômbia,
Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai, Brasil (Acre,
Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Paraíba, Pernambuco,
Alagoas, Bahia).
PTERIDACEAE
16. Acrostichum danaeifolium Langsd. et Fisch. Fig. 15B
Acrostichum danaeifolium Langsd. et Fisch., 1810, Pl. Voy. Russes Monde 1: 5, pl. 1.
Distribuição geográfica - Estados Unidos, Antilhas, México, Mesoamérica, Colômbia,
Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Brasil (Amazonas, Pará, Mato Grosso,
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 40
Goiás, Ceará, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul).
SALVINIACEAE
24. Salvinia auriculata Aubl. Figs. 8, 16C
Salvinia auriculata Aubl., 1775, Hist. Pl. Guiane 2: 969, pl. 367.
Distribuição geográfica - África, Estados Unidos, Antilhas, México, Mesoamérica, Colômbia,
Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Chile, Argentina, Uruguai, Brasil
(Amazonas, Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Minas
Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul).
SCHIZAEACEAE
27. Anemia ferruginea Humb., Bonpl. et Kunth Fig. 16D
Anemia ferruginea Humb., Bonpl. et Kunth, 1816, Nov. Gen. Sp. (quarto ed.) 1815: 32-33.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 42
Distribuição geográfica - Honduras, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Equador, Peru,
Bolívia, Paraguai, Brasil (Amazonas, Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Sergipe,
Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná).
SELAGINELLACEAE
34. Selaginella convoluta (Arn.) Spring Figs. 11, 12, 17C
Selaginella convoluta (Arn.) Spring, 1840, Fl. Bras. 1(2): 131.
Distribuição geográfica - Grandes Antilhas, Hispaniola, México, Mesoamérica, Colômbia,
Venezuela, Guianas, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai, Brasil (Goiás, Piauí, Ceará,
Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito
Santo, Rio de Janeiro, São Paulo).
THELYPTERIDACEAE
37. Thelypteris interrupta (Willd.) K. Iwats. Fig. 17D
Thelypteris interrupta (Willd.) K. Iwats., 1963, J. Jap. Bot. 38(10): 314.
Distribuição geográfica - Ásia, África, Estados Unidos, Antilhas, México, Guatemala, El
Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas,
Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai, Brasil (Pará, Maranhão, Ceará,
Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São
Paulo).
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 44
Na Caatinga, a grande maioria das espécies de pteridófitas foi registrada em
microhábitats úmidos e sombreados: fendas de rochas, barrancos em áreas sombreadas,
nascentes, lagoas temporárias ou áreas com solos temporariamente alagados. As espécies de
hábitat epifítico são raras, registrando-se apenas a ocorrência de Phlebodium decumanum,
Pleopeltis macrocarpa, Polypodium polypodioides e Polypodium triseriale, vivendo
preferencialmente sobre Syagrus coronata (Mart.) Becc.
Poucas pteridófitas suportam os ambientes mais xéricos na Caatinga, destacando-se
Adiantum deflectens, Anemia filiformis, Doryopteris concolor, Polypodium polypodioides,
Selaginella convoluta e Selaginella sellowii. Excetuando Adiantum deflectens (decídua), as
demais são poiquilohídricas, enrolando suas folhas no período seco e assim protegendo-se
contra dessecação. As espécies aquáticas pertencentes às famílias Azollaceae, Isoetaceae,
Marsileaceae e Salviniaceae também parecem ser bem sucedidas nos ambientes da Caatinga,
sobrevivendo como esporos quando secam as poças d’água.
A maioria das espécies inventariadas neste trabalho apresenta ampla distribuição na
América tropical, evidenciando a capacidade adaptativa da flora pteridofítica ocorrente na
Caatinga.
Conforme observações em campo, bem como em etiquetas de exsicatas, a altitude
parece ser um fator importante para o estabelecimento de muitas espécies na Caatinga, sendo
verificada uma maior riqueza florística a partir dos 400 m. Além disso, regiões de Caatinga
próximas a vegetações mais úmidas, que pertencem à Floresta Atlântica ou ao Cerrado,
também parecem ser favoráveis ao estabelecimento de muitas espécies, justificando a
ocorrência e distribuição desses táxons na Caatinga.
Foram registradas 31 novas referências de pteridófitas, sendo oito novas ocorrências
em Sergipe, seis no Rio Grande do Norte, cinco em Pernambuco, quatro na Bahia, três na
Paraíba e Alagoas e duas no Piauí. São elas: Adiantum deflectens no Rio Grande do Norte e
Bahia; Anemia ferruginea em Pernambuco; Anemia filiformis no Rio Grande do Norte e
Alagoas; Anemia mirabilis na Bahia; Anemia tomentosa no Piauí; Azolla filiculoides na
Paraíba e Pernambuco; Azolla microphylla em Sergipe; Blechnum serrulatum em Alagoas;
Cheilanthes eriophora na Bahia; Dicranopteris linearis em Pernambuco; Doryopteris
concolor no Rio Grande do Norte, Sergipe e Bahia; Hemionitis tomentosa no Piauí e Sergipe;
Isoetes luetzelburgii em Pernambuco; Marsilea deflexa e Marsilea polycarpa em Sergipe;
Ophioglossum nudicaule na Paraíba; Pleopeltis macrocarpa em Sergipe; Polypodium
polypodioides na Paraíba e Alagoas; Salvinia auriculata no Rio Grande do Norte; Salvinia
oblongifolia em Sergipe; Selaginella convoluta no Rio Grande do Norte e Sergipe;
Selaginella erythropus no Rio Grande do Norte e Trachypteris pinnata em Pernambuco.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 45
Os resultados obtidos neste trabalho são pioneiros por preencherem importantes
lacunas de conhecimento sobre a ocorrência e distribuição geográfica das espécies de
pteridófitas e, sobremaneira, por se tratar da flora pteridofítica de uma província
fitogeográfica de clima semi-árido no Brasil.
Agradecimentos
Referências
A lista seguinte contém uma seleção dos espécimes examinados ao longo deste estudo, sendo
que todos estão indicados nos mapas de distribuição das espécies. Os números se referem à
identidade dos espécimes: 1 = Acrostichum danaeifolium, 2 = Adiantum deflectens, 3 = Anemia
ferruginea, 4 = A. filiformis, 5 = A. hirsuta, 6 = A. mirabilis, 7 = A. oblongifolia, 8 = A. pastinacaria
9. = A. tomentosa, 10 = Azolla caroliniana, 11 = A. filiculoides, 12 = A. microphylla, 13 = Blechnum
serrulatum, 14 = Cheilanthes eriophora, 15 = Dicranopteris linearis, 16 = Doryopteris concolor, 17 =
Doryopteris ornithopus, 18 = Hemionitis tomentosa, 19 = Isoetes luetzelburgii, 20 = Marsilea
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 56
ancylopoda, 21 = M. deflexa, 22 = M. minuta 23 = M. polycarpa, 24 = Ophioglossum nudicaule, 25 =
Phlebodium decumanum, 26 = Pityrogramma calomelanos, 27 = Pleopeltis macrocarpa, 28 =
Polypodium polypodioides, 29 = P. triseriale, 30 = Salvinia auriculata, 31 = S. mínima, 32 = S.
oblongifolia, 33 = Selaginella convoluta, 34 = S. erythropus, 35 = S. sellowii, 36 = Thelypteris
interrupta, 37 = Trachypteris pinnata.
Agra 3140 (JPB): 33; Agra et al. 2018 (JPB): 2; Agra et al. 2489 (JPB): 33; Andrade Lima et al. s.n. (IPA): 35;
Andrade-Lima 70-4847 (IPA): 9; Andrade-Lima 71-6326 (IPA): 18; Andrade-Lima 71-6328 (IPA): 28;
Andrade-Lima 71-6373 (IPA): 16; Andrade-Lima 71-6416 (IPA): 4; Andrade-Lima 75-8056 (IPA): 17;
Andrade-Lima et al. (IPA): 33; Andrade-Lima et al. 08-1980 (IPA): 35; Andrade-Lima et al. s.n. (HRB): 14;
Andrade-Lima et al. s.n. (IPA): 10; Andrade-Lima et al. s.n. (IPA): 33; Andrade-Lima et al. s.n. (IPA): 4;
Andrade-Lima et al. s.n. (IPA): 9; Andrade-Lima et al. s.n. (IPA): 9; Andrade-Lima et al. s.n. (IPA): 9; Andrade-
Lima s.n. (PEUFR): 28; Araújo 142 (IPA, PEUFR): 35; Araújo 148 (IPA): 19; Araújo 18 (IPA, PEUFR): 33;
Arbo et al. 7258 (CEPEC): 33; Arbo et al. 7512 (CEPEC): 33; Ataíde et al. 18 (PEUFR): 30; Ataíde et al. s.n.
(IPA): 33; Bandeira 209 (HUEFS): 33; Baracho et al. 752/829 (UFP): 28; Baracho et Siqueira-Filho 04 (UFP):
35; Barbosa et al. 2204 (JPB): 33; Barbosa et al. 2369 (JPB): 33; Barbosa et al. 2702 (JPB): 24; Barbosa s.n.
(JPB): 33; Barreto 16 (UFP): 33; Bauptista 729 (HRB): 4; Bauptista 737 (HRB): 33; Boom et Mori 1055
(CEPEC): 33; Boom et Mori s.n. (CEPEC): 35; Carneiro 165 (ASE): 33; Carneiro 221 (ASE): 32; Carneiro 680
(ASE): 21; Carvalho 01 (PEUFR): 33; Carvalho 02 (PEUFR): 33; Carvalho et al. 1679 (CEPEC): 6; Correia et
al. s.n. (HUEFS): 25; Costa Lima 94 (HRB, IPA): 33; Costa s.n. (HUEFS): 4; Félix et Dornelas 1457 (JPB): 9;
Félix et Dornelas 482 (EAN): 30; Félix et Dornelas 741 (EAN): 4; Félix et Dornelas 742 (EAN, JPB): 2; Félix et
Dornelas 987 (EAN): 5; Félix et Dornelas 997 (EAN): 2; Félix et Dornelas s.n. (JPB): 16; Félix et Dornelas s.n.
(JPB): 33; Félix et Dornelas s.n. (JPB): 33; Fernandes 75 (MOSS): 4; Fernandes et al. (MOSS): 33; Fernandes et
al. 76 (MOSS): 16; Fernandes et Martins s.n. (EAC): 7; Fernandes et Nunes 8867 (UFP): 36; Fernandes s.n.
(EAC): 16; Fernandes s.n. (EAC): 2; Figueiredo 776 (EAC): 4; Figueiredo 889 (EAC): 4; Figueiredo et al. 112
(MOSS): 4; Figueiredo et al. 15 (EAC): 2; Figueiredo et al. 23 (MOSS): 33; Figueiredo s.n. (EAC): 2;
Figueiredo s.n. (EAC): 34; Figueiredo s.n. (EAC): 34; Filho et Alves 75 (UFP): 26; Fonseca 1254 (HUEFS): 5;
Fonseca et al. 496 (ASE): 33; Fonseca s.n. (ASE): 33; França et al. 1827 (HUEFS): 17; França et al. 1850
(HUEFS): 29; França et al. 2372 (HUEFS): 31; França et al. 2738 (HUEFS): 36; França et Melo s.n. (HUEFS):
4; Funch et Funch 1079 (HUEFS): 1; Gadelha Neto et Moreira 300 (JPB): 2; Gomes s.n. (EAC); Grimes s.n.
(CEPEC): 37; Guedes 851 (ALCB, HUEFS): 33; Guedes 852 (HUEFS): 28; Guedes et al. 10820 (ALCB): 4;
Guedes et al. 6995 (ALCB, PEUFR): 33; Guedes et Anjos 11164 (ALCB): 28; Harley et al. 16181 (CEPEC): 33;
Harley et al. 16191 (IPA): 4; Harley et al. 20363 (CEPEC): 35; Harley et al. 25614 (CEPEC): 33; Harley et al.
27130 (CEPEC): 33; Harley et al. 3122 (CEPEC, HUEFS): 4; Harley et al. 3123 (ALCB, HUEFS): 33; Harley et
al. 5123 (CEPEC): 4; Harley et al. s.n. (CEPEC): 14; Harley et al. s.n. (CEPEC): 33; Harley et al. s.n. (HUEFS):
26; Harley et Giullietti 54749 (HUEFS): 37; Hatschbach et al. 75741 (UFP): 33; Heringer et al. 1971 (PEUFR):
4; Heringer et al. 474 (PEUFR): 33; Heringer et al. 642 (PEUFR): 33; Jardim et al. 3439 (UESC): 2; Jesus et al.
1290 (HUEFS): 33; Júnior et al. 01 (ALCB): 2; Júnior et al. 02 (ALCB): 4; Júnior et al. 03 (ALCB): 9; Júnior et
al. 05 (ALCB): 18; Leite 294 (HUEFS): 32; Leite et Nunes s.n. (HUEFS): 20; Leite et Siqueira Filho 34 (UFP):
11; Lewis et Pearson 1073 (CEPEC): 33; Lima 04 (IPA): 33; Lima et al. 76 (JPB): 4; Lima et Magalhães 52-
1062 (PEUFR): 35; Lima-Verde (EAC): 16; Lima-Verde et Barros s.n. (EAC): 16; Lima-Verde s.n. (EAC): 2;
Lima-Verde s.n. (EAC): 2; Lima-Verde s.n. (EAC): 33; Lira et Ferreira s.n. (UFP): 35; Lira et Stavisk 543
(MAC): 33; Lira s.n. (UFP): 33; Lourêncio et al. 718 (PEUFR): 33; Luetzelburg 36-27040 (PEUFR): 8; Lyra-
Lemos et Prado 3725 (MAC): 4; Lyra-Lemos et Prado 3736 (MAC): 18; Lyra-Lemos et Prado 3737 (MAC): 28;
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 57
Marcon 278 (UFP): 33; Marcon et al. 261 (HUEFS): 17; Mariz 10081 (UFP): 16; Mariz s.n. (UFP): 30; Melo
1737 (HUEFS): 20; Melo 1770 (HUEFS): 11; Melo et al. 1390 (HUEFS): 33; Melo et al. 1391 (HUEFS): 35;
Melo et al. 1771 (HUEFS): 30; Melo et al. 2008 (UESC): 36; Melo et al. 3155 (HUEFS): 11; Melo et al. 544
(PEUFR): 33; Melo s.n. (BHCB): 15; Miranda et al. 453 (PEUFR): 5; Miranda et Maranhão 530 (JPB): 16;
Miranda et Marinho 528 (JPB): 4; Miranda et Marinho 529 (JPB): 2; Moraes s.n. (EAN): 9; Moraes s.n. (EAN):
9; Mori et Benton s.n. (CEPEC): 9; Nascimento et al. 44 (HUEFS): 13; Nascimento et al. 64 (HUEFS): 17; Neto
1880 (BHCB): 32; Noblick 3647 (CEPEC, HUEFS): 10; Noblick 3648 (HUEFS): 9; Noblick et Lemos 3579
(CEPEC): 9; Noblick et Lemos 4056 (CEPEC, HUEFS): 10; Noblick et Lemos 4217 (HUEFS): 4; Noblick et
Lemos 4217 (HUEFS): 6; Noblick et Lemos 4224 (HUEFS): 16; Noblick et Lemos s.n. (HUEFS): 18; Noblick et
Lobo 4286 (HUEFS): 18; Noblick et Lobo 4288 (CEPEC): 4; Noblick et Lobo 4339 (HUEFS): 9; Nobrick et
Lemos 4128 (HUEFS): 33; Nonato et al. 786 (HUEFS): 37; Nonato et al. 787 (HUEFS): 9; Nunes et Angélica
s.n. (EAC): 33; Nunes et Figueiredo s.n. (EAC): 16; Nunes s.n. (EAC): 33; Oliveira 1728 (MOSS): 33; Oliveira
1748 (MOSS): 16; Oliveira 176 (MOSS): 33; Oliveira 64 (MOSS): 21; Oliveira et al 1090 (MOSS): 4; Oliveira
et al. 06 (ALCB): 33; Oliveira et al. 1144 (MOSS): 34; Oliveira et al. 1730 (MOSS): 4; Oliveira et al. 1872
(MOSS): 2; Oliveira et al. 952 (MOSS): 30; Oliveira-Filho et Lima 154 (CEPEC): 33; Osmar Borges 06 (HRB):
33; Pacheco et Santos 21 (HUEFS): 32; Paula et al. s.n. (EAC): 30; Paula s.n. (EAC): 30; Paula-Zárate et al. 502
(EAC): 16; Pietrobom et Gomes 4622 (UFP): 28; Pontual 68-685 (PEUFR): 28; Pontual 78-1685 (PEUFR): 32;
Pontual 80-1700 (PEUFR): 22; Pontual s.n. (PEUFR): 33; Pontual s.n. (PEUFR): 3; Pontual s.n. (PEUFR): 4;
Queiroz 5797 (HUEFS): 37; Queiroz 5923 (HUEFS): 33; Queiroz et al. 5713 (HUEFS): 2; Queiroz et al. 7945
(HUEFS): 33; Queiroz et al. 9053 (HUEFS): 33; Rocha et al. 1461 (PEUFR): 16; Rodart 141 (ALCB): 33;
Rodrigues et Lyra-Lemos 1160 (MAC): 13; Salino 3031 (BHCB): 26; Salino 3037 (BHCB): 33; Salino 8011
(BHCB): 30; Salino 8012 (BHCB): 32; Salino 8013 (BHCB): 10; Salino et Gotschalg 3965 (BHCB): 2; Salino et
Gotschalg 3966 (BHCB): 5; Salino et Melo 3627 (BHCB): 36; Salino et Melo 3649 (BHCB): 18; Salino et
Morais 7616 (BHCB): 10; Salino et Stehmann 3330 (BHCB): 37; Salino et Stehmann 3348 (BHCB): 20;
Sarmento 364 (IPA): 6; Sarmento 59-397 (PEUFR): 33; Silva 3 (ALCB): 10; Siqueira-Filho et al. 1566
(HVASF): 7; Siqueira-Filho et al. 1568 (HVASF): 37; Sobrinho s.n. (IPA): 33; Sota 7010 (HUEFS): 32; Sotero
et Novacosque 01 (PEUFR): 35; Sousa 2311 (JPB): 10; Souza 24 (ASE): 18; Souza s.n. (ASE): 12; Souza s.n.
(ASE): 30; Souza s.n. (ASE): 32; Souza s.n. (ASE): 32; Souza s.n. (ASE): 32; Stavisk et Lira s.n. (UFP): 33;
Taylor et al. 1408 (CEPEC): 2; Thomas et al. s.n. (CEPEC): 14; Thomas et al. s.n. (CEPEC): 16; Vasconcelos
s.n. (HUEFS): 16; Veloso s.n. (UFP): 7; Veloso s.n. (PEUFR): 10; Veloso s.n. (UFP): 16; Veloso s.n. (UFP):
33; Veloso s.n. (UFP): 9; Viana 1061 (ASE): 30; Viana 1204 (ASE): 27; Viana 1995 (ASE): 16; Viana 702
(ASE): 23; Viana 710 (ASE): 30; Xavier 216 (PEUFR): 18; Xavier 221 (PEUFR): 11; Xavier 225 (PEUFR): 18;
Xavier et Melo 205 (PEUFR): 16; Xavier et al. 209 (PEUFR): 1; Xavier et al. 210 (PEUFR): 36; Xavier et al.
211 (PEUFR): 26; Xavier et al. 212 (PEUFR): 4; Xavier et al. 213 (PEUFR): 13; Xavier et al. 214 (PEUFR): 15;
Xavier et al. 215 (PEUFR): 28; Xavier et al. 217 (PEUFR): 2; Xavier et al. 218 (PEUFR): 29; Xavier et al. 219
(PEUFR): 11; Xavier et al. 220 (PEUFR): 11;Xavier et al. 222 (PEUFR): 33; Xavier et al. 223 (PEUFR): 4;
Xavier et al. 224 (PEUFR): 16; Xavier et al. 226 (PEUFR): 26; Xavier et al. 227 (PEUFR): 2; Xavier et al. 228
(PEUFR): 9; Xavier et al. 229 (PEUFR): 14; Xavier et al. 230 (PEUFR): 33; Xavier et al. 231 (PEUFR): 30;
Xavier et al. 232 (PEUFR): 4; Xavier et al. 233 (PEUFR): 2; Xavier et al. 234 (PEUFR): 34; Xavier et al. 235
(PEUFR): 16; Xavier et al. 236 (PEUFR): 5; Xavier et al. 237 (PEUFR): 30; Xavier et al. 238 (PEUFR): 10;
Xavier et al. 241 (PEUFR): 2; Xavier et al. 242 (PEUFR): 11; Xavier et al. 243 (PEUFR): 28; Xavier et al. 244
(PEUFR): 27; Xavier et al. 245 (PEUFR): 33; Xavier et al. 246 (PEUFR): 33; Xavier et al. 247 (PEUFR): 32;
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 58
Xavier et al. 248 (PEUFR): 14; Xavier et Melo 201 (PEUFR): 33; Xavier et Melo 202 (PEUFR): 30; Xavier et
Melo 203 (PEUFR): 30; Xavier et Melo 204 (PEUFR): 33; Xavier et Melo 206 (PEUFR): 4; Xavier et Melo 207
(PEUFR): 4; Xavier et Melo 208 (PEUFR): 16; Xavier et Rocha 239 (PEUFR): 2; Xavier et Rocha 240
(PEUFR): 7.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 59
2 3
4 5
6 7
Figs. 2-7: Hábitos das espécies de pteridófitas na Caatinga. 2. Dicranopteris linearis, S. R. S.
Xavier et al. 214, foto: Marcio Pietrobom; 3. Polypodium polypodioides, S. R. S. Xavier et al.
215, foto: Sergio Xavier; 4. Detalhe da fronde de P. polypodioides, S. R. S. Xavier et al. 243,
foto: Émerson Rocha; 5. Adiantum deflectens, S. R. S. Xavier et al. 233, foto: Sergio Xavier;
6. Cheilanthes eriophora, S. R. S. Xavier et al. 229, foto: Sergio Xavier; 7. Doryopteris
concolor, S. R. S. Xavier et al. 235, foto: Sergio Xavier.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 60
8 9
10 11
12 13
Figs. 8-13: Hábitos das espécies de pteridófitas na Caatinga. 8. Salvinia auriculata, S. R. S.
Xavier et al. 237, foto: Sergio Xavier; 9. Salvinia oblongifolia, S. R. S. Xavier et al. 247, foto:
Sergio Xavier; 10. Anemia filiformis, S. R. S. Xavier et al. 232, foto: Sergio Xavier; 11.
Selaginella convoluta na estação chuvosa, S. R. S. Xavier et al. 230, foto: Sergio Xavier; 12.
S. convoluta na estação seca, S. R. S. Xavier et al. 246, foto: Sergio Xavier; 13. Selaginella
erythropus, S. R. S. Xavier et al. 234, foto: Sergio Xavier.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 61
Fig. 14: Distribuição geográfica na Caatinga de A. Azolla caroliniana (●), Azolla filiculoides
(▼) e Azolla microphylla (▲); B. Blechnum serrulatum (▲), Dicranopteris linearis (▼) e
Isoetes luetzelburgii (●); C. Marsilea ancylopoda (●), Marsilea deflexa (■), Marsilea minuta
(▼) e Marsilea polycarpa (▲); D. Ophioglossum nudicaule (●), Phlebodium decumanum (▲)
e Pleopeltis macrocarpa (▼). Siglas dos Estados: MA-Maranhão; PI-Piauí; CE-Ceará; RN-Rio Grande do
Norte; PB-Paraíba; PE-Pernambuco; AL-Alagoas; SE-Sergipe; BA-Bahia; MG-Minas Gerais.
Limite da Caatinga (Sensu Conselho Nacional... 2004).
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 62
1
Parte da Tese de doutoramento do primeiro autor.
2
Programa de Pós-Graduação em Botânica, Universidade Federal Rural de Pernambuco. R. Dom Manoel de
Medeiros, s/n - Dois Irmãos 52171-900 - Recife/PE. Apoio: CNPq e Fundação O Boticário de Proteção à
Natureza.E-mail: xaviersergio@yahoo.com.br
3
Departamento de Botânica, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Prof. Moraes Rego s/n, Cidade
Universitária, Recife, PE, CEP 50560-901. E-mail: ivaclb@gmail.com
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 67
Introdução
As pteridófitas, representadas em sua maioria pelas samambaias ou avencas,
constituem um grupo vegetal amplamente distribuído no mundo, englobando uma riqueza
estimada entre 9.000 a 12.000 espécies, das quais cerca de 3.250 delas ocorrem nas Américas,
em que aproximadamente 30% são encontradas no Brasil (Tryon & Tryon 1982; Windisch
1990).
As espécies desse grupo ocorrem em hábitats terrestres, rupestres ou epifíticos, podem
ser aquáticas flutuantes ou anfíbias, em sua maioria apresentam porte herbáceo e em alguns
casos, arborescentes ou trepadeiras (Salino 2000). Seus ambientes de ocorrência vão desde o
nível do mar até elevadas altitudes, de regiões ártico-alpinas ao interior de florestas tropicais
úmidas, de áreas subdesérticas no interior dos continentes até regiões rochosas costeiras e
manguezais (Page 1979).
Embora possam ocorrer em uma enorme diversidade de hábitats, a grande maioria das
pteridófitas concentra-se em florestas tropicais úmidas que reúnem as condições ideais para o
estabelecimento das espécies, como a umidade elevada e o sombreamento (Xavier & Barros
2005), essenciais para o ciclo de vida deste grupo vegetal que possui gametas livre-natantes e
fertilização externa (Páusas & Sáez 2000).
Pouco foi feito em relação às pteridófitas ocorrentes na Caatinga (Barros et al. 1988;
Barros et al. 1989b; Ambrósio & Melo 2001; Prado 2003), talvez pelo mito de que o clima
semi-árido fosse incompatível com as exigências ambientais das pteridófitas (umidade
elevada e sombreamento). Portanto, este trabalho representa uma importante contribuição ao
conhecimento da flora pteridofítica do Nordeste do Brasil pelo seu pioneirismo.
Vários fatores reforçam a necessidade de se conhecer a flora da Caatinga: um deles
decorre do fato de ser considerada a região natural brasileira menos protegida, pois as
unidades de conservação cobrem menos de 2% do seu território. Além disso, a Caatinga passa
por um intenso processo de alteração e deterioração ambiental provocado pelo uso
insustentável dos seus recursos naturais, o que está levando à rápida perda de populações, à
eliminação de processos ecológicos chaves e à formação de extensos núcleos de
desertificação em vários setores da região (Leal et al. 2003), afetando significativamente as
espécies de pteridófitas ocorrentes.
Este trabalho tem como objetivo analisar a composição florística da pteridoflora na
Caatinga, abordando ainda a riqueza das espécies, tipos de ambiente, hábitats, estratégias de
sobrevivência, grau de ameaça e importância econômica. Também se pretende determinar a
similaridade florística entre as zonas amostrais estabelecidas e a relação da pteridoflora da
Caatinga com a da Floresta Atlântica, do Cerrado, da Amazônia e do Chaco, além de
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 68
estabelecer suas categorias de ocorrência, classificando-as como endêmicas, típicas ou
acidentais.
Materiais e Métodos
Ocupando basicamente a Região Nordeste do Brasil, com algumas áreas ao norte do
Estado de Minas Gerais (Leal et al. 2003), a província fitogeográfica da Caatinga (Sensu
Cabrera & Willink 1980) abrange aproximadamente uma área equivalente a 10% da
superfície do território nacional (Conselho Nacional... 2004), caracterizado em conjunto com
o Cerrado, o bioma de savana no Brasil (Coutinho 2006) (Fig. 1).
Originária do tupi-guarani: Caa (mata) + tinga (branca), a denominação “Caatinga”,
de uso corrente, caracteriza-se pelo aspecto fisionômico de sua vegetação no período de
estiagem, caracteristicamente xeromórfica e caducifólia, com presença ou não de cactáceas e
(ou) bromeliáceas. (Andrade-Lima 1981; Fernandes & Bezerra 1990).
Na Caatinga, as chuvas em média, não ultrapassam os 1.000 mm, e em
aproximadamente 50% desta região, os índices são inferiores a 750 mm (Nimer 1972). O
clima predominante é o semi-árido, fortemente afetado pela distribuição irregular das
precipitações que caem sobre a região a cada ano (Reis 1976).
Entre os anos de 2004 e 2006 foi coletado material botânico em áreas de conservação
federal, propriedades particulares e margens de estradas. As principais áreas visitadas foram:
Parques Nacionais da Serra da Capivara e da Serra das Confusões (Estado do Piauí); Campo
de Inselbergs e Serra do Estêvão (Estado do Ceará); Sertão do Seridó e Serra de Santana
(Estado do Rio Grande do Norte); região de Patos e Vale do Piancó (Estado da Paraíba);
Parque Nacional do Catimbau, Vale do Ipojuca e Chapada do Araripe (Estado de
Pernambuco); região de Paulo Afonso e Raso da Catarina (Estado da Bahia); escolhidas
conforme a importância biológica que representam na Caatinga segundo o Ministério do Meio
Ambiente... (2002).
Em cada área, o período de permanência para coletas variou entre dois a três dias,
estabelecido nos períodos chuvosos. Os espécimes foram coletados e herborizados segundo as
técnicas descritas por Windisch (1990) e o material testemunho depositado no Herbário
PEUFR, com duplicatas para os Herbários UFP e HUEFS (Holmgren et al. 1998).
Visando complementar os dados das pteridófitas ocorrentes na Caatinga, foram
também consultados os acervos dos principais herbários da Região Nordeste e Minas Gerais:
ASE, ALCB, BHCB, CEPEC, EAC, EAN, HRB, HUEFS, IPA, JPB, MAC, MOSS, PEUFR,
UFP, TEPB (Holmgren et al. 1998), Herbário da Universidade Estadual de Santa Cruz
(UESC) e Herbário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HVASF).
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 69
Materiais coletados e exsicatas de herbário foram identificados a partir de consulta aos
trabalhos de Alston et al. (1981), Brade (1965), Johnson (1986), Kramer (1978), Kramer &
Green (1990), Mickel (1962), Mickel & Beitel (1988), Moran & Riba (1995), Øllgaard
(2001a; 2001b), Prado & Labiak (2003), Proctor (1985; 1989), Smith (1971; 1981; 1983;
1986; 1992; 1993a), Stolze (1976; 1981; 1983; 1986), Stolze et al. (1994), Tryon & Stolze
(1989a; 1989b; 1992; 1993; 1994), Tryon & Tryon (1982), Vareschi (1969) e Windisch
(1994).
Os nomes dos autores dos táxons foram padronizados de acordo com Pichi-Sermolli
(1996). Foi adotada a circunscrição de famílias de acordo com Kramer & Green (1990).
Para a análise de similaridade de áreas em função do conjunto de espécies, foram
estabelecidas 24 zonas amostrais na Caatinga (Fig. 1), cada uma com particularidades em
relação à composição florística, fisionomia, regime de chuvas, altitude e grau de preservação
conforme observações em campo e comunicações pessoais.
Foi utilizada uma matriz binária com os dados de presença e ausência de espécies. A
similaridade entre as zonas amostrais foi avaliada segundo o índice de Jaccard, e a partir
destes dados foi construído o dendrograma pelo método de ligação UPGMA, utilizando-se o
programa NTSYSpc 2.01t software (Roohlf 2000). Para testar se os agrupamentos das áreas
analisadas poderiam ser explicados pelo acaso, foram realizadas 2000 replicações a partir do
método de permutação Monte Carlo. As permutações foram realizadas com o uso do software
RandMat ver. 1.0 for Windows (http://eco.ib.usp.br/labmar).
A relação da pteridoflora da Caatinga com a da Floresta Atlântica, do Cerrado, da
Amazônia e do Chaco foi estabelecida a partir de consultas aos trabalhos de Alston (1936),
Ambrósio & Barros (1997), Andrade-Lima (1969), Angely (1963), Athayde Filho &
Windisch (2003), Athayde Filho et al. (2003), Baker (1870), Barros et al. (1988; 1989a;
2002), Bastos & Cutrim (1999), Behar & Viégas (1992), Brade (1940; 1947; 1965), Buenno
& Senna (1992), Colli et al. (2000; 2004), E. L. Paula-Zárate (dados não publicados), Farias
et al. (1992), Fernandes & Baptista (1988), França et al. (2003), Graçano et al. (1998), Hirai
& Prado (2000), I. C. L. Barros (dados não publicados), Johnson (1986), Krieger & Camargo
(1985), Kuhn (1884), Labiak & Prado (1998), Lima & Guedes-Bruni (1997), Lombardi et al.
(2005), Luetzelburg (1922-1923), M. R. Pietrobom (dados não publicados), Melo & Salino
(2002), Mendonça et al. (1998), Mickel (1962), Missouri Botanical... (2006), Mori et al.
(1983), Mynssen & Windisch (2004), Prado (1992, 1995, 2003; 2004), Prado & Labiak
(2003), Salino (1996), Salino & Joly (2001), Salino & Semir (2002), Santiago et al. (2005),
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 70
Categoria
Tipos de área
TÁXONS de Estados
de ocorrência
ocorrência
Azollaceae
Azolla caroliniana Willd. Típica BA, MG, PB, PE Mista, Típica
Azolla filiculoides Lam. Acidental BA, PB, PE Antropizada, Mista,
Típica
Azolla microphylla Kaulf. Acidental PE, SE Antropizada
Blechnaceae
Blechnum serrulatum Rich. Acidental AL Mista, Antropizada
Gleicheniaceae
Dicranopteris linearis (Burm. f.) Underw. Acidental BA, PE Mista, Típica
Isoetaceae
Isoetes luetzelburgii Weber ex Luetzelburg Endêmica PE, PB Típica
Marsileaceae
Marsilea ancylopoda A. Braun Acidental BA, MG Antropizada, Mista,
Típica
Marsilea deflexa A. Braun Acidental RN, SE Antropizada, Típica
Marsilea minuta L. Acidental PE Antropizada
Marsilea polycarpa Hook. et Grev. Acidental BA, SE Antropizada, Típica
Ophioglossaceae
Ophioglossum nudicaule L. Acidental PB, PI Mista, Típica
Polypodiaceae
Phlebodium decumanum (Willd.) J. Sm. Acidental BA Antropizada
Pleopeltis macrocarpa (Bory ex Willd.) Acidental BA, SE Antropizada, Típica
Kaulf.
Polypodium polypodioides (L.) Watt Típica BA, CE, PB, PE, AL Antropizada, Mista,
Típica
Polypodium triseriale Sw. Acidental BA, PE Antropizada, Mista
Pteridaceae
Acrostichum danaeifolium Langsd. et Acidental BA, PE Antropizada, Mista
Fisch.
Adiantum deflectens Mart. Típica BA, CE, MG, PB, PE, Antropizada, Mista,
PI, RN Típica
Cheilanthes eriophora (Fée) Mett. Típica BA, PE, PI Mista, Típica
Doryopteris concolor (Langsd. et Fisch.) Típica AL, BA, CE, PB, PE, Antropizada, Mista,
Kuhn PI, RN, SE Típica
Doryopteris ornithopus (Mett.) J. Sm. Acidental BA, PE Antropizada, Mista
Hemionitis tomentosa (Lam.) Raddi Acidental AL, BA, MG, PE, PI, Antropizada, Mista,
SE Típica
Pityrogramma calomelanos (L.) Link Acidental BA, MG, PE, PI Antropizada, Mista
Trachypteris pinnata (Hook. f.) C. Chr. Típica BA, MG, PE Antropizada, Mista,
Típica
Salviniaceae
Salvinia auriculata Aubl. Típica BA, CE, MG, PB, PE, Antropizada, Mista,
RN, SE Típica
Salvinia minima Baker Acidental BA Antropizada
Salvinia oblongifolia Mart. Típica BA, MG, PE, SE Antropizada, Mista,
Típica
Schizaeaceae
Anemia ferruginea Humb., Bonpl. et Acidental PE Antropizada
Kunth.
Anemia filiformis (Sav). Sw. Típica AL, BA, CE, PB, PE, Antropizada, Mista,
PI, RN Típica
Anemia hirsuta (L.) Sw. Típica BA, CE, MG, PE Mista, Típica
Anemia mirabilis Brade Acidental AL, BA Antropizada, Típica
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 75
Tabela 1. (Continuação)
Categoria
Tipos de área
TÁXONS de Estados
de ocorrência
ocorrência
Anemia oblongifolia (Cav.) Sw. Típica BA, MG, PE, PI, CE Antropizada, Mista,
Típica
Anemia pastinacaria Moritz ex Prantl Acidental PB Típica
Anemia tomentosa (Sav.) Sw. Típica BA, PB, PE, PI Antropizada, Mista,
Típica
Selaginellaceae
Selaginella convoluta (Arn.) Spring Típica AL, BA, CE, MG, PB, Antropizada, Mista,
PE, PI, RN, SE Típica
Selaginella erythropus (Mart.) Spring Típica CE, PI, RN Típica
Selaginella sellowii Hieron. Típica BA, PE Antropizada, Típica
Thelypteridaceae
Thelypteris interrupta (Willd.) K. Iwats. Acidental BA, CE, MG, PE Antropizada, Mista
80% Endêmicas
Típicas
70% Acidentais
50%
60%
50% 40%
Espécies
Espécies
40%
30%
30%
20%
20%
10%
10%
0% 0%
heliófila mesófila ciófila ciófila mesófila heliófila
Tipos de ambiente
a Tipos de ambiente
b
Endêmicas
60%
Típicas
Acidentais
50%
30%
40% 25%
Espécies
20%
Espécies
30%
15%
20%
10%
10%
5%
0% 0%
terrícola rupícola dulciaquícola corticícola terrícola rupícola corticícola dulciaquícola
Hábitat
c Hábitat
d
Endêmicas
35% Típicas
Acidentais
30%
25%
25%
20%
Espécies
20%
Espécies
15%
15%
10%
10%
5% 5%
0% 0%
terófita poquilohídrica não evidente decídua poiquilohídrica decídua terófita não evidente
Estratégias de sobrevivência
e Estratégias de sobrevivência
f
Figura 2. Representatividade da pteridoflora da Caatinga quanto aos tipos de ambiente (a, b),
hábitat (c, d) e estratégias de sobrevivência (e, f) em relação ao total de espécies (a, c, e) e às
suas categorias de ocorrência (endêmicas, típicas e acidentais) (b, d, f).
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 78
Quanto às categorias de ocorrência na Caatinga, a flora pteridofítica é composta por
uma espécie endêmica, 15 espécies típicas e 21 acidentais (Tab. 1).
Considerando em separado as espécies típicas e acidentais, foi observada uma maior
relação das espécies típicas da Caatinga com o Cerrado, igualando ao percentual na Floresta
Atlântica. Entre as espécies acidentais, pode-se observar um maior destaque em termos
poporcionais na relação com a Floresta Amazônica, embora inferior ao observado para a
Floresta Atlântica (Fig. 4).
Na Caatinga, poucas pteridófitas despertam o interesse da população local, no entanto
algumas curiosas situações podem se apresentar, como é o caso da superstição que
acompanha as espécies do gênero Marsilea. Conhecidas popularmente como trevo-de-quatro-
folhas, estas espécies são comumente colhidas devido à crença de que trazem felicidade e
fortuna. Em alguns locais, os trevos-de-quatro-folhas são inclusive comercializados. É
provável ser essa uma das causas de que três das quatro espécies de Marsilea sejam sérias
candidatas ao status de provavelmente extintas na Caatinga. No presente estudo, nenhuma
espécie desse gênero foi observada no campo, nos sete Estados explorados.
Embora a principal importância econômica das pteridófitas esteja no uso ornamental
de muitas espécies, seja como plantas vivas, seja desidratadas (Barros et al. 2002), este
potencial é pouco aplicável aos representantes da Caatinga, mais comumente utilizadas na
medicina popular. Segundo Barros & Andrade (1997) Acrostichum danaeifolium, Blechnum
serrulatum, Hemionitis tomentosa, Pityrogramma calomelanos, Pleopeltis macrocarpa,
Phlebodium decumanum, Polypodium polypodioides, Salvinia auriculata e Selaginella
convoluta são exemplos de espécies utilizadas popularmente como medicinais, sendo
inclusive, vendidas em feiras populares na Região Nordeste (Tab. 2).
Entre as pteridófitas inventariadas neste estudo, sete espécies são fortes candidatas ao
status de “provavelmente extinta” na Caatinga: Anemia ferruginea, A. mirabilis, A.
pastinacaria, Isoetes luetzelburgii, Marsilea deflexa, M. minuta e M. polycarpa. Conforme
definição utilizada por Mendonça & Lins (2000), uma espécie é categorizada como
provavelmente extinta quando pertencente a grupo razoavelmente bem estudado que não foi
encontrado na natureza nos últimos 30 anos. Em relação às espécies supracitadas, todas não
apresentaram coletas ou registros nos últimos 20 anos na Caatinga, agravada pelo fato de ser
considerada a região natural menos protegida do Brasil (Leal et al. 2003). Em situação mais
crítica se encontra Isoetes luetzelburgii, a única pteridófita endêmica na Caatinga, onde seu
desaparecimento representa a extinção na natureza. Com base no que foi observado em
campo, a principal ameaça à extinção das pteridófitas na Caatinga está na perda de hábitats
através do intenso desmatamento para introdução de culturas diversas. Confirmando essa
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 79
Pteridófitas da Caatinga
100%
90%
60%
Ocorrência das Espécies
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Floresta Cerrado Chaco Floresta
Atlântica Amazônica
Domínios morfoclimáticos
hipótese, Sampaio (1995) afirma que entre os principais elementos condicionantes da perda
dos hábitats na Caatinga estão a agricultura que tem ocupado extensas faixas de terra para
colheita de algodão, milho, feijão e mandioca; e finalmente o uso de pastagens naturais para
criação extensiva de gado bovino e caprino, além da extração de lenha para carvão vegetal.
A análise de similaridade da flora pteridofítica entre as áreas da Caatinga permitiu
determinar quatro grupos significativos denominados A, B, C e D (Fig. 5).
O grupo A, formado por seis zonas amostrais (Sobral/CE, Crateús/CE, Aiuaba/CE,
Quixadá/CE, Seridó/RN e Campina Grande/PB), destaca-se como o maior entre os grupos
encontrados. Para este grupo, é evidente que a proximidade geográfica é um fator
determinante para a similaridade florística das zonas amostrais.
O grupo B, formado pelas zonas amostrais do Vale do Piancó/PB e Bom Jesus da
Lapa/BA, caracteriza-se como o mais divergente entre os grupos determinados. São distantes
geograficamente e com vegetações distintas, sendo provável que a similaridade entre as zonas
amostrais esteja relacionada com o tipo de solo, caracterizado na Caatinga como um mosaico
complexo de diferentes tipos e de difícil estabelecimento de padrões (Sampaio, 1995).
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 81
O fator umidade é imprescindível para o estabelecimento de muitas espécies de
pteridófitas, fato observado na formação do grupo C, que engloba as zonas amostrais do Vale
do Catimbau/PE, Serra da Capivara-Confusões/PI e Serra Geral-Contendas do Sincorá/BA,
distantes entre si, mas com características semelhantes, como clima mais ameno, altitude mais
elevada e ocorrência de pequenos encraves de florestas úmidas, fatores essenciais na Caatinga
para a ocorrência de microhábitats úmidos, pois favorecem uma maior média de chuvas e
temperaturas mais baixas.
A proximidade geográfica também parece ser um fator determinante para a formação
do grupo D, constituído pelas zonas amostrais de Afrânio-Casa Nova/PE-BA e Itiúba-Senhor
do Bonfim/BA.
Foram formados grupos não significativos (Fig. 5). Um destes grupos seria constituído
pelo grupo A somada a zona amostral do Araripe/PE-PI. Também seria formado um grupo
que incluiria as zonas amostrais do Vale do Ipojuca/PE, Vale do São Francisco/PE-BA,
Morro do Chapéu/BA, Borda Leste/BA e Vale do Peruaçu-Jaíba/MG. A zonas amostrais do
Raso da Catarina/BA com Sergipe/SE, assim como o médio São Francisco/BA com
Barreiras/BA e Alagoas/AL, constituiriam respectivamente mais dois grupos não
significativos.
A razão pela qual a maior parte das espécies da Caatinga apresenta ampla distribuição
em outras vegetações no Brasil pode estar associada ao fato de que a Região Nordeste é o
“ponto final” de diversos sistemas de correntes atmosféricas perturbadas (Nimer 1972); ou
seja, os ventos que convergem para a Caatinga são oriundos de outras partes do Brasil.
Considerando que a dispersão por esporos é geralmente maior que as sementes (Smith 1993b)
e que a direção da dispersão dos esporos pode estar estreitamente relacionada com os sistemas
de correntes atmosféricas, não é difícil supor que boa parte da pteridoflora da Caatinga é
oriunda da Floresta Amazônica, Cerrado e principalmente da Floresta Atlântica, considerada
como um dos grandes centros de diversidade, especiação e endemismo na América Tropical
(Tryon 1972) e com inúmeras projeções dentro dos domínios morfoclimáticos da Caatinga.
Ainda assim, a flora pteridofítica da Caatinga apresenta certas particularidades como a
expressiva representatividade do gênero Anemia, de espécies de hábitat hidrofítico e
heterosporadas, com estratégias de sobrevivência (padrões sazonais do tipo poiquilohídrico,
decíduo e forma de vida terófita) e baixa representatividade de epífitas. Em conjunto, essas
características evidenciam uma identidade própria da flora pteridofítica da Caatinga.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 82
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Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 93
Tabela anexa. Aspectos Ecológicos da Pteridoflora na Caatinga quanto ao hábitat, tipos de
ambiente e estratégias de sobrevivência.
ASPECTOS ECOLÓGICOS
TÁXONS
Estratégias de
Tipos de Ambiente Hábitats
Sobrevivência
Azollaceae
Azolla caroliniana Heliófila Dulciaquícola flutuante Terófita
Azolla filiculoides Heliófila Dulciaquícola flutuante Terófita
Azolla microphylla Heliófila Dulciaquícola flutuante Terófita
Blechnaceae
Blechnum serrulatum Heliófila, Mesófila Rupícola/Terrícola Decídua
Gleicheniaceae
Dicranopteris linearis Ciófila, Mesófila Rupícola Não evidente
Isoetaceae
Isoetes luetzelburgii Heliófila Dulciaquícola anfíbia Terófita
Marsileaceae
Marsilea ancylopoda Heliófila Dulciaquícola anfíbia Terófita
Marsilea deflexa Heliófila Dulciaquícola anfíbia Terófita
Marsilea minuta Heliófila Dulciaquícola anfíbia Terófita
Marsilea polycarpa Heliófila Dulciaquícola anfíbia Terófita
Ophioglossaceae
Ophioglossum nudicaule Ciófila, Mesófila Terrícola Não evidente
Polypodiaceae
Phlebodium decumanum Heliófila, Mesófila Corticícola Decídua
Pleopeltis macrocarpa Heliófila, Mesófila Corticícola Poiqulohídrica
Polypodium polypodioides Heliófila Corticícola Poiqulohídrica
Polypodium triseriale Heliófila, Mesófila Corticícola Decídua
Pteridaceae
Acrostichum danaeifolium Heliófila Terrícola Não evidente
Adiantum deflectens Mesófila, Heliófila Rupícola/Terrícola Decídua
Cheilanthes eriophora Mesófila, Heliófila Rupícola Poiqulohídrica
Doryopteris concolor Mesófila, Heliófila Rupícola/ Terrícola Poiqulohídrica
Doryopteris ornithopus Mesófila, Heliófila Rupícola Poiqulohídrica
Hemionitis tomentosa Ciófila, Mesófila Rupícola/Terrícola Não evidente
Pityrogramma calomelanos Heliófila, Mesófila Rupícola/Terrícola Não evidente
Trachypteris pinnata Mesófila, Heliófila Rupícola/ Terrícola Poiqulohídrica
Salviniaceae
Salvinia auriculata Heliófila Dulciaquícola flutuante Terófita
Salvinia mínima Heliófila Dulciaquícola flutuante Terófita
Salvinia oblongifolia Heliófila Dulciaquícola flutuante Terófita
Schizaeaceae
Anemia ferruginea Mesófila Rupícola/ Terrícola Decídua
Anemia filiformis Mesófila, Heliófila Rupícola/ Terrícola Poiqulohídrica
Anemia hirsuta Mesófila Rupícola/ Terrícola Não evidente
Anemia mirabilis Mesófila Rupícola/ Terrícola Não evidente
Anemia oblongifolia Mesófila Rupícola/ Terrícola Poiqulohídrica
Anemia pastinacaria Mesófila Rupícola/ Terrícola Não evidente
Anemia tomentosa Mesófila Rupícola/ Terrícola Decídua
Selaginellaceae
Selaginella convoluta Mesófila, Heliófila Rupícola/ Terrícola Poiqulohídrica
Selaginella erythropus Mesófila Rupícola/ Terrícola Decídua
Selaginella sellowii Heliófila, Mesófila Terrícola Poiqulohídrica
Thelypteridaceae
Thelypteris interrupta Heliófila Terrícola Não evidente
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 94
RESUMO
Este trabalho representa a primeira contribuição para o conhecimento biogeográfico das
pteridófitas da Caatinga. Os padrões de distribuição geográfica da pteridoflora da Caatinga
foram estabelecidos com base no material de 17 herbários, coletas e levantamento
bibliográfico. Foram reconhecidos cinco padrões locais: amplo, moderadamente amplo,
restrito, muito restrito e disjunto. As espécies também foram classificadas quanto aos padrões
globais: cosmopolitas, pantropicais, neotropicais, restritas à América do Sul e endêmicas do
Brasil. Os padrões foram ainda relacionados às províncias fitogeográficas que bordejam a
Caatinga. Tabela, mapas e discussões sobre a ocorrência das espécies nas províncias
Amazônica, do Cerrado e Atlântica (incluindo a província Paranaense) são apresentados. Os
dados apresentados evidenciam uma flora de expressiva amplitude geográfica e plasticidade
ambiental, provavelmente oriunda de Florestas Tropicais Úmidas.
ABSTRACT
This work represents the first contribution to the biogeographical knowledge of the
pteridoflora from Caatinga vegetation. Based on material from 17 herbaria, field works and
bibliographical survey, patterns of geographical distribution were disassed. Five local patterns
were recognized: ample, moderately ample, restricted, very restricted and disjunct. The
species were also classified with regards to global patterns: cosmopolite, pantropical,
neotropical, restricted to South America and endemic to Brazil. The patterns were correlated
to the phytogeographical provinces surround the Caatinga vegetation. Table, maps and
1
Parte da Tese do primeiro autor.
2
Doutorando. Programa de Pós-Graduação em Botânica, Universidade Federal Rural de Pernambuco. R. Dom
Manoel de Medeiros, s/n - Dois Irmãos 52171-900 - Recife/PE. Apoio: CNPq e Fundação O Boticário de
Proteção à Natureza.E-mail: xaviersergio@yahoo.com.br.
3
Docente. Departamento de Botânica, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Prof. Moraes Rego s/n, Cidade
Universitária, Recife, PE, CEP 50560-901.E-mail: ivaclb@gmail.com.
4
Doutorando. Programa de Pós-Graduação em Botânica, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Apoio:
Capes. E-mail: jimmelo@yahoo.com.br.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 96
discussions about the occurrence of the species in the Amazonic Forest, Cerrado and Atlantic
provinces (including Paranaense province) are presented. The data presented indicate the
presence of a flora of large geographical amplitude and environmental plasticity, probably
originated from the moist tropical forests.
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, vários autores têm voltado suas atenções aos padrões de distribuição
geográfica de espécies neotropicais, sendo oportuno destacar os trabalhos de Forero & Gentry
(1988), Prado & Gibbs (1993), Lima et al. (1997), Boechat & Longhi-Wagner (2000), Alves
et al. (2003) e Marchioretto et al. (2004). Tal conhecimento é importante porque auxilia
principalmente a compreensão espacial e ecológica da diversidade biológica das plantas,
assim como suas rotas migratórias, ocupação de hábitats e endemismos (Lima et al. 1997;
Marchioretto et al. 2004).
As pteridófitas representam um importante grupo vegetal com maior diversidade nos
trópicos (Tryon & Tryon 1982), principalmente em decorrência de sua dependência da água
para fecundação. Estima-se que existem entre 9.000 a 12.000 espécies no globo, onde
aproximadamente 75% delas ocorrem em duas grandes regiões; a primeira compreende o
sudeste da Ásia e Malásia, com cerca de 4.500 espécies, e a segunda abrange as Grandes
Antilhas, a Mesoamérica (sudeste do México e América Central) e a região dos Andes,
totalizando cerca de 2.250 espécies (Tryon & Tryon 1982).
No Brasil, estima-se uma riqueza de 1.200 a 1.300 espécies (Prado 1998), destacando-
se as regiões sudeste e sul do país (ca. 600 espécies), reconhecidamente uma das quatro
regiões de alta diversidade de espécies na América Tropical, ao lado das Grandes Antilhas e
Mesoamérica, ambas com ca. 900 espécies, além da região dos Andes, ca. 1.500 espécies
(Tryon & Tryon 1982; Tryon 1986).
A província da Caatinga, juntamente com o Cerrado e o Chaco, integra o chamado
corredor xérico na América do Sul (Prado & Gibbs 1993). Tais formações vegetacionais
despertam a atenção pelos escassos estudos voltados, até então, para a flora pteridofítica,
especialmente no que se refere aos padrões biogeográficos.
Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho é interpretar os padrões de distribuição
geográfica da flora pteridofítica da Caatinga em escala global e regional, enfatizando os
padrões locais.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 97
MATERIAIS E MÉTODOS
Os critérios para o estabelecimento dos padrões globais de distribuição das espécies da
Caatinga foram inicialmente estabelecidos na ocorrência dos táxons em macrorregiões
geográficas: cosmopolita, padrão das espécies com distribuição nas regiões tropicais e
temperadas do Velho e Novo Mundo; pantropical, padrão das espécies que se distribuem nos
trópicos do Velho e Novo Mundo; neotropical, com ampla distribuição nos trópicos do Novo
Mundo, nos países da América Tropical e Subtropical, considerando também o sul dos
Estados Unidos; América do Sul, espécies com distribuição exclusiva na América do Sul;
Brasil, espécies endêmicas do Brasil.
No Brasil, os padrões foram relacionados às províncias fitogeográficas propostas por
Cabrera & Willink (1980) que fazem limite com a Caatinga, como as províncias Amazônica,
do Cerrado e Atlântica, considerando as províncias Atlântica e Paranaense como único
padrão, denominado Atlântico, o qual é constituído pelas formações florestais classificadas
por Rizzini (1979) como: Floresta Estacional Mesófila, Floresta Pluvial Atlântica, Floresta
Pluvial de Araucária, Floresta Pluvial de Tabuleiro, Floresta Pluvial Ripária e Restinga.
Na Caatinga, os padrões foram estabelecidos de acordo com a amplitude de
distribuição. Desse modo, foram considerados cinco padrões de distribuição: amplo, quando
apresentam vários registros de ocorrência, estes ultrapassando 50% da área total da Caatinga;
moderadamente amplo, com vários registros de ocorrência formando polígonos menores, não
ultrapassando os 50% da área total da Caatinga; restrito, quando apresenta dois registros de
ocorrência; muito restrito, quando apresenta apenas um registro de ocorrência; e disjunto,
quando apresenta mais de um registro de ocorrência, com distância superior a 450 km entre as
áreas de coleta.
Os padrões globais de distribuição das espécies da Caatinga foram obtidos através de
consulta aos trabalhos de Hirai & Prado (2000), Johnson (1986; 1995), Kramer (1978), Lorea-
Hernández (1995), Mickel & Beitel (1988), Mickel (1962), Missouri Botanical... (2006),
Moran (1995a; 1995b; 1995c; 1995d; 1995e; 1995f; 1995g; 1995h), Moran & Mickel (1995),
Moran & Smith (2001), Moran et al. (1995), Øllgaard (2001a; 2001b), Proctor (1985; 1989),
Salino & Semir (2002), Smith & Lellinger (1995), Smith (1981; 1983; 1993; 1995a; 1995b;
1995c; 1995d; 1995e; 1995f; 1995g; 1995h; 1995i), Somers et al. (1995), Sota (1960; 1966),
Stolze (1976; 1981; 1983), Tryon & Stolze (1989a; 1989b; 1992; 1993; 1994) e Wagner
(1995).
A distribuição das espécies no Brasil foi obtida através dos trabalhos de Alston (1936),
Ambrósio & Barros (1997), Andrade-Lima (1969), Angely (1963), Athayde Filho &
Windisch (2003), Athayde Filho et al. (2003), Baker (1870), Barros (1980), Barros et al.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 98
(1988; 1989a; 1989b; 2002), Bastos & Cutrim (1999), Behar & Viégas (1992), Brade (1940;
1947; 1965), Buenno & Senna (1992), Colli et al. (2000; 2004), Farias et al. (1992),
Fernandes & Baptista (1988), França et al. (2003), Graçano et al. (1998), Hirai & Prado
(2000), Johnson (1986), Krieger & Camargo (1985), Kuhn (1884), Labiak & Prado (1998),
Lima & Guedes-Bruni (1997), Lombardi et al. (2005), Luetzelburg (1922-1923), Melo &
Salino (2002), Mickel (1962), Mori et al. (1983), Mynssen & Windisch (2004), Paula-Zárate
(2004), Pietrobom (2004), Prado & Labiak (2003), Prado (1992; 1995; 2003; 2004), Salino &
Joly (2001), Salino & Semir (2002), Salino (1996), Santiago et al. (2005), Santos et al.
(2004), Sehnem (1968; 1970a; 1970b; 1972; 1974; 1979a; 1979b); Senna & Kazmirczac
(1997), Senna & Waechter (1997); Simabukuro et al. (1994); Sota (1962a; 1962b; 1966);
Sousa et al. (2001); Spring (1840), Sturm (1859), Tryon & Conant (1975), Tryon (1942),
Tryon (1956), Windisch & Tryon (2001), Windisch (1990) e Zappi et al. (2003).
Os padrões locais de distribuição das espécies da Caatinga foram obtidos através da
literatura, onde foram consultados os trabalhos de Spring (1840), Sturm (1859), Baker (1870),
Kuhn (1884), Luetzelburg (1922-1923), Sehnem (1974), Johnson (1986), Barros et al. (1988),
Barros et al. (1989b), Ambrósio & Melo (2001), Prado (2003), Barros (1980) e Paula-Zárate
(2004), bem como através de coletas realizadas entre os anos de 2004 e 2006 em sete Estados
nordestinos, visitando-se unidades de conservação federal e propriedades particulares, além
de margens de estradas. Também foram analisados exemplares provenientes dos seguintes
herbários ASE, ALCB, BHCB, CEPEC, EAC, EAN, HRB, HUEFS, IPA, JPB, MAC, MOSS,
PEUFR, UFP, TEPB (Holmgren et al. 1998), Herbário da Universidade Estadual de Santa
Cruz (UESC) e Herbário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HVASF).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise dos padrões globais de distribuição geográfica das espécies presentes na
pteridoflora da Caatinga revelou que poucas (5,4%) são cosmopolitas, 29,7% são pantropicais
e a maior parte (64,8%), possui distribuição neotropical (Tab. 1). Entre as últimas, 10,8%
apresentam espécies com distribuição restrita à América do Sul e 8,1% são endêmicas do
Brasil (Tab. 1).
Quanto aos padrões locais de distribuição das pteridófitas na Caatinga, a análise
revelou que 37,8% das espécies apresentam distribuição ampla, 27% moderadamente ampla,
16,2% restrita, 13,5% muito restrita e 5,4% disjunta.
A distribuição cosmopolita é apresentada por Azolla caroliniana e Azolla filiculoides
que, respectivamente, apresentam na Caatinga padrão de distribuição amplo (Fig. 1B) e
moderadamente amplo (Fig. 2B), respectivamente. Segundo Tryon & Stolze (1994), assim
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 99
como na Europa, A. caroliniana é uma espécie introduzida na América do Sul, enquanto A.
filiculoides é introduzida na Austrália, Ásia e Europa. No Brasil, ambas as espécies também
se distribuem nas províncias Amazônica (Kuhn 1884) e Atlântica (Sehnem 1979b) (Tab 1).
Cheilanthes eriophora, Hemionitis tomentosa, Salvinia oblongifolia e Trachypteris
pinnata restringem-se à América do Sul; dentre elas, C. eriophora e H. tomentosa estão mais
estreitamente relacionadas biogeograficamente, por apresentarem padrão de distribuição
amplo na Caatinga (Fig. 1D) e distribuição nas províncias Atlântica (Krieger & Camargo
1985) e do Cerrado (Prado 2004; Windisch & Tryon 2001) (Tab 1). Com padrão de
distribuição moderadamente amplo na Caatinga, S. oblongifolia (Fig. 2C) distribui-se nas
províncias do Cerrado (Kuhn 1884) e Amazônica (Sota 1962a) (Tab. 1). T. pinnata, também
com padrão moderadamente amplo na Caatinga (Fig. 2D), é comumente encontrada em áreas
de campos rupestres (Tryon & Stolze 1989b).
Anemia mirabilis, Doryopteris ornithopus e Isoetes luetzelburgii são endêmicas do
Brasil. Com exceção de I. luetzelburgii, com padrão restrito (Fig. 3B), os demais táxons
apresentam padrão moderadamente amplo na Caatinga (Figs. 2D, 2C), como A. mirabilis,
registrada na província Atlântica (Barros et al. 2002) (Tab 1) e D. ornithopus com ampla
distribuição no Brasil, apresentando registros nas províncias do Cerrado (Windisch & Tryon
2001), Amazônica (Tryon & Conant 1975) e Atlântica (Baker 1870) (Tab. 1). I. luetzelburgii
destaca-se como a única pteridófita endêmica na Caatinga, sendo referida pela primeira vez
por Luetzelburg (1922-1923) para a Lagoa de Patos, hoje aterrada e localizada onde
atualmente se encontra a sede do município de Patos, Paraíba. É oportuno mencionar que a
espécie foi coletada pela última vez em 1984, no município de Parnamirim, Sertão de
Pernambuco; por essa razão, presume-se que tenha sido extinta na natureza.
Além de Azolla caroliniana, Cheilanthes eriophora e Hemionitis tomentosa,
anteriormente citadas, a distribuição ampla na Caatinga corresponde ao padrão de Adiantum
deflectens, Anemia filiformis, Anemia hirsuta (Fig. 1A), Anemia oblongifolia, Anemia
tomentosa (Fig. 1B), Doryopteris concolor (Fig. 1D), Pityrogramma calomelanos,
Polypodium polypodioides, Salvinia auriculata (Fig. 1C), Selaginella convoluta e Thelypteris
interrupta (Fig. 2A). Destas, a distribuição pantropical é observada em D. concolor, P.
calomelanos, S. auriculata e T. interrupta, que no Brasil se distribuem nas províncias
Amazônica (Brade 1965; Bastos & Cutrim 1999; Tryon & Conant 1975) e Atlântica (Colli et.
al. 2004; Athayde-Filho et al. 2003; Behar & Viégas 1992), sendo que P. calomelanos e D.
concolor também ocorrem no Cerrado (Windisch & Tryon 2001; Prado 2004) (Tab 1).
Ainda em relação às espécies com padrão amplo na Caatinga, Anemia filiformis,
Anemia hirsuta, Anemia oblongifolia, Anemia tomentosa e Selaginella convoluta, todas com
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 100
distribuição neotropical, apresentam ocorrência confirmada nas províncias do Cerrado
(Mendonça et al. 1998) e Atlântica (Sehnem 1974; Salino 1996; Hirai & Prado 2000) (Tab 1).
No que se refere à Adiantum deflectens e Polypodium polypodioides, que também apresentam
padrão amplo na Caatinga e distribuição neotropical, encontram-se amplamente distribuídas
no Brasil, sendo registradas nas províncias Amazônica (Tryon & Conant 1975), Atlântica
(Melo & Salino 2002; Mynssen & Windisch 2004) e do Cerrado (Athayde-Filho & Windisch
2003) (Tab 1).
Além de Anemia mirabilis, Azolla filiculoides, Doryopteris ornithopus, Salvinia
oblongifolia e Trachypteris pinnata, anteriormente citadas, o padrão moderadamente amplo
na Caatinga corresponde à distribuição de Acrostichum danaeifolium, Blechnum serrulatum
(Fig. 2B), Marsilea ancylopoda (Fig. 2C), Selaginella erythropus e Selaginella sellowii (Fig.
2D). As espécies pantropicais B. serrulatum e S. sellowii estão associadas no Brasil à
província Atlântica (Athayde-Filho et al. 2003; Alston 1936), sendo que B. serrulatum, nas
províncias do Cerrado (Windisch & Tryon 2001) e Amazônica (Tryon & Conant 1975) (Tab
1). As espécies de distribuição neotropical M. ancylopoda e S. erythropus apresentam-se no
Brasil vinculadas à província do Cerrado (Johnson 1986; Mendonça et al. 1998), sendo que S.
erythropus, assim como A. danaeifolium, dispersam-se nas províncias Amazônica (Tryon &
Conant 1975) e Atlântica (Santos et al. 2004; Alston 1936) (Tab 1).
O padrão disjunto de distribuição na Caatinga foi observado em Ophioglossum
nudicaule (pantropical) e Polypodium triseriale (neotropical) (Fig. 3A). Tais espécies também
compartilham a ocorrência nas províncias do Cerrado (Mendonça et al. 1998; Prado & Labiak
2003), Amazônica (Tryon & Conant 1975) e Atlântica (Sturm 1859; Mynssen & Windisch
2004) (Tab 1).
Embora apresentem distribuição pantropical, Dicranopteris linearis, Marsilea
polycarpa e Pleopeltis macrocarpa possuem distribuição restrita na Caatinga (Figs. 3B, 3C).
No entanto, no Brasil, ocorrem nas províncias do Cerrado (Prado & Labiak 2003; Mendonça
et al. 1998) e Atlântica (Prado 2004; Paula-Zárate 2004), sendo que M. polycarpa também
ocorre na província Amazônica (Johnson 1986) (Tab 1). Com distribuição neotropical, Azolla
microphylla e Marsilea deflexa também são exemplos de espécies com padrão restrito na
Caatinga (Figs. 3B, 3C). A ocorrência dessas espécies no Brasil abrange a província
Amazônica (Tryon & Conant 1975) e, particularmente M. deflexa, a Atlântica (Barros et al.
2002) (Tab 1).
Cinco espécies apresentam padrão de distribuição muito restrito na Caatinga, quatro
delas são neotropicais (Anemia ferruginea, Anemia pastinacaria, Phlebodium decumanum e
Salvinia minima) e uma de distribuição pantropical (Marsilea minuta) (Fig. 3D). As espécies
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 101
neotropicais A. ferruginea e P. decumanum destacam-se por apresentarem ampla distribuição
no Brasil, englobando as províncias Amazônica (Mickel 1962; Tryon & Conant 1975), do
Cerrado (Prado & Labiak 2003; Athayde-Filho & Windisch 2003) e Atlântica (Athayde-Filho
et al. 2003; Sehnem 1970a) (Tab 1). Anemia pastinacaria, encontrada no Cerrado (Mendonça
et al. 1998), compartilha com S. minima a distribuição Atlântica (Krieger & Camargo 1985;
Sehnem 1979b) (Tab 1). M. minuta, de distribuição pantropical, foi registrada no Brasil
apenas na província Atlântica (Johnson 1986). A ampla distribuição dessa espécie na África e
Índia e menos frequentemente no Novo Mundo sugere que o referido táxon foi introduzido
recentemente nessa região do globo (Johnson 1986).
CONCLUSÕES
As espécies que apresentam relação com todas as províncias fitogeográficas do Brasil,
são na maioria pantropicais e neotropicais. Por outro lado, essas mesmas espécies em
conjunto não possuem um padrão predominante na Caatinga, suportando a hipótese da
hetereogeneidade morfoclimática da Caatinga.
Provavelmente, a referida heterogeneidade morfoclimática da Caatinga favorece o
estabelecimento tanto de espécies adaptadas a condições xéricas, evidenciada por espécies
ocorrentes na província do Cerrado, quanto de ambientes de climas mais úmidos, evidenciada
por espécies ocorrentes nas províncias Atlântica e Amazônica.
Normalmente, espera-se que espécies de padrão amplo e moderadamente amplo na
Caatinga, sejam táxons mais resistentes às sazonalidades do semi-árido, enquanto que as de
padrão restrito, muito restrito e disjunto, sejam táxons mais “exigentes”, preferindo hábitats
mais úmidos e sombreados, condição rara na Caatinga se comparada às outras províncias
fitogeográficas do Brasil. Essa hipótese é confirmada quanto aos padrões observados em
Adiantum deflectens, Anemia filiformis, Azolla caroliniana, A. filiculoides, Cheilanthes
eriophora, Doryopteris concolor, Marsilea ancylopoda, Polypodium polypodioides, Salvinia
auriculata, S. oblongifolia, Selaginella convoluta, S. sellowii (padrões amplo e
moderadamente amplo), Ophioglossum nudicaule, Phlebodium decumanum, Pleopeltis
macrocarpa e Polypodium triseriale (padrões disjunto, restrito e muito restrito); e refutada
quanto aos padrões de Pityrogramma calomelanos, Hemionitis tomentosa (padrão amplo),
Azolla microphylla, Isoetes luetzelburgii, Marsilea deflexa, M. polycarpa e Salvinia minima
(padrões restrito e muito restrito).
Pteridófitas adaptadas a ambientes mais úmidos e sombreados com padrão amplo na
Caatinga pode significar que não é rara a existência, nesta referida província, de microhábitats
que reúnem as condições necessárias ao estabelecimento dessas espécies. Por outro lado, a
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 102
ocorrência de pteridófitas adaptadas a ambientes xéricos com padrões restrito e muito restrito
na Caatinga, pode indicar que essas espécies estejam submetidas a um iminete processo de
extinção ou provavelmente estejam extintas (Isoetes luetzelburgii).
Na pteridoflora da Caatinga, predominam espécies neotropicais e pantropicais com
padrões locais amplo a moderadamente amplo. Tais resultados, em consonância com a alta
representatividade de espécies ocorrentes na província Atlântica, evidenciam uma flora de
expressiva amplitude geográfica e plasticidade ambiental, provavelmente oriunda de Florestas
Tropicais Úmidas.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) pela concessão de bolsa aos autores e à Fundação O Boticário de
Proteção à Natureza pelo apoio financeiro ao desenvolvimento deste trabalho.
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Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 112
Tabela 1- Padrões globais de distribuição das pteridófitas da Caatinga, suas ocorrências nas
províncias fitogeográficas e Regiões brasileiras (N- Norte; CO- Centro-Oeste; NE- Nordeste;
SE- Sudeste; S- Sul).
Uma flora pteridofítica composta por 37 táxons em uma área amostral tão
ampla como a província fitogeográfica da Caatinga, poderia a princípio parecer
pouco representativa. No entanto, levando em conta o fato de que na Caatinga a
água é um fator limitante, e sendo este um fator importante para o estabelecimento
da maioria das espécies de pteridófitas conhecidas, a referida pteridoflora pode ser
apontada como bastante apreciável.
Enquanto que poucas espécies suportam os ambientes mais xéricos na
Caatinga, uma parte considerável da pteridoflora inventariada sobrevive
exclusivamente em microhábitats úmidos e sombreados como fendas de rochas,
barrancos em áreas sombreadas, nascentes, lagoas temporárias ou áreas de solos
alagados.
Espécies em hábitats epifíticos, comumente mais expostos, foram pouco
observadas, por isso não causou surpresa a raridade de espécies epífitas na
composição da flora pteridofítica na Caatinga, tendo sido registradas apenas quatro
táxons, todos pertencentes à família Polypodiaceae. Tais espécies ocorrem
preferencialmente sobre uma típica palmeira comumente chamada de “ouricuri” ou
“licuri” (Syagrus coronata (Mart.) Becc.).
A marcante presença de espécies aquáticas na composição florística,
representadas pelos gêneros Salvinia, Azolla, Marsilea e Isoetes, demonstra que a
estratégia desses táxons para desenvolver-se no semi-árido, sobrevivendo à fortes
secas na forma de esporos ou esporocarpos de resistência, parece ser bastante
eficaz para o estabelecimento dessas pteridófitas na Caatinga.
Da mesma forma, a alta representatividade de espécies poiquilohídricas
evidencia a eficiência dessa estratégia de sobrevivência a ambientes de clima semi-
árido, pois ao enrolar suas folhas durante os períodos secos, seus esporos ficam
mais expostos, tornando mais fácil a dispersão, e portanto, a sobrevivência ao meio.
A altitude parece ser também um importante fator para o estabelecimento de
muitas pteridófitas na Caatinga, tendo sido observado que a maioria das espécies
ocorre em cotas altimétricas superiores a 400 m. Tal afirmação se justifica pelo fato
de que em altitudes mais elevadas, o clima na Caatinga é mais ameno e, portanto,
menos suscetível à semi-aridez típica do meio.
Ao contrário das angiospermas, as pteridófitas apresentam um baixo índice
de endemismo na Caatinga, onde a maioria das espécies é de ampla distribuição
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 118
nos trópicos, reforçando a hipótese de que sua pteridoflora em grande parte é
originária de outros tipos vegetacionais, principalmente da Floresta Atlântica,
considerada como um dos centros de endemismo e especiação do neotrópico, além
de que apresenta uma estreita relação florística com a Caatinga.
As espécies categorizadas como fora da Caatinga, teoricamente são táxons
não adaptados às sazonalidades do semi-árido, sendo improvável que suas
populações sobrevivam ao longo das estações do ano, exceto em áreas com
suprimento perene de água. É por isso que, quando ocorrem dentro dos limites do
bioma, ora se encontram em áreas mistas, abrigando-se nos encraves de Floresta
Úmida, ora em áreas intensamente antropizadas, onde há completa
descaracterização da Caatinga.
Mesmo fazendo parte do mesmo bioma no Brasil (a Savana), a Caatinga e o
Cerrado não apresentaram a mesma relação quanto à sua pteridoflora se
comparada com a Floresta Atlântica. Talvez a existência de inúmeras projeções da
Floresta Atlântica na Caatinga explique a estreita relação florística entre esses
domínios morfoclimáticos.
Destacam-se Selaginella convoluta, Anemia filiformis, Doryopteris concolor e
Adiantum deflectens, sempre presentes na maioria das áreas visitadas e
pesquisadas. Embora ocorram em outros tipos vegetacionais, estas espécies, em
conjunto, podem caracterizar qualquer área de Caatinga.
A ocorrência de 31 novas referências de pteridófitas em vários Estados
nordestinos, notadamente em Sergipe (oito novos registros) e Rio Grande do Norte
(seis novos registros), evidencia a importância desse trabalho por seu caráter
pioneiro e abrangente, preenchendo importantes lacunas de conhecimento sobre a
flora pteridofítica do Brasil, especialmente da Caatinga.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 119
7. ANEXOS
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 120
Objetivo
A Acta Botanica Brasilica, publica em Português, Espanhol e Inglês, artigos originais, comunicações curtas e
resumos de dissertações e teses em Botânica.
1. A Acta Botanica Brasilica (Acta bot. bras.) publica artigos originais em Português, Espanhol e Inglês.
2. Os artigos devem ser concisos, em quatro vias, com até 25 laudas, seqüencialmente numeradas, incluindo
ilustrações e tabelas (usar fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço entre linhas 1,5; imprimir em papel
tamanho A4, margens ajustadas em 1,5 cm). A critério da Comissão Editorial, mediante entendimentos prévios,
artigos mais extensos poderão ser aceitos, sendo o excedente custeado pelo(s) autor(es).
3. Palavras em latim no título ou no texto, como por exemplo: in vivo, in vitro, in loco, et al. devem estar em
itálico.
4. O título deve ser escrito em caixa alta e baixa, centralizado, e deve ser citado da mesma maneira no Resumo e
Abstract da mesma maneira que o título do trabalho. Se no título houver nome específico, este deve vir
acompanhado dos nomes dos autores do táxon, assim como do grupo taxonômico do material tratado (ex.:
Gesneriaceae, Hepaticae, etc.).
5. O(s) nome(s) do(s) autor(es) deve(m) ser escrito(s) em caixa alta e baixa, todos em seguida, com números
sobrescritos que indicarão, em rodapé, a filiação Institucional e/ou fonte financiadora do trabalho (bolsas,
auxílios etc.). Créditos de financiamentos devem vir em Agradecimentos, assim como vinculações do artigo a
programas de pesquisa mais amplos, e não no rodapé. Autores devem fornecer os endereços completos, evitando
abreviações, elegendo apenas um deles como Autor para correspondência. Se desejarem, todos os autores
poderão fornecer e-mail.
- RESUMO e ABSTRACT (em caixa alta e negrito) - texto corrido, sem referências bibliográficas, em um
único parágrafo e com cerca de 200 palavras. Deve ser precedido pelo título do artigo em Português, entre
parênteses. Ao final do resumo, citar até cinco palavras-chave à escolha do autor, em ordem de importância. A
mesma regra se aplica ao Abstract em Inglês ou Resumen em Espanhol.
- Introdução (em caixa alta e baixa, negrito, deslocado para a esquerda): deve conter uma visão clara e concisa
de: a) conhecimentos atuais no campo específico do assunto tratado; b) problemas científicos que levou(aram)
o(s) autor(es) a desenvolver o trabalho; c) objetivos.
- Material e métodos (em caixa alta e baixa, negrito, deslocado para a esquerda): deve conter descrições breves,
suficientes à repetição do trabalho; técnicas já publicadas devem ser apenas citadas e não descritas. Indicar o
nome da(s) espécie(s) completo, inclusive com o autor. Mapas - podem ser incluídos se forem de extrema
relevância e devem apresentar qualidade adequada para impressão. Todo e qualquer comentário de um
procedimento utilizado para a análise de dados em Resultados deve, obrigatoriamente, estar descrito no item
Material e métodos.
- Resultados e discussão (em caixa alta e baixa, negrito, deslocado para a esquerda): podem conter tabelas e
figuras (gráficos, fotografias, desenhos, mapas e pranchas) estritamente necessárias à compreensão do texto.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 127
Dependendo da estrutura do trabalho, resultados e discussão poderão ser apresentados em um mesmo item ou em
itens separados.
As figuras devem ser todas numeradas seqüencialmente, com algarismos arábicos, colocados no lado inferior
direito; as escalas, sempre que possível, devem se situar à esquerda da figura. As tabelas devem ser
seqüencialmente numeradas, em arábico com numeração independente das figuras.
Tanto as figuras como as tabelas devem ser apresentadas em folhas separadas (uma para cada figura e/ou tabela)
ao final do texto (originais e 3 cópias). Para garantir a boa qualidade de impressão, as figuras não devem
ultrapassar duas vezes a área útil da revista que é de 17,5 23,5 cm. Tabelas - Nomes das espécies dos táxons
devem ser mencionados acompanhados dos respectivos autores. Devem constar na legenda informações da área
de estudo ou do grupo taxonômico. Itens da tabela, que estejam abreviados, devem ter suas explicações na
legenda.
As ilustrações devem respeitar a área útil da revista, devendo ser inseridas em coluna simples ou dupla, sem
prejuízo da qualidade gráfica. Devem ser apresentadas em tinta nanquim, sobre papel vegetal ou cartolina ou em
versão eletrônica, gravadas em .TIF, com resolução de pelo menos 300 dpi (ideal em 600 dpi). Para pranchas ou
fotografias - usar números arábicos, do lado direito das figuras ou fotos. Para gráficos - usar letras maiúsculas do
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As figuras e as tabelas devem ser referidas no texto em caixa alta e baixa, de forma abreviada e sem plural (Fig.
e Tab.). Todas as figuras e tabelas apresentadas devem, obrigatoriamente, ter chamada no texto.
Legendas de pranchas necessitam conter nomes dos táxons com respectivos autores. Todos os nomes dos
gêneros precisam estar por extenso nas figuras e tabelas. Gráficos - enviar os arquivos em Excel. Se não
estiverem em Excel, enviar cópia em papel, com boa qualidade, para reprodução.
As siglas e abreviaturas, quando utilizadas pela primeira vez, devem ser precedidas do seu significado por
extenso. Ex.: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV).
Usar unidades de medida de modo abreviado (Ex.: 11 cm; 2,4 µm), o número separado da unidade, com exceção
de percentagem (Ex.: 90%).
Escrever por extenso os números de um a dez (não os maiores), a menos que seja medida. Ex.: quatro árvores;
6,0 mm; 1,0 4,0 mm;125 exsicatas.
Em trabalhos taxonômicos o material botânico examinado deve ser selecionado de maneira a citarem-se apenas
aqueles representativos do táxon em questão e na seguinte ordem: PAÍS. Estado: Município, data, fenologia,
coletor(es) número do(s) coletor(es) (sigla do Herbário).
Ex.: BRASIL. São Paulo: Santo André, 3/XI/1997, fl. fr., Milanez 435 (SP).
No caso de mais de três coletores, citar o primeiro seguido de et al. Ex.: Silva et al.
(atentar para o que deve ser grafado em CAIXA ALTA, Caixa Alta e Baixa, caixa baixa, negrito, itálico).
Chaves de identificação devem ser, preferencialmente, indentadas. Nomes de autores de táxons não devem
aparecer. Os táxons da chave, se tratados no texto, devem ser numerados seguindo a ordem alfabética. Ex.:
1. Plantas terrestres
2. Folhas orbiculares, mais de 10 cm diâm. .......................................................................2. S. orbicularis
2. Folhas sagitadas, menos de 8 cm compr. ...................................................................... 4. S. sagittalis
1. Plantas aquáticas
3. Flores brancas ............................................................................................................... 1. S. albicans
3. Flores vermelhas ........................................................................................................... 3. S. purpurea
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 128
O tratamento taxonômico no texto deve reservar o itálico e o negrito simultâneos apenas para os nomes de
táxons válidos. Basiônimo e sinonímia aparecem apenas em itálico. Autores de nomes científicos devem ser
citados de forma abreviada, de acordo com índice taxonômico do grupo em pauta (Brummit & Powell 1992 para
Fanerógamas). Ex.:
Subdivisões dentro de Material e métodos ou de Resultados e/ou discussão devem ser escritas em caixa alta e
baixa, seguida de um traço e o texto segue a mesma linha. Ex.: Área de estudo - localiza se ...
- Agradecimentos (em caixa alta e baixa, negrito, deslocado para a esquerda): devem ser sucintos; nomes de
pessoas e Instituições devem ser por extenso, explicitando o porquê dos agradecimentos.
- Referências bibliográficas
Silva (1997), Silva & Santos (1997), Silva et al. (1997) ou Silva (1993; 1995), Santos (1995; 1997) ou (Silva
1975; Santos 1996; Oliveira 1997).
- Ao final do artigo: em caixa alta e baixa, deslocado para a esquerda; seguir ordem alfabética e cronológica de
autor(es); nomes dos periódicos e títulos de livros devem ser grafados por extenso e em negrito. Exemplos:
Santos, J. 1995. Estudos anatômicos em Juncaceae. Pp. 5-22. In: Anais do XXVIII Congresso Nacional de
Botânica. Aracaju 1992. São Paulo, HUCITEC Ed. v.I.
Santos, J.; Silva, A. & Oliveira, B. 1995. Notas palinológicas. Amaranthaceae. Hoehnea 33(2): 38-45.
Silva, A. & Santos, J. 1997. Rubiaceae. Pp. 27-55. In: F.C. Hoehne (ed.). Flora Brasilica. São Paulo, Secretaria
da Agricultura do Estado de São Paulo.
Para maiores detalhes consulte os últimos fascículos rescentes da Revista, ou os links da mesma na
internet: www.botanica.org.br. ou ainda artigos on line por intermédio de www.scielo.br/abb.
Não serão aceitas Referências bibliográficas de monografias de conclusão de curso de graduação, de citações de
simples resumos simples de Congressos, Simpósios, Workshops e assemelhados. Citações de Dissertações e
Teses devem ser evitadas ao máximo; se necessário, citar no corpo do texto. Ex.: J. Santos, dados não
publicados ou J. Santos, comunicação pessoal.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 129
O trabalho deve ser encaminhado pelo autor ao editor responsável, através de ofício contendo o
endereço e e-mail do remetente. Em caso de trabalhos em co-autoria a comissão editorial
considerará o remetente como o responsável pelo mesmo.
3. Nome(s) dos autore(s): devem vir logo após o título, em caixa alta e baixa, alinhados à direita,
com números sobrescritos que indicarão, em rodapé, instituição com endereço completo, fonte
financiadora e e-mail do(s) autore(s).
4. Resumo e Abstract: em caixa alta e com deslocamento para a esquerda. Texto corrido com no
máximo 1500 caracteres (com espaços).
6. Introdução: em caixa alta e deslocado para a esquerda. Deve conter uma visão clara e concisa do
assunto tratado, problemas científicos que conduziram ao desenvolvimento do trabalho e objetivos.
7. Material e Métodos: em caixa alta e deslocado para a esquerda. As descrições devem ser claras e
concisas; técnicas já publicadas podem ser apenas citadas juntamente com a indicação do autor.
10. Referências bibliográficas: em caixa alta e deslocada para a esquerda. Devem seguir ordem
alfabética e cronológica de autor(es), usando letras como um segundo critério quando necessário (ex.
1996a, 1996b, etc.). Os nomes dos autores devem ser em caixa alta e baixa e nomes dos periódicos
e títulos de livros, em negrito, preferencialmente por extenso.
Exemplos:
Leite, C. L. 1995. Polyporaceae na Ilha de Santa
Catarina. III. O gênero Hexagonia Fr. Insula
23: 3-14.
Baseia, I. G. & Milanez, A. I. 2000. Primeiro
registro de Scleroderma polyrhizum Pers.
(Gasteromycetes) para o Brasil. Acta Botanica
Brasilica 14(2): 181-184.
Xavier, S. R. S. Pteridófitas da Caatinga: lista anotada, análise da composição florística... 131
Smith, G. M. 1979. Botânica criptogâmica. 3ed.
Lisboa, Fundação Caloust Gulbenkian. v. 1.
Rabinowitz, D.; Cairns, S. & Dillon, T. 1986.
Seven forms of rarity and their frequency in
the flora of British Isles. In: Soulé, M. E.
(Ed.). Conservation biology. Sunderland,
Sinauer. p. 182-204.
Souza, M. L. D. R. 1984. Estudo taxonômico do
gênero Tibouchina Aubl. (Melastomataceae)
no Rio Grande do Sul. Dissertação de
Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre, Brasil.
11. Tabelas e figuras: devem vir em folhas separadas, claramente identificadas no verso com o
número da figura e o(s) nome(s) do(s) autor(es). Devem conter explicações claras e concisas e
numeradas com algarismos arábicos de acordo com sua sequência no texto. Desenhos, gráficos e
mapas são tratados como figuras e devem ser indicadas em caixa alta e baixa, de forma abreviada e
sem plural (Fig. e Tab.). Devem ser feitos a nanquim preto, preferencialmente em papel vegetal, e as
fotografias preto e branco devem ser em papel brilhante. Pranchas devem ser montadas em papel
vegetal. Seus tamanhos devem permitir sua redução para o máximo de 17 cm x 11 cm. Caso este
material esteja digitalizado, as figuras devem ser salvas em formato JPG e inseridas em arquivo texto
(Word) através dos comandos: inserir→ figura→ do arquivo. O Editor distribuirá as figuras do modo
mais econômico. Fotografias coloridas poderão ser aceitas a critério da Comissão Editorial, desde
que o(s) autor(es) arquem com os custos de impressão.
Estudos taxonômicos: Nas descrições as dimensões devem ser expressas de forma abreviada
(comprimento = compr., largura = larg., altura = alt.); comprimento x largura devem ser indicados da
seguinte maneira: lâmina foliar 3,5x2,3cm; hífen deve ser usado para extremos entre parênteses:
inflorescência (8,2-)10-12(-12,5)cm compr., exceto quando não existem valores intermediários: (2)4(6)
lóculos. O material examinado deve estar em ordem alfabética e seguir a seguinte ordem: país,
estado, município, localidade se houver, data, coletor(es) n. coletor(es), sigla do herbário. Ex.
BRASIL. SANTA CATARINA: Florianópolis, Lagoa da Conceição, 15/X/2001, A. Silva & B. Oliveira
1250 (FLOR). Atentar para o que deve ser grafado em CAIXA ALTA, Caixa Alta e Baixa, negrito e
itálico. No caso de mais de dois coletores, citar o primeiro seguido de et al. Ex. B. Oliveira et al.
Fenologia pode ser incluída após a data de coleta, referindo de forma abreviada entre parênteses: fl
para flor e fr para fruto (fl, fr).
Chaves de identificação devem ser indentadas e os táxons numerados de acordo com a ordem de
apresentação no texto. Ex.
1. Árvores
2. Folhas trifolioladas......................4. D. incana
2. Folhas unifolioladas.................2. D. balansae
1. Arbustos
3. Plantas com até 20cm de altura
4. Fruto glabro.....................3. D. glabrescens
4. Fruto pubescente ......................1. D. pilosa
3. Plantas com 80-100cm de altura
5. Flores brancas....................5. D.tweediana
5. Flores vermelhas ........... 6. D. sanguinalis
No cabeçalho dos táxons tratados ao longo do texto, os nomes aceitos devem ser referidos
simultaneamente em negrito e itálico e o basônimo e sinonímia somente em itálico. Nomes de autores
de nomes científicos devem ser de acordo com “Authors of plants names” de Brummith & Powell,
1992 (disponível na internet).
O artigo aceito para publicacão deverá ser encaminhado na versão definitiva em disquete 3 ½” ou em
CD ROM, além de duas cópias impressas. Erros na versão definitiva são de total responsabilidade
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