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FACULDADE SÃO JOSÉ - FSJ

BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

SPED – SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL:


O impacto da implantação da nota fiscal eletrônica para a contabilidade no Brasil.

KLEBER OLIVEIRA RODRIGUES

Timon
2010
KLEBER OLIVEIRA RODRIGUES

SPED – SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL:


O impacto da implantação da nota fiscal eletrônica para a contabilidade no Brasil.

Monografia apresentada a Faculdade São José - FSJ


como requisito para obtenção do grau de Bacharel
em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Ronaldo da Silva Araújo.

Timon
2010
KLEBER OLIVEIRA RODRIGUES

SPED – SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL:


O impacto da implantação da nota fiscal eletrônica para a contabilidade no Brasil.

Essa Monografia de Trabalho de Conclusão de Curso foi julgada adequada para obtenção do
grau de bacharel em Ciências Contábeis e aprovada em sua forma final pela Faculdade São
José – FSJ.

Aprovada em / / 2010

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________
Prof. Mestrando: Ronaldo da Silva Araújo
Presidente Orientador

________________________________________________
Prof. Especialista: Thais Carvalho A. de Aguiar Coqueiro
Membro da Banca Examinadora

___________________________________________
Prof. Especialista: Adriano César Bezerra da Silva
Membro da Banca Examinadora

Timon(MA), 04 de Março de 2010.


Dedico este trabalho a Deus, a meus familiares
em especial minha mãe Mariene. E a todos
meus amigos que estiveram sempre me
incentivando a esta conquista mesmo diante de
todas as dificuldades.
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço a Deus por me conceder a vida e pela persistência em


não desistir diante das dificuldades.
A minha mãe Maria Mariene Oliveira Rodrigues, pelos ensinamentos de amor,
dedicação e verdade.
Aos meus familiares e amigos, que estiveram presentes nos momentos difíceis e fáceis
da minha vida, me apoiando sempre nos momentos de fraqueza e assim me fortalecendo para
que eu não desistisse.
Ao meu orientador, Prof. Ronaldo que me ensinou e orientou a refletir sobre o
assunto, e também pela paciência e compromisso neste trabalho.
A todos os professores que contribuíram com seus conhecimentos e experiências.
Aos amigos de classe pela convivência, onde juntos conseguimos superar as
dificuldades e adquirir incentivo para chegarmos ao fim desta jornada.
A Faculdade São José pela oportunidade profissional.
A todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste sonho.
RESUMO

Este é um trabalho de cunho cientifico, o qual se dirige à comunidade profissional cientifica,


que utiliza as operacionalidades econômicas e financeiras das pessoas jurídicas, buscando
demonstrar a modernização tecnológica do Fisco Brasileiro, que foi obrigado a criar novos
processos de informações para acompanhar o crescente desenvolvimento tecnológico das
organizações e a complexidade do ambiente macroeconômico e microeconômico. O Brasil
estar passando por uma forte transformação em sua área de controle tributário e fiscal. Com o
surgimento do Decreto nº. 6.022, de 22 de janeiro de 2007, um novo sistema informatizado da
Receita Federal começou a mudar, e muito, a vida das empresas. A novidade, batizada de
SPED, sigla para Sistema Público de Escrituração Digital, determina a transferência para o
meio eletrônico de todas as obrigações contábeis e fiscais das empresas, hoje cumpridas com
um interminável preenchimento de formulários e livros. O lado positivo da mudança é a
simplificação e padronização de muitos processos tributários, o que não é pouco, facilitando a
vida do contribuinte brasileiro, ocorrendo um avanço no combate à informalidade, já que a
Receita passará a ter condições de acompanhar eletronicamente a vida das empresas. Com o
SPED, surgiu também o projeto NF-e que a Receita Federal instituiu mudanças significativas
no processo de emissão e gestão das informações fiscais, trazendo grandes benefícios para os
contribuintes e as administrações tributárias, como redução de custos de impressão, redução
de custos de aquisição de papel, redução de custos de envio do documento fiscal, redução de
custos de armazenagem de documentos fiscais, simplificação de obrigações acessórias, como
dispensa de AIDF, redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira,
incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes. Com estas novidades o contador
também sofre o reflexo, pois ele é o responsável pelas informações Empresas X Fisco e vice e
versa, tendo a importante missão de estar em constantes atualização para transformar os
desafios das novidades em oportunidade.

Palavras-chave: Sistema Público de Escrituração Digital. Nota Fiscal Eletrônica. Tecnologia.


ABSTRACT

This is a work of a scientific nature, which addresses the professional scientific community,
which uses the operational economic and financial entities, seeking to demonstrate the
technological modernization of the Brazilian National Treasury, who was forced to create new
ways of information to keep pace with the technological development organizations and the
complexity of macroeconomic and microeconomic. Brazil is going through a major
transformation in its area of tax control and tax. With the emergence of the Decree. 6022, 22
January 2007, a new computerized system Internal Revenue Service began to change, and
much, life companies. The novelty, called SPED, which stands for Public System of Digital,
determines the transfer to electronic media of all financial obligations and fiscal issues, today
met with an endless form filling and books. The positive side of change is the simplification
and standardization of many tax claims, which is something, making life easier for the
Australian taxpayer, affecting an advance in the fight against informality, since the IRS will
be able to electronically monitor the lives of companies. With the SPED, the project also
came NF-and that the IRS introduced significant changes in the process of issuing and
managing tax information, bringing great benefits for taxpayers and tax administrations, such
as lower printing costs, lower costs purchase of paper, reduced costs of transmission of the
invoice, reducing storage costs of tax documents, facilitation of ancillary obligations such
waiver AIDF, reducing time to stop trucks at border posts Fiscal, encourage use of
relationships electronics customers. These new counter also suffers reflection, because he is
responsible for the information Fisco Company X and vice versa, providing an important
mission to be in constant update to turn challenges into opportunity news.

Keywords: Public System of Digital. Electronic Invoice. Technology.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABBC Associação Brasileira de Bancos


ABRASCA Associação Brasileira das Companhias Abertas
ABRASF Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das
Capitais
AIDF Autorização para Impressão de Documentos Fiscais
AIIM Auto de Infração e Imposição de Multa
AMERICAN INSTITUT Instituto Americano
OF CERTIELD PUBLIC de Certificado Público
ACCOUNTANTS Contábil
ANDIMA Associação Nacional das Instituições do Mercado
Financeiro
ANFAVEA Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores
ANTT Agência Nacional de Transportes Terrestres
BACEN Banco Central
CALAMO Pena de Escrever
CF Constituição Federal
CFC Conselho Federal de Contabilidade
CNAE Código Nacional de Atividade Econômica
CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
COFIS Coordenação de Fiscalização
COSIF Plano Contábil das Instituições Financeiras
COTEPE Comissão Técnica Permanente do ICMS
CSLL Contribuição Social Sobre o Lucro Liquido
CT-e Conhecimento de Transporte Eletrônico
CTN Código Tributário Nacional
CVM Comissão de Valores Mobiliários
DAC Depósito Alfandegado Certificado
DAM Documento de Arrecadação Municipal
DANFE Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica
DAPI Declaração de Apuração e Informações do ICMS
DCTF Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais
DECLAN Declaração Anual
DES Declaração Eletrônica de Serviços
DFMS Declaração Fiscal Mensal de Serviços
DIC Declaração de Informação dos Contribuintes
DIEF Declaração de Informações Econômico-Fiscais
DIME Declaração do ICMS e do Movimento Econômico
DIPAM Declaração para o Índice de Participação dos Municípios
DIPJ Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa
Jurídica
DIRF Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte
DMS Declaração Mensal de Serviços
DNF Demonstrativos de Notas Fiscais
DNRC Departamento Nacional de Registro de Comércio
DPEC Declaração Prévia de Emissão em Contingência
DPI Declaração Periódica de Informação
ECD Escrituração Contábil Digital
EFD Escrituração Fiscal Digital
e-LALUR Livro Eletrônico de Escrituração e Apuração do Imposto de
Renda e Contribuição Social Sobre Lucro Liquido das
Pessoas Jurídicas Lucro Real
ENAT Encontro Nacional de Administradores Tributários
ENCAT Encontro Nacional dos Coordenadores e Administradores
Tributários Estaduais
FCONT Controle Fiscal Contábil de Transição
FEBRABAN Federação Brasileira de Bancos
FENACON Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis
FENAINFOR Federação Nacional da Informática
FS Formulário de Segurança
FS-DA Formulário de Segurança Auxiliar de Documentos Fiscais
Eletrônicos
GIA Guia de Informações Anual
GIM Guia de Informações Mensal
GISS Guia de Informação e Escrituração Eletrônica de ISSQN
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de
Serviços
ICP Infra-estrutura de Chaves Públicas
IN Instrução Normativa
IPI Imposto Sobre Produtos Industrializados
SPED Sistema de Escrituração Digital
ISS Imposto Sobre Serviços
ISSO Imposto Sobre Serviços On-line
NBC Normas Brasileiras de Contabilidade
NF-e Nota Fiscal Eletrônica
NFS-e Nota Fiscal de Serviço Eletrônica
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PAFS Pedido de Aquisição de Formulário de Segurança
PER/DCOMP Pedido Eletrônico de Restituição/Ressarcimento de Rebolso
e Declaração de Compensação
PIS Programa de Integração Social
PVA Programa Validador de Arquivos
RCPJ Registro Civis das Pessoas Jurídicas
RFB/SRF Receita Federal do Brasil
RTT Regime Tributário de Transição
SEFAZ Secretária da Fazenda
SEPRO Serviço de Processamento de Dados
SINIEF Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-
Fiscais
SINTEGRA Sistema Integrado de Informações Interestaduais de
Mercadoria e Serviços
SRP Secretária da Receita Previdenciária
SUFRAMA Superintendência da Zona Franca de Manaus
SUSEP Superintendência de Seguros Privados
UF Unidade Federativa
PAPIRO Papel
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pirâmide da Escrita Contábil.............................................................................. P. 16


Figura 2 - A evolução da Nota Fiscal ................................................................................. P. 28
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................13
1.1 Justificativa.....................................................................................................................13
1.2 Problema.........................................................................................................................13
1.3 Pressuposto.....................................................................................................................13
1.4 Objetivos ........................................................................................................................14
1.5 Procedimentos metodológicos........................................................................................14
1.6 Organização do trabalho.................................................................................................14
2 A ESCRITA CONTÁBIL .............................................................................................16
2.1 Escrituração do mundo antigo........................................................................................16
2.2 Escrituração do mundo medierval..................................................................................19
2.3 Escrituração do mundo moderno....................................................................................20
2.4 Escrituração no mundo cientifico...................................................................................22
2.5 Os impactos da era da informação ................................................................................23
3 SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL..........................................25
3.1 Nota Fiscal Eletrônica ....................................................................................................26
3.2 Importância da Nota Fiscal ............................................................................................28
3.3 Certificado Digital..........................................................................................................30
3.4 O Fisco na Era Digital ....................................................................................................31
3.5 Premissas ........................................................................................................................34
3.6 Objetivos ........................................................................................................................35
4 METODOLOGIA..........................................................................................................38
4.1 Ambiente da pesquisa.....................................................................................................38
4.2 Caracterização da pesquisa ............................................................................................38
4.3 Coleta de dados ..............................................................................................................38
5 ATUAÇÃO DO SPED E A NOTA FISCAL ELETRÔNICA ...................................40
5.1 NF-e Ambiente Nacional ...............................................................................................41
5.2 NFS-e..............................................................................................................................43
5.3 SPED Fiscal....................................................................................................................45
5.4 CT - e..............................................................................................................................46
5.5 SPED Contábil ...............................................................................................................48
5.6 FCONT...........................................................................................................................51
5.7 Central de Balanços........................................................................................................53
5.8 E-Lalur............................................................................................................................53
6 O IMPACTO DA IMPLANTAÇAO DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA PARA A
CONTABILIDADE NO BRASIL ................................................................................55
6.1 Benefícios gerados com a implantação da NF-e ...........................................................57
7 CONCLUSÃO................................................................................................................62
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................64
ANEXOS ..............................................................................................................................66
1 INTRODUÇÃO

As mudanças significativas tanto nas normas e padrões que norteiam a


Contabilidade, quanto nos procedimentos contábeis, caracteriza-se no processo de melhoria e
aprimoramento da Escrita Contábil durante séculos, onde as velhas rotinas operacionais
cedem espaço para a modernização sistemática digital com a informatização e o advento da
Internet, que se torna ferramenta indispensável para tal realidade.

1.1 Justificativa

O presente trabalho tem a finalidade de mostrar a importância da evolução


operacional da Escrita Contábil desde sua criação no período do homem antigo ao Sistema
Público de Escrituração Digital(SPED), criado pelo Decreto nº. 6.022 de 22 de janeiro de
2007, proporcionando aos estudantes, empresários e contadores uma ampla visão de
benefícios e oportunidades que o SPED e a NF-e(Nota Fiscal Eletrônica) oferecem.

1.2 Problema

O cenário fiscal no Brasil estar sofrendo mudanças bruscas com a nova


regulamentação do SPED, pois começou somente com as empresas tributadas com o Imposto
de Renda com base no Lucro Real. Porém, com o decorrer destas mudanças nos próximos
anos, as micros e pequenas empresas deverão ser atingidas pelo novo modelo.
Portanto, assim é proposto o tema, o impacto da implantação da nota fiscal
eletrônica para a contabilidade no Brasil e o problema que se apresenta: como minimizar e
tirar proveitos dos impactos da utilização da Nota Fiscal Eletrônica e do Sistema Público de
Escrituração Digital (SPED) pelos contadores e administradores do País?

1.3 Pressupostos

O SPED, além de fazer parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),


funciona como ferramenta de fiscalização e desburocratização na relação entre o Fisco e os
contribuintes gerando muitas dúvidas entre os administradores e contabilistas de todo o país.
Sendo possível depois da criação da Nota Fiscal Eletrônica – NF-e, consiste na
modernização sistemática atual do cumprimento das obrigações, as quais, os empresários e a
sociedade empresária estão obrigados a seguir em um sistema de contabilidade com base na
escrituração uniforme de seus livros. Esta obrigatoriedade da escrita fiscal e contábil por meio
digital, produz uma séries de necessidades que são relevantes às empresas. Dentre elas
podemos destacar a capacidade tecnológica e das pessoas, a integração de pessoas, revisão de
todos os processos e a oportunidade de economia fiscal entre outros.

1.4 Objetivos

Tem como objetivo apresentar ao leitor que no Brasil, com uma infinita diversidade de
obrigações tributárias, podemos transformar o SPED em uma ótima oportunidade de
economia financeira e de tempo com o Fisco e a sociedade, além de podermos fazer um
melhor planejamento financeiro e estratégico nas empresas.

1.5 Procedimentos metodológicos

As metodologias utilizadas na aplicação deste trabalho, foram os métodos dedutivo e


indutivos, consistindo em idéias e enunciados em gerais proposto em ordem como principio
de um raciocínio para chegar a uma conclusão particular, contando com as conclusões
genéricas tiradas de fatos particulares. Com a reflexão sistemática, a observação dos fatos,
estabelecidos em leis e checagem de informações, adicionado com o conhecimento já
adquirido, a pesquisa num procedimento formal, exigiu pensamento reflexivo e tratamento
cientifico.

1.6 Organização do trabalho

Analisando as etapas do projeto de pesquisa, considerasse a organização do trabalho


composto: 1) Introdução; 2)A Escrita Contábil; 3) Sistema Público de Escrituração Digital;
4)Metodologia; 5) Atuação do Sped e a nota fiscal eletrônica; 6) O impacto da implantação da
nota fiscal eletrônica para a contabilidade no Brasil; 7) Conclusão; Referências e anexos.
Na introdução, é apresentada a justificativa, o problema, o pressuposto, objetivos,
procedimentos metológicos e a organização do trabalho. Na segunda seção, foi abordado o
surgimento da Escrita Contábil, desde sua criação, passagem pelo mundo antigo até à
atualidade. Na terceira seção, entra o SPED, sendo apresentado sua origem e benefícios. A
metodologia que se fala a respeito do ambiente e caracterização do projeto de pesquisa, e da
coleta de dados encontra-se na quarta seção. Na quinta seção, é discutido a obrigatoriedade e
não-obrigatoriedade da NF-e e apresentados os campos de atuação do Sped que são, Sped
Contábil, Sped Fiscal, NF-e, NFS-e, CT-e, e-Lalur, Central de Balanços, FCONT, sendo
discutido os fundamentos e os benefícios de cada. Na sexta seção, é abordado os benefícios
que a nota fiscal eletrônica trouxe ao Brasil. E finalmente na sétima seção, é feita a conclusão
de todo trabalho do assunto em questão.
2 A ESCRITA CONTÁBIL

A capacidade de observação do ser humano sempre foi a matriz da formação de


conceitos e a Escrita Contábil dependeu muito destes. Com o evoluir dos recursos da
inteligência do homem, conceitos se agregaram e outras coisas foram sempre cada vez mais
sendo abrangidas pelo registro contabilístico. Assim, nesse complexo, se inseria a natureza
das transformações, onde o curso das coisas e a avaliação das quantidades passaram a
predominar.
Acredita-se que a gênese dos primeiros registros se encontra nos sulcos ou rabiscos e
sinais encontrados nas grutas e cavernas da Antiguidade como meios patrimoniais, segundo
SÁ (1999, p 17): “Antes que o homem soubesse escrever e antes que soubesse calcular, criou
ele a mais primitiva forma de inscrição que foi a artística, da qual se valeu para também
evidenciar seus feitos e o que havia conquistado para seu uso.”
Independentemente de serem manifestações artísticas, é inegável que o mesmos tenha
contribuído para o surgimento dos primeiros registros. Portanto, quando o homem passou a
ter morada fixa, surgiram as primeiras manifestações humanas da necessidade social de
proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com objetivo material
para alcançar os fins propostos, havendo a necessidade de registro do comércio, ligando com
a origem da Contabilidade.
Podemos resumir a evolução da escrituração contábil da seguinte forma:

Figura 1 – Pirâmide da Escrita Contábil


Fonte: Autor

2.1 Escrituração do mundo antigo

Este período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã,
quando apareceu o Liber Abaci , da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
Foi possível perceber que os primeiros registros encontrados se processaram de forma
rudimentar na memória do homem, tendo como objeto de controle o Patrimônio, representado
pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos, utilizando gravações e outros
métodos alternativos. O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o
método adotado para o controle dos bens, que eram classificados segundo sua natureza, como,
rebanhos, metais, escravos, etc. A palavra, Conta, designa o agrupamento de itens da mesma
espécie. Estas primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o
homem registrava os seus primeiros desenhos e gravações.
Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças
de argila, retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam
aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente convexas.
Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal
cuja existência se queria controlar e o numero correspondente às cabeças existentes. O
registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se processa. O nome da conta Matrize,
por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto o aspecto numérico se tornou mais
qualificado, com o acréscimo do valor monetário ao quantitativo. Esta evolução permitiu que,
paralelamente à Aplicação, se pudesse demonstrar, também, a sua Origem.
Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro
de Gênesis, encontram-se, em escavações, importantes documentos contábeis, tabela de
escrita cuneiforme, onde estão registradas contas referentes á mão-de-obra e materiais, ou
seja, Custos Diretos. Isto significa que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já
considerava fundamental escriturar todas as operações realizadas nas transações comerciais
para apurar os seus custos.
Com a escrituração contábil o sistema contábil ficou dinâmico e evoluiu com a
duplicação de documentos e Selos de Sigilo. Os registros se tornaram diários e,
posteriormente, foram sintetizados em papiros ou tábuas, no final de determinados períodos.
Sofreram novas sintetizações, agrupando-se vários períodos, o que lembra o diário, o
balancete mensal e o balanço anual. Já se estabelecia o confronto entre variações positivas e
negativas, aplicando-se, empiricamente, o Princípio da Competência. Reconhecia-se a receita,
a qual era confrontada com a despesa.
A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários
zelosos e sérios em sua profissão. O inventário revestia-se de tal importância, que a contagem
do boi, divindade adorada pelos egípcios, marcava o inicio do calendário adotado.
Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se estabeleciam, de forma primitiva, controles
administrativos e financeiros.
As Partidas de Diário assemelhavam-se ao processo moderno. O registro iniciava-se
com a data e o nome da conta, seguindo-se quantitativos unitários e totais, transporte, se
ocorresse, sempre em ordem cronológica de entradas e saídas.
Segundo o site: http://contabilidadedetodos.blogspost.com/2009/06/historia-da-
contabilidade.html, podemos citar estas contas: Conta de Pagamento de Escravos, Conta de
Vendas Diárias, Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos, etc.
Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em
seus registros. Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata, denominada Shat.
Era a adoção, de maneira prática, do princípio do denominador comum monetário.
Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, já escrituravam Contas de Custos e
Receitas, procedendo, anualmente, a uma confrontação entre elas, para apuração do saldo. Os
gregos aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias
atividades, como administração pública, privada e bancária.
• Na Bíblia
Há interessantes relatos bíblicos sobre controles contábeis, um dos quais o próprio
Jesus relatou em Lucas capítulo 16, versos 5 a 7, onde o administrador que fraudou seu
senhor, alterando os registros de valores a receber dos devedores.
Assim estar escrito na: BÍBLIA (1969).

5 E chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro:


Quanto deves ao meu senhor?
6 Respondeu ele: Cem cados de azeite. Disse-lhe então: Toma a tua conta, senta-te
depressa e escreve cinqüenta.
7 Perguntou depois a outro: E tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros de trigo.
E disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta.

Neste relato, podemos perceber que já era adotado o controle do patrimônio dos
senhores, onde ele descobriu o fraude de seu servo pela análise destes controles, sabendo
assim, o quanto foi furtado na quantia correta.
No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta do
que se tinha. Em Gênesis 41, verso 49. Quando José começou a amontoar e contar uma
quantidade muito grande de serial. Onde estar escrito:
BÍBLIA (1969) “E José continuou a amontoar cereal em grande quantidade, como a
areia do mar, até que por fim desistiram de contá-lo, por que era sem número.”
Neste versículo, as riquezas no Egito, era tão grande que não tinha como ter um
controle exato do estoque. Eles precisavam de pessoas que pudessem ajudar na contagem
física e de alguma forma que facilitassem esta contagem. Para uma maior exatidão e
manutenção do trigo e cereais.
Ainda na mesma Bíblia diz: Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo
patrimônio foi detalhadamente inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de
perder tudo, ele recupera os bens, e um novo inventário é apresentado em Jó, capítulo 42,
verso 12. “E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois Jó
chegou a ter catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas”.
Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 4.22-26 e
10.14-17.
Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para verificar
se o que dispunha era suficiente para construir uma torre em Lucas 14.28-30. Ainda relata em
Mateus 18.23-27, a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada. Tais
relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, a escrituração para o controle de ativos era
prática comum.

2.2 Escrituração do mundo medieval

Este período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o a
contabilidade por partidas dobradas de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando
que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e
negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento
humano.
Na Itália, em 1202, foi publicado o livro Liber Abaci, de Leonardo Pisano. Este livro,
foi o primeiro livro a apresentar influência no campo da Contabilidade, do comércio e da
matemática. SÁ, (1997 p. 36).
Foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da
Contabilidade, denominado a Era Técnica, devido às grandes invenções, como moinho de
vento, aperfeiçoamento da bússola, etc., que abriram novos horizontes aos navegadores, como
Marco Pólo e outros. Logo, a indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas
técnicas no sistema de mineração e metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por
intermédio dos venezianos, surgindo, como conseqüência das necessidades da época, o livro
caixa, que recebia registros de recebimentos e pagamentos em dinheiro. Já se utilizavam, de
forma rudimentar, o débito e o crédito, oriundos das relações entre direitos e obrigações, e
referindo-se, inicialmente, a pessoas.
O aperfeiçoamento e o crescimento da escrita contábil foram a conseqüência natural
das necessidades geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O processo de
produção na sociedade capitalista gerou a acumulação de capital, alterando-se as relações de
trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao trabalho assalariado, tornando os registros mais
complexos. No século X, apareceram as primeiras corporações na Itália, transformando e
fortalecendo a sociedade burguesa.
O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa
precisar em que região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que tornassem
mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de Custos.
Segundo o site: http://contabilidadedetodos.blogspost.com/2009/06/historia-da-
contabilidade.html, no início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de
custos comerciais e industriais, nas suas diversas fases: custo de aquisição, custo de transporte
e dos tributos, juros sobre o capital, referente ao período transcorrido entre a aquisição, o
transporte e o beneficiamento, mão-de-obra direta agregada, armazenamento, etc., o que
representava uma apropriação bastante analítica para época. A escrita já se fazia no moldes de
hoje, considerando, em separado, gastos com matérias-primas, mão-de-obra direta a ser
agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos eram contabilizados por fases
separadamente, até que fossem transferidos ao exercício industrial.

2.3 Escrituração do mundo moderno

O período moderno foi fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos importantes
que ocorreram neste período:
Em 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios
bizantinos emigrasse, principalmente para Itália. Conforme Sousa (1989, p.104): “A questão
iconoclasta, as heresias, as revoltas internas, as guerras externas, as intrigas palacianas
debilitaram o Império Bizantino, que foi se fragmentando até cair, em 1453, em poder dos
turcos otomanos, comandados por Maomé II.”
Em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um enorme
potencial de riquezas para alguns países europeus com os interesses comuns de monarcas e
mercadores europeus que somando esforços, conquistaram para seus paises vários impérios. A
escrita contábil tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras
riquezas que os tempos modernos representavam.
A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de
comerciantes italianos do séc. XIII.
De acordo, com os negócios, os empréstimos a empresas comerciais e os
investimentos em dinheiro determinaram o desenvolvimento de escritas especiais que
refletissem os interesses dos credores e investidores e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos
comerciantes, em suas relações com os consumidores e os empregados.
O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci,
que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade.
A contabilidade por partidas dobradas, publicado em 1494, enfatizando que à teoria
contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos.
Ele somente expôs as terminologias abaixo, do método das partidas dobradas, “per”,
mediante o qual se reconhece o devedor e o “a”, pelo qual se reconhece o credor.
Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa até
hoje.
Pacioli, deixou muitas obras, destacando-se a Proportioni et Proporcionalitá, isto é, os
métodos das partidas dobradas, impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre
Contabilidade e Escrituração.
O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir
conceituava inventário e como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e
razão, e sobre a autenticação deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas,
sociedades, etc., sobre contas em geral, como abrir e como encerrar, contas de
armazenamento, lucros e perdas, que na época, eram Pro e Dano, sobre correções de erros,
sobre arquivamento de contas e documentos, etc.
Apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas
Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana.
De acordo com o site: http://contabilidadedetodos.blogspost.com/2009/06/historia-da-
contabilidade.html, foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da escrituração
contábil por um indivíduo qualquer. O governo passou a somente reconhecer como
contadores, pessoas devidamente qualificadas para o exercício da profissão. A importância da
matéria aumentou com a intensificação do comércio internacional e com as guerras ocorridas
nos séculos XVIII e XIX, que consagraram numerosas falências e a conseqüente necessidade
de se proceder à determinação das perdas e lucros entre credores e devedores.
2.4 Escrituração no mundo científico

Este período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.


É o Período Científico que apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores
consagrados, como, Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público, que, com suas
obra La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche, inicia a nova fase; e
Fábio Bésta, escritor veneziano.
Os estudos envolvendo a escrita contábil fizeram surgir três escolas do pensamento
contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a Escola
Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por Fábio Bésta.
Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse
inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da
Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo postulados jurídicos.
Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os
quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para
ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as
práticas que regem a matéria administrada, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento
patrimonialista.
Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, foi quem pela primeira vez, em 1923, definiu
patrimônio como objeto da Contabilidade. O enquadramento da Contabilidade como elemento
fundamental da equação aziendalista, teve, sobretudo, o mérito incontestável de chamar
atenção para o fato de que a Contabilidade é muito mais do que mero registro; é um
instrumento básico de gestão.
A partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de predominância norte-
americana dentro da Contabilidade.
Enquanto declinavam as escolas européias, floresciam as escolas norte-americanas
com suas teorias e práticas de escrita contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma
ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e trabalho sério dos órgãos
associativos. O surgimento do American Institut of Certield Public Accountants (Instituto
Americano do Certificado Público Contábil) foi de extrema importância no desenvolvimento
da Contabilidade e dos princípios contábeis, várias associações empreenderam muitos
esforços e grandes somas em pesquisas nos Estados Unidos. Havia uma total integração entre
acadêmicos e os já profissionais da Contabilidade, o que não ocorreu com as escolas
européias, onde as universidades foram decrescendo em nível, em importância.
A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por
exemplo, que requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do
estabelecimento das teorias e práticas contábeis, que permitissem carreta interpretação das
informações, por qualquer acionista ou outro interessado, em qualquer parte do mundo.
Nos inícios do século atual, com o surgimento das gigantescas corporações, aliado ao
formidável desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de
desenvolvimento que os Estados Unidos da América experimentou e ainda experimenta,
constitui um campo fértil para o avanço das teorias e práticas contábeis. Não é por acaso que
atualmente o mundo possui inúmeras obras contábeis de origem norte-americanas que tem
reflexos diretos nos países de economia.
No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial,
exigindo, devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados, um melhor
aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público,
juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram
compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a
arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal.

2.5 Os impactos da Era da informação

A informática tem sido um dos ramos do conhecimento que mais tem se desenvolvido
na atualidade, e contribuído de forma relevante para o desenvolvimento de outras ciências.
Na historia da informática, vários acontecimentos marcaram o desenvolvimento
tecnológico, iniciando-se da calculadora de Pascal, passando pelas tabelas de logaritmos do
matemático Babbage e surgimento dos computadores da primeira geração, constituído por
válvulas, depois com a chegada dos transistores, chegamos ao circuito integrado e finalmente
aos microcomputadores lançados nos Estados Unidos pela INTEL.
De lá até os dias atuais, o microcomputador, vêm dia-a-dia sendo inserido no fluxo das
operações e serviços das empresas, através da distribuição de processamento de dados nos
diversos programas à disposição do usuário. Evidentemente a Contabilidade não poderia
deixar de sofre a influencia desse desenvolvimento.
Com a progressiva evolução da tecnologia, os computadores tem se tornado cada vez
mais imprescindíveis no mundo dos negócios, e consequentemente o campo contábil tem sido
impactado por estes aspectos. Sobre isto, assim descreve Cornachione Jr. (2001, p. 105):
“hoje não é mais possível aceitar o eficaz desempenho profissional em um amplo leque de
atividades econômicas, cientificas e educacionais, e mesmo esportivas, sem apoio da
informática, a contabilidade não foge a regra”.
As empresas foram se informatizando, e os processos operacionais ficando cada vez
mais complexos. De maneira que o Tesouro Nacional e Público não tinha como ter controle
sobre o que realmente era arrecadado. Então para possibilitar o pagamento dos tributos pelo
contribuinte, foram criadas as obrigações acessórias para demonstrar o quanto eles têm que
recolher de tributo para o Fisco.
São exemplos de obrigações acessórias, entre outras:
Federais: DCTF, PER/DCOMP, DNF, Dirf, DIPJ.
Estaduais: DAC(AL), DAM(AC,AM), Dapi(MG), Declan(RJ), DF-LE(DF), DIC(SE),
DIEF(CE, ES, MA, PA, PI), Dime(SC), Dipam(SP), DMA/DS(BA), DPI(GO), GIA(AM,
MT, MS, PR, RJ, RS, SP), GIA – ST (todos os estados), GIM(AP, PB, RN), escrituração de
livros fiscais(todos os estados), emissão de notas fiscais(todos os estados).
Municipais: GISS – Maceió, DMS – Salvador, DES – Belo Horizonte, DMS –
Manaus, DMS – Campo Grande, DFMS – Belém, ISSQNDec – Porto Alegre, DS – Recife,
ISS - Curitiba, DES – São Paulo, ISSO – Teresina.
As obrigações, geralmente em formas de declarações, podendo ser obrigações
federais, estaduais, municipais ou do Distrito Federal, porém, é, antes de tudo, o instrumento
de comprovação da obrigação tributária.
3 SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL

Diante da evolução tecnológica constante e aumento do volume de operações pelas


maiores empresas, a fiscalização, da mesma forma que as empresas, foram obrigadas a se
modernizar tecnologicamente.
A modernização completa, contudo, era impedida pela falta de padronização das
informações solicitadas, uma vez que as várias declarações eram solicitadas com linguagem
diversas pelos governos federal, estadual e municipal.
Para iniciar a padronização entre as várias esferas de governo, foi editada a Emenda
Constitucional nº. 42, de 19 de dezembro de 2003, introduzindo o inciso XXII ao artigo 37 à
Constituição Federal de 1988, determinando que as administrações tributárias da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios devem atuar de forma integrada, compartilhando
cadastros e informações fiscais,

(Emenda Constitucional nº 42) As administrações tributárias da União, dos Estados,


do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do
Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários
para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio.

Essa medida, foi necessária para a racionalização das informações, somente pode se
tornar realidade com a ação integrada entre as esferas de fiscalização, possibilitando a
centralização da informação em um banco de dados único.
Dentro dessa situação, a fiscalização ficaria mais eficaz, com ações coordenadas e
com maior possibilidade de intercâmbio de informações fiscais entre as diversas esferas
governamentais. Porém, para isso acontecer, foi necessário que as informações estivessem em
um único banco de dados compartilhado entre as esferas do governo, possibilitando de um
lado a diminuição da quantidade de obrigações a serem entregues pelos contribuintes e por
outro lado o cruzamento de dados, a padronização e a uniformização de procedimentos.
No ENAT (Encontro Nacional dos Administradores Tributários), foram aprovados
dois protocolos de cooperação técnica nas áreas do cadastramento o Projeto do Cadastro
Sincronizado e o que se diz respeito a Nota Fiscal Eletrônica.
3.1 Nota Fiscal Eletrônica

A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) foi o primeiro projeto de integração tributária. Com
uma base de contribuintes que emite mensalmente cerca de 60 milhões de notas fiscais para
documentar operações comerciais, o Estado de São Paulo foi um dos primeiros estados que
pensou na substituição do documento fiscal em papel pelo eletrônico.
A NF-e consiste basicamente na substituição progressiva da atual nota fiscal emitida
em papel nas operações entre empresas por uma documentação fiscal eletrônica digital.
Inspirada em soluções pioneiras do Brasil e do exterior, como a chamada “Factura
Eletrônica”, implantada no Chile em 2003, o ICMS Eletrônico do Rio Grande do Sul, a Nota
Fiscal Eletrônica de Contas Públicas da Bahia e o próprio Sistema Brasileiro de Pagamento, a
NF-e demanda, para ser viável, a criação de um padrão único de operação que servisse a todas
as instâncias de governo.
Para os contribuintes, num primeiro momento, essa atitude propicia uma redução de
custos levando-se em conta apenas a eliminação do trabalho de armazenagem de notas fiscais
em papel, a impressão e o envio de documentos e obrigações acessórias, ou mesmo com
redigitação das informações das notas fiscais.
Para o governo, foi pensado como um modelo nacional, para possibilitar o
compartilhamento, a troca de informações entre os fiscos, além de auditorias eletrônicas e
cruzamento dessas informações.
Foi no II ENAT, que assinaram o Protocolo ENAT nº. 3/2005, visou o
desenvolvimento e a implantação da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), consolidando de forma
definitiva a coordenação técnica e o desenvolvimento do projeto sob a responsabilidade do
ENCAT (Encontro Nacional dos Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais)
com a participação da Receita Federal do Brasil (RFB) de acordo com a clausula abaixo:

Clausula Primeira – Os partícipes se comprometem a promover reuniões e


discussões e a adotar demais providências com vistas ao desenvolvimento da Nota
Fiscal Eletrônica, doravante denominada NF-e, que atenda aos interesses das
respectivas administrações tributárias.

O ENCAT tem por finalidade desenvolver e disseminar as modernas técnicas de


gestão tributária, mediante o intercâmbio de experiências, soluções e sistemas, nas áreas de
arrecadação, fiscalização, tributação, informações econômico-fiscais e outras de interesse da
Administração Tributária, além da uniformização dos procedimentos entre os Estados e o
Distrito Federal, visando a implementação conjunta de soluções consensuais para os
problemas comuns às unidades federadas.
• Cadastro Sincronizado Nacional
Representando o segundo projeto, o Cadastro Sincronizado Nacional representa a
integração dos procedimentos cadastrais relativos às Pessoas Jurídicas e demais entidades no
âmbito das Administrações Tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e dos demais órgãos e entidades que participem do processo de formalização e
legalização de empresas denominados convenentes. Um dos pilares do Cadastro Sincronizado
Nacional é a utilização do número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
(CNPJ) como identificador em todas as esferas de Governo. Como solução compartilhada
entre os mais diversos órgãos envolvidos no registro e formalização de empresas e demais
entidades, o Cadastro Sincronizado Nacional não é um cadastro único e sim uma
sincronização entre os diversos cadastros existentes, que, todos passando a refletir as mesmas
informações cadastrais, respeitando-se as demandas dos órgãos e entidades (convenentes) em
relação à necessidade de informações específicas de cada um.
• Projeto Piloto
Nos meses de abril a julho do ano de 2005, foram iniciados os estudos objetivando a
definição do modelo da NF-e. Em setembro de 2005, foi realizada reunião no Estado de São
Paulo convidando empresas a participarem do Projeto Piloto, em parceria com o estado, para
criação do modelo nacional da NF-e.
Dessa reunião, entre outras convidadas, aceitaram participar do desafio de mudar a
forma de emissão de notas fiscais no país as seguintes empresas: Cervejaria Kaiser S/A,
Companhia Ultragaz S/A, Dimed Distribuidora de Medicamentos S/A, Eurofarma
Laboratórios Ltda., Ford Motor Company Brasil Ltda., General Motors do Brasil Ltda.,
Gerdau Aços Longos S/A, Office Net do Brasil S/A, Petrobras Distribuidora S/A, Petrobras –
Petróleo Brasileiro S/A, Robert Bosch Limitada, Sadia S/A, Siemens VDO Automotive Ltda.,
Souza Cruz S/A, Toyota do Brasil, Volksvagem do Brasil Indústria de Veículos Automotores
Ltda., Wickbold & Nosso Pão Indústria Alimentícias Ltda.
Além dessas empresas, desenvolveram um projeto de nota eletrônica específica para o
setor de energia e telecomunicações as seguintes empresas: Eletropaulo Metropolitana
Eletricidade de São Paulo S/A(documento fiscal de venda de energia elétrica) e Telefônica –
Telesp Telecomunicações de São Paulo S/A (documento fiscal de prestação de serviço de
telecomunicação).
O maior desafio das empresas e dos Fiscos que iniciaram o projeto foi criar um padrão
nacional na emissão de nota fiscal, pensando nas necessidades dos segmentos envolvidos e
nos outros que entrariam posteriormente para que não houvesse impacto nos negócios, além
de elaborar um esquema que fosse flexível para comportar as alterações da legislação.
Com o andamento dos trabalhos e sinergia cada vez maior entre empresas e estados
para o desenvolvimento do projeto, foi comemorado o lançamento do Piloto da NF-e em
março de 2006, cabendo, nessa ocasião, à Receita Federal do Brasil fazer o convite às
empresas participantes desse projeto NF-e para participarem do SPED Contábil (ECD) e
SPED Fiscal (EFD).
Em setembro de 2006, foram emitidas as primeiras notas fiscais eletrônicas com
validade jurídica, iniciando a era digital no procedimento tributário. Feita a implantação, o
governo iniciou a fase de massificação, ainda voluntária, em 2007, contudo, somente com o
Protocolo ICMS nº. 10/2007, iniciou a obrigatoriedade de emissão da NF-e para 100% de
suas operações.

3.2 Importância da Nota Fiscal

Para acobertar a circulação de mercadorias (vendas, transferências, devoluções,


remessas etc.), todo o contribuinte do ICMS ou do IPI deve emitir nota fiscal, sendo
indispensável para a sua confecção, pelas gráficas autorizadas, a solicitação ao Fisco por meio
da AIDF (Autorização de Impressão de Documento Fiscal).
A legislação que rege a emissão de documentos fiscais no Brasil é o Convênio ICMS
s/nº de 15.12.1970, que apesar de sofrer várias alterações ao longo desses anos, não foi
alterada sua essência, que é regular a emissão do documento fiscal em papel.
Ao longo desses anos, o que houve na legislação foi apenas uma evolução na forma de
emissão dos documentos fiscais, a qual pode ser apresentada pela seguinte forma:

Figura 2: A evolução da Nota Fiscal


Fonte: Autor
• Emissão manual (utilização de caneta)
Nessa época, o Fisco não tinha como fazer a autorização das notas fiscais em cada
emissão, assim foi criado a AIDF (Autorização de Impressão de Documentos Fiscais), que
servia como uma autorização prévia de uma faixa de emissão, semelhante a um talão de
cheque e os documentos fiscais eram confeccionados em blocos.
Para a emissão de notas fiscais, por serem feitas manualmente, as empresas
necessitavam de pessoas com boa caligrafia.
• Emissão mecanografica (utilização de máquina de escrever)
Com o tempo e a massificação do uso da máquina de escrever (manual e elétrica) as
empresas passaram a necessitar de pessoas com rapidez na digitação.
Os documentos fiscais além de serem confeccionados em blocos de notas, que não
passavam no carro de máquina de escrever, passaram a ser confeccionados também em jogos
soltos. Contudo, a AIDF continuava sendo necessária para autorização dos dois tipos de
documentos fiscais.
• Emissão por processamento eletrônico de dados (utilização de computador
e impressora)
Na década de 1980, para algumas empresas e na década de 1990 para a maioria, o
computador passou a substituir a máquina de escrever. Nessa fase, os faturamentos passaram
a utilizar novas tecnologias (programas de emissão). Com isso, as empresas precisaram
confeccionar de documentos fiscais na forma de formulários contínuos para que sua
impressão pudesse ser feita nas impressoras matriciais.
• Emissão como impressor autônomo ou laser (utilização de impressora
laser para impressão de leiaute e conteúdo dos campos)
Algumas empresas, diante dos problemas de impressão que encontravam perda de
formulários, por enroscar na impressora, solicitaram regimes especiais para se tornar
impressor autônomo, isto é, emitir nota fiscal a laser.
Nesse sistema, a empresa faria a emissão do leiaute da nota fiscal e do seu conteúdo,
considerando as normas estabelecidas nos Convênios ICMS nº. 57/1995 e 58/1998.
Para fazer a impressão dos documentos fiscais, o contribuinte utiliza formulário de
segurança o obrigando além da solicitação da AIDF passou a autorizar o PAFS (Pedido de
Autorização de Formulário de Segurança).
• Emissão virtual (utilização de nota fiscal eletrônica)
Com o surgimento da nota fiscal eletrônica, pela primeira vez a forma de emissão foi
alterada, não sendo mais em papel, mas por processo digital.
Nessa situação, o contribuinte não mais precisa solicitar uma AIDF, porque a
autorização da nota fiscal é feita individualmente pelo Fisco antes da saída da mercadoria do
estabelecimento.
Mesmo, com a emissão virtual das NF e apesar de varias empresas procurarem
avanços tecnológicos no processo de emissão e guarda de documentos fiscais, o fisco
continua criando obrigações com a utilização de papel como forma de comprovação de
cumprimento da obrigação.

3.3 Certificação Digital

Há tempos que as pessoas utilizam assinaturas à caneta, carimbos, selos, entre outros
recursos, para comprovar a autenticidade de documentos, expressar concordância com
determinados procedimentos, declarar responsabilidades, etc. Hoje, muitas dessas atividades
podem ser feitas através da internet. Mas, como garantir autenticidade, expressar
concordância ou declarar responsabilidade no "mundo eletrônico"? É aí que entra em cena o
certificado digital e conceitos relacionados, como assinatura digital.
O Certificado Digital pode ser definido como sendo a tecnologia que pode tomar
providências necessárias, com mecanismo de segurança, para garantir autenticidade,
confidencialidade e integridade às informações eletrônicas das mensagens e documentos
trocados na internet, ou seja, é a forma encontrada de identificar a autoria nas operações via
internet.
Devido a criação da NF-e e a obrigatoriedade de cada documento fiscal ter sua
validade jurídica é garantida pela assinatura digital, é necessário que todos os contribuintes,
independente do porte da empresa, adquiram o certificado digital.
Com o Certificado Digital, tornou-se possível a comunicação simultânea de trocas de
informações entre o Fisco e os contribuintes. As autoridades de certificação são os
responsáveis pela segurança da navegação necessária das informações, validando-as no
momento da conexão e verificação da assinatura digital.
Ele é um arquivo eletrônico que serve de identificação de seu titular, podendo ser
Pessoa Física ou Pessoa Jurídica, que vem a ser uma forma segura de identificação de partes
envolvidas em transações via internet, sendo um Documento Eletrônico de identidade com
validade jurídica no âmbito do ICP Brasil garantida pela Medida Provisória nº. 2.200-2 de 24
de agosto de 2001.
A Receita Federal do Brasil, descorre das garantias da Certificação Digital, utilizada
nas transações eletrônicas:

- Privacidade nas Transações: É a garantia de que as informações trocadas nas


transações eletrônicas não serão lidas por terceiros.
- Integridade das Mensagens: É a garantia de que as informações trocadas nas
transações eletrônicas não foram alteradas no caminho que percorreram.
- Autenticidade: É a garantia da identidade da origem e destino da informação.
- Assinatura Digital: Permite aferir, com segurança, a origem e a integridadede um
documento eletrônico.
- Não-repúdio: É a garantia de que somente o titular do certificado Digital poderia
ter realizado determinada operação. Brasil(2010)

3.4 O Fisco e a Era Digital

Com a regulamentação do Decreto n º 6.022, de 22 de janeiro de 2007, foi Instituído o


Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), que, faz parte do Programa de Aceleração do
Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) e constitui-se em mais um avanço na
informatização da relação entre o fisco e os contribuintes.
Tem como históricos legislativos o Código Tributário Nacional - CTN, L. 5.172/66 –
Previsão do artigo 199 e parágrafo único, que diz:

A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios


prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e
permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por
lei ou convênio.
Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados,
acordos ou convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros no
interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos.

E, aprovação da Emenda Constitucional nº. 42, de 19 de dezembro de 2003, que


acrescentou o inciso XXII ao artigo 37 da CF/88, dispondo o seguinte:

A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por
servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de
suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

Irá funcionar como ferramenta de fiscalização e desburocratização na relação entre o


Fisco e os contribuintes, de modo geral, consiste na modernização da sistemática atual do
cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações
tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de
assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos
apenas na sua forma digital.
Teve como precedentes, o I ENAT realizado em Salvador (Encontro Nacional dos
Administradores Tributários), no qual, foram criados os Protocolos de Cooperação Técnica I e
II, que consiste em: Protocolo de Cooperação Técnica I – Cadastro Sincronizado Jucerja
(Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro), RCPJ (Registro Civil das Pessoas Jurídicas) e
adoção do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) para fins de ICMS e ISS; e Protocolo
de Cooperação Técnica II - Desenvolvimento de métodos e instrumentos para integração
daquelas administrações tributária.
No II ENAT realizado em São Paulo, foram criados:
Protocolo de Cooperação Técnica nº. 02 (SPED), Protocolo de Cooperação Técnica
03 (NF-e – Nota Fiscal Eletrônica) e o Protocolo de Cooperação Técnica 04 (CNAE-Fiscal –
Código Nacional de Atividade Econômica Fiscal).
E no III ENAT realizado em Fortaleza, os Municípios comprometem-se a coordenar o
desenvolvimento e a implantação da Nota Fiscal Eletrônica de serviços, denominada NFS-e
edo CT-e, com o apoio da SRF e SRP. Temos como os principais Órgãos responsáveis pela
implantação as empresas que se encontram relacionada na Portaria da ESAF nº.413/2002 no
site http://www.esaf.fazenda.gov.br, no qual se define a competência de cada órgão pela
implementação do Programa Nacional de Educação Fiscal. Anexo A.
É esperado que o SPED, seja mais que uma alteração da forma de cumprimento das
obrigações, seja a alteração da cultura do papel, presente em nossa sociedade, pela utilização
de arquivos digitais. Não mais precisando armazenar uma grande quantidade de papel e nem
imprimi-los.
Chegamos num ponto em que a continuidade da sistemática de utilização do papel
dificulta tanto o contribuinte em cumprir as obrigações quanto o estado em fiscalizar, pela
redundância de informações, enorme quantidade de papel armazenada e tempo perdido, para
cumprimento e fiscalização dos procedimentos se controle.
O SPED, representa uma iniciativa integrada das administrações tributárias nas três
esferas governamentais: federal, estadual e municipal.
Possibilita, com as parcerias fisco-empresas, planejamento e identificação de soluções
antecipadas no cumprimento das obrigações acessórias, em face às exigências a serem
requeridas pelas administrações tributárias.
Faz com que a efetiva participação dos contribuintes na definição dos meios de
atendimento às obrigações tributárias acessórias exigidas pela legislação tributária contribua
para aprimorar esses mecanismos e confira a esses instrumentos maior grau de legitimidade
social, estabelecendo um novo tipo de relacionamento, baseado na transparência mútua, com
reflexos positivos para toda a sociedade.
Podemos ver que no cenário atual, existem três formas distintas de representar um
mesmo conjunto de informações elas são: Livro Diário, Livro Razão, Arquivos eletrônicos e
Multiplicidade de obrigações tributaria acessórias.
Dos 100% de arquivos eletrônicos recebidos: 90% conferem com a escrituração em
papel, 10% divergem. Estes que divergem, são chamados a substituir os arquivos, que se
submetem à nova validação onde possível gerar os livros Diários e Razão.
Existem várias desvantagens do cenário atual, tanto por parte do contribuinte quanto
por parte do fisco.
Por parte do contribuinte, existe o alto custo de impressão, a manipulação e
armazenamento de livros, a dificuldade no cumprimento de obrigações acessórias, a facilidade
de simulação de transações comerciais, o extravio de livros como instrumento de obstrução da
ação fiscal e a falta de padronização de obrigações acessórias entre as UF/SRF.
Por parte do fisco, já ocorre que, as informações declaratórias não são confiáveis.
Existe a dificuldade na execução dos controles e de rastrear operações dissimuladas. A
dificuldade de disponibilizar, compartilhar e trocar informações junto com a baixa
produtividade na execução das auditorias fiscais.
No cenário do SPED, altera a sistemática atual do cumprimento das obrigações
acessórias transmitidas pelos contribuintes às Administração Tributária, mediante à
substituição da emissão de livros e documentos contábeis e fiscais em papel por documentos
eletrônicos com certificação digital. O instrumento unificará as atividades de recepção,
validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração
comercial e fiscal, por meio de um fluxo único computadorizado de informações, com a
utilização de um Banco de Dados único compartilhado pelos usuários, observado o sigilo
comercial, fiscal e bancário.
Na prática, O SPED é um software disponibilizado pela Secretaria da Receita Federal,
para que as empresas enviem informações de natureza fiscal e contábil apenas em formato
digital, incluindo-se aqui as informações previdenciárias, cujo layout permitirá o registro
padronizado das informações dos sistemas informatizados dos mais diversos segmentos de
negócios.
Os principais benefícios esperados são, simplificação, padronização e a otimização dos
processos de prestação de informações contábeis pelos contribuintes aos Fiscos. A unificação
de guias de informações e escrituração fiscal nas esferas federal, estadual e, futuramente,
municipal e a redução dos custos em decorrência da dispensa da emissão e do armazenamento
de livros e documentos em papel tem como seus usuários a SRF (Administradora).
Administrações tributárias dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios (Sefaz e Secretarias
de Finanças), mediante convênio com a SRF. Os Órgãos e entidades com atribuições de
regulação, normalização e fiscalização (DNRC, CFC, Bacen, SUSEP, CVM etc.), no limite de
suas respectivas competências e os próprios contribuintes depositários.

3.5 Premissas

Podemos definir as premissas como hipóteses, condições que são assumidas como
verdadeiras para o projeto. São fatores que, para propósitos de planejamento são considerados
como certos, reais e seguros. Devem ser específicas, precisas e claras. Os responsáveis do
projeto SPED, não necessita comprovar que suas premissas são verdadeiras, são afirmações
que definem necessárias para a execução do projeto. As premissas do SPED são:
Propiciar melhor ambiente de negócios para as empresas no País. Eliminar a
concorrência desleal com o aumento da competitividade entre as empresas. Fazer o
documento oficial, o documento eletrônico com validade jurídica para todos os fins. Utilizar a
Certificação Digital padrão ICP Brasil. Promover o compartilhamento de informações. Criar
na legislação comercial e fiscal a figura jurídica da Escrituração Digital e da Nota Fiscal
Eletrônica. Resguarda a responsabilidade legal pela guarda dos arquivos eletrônicos da
Escrituração Digital pelo contribuinte. Reduzir os custos para o contribuinte. Minimizar a
interferência no ambiente do contribuinte e disponibilizar aplicativos para emissão e
transmissão da Escrituração Digital e da NF-e para uso opcional pelo contribuinte.
Portanto, as premissas são fundamentais para nos permitir garantir a execução do
projeto. Quanto mais completas sejam as premissas do SPED, estaremos mais resguardados
das possibilidades externas e internas que podem afetar nosso País.

3.6 Objetivos

O SPED tem como objetivos, entre outros:


• Promover a integração dos Fiscos
Mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais,
respeitando as restrições legais.
No Brasil, conforme prevê a Constituição Federal de 1988, os tributos podem ser
exigidos pela União, Estados e Municípios, podendo o Distrito Federal, exigir os tributos de
natureza estadual e municipal, citados nos artigos 145 e 147, abaixo:

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos
e as atividades econômicas do contribuinte.
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território
não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao
Distrito Federal cabem os impostos municipais.

E, pela autonomia desses entes, foram criados ao longo da história procedimentos de


controle específicos que o contribuinte deve cumprir. Essas obrigações originalmente em
papel foram com o tempo também sendo aceitas em arquivos magnéticos. Contudo, essa
exigência, perfeitamente aceitável quando as empresas não tinham estabelecimentos em
vários municípios e estados, com o passar dos anos e o surgimento das grandes corporações,
ficou difícil de ser cumprida. Juntando-se a isso a necessidade das empresas buscarem maior
produtividade, as obrigações fiscais passaram a impactar nos preços.
Nesse novo panorama, os contribuintes sofrem com a diversidade de obrigações
acessórias e formas de entrega. Sendo que muitas vezes, há necessidade de entrega de
informações redundantes, para diversas esferas do governo federal, estadual e municipal, uma
vez que o Brasil possui 5.564 municípios distribuídos em 26 estados e um Distrito Federal,
com as mesmas prerrogativas tributárias dos estados e dos municípios.
As diversas esferas de governo por sua vez também não conseguem acompanhar as
evoluções da sociedade, mantendo um sistema que obriga as empresas a manterem arquivos
diversos, com informações repetidas e que muitas vezes não surtem o efeito desejado à
fiscalização.
Por exemplo, se uma empresa possuir estabelecimentos em 5 (cinco) estados, terá que
entregar informações das suas operações interestaduais para esses estados e provavelmente
em uma fiscalização será necessário gerar informações semelhantes com leiautes diversos
para atender as necessidades especificas do Fisco de cada estado.
Se pensarmos bem, apenas nas obrigações estaduais, os contribuintes já têm
problemas para o cumprimento das obrigações, aliando as diversidades de sistemas
operacionais das varias esferas de governo, já podemos imaginar que cada ente político ira
pedir uma informação compatível com sua necessidade tecnológica.
Diante disso, a uniformização de obrigações passa a ser necessária não apenas ao
governo, mas também aos contribuintes, porque com o compartilhamento da informação,
facilitará de um lado a geração de obrigações pelos contribuintes e de outro o acesso das
informações entre os diversos órgãos envolvidos no projeto.
Com a implantação do SPED, respeitadas as restrições constitucionais e legais, essas
esferas de governo, poderão consultar numa única fonte todas as informações necessárias,
dentro de um leiaute estruturado e capaz de fazer cruzamento poderá, gerando um arquivo
padronizado, cumprir suas obrigações acessórias.
• Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes
Com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de
diferentes órgãos fiscalizadores, as obrigações acessórias para os contribuintes serão
uniformizadas e racionalizadas.
O SPED propiciará a entrega única do que hoje é realizado em várias obrigações
acessórias, centralizando em um banco de dados único, que pode ser acessado pelo Fisco
interessado, observado o sigilo garantido na Constituição Federal.
Com essa situação, o contribuinte terá uma simplificação de suas obrigações
acessórias facilitando e racionalizando suas informações. Porém, essa simplificação não será
uma diminuição das informações solicitada, mas somente a diminuição da quantidade de
declarações entregue.
Esse ponto deve ficar claro ao contribuinte, pois a União, os Estados, Municípios e o
Distrito Federal vão exigir as mesmas informações ou ate mesmo as aumentarão, o que
mudará será a forma de entrega, porque o contribuinte passará a enviar todas as informações
para essas esferas de forma centralizada, cabendo à União, através do SEPRO, armazenar os
dados enviados e possibilitar o acesso aos interessados, garantindo sempre o sigilo na forma
da Constituição Federal.
Assim, devemos entender a simplificação não como diminuição de informações, mas a
diminuição da quantidade de declarações.
• Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários
Com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a
fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica.
Sempre que há uma fiscalização ela solicita as informações à empresa. Posteriormente,
o Fisco faz uma análise dessas informações, confrontando-as com outras informações
prestadas em outras obrigações e se localizar inconsistência solicita, via de regra,
esclarecimento ao contribuinte.
No momento que a fiscalização passa a ter as informações das várias empresas do
Brasil em banco de dados único com leiautes estruturados, torna-se possível o cruzamento
das informações entregues pelos vários contribuintes de forma mais rápida.
Essa ação, realizada mediante checagem eletrônica, não necessitando de ação humana,
torna mais transparente os ilícitos, dificultando em muito a possibilidade de sonegação fiscal.
Nesta sistemática digital, o Fisco pode fazer a checagem dos dados enviados pelas
empresas, uma vez que a venda de uma empresa representa a compra de outra.
Mesmo considerando exceções, como eventuais operações em trânsito, os dados
devem sempre ser coerentes, sob pena de fiscalização em tempo quase real identificar
irregularidades e lavrar autos de infração de forma muito mais célere.
4 METODOLOGIA

O trabalho utiliza-se de pesquisa bibliográfica realizada em fontes primárias


encontradas nas mídias virtuais presentes em sites de órgãos públicos, leis estaduais
relacionadas com a NF-e, site de órgãos públicos relacionados com o projeto. Secundárias,
pesquisadas em livros de contabilidade tributária, contabilidade informatizada e artigos
referentes ao projeto da NF-e.

4.1 Ambiente da pesquisa

A pesquisa foi feita baseadas nas informações do campo econômico-financeiro do


Brasil, que se encontra em constante evolução tecnológica, modernizando sua fiscalização
tendo como conseqüências benefícios para toda sociedade e para o próprio Fisco, como a
padronização das informações econômico-financeiras das Pessoas Jurídicas.
Abrangeu leitura, análise e interpretação de livros, textos legais e de material
disponibilizado na internet.

4.2 Caracterização da pesquisa

A nota fiscal por ser um documento de particularidade do Fisco, tem como finalidade
o registro de uma transferência de propriedade sobre um bem ou de uma atividade comercial
por pessoa jurídica. Ela se destina a defesa dos direitos de garantia do consumidor na
transação de um bem em qualquer estabelecimento comercial. Além de ser esta garantia, a
emissão da nota fiscal evita a evasão de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços), contribuindo para o desenvolvimento da sociedade como um todo e evitando
perdas para a sociedade que impactam diretamente em setores como saúde, educação e
saneamento básico.
A pouco tempo atrás, era exibido na mídia o alerta “Peça Nota Fiscal¨, já sabemos o
beneficio de tomar tal atitude. E agora que a Nota Fiscal ficou Eletrônica o que mudou para a
sociedade? Quem se beneficia com estas mudanças?

4.3 Coleta de dados

Como o surgimento da nota fiscal eletrônica é recente, houve dificuldade na busca de


materiais por busca de dados em questão.
O processo de coleta de dados começou pela busca de bibliografias que relatasse o
referido assunto, os quais foram encontrados em sites de comercio eletrônico, biblioteca.
Depois, surgiram idéias de buscar o fundamento nas leis que a criou. Devido sua relevância
no contexto econômico-social, foram disponibilizados cursos, palestras e entrevistas na mídia
os quis fizeram parte do processo de coleta enriquecendo o conhecimento, verificando a
veracidade dos dados obtidos, usando-os como referencial teórico.
5 ATUAÇÃO DO SPED E A NOTA FISCAL ELETRÔNICA

Como conseqüência da criação da NF-e, foi criado o Protocolo ICMS nº. 10/2007, a
partir de 2008, surgindo obrigatoriedade da emissão da NF-e. O Protocolo estabeleceu a
obrigatoriedade para os setores de fabricação de cigarros e distribuição de combustíveis
líquidos, independente do porte da empresa e de seu CNAE (Código Nacional de Atividade
Econômica), mas sim se pratica ou praticou nos últimos 12(doze) meses alguma relacionada
atividade.
E a obrigatoriedade foi expandindo-se aos poucos com os surgimentos de novos
Protocolos e alterações. O segundo setor a ser atingido pela obrigatoriedade foi o de
fabricação de cigarros e distribuição de combustíveis líquidos, pelo Protocolo ICMS 30/07 de
06/07/2007, relacionando a obrigação ao CNAE. Anexo B. Por sua, vez o Protocolo ICMS
88/07 de 14/12/07, aumenta o numero de atividades obrigando a partir de 1º setembro de
2008 as atividades fabricantes de cimentos, bebidas, semi-acabados e ferro-gusa, frigoríficos
e atacadistas. Anexo B. E o Protocolo ICMS 68/08 de 14/07/2008, agrega outras atividades,
como fabricantes de vasilhames, atacadista de graneu e derivados, etc. Anexo B.
Fica vedada a emissão de nota fiscal, modelo 1 ou 1-A, para todos contribuintes e
estabelecimentos que a ele pertence, mas, foi estabelecidos os casos especiais onde são
permitas a emissão, alterando as disposições do protocolo acima citado, pelo Protocolo ICMS
87/08 de 26/09/2008, onde a emissão de Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, em
substituição a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, não se aplica:
Ao estabelecimento do contribuinte onde não se pratique e nem se tenha praticado as
atividades listadas acima há pelo menos 12 (doze) meses, ainda que a atividade seja realizada
em outros estabelecimentos do mesmo titular;
Na hipótese das operações realizadas fora do estabelecimento, relativas às saídas de
mercadorias remetidas sem destinatário certo, desde que os documentos fiscais relativos à
remessa e ao retorno sejam NF-e.
Aos contribuintes citados nos itens II, XXXI e XXXII do anexo B, às operações
praticadas por estabelecimento que tenha como atividade preponderante o comércio
atacadista, desde que o valor das operações com cigarros ou bebidas não ultrapasse 5% (cinco
por cento) do valor total das saídas do exercício anterior;
Na hipótese dos fabricantes de bebidas alcoólicas inclusive cervejas e chopes, ao
fabricante de aguardente (cachaça) e vinho que aufira receita bruta anual inferior a R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil) reais.
Da mesma forma, a obrigação será por estabelecimento, portanto, se uma empresa está
obrigada não significa que todos seus estabelecimentos estarão obrigados no mesmo período.
Para os demais contribuintes, a estratégia de implantação nacional é que estes,
voluntariamente e gradualmente, independente do porte, se interessem por ser emissores da
Nota Fiscal Eletrônica.
A maioria dos contribuintes já se utiliza dos recursos de informática para efetuar tanto
a escrituração fiscal como a contábil. As imagens em papel simplesmente reproduzem as
informações oriundas do meio eletrônico.
Os dias atuais, está demandado em postura diferente do Fisco, bem como outros
órgãos da Administração Pública, neste novo cenário regido pela tecnologia da informação,
contabilistas, advogados e administradores precisarão conhecer minimamente os mecanismos
a adaptar-se, e, sobretudo em planejar a sua rotina profissional, tendo em vista a rapidez que o
fisco trabalha na implementação do sistema digital.
Ás empresas necessitará de um acompanhamento técnico das mudanças, pois destas se
exigirá uma adaptação veloz e profunda. Este é, portanto, o momento dos empresários
regularizarem suas atividades mediante a elaboração de um planejamento Fiscal e, tendo em
vista as complexidades do sistema que se altera, o estudo sistêmico dos profissionais técnicos
especializados se revelará muito mais imprescindível do que hoje para acompanhar a
evolução do processo da Nota Fiscal Eletronica e do SPED. O SPED é composto por oito
grandes subprojetos:
• 1)NF-e; 2)NFS-e; 3)Sped Fiscal; 4)CT-e; 5)Sped Contábil; 6)FCONT;
7)Central de Balanços; 8) E-Lalur.

5.1 NF-e Ambiente Nacional

A Nota Fiscal Eletrônica pode ser conceituada como sendo um documento de


existência exclusivamente digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de
documentar uma operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços, cuja
validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e a Autorização de Uso pela
administração tributária do domicilio do contribuinte.
Tem validade em todos os Estados da Federação e já é uma realidade na legislação
brasileira desde outubro de 2005, com a aprovação do Ajuste SINIEF 07/05 que instituiu
nacionalmente a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica –
DANFE.
A mudança estar acontecendo gradativamente, por isso, ainda na atualidade, as
Administrações Tributárias ainda despendem grandes somas de recursos para captar, tratar,
armazenar e disponibilizar informações sobre a emissão de notas fiscais dos contribuintes. Os
volumes de transações efetuadas e os montantes de recursos movimentados crescem num
ritmo intenso e, na mesma proporção, aumentam os custos inerentes à necessidade do Estado
de detectar e prevenir a evasão tributária.
Assim, a Nota Fiscal Eletrônica, justifica-se pela necessidade de investimento público
voltado para integração do processo de controle fiscal, proporcionando benefícios a todos os
envolvidos, falando claramente, beneficiará aos seus emitentes, as empresas destinatárias, a
sociedade, o contabilista e o próprio Fisco.
Ela substituirá a nota fiscal modelo 1 e 1-A em todas as hipóteses previstas na
legislação em que esses documentos possam ser utilizados. Isso inclui, por exemplo, a Nota
Fiscal de entrada, operações de importação, operações de exportação, operações interestaduais
ou ainda operações de simples remessa.
Um ponto importante, é que, o fato de uma empresa estar enquadrada no Simples
Nacional não a exclui da obrigatoriedade de emitir a NF-e, se ela praticar uma das atividades
que tornem compulsória a adoção deste tipo de documento fiscal. Da mesma forma, as
empresas enquadradas no Simples Nacional que não estiverem obrigadas poderão,
voluntariamente, aderir à emissão de NF-e.
• O DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica)
Para acobertar o trânsito da mercadoria será impressa uma representação gráfica
simplificada da Nota Fiscal Eletrônica, intitulado DANFE (Documento Auxiliar da Nota
Fiscal Eletrônica), em papel comum, e única via, que conterá impressa, em destaque, a chave
de acesso para consulta da NF-e na Internet e um código de barras unidimensional que
facilitará a captura e a confirmação de informações da NF-e pelos Postos Fiscais de Fronteira
dos demais Estados.
Tem as seguintes funções:
Conter a chave de acesso numérica com 44 posições para consulta das informações da
Nota Fiscal Eletrônica. Acompanhar a mercadoria em trânsito, fornecendo informações
básicas sobre a operação em curso. Auxiliar na escrituração das operações documentadas por
NF-e, no caso do destinatário não ser contribuinte credenciado a emitir NF-e.
O receptor responsável tem a obrigação de verificar se a NF-e consta no ambiente
nacional ou na Sefaz de origem, a partir do XML, que:
Consulta automática pelo visualizador de NF-e ou pelo sistema próprio do
contribuinte.
A partir do DANFE, consulta via internet, através da chave de acesso.
Não aceitar NF modelo 1 ou 1-A emitida por contribuinte obrigado exceção a NF de
venda fora do estabelecimento.
Escriturará NF-e com base no arquivo da NF-e (XML assinado + autorização de uso)
ou, se não for emissor de NF-e, com base no DANFE

5.2 NFS-e

A Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) implantada pelas Secretarias de


Finanças, vai simplificar a vida dos prestadores e possibilitar aos tomadores de serviços do
seu respectivo município.
O Projeto Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) está sendo desenvolvido de
forma integrada, pela Receita Federal do Brasil (RFB) e Associação Brasileira das Secretarias
de Finanças das Capitais (ABRASF), atendendo o Protocolo de Cooperação ENAT nº. 02, de
7 de dezembro de 2007, que atribuiu a coordenação e a responsabilidade pelo
desenvolvimento e implantação do Projeto da NFS-e.
A NFS-e é um documento que vai substituir as tradicionais notas fiscais impressas,
isto é, será um documento de existência digital, gerado e armazenado eletronicamente em
Ambiente Nacional pela RFB, pela prefeitura ou por outra entidade conveniada, para
documentar as operações de prestação de serviços.
Esse projeto visa o benefício das administrações tributárias padronizando e
melhorando a qualidade das informações, racionalizando os custos e gerando maior eficácia,
bem como o aumento da competitividade das empresas brasileiras pela racionalização das
obrigações acessórias (redução do custo-Brasil), em especial a dispensa da emissão e guarda
de documentos em papel.
A responsabilidade pelo cumprimento da obrigação acessória de emissão da NFS-e e
pelo correto fornecimento dos dados à secretaria, para a geração da mesma, é do contribuinte.
Ela contém campos que reproduzem as informações enviadas pelo contribuinte e outros que
são de responsabilidade do Fisco. Uma vez gerada, a NFS-e não pode mais ser alterada,
admitindo-se, unicamente por iniciativa do contribuinte, ser cancelada ou substituída, hipótese
esta em que deverá ser mantido o vínculo entre a nota substituída e a nova.
Encontra-se em legalidade para o andamento do novo projeto no Inciso XXII do art.
37 da Constituição Federal, incluído pela Emenda Constitucional nº. 42, de 19 de dezembro
de 2003, segundo o qual as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, atuarão de
forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na
forma da lei ou convênio, junto com o Decreto nº. 6.022, de 22 de janeiro de 2007 que
instituiu o Sped.
• Benefícios NFS-e
Para quem emite:
Redução de custos de impressão e de armazenagem de documentos fiscais, pois a
NFSe é um documento emitido e armazenado eletronicamente em sistema próprio das
Prefeituras. Dispensa de Autorização para Impressão de Documentos Fiscais (AIDF) para a
NFS-e. Emissão de NFS-e por meio da internet, com preenchimento automático dos dados do
tomador de serviços, desde que conste da base de dados do sistema. Geração automática da
guia de recolhimento por meio da internet. Possibilidade de envio de NFS-e por e-mail. Maior
eficiência no controle gerencial de emissão de NFS-e. Dispensa de lançamento das NFS-e na
Declaração Mensal de Serviços (DMS). Emissão do Talão Fiscal Eletrônico.
Para quem recebe:
Política de Incentivo do Município. Geração automática da guia de recolhimento por
meio da internet, no caso de responsável tributário. Possibilidade de recebimento de NFS-e
por e-mail. Maior eficiência no controle gerencial de recebimento de NFS-e. Dispensa de
lançamento das NFS-e na Declaração Mensal de Serviços (DMS).
A NFS-e deve ser emitida on-line, por meio da internet, mas antes a empresa deve se
credencia na prefeitura de seu município, isto é, ter a autorização concedida pelas Prefeituras
aos prestadores de serviços que possuem atividades com serviços descritos na tabela anexa à
Instrução Normativa GSF nº. 01/2009. O deferimento pelas Prefeituras desta solicitação
ocasiona o envio de senha para o acesso ao sistema NFS-e. O acesso ao sistema deverá ser
realizado no endereço nos respectivos sítios das prefeituras, para que iniciem o processo de
emissão de notas fiscais utilizando o serviço eletrônico.
A partir da data que iniciou a obrigatoriedade de utilização da NFS-e por contribuintes
das atividades estabelecidas no cronograma de ingresso anexo à Instrução Normativa GSF nº.
01/2009 só poderão ser emitidas as NFS-e. As Notas Fiscais de Serviços anteriormente
autorizadas e ainda não utilizadas serão consideradas documentos inidôneos, ficando o
contribuinte sujeito à penalidade prevista no art. 441, II, da Lei Complementar nº. 3.606/2006
c/c o art. 218, III, “f’, do Decreto nº. 7.232/2007, independentemente do pagamento do
imposto, caso venha a utilizá-las.
5.3 Sped Fiscal

Além da Nota Fiscal Eletrônica, já obrigatória para diversos setores, através do


Protocolo ICMS nº. 77/2008 localizado no anexo C, com efeitos a partir de 01/01/09, as
empresas não relacionadas poderão optar, solicitando á Secretaria de Fazenda, Receita,
Finanças ou Tributação o seu credenciamento.
A Escrituração Fiscal Digital (EFD), é um arquivo digital, que se constitui de um
conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos
fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem como de
registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo
contribuinte.
A EFD tem, por seu objetivo, a substituição de todos os livros fiscais utilizados pelas
sociedades empresárias por arquivos digitais, promovendo, assim, a integração entre as
entidades tributárias Federais, Estaduais, e do Distrito Federal.
Obriga o contribuinte a informar suas operações de forma mais detalhada ao Fisco,
especifico de cada estabelecimento, ao contrário da forma que realiza a escrituração fiscal nos
livros fiscais, porque estes contemplam apenas dados totais dos documentos fiscais.
Salvo autorização do domicílio fiscal do contribuinte, com o assentimento da Receita
Federal para dispensa, o uso da EFD será obrigatório para todo contribuinte de ICMS e de IPI
que, por sua vez, ficará dispensado a critério de seu Estado das obrigações acessórias
instituídas pelo Convênio ICMS n° 57/95, que dispõe sobre a emissão de documentos fiscais e
a escrituração de livros fiscais por contribuinte usuário do sistema eletrônico de
processamentos de dados.
Com a criação do SPED FISCAL, toda rotina mercantil será disponibilizada ao
contabilista, importante ressaltar que, salvo o registro de inventário, com entrega anual, todos
os demais registros estarão condicionados a entrega mensal.
O arquivo enviado pelo contribuinte fora das especificações sistêmicas será
considerado não enviado, conseqüentemente, a obrigação acessória será considerada não
cumprida, e acarretará aos contribuintes penalidades já conhecidas, quais sejam, Auto de
Infração Imposição de Multa (AIIM), inscrição em dívida ativa e, em ultima análise uma
indesejável execução fiscal.
Assim, a modernização da Secretária da Fazenda ganhou um reforço importante com a
implantação do Sistema Público de Escrituração Digital. O SPED é um programa que
possibilita o compartilhamento das informações fiscais digitais, entre as administrações
tributárias e aos órgãos fiscalizadores.
Considerando que as informações requeridas pelo fisco são fornecidas por meio
eletrônico, o que aumenta as obrigações acessórias ao contribuinte. Com o SPED CONTABÍL
e FISCAL implantados, o contribuinte que utilizá-las estará dispensado de apresentar grande
parte das informações fornecidas na DIPJ e outras obrigações acessórias relativas a outros
tributos (IPI, PIS/ COFINS, etc.) no âmbito Federal.

5.4 CT – e

O Conhecimento de Transporte eletrônico (CT-e) é o novo modelo de documento


fiscal eletrônico, instituído pelo AJUSTE SINIEF 09/07, de 25/10/2007, que poderá ser
utilizado para substituir um dos seguintes documentos fiscais:
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8, Conhecimento de
Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9, Conhecimento Aéreo, modelo 10,
Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11, Nota Fiscal de Serviço de
Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 27 e a Nota Fiscal de Serviço de Transporte,
modelo 7, quando utilizada em transporte de cargas.
O CT-e também poderá ser utilizado como documento fiscal eletrônico no transporte
dutoviário e, futuramente, nos transportes Multimodais.
Podemos conceituar o CT-e como um documento de existência exclusivamente digital,
emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar uma prestação de
serviços de transportes, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e
a Autorização de Uso fornecida pela administração tributária do domicílio do contribuinte.
O Projeto Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) está sendo desenvolvido, de
forma integrada, pelas Secretarias de Fazenda dos Estados e Receita Federal do Brasil, a partir
da assinatura do Protocolo ENAT 03/2006, de 10/11/2006, que atribui ao Encontro Nacional
de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (ENCAT) a coordenação e a
responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação do Projeto CT-e.
Para acompanhar as mudanças que ocorrerão no Projeto do CT-e, conhecer o modelo
operacional, detalhes técnicos ou a legislação já editada sobre o tema, acesse o Portal
Nacional do CT-e, no seguinte endereço: www.cte.fazenda.gov.br.
Foi instituído o Conhecimento de Transporte Eletrônico e o Documento Auxiliar do
Conhecimento de Transporte Eletrônico;
Ajuste SINIEF 10/2008, de 26/09/2008, alterou o Ajuste SINIEF 09/07, nas 1º e 2º
clausulas, que providenciar, junto ao tomador, a entrega do CT-e e outros:
Cláusula primeira Ficam alterados os dispositivos da cláusula décima terceira do
Ajuste SINIEF 09/07, de 25 de outubro de 2007, abaixo indicados, que passam a
vigorar com a seguinte redação:
I - o inciso IV do § 2º:
"IV - providenciar, junto ao tomador, a entrega do CT-e autorizado bem como do
novo DACTE impresso nos termos do inciso III deste parágrafo.";
II - o § 3º:
"§ 3º O tomador deverá manter em arquivo pelo prazo decadencial estabelecido pela
legislação tributária, junto à via mencionada no inciso III do caput, a via do DACTE
recebida nos termos do inciso IV do § 2º.".
Cláusula segunda Ficam convalidados os procedimentos adotados na forma do
Ajuste SINIEF 09/07, no período de 2 de junho de 2008 até a data da publicação
deste Ajuste.

Ajuste SINIEF 04/2009, de 03/04/2009, alterou o Ajuste SINIEF 09/07, que instituiu o
credenciado para emissão de CT-e deverá observar, no que couber, as disposições relativas à
emissão de documentos fiscais por sistema eletrônico de processamento de dados, constantes
dos Convênios 57/95 e 58/95, ambos de 28 de junho de 1995 e legislação superveniente;";e o
uso do Certificado Digital para certificação da Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira -
ICP-Brasil Conhecimento de Transporte Eletrônico e o Documento Auxiliar do
Conhecimento de Transporte Eletrônico.
O administrador do NF-eletrônica nacional(2009), comenta que:

Estimamos que o uso do CT-e passe a ser obrigatório até final de 2010, quando
poderemos ter supresas, pois como não existe a possibilidade de
obrigatoriedade gradativa por atividade como ocorre na NF-e, o fisco pode optar por
tornar o uso do CT-e obrigatório para todos.

O administrador do site, atenta para o futuro. Que, como até agora foi editado apenas
instituição do Programa CT-e, a qualquer momento pode ser criado um ajuste, decreto ou
outra forma de legalizar de um dia para outro a obrigação para todas as empresas, sendo que a
maior espera, é para quem exerce a atividade de logística, pois além dos aspectos de eficiência
e competitividade, trará a conseqüência, que será a redução de custos.
5.5 Sped Contábil

De maneira bastante simplificada, podemos definir o Sped Contábil como a


substituição dos livros da escrituração mercantil pelos seus equivalentes digitais.
Segundo AZEVEDO e MARIANO (2009, p.234), “O SPED Contábil visa
resumidamente substituir os livros da escrituração mercantil pelos seus equivalentes digitais.
É o inicio de uma nova era, onde a legislação fiscal dá o ‘pontapé inicial’ sobre a substituição
do papel pelos arquivos eletrônicos”.
Podem ser incluídos todos os livros da escrituração contábil, em suas diversas formas.
O diário e o razão são, para o Sped Contábil, um livro digital único. Cabe ao PVA (programa
validador de arquivo) mostrá-los no formato escolhido pelo usuário. São previstas as
seguintes formas de escrituração:
Livro Diário e seus auxiliares, se houverem e Livro Razão e seus auxiliares, se
houverem.
Tem a finalidade de demonstrar a movimentação analítica das contas escrituradas no
Livro Diário e constantes do Balanço, ou seja, é o detalhamento por conta, dos lançamentos
realizados no Livro Diário podendo disponibilizar balancetes diários, balanços e as fichas de
lançamentos comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.
A partir do seu sistema de contabilidade, a empresa gerará um arquivo digital
no formato especificado no anexo único à Instrução Normativa RFB nº. 787/07, Art. 1º
que o instituiu e do Art. 2º que descreve os livros compreendidos:

Fica instituída a Escrituração Contábil Digital (ECD), para fins fiscais e


previdenciários, de acordo com o disposto nesta Instrução Normativa.
Parágrafo único. A ECD deverá ser transmitida, pelas pessoas jurídicas a ela
obrigadas, ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), instituído pelo
Decreto nº. 6.022, de 22 de janeiro de 2007, e será considerada válida após a
confirmação de recebimento do arquivo que a contém e, quando for o caso, após a
autenticação pelos órgãos de registro.
A ECD compreenderá a versão digital dos seguintes livros:
I - livro Diário e seus auxiliares, se houver;
II - livro Razão e seus auxiliares, se houver;
III - livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos
assentamentos neles transcritos.
Devido às peculiaridades das diversas legislações que tratam da matéria, este arquivo
pode ser tratado pelos sinônimos: Livro Diário Digital, Escrituração Contábil Digital (ECD),
ou Escrituração Contábil em forma eletrônica.

A Legislação que regulamentam o ECD são do ato Declaratório do executivo, do


Departamento Nacional do Registro de Comércio, do Conselho Federal de Contabilidade e da
Receita Federal do Brasil.
Eles têm a responsabilidade de dispor sobre as regras de validação e as tabelas de
códigos aplicáveis à Escrituração Contábil Digital, os quais também instituíram o Manual de
Orientação do Leiaute. Vejamos abaixo, para entendermos melhor.
O Ato Declaratório Executivo COFIS nº. 20, de 28 de maio de 2009, altera o leiaute
do arquivo Escrituração Contábil Digital:

Art. 1º Ficam alteradas as regras de validação aplicáveis aos campos, registros e


arquivos integrantes da Escrituração Contábil Digital (ECD), de que trata o Ato
Declaratório Executivo nº. 36, de 18 de dezembro de 2007, utilizadas no Programa
Validador e Assinador (PVA), nos termos do anexo I. Anexo D.
Art. 2º Sem prejuízo das demais tabelas divulgadas pelo Ato Declaratório COFIS
nº. 36, de 18 de dezembro de 2008, o PVA utilizará as tabelas de código definidas
no anexo II. Anexo E

O art. 1º exige que os arquivos estejam organizados em blocos de informações


referindo-se cada um deles a um agrupamento de documentos, livros ou guias. Estes blocos
por sua vez estão organizados em registros que contém os dados de acordo com as regras de
validação.
O art. 2º estabelece que sejam utilizadas tabelas de código definidas, exibe o plano de
contas que será tomado como referencia que quando informado o registro. As instituições
sujeitas à regulamentação do Banco Central do Brasil utilizarão Plano Contábil das
Instituições Financeiras (COSIF), as sujeitas à regulamentação da Superintendência de
Seguros Privados (SUSEP), ficam dispensadas do preenchimento do campo a que se refere
esta tabela de código.
O Decreto Federal nº. 6.022, de 22 de janeiro de 2007, instituiu o Sped, decretando no
Art. 2º, 1º parágrafo, os livros e documentos que serão emitidos na forma seu uso:
O Sped é instrumento que unifica as atividades de recepção, validação,
armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração
comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias, mediante fluxo
único, computadorizado, de informações.
§ 1o Os livros e documentos de que trata o caput serão emitidos em forma
eletrônica, observado o disposto na Medida Provisória no 2.200-2, de 24 de agosto
de 2001.

Ela Institui a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), transformando


o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação em autarquia, exercendo a competência de
garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma
eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados
digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras.
A Instrução Normativa Nº. 107, de 23 de maio de 2008 do Departamento Nacional do
Registro de Comércio (DNRC), dispõe sobre a autenticação de instrumentos de escrituração
dos empresários, sociedades empresárias, leiloeiros e tradutores públicos e intérpretes
comerciais, que considerando a necessidade de uniformizar e atualizar os procedimentos
relativos à autenticação dos instrumentos de escrituração mercantil para lhes dar validade e
eficácia resolve em seus Art. 2º no 5º(quinto) item, definir os instrumentos de escrituração dos
empresários e das sociedades empresárias com livros digitais e no Art. 4º inciso II com os
procedimentos de assinatura nos livros digitais:

Art. 2º São instrumentos de escrituração dos empresários e das sociedades


empresárias:
V - livros digitais.
Art. 4º No Diário serão lançados o balanço patrimonial e o de resultados, devendo:
II - em se tratando de livro digital, as assinaturas digitais das pessoas acima citadas,
nele lançadas, serão efetuadas utilizando-se de certificado digital, de segurança
mínima tipo A3, emitido por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves
Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e suprem as exigências do inciso anterior.

O Conselho Federal de Contabilidade com a Resolução N° 1.020/05, aprova a NBC T


2.8, altera as formalidades da Escrituração Contábil em forma eletrônica:

Art. 1º As letras “a”, “d” e “f” do item 2.8.2.1, o item 2.8.2.7 e o item 2.8.2.12 da
NBC T 2.8 – Das Formalidades da Escrituração Contábil em Forma Eletrônica,
passam a vigorar com a seguinte redação:
“2.8.2.7. O “Livro Diário” e o “Livro Razão” constituem registros permanentes da
entidade e, quando escriturados em forma eletrônica, serão constituídos por um
conjunto único de informações das quais eles se originam”.
“2.8.2.12. O contabilista deve tomar as medidas necessárias para que o empresário
ou a sociedade empresaria armazene em meio eletrônico ou magnético, seguindo o
Leiaute Brasileiro de Contabilidade previsto na Resolução CFC nº. 1.061/05 de 9 de
dezembro de 2005, devidamente assinados, digitalmente, os documentos, os livros e
as demonstrações referidos nesta Norma, visando a sua apresentação de forma
integral, nos termos estritos das respectivas leis especiais ou em juízo quando
previsto em lei”.

A Receita Federal colaborou também com suas IN para a ECD, podemos citar como as
principais:
Instrução Normativa RFB nº. 787, de 19 de novembro de 2007. Com as alterações da
IN RFB 825/08 e da IN RFB 926/09 é instituído a Escrituração Contábil Digital para fins
fiscais e previdenciários, o leiaute do arquivo. Com a Instrução Normativa RFB nº. 825, de 21
de fevereiro de 2008, a Escrituração Contábil Digital, é prorrogada para o último dia útil de
junho de 2009 o prazo para apresentação da ECD, nos casos de cisão, cisão parcial, fusão ou
incorporação ocorridos em 2008.
Ato Declaratório Executivo COFIS nº. 36, de 18 de dezembro de 2007
Dispõe sobre as regras de validação e as tabelas de códigos aplicáveis à Escrituração Contábil
Digital.
Somente será considerada a Escrituração Fiscal Digital, o arquivo transmitido depois
da confirmação do recebimento do arquivo que a conte, nos termos do decreto nº. 6.022/07.
Ficará facultado aos Estados e ao Distrito Federal, por meio do SEFAZ competente,
recepcionar os arquivos enviados e retransmiti-los ao SPED. Neste sentido, o arquivo deverá
conter assinatura digital do contribuinte, ou de seu representante legal, ou de quem a
legislação indicar, em consonância com as disposições da ICP-Brasil.

5.6 FCONT

Observamos nos últimos tempos muitas mudanças nas regras contábeis e fiscais das
empresas brasileiras tais como, a Lei nº. 11.638/07 que inseriu o Brasil no rumo da
contabilidade internacional aos moldes do IFRS (International Financial Reporting Standard),
a Lei nº. 11.941/09 que instituiu o RTT (Regime Tributário de Transição), o SPED (Sistema
Público de Escrituração Digital) e a IN RFB nº. 949/09 com a criação de um novo Programa
denominado FCONT (Controle Fiscal Contábil de Transição) juntamente com a
regulamentação do RTT. Verifica-se que o fisco irá aperfeiçoar e monitorar ainda mais os
controles eletrônicos contábeis e fiscais enviado pelas empresas, esperamos também por parte
do fisco uma revisão para fins de redução ou eliminação de declarações eletrônicas enviadas
periodicamente, que provavelmente não serão necessárias com a vinda do SPED, para que as
empresas não sejam penalizadas no sentido de enviar informações em duplicidade e
conseqüentemente o aumento do custo de mão-de-obra, burocracia, perda de tempo, etc.
O FCONT é um programa eletrônico no qual deverá efetuar a escrituração das contas
patrimoniais e de resultado, destinado obrigatoriamente e exclusivamente às pessoas jurídicas
sujeitas ao Lucro Real e ao RTT, seu objetivo é reverter os efeitos tributários oriundos dos
lançamentos que modifiquem o resultado, receitas, custos e despesas, para fins de apuração do
lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL),
instituída pela Lei nº. 11.638/07 e a Lei nº. 11.941/09 (RTT), devendo ser considerados, para
fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.
A IN RFB nº. 949/09 também trata da regulamentação do RTT para as empresas do
lucro Presumido orientando quanto aos procedimentos para garantir a neutralidade fiscal de
acordo com os novos métodos e critérios contábeis.
• Pis/Pasep e Cofins – Aplicação ao RTT
As Pessoas Jurídicas sujeitas ao RTT também deverão efetuar os ajustes para buscar a
neutralidade fiscal na apuração da base de cálculo do Pis/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
No que concerne à responsabilidade dos profissionais, é esclarecido:

Em resumo, os profissionais da área, devem estar atentos quanto às respectivas


mudanças e as empresas deverão melhorar ainda mais seus processos de controles
contábeis e fiscais, investindo em bons programas de informática e treinando seus
funcionários para não serem “pegos de surpresa”, pois, como vimos, em breve o
fisco terá controles eletrônicos muito mais eficientes do que já dispõe hoje. FILHO
(2009, p.15)

Estas mudanças advindas do fisco fazem com que os profissionais sempre estejam em
constante atualização, atentando sempre para promover um trabalho eficiente e de qualidade
para seus clientes.
5.7 Central de Balanços

A Central de Balanços brasileira é um projeto integrante do Sped, em fase inicial de


desenvolvimento, que deverá reunir demonstrativos contábeis e uma série de informações
econômico-financeiras públicas das empresas envolvidas no projeto.
As informações coletadas serão mantidas em um repositório e publicadas em diversos
níveis de agregação. Esses dados serão utilizados para geração de estatísticas, análises
nacionais e internacionais (por setor econômico, forma jurídica e porte das empresas),
análises de risco creditício e estudos econômicos, contábeis e financeiros, dentre outros usos.
A Central tem como objetivo a captação de dados contábeis e financeiros
(notadamente as demonstrações contábeis), a agregação desses dados e a disponibilização à
sociedade, em meio magnético, dos dados originais e agregados.

5.8 E-Lalur

A partir da escrituração contábil digital, poderá ser gerado o Lalur (Livro de Apuração
do Lucro Real) em formato digital. Esse projeto está em elaboração com a participação da
Receita Federal, CFC, FENACON, entre outras entidades.
O objetivo do sistema é eliminar a redundância de informações existentes na
escrituração contábil, no Lalur e na DIPJ, facilitando o cumprimento da obrigação acessória.
Além das demais premissas do Sped, o e-Lalur tem as seguintes:
a. rastreabilidade das informações;
b. coerência aritmética dos saldos da parte B;
A rastreabilidade diz respeito manter registros das movimentações que resultem em
alterações de saldos que irão compor as demonstrações contábeis baseadas no plano de contas
referencial.
A coerência aritmética dos saldos da parte B é a garantia de que eles estarão
matematicamente corretos. Para isto, uma das etapas será a conferência com os saldos do
período anterior de e-Lalur já transmitido. A cada conferência de saldo, o sistema obterá,
também, um extrato semelhante a um razão completo de cada conta controlada na parte B.
A partir de tais elementos o PGE fará um "rascunho" da Demonstração do Lucro Real,
da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e dos valores
apurados para o IRPJ e a CSLL Caso o contribuinte concorde com os valores apresentados,
basta assinar o livro e transmiti-lo pela internet. É importante ressaltar que o projeto se
encontra em elaboração. Participam dos trabalhos, além da Receita Federal do Brasil, o CFC,
FENACON, contribuintes, entidades de classe, enfim, todos os parceiros cuja relação pode ser
obtida na página principal do sitio. Com isso, diversas fichas da DIPJ deixarão de existir.
6. O IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA PARA A
CONTABILIDADE NO BRASIL

As empresas e, intimamente ligada a elas, a atividade contábil, sofrem há muito com a


parafernália de exigências fiscais, rotinas estressantes, montanhas de papéis, guias,
formulários, notas, carimbos, assinaturas, processos amarrados, idas e vindas a balcões de
órgãos para solicitar e entregar documentos. Finalmente, uma medida de impacto contra esse
conjunto de coisas, a NF-e elimina uma série de procedimentos. Como, corta gastos com
impressão de blocos de notas, transporte, armazenagem, digitação, agiliza trocas de
informações, aumenta a confiabilidade dos dados, dispensa a guarda de documentos.
Sucede a NF-e, outras medidas que unificarão os órgãos, permitindo o
compartilhamento e o cruzamento instantâneo de informações sobre a movimentação de
matérias-primas e mercadorias. Tanta transparência vai exigir que as empresas cuidem mais
da qualidade dos seus dados e que os contabilistas revejam algumas práticas.
Concluído o sistema, o fisco terá acesso em tempo real a dados contábeis das
empresas, decretando assim a morte dos livros diários e razão.
O fim da escrituração contábil e fiscal, porém, como é feita hoje, longe de ser uma
perda, é uma oportunidade para que os contabilistas mudem a postura, o foco de ação,
cresçam, avancem no perfil que os novos tempos vêm sugerindo à profissão, elaborando ainda
peças essenciais como os balanços, aplicando os princípios fundamentais da contabilidade,
mais importantes às gestões, pois novas tecnologias são sempre bem-vindas. Apenas
requerem ajuste, adaptação.
O na época Presidente do CRC-PR, Smijtink (2006, pg. 3), compara os que contestam
contra a NF-e: “Não adianta fazer como o desenhista que invadiu a central de produções da
Rede Globo, querendo convencer a emissora a usar em suas vinhetas desenhos feitos à mão
como os seus e não por computação gráfica.“
Em sua longa história, a contabilidade sempre assimilou o impacto de novas
ferramentas, novas práticas, novos conceitos. Com o advento da informática então, chegou-se
a prever o fim a atividade, o fechamento dos escritórios, já que programas de computador
passaram a fazer, com rapidez e eficiência, muitas tarefas contábeis. O único a ser sepultado,
no entanto, foi o guarda-livros, aquele profissional que registrava tudo manualmente em
papel.
As inovações da era digital são um convite para que os contabilistas dediquem-se mais
a tarefas de análise, pesquisa, interpretação, projeção, previsão, consultoria, assessoria e
auditoria, muito mais produtivas aos setores público e privado, bem mais interessantes à
sociedade, pela racionalidade e visibilidade final aos recursos, riquezas e patrimônios,
elementos que, bem administrados, podem revolucionar a vida humana.
Pode-se dizer que o atual sistema de emissão de documentos fiscais no Brasil é um
sistema tradicional, mantido por sistemas diferentes devido envolver o preenchimento de
notas fiscais por meio manual, que envolve os talões de documentos fiscais. Por sistemas
mecanizados, onde ainda se conta com a tradicional máquina de escrever, apesar do estágio de
aposentadoria, datilografando notas soltas e de sistemas de informação que preenchem
eletronicamente formulários contínuos concomitante com os lançamentos manuais ou
integrados nos livros fiscais.
Atualmente, em plena era digital, surge a Nota Fiscal Eletrônica. As empresas
deixaram de utilizar o jurássico talonário de notas fiscais e suas cópias para migrar e fazer o
registro das operações através do processamento eletrônico e on-line dos dados. Isso significa
que as empresas vão literalmente invadir os portais das autoridades tributárias municipais,
estaduais e federais e terão suas operações homologadas em tempo real.
O atual modelo tributário reflete um sistema extremamente burocrático que impõe aos
empreendedores uma grande perda de tempo para atender às exigências das autoridades
fiscais em suas milhares de normas e regulamentos.
Isso na prática, significa tirar do empresário grande parcela da dedicação que deveria
ser colocada na sua atividade, que é a venda de mercadorias, produtos e serviços. Ocorre,
portanto, um verdadeiro entrave para o desenvolvimento do país se comparado aos demais
países no atual mundo integrado e globalizado.
Na tentativa de diminuir esses entraves, no Brasil discute-se a reforma tributária, mas
na realidade são aprovadas reformas arrecadatórias, postas em prática por meio de aumentos
na carga tributária, como foi o caso da majoração do PIS e da COFINs, quando na época
falava-se sobre a mini-reforma tributária.
A nossa economia também é afetada com a burocracia causada pelo modelo tributário
atual, pois gera desinteresse e inibição para que o capital seja investido na atividade
produtiva. Pode-se citar como exemplo, o caso da demora para abertura de empresas no
Brasil, cuja média é de 50 dias conforme pesquisa publicada na Revista FENACON em
Serviços do bimestre maio/junho de 2006. Muitos novos negócios podem deixar de se realizar
em razão dos dias perdidos para iniciar um novo empreendimento.
Com a NF-e, temos uma forma muito eficaz e quase perfeita para aperfeiçoar os
controles fiscais, combater a sonegação e, por conseguinte, prover o aumento da arrecadação
de tributos. Após o advento da certificação digital das assinaturas de empresas e pessoas, a
idéia da implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico para substituir a
tradicional sistemática de emissão em papel ganhou forma. A validade jurídica garantida pela
assinatura digital do remetente ao emitir o documento fiscal, promove a integração dos
sistemas de fiscalização nas três esferas de governo, federal, estaduais e municipais, uma vez
que se prevê a padronização, racionalização e compartilhamento das informações contábil e
fiscal, assim como a integração de todo o processo relativo às notas fiscais.

6.1 Benefícios gerados com a implantação da NF-e

A maior virtude deste projeto junto com o projeto SPED, foi a parceria entre as
empresas e o governo, que se uniram para realização de algo novo e moderno necessário a
ambos.
Se, por um lado, as empresas sofriam com a grande quantidade de informações a
serem prestadas, por outro, o governo criava vários sistemas que não interligados dificultava a
troca de informações entre suas esferas.
O governo e as empresas unidos em objetivo comum, mudam a forma de emissão e
armazenamento de documentos fiscais, além de alterar a escrituração fiscal e contábil,
colocando todos definitivamente na era da informática.
Fica claro que somente com esta parceria e espírito de cooperação, foi possível
viabilizar projetos dessa magnitude, que satisfez tanto o Fisco, quanto as empresas,
proporcionando ganhos para toda a sociedade.
Para o profissional contábil, a implantação da NF-e também trousse benefícios, uma
vez que com a integração dos sistemas utilizados para execução dos trabalhos na área fiscal,
não haverá mais necessidade de lançar manualmente o conteúdo da nota fiscal, pois com a
utilização do Código de Barras Bi-dimensional, o profissional importará os dados na Nota
Fiscal Eletrônica com uma leitora ótica, agilizando o processamento das obrigações
acessórias, reduzindo sensivelmente os erros com a escrituração das notas fiscais de forma
manual.
Há um sistema que faz a leitura on-line, via Web, da NF-e que é lançada para validar a
operação. Portanto, todos deverão estar conectados à Internet em tempo real.
A implementação desses sistemas eletrônicos de recepção e envio de NF-e incentivará
o uso de relacionamentos eletrônicos com clientes. É recomendável que as empresas e
profissionais, procurem os desenvolvedores de sistemas para ajustar e integrar o lançamento
das Notas Fiscais Eletrônicas.
Pode-se afirmar que estar sacramentada, de forma eletrônica, com utilização da
Certificação Digital, o elo mais importante da sociedade entre o fisco e o contribuinte, o
“Moderno e Digital” Profissional da Contabilidade.
A partir da implementação do projeto, não poderão ser esquecidos dois fatores muito
importantes no cotidiano do profissional contábil, em primeiro lugar a NF-e vai trazer um
grande e novo alento na diminuição da grande e atual burocracia, e em paralelo, serão
minimizados os riscos hoje existentes para a correta apuração dos débitos tributários tamanha
é a quantidade de procedimentos a executar.
Para o contribuinte vendedor, emissor da NF-e, houve a redução de custo de
impressão. Anteriormente a Nota Fiscal era impressa pelas gráficas, em blocos, também
havendo compra de Notas Fiscais em formulário continuo, aumentando os custos com as
operações comerciais. Com a obrigatoriedade da NF-e, tornou-se obrigatória a circulação de
DANFE com 1(uma) única via, enquanto a legislação atual, obriga no mínimo 4(quatro), para
quem não aderiu a NF-e, sendo que muitas empresas utilizam mais que isso.
Assim, com a implantação da NF-e, a empresa economiza ao menos 3(três) vias na
emissão de cada nota fiscal, gastando menos tempo de impressora e economizando em
serviços gráficos.
Teve a redução de custos de aquisição de papel. Numa conta rápida, vamos considerar
que uma empresa de médio porte emite atualmente entre todas as suas operações por volta de
1.500 notas fiscais por mês, com a NF-e deixará de emitir pelo menos 3(três) vias a cada nota
fiscal, representando em torno de 4.500 folhas por mês ou 54.000 folhas por ano, ou seja, uma
diminuição do custo do papel impresso, além do fato da nota fiscal por ter requisitos técnicos
a serem seguidos, é mais cara que o papel sulfite comum.
Foi reduzido o custos de emissão do documento fiscal. As empresas sem NF-e,
atualmente, devem enviar nas operações internas 2(duas) vias ao destinatário e nas operações
interestaduais 3(três) vias, para que haja a circulação da mercadoria. Com a NF-e é necessária
apenas a circulação de 1(uma) via, tornando mais ágil a separação e envio das notas fiscais.
Da mesma forma, nas operações que ocorram remessas simbólicas, a empresa não
necessita enviar a nota fiscal pelo correio, podendo fazer a transmissão do DANFE pelo meio
eletrônico.
Com a necessidade de arquivo digital ao invés de papel, as empresas tiveram redução
de custos de armazenagem de documentos fiscais, passa a guardar apenas documentos
virtuais, não havendo necessidade de locação de espaço para armazém, ou outro local nem a
precisão de arquivistas.
Nessa situação, o arquivo será virtual, cabendo à empresa se guarnecer dos meios de
segurança indispensáveis para manter íntegros os arquivos durante o período prescricional do
tributo.
Inicialmente com a NF-e não há mais AIDF, porque a autorização ocorre nota a nota,
fazendo a simplificação de obrigações acessórias .Outras obrigações acessórias são eliminadas
com o SPED.
Os caminhões passaram a ter menos tempo de espera, parados os Postos Fiscais nas
Fronteiras, pois os Postos Fiscais foram aparelhados com leitores óticos, o que facilitará a
captura da chave de acesso e a consulta da validade da nota fiscal.
Surgiu o incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes Business to
Business (B2B), que é o nome dado ao comercio praticado por empresas fornecedores e
clientes. Permite a criação de um ambiente de relacionamento e troca de informações entre os
parceiros de negocio de forma eletrônica.
No Brasil não existia um padrão utilizado pelas empresas, ficando cada segmento com
aquele que for mais adequado ao seu negócio, levando os fornecedores a criarem diversos
sistemas para atender as necessidades de seus clientes.
Com a NF-e e a padronização pelo Estado do documento fiscal, espera-se uma
padronização natural pelas empresas do relacionamento eletrônico.
Para o contribuinte comprador, receptor da NF-e houve a eliminação de digitação de
notas fiscais na recepção de mercadorias. Com a padronização do leiaute da nota fiscal as
empresas podem desenvolver soluções capazes de extrair os dados das notas.
Foi possível planejar a logística de entrega pela recepção antecipada da informação da
NF-e, permitindo à empresa enviar as informações de forma antecipada, possibilitando ao
cliente receber e processar as informações antes da chegada da mercadoria, ficando apenas
aguardando a chegada do transporte para efetivar a entrada da mercadoria. Nesse processo, as
empresas podem maximizar seus recursos e tempo de armazenagem de forma a reduzir os
custos operacionais.
A extração dos dados das notas fiscais diretamente do arquivo digital, possibilita a
eliminação dos erros de digitação, diminuindo o tempo de escrituração das informações.
Também, houve o incentivo ao uso de relacionamento eletrônico com fornecedores
(B2B), pois, da mesma forma que o vendedor, o comprador com a padronização pelo Estado
do documento fiscal e natural padronização do relacionamento eletrônico pelas empresas,
pode aumentar a troca de informações comerciais de forma eletrônica por meio de um leiaute
padronizado.
Para a sociedade, consistiu na redução do consumo de papel, com impacto em termos
ecológicos. Com a diminuição da utilização de vias dos documentos fiscais haverá uma
redução do consumo de papel e consequentemente decréscimo do corte de arvores.
Os investimentos em tecnologia necessários para implementação da NF-e, leva ao
desenvolvimento de novas tecnologias pelas empresas de informática, podendo com o tempo
beneficiar a sociedade quando a tecnologia for massificada, aumentando a credibilidade do
comercio eletrônico e ao uso de novas tecnologias.
A padronização dos relacionamentos eletrônicos facilita a comunicação e pode
baratear os produtos na medida em que os investimentos ficam direcionados ao avanço de
tecnologias de uso massificado, e não, onde as empresas utilizam tecnologias diversas com
custos elevados aos fornecedores.
Como toda inovação, surgem novas oportunidades enquanto fecham outras. Por
exemplo, enquanto as empresas passam a necessitar de consultorias tecnológicas ou
tributarias para atendimento da legislação, as gráficas são afetadas com a diminuição das
encomendas de notas fiscais, surgindo assim novas oportunidades de negócios e empregos na
prestação de serviços ligados à NF-e.
Para administrações tributárias, na medida em que a nota fiscal pode ter sua validade
checada pela chave de acesso, quem a possuir possui uma garantia de sua validade e seus
dados, obtendo o aumento na confiabilidade da Nota Fiscal.
A melhoria no processo de controle fiscal, possibilitou um melhor intercâmbio e
compartilhamento de informações entre os fiscos. Com a criação de um banco de dados único,
compartilhado entre a União, Municípios e Distrito Federal, possibilita ao Fisco mais
agilidade na verificação e confronto das informações prestadas pelas empresas.
Com a NF-e, houve a redução de custos no processo de controle das notas fiscais
capturadas pela fiscalização de mercadorias em trânsito, tornando possível ao fiscal verificar a
validade da nota fiscal ou mesmo sua passagem pelo Posto de Fronteira, com a simples
captura da chave de acesso pelo código de barras. Esse procedimento agiliza a fiscalização
pois, oferece as informações necessárias para o controle fiscal.
Com o aumento do controle das operações das empresas, houve a diminuição da
sonegação e aumento da arrecadação, podendo o fisco verificar de forma muito mais ágil se as
aquisições e saídas das empresas estão compatíveis, constatando eventuais irregularidades de
forma mais rápida e segura.
Com o suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Secretaria da
RFB (SPED), a NF-e faz que faz parte do SPED, incluiu a EFD e a ECD.
Com esses 3(três) projetos, é possível ao fisco confrontar as informações fiscais e
contábeis das empresas, verificando sua coerência e eventuais inconsistências.
Como vimos, além dos benefícios gerados para o profissional contábil, a implantação
da NF-e gerará benefícios também aos contribuintes (vendedores e compradores), para
sociedade e para o próprio Fisco.
Esses benefícios são fortes tanto no aspecto empresarial quanto de responsabilidade
com as autoridades normativas.
No campo fiscal teremos redução de custos com a dispensa de emissão e de
armazenamento de documentos em papel, simplificação e padronização das obrigações
acessórias e uniformização das informações enviadas às diversas unidades federadas.
No aspecto empresarial o ganho corresponderá à redução do tempo de parada dos
caminhões nos Postos Fiscais e Fronteiras, ao incentivo do uso de relacionamentos eletrônicos
com clientes e fornecedores (B2B - Business to Business) e à diminuição da desleal
concorrência promovida pelos sonegadores.
7 CONCLUSÃO

Neste estudo concluí-se que se o fisco tivesse uma máquina capaz de fazer um raio X
de sua empresa, o que ele veria? Há cerca de dois anos, o governo constrói um mecanismo
com este intuito, o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Depois de grande esforço
para a introdução da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), o projeto ganha um fôlego extra com a
entrada de duas novas obrigatoriedades: a Escrituração Fiscal Digital (EFD) e a Escrituração
Contábil Digital (ECD). A regulamentação cria um ambiente que permite às Secretarias da
Fazenda e à Receita Federal cruzar informações contábeis e fiscais, identificando fraudes e
sonegação e cobrindo toda a cadeia produtiva.
Com o fito de simplificar o cumprimento de obrigações tributárias acessórias como
escrituração de livros fiscais, emissão de notas fiscais, guarda e conservação de documentos
fiscais por cinco anos etc, a Secretaria da Receita Federal e as Secretarias da Fazenda
Estaduais, com apoio de empresários, vêm desenvolvendo estudos para implantação do
Sistema Público de Escrituração Digital(SPED), visando a padronização da relação fisco-
contribuinte nas esferas federal e estadual, o que resultará na agilização e redução de custos
operacionais desse relacionamento.
Preparar a infraestrutura de Tecnologia da Informação para a regulamentação vem
consumindo grande esforço das corporações. Não adaptar-se ou enviar dados errados pode
acarretar multas e outras penalidades. Para muitas empresas, mexer nos sistemas a fim de
extrair informações fiscais e contábeis é como abrir uma caixa de Pandora.
O dilema encontrado nas adequações dos sistemas ao Sped vai além de agregar um
software paralelo, adquirir equipamentos e ampliar links de comunicação. As dificuldades
começam pela complicada legislação tributária brasileira, transitam pela necessidade da
limpeza e o ajuste dos dados inseridos nos softwares de gestão empresariais, culminando, em
muitos casos, na necessidade de mudança de processos e tratamento das informações fiscais e
contábeis dentro dos sistemas de origem.
São raras as empresas que têm esses dados coerentes e aponta que a regulamentação
significa a chegada de uma grande onda de gestão nas companhias no Brasil. Trata-se da
inserção das autoridades legais na Era do Conhecimento, pontua, em referência à necessidade
de um maior rigor com os dados imputados pelas corporações em seus sistemas.
A regulamentação impõe novos processos de controle e gestão, confiabilidade da
informação, sincronização de cadastros, consistência e integração entre os sistemas. Mas a
adaptação para as novas regras tem consumido muitas horas para ajuste dos bancos de dados,
com dificuldades que passam pelo impasse na definição das exigências por parte do governo,
traduzindo-se em extensão de prazo e revisão de orçamentos.
Atualmente, após o avanço ascendente da humanidade, o mercado vem exigir das
empresas que o compõe, sejam elas de direito público ou privado, uma contabilidade ainda
mais detalhada e precisa. E aquilo que em outrora era feito de maneira arcaica, em tempos
onde a civilização não conhecia a escrita, hoje, é feito através de meios tecnológicos, rápidos
e precisos.
A importância adquirida pela informação contábil chegou a tal ponto que se viu a
necessidade de padronizar a linguagem, pois o mercado é global e as empresas deixaram de
atuar apenas nos limites da nação. No contexto brasileiro, observa-se o interesse de
regulamentar esse processo com iniciativas do governo, a exemplo da revogação de alguns
dispositivos da Lei 6.404/1976 pela Lei 11.638/2007. Tal alteração trouxe novas exigências
para a contabilidade no mercado nacional, garantindo uma padronização em relação às
convenções internacionais de contabilidade. Paralelo ao processo de inovações contábeis,
surge o crescimento da responsabilidade do gestor da informação, como também, mecanismos
de controle dos entes fiscalizadores.
REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Osmar Reis; MARIANO, Paulo Antônio. SPED: Sistema Público de


Escrituração Digital. São Paulo,.– São Paulo: IOB, 2009.

BRASIL. Constituição (1988). Resolução nº 17, de 1991. Autera o Sistema Tributário


Nacional e dar outras providências, através do inciso XXII, do artigo 37 da Emenda
Constitucional nº 42, de 2003. Brasília, outubro 1988.

BRASIL, Código tributário nacional. BRASILIA. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966.


Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário
aplicáveis à União, Estados e Municípios. São Paulo, jul./dez. 2009. Art. 199.

BÍBLIA. Português. A Bíblia Sagrada: Tradução de João Ferreira de Almeida. Brasília:


Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

BOULOS JUNIOR, Alfredo. Historia geral: moderna e contemporânea, vol. 2, São Paulo:
FDT, 1995.

BLOGSPOT. História da Contabilidade. Disponível em:


<http://contabilidadedetodos.blogspost.com/2009/06/historia-da-contabilidade.html> Acesso
em: 25 ago 2009.

CONFEB. Projeto da Nota Fiscal Eletrônica inicia nova fase de massificação. Disponível
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CONFAZ. Nota Fiscal Eletrônica. Disponível em: < http://www.fazenda.gov.br/confaz>


Acesso em: 03 set. 2009.

CORNACHIONE Jr. Edgar B. Informática aplicada às áreas de contabilidade,


administração e economia. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

CT-E . Conhecimento de Transporte Eletrônico. Disponível em:


<http://www.cte.fazenda.gov.br. Acesso em: 25 set. 2009.

IBP BRASIL. O que é Certificação digital? Disponível em: <http://www.ibpbrasil.com.br>.


Acesso em: 13 out. 2009.

ICP-BRASIL. Nota Fiscal Eletrônica. Disponível em: <http://www.icpbrasil.gov.br. Acesso


em: 15 dez. 2009.

INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO. Saiba como obter um


Certificado Digital e quais os benefícios para sua vida. Disponível em: <
http://www.iti.gov.br>. Acesso em: 29 nov. 2009.

NF-E . Portal Nacional da Nota Fiscal Eletrônica. Disponível em: <


http://www.nfe.fazenda.gov.br. Acesso em: 27 ago. 2009.
PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA. O que é Nota Fiscal Eletrônica. Disponível
em: < http://www.teresina.pi.gov.br. Acesso em: 27 ago. 2009.

RECEITA FEDERAL. Sistema Público de Escrituração Digital. Disponível em: <


http://www.receita.fazenda.gov.br. Acesso em: 2 out. 2009.

SÁ, Antônio Lopes de. História geral e das doutrinas da contabilidade. São Paulo: Atlas,
1997.
_____. Teoria da Contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

SCHMIDT, Paulo. Uma contribuição ao estudo da historia do pensamento contábil: 1996. 2


v. 476 f. Tese (Doutorado em Controladoria e Contabilidade) – Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade), Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996.

JOAQUIM FILHO, JOSÉ. Disponível em:


<http://www.onecursos.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id= 111 :
fcont-controle-fiscal-contabil-de-transicao-in-rfb-no94909&catid=39:artigos&Itemid=86>,
Acesso em: 27 ago. 2009.
ANEXOS
Anexo A: Principais órgãos responsáveis pela implantação pelo desenvolvimento e
implantação da Nota Fiscal Eletrônica as empresas.

Portaria da ESAF Nº.413/2002


Receita Federal do Brasil (SRF);
Banco Central do Brasil (BACEN);
Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP);
Departamento Nacional do Registro do Comercio (DNRC);
Secretárias de Fazendas (SEFAZ);
Conselho Federal de Contabilidade (CFC);
O Órgão responsável pela administração do SPED, é a SRF, tendo como os órgãos
diretamente envolvidos:
Associação Brasileira das Secretarias de Finanças dos Municípios das Capitais
(ABRASF);
Conselho Federal de Contabilidade (CFC);
Departamento Nacional de Registro de Comércio (DNRC);
Encontro Nacional dos Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais
(ENCAT);
Secretaria da Receita Previdenciária (SRP);
Secretarias de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito
Federal;
Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA);
E seus colaboradores:
Associação Brasileira de Bancos (ABBC);
Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA);
Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima);
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA);
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN);
Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de
Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (FENACON);
Federação Nacional das Empresas de Serviços Técnicos de Informática e Similares
(FENAINFOR).
Anexo B: Atividades obrigadas a emissão da NF-e

Protocolo ICMS 30/07 de 06/07/2007.

I - fabricantes de cigarros;
II - distribuidores de cigarros;
III - produtores, formuladores e importadores de combustíveis líquidos, assim
definidos e autorizados por órgão federal competente;
IV - distribuidores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por órgão
federal competente;
V - transportadores e revendedores retalhistas – TRR, assim definidos e autorizados
por órgão federal competente.

Protocolo ICMS 88/07 de 14/12/2007.

VI - fabricantes de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e


motocicletas;
VII - fabricantes de cimento;
VIII – fabricantes, distribuidores e comerciante atacadista de medicamentos alopáticos
para uso humano;
IX – frigoríficos e atacadistas que promoverem as saídas de carnes frescas,
refrigeradas ou congeladas das espécies bovinas, suínas, bufalinas e avícolas;
X - fabricantes de bebidas alcoólicas inclusive cervejas e chopes;
XI – fabricantes de refrigerantes;
XII – agentes que assumem o papel de fornecedores de energia elétrica, no âmbito da
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE;
XIII – fabricantes de semi-acabados, laminados planos ou longos, relaminados,
trefilados e perfilados de aço;
XIV – fabricantes de ferro-gusa.
O Protocolo ICMS 68/08 de 14/07/2008, mudou a obrigatoriedade de utilização da
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para os seguimentos descritos nos itens VI a XIV, do parágrafo
anterior, para 01/12/2008 e estabeleceu a obrigatoriedade a partir de 01/04/2009 para os
seguintes contribuintes:
XV - importadores de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e
motocicletas;
XVI - fabricantes e importadores de baterias e acumuladores para veículos
automotores;
XVII - fabricantes de pneumáticos e de câmaras-de-ar;
XVIII - fabricantes e importadores de autopeças;
XIX - produtores, formuladores, importadores e distribuidores de solventes derivados
de petróleo, assim definidos e autorizados por órgão federal competente;
XX - comerciantes atacadistas a granel de solventes derivados de petróleo;
XXI - produtores, importadores e distribuidores de lubrificantes e graxas derivados de
petróleo, assim definidos e autorizados por órgão federal competente;
XXII - comerciantes atacadistas a granel de lubrificantes e graxas derivados de
petróleo;
XXIII - produtores, importadores, distribuidores a granel, engarrafadores e
revendedores atacadistas a granel de álcool para outros fins;
XXIV – produtores, importadores e distribuidores de GLP – gás liquefeito de petróleo
ou de GLGN - gás liquefeito de gás natural, assim definidos e autorizados por órgão federal
competente;
XXV – produtores, importadores e distribuidores de GNV – gás natural veicular,
assim definidos e autorizados por órgão federal competente;
XXVI - atacadistas de produtos siderúrgicos e ferro gusa;
XXVII - fabricantes de alumínio, laminados e ligas de alumínio;
XXVIII - fabricantes de vasilhames de vidro, garrafas PET e latas para bebidas
alcoólicas e refrigerantes;
XXIX - fabricantes e importadores de tintas, vernizes, esmaltes e lacas;
XXX - fabricantes e importadores de resinas termoplásticas;
XXXI - distribuidores, atacadistas ou importadores de bebidas alcoólicas, inclusive
cervejas e chopes;
XXXII - distribuidores, atacadistas ou importadores de refrigerantes;
XXXIII - fabricantes, distribuidores, atacadistas ou importadores de extrato e xarope
utilizados na fabricação de refrigerantes;
XXXIV - atacadistas de bebidas com atividade de fracionamento e acondicionamento
associada;
XXXV - atacadistas de fumo;
XXXVI - fabricantes de cigarrilhas e charutos;
XXXVII - fabricantes e importadores de filtros para cigarros;
XXXVIII - fabricantes e importadores de outros produtos do fumo, exceto cigarros,
cigarrilhas e charutos;
XXXIX - processadores industriais do fumo.
O Protocolo ICMS 87/08 de 26/09/2008, estabeleceu a obrigatoriedade a partir de
01/09/2009 para os seguintes contribuintes:
XL - fabricantes de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal;
XLI - fabricantes de produtos de limpeza e de polimento;
XLII - fabricantes de sabões e detergentes sintéticos;
XLIII - fabricantes de alimentos para animais;
XLIV - fabricantes de papel;
XLV - fabricantes de produtos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado
para uso comercial e de escritório;
XLVI - fabricantes e importadores de componentes eletrônicos;
XLVII - fabricantes e importadores de equipamentos de informática e de periféricos
para equipamentos de informática;
XLVIII - fabricantes e importadores de equipamentos transmissores de comunicação,
pecas e acessórios;
XLIX - fabricantes e importadores de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e
amplificação de áudio e vídeo;
L - estabelecimentos que realizem reprodução de vídeo em qualquer suporte;
LI - estabelecimentos que realizem reprodução de som em qualquer suporte;
LII - fabricantes e importadores de mídias virgens, magnéticas e ópticas;
LIII - fabricantes e importadores de aparelhos telefônicos e de outros equipamentos de
comunicação, peças e acessórios;
LIV - fabricantes de aparelhos eletromédicos e eletroterapeuticos e equipamentos de
irradiação;
LV - fabricantes e importadores de pilhas, baterias e acumuladores elétricos, exceto
para veículos automotores;
LVI - fabricantes e importadores de material elétrico para instalações em circuito de
consumo;
LVII - fabricantes e importadores de fios, cabos e condutores elétricos isolados;
LVIII - fabricantes e importadores de material elétrico e eletrônico para veículos
automotores, exceto baterias;
LIX - fabricantes e importadores de fogões, refrigeradores e maquinas de lavar e secar
para uso domestico, peças e acessórios;
LX - estabelecimentos que realizem moagem de trigo e fabricação de derivados de
trigo;
LXI - atacadistas de café em grão;
LXII - atacadistas de café torrado, moído e solúvel;
LXIII - produtores de café torrado e moído, aromatizado;
LXIV - fabricantes de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho;
LXV - fabricantes de defensivos agrícolas;
LXVI - fabricantes de adubos e fertilizantes;
LXVII - fabricantes de medicamentos homeopáticos para uso humano;
LXVIII - fabricantes de medicamentos fitoterápicos para uso humano;
LXIX - fabricantes de medicamentos para uso veterinário;
LXX - fabricantes de produtos farmoquímicos;
LXXI - atacadistas e importadores de malte para fabricação de bebidas alcoólicas;
LXXII - fabricantes e atacadistas de laticínios;
LXXIII - fabricantes de artefatos de material plástico para usos industriais;
LXXIV - fabricantes de tubos de aço sem costura;
LXXV - fabricantes de tubos de aço com costura;
LXXVI - fabricantes e atacadistas de tubos e conexões em PVC e cobre;
LXXVII - fabricantes de artefatos estampados de metal;
LXXVIII - fabricantes de produtos de trefilados de metal, exceto padronizados;
LXXIX - fabricantes de cronômetros e relógios;
LXXX - fabricantes de equipamentos e instrumentos ópticos, peças e acessórios;
LXXXI - fabricantes de equipamentos de transmissão ou de rolamentos, para fins
industriais;
LXXXII - fabricantes de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e
elevação de cargas, peças e acessórios;
LXXXIII - fabricantes de aparelhos e equipamentos de ar condicionado para uso não-
industrial;
LXXXIV - serrarias com desdobramento de madeira;
LXXXV - fabricantes de artefatos de joalheria e ourivesaria;
LXXXVI - fabricantes de tratores, peças e acessórios, exceto agrícolas;
LXXXVII -fabricantes e atacadistas de pães, biscoitos e bolacha;
LXXXVIII - fabricantes e atacadistas de vidros planos e de segurança;
LXXXIX - atacadistas de mercadoria em geral, com predominância de produtos
alimentícios;
XC - concessionários de veículos novos;
XCI – fabricantes e importadores de pisos e revestimentos cerâmicos;
XCII - tecelagem de fios de fibras têxteis;
XCIII - preparação e fiação de fibras têxteis.

Anexo C – Ordem por anexo dos Estados obrigados a Escrituração Fiscal Digital.

Protocolo ICMS 77, de 18 de setembro de 2008.

1.Anexo I - Estado do Acre;


2.Anexo II - Estado de Alagoas;
3.Anexo III - Estado do Amapá;
4.Anexo IV - Estado do Amazonas;
5.Anexo V - Estado da Bahia;
6.Anexo VI - Estado do Ceará;
7.Anexo VII - Estado do Espírito Santo;
8.Anexo VIII - Estado de Goiás;
9.Anexo IX - Estado do Maranhão;
10.Anexo X - Estado de Mato Grosso;
11.Anexo XI - Estado de Mato Grosso do Sul;
12.Anexo XII - Estado de Minas Gerais;
13.Anexo XIII - Estado do Pará;
14.Anexo XIV - Estado do Paraíba;
15.Anexo XV - Estado da Paraná;
16.Anexo XVI - Estado do Piauí;
17.Anexo XVII - Estado do Rio de Janeiro;
18.Anexo XVIII - Estado do Rio Grande do Norte;
19.Anexo XIX - Estado do Rio Grande do Sul;
20.Anexo XX - Estado de Rondônia;
21.Anexo XXI - Estado de Roraima
22.Anexo XXII - Estado de Santa Catarina;
23.Anexo XXIII - Estado de São Paulo;
24.Anexo XXIV - Estado de Sergipe;
25.Anexo XXV - Estado de Tocantins.

Anexo D - Alterações no anexo I do ato declaratório

COFIS Nº 36/01 - REGRAS DE VALIDAÇÃO

Anexo I

Onde se lê:

Leiaute do Arquivo da Escrituração Contábil Digital


O Leiaute do Arquivo Escrituração Contábil Digital está organizado em blocos de
informações referindo-se cada um deles a um agrupamento de documentos, livros ou guias.
Estes blocos por sua vez estão organizados em registros que contém os dados.
.....
Registro I150 – Saldos Periódicos – Identificação do Período
Registro I155 – Detalhes dos Saldos Periódicos
Leia-se:

Leiaute do Arquivo da Escrituração Contábil Digital


O Leiaute do Arquivo Escrituração Contábil Digital está organizado em blocos de
informações referindo-se cada um deles a um agrupamento de documentos, livros ou guias. Estes
blocos por sua vez estão organizados em registros que contém os dados.
.....
Registro I150 – Saldos Periódicos – Identificação do Período
Registro I151 – Assinatura digital dos arquivos que contêm as Fichas de Lançamento
utilizados no período
Registro I155 – Detalhes dos Saldos Periódicos

Onde se lê:

COMPOSIÇÃO DOS LIVROS:


TIPOS DE ESCRITURAÇÃO (CONFORME REGISTRO I010)
REGISTRO G R A B Z
.....
I030 O O O O O

.....
I350 F F F F F
I355 F F F F F
.....
J900 O O O O O

Leia-se
COMPOSIÇÃO DOS LIVROS:
TIPOS DE ESCRITURAÇÃO (CONFORME REGISTRO I010)
REGISTRO G R A B Z
.....
I030 O(5) O(5) O(5) O(5) O(5)

.....
I151 N N N F N
.....
I350 F F N F N
I355 F F N F N
.....
J900 O(5) O(5) O(5) O(5) O(5)

(1) = Obrigatório, se existe o registro 0150


(2) = Obrigatório, se existe o registro I350
(3) = Obrigatório, se existe o registro I150
(4) = A obrigatoriedade definida pelo órgão encarregado da
manutenção do plano de contas referencial
(5) = Registro obrigatório para as pessoas jurídicas sujeitas a
registro em órgãos de registro do comércio

Onde se lê:

Regras de validação específicas


.....
REGISTRO I012
Valores Obrigatório Regras de validação d
Campo Descrição Tipo Tamanho Decimal
válidos

COD_HASH Código Hash do arquivo correspondente ao livro C - - - Não [REGRA_CAMPO_ COD


_AUX auxiliar utilizado na assinatura digital. _OBRIGATOR
.....
REGISTRO J800
REGISTRO J800: OUTRAS INFORMAÇÕES
Regras de validação do registro
Nível Hierárquico – 3 Ocorrência – 1:1
chave: [REG]
......
REGISTRO J930
Valores Obrigatório Regras de validação d
Campo Descrição Tipo Tamanho Decimal
válidos

IND_CRC Número de inscrição do contabilista no Conselho C 011 - - Não [REGRA_OBRIGATORIO_CON


Regional de Contabilidade.(*)

Onde se lê:
Regras de validação específicas

REGISTRO I012
Valores Obrigatório Regras de validação d
Campo Descrição Tipo Tamanho Decimal
válidos

COD_HASH Código Hash do arquivo correspondente ao livro C - - - Não [REGRA_CAMPO_ COD


_AUX auxiliar utilizado na assinatura digital. _OBRIGATOR
.....
REGISTRO J800
REGISTRO J800: OUTRAS INFORMAÇÕES
Regras de validação do registro
Nível Hierárquico – 3 Ocorrência – um (por arquivo)
chave: [REG]
.....
REGISTRO J930
Valores Obrigatório Regras de validação d
Campo Descrição Tipo Tamanho Decimal
válidos

IND_CRC Número de inscrição do contabilista no Conselho C 011 - - Não [REGRA_OBRIGATORIO_CON


Regional de Contabilidade.(*)

.....
Tabela de Regras de validação

.....

Regras de Validação Nível 2

.....

Código da regra de validação Descrição

Verifica qual regra de formação do Código deve ser aplicada, a partir do preenchimento do campo COD_END_RE
REGRA_VALIDA_INSCRICAO para o Código “01”, executa REGRA_VALIDA_ID_BACEN; para o “02”, REGRA_VALIDA_ID_CVM; e, par
“03”, REGRA_VALIDA_ID_SUSEP.

Regras de Validação Nível 3

.....
Código da regra de validação Descrição

REGRA_DT_ALT_DATA_MAIOR Verifica se DT_ALT<=DT_FIN do Registro 0000.

Verifica se a soma de VL_SLD_INI (Registro I155) igual a zero para cada período informado no registro de período
REGRA_VALIDACAO_SOMA_SALDO_INICIAL
do saldo periódico (Registro I150) (considerados os indicadores de Débito e Crédito) .
Verifica se a soma de VL_SLD_FIN (Registro I155) é igual a zero para cada período informado no registro de perío
REGRA_VALIDACAO_SOMA_SALDO_FINAL
do saldo periódico (Registro I150). (considerados os indicadores de Débito e Crédito)
Verifica se a soma de VL_DEB (Registro I155) é igual à soma de VL_CRED (Registro I155) para cada perío
REGRA_VALIDACAO_DEB_DIF_CRED
informado no registro de período do saldo periódico (Registro I150).

Verifica se a soma dos débitos (mês, conta e centro de custo) de lançamentos é igual o valor do campo VL_DEB
REGRA_VALIDACAO_VALOR_DÉB
mês de saldos; (para as escriturações do tipo A, R, G).
Verifica se a soma dos créditos (mês, conta e centro de custo) de lançamentos é igual do valor do campo VL_CRED
REGRA_VALIDACAO_VALOR_CRED
mês de saldos; (para as escriturações do tipo A, R, G).

Verifica se a soma de todos os lançamentos do tipo encerramento de conta de resultado (campo IND_LCTO
Registro I200) para cada data (DT_RES), conta e centro de custo (considerando se é crédito ou débito) é igual ao va
REGRA_VALIDACAO_SALDO_CONTA
do saldo final antes do lançamento de encerramento (VL_CTA) para escriturações do tipo A,R,G, (com o indicador
débito ou crédito invertido).
Verifica se, na data de encerramento, o saldo das contas de resultado (o campo VL_SLD_FIN do Registro I155
REGRA_VALIDACAO_CONTA_RESULTADO
igual a 0 .

REGRA_CONTA_SUPERIOR_NAO_SE_APLICA Verifica se, para contas cujo nível é igual a 1 não foi ser informada a conta de nível superior (COD_CTA_SUP).

REGRA_REGISTRO_OBRIGATORIO_I350 Verifica se existe lançamento de encerramento.

Verifica se o número de linhas do tipo informado no campo REG_BLC (Registro 9900) é igual ao valor informado
REGRA_QTD_REG_BLC
campo QTD_REG_BLC (Registro 9900) Registro 9900 – Registros do arquivo.

Leia-se:
Regras de validação específicas
.....
REGISTRO I012
Valores Obrigatório Regras de validação d
Campo Descrição Tipo Tamanho Decimal
válidos

COD_HASH Código Hash do arquivo correspondente ao livro C 40(*) - - Não [REGRA_CAMPO_ COD
_AUX auxiliar utilizado na assinatura digital. _OBRIGATOR
.....

REGISTRO I151
REGISTRO I151: Hash dos arquivos que contêm as Fichas de Lançamento utilizados no período
Regras de validação do registro
[REGRA_REGISTRO_OBRIGATÓRIO_I151]
Nível Hierárquico – 4 Ocorrência – 1:N
chave:

Valores Obrigatório Regras de validação d


Campo Descrição Tipo Tamanho Decimal
válidos
REG Texto fixo contendo “I151”. C 004 - "I151" Sim -
ASSIN_DIG Hash das fichas de lançamento. C - - - Sim [REGRA_BASE64]
Observações: o hash das fichas de lançamento deve ser convertido para base64
Registro obrigatório a partir de 01.01.2010.
......
REGISTRO J800
REGISTRO J800: OUTRAS INFORMAÇÕES
Regras de validação do registro
Nível Hierárquico – 3 Ocorrência – 1:N
chave: [REG]
......
REGISTRO J930
Valores Obrigatório Regras de validação d
Campo Descrição Tipo Tamanho Decimal
válidos

IND_CRC Número de inscrição do contabilista no Conselho C - - - Não [REGRA_OBRIGATORIO_CON


Regional de Contabilidade.(*)

.....
Tabela de Regras de validação

.....

Regras de Validação Nível 2


.....
Código da regra de validação Descrição
Verifica qual regra de formação do Código deve ser aplicada, a partir do preenchimento do campo COD_END_RE
REGRA_VALIDA_INSCRICAO para o Código “01”, executa REGRA_VALIDA_ID_BACEN; para o “03”, REGRA_VALIDA_ID_CVM; e, par
“02”, REGRA_VALIDA_ID_SUSEP.

Nas escriturações tipo “B”, de período inicial igual ou posterior a 01.01.2010, verifica se foi informado, pelo men
REGRA_REGISTRO_OBRIGATÓRIO_I151
um registro I151 para cada registro I150.

Regras de Validação Nível 3


.....
Código da regra de validação Descrição

REGRA_DT_ALT_DATA_MAIOR Verifica se DT_ALT<=DT_FIN do Registro 0000.

Nas escriturações G e R, verifica se a soma de VL_SLD_INI (Registro I155) igual a zero para cada período informad
REGRA_VALIDACAO_SOMA_SALDO_INICIAL
no registro de período do saldo periódico (Registro I150) (considerados os indicadores de Débito e Crédito) .
Nas escriturações G e R, verifica se a soma de VL_SLD_FIN (Registro I155) é igual a zero para cada perío
REGRA_VALIDACAO_SOMA_SALDO_FINAL informado no registro de período do saldo periódico (Registro I150). (considerados os indicadores de Débito
Crédito)
Nas escriturações G e R , verifica se a soma de VL_DEB (Registro I155) é igual à soma de VL_CRED (Registro I15
REGRA_VALIDACAO_DEB_DIF_CRED
para cada período informado no registro de período do saldo periódico (Registro I150).

Verifica se a soma dos débitos (por mês e conta) de lançamentos é igual o valor do campo VL_DEB no mês de sald
REGRA_VALIDACAO_VALOR_DÉB
(para as escriturações do tipo A, R, G).
Verifica se a soma dos créditos (por mês e conta) de lançamentos é igual do valor do campo VL_CRED no mês
REGRA_VALIDACAO_VALOR_CRED
saldos; (para as escriturações do tipo A, R, G).

Verifica se a soma de todos os lançamentos do tipo encerramento de conta de resultado (campo IND_LCTO
Registro I200) para cada data (DT_RES) e conta (considerando se é crédito ou débito) é igual ao valor do saldo fi
REGRA_VALIDACAO_SALDO_CONTA
antes do lançamento de encerramento (VL_CTA) para escriturações do tipo R,G, (com o indicador de débito ou créd
invertido).
Verifica se, na data de encerramento, a soma do saldo de cada conta de resultado (o campo VL_SLD_FIN do Regis
REGRA_VALIDACAO_CONTA_RESULTADO
I155) é igual a 0.

REGRA_CONTA_SUPERIOR_NAO_SE_APLICA Verifica se, para contas cujo nível é igual a 1 não foi informada a conta de nível superior (COD_CTA_SUP).

REGRA_REGISTRO_OBRIGATORIO_I350 Verifica se existe lançamento de encerramento (nas escriturações G e R).


Anexo E - Plano de Contas Sped

Código Descrição
1 *** Ativo ***
101 Ativo Circulante
10101 Disponibilidades
10103 Clientes
10105 Créditos
10115 Estoques
10117 Despesas do Exercício Seguinte
10121 Contas Retificadoras
107 Ativo não Circulante
10700 Realizável a Longo Prazo
10701 Investimentos
10704 Imobilizado
10705 Intangível
10707 Diferido
2 *** Passivo ***
201 Passivo Circulante
20101 Obrigações de Curto Prazo
203 Passivo não Circulante
20301 Obrigações de Longo Prazo
20302 Receitas Diferidas
207 Patrimônio Líquido
20701 Capital Realizado
20704 Reservas
20705 Ajustes de Avaliação Patrimonial
20707 Outras Contas
3 Resultado Líquido do Período
Result Líq do Período Antes do IRPJ e da
301
CSLL
30101 Resultado Operacional
30103 Outras Receitas e Outras Despesas
30105 Participações
302 Provisão para CSLL e IRPJ
30201 Provisão para CSLL e IRPJ
6 Sistema Auxiliar de Contas
6.01-7 Apuração do Exercício
6.02-5 Balanço de Abertura

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