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Notas sobre o CORPO e os SENTIDOS

A vida unificada, plena e feliz não se consegue com coisas de fora; esse ser
pleno, unificado e feliz eu o levo dentro de mim. Essa vida mais profunda, mais
em harmonia e mais plena está dentro de mim.
Mas tenho que tomar consciência dela; tenho que conhecê-la, vivê-la e
desenvolvê-la.
“O Reino de Deus está dentro de vós” (Lc. 17,21)

* Como vivo esse Tesouro que está dentro de mim?


* Como tomar consciência dele, vivê-lo e fazê-lo crescer?

Para isso vamos aprofundar desde as camadas mais externas até à região mais
profunda de nosso ser, até o coração de nosso ser essencial.
Durante muito tempo consideramos o corpo como distinto de nós mesmos, mau,
de categoria inferior, oposto ao espírito e fonte de conflitos. Daí a necessidade
de domá-lo, maltratá-lo...
Mas, o que é o CORPO?
como funciona?
conheço a riqueza e o valor de meu corpo e de meus sentidos?

Meu corpo é minha mesma realidade. Sou eu mesmo.


Meu corpo é uma dimensão real de meu ser, uma dimensão a mais de uma totalidade maior: a pessoa.
Tão importante como a dimensão mental ou a dimensão afetiva.
É, portanto, um elemento essencial e constitutivo.
De tal forma que constitui a materialidade do sonho de Deus sobre mim.
Por isso, meu corpo é a objetivação visível e palpável de mim mesmo, que me configura, me define e
me faz único. A realidade concreta de meu corpo é a expressão do sonho criativo de Deus sobre mim.

Ao ser a dimensão palpável e visível de minha realidade pessoal, meu corpo se


converte na expressão externa de meu espírito.
Meu ser profundo, meu ser essencial se manifesta, se abre para fora através
de meu corpo.
O espírito se encarna, se faz visível, tangível e audível em minha dimensão
corporal. Os gestos, o olhar, o tom de voz são autenticamente a transparência
do coração. O rosto é o espelho do meu interior.
Assim afirmamos a unidade e totalidade da pessoa, que vive, se experimenta e
se realiza na e a partir da diversidade de seus aspectos: corporal, mental,
emocional, essencial.
* Como eu vivo e experimento meu CORPO e meus SENTIDOS?
* Preciso vivê-los de outra forma?
* Poderia descobrir a possibilidade de vivê-los de outra forma?

Preciso, em 1º lugar, observar meu corpo e meus sentidos?


- Ser consciente deles... Ser consciente de meus gestos, de meus movimentos. Perceber a sensação de to-
car, ver, olhar, escutar, sentir... Dar-me conta de meu andar, subir, descer...
- Atitude, portanto, de observação e atenção ao meu corpo e aos meus sentidos, que devo fomentar ao
longo do dia e em todas as circunstâncias.

* Ao observar nosso corpo e sentidos descobriremos muitas partes ignoradas,


muitos aspectos novos de
nós mesmos.
* Ao observar assim nosso corpo e sentidos, também nos daremos conta da
distorção que frequentemen-
te vivemos neles.
* Estamos habitualmente tensos. A pressa, a ansiedade, o cansaço, o nervosismo,
o excesso de trabalho...
nos levam a um stres constante.
* Em nosso corpo podemos descobrir uma multidão de tensões: tics nervosos,
dores de cabeça, respira-
ção angustiosa, rigidez nos gestos e nas expressões... Violência nos gestos, no
tom de voz, gritos...
- A tensão nervosa é como uma raiz de pecado; em si, não é pecado, mas provoca, é causa de numero-
sos pecados contra o irmão, porque cria um ambiente de não comunicação, de ódios e agressões.
- A tensão é uma agitação interior que penetra em todo o nosso ser. É notada especialmente como um
mal ambiental, como um estado psicológico e se projeta sobre o corpo.
Estes três (o ambiente, o estado psicológico e o estado do corpo) estão inter-relacionados.
* Tensão do ambiente: atmosfera de convivência pesada.
* Estado psicológico: conjunto de afetos e sentimentos que vou vivendo: raiva, sentimentos negativos...
- Relação íntima entre nosso estado emocional e o nosso corpo:
o nosso corpo acusa diariamente os impactos afetivos que os estímulos externos produzem em nossa
vida emocional. Também as tensões afetivas se projetam sobre o corpo. Todas as tensões que “en-
golimos” vão parar em nosso corpo.
O corpo é como um acumulador que vai recebendo e armazenando as nossas tensões.
Com o tempo se satura, se endurece, torna-se mais sensível e dolorido e, afinal, adoece.

Dificuldade em aceitar o corpo, o sexo, a cor...


Se não aceito o corpo, inconscientemente não aceito que Deus me tenha feito
assim.
Como posso fazer uma experiência positiva do Amor de Deus se Ele fez “este
corpo horroroso”.
É enorme a quantidade de energia física que desperdiçamos cada dia em
movimentos e tensões musculares completamente inúteis.
É necessário libertar nosso corpo e nossos sentidos dessa distorção que
frequentemente experimentamos.
* Como libertar-me?
Criar um ritmo de descanso, relaxamento, distenção, silêncio...

- O relaxamento me proporciona a liberação das tensões, distorções, ruídos corporais, nervosismos...


- O relaxamento é um estado de quietude, de harmonia, de paz e serenidade, através de uma progressiva disten-
ção de todos os músculos, de uma total tranquilidade emocional (exercícios de relaxamento).
- O relaxamento me põe em estado muito mais favorável para a comunicação com Deus e com os outros.
- O relaxamento dá paz ao corpo; o corpo pacifica as emoções e logo a paz de ambos permite uma paz interior.
Quando estou em paz, sinto-me capaz de amar, e com isso, meu coração se aproxima do Senhor.
- O silêncio corporal é um grande meio de liberar todas as distorções e tensões.
- O silêncio me abre à consciência de meu “eu profundo e essencial” através de meu nível corporal.
Precisamente através de meu corpo e meus sentidos posso descobrir minha autêntica e profunda
identidade; posso adquirir consciência de meu eu profundo como sujeito de toda minha dimensão
corporal em todos os seus aspectos.
O corpo e os sentidos como expressão de meu eu essencial;
O corpo e os sentidos como receptividade de meu eu essencial.

Assim se integram meu corpo e meus sentidos em minha vida real.


Eles adquirirão seu sentido e seu valor dentro do conjunto de minha pessoa.
Eles se converterão em colaboradores de todo o meu Ser; ocuparão seu lugar, o
próprio lugar que lhes corresponde dentro dos outros níveis e aspectos de minha
vida.
Desta integração surgirá espontaneamente a harmonia do corpo e dos
sentidos com a totalidade de meu ser.
O corpo e os sentidos serão como uma autêntica transparência de todo meu
ser, da riqueza de meu espírito, e poderei vivê-los como veículo de expressão do
ser, como imagem visível de Deus.
Vivendo assim meu corpo e meus sentidos conscientemente, os incorporo às
minhas vivências mais profundas, fazendo real e verdadeiramente a harmonia de
toda minha pessoa.
Harmonia com todo meu ser (mente, coração, espírito...) como obra de Deus, como expressão de Seu
Espírito, como meio de comunicação e comunhão com tudo o que existe.
O corpo tem sua linguagem.
O corpo reza: “Glorificai a Deus no vosso corpo” (1Cor. 6,20).
“Meu coração e minha carne gritam para Deus” (Sl. 84)

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