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Abertura do Diafragma

B. C. Deiró

Diafragma é o sistema que controla a abertura por onde entra a luz que vai impressionar
o filme das câmeras analógicas, ou o sensor da digitais, para produzir a imagem.
Quando maior a abertura, mais luz entra, e vice-versa. Daí, as lentes dotadas de grandes
aberturas serem denominadas "lentes luminosas". Essas lentes favorecem quem se
dedica a fotos em ambientes fechados, nem sempre claros o suficiente: elas permitem
entrar o máximo possível da pouca luz disponível, evitando fotos escuras.

É importante saber que quanto maior a abertura, menor a profundidade de campo. Ao


tirar um retrato com o diafragma bem aberto, por exemplo, você poderá ter o plano de
fundo e os objetos à frente da pessoa fotografada desfocados: apenas a pessoa e o que
estiver na mesma distância em que ela se encontra da lente sairá nítido. Esse efeito é
interessante para dar destaque ao objeto em foco. Mas se você prefere que todos os
planos da cena saiam nítidos, deverá fechar um pouco o diafragma aplicando aberturas
menores.

Concentramos manualmente o foco no quarto vaso (o de fundo branco). Na


foto acima, aplicamos a menor abertura disponível, no caso f/6.6, o que
estendeu o foco para todos os outros vasinhos, mais distantes ou próximos da
lente. Na foto abaixo aumentamos a abertura para f/2.9: foi o suficiente para o
comprimento focal encurtar e perdermos a nitidez dos vasos mais próximos da
objetiva.
As aberturas são indicadas pelos números f. Veja sua escala, da maior à menor:
f/1, f/1.4, f/1.8, f/2, f/2.4 f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22, f/32, f/45 e f/64. Algumas
pessoas encontram dificuldade para entender o porquê da abertura f/1 ser a maior de
todas, já que o "1" é o menor número f. Basta notar que se tratam de frações e quanto
menor o valor do divisor de f (como o 1), maior será o resultado (ou seja, a abertura), e
quanto maior o divisor, menor o resultado. Assim, f/64 é a menor abertura. Prevenimos
que as mais encontradas vão de f/2.8 a f/22. A combinação entre a abertura do
diafragma, a velocidade do obturador e o fator ISO possibilitarão, aos que possuem
câmeras com controle total da exposição, aplicar técnicas que vão acrescentar ainda
mais criatividade às fotos.
Velocidade do Obturador

B. C. Deiró

A velocidade do obturador corresponde ao tempo em que a câmera mantém o diafragma


aberto para a luz da cena penetrar através da lente e impressionar o filme das máquinas
analógicas ou o sensor das digitais, produzindo a fotografia. Velocidades mais rápidas
"congelam" a imagem de assuntos em movimento: com o obturador a 1/2000s, um carro
da Fórmula 1 em plena corrida sai nítido na foto, como se estivesse imóvel na pista.
Para imprimir sensação de movimento, basta reduzir a velocidade e deixar os objetos
"borrarem" a foto. Câmeras com ajuste manual da velocidade possibilitam a aplicação
desses efeitos.
Na foto da esquerda, a velocidade do obturador “congelou” os carros que parecem
estacionados no meio da avenida. Ao reduzir para 1/8s eles saíram “borrados”, imprimindo a
sensação de movimento, à direita. Em câmeras que disponibilizam o controle da velocidade,
um ou outro efeito poderá ser aplicado.

Os valores da velocidade são indicados por segundos, como 1s, 2s, 30s, etc.
Ou em frações de segundos: 1/2s, 1/4s, 1/8s, 1/15s, 1/30s, 1/60s, 1/125s, 1/250s, 1/500s,
1/1000s, 1/2000s.
Velozes, câmeras top de linha passam de 1/4000s, 1/8000s.

Outro exemplo dos efeitos da alta e baixa velocidade na fotografia. À esquerda, a


rapidez com que o obturador registrou o chafariz (1/800s) permite ver detalhes em
cada um dos jatos de água, que parecem pinceladas impressionistas na outra foto,
tirada à baixa velocidade (1/27s).

Em situações de pouca luz, na tentativa de evitar fotos escuras devemos aplicar


velocidades baixas que é para o diafragma ficar aberto por mais tempo e a fraca luz
ambiente agir prolongadamente sobre o sensor. Porém, conforme se estende a
exposição, aumenta o risco da câmera ou do assunto não conseguirem permanecer
imóveis e a foto sair tremida ou borrada. Para evitar esse inconveniente, é recomendável
utilizar a máquina apoiada em tripé e dar preferência a assuntos imóveis.
Resultados da aplicação de diferentes tempos de exposição em fotos noturnas, tiradas com a câmera
sobre tripé.

A combinação entre a velocidade do obturador, a abertura do diafragma e o fator ISO


possibilitarão, aos que possuem câmeras com controle total da exposição, aplicar
técnicas que vão acrescentar ainda mais criatividade às fotos.
Sensibilidade
ISO
B. C. Deiró
O fator ISO, sigla de International Standards Organization, antes conhecido como a
"velocidade ASA" (American Standard Association) dos filmes de celulose, determina
a sensibilidade do sensor da câmera em capturar a luz. Ao fotografar em ambientes
pouco iluminados, recomenda-se elevar a sensibilidade para favorecer a captura da
pouca luz disponível. O inconveniente é que altos fatores ISO tendem a produzir
superfícies granuladas nas fotos.
Recortes de fotos tiradas em ambiente interno ao anoitecer com luz natural
(escuro). Perceba que nos baixos fatores ISO o nível de ruído (granulação) é
discreto. Para conseguir fotos mais claras elevamos a sensibilidade e o sensor
capturou mais luz, mas o nível de ruído também se elevou. As melhores
exposição foram conseguidas com fator 100 e 200. A granulação nos fatores
800 e 1000 não compensam a luminosidade obtida.

Quanto mais alto o número ou fator, maiores as chances, também, de se evitar imagens
tremidas ou borradas, frequentes ao fotografar sob pouca luz, sem flash e com assunto
em movimento. Ao elevar a sensibilidade, a captura será mais rápida, e menor o risco
da câmera ou o assunto se mover durante o registro. Daí chamarmos de "lentes rápidas"
as que ostentam altos fatores, e de "lentas" as que se limitam a números modestos.

Atualmente, a escala ISO da grande maioria de digitais atinge o fator 1600 e muitas já
passam do 3200. Porém, quando o objetivo for conseguir imagens límpidas, livres de
granulação, recomenda-se fotografar em ambientes adequadamente iluminados que
permitam reduzir a sensibilidade.
Exposição em câmeras digitais
Conhecer o que é exposição é fundamental para que o dono de uma câmera digital
consiga tirar fotos cada vez melhores.

A exposição significa controlar o total de luz que penetra na câmera digital. Ela é
determinada por três elementos: a sensibilidade ISO do filme, a abertura do diafragma e
a velocidade do obturador

O conceito de esposição é bem fácil de ser compreendido quando se entende como uma
câmera digital tira fotos.

Como as câmeras tiram fotos


Todas as câmeras, independente do tipo, funcionam da mesma maneira. Elas abrem o
obturador por um breve período de tempo e em um certo diâmetro, permitindo que a luz
entre. A luz, então, interage com um receptor sensível (nas câmeras digitais o sensor
ccd ou cmos, nas câmeras analógicas o filme fotográfico) e uma imagem é gravada. Em
seguida o obturador fecha. A figura abaixo mostra esse processo.

No funcionamento da câmera três elementos variam:

• a velocidade do obturador;
• a abertura do obturador, ou F/Stop;

• A sensibilidade do sensor (ou filme), ou ISO / ASA.

O resultado final da exposição é então o produto da velocidade do obturador x abertura


do diafragma x sensibilidade do sensor. Esse resultado pode ser:
Sub-exposição Exposição padrão Super-exposição

Existem muitos casos em que a sub-exposição ou a super-exposição apresentam


melhores resultados que a exposição padrão. A sub-exposição pode ser usada, por
exemplo, para enfatizar a solidez e o peso de objetos metálicos enquanto a super-
exposição muitas vezes é utilizada para mostrar a pele de uma pessoa jovem.

É esse o motivo porque a fotografia tanto é uma ciência quanto uma arte.

Compreendendo o Balanço de Branco


O balanço de branco (em inglês 'White Balance' ou WB) é o processo de remoção de
cores não reais, de modo a tornar brancos os objetos que aparentam ser brancos para os
nossos olhos. O correto balanço de branco deve levar em consideração a "temperatura
de cor" de uma fonte de luz, que se refere a quão 'quente' ou 'fria' é uma fonte de luz.
Nossos olhos (e cérebros) são muito bem treinados para julgar o que é branco em
diferentes situações de luz, mas câmeras digitais normalmente encontram grande
dificuldade ao fazê-lo usando o ajuste de branco automático ('Auto White Balance' ou
AWB). Um balanço de branco incorreto pode gerar imagens 'lavadas' com azul, laranja
e mesmo verde; que são irreais e podem chegar a estragar fotografias. Para fazer o
ajuste de branco na fotografia tradicional é necessário recorrer ao uso de filtros ou
filmes para as diferentes condições de luz, mas, felizmente, isso não é mais necessário
na fotografia digital. Compreender como o balanço de branco digital funciona pode
ajudá-lo a evitar a aparição de tons indesejados gerados pelo AWB, e assim melhorar
suas fotos numa grande gama de condições de luz.

Balanço de Branco Incorreto Balanço de Branco Correto


Introdução: Temperatura de cor
A temperatura de cor descreve o espectro de luz irradiada de um corpo negro com uma
dada temperatura. Um corpo negro é, basicamente, um objeto que absorve toda a luz
que incide sobre ele -- não deixando que ela seja refletida ou que o atravesse. Uma
analogia bem simplificada do que pode ser um corpo negro em nosso dia-a-dia é o
aquecimento de um metal ou pedra: dizemos que eles ficam vermelhos quando atingem
determinada temperatura, e depois brancos quando ficam mais quentes ainda. De modo
similar, corpos negros em diferentes temperaturas também têm temperaturas de cor
variáveis de "luz branca". Ao contrário do que o nome pode indicar, 'branca' não
necessariamente significa que a luz contém uma distribuição igual de cores ao longo do
espectro visível:

A intensidade relativa foi normalizada para cada temperatura (em Kelvins).

Note como 5000K produz aproximadamente uma luz neutra, enquanto 3000K e 9000K
produzem espectros luz que estão deslocados e contém mais comprimentos de onda na
região do laranja e azul, respectivamente. Conforme a temperatura de cor aumenta, a
distribuição de cores se torna mais fria. Isso pode não parecer muito intuitivo, mas vem
do fato que comprimentos de onda mais curtos contém mais energia.

Por que a temperatura de cor é uma descrição útil da luz para os fotógrafos, se eles
nunca lidam com corpos negros de verdade? Felizmente, as fontes de luz como a luz do
dia e lâmpadas de tungstênio produzem distribuições de luz muito parecidas com
corpos negros, apesar de outras fontes como luzes fluorescentes e a maioria dos outros
tipos de iluminação seja bem diferente. Já que os fotógrafos nunca usam o termo
temperatura de cor para se referir a um corpo negro de verdade, o termo mais correto
seria "temperatura de cor correlata" de um corpo negro de cor similar. A seguinte tabela
é um guia de correlação entre algumas temperaturas de cor e algumas fontes comum de
luz:

Temperatura
Fonte de Luz
de Cor

1000-2000 K Luz de velas


Lâmpada de Tungstênio (as mais comuns
2500-3500 K
em casas)

3000-4000 K Nascer/Pôr-do-sol (céu limpo)

4000-5000 K Lâmpadas Fluorescentes

5000-5500 K Flash

5000-6500 K Luz do dia com céu claro (sol a pino)

6500-8000 K Céu levemente nublado

9000-10000 K Sombra ou céu muito nublado

Na prática: arquivos JPEG e TIFF

Já que algumas fontes de luz não se assemelham a corpos negros, o balanço de branco
utiliza uma outra variável além da temperatura de cor: o desvio verde-magenta. Ajustar
esse desvio normalmente é desnecessário sob a luz do sol, mas a luz fluorescente e
outros tipos de luz artificial podem precisar de um grande ajuste verde-magenta para
que o resultado final da imagem seja aceitável.

Balanço de Felizmente a maioria das câmeras digitais conta


Branco com uma variedade de valores pré-definidos
Automático para o ajuste de branco, assim não é necessário
lidar com a temperatura de cor ou o desvio
Personalizad verde-magenta enquanto a foto está sendo feita.
o (Custom) Os símbolos mais comuns para esses tipos
automáticos de ajuste de branco estão na tabela
Kelvin à esquerda.

Tungstênio Os primeiros três ajustes podem ser usados em uma


vasta gama de temperaturas de cor. "Auto white
balance" (ou o ajuste automático) pode ser encontrado
Fluorescente em qualquer câmera digital e utiliza uma algoritmo que
tenta calcular a temperatura de cor dentro de um
intervalo que normalmente vai de 3000/4000K a 7000K.
Luz do dia "Custom white" balance (ou ajuste personalizado)
permite que você tire uma foto de um objeto cinza de
Flash referência sob a mesma luz que a foto será feita e então
ajusta o balanço de branco com base nele. Com o ajuste
"Kelvin" é possível dizer a temperatura de cor em uma
Nublado
Sombra

vasta gama.

Os outros seis ajustes estão listados em ordem crescente


de temperatura de cor, mas de muitas câmeras não têm a

A descrição e símbolos para os balanços de branco listados são apenas estimativas para
a luz sob a qual funcionam melhor. Na verdade, "nublado" pode gerar melhores
resultados do que "luz do dia" dependendo de fatores no qual a foto é realizada tais
como horário e altitude (mesmo o céu estando aberto). Em geral, se a imagem aparece
muito 'fria' na pré-visualização da tela LCD da câmera, você pode diminuir a
temperatura de cor selecionando um símbolo mais abaixo da lista anterior. Se a imagem
continuar muito fria (ou quente se você estiver indo na outra direção), você sempre
pode utilizar um valor de temperatura em Kelvin.

Se tudo isso falhar e a imagem ainda não tiver um balanço de branco correto quando
inspecionada no computador, você pode modificar os ajustes de balanço de cor do
programa de edição de imagens que estiver utilizando para remover predominâncias de
cores indesejadas. Alternativamente, você pode utilizar a ferramenta de "Níveis" (ou
Levels em inglês) e, com o conta-gotas cinza definir um novo balanço de branco. Esses
métodos devem ser evitados pois reduzem drasticamente a profundidade de bits da
imagem original.

Na prática: o formato RAW

De longe a melhor solução para fazer o balanço de branco é fotografar utilizando o


formato RAW para as suas imagens (se a sua câmera suportar), já que através dele é
possível fazer o balanço *depois* que a foto foi tirada. Arquivos RAW também
permitem que o balanço seja feito com uma maior gama de valores de temperaturas de
cor e desvios de verde-magenta.

Fazer o balanço de brancos em uma imagem RAW é um processo rápido e fácil. Ou


você insere valores de temperatura até que a imagem não tenha nenhuma cor incorreta
ou seleciona um ponto de referência da imagem (ver seção a seguir). Mesmo se só uma
de suas fotos tiver um ponto de referência, é possível utilizá-lo para diversas outras que
possam ter sido feitas sob as mesmas condições de luz.

Balanço personalizado: como escolher uma referência


neutra

Uma referência neutra normalmente é usada para projetos onde a cor é um componente
crítico, ou pra situações onde já se sabe que haverá problemas com o balanço de
brancos. Referências neutras podem ou ser partes da cena (se você tiver sorte de captar
uma), ou um objeto que você leva consigo. Abaixo vemos um exemplo de uma
referência oportuna numa cena que poderia ter se tornado azul demais caso ela não
estivesse lá.

Referências portáteis pré-fabricadas são bem mais precisas já que sempre pode-se achar
que uma referência numa cena é neutra, mas ela não ser. Cartões de referência neutros
especiais para a fotografia podem ser bem caros e difíceis de encontrar, mas também é
possível criar um em casa que é razoavelmente aceitável. Uma referência cinza ideal é
alguma coisa que reflete todas as cores do espectro da mesma forma e pode fazer isso
consistentemente sob uma vasta gama de temperaturas de cor. Um exemplo de uma
referência cinza é mostrado abaixo:

Uma material comum e que pode ser encontrado em casa para ser usado como
referência são as partes de dentro de lacres de potes como os da batata Pringles. Esses
materiais são baratos e razoavelmente precisos, apesar de referências específicas para
fotografia serem, obviamente, melhores. Aparatos como esse podem ser utilizados para
medir tanto a temperatura de cor incidente como a refletida do objeto sendo iluminado.
A maioria das referências medem a luz refletida, mas existem aparelhos, como um
medidor de balanço de branco ou "ExpoDisc" que pode medir a luz incidente (e pode
obter resultados mais precisos).

Muito cuidado deve ser tomado quando uma referência é utilizada e a imagem gerada
contém muito ruído, já que clicar numa região aparentemente cinza pode, na verdade,
significar clicar em uma região com pixels coloridos com o ruído:
Pouco Ruído
Muito Ruído
(Cinza suave e sem
(Manchas de cor)
cor)

Se for suportado pelo seu programa de edição, a melhor solução em um caso como esse
é balancear a sua imagem utilizando um conta-gotas 'sampleado', ou que usa como base
uma média de alguns pixels e não um só.

Notas sobre o balanço de branco automático

Certos sujeitos criam problemas para o aparato de balanço de branco automático das
câmeras -- mesmo sob condições normais de luz do dia. Um exemplo é o de uma
imagem que contém uma abundância de elementos que são de cores demasiado quentes
ou frias. A imagem abaixo ilustra uma situação onde o sujeito é predominantemente
vermelho, e assim a câmera acha que há uma predominância indevida dessa cor
causada por uma fonte de luz quente. A câmera então tenta compensar esse fato para
que a cor média da imagem seja mais próxima de um tom mais neutro, mas ao fazer
isso introduz um tom azul indesejado nas pedras. Algumas câmeras digitais são mais
suscetíveis a isso do que outras.

Balanço de Branco Automatico Balanço de Branco Personalizado

(O balanço de branco personalizado foi feito usando um cartão de cinza 18% como
referência neutra.)

O balanço de branco automático de uma câmera normalmente é mais eficiente quando a


foto contém pelo menos um elemento branco. Mas, obviamente, não mude a
composição da sua foto somente para que um elemento branco esteja no quadro;
simplesmente tenha consciência que esse fato pode causar problemas com o balanço de
branco automático. Sem o barco branco na cena abaixo o balanço de branco automático
da câmera erroneamente criaria uma imagem com uma temperatura de cor levemente
mais quente.

Em luz mista

Diversos objetos iluminados com diferentes temperaturas de cor podem complicar


ainda mais o quadro quando se tenta fazer o balanço de branco. Algumas situações
podem até não ter um balanço de branco 'correto', e este vai depender de onde a
fidelidade de cor é desejada.

Sob luz mista, o balanço de branco automático


normalmente calcula uma temperatura de cor média
para a cena inteira e usa esse valor para determinar o
branco. Essa abordagem pode até ser aceitável, mas o
modo automático tende a exagerar a diferença em
temperaturas de cor para cada fonte de luz quando
comparado com o que vemos com os nossos olhos.

As diferenças exageradas costumam ser mais


aparentes quando há uma mistura de luz interior e
exterior. Imagens críticas podem vir a necessitar de
balanços de branco diferentes para cada região de luz.
Por outro lado, algumas pessoas preferem o 'efeito'
causado nesses casos e deixam o balanço como está.

Note como o prédio ao lado está quente enquanto que


o céu está um tanto frio. Isso acontece pois o balanço
de branco foi calculado com base na luz da lua -- o que
realçou a temperatura de cor quente da luz artificial do
Referência: Lua Pedras prédio. Um balanço baseado em luz natural
normalmente resulta em imagens mais reais. Escolha
"pedra" como base para o balanço de branco para
verificar como o céu se torna demasiado azul e irreal.
Sensores em Câmeras Digitais
Câmeras digitais utilizam uma disposição de sensores de milhões de
pequenos pixels para produzir uma imagem. Quando você dispara a sua
câmera e a exposição da imagem começa, cada um desses pixels tem um
"fotosítio" que é descoberto para coletar fótons em uma cavidade. Uma
vez que a exposição termina, a câmera fecha cada um desses "fotosítios" e
então tenta determinar quantos fótons caíram em cada um deles. A
quantidade relativa de fótons em cada cavidade é então organizada em
vários níveis de intensidade, cuja precisão é determinada pela
profundidade de bits (0 - 255 para uma imagem de 8-bits).

Cada cavidade é incapaz de distinguir quanto de cada cor


caiu dentro dela, então a explicação dada na ilustração acima serve apenas
para a criação de imagens em tons de cinza. Para capturar imagens
coloridas é necessário colocar um filtro sobre cada cavidade de modo que
haja somente penetração de uma cor específica. Praticamente todas as
câmeras digitais que existem hoje são capazes apenas de capturar uma cor
primária em cada uma das cavidades, desse modo elas descartam
aproximadamente 2/3 de toda a luz que atinge o sensor. Como resultado, a
câmera tem que realizar uma aproximação para estimar a informação
relacionada às outras duas cores primárias para obter a descrição completa
de cores em um determinado pixel. A disposição de filtros de cor mais
comum é chamada de "Bayer array" e é mostrada na ilustração abaixo.

Uma "Bayer array" consiste em alternar as linhas de filtros vermelho e


verde com linhas de filtros verdes e azuis. Note como a "Bayer array"
contém duas vezes mais sensores verdes do que sensores azuis ou
vermelhos. Isso ocorre pois o olho humano é muito mais sensível à luz
verde do que vermelho e azul. A redundância do verde produz imagens
que aparentam ter muito menos ruído e com mais detalhes do que se cada
cor fosse tratada igualmente. Isso também explica porque o ruído no canal
verde é muito menor do que nos outros dois (ver "Compreendendo Ruído
de Imagens" para um exemplo).

Cena Original O que a sua câmera vê


(mostrada a 200%) (através do 'Bayer array')

Nota: nem todas as câmeras utilizam uma "Bayer array", mas essa é, de
longe, a configuração mais comum para os sensores. O sensor "Foveon"
usado nas Sigma SD9 e SD10 captura as três cores primárias em cada um
dos pixels. As câmeras da Sony capturam quatro cores numa disposição
similar a de "Bayer": vermelho, verde, azul e 'esmeralda'.

"Bayer demosaicing"

"Bayer demosaicing" é o processo de tradução da "Bayer array" de cores


primárias em uma imagem final que contém informação completa de cor
em cada pixel. Como isso é possível se a câmera é incapaz de medir a cor
total diretamente? Uma maneira de entender isso é pensar em uma
cavidade de cor ao invés de grupos de 2x2 cavidades de vermelho, verde e
azul.
Isso funcionaria muito bem, mas a maioria das câmeras tira vantagem de
dois processos adicionais para extrair ainda mais dados de cor dessa
configuração. Se a câmera tratou cada uma das cores dos grupos de 2x2
como se tivesse chegado ao mesmo lugar, então ela obtém somente a
metade da resolução horizontal e vertical que é capaz de fazer. Se, por
outro lado, a câmera computar a cor usando combinações de diversos
grupos de 2x2 'sobrepostos', então ela obteria uma imagem de resolução
maior do que usando apenas um grupo de 2x2 para cada pixel. Veja a
combinação de sobreposição na ilustração abaixo.

Note como não foi calculada


a informação nas bordas do
conjunto, já que ela só estaria
disponível se houvesse mais
sensores para os lados e para
cima. é por isso que quando o
cálculo ocorre nas bordas dos
sensores de câmeras digitais
um pouco de informação tem
que ser descartada, o que não
é um problema muito grave,
quando lembramos que se
tratam de imagens de
megapixels, ou seja, alguns
pixels a menos...

Existem outros algoritmos de "demosaicing" que são capazes de extrair


mais resolução, produzir imagens com menos ruídos ou adaptar-se para
aproximar melhor a imagem em cada ponto; obviamente estes são
demasiado complexos para o presente texto.

Artefatos de 'demosaicing'
Imagens com detalhes muito pequenos (na mesma escala do limite de
resolução do sensor) podem, as vezes, enganar o algoritmo de
'demosaicing', produzindo um resultado com um aspecto não muito
realista. O artefato que aparece mais comumente é chamado de moiré
(pronuncia-se 'moar-ei'), que pode se apresentar como um padrão que se
repete, uma disposição de cor ou ainda arranjos de pixels que se parecem
com um estranho 'labirinto'.

Duas fotos diferentes são mostradas na imagem acima, cada uma com um
grau de magnificação. Note o aparecimento do moiré em todos os quatro
quadrados na imagem de baixo, bem como no terceiro quadrado da
primeira imagem (repare nas linhas diagonais muito sutis). Ambos os
padrões que se parecem a labirintos e as disposições coloridas podem ser
vistos no terceiro quadrado da versão diminuída. Esses artefatos
dependem tanto do tipo de textura da imagem original quanto do software
utilizado para tratar a imagem capturada.

Conjuntos de Microlentes

Você deve ter se perguntado porque o primeiro diagrama desse tutorial


não mostrava as cavidades do sensor coladas umas nas outras. Os sensores
de câmeras no mundo real não têm sítios cobrindo a superfície inteira do
sensor. Na verdade eles normalmente cobrem somente metade da área
total do sensor, já que outras partes eletrônicas tem que ser colocadas
também. Mas cada uma das cavidades possui 'microlentes' logo acima
delas que funcionam como funis para aumentar a capacidade de captação
de cada sítio, assim é possível medir fótons que poderiam ter acabado em
lugares sem sensibilidade. Na imagem abaixo as cavidade são mostradas
com um pequeno pico entre elas que direcionam os fótons para a
cavidade.
Microlentes bem feitas podem melhorar o sinal fotônico em cada fotosítio
e, dessa forma, pelo mesmo tempo de exposição, criar imagens que têm
menos ruído. Fabricantes de câmeras utilizam os avanços na tecnologia de
microlentes para reduzir (ou manter) o ruído nas últimas câmeras de alta
resolução, apesar de elas terem fotosítios menores devido ao fato de terem
a mesma quantidade de megapixels na mesma área de sensor.

Um texto (em inglês) mais aprofundado sobre sensores de câmeras


digitais pode ser encontrado em:
Digital Camera Sensor Sizes: How Do These Influence Photography?

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