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Série Gênesis – Passos tortos pelo Caminho reto – Mensagem 43

Série Gênesis – Passos tortos pelo Caminho reto – Mensagem 431

A culpa se cura com Graça!


(Texto: Gn 42:1~38)

1. Introdução.

José estava no auge de sua carreira! Depois de se tornar primeiro-ministro do Império


mais poderoso do mundo, ele começou a colocar em prática um audacioso plano de
salvamento. Ele tinha sete anos de fartura para poder guardar o excedente da colheita de
trigo. Outros sete anos estavam por vir, só que de muita seca e fome. O plano de José
deu tão certo que já não se podia calcular o quanto de cereais se havia estocado: “Assim
José estocou muito trigo, como a areia do mar. Tal era a quantidade que ele parou de
anotar, porque ia alem de toda medida.” (Gn 41:49).

Nesse intervalo, José também se casou com uma Egípcia nobre, filha de um sacerdote
do Egito e teve dois filhos. O primeiro chamou de Manasses, que significava
“esquecimento”. O segundo chamou de Efraim, que significava “prosperidade”. Todo o
tempo em que ele sofreu ficou no passado. Agora, ele estava vivendo tempos de graça
divina. O que caracteriza um verdadeiro homem de Deus? Você não consegue ver Jesus
na vida de José? José era um homem cheio de Graça!

Finalmente, os sete anos de fome chegaram. A fome bateu às portas de todos os povos
da vizinhança. Todos, sabendo que no Egito havia comida estocada, se dirigiram ao
faraó para lhe pedir por alimento. “Quando todo o Egito começou a sofrer com a fome,
o povo clamou ao faraó por comida, e este respondeu a todos os egípcios: Dirijam-se a
José e façam o que ele quiser” (Gn 41:55). José era o grande líder. Todos começaram a
procurá-lo. Ele abriu os celeiros e vender o acumulado para os povos.

Sabe nas portas de quem a fome também bateu? A fome se alastrou até sobre a família
de Jacó. Vendo que a situação já era insustentável, Jacó enviou seus filhos para o Egito.
Ele ainda não estava recuperado do trauma de perder José, por isso, para não arriscar,
não permitiu que Benjamim, segundo filho de sua amada esposa, fosse para o Egito. Aí
começa a mais doce ironia de Genesis!

“José era governador do Egito e era ele quem vendia trigo a todo povo da terra. Por
isso, quando os irmãos de José chegaram, curvaram-se diante dele, rosto em terra” (Gn
42:6). Pronto! Diante dos olhos de José estavam se cumprindo aqueles dois sonhos que
ele tivera a treze anos. Assim como os feixes dos seus irmãos se curvaram diante do
feixe de José, agora ele estava sendo saudado pelos seus irmãos com rosto em terra! O
que será que passou na cabeça de José nessa hora? Ele estava com a “faca e o queijo” na
mão para retribuir cada centavo dos treze anos de sofrimento e esquecimento. Mas
como eu disse, José era um homem cheio de graça!

O meu convite hoje é diferente: é que possamos nos fixar e ater sobre os irmãos de José.
Eu sei que eles são antipáticos e os vilões da história... mas será que eles não são reflexo
daquilo que somos? Eu quero falar um pouco de como o sentimento de culpa estava
agindo neles. De como a culpa chama por algo muito maior e sublime, que é a graça!

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Pregado no MEP dia 13 de fevereiro de 2011.

Paulo Sung Ho Won – www.sunghojd.blogspot.com


Série Gênesis – Passos tortos pelo Caminho reto – Mensagem 43

Não vou ler o texto, por ser muito extenso, mas eu convido, que por cinco minutos,
você possa ler sozinho e mergulhar na história. Em seguida, faremos algumas
considerações sobre o texto.

2. Exposição do texto. (Gn 43:1~38)

1. O plano de José para rever Benjamim.

– De onde vocês vem?


– Da terra de Canaã, para comprar comida!

José queria certificar que aqueles eram os seus irmãos! Sabendo disso, a narrativa nos
diz que José “lembrou-se então dos sonhos que tivera a respeito deles” (Gn 42:9). Mas
diante de José estavam apenas os seus 10 irmãos, não estava entre eles nem Jacó e nem
Benjamim. Na tentativa de revê-los, José começa a traçar uma estratégia:

– Vocês são espiões! Vieram ver as fraquezas do Egito para nos prejudicar!
– Não! Todos nós somos filhos de um mesmo pai. Somos honestos!
– Vocês são espiões!
– Não! Nós éramos em 12, o caçula está com o nosso pai e o outro morreu!
– Vocês são espiões. Ninguém vai sair daqui até que o caçula venha para provar o
que vocês estão me dizendo.

Depois de três dias, os irmãos de José se apresentaram diante dele novamente.

– Olha, eu temo a Deus. Vou dar uma chance para vocês de provarem que não
são espiões nessa terra. Um de vocês ficará aqui. O resto terá de trazer esse caçula que
vocês dizem ter. Vocês podem levar trigo para matar a fome dos seus familiares. Mas eu
quero o caçula aqui. Se não todos vocês vão morrer!

Os irmãos de José, na visão deles, estavam sendo injustiçados. Mas como espiões? “Nós
somos pessoas honestas que trabalhamos. Como esse governador nos diz agora que
somos espiões?” devem ter pensado. Mas naquela hora, na mesma hora em que tudo
estava acontecendo, eles perceberam que não eram tão inocentes assim: “Certamente
estamos sendo punidos pelo que fizemos a nosso irmão. Vimos como ele estava
angustiado, quando nos implorava por sua vida, mas não lhe demos ouvidos; por isso
nos sobreveio esta angustia” (Gn 42: 21).

– Eu avisei para não fazerem isso – disse Ruben – Vocês nem quiseram me
ouvir! Agora, vamos ter que prestar contas do sangue de José.

Nem um dos irmãos de José sabiam quem ele era. Enquanto eles discutiam entre si em
hebraico, José os podia entender. Tal foi a comossão de José, que ele teve que se retirar
para chorar (Gn 42:24). Um turbilhão de emoções deve ter inundado o coração de José:
era um choro de cura, um choro de restauração, um choro na qual as lembras antigas
estavam sendo lavadas. Os anos de sofrimento o prepararam para aquele momento.

A decisão estava tomada. Simeão fica e o resto vai buscar Benjamim. Será que José vai
se vingar deles ou revelar-se um homem cheio do amor de Deus?

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2. A culpa do crime.

José liberou os 9 irmãos para voltarem para Canaã. Ele ordenou que enchessem suas
sacolas de trigo e pusessem também a prata que eles deram como pagamento. Os 9
voltaram para Canaã. Quando eles pararam em um lugar para passar a noite, tiveram um
grande susto: o dinheiro pago estava dentro do saco de trigo! “Tomados de pavor em
seu coração e tremendo, disseram uns aos outros: que é isto que Deus fez conosco?”
(Gn 42:28b).

Culpa. Talvez seja uma das palavras que mais aparece na Tora. É a nossa
responsabilidade diante de Deus pelos nossos pecados. É se apresentar diante de Deus
como réu. É receber uma sentença: de ser culpado pelo pecado. Ninguém com culpa
pode ser feliz, veja o que o salmista diz: “Como é feliz aquele a quem o SENHOR não
atribui culpa e em quem não há hipocrisia!” (Sl 32:2)

A culpa tomara conta deles. No fundo eles sabiam que toda aquela situação era um
“castigo” divino por terem se livrado de José daquela maneira. Agora, eles estavam
realmente com um problema: seu irmão Simeão estava preso no Egito, eles tinham que
voltar para o Egito com Benjamim, agora, eles viram que não haviam pago pela
comida! Como falar para Jacó?

Ao chegarem em Canaã, eles contaram tudo ao seu pai. O pior é que descobriram que
cada saco de cada irmão estava com uma bolsa de prata! A reação de Jacó não poderia
ter sido diferente: “Vocês estão tirando meu filhos de mim! Já fiquei sem José, agora
sem Simeão e ainda querem levar Benjamim. Tudo está contra mim” (Gn 42:36).

– Pai – disse Ruben – Deixa-nos voltar com Benjamim! Olha, se Benjamim


não voltar você pode até matar meus dois filhos.
– Não! Vocês não vão para o Egito com Benjamim. Se algo de mal acontecer
com ele, vou morrer junto!

Sobre os ombros dos irmãos de José repousava um peso muito grande. Aquele erro não
reparado no passado estava criando mais e mais situações desfavoráveis. Eles eram
culpado diante de José, diante de Jacó, e diante deles mesmos. Meus irmãos! Todos nós
temos, de alguma maneira, culpa e esta culpa sempre estará dentro de nossos corações
até conhecermos e provarmos do único antídoto: a graça!

3. A luta entre a Graça e a Culpa.

Que situação! É um capítulo repleto de emoção. De um lado José, que vê diante dos
seus olhos os seus irmãos, num cumprimento cabal daquilo que Deus havia prometido a
ele. Do outro lado, os irmãos de José, que no decorrer da narrativa tem que lidar com
algo que eles colocaram para debaixo do tapete por 13 anos: a culpa pelo crime de
vender seu irmão!

Aquilo que os irmãos de José fizeram foi muito grave para cair no esquecimento de
todos. Os pedidos de socorro, a angustia... tudo estava na memória de todos: de José e
de seus irmãos!

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De um lado, temos José. Ao rever os seus irmãos, ele poderia ter se vingado deles, sem
que ele soubessem quem ele era. E de fato, eles não sabiam que o primeiro-ministro que
estava diante deles era seu irmão vendido! Mas José era uma pessoa cheia de Deus. Não
foi o sentimento de vingança cega que arrebatou-lhe o coração. Muito pelo contrario, a
saudade invadiu todo o seu ser: “Como será que está meu pai?”, “como será que está
meu irmãozinho?”. A imagem de José nos faz lembrar muito Jesus: ele era um homem
gracioso! Os anos de sofrimento não tornaram seu coração amargurado, pelo contrario,
alargaram as paredes de seu coração, de modo que José se tornou ainda mais uma
pessoa cheia de graça! Toda a estratégia que José traçou para lidar com os seus irmãos
tinha um aspecto muito Didático: fazer com que eles percebessem o por quê de tudo
aquilo.

Já os irmãos de José estavam com medo. A culpa sobre a venda de José era algo que
nunca havia saído da cabeça deles. Os anos se passaram, mas eles não poderiam viver
em paz como antes. Meu irmão, o pecado nunca pode ser esquecido em um canto de
nosso coração. Ele não é como água que se evapora... ele está lá. Se você não resolve
esta questão, ele estará lá!

Graça e culpa são duas coisas opostas entre si. A graça vem de Deus, a culpa brota de
corações pecaminoso. Graça é dom de Deus, culpa já vem conosco desde que
nascemos!

Gostaria que você refletisse comigo com base nessa história! Podemos ter uma antipatia
muito grande pelos irmãos de José por tudo o que eles fizeram para “destruir” a vida de
José. Mas será que esses irmãos não são reflexo daquilo que somos no nosso dia-a-dia?
É mais fácil se comportar como José ou como os seus irmãos?

Sabe do que precisamos diariamente em nossas vidas? Da graça de Deus! De olhar para
ele e rasgar o meu coração, a fim de que todas as minhas culpas e pecados sejam limpos
por Ele!

Conclusão:

Quando lemos a narrativa, ficamos do lado sempre de José. Mas hoje, quero que você
faça um exercício diferente: se coloque no lugar de seus irmãos. Por um momento, sinta
a aflição deles em perceber que tudo está dando errado, talvez por aquele pecado que
cometeram a treze anos atrás.

Nessa situação, qual é a única coisa que você esperaria acontecer? Não é de um ato de
graça, perdão e restauração?

A culpa nos mata todos os dias. A graça nos dá vida!

Não quero terminar a mensagem de hoje sem lhe dar uma palavra de esperança: essa
graça você encontra em Jesus. José era uma figura de Jesus naquela hora! Saiba que a
culpa que está dentro de você é o maior indicio possível de que você precisa se achegar
mais perto diante de Deus e receber dele graça!

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