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DEUS NOS ENSINA TAMBÉM NA DESOLAÇÃO

Momentos de DESOLAÇÃO

É um estado de ânimo intenso, fora do normal, perceptível.


É como uma queda de pressão em nossa atmosfera interior. É uma experiência
total e totalizante: afeta todas as dimensões da pessoa (corpo, mente, afetividade,
coração...).
Para S. Inácio, consolação e desolação são “lições” do Senhor. Também na
desolação o Senhor está nos ensinando.
Na consolação nós aprendemos muito sobre Deus. Na desolação nós
aprendemos muito sobre nós.
A desolação nos abre para o específico nosso, que é “esperar”
tudo do Senhor;
nos abre para o específico de Deus, que é a
iniciativa livre, soberana, gratuita.
Em si mesma, a desolação é positiva, pois nos ajuda a amadurecer na fé, na
fidelidade...
Na tradição inaciana “formar-se é provar-se”.
Só aquele que é posto à prova em sua fé e em suas convicções, se forma e se
fortifica.
“O Senhor corrige ao que ama como um pai corrige ao filho querido” (Prov. 3,12).
A provação nos ajuda a passar do dom à pessoa que dá. Seria uma autêntica
purificação que nos leva ao
centro da experiência cristã: relação interpessoal numa fé
madura.
Todos nós temos a tendência a procurar mais o CONSOLO de Deus que o DEUS que nos
consola.
A provação é um modo de educar a pessoa a “buscar a Deus” por Ele mesmo
e não por interesse pró-
prio. Deus quer que o amemos muito mais do que estamos amando.
Trata-se de amadurecer e purificar nossa adesão a Deus.
A desolação espiritual nos mostra até onde somos capazes de chegar
no amor e serviço a Deus quando nos vemos privados da consolação;
nos obriga a dar provas de uma fé pura e de um amor desinteressado;
nos faz ver que a consolação não está em nossas mãos; os períodos
amargos nos fazem compreender, por experiência, que tais períodos
vivificantes são momentos de Graça;
nos ajudam a descobrir mais profundamente o mistério do qual vivemos.
Alguns traços que nos permitem identificar melhor ainda a desolação:
A) Obscuridade: minha fé se obscurece; também caem minhas certezas. Não me é clara minha vocação
nem o sentido de minha vida. Sinto obscuridade e dúvida diante das decisões que devo to-
mar; já não sei por onde avançar. Também diante da experiência concreta do retiro.
B) Tristeza: desgosto por tudo; falta de entusiasmo, abatimento e um mal humor. Este estado invade
todo meu ser, me oprime e impossibilita uma comunicação simples e verdadeira com os outros.
C) Inquietude: invade-me certo desassossego que tira minha paz. Sinto-me com medo, tentado, com es-
crúpulos, inseguro e ansioso.
D) Secura de coração: falta de entusiasmo e gosto na oração, apostolado e todo serviço. Sinto uma espé-
cie de vazio e de desgosto comigo mesmo. Sou terra árida.
E) Atração pelas coisas mundanas: vida fácil, sem compromisso. Busca de seguranças humanas, aburgue-
samento. Apego às coisas por elas mesmas sem capacidade de
renúnci-
a pelo bem do outro ou por um bem maior.
F) Perda de confiança e esperança: vejo tudo escuro. Os obstáculos se me apresentam juntos fazendo-
me sentir tudo como impossível, sem saída. Dá vontade de largar, de
deixar tudo.
G) Distancia de Deus: não sinto sua presença e me custa crer nela. Sinto as coisas de Deus como incon-
sistentes, voláteis, inúteis, que nada tem a ver com minha vida concreta.
H) Diminuição de fé, esperança e amor: toda a minha vitalidade espiritual diminui, tanto a fé como a es-
perança e o amor a Deus e aos outros.
Dá-se em mim um movimento para o “menos”.
Ao descobrir e reconhecer a desolação em mim, o importante é ver o que faço.
É possível que não me seja fácil mudá-la, mas sempre posso optar por seguí-la ou
não, alimentá-la ou não.

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