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TEOGONIA: A ORIGEM DOS DEUSES

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Apesar das repetidas leituras sobre a mitologia grega, continuo, ainda,


cativado por ela.

No poema épico A Teogonia (= o nascimento dos deuses), Hesíodo nos descreve


em 1022 versos (hexâmetro), o nascimento e a genealogia (origem) dos deuses da
mitologia grega. A época da composição é imprecisa; pesquisadores situam-na em
torno do século VII ou VIII a. C. A narrativa se desenvolve em torno de três temas:
1º. A criação do mundo, ou cosmogonia.
2º. Genealogia dos deuses, ou teogonia.
3º. Ascensão de Zeus ao poder (maior parte do poema).

Resumo do Poema¹
Nas campinas da região da Beócia perto do Monte Hélicon, pastoreava, Hesíodo,
seu rebanho, quando, de repente, ouviu um canto sublime. Vozes suaves, que
pareciam sair do nada, o chamavam pelo nome e lhe diziam que por ordem de
Zeus, vieram para torná-lo poeta. Eram as Musas, filhas de Zeus, o supremo do
Olimpo, que o chamavam. Elas lhe ensinaram a poesia que revelaria aos homens o
conhecimento da origem dos deuses.
Hesíodo ouve das Musas a narrativa sagrada do nascimento e origem dos deuses,
e é orientado por elas, a relatar em versos, como Zeus, viera a ser o pai dos deuses
e dos homens e como distribuíra os poderes entre os deuses e os homens, definido,
assim, a ordem (kósmo) do mundo, a harmonia universal.
Narra Hesíodo que, no princípio, havia apenas quatro seres divinos Caos (o vazio
primitivo), Gaia (Terra) de amplos seios, Tártaro (a escuridão) e Eros (o desejo
amoroso), o mais belo entre os deuses imortais, presente em todas as gerações,
pois ele é Amor, fundamento de todas as uniões. Caos gerou Êrebo (a escuridão das
profundezas) e Noite (a escuridão da terra). Noite, por sua vez, pariu Tânato (a
morte), Hipno (o sono), as Sortes (três), Éter e Dia.
Gaia gerou um ser capaz de cobri-la inteiramente: Urano (céu). Também colocou
no mundo as Montanhas (morada das Ninfas), e Ponto (a água primordial). Unida a
Urano, Gaia deu origem aos deuses Titãs como Oceano (agua doce) e Cronos
(tempo) o mais jovem deles, que nutriu intenso ódio por seu pai. Gerou também os
violentos Ciclopes (que tinham só um olho), Trovão, Relâmpago, Arges, Mnemósine
(a memória) e os hecatonquiros Briareu, Cotos e Giges – criaturas enormes, das
quais saiam cem braços sem forma, assim como cinqüenta cabeças presas sobre o
ombro.
Hesíodo também relaciona os descendentes de Oceano: os rios e fontes, as
ninfas da terra firme, Métis (sabedoria) e Hélio (sol). Os descendentes de Ponto:
Nereu, o mais antigo deus do mar, pai das nereidas e Fórcis, que gerou monstros
como as Górgonas, Equidna (tronco de mulher e cauda de serpente) e a Esfinge.
O poeta para finalizar a ordenação da Terra, narra o mito de Cronos. Um dia,
quando seu pai Urano veio se estender sobre Gaia, Cronos saiu de seu esconderijo,
e com uma foice de dentes agudos castra o pai e lança ao mar o membro cortado
que ejacula uma última vez. Da espuma nasce Afrodite, a deusa da beleza e do
amor. Urano deixa a Cronos uma maldição: que ele teria um filho que o destruiria.
Cronos liberta os titãs presos pelo pai e os domina tornando-se detentor máximo
do poder. Une-se a Réia, sua irmã (monogamia não era regra), mas os filhos
gerados por ela, devido à maldição de Urano, são engolidos por Cronos. Quando
Réia estava grávida de seu sexto filho, pede a sua mãe Gaia (Terra), que lhe ajude
a salvá-lo. Quando este nasce, Gaia o envia à ilha de Creta para protegê-lo do pai.
Envolve uma grande pedra com os panos do recém-nascido, e entrega a Cronos que
sem suspeitar do ardil devora a pedra e acredita que se livrou do sexto filho.
Entretanto, Zeus, continua vivo, protegido e seguro. Ele cresceu na ilha de Creta,
rodeado pelas ninfas. Um dia, uma delas, Almatea, lhe revelou que seu pai era
Cronos, e que havia devorado seus irmãos. Metis (a prudência) lhe ensinou com
resgatá-los do ventre de Cronos usando um néctar mágico.
Zeus entrega ao pai uma taça com o néctar, ao bebê-lo Cronos regurgita a pedra
e os irmãos (já adultos) que engolira. A pedra é cravada em Delfos ao pé do monte
Parnaso. Comandando os irmãos (Héstia, Deméter, Hera, Hades e Posídon) e os tios
Ciclopes, Zeus luta contra Cronos e seus aliados, os Titãs. Vence o pai e o acorrenta
no Tártaro, uma região habitada por monstros e guardada pelos hecatonquiros.
Zeus, então, possuiu Gaia (Terra), que gera Tifeu (os ventos), abominável
divindade de cem cabeças de serpente que expelia fogo da boca e dos olhos e
possuidor de uma força descomunal. Incitado por Gaia, Tifeu desafia Zeus para um
combate. O monstro joga pedras em Zeus, que contra-ataca com uma chuva de
raios nas pedras, que retornaram a Tifeu, nocauteando-o. Zeus também o aprisiona
no Tártaro.
Assim, é estabelecida a ordenação do mundo segundo a vontade de Zeus que
passa a reinar absoluto na montanha mais alta do mundo, o monte Olimpo.
Distinguiu os deuses imortais dos homens mortais (mito de Prometeu). Distribuiu as
honras da vitória entre seus irmãos e aliados: Posêidon tornou-se deus dos
oceanos; Hades deus do mundo inferior, ou seja, dos mortos. Héstia tornou-se
deusa dos laços familiares, Deméter deusa da agricultura e Hera ficou com reino do
Olimpo, pois se casou com Zeus. Entretanto, ele era muito namorador e uniu-se a
deusas imortais e mulheres mortais que geraram deuses e semideuses; como
Atena, filha de Zeus e Metis, que ao nascer, surgiu da cabeça de Zeus. ®Sérgio.
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1 – O resumo foi composto baseado em: HESÍODO. Teogonia / Os trabalhos e dias. Trad. Ana Elias Pinheiro &
José Ribeiro Ferreira. Lisboa: Imprensa Nacional, 2005
Referências: HESÍODO. Teogonia: a origem dos deuses. Trad. J.A.A. Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1991.
RIBEIRO JR., W.A. Portal Grécia Antiga, São Carlos. Disponível em <greciantiga.org/>.

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