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TRÊS CLASSES DE PESSOAS (EE.

149-157)
ou a covardia do “meio-termo”
“A mediocridade não tem lugar na cosmovisão de Inácio” (P. Kolvenbach)

A eleição clara e definida é a que agrada a Deus.


Ficar com “alguma coisa” daquilo que Ele pede, fazer as coisas pela
“metade”,
adiar, regatear, dissimular... é impedir a livre ação de sua graça no
nosso interior.
A eleição autêntica é clara, completa e definitiva. Com “meias-tintas” não
se escreve bem.
S. Inácio revela esse jogo do “meio-termo” no exercício “Três classes de
pessoas”, com três respostas diferentes ao chamado de sua consciência para
que deixem “algo” (dez mil ducados).
As respostas são o sim, o não, o sim... mas não agora.
Um rejeita claramente, outro aceita o plano, e o terceiro diz que aceitará, mas
com condições.
Dizer “condição” equivale a dizer “não” mantendo as aparências, é ficar com
os “ducados” sem romper relações afetivas com eles. É negar-se com bons
modos.
A resposta do meio-termo pode, de fato, causar mais prejuízo do que a negativa sincera, porque uma
negativa clara pode um dia levar ao arrependimento e à reconciliação; ao passo que o adiamento cortês,
apesar de ser negativa absoluta, cria a impressão de ser um gesto aceitável e embota a consciência.
O auto-engano do “SIM, mas NÃO” desemboca na mediocridade, no fazer as coisas pela metade... é a
funesta arte do regateio.
“Conheço tua conduta: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Assim,
porque és
és morno, nem frio nem quente, estou para te vomitar de minha boca” (Apc.3,l5)

“Ninguém pode ser meu discípulo se antes não renunciar a tudo o que possui”
Lc.14,33
Trata-se de uma atitude, uma postura, uma entrega.
E a palavra é “tudo”. O discípulo pela metade não pode ser discípulo. Deus é
Santo mas em sua santidade pede sinceridade na vontade e verdade no
coração. Não servem as entregas pela metade. Deus é amante zeloso. Não pode
contentar-se com “amor a prestações”, com retalhos de vida.
A entrega parcial não é entrega. O “apego” a algo ou alguém, que exclua a Deus, anula o resto da
entrega e torna impossível que nossa relação com Deus cresça e se desenvolva e encha nossa vida.
Deus não pode compartilhar seu trono com ninguém.
A entrega total traz à luz todos os nossos recursos, desperta nossas faculdades
e incendeia nossa fé.
Esta é a atitude genuína e verdadeira diante da vida. Esta determinação é a que
abre caminho, avança e conquista. Garantir a possibilidade de retôrno é, no fim
de contas, falta de fé em Deus e em mim.
E a fé pela metade não é fé. A fé, se é verdadeira, entrega-se totalmente, sem
dúvidas e sem reservas.
Adiar também é regatear. Regatear com o tempo. Hoje não, talvez amanhã,
quem sabe mais adiante.
“Não morras na sala de espera” (Hervey Cox). As “salas de espera do espírito” estão
cheias de gente que simplesmente está ali, e ali mora e permanece, ali vive e
morre. O fato de que já estejam na “sala de espera” lhes dá a impressão de
que já fizeram alguma coisa, já começaram a viagem.
A condenação definitiva das “meias-medidas” vem do próprio Jesus:
“Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se
apegará ao
primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24).
Escolhe e decide. Escolhe tua arma e luta com ela. Escolhe teu Senhor e serve-o fielmente.
Não duvides, não adies, não esperes. Desterra as meias-medidas de tua vida e decide-te a fazer
as coisas com plenitude, sobretudo as
coisas de Deus. É isto que Ele espera.

Texto bíblico: 2Cor. 1,15-24


- Paulo condena com sua típica veemência
todo tipo de engano, dissimulação, dupli-
cidade, o regateio, a mesquinhez... o opos-
to da eleição clara, decidida, completa.
- Na sua inspiração define a Cristo como o sim e o Amém personificados, a
clareza em afirmar, a
coragem em proclamar e a alegria em viver plenamente a Palavra e as
promessas de Deus. Perguntar a
si mesmo se sua posição diante de Deus é a do sim decidido, a do não radical,
ou a do sim... mas.

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