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Observatório de Prospectiva da
Engenharia e da Tecnologia
Dezembro 2009
ESTUDO DOS IMPACTOS TECNOLÓGICOS DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA ELECTRÓNICA | DEZ09
Relatório Final
DEZEMBRO 2009
ÍNDICE SINTÉTICO
I. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................................... 6
ANEXO III - INQUÉRITO SOBRE COMPRAS PÚBLICAS NO ÂMBITO DOS ACORDOS –QUADRO
ÍNDICE COMPLETO
5.2.2.2. A que nível funcional se encontra o tratamento das questões da CPE? ............................................................... 87
5.2.2.3 Em que ponto da mudança se encontram as instituições adjudicantes que responderam ao inquérito? ............. 87
5.2.2.10. Principais dificuldades sentidas com o novo processo de CPE e de CCP ........................................................... 103
5.2.2.11. 1 Entidades que se pronunciaram sobre as compras públicas no âmbito dos acordo-quadros ........................ 106
5.2.2.11.3 Avaliação do processo de Aquisições Públicas no âmbito dos Acordos-Quadro ........................................... 107
5.3. ANÁLISE DAS RESPOSTAS AO INQUÉRITO DAS ENTIDADES ADJUDICATÁRIAS ............................................ 109
5.3.1.OBJECTIVOS E ESTRUTURA DO INQUÉRITO ............................................................................................................ 109
5.3.1.1 Objectivos ............................................................................................................................................................ 109
5.3.2.2 Nível funcional em que se encontra o tratamento das questões relativas à CPE e ao CCP .................................. 111
5.3.2.3 Volume de negócios e volume de contratações por ajuste directo com uso de plataformas .............................. 113
5.3.2.5.2 Impactos na capacidade de obter adjudicação do negócio e clareza dos critérios utilizados ........................... 116
5.3.2.6 Possibilidade de alterações organizacionais induzidas pela CPE e o CCP ............................................................. 118
ABREVIATURAS
InCI- Instituto da Construção Imobiliária
SUMÁRIO EXECUTIVO
1. Inovação e Mudança
O novo quadro legal da contratação pública aprovado em Portugal e que inclui o DL 18/2008 e
os diplomas complementares induz um processo de vastas e profundas mudanças não só em
relação a todos os contratos públicos – e cujo valor se aproxima dos 18% do PIB – mas também
na cultura, nos modelos de gestão e na tecnologia das entidades do Sector Público Alargado
(mais de 14000) e nos fornecedores por virtude das seguintes importantes alterações, as quais
também resultam das novas orientações comunitárias (em especial, das Directivas 17 e 18 de
2004):
Convém ter presente, que, após o período de transição, a obrigatoriedade da adopção da via
electrónica para generalidade dos contratos públicos já em vigor desde 1 Nov. 2009 coloca
Portugal em lugar pioneiro da UE27 contrastando com os índices de adopção da via electrónica
de outros Estados como Inglaterra (5%), Escócia (30%), Itália (4% para bens e serviços; 0%
para empreitadas), etc.
2. O Inquérito
O trabalho desenvolvido baseou-se numa matriz de inquirição que foi inicialmente ensaiada e
aprofundada sobre casos de estudo tratados de forma personalizada:
a) Secretaria-geral do Ministério da Justiça, ANA Aeroportos e RTP;
b) Mota-Engil e OMEP
A partir desta primeira fase, desenvolveu-se o processo de inquirição geral abrangendo as 1200
entidades adjudicantes constantes da lista do MFAP e cerca de 200 fornecedores extraídos
aleatoriamente da lista de contratados fornecidos pelo InCI (empreitadas, bens e serviços).
Esta inquirição foi feita em Setembro 2009, momento difícil de preparação dos novos sistemas
de contratação atingindo-se muitas entidades que ainda estavam a escolher e a contratar uma
plataforma. Ou seja, a data de observação corresponde a um dos momentos mais críticos de
processo de mudança pelo que, em geral, prevalece o receio de mudança, o risco de insucesso, o
pessimismo quanto ao futuro.
I – Quem Respondeu?
a) 171 Entidades Adjudicantes
b) 32 Fornecedores
II – A importância dada ao tema e a este inquérito assume nível muito elevado e raro para este
tipo de processos claramente expresso pelo nível de responsabilidade do respondente:
a) Entidades Adjudicantes
Dirigente: 64%
Técnico Superior: 23%
b) Fornecedor
Dirigente ou Gestor de nível intermédio ou superior: 51%
Técnico especialista: 23%
b) Fornecedores
Redução: 69%
Aumento: 31%
Mas os processos de mudança não se estão a realizar sem dificuldades tal como é evidente do
Quadro-Síntese que resultou da extensa análise dos conteúdos elaborada sobre as respostas
descritivas:
Como é evidente, a situação actual é já muito distinta da observada pelo que parece essencial
repetir esta inquirição no 1.º Trimestre de 2010 a fim de conhecer como evoluiu a dinâmica cujo
arranque aqui foi fotografado, sendo então também possível abordar outras questões
relacionadas com o desempenho das plataformas e a interoperabilidade dos sistemas.
Em síntese, e em paralelo com os sucessos vertiginosos que Portugal tem obtido noutras frentes
de avanço para a sociedade de informação tais como o acesso à banda larga ou a informatização
das escolas, tudo indica que Portugal vir a pode constituir-se no caso mais avançado da EU no
que respeita a e-procurement e passar a desenvolver dinâmicas de maior transparência, equidade
e eficácia, em especial se forem sendo ultrapassadas as limitações apontadas neste relatório.
Por último, uma palavra de agradecimento ao InCI pela confiança depositada e a todas as
entidades públicas e privadas, que em condições especialmente adversas, preferiram participar,
comentar e responder.
I. INTRODUÇÃO
Contratação Pública Electrónica” realizado pelo OPET para o InCI desde Julho de
final em Novembro passado, o que permite apresentá-lo na data contratual para o seu
respostas fornecidas pelas entidades inqueridas e não vinculam, quer o InCI, quer o
OPET.
Na verdade, muito embora seja a contratação electrónica aquela que gera impactos tecnológicos
directos mais evidentes, as restantes inovações também são condicionantes ou factores
importantes de tais impactos pelo que importa analisá-los.
O novo Código, segundo o estabelecido nas Directivas 2004/17/CE e 2004/18/CE abrange três
grandes grupos de entidades:
- Grupo I
Este grupo inclui (Artigo 2º - 1a), b), c), d), e), f)) as entidades públicas que
integram as administrações – Estado, Regiões Autónomas, Autarquias Locais,
Institutos Públicos, Fundações Públicas(1) e Associações Públicas. Também se
incluem neste grupo as associações (Artigo 2º - 1g) de que façam parte uma ou várias
pessoas colectivas referidas anteriormente “desde que sejam maioritariamente
financiadas por estas, estejam sujeitas ao seu controlo de gestão ou tenham um
órgão de administração, de direcção ou de fiscalização cuja maioria dos titulares
seja, directa ou indirectamente designada pelas mesmas.
- Grupo II
II-A - Este grupo não se baseia na natureza pública da entidade (a qual pode ser pública ou
privada) tal como acontecia com o grupo anterior mas no seu objecto e na sua
dependência. Quanto ao objecto, diz-se (Artigo 2º - 2 a) i)):
(1)Na última versão do Código foi acrescentada na alínea e) a exclusão das fundações previstas
pelo novo regime do ensino superior (Lei 62/2007) passando a referir:
As “fundações públicas, com excepção das previstas na Lei nº 62/2007 de 10 de Setembro”. Esta
exclusão merece dois comentários:
- parece assim confirmar-se a natureza pública das referidas fundações (apesar da referência ao
direito privado no texto da citada lei) pois, se assim não fosse, esta excepção era desnecessária;
- atendendo a que é orientação da Directiva a inclusão neste grupo das entidades com natureza
pública e considerando a observação anterior, não é evidente que a futura jurisprudência
europeia venha a aceitar esta exclusão.
Se esta exclusão vier a confirmar-se, parece lógico incluir estas instituições no Grupo II.
Neste Grupo II inclui-se, pois, a generalidade do sector empresarial do Estado, das Regiões
Autónomas e das Autarquias Locais, ou seja, entidades criadas pelas Administrações
com fins de utilidade geral e delas dependentes, tais como empresas públicas ou
privadas.
II-B - Este grupo (Artigo 2º - 2b) inclui quaisquer pessoas colectivas que se encontrem na
situação referida em II-A relativamente a uma entidade que seja, ela própria, uma entidade
adjudicante nos termos do mesmo Grupo II-A;
II-C - Este grupo (Artigo 2º - 2c) inclui as associações de direito privado que prossigam
finalidades a título principal de natureza científica e tecnológica, desde que sejam
maioritariamente financiadas pelas entidades do Grupo I, estejam sujeitas ao seu controlo de
gestão ou tenham um órgão de administração, de direcção ou de fiscalização cuja maioria
dos titulares seja directa ou indirectamente designada pelas mesmas
II-D – Este grupo (Artigo 2º - 2d) inclui associações de que façam parte uma ou mais
pessoas colectivas pertencentes ao Grupo II (A ou C) desde que sejam por elas
maioritariamente financiadas, delas dependam por controlo de gestão ou tenham um órgão
de administração, de direcção ou de fiscalização cuja maioria dos titulares seja, directa ou
indirectamente, designada por aquelas entidades.
Ou seja, a aplicação do âmbito subjectivo obedece a uma lógica transitiva pelo que, por
exemplo, uma empresa de direito privado ou público, criada para fins não comerciais ou
industriais e financiada por outra que seja financiada ou dependente do Estado, também é
incluída no âmbito de aplicação do Código.
Por último, observe-se que também surgiu na última versão deste Código a referência
particular a associações “que prossigam finalidades a título principal de natureza científica e
tecnológica” (Grupo II-C) as quais se distinguem de II-D pela natureza das entidades que as
financiam ou de que dependem (Grupo I) já que as relativas ao Grupo II-D pertencem ao
Grupo II.
No que respeita ao objecto deste estudo, o impacto tecnológico também acompanhará tal
diversidade, desde o grande instituto público (Grupo I) à empresa pública (Grupo II), desde a
pequena Junta de Freguesia (Grupo I) à EDP (Grupo III).
O Código também abrange agora maior diversidade de contratos pois inclui, não só os
tradicionais contratos de empreitadas de obras públicas (EOP), e de aquisições de bens ou
serviços (AS), mas também a locação de bens (LABM) e os contratos de concessão (CC) ou de
sociedade (CS).
Esta evolução também terá exigências de gestão e de utilização das tecnologias por parte, quer
dos adjudicantes, quer dos potenciais vendedores.
Observe-se que SQ é apenas válido para as entidades do Grupo III e relativas a actividades dos
sectores especiais e que o Artigo 33º especifica as modalidades que se podem adoptar pelas
entidades do Grupo III nos sectores especiais:
“Artigo 33.º”
Escolha do procedimento em função da entidade adjudicante
1 – Sem prejuízo do disposto nos artigos 24.º a 27.º e no n.º 3 do artigo 31.º, para a formação
de contratos que digam directa e principalmente respeito a uma ou a várias das actividades
exercidas nos sectores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais pelas
entidades adjudicantes referidas no n.º 1 do artigo 7.º, estas entidades devem adoptar, em
alternativa, o concurso público, o concurso limitado por prévia qualificação ou o procedimento
de negociação.
2 – Para a formação dos contratos referidos no número anterior não pode ser adoptado o
procedimento de diálogo concorrencial.
3 – Ainda que os contratos a celebrar não digam apenas respeito a uma ou a várias das
actividades por elas exercidas nos sectores da água, da energia, dos transportes e dos serviços
postais, o disposto no n.º 1 é sempre aplicável às entidades adjudicantes referidas no n.º 1 do
artigo 7.º, desde que não seja possível determinar a que actividade tais contratos dizem
principalmente respeito.
4 – O disposto no n.º 1 não é aplicável às entidades adjudicantes referidas no n.º 2 do artigo 2.º
quando os contratos a celebrar não digam apenas respeito a uma ou a várias das actividades
por elas exercidas nos sectores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais e
não seja possível determinar a que actividade tais contratos dizem principalmente respeito.”
O ajuste directo não implica processo concorrencial (embora possam ser convidadas
diversas entidades) pelo que pressupõe estar o adjudicante em condições de adjudicar a tal
O concurso público urgente é um regime especial (introduzido numa das últimas versões
propostas do Código) e é apenas válido para LABM e AS relativamente a bens ou serviços de
uso corrente (mas não EOP, respeitando os valores limites do Ajuste Directo. O prazo mínimo
para apresentação de propostas pode ser de 24 horas após publicação do anúncio. Também se
exige que o critério de adjudicação seja o do preço mínimo.
No diálogo concorrencial, a primeira etapa visa escolher objecto do contrato pelo que só
após esta fase é necessário elaborar o caderno de encargos. Desenvolve-se então o processo
concorrencial para recepção e análise de propostas.
Adjudicante com
informação completa
• CP ou • CC (2)
• DC (3)
• CLPQ • AQ (s/ especificações completas)
sem projecto • SQ (4)
Adjudicante sem
informação completa
Esta maior possibilidade de escolha também vai exigir maior capacidade de selecção por parte
da entidade adjudicante e maior capacidade de resposta por parte dos vendedores, no que
respeita à variabilidade dos procedimentos e, em especial, aos muito menores tempos que irão
dispor para apresentarem as suas propostas.
Os maiores limites de valor agora atribuídos ao ajuste directo também exigirão a utilização das
tecnologias da informação para, por antecipação, fornecer a cada entidade adjudicante
informação apropriada sobre a potencial oferta de cada empresa.
Estas novas regras exigem que, aquando da abertura do procedimento, a entidade conheça bem
os seus objectivos e os atributos que julga relevantes para o objecto do contrato, devendo
subdividir estes em dois grupos:
Como se sabe, estes últimos devem ser definidos por descritores, escalas de pontuação e
coeficientes de ponderação e que exige a cada entidade adjudicante a capacidade de simular as
possíveis respostas e validar os correspondentes graus de preferência mas também aos
concorrentes a capacidade de estimar, antecipadamente, a sua pontuação global e, como tal, a
sua força concorrencial.
Esta é, por certo, a inovação que mais directamente ocasiona múltiplos impactos tecnológicos.
Na verdade, a partir do final de Outubro 2009, é obrigatória a plena desmaterialização de todo o
ciclo da contratação pública desde a divulgação da abertura do procedimento até todas as
actividades do júri e aos últimos anúncios de execução.
Esta inovação concretiza o chamado princípio “tout electronique” que vem sendo prosseguido
como grande objectivo estratégico pela própria União Europeia. Na verdade, a Directiva
1999/93/CE de 13 Dezembro estabelece o quadro orientador relativo às assinaturas electrónicas
e as próprias Directivas 2004/17/CE e 2004/18/CE apostam fortemente na contratação
electrónica.
A adopção desta importante inovação veio sendo defendida, desde as versões iniciais do
Código, e prossegue 3 grandes objectivos:
A – Dificultar a corrupção
Diversos organismos internacionais, tais como a OCDE, têm vindo a concluir que a
maior divulgação de anúncios de abertura de procedimento, de adjudicação e de
resultados de execução através da internet dificulta significativamente as práticas de
corrupção.
Ora, este Código prevê a completa “webização” de todo o ciclo de divulgação dos
anúncios de abertura de procedimento, de adjudicação e dos resultados da própria
execução.
I) Entidade Adjudicante
Estes custos de transacção têm sido muito elevados no nosso país pelo que um dos
objectivos na contratação electrónica é a sua redução.
Quadro 1 – Novos Prazos para Entrega de Propostas e Candidaturas a partir da Data de Envio do Anúncio ou
Convite por Via Electrónica para os Principais Procedimentos
Procedimento Prazo
Concurso Público (Divulgação Nacional – DRE) ≥9 dias (LABM e AS) ; ≥20 dias (EOP)
≥9 dias (EOP muito simples)
Concurso Público (Divulgação no Jornal Oficial da EU ≥40 dias ou ≥29 se PI* ou ≥15 dias se PIC**
– JOUE)
a)Qualificação de candidatos
DRE ≥9 dias (inexistente se PIQ***)
b)Apresentação de propostas
DRE ≥9 dias (LABM e AS)
≥20 dias (EOP)
≥9 dias (EOP muito simples)
PI* - Corresponde ao caso de ter havido anúncio de pré-informação ou periódico indicativo e desde que “o mesmo
contemple as prestações do objecto do contrato a celebrar” (Artigo 136°).
PIC** - Além do referido em PI, se o anúncio de pré-informação ou periódico indicativo tiver sido enviado para o
JOUE com antecedência mínima de 52 dias e máxima de 12 meses em relação à data do envio do anúncio de
procedimento e contiver todos os dados disponíveis e referidos no Anexo I ou IV de R (Artigo 136°).
PIQ*** - Se houver anúncio periódico indicativo (apenas este) e se (Artigo 167°):
a) incluir as prestações do objecto do contrato;
b) especificar o CLPQ como procedimento;
c) indicar um prazo que não pode ser superior a 11 meses a contar do anúncio periódico indicativo para os
interessados manifestarem interesse em participar no concurso.
• Anúncio do procedimento
À excepção do procedimento por ajuste directo (melhor designado por procedimento
por convite), todos os restantes procedimentos pressupõem a publicação de anúncios.
Ora, sob o signo do papel, estes anúncios surgiam frequentemente em cantos obscuros
de jornais com circulação reduzida e/ou local, pelo que era muito reduzida a sua difusão
em grande escala.
Agora, a sua divulgação ocorre através do DRE (e JOUE se for o caso) assegurando o
fácil e universal acesso a todos os interessados.
Atendendo a que a divulgação se faz por via electrónica através do portal dos contratos públicos
e do DRE (e JOUE, se for o caso) é previsível maior número de concorrentes para cada
procedimento. Algumas experiências conduzidas pelos autores (por exemplo, na Câmara
Municipal de Sintra, no início desta década) apontam para a duplicação do número de
concorrentes para o fornecimento de bens, serviços ou empreitadas. Como é evidente, este
acréscimo tende a não existir para os restantes empreendimentos, em relação aos quais o
número de concorrentes é fixo.
Outrossim, poderá dizer-se que pelo novo Código, aquisições até limites já significativos (em
geral, 75000€ ou 150000€ para bens e serviços ou empreitadas, se entidades do Tipo I) serão
objecto do procedimento por convite, correndo-se, assim, o risco de reduzir a concorrência.
A fim de evitar este retrocesso, importa recomendar que as entidades adjudicantes não utilizem
este procedimento convidando apenas um ou um número muito reduzido de potenciais
fornecedores.
• Estejam disponíveis, através da plataforma, listas abertas (ou seja, podendo a cada
momento acolher novos membros) de fornecedores com capacidade para fornecer o
objecto do contrato. Estas listas devem ter em conta processos anteriores de habilitação,
avaliação ou qualificação.
3.7 CONDICIONANTES
Em suma, tal como é evidente destas análises, a potenciação da contratação electrónica de modo
a concretizar os impactos referidos exige condições importantes que se resume no Quadro
seguinte:
PI* - Corresponde ao caso de ter havido anúncio de pré-informação ou periódico indicativo e desde que “o mesmo contemple as
prestações do objecto do contrato a celebrar” (Artigo 136°).
PIC** - Além do referido em PI, se o anúncio de pré-informação ou periódico indicativo tiver sido enviado para o JOUE com
antecedência mínima de 52 dias e máxima de 12 meses em relação à data do envio do anúncio de procedimento e contiver todos os
dados disponíveis e referidos no Anexo I ou IV de R (Artigo 136°).
PIQ*** - Se houver anúncio periódico indicativo (apenas este) e se (Artigo 167°):
a) incluir as prestações do objecto do contrato;
b) especificar o CLPQ como procedimento;
c) indicar um prazo que não pode ser superior a 11 meses a contar do anúncio periódico indicativo para os interessados
manifestarem interesse em participar no concurso.
Compreende-se, assim, as reservas que têm vindo a ser colocadas pela própria Comissão
Europeia.
A fim de evitar estes problemas, recomenda-se a adopção do procedimento também previsto no
Código e que consiste no Acordo-Quadro sem especificação total do objecto.
O estudo a realizar pelo OPET compreende diferentes etapas e métodos de análise destinados a
colher informação relevante sobre tal matéria, junto dos principais intervenientes nos
Contratos de Aquisições Públicas. Entende-se por informação relevante a colheita de dados
objectivos sobre os impactos tecnológicos do novo sistema e bem assim a opinião dos
utilizadores (entidades adjudicantes e adjudicatárias) quanto aos benefícios e problemas
decorrentes da sua implementação.
Esta fase do estudo compreende a análise de casos, que decorreu com base na audição de
entidades representativas de diferentes participantes nos processos das Aquisições Públicas
procurando conhecer os impactos que o novo sistema legal produziu, ou que pensam vir a
produzir. Tal audição foi realizada por elementos da equipa de investigadores da OPET a um
responsável de cada uma das entidades seleccionadas através de uma entrevista semi-dirigida.
As entidades seleccionadas cobrem os principais protagonistas dos processos em análise pelo
que permitem interessantes inferências.
Entidades Adjudicantes:
Tipo I
Administração Central:
Ministério da Justiça (Unidade Ministerial de Compras)
Administração Autárquica:
Câmara Municipal de Oeiras (Divisão de Compras)
Tipo II
Empresas S A de Capitais Públicos
• ANA Aeroportos de Portugal
• RTP Rádio Televisão Portuguesa
Fornecedores:
De Obras e Empreitadas:
• OMEP
• MOTA-ENGIL
Assim, o método de estudo de casos foi escolhido para a colheita de informação nesta
primeira fase, por todas as razões anteriormente referidas, já que permite a obtenção
duma visão factual desta primeira fase de implementação do novo sistema de
contratação pública em organizações representativas dos diferentes agentes da CPE, e
assim permitir obter uma primeira imagem dos seus impactos, a fornecer ao InCI. E
também porque possibilita a identificação de um certo número de impactos referidos
pelas entidades seleccionadas, como hipóteses a serem posteriormente testadas para
aferir da sua possibilidade de generalização a uma população mais vasta.
4. 3. A ELABORAÇÃO DO GUIÃO
4.5.1
CASO DE ESTUDO
DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
A vossa instituição foi escolhida para participar na realização desta primeira fase do estudo sobre os
impactos tecnológicos induzidos pelo novo Sistema de Contratação Pública.
A vossa colaboração nas respostas às questões colocadas será de um grande valor para esse estudo,
agradecendo-se por isso toda a disponibilidade e atenção dedicada à sua elucidação.
Os dados obtidos terão um carácter reservado e serão utilizados apenas na elaboração deste estudo.
INFORMAÇÕES GERAIS
Desde a sua criação, a UCMJ tem procedido ao tratamento centralizado de diversas categorias
de bens e serviços para a maioria dos organismos do Ministério da Justiça, tendo sido, até à
data, crescente quer o número de procedimentos realizados anualmente quer o número de
entidades aderentes aos mesmos.
Desde então o valor acumulado das aquisições de bens e serviços subiu para cerca de
79 milhões €, com poupanças associadas no valor de 12,4 milhões €., mantendo-se sem grandes
alterações a equipa afecta ao projecto. Esta evolução mostra bem a importância desta actividade
no Ministério da Justiça, e, bem assim, a correspondente preocupação com a redução da
despesa. Importa ainda destacar que a introdução de meios electrónicos nos processos de
contratação permitiu melhorias significativas de desempenho nos processos de
aprovisionamento centralizado.
Embora a poupança seja um dos naturais objectivos de qualquer sistema de aquisições e das
aquisições públicas em especial - comprar pelo melhor preço, reduzindo a despesa – no
Ministério da Justiça a poupança tem sido encarada como um instrumento e não como um fim
em si mesmo. Esteve sempre presente a preocupação de garantir os padrões de qualidade
compatíveis com as expectativas dos utilizadores do sistema de justiça. Foi assim que -
comprando mais e melhor com o mesmo orçamento - no período se 2005-2009, entre muitos
outros exemplos que podíamos destacar, foi possível proceder à integral substituição do parque
informático na maioria das entidades do MJ e, deste modo, potenciar os correspondentes
ganhos de eficiência ao nível dos utilizadores.
Para caminhar neste sentido, a UCMJ tem desenvolvido em trabalho em rede com os diferentes
organismos do MJ e especialistas que neles desempenham a sua actividade. Destaca-se, a título
de exemplo, pela transversalidade das suas contribuições e impacto na melhoria das compras
que realizamos, o importante contributo do ITIJ na normalização e padronização das
especificações técnicas dos bens e serviços a adquirir pelos organismos do MJ em domínios tão
variados como os sistemas de informação, hardware (servidores, desktops, laptops compatíveis
e respectivos acessórios), sistemas de vídeo-conferência e equipamentos de telefonia IP.
Apesar dos altos padrões de desempenho já conseguidos em matéria de utilização dos novos
instrumentos de contratação electrónica, nos serviços e organismos do MJ ainda coexistem
níveis de competência muito diversificados em matéria de compras com recurso a CPE,
revelando-se necessário continuar a investir na formação daqueles que ainda carecem de
desenvolvimento para ultrapassar as dificuldades em lidar com o novo sistema de aquisições
exclusivamente baseado em suportes electrónicos. Tais necessidades tornaram-se prementes
com a recente alteração do quadro normativo e a eminente obrigatoriedade de todos os
organismos do Estado fazerem uso da Contratação Pública Electrónica.
I. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
1.Tipo de Instituição:
Administração Central
X
Administração Local
Serviço Público
Instituição Privada
Empresa Pública
Outra Qual?
2. Área de intervenção
Saúde
Obras Públicas
Educação
Justiça
X
Ambiente
Defesa
Outra Qual?
II QUESTÕES ESPECÍFICAS
Quais as medidas adoptadas pela sua Instituição para o conhecimento do novo quadro
legal?
A UCMJ tem um conhecimento bastante aprofundado sobre a CPE e sobre o novo CCP, sendo
referência de muitas outras organizações da Administração Pública. A UCMJ tem conseguido
melhorar e aperfeiçoar continuamente os processos de aquisição de bens e serviços no MJ.
Desde 2006 que a SGMJ vem implementando soluções avançadas de sourcing, recorrendo a
sistemas de agregação de compras, sistemas de negociação ou diversos tipos de leilões. Em
regra as aquisições realizadas pela UCMJ realizam-se através de concursos públicos e
procedimentos ao abrigo doa acordos quadro celebrados pela ANCP.
A formação que tem sido feita não tem apostado tanto em cursos e ministrada por entidades de
formação externas, mas tem sido sobretudo uma formação on-job. São os problemas e a
necessidade de os resolver que têm determinado a aprendizagem de novos procedimentos e isso
tem sido a grande escola de formação para as pessoas que no MJ desenvolvem a sua actividade
na área da contratação pública.
2.Qual o valor total da despesa com a formação realizada com este objectivo?
Não tem de momento essa informação, pelas razões apresentadas anteriormente. A formação
tem sido feita mais internamente e no decurso da acção, trabalhando com outras entidades
envolvidas nos processos de aquisição para adopção das melhores práticas (Plataforma, ITIJ,
Central de Compras, etc.). O processo de formação tem sido assim muito centrado na mudança
induzida pelo novo sistema de contratação electrónica em que o Ministério da Justiça tem sido
um dos primeiros e mais activos utilizadores.
Nunca
Parcialmente
1vez
2a
Já utilizou alguma vez o novo processo de Contratação Pública 5vezes
Electrónica? Sim, num processo 6 a 10
completo. vezes
Mais
de 10
vezes
4. Tipos de concursos
Contratação Quantas vezes? 1-10 11-20 21-30 31-40 41-50 51- 60 61-70 +70
Bens x
Serviços x
Empreitadas
Locação
Qual a % de concursos que foram concluídos com a contratação e a adjudicação nos processos
em que participou?
-50%
50% a 75%
75% a 100% X
- de 10
11 a 50 x
51 a 100
+ de 100
A UMC utiliza uma plataforma electrónica desde 2006. Os factores críticos na contratação do
serviço é a garantia do nível de serviço, a qualidade e celeridade da resposta, dos serviços de
apoio ao cliente disponibilizados pelo fornecedor da Plataforma Electrónica, aos problemas
colocados pelos utilizadores da plataforma, sejam eles fornecedores ou utilizadores da UCMJ.
9. Impactos tecnológicos
9.1Tenciona adquirir novos sistemas tecnológicos para poder funcionar de acordo com o
novo sistema de CPE?
9.3 Qual o valor do investimento com a renovação tecnológica que planeia fazer?
- de 2000E
2001 a 5000E
5001 a 10.000E
+10.000E
9.4 Os novos meios tecnológicos induzem uma alteração dos seus actuais processos de
funcionamento ?
Sim Não
Em que aspectos? Em que aspectos?
Simplificação (menor número de etapas) Simplificação (menor número de etapas)
Menos burocracia (menos documentos Menos burocracia (menos documentos
comprovativos, menos papelada, etc.) comprovativos, menos papelada, etc)
Melhor informação (Condições dos concursos, Melhor informação (Condições dos concursos,
critérios de selecção, propostas dos critérios de selecção, propostas dos
concorrentes, etc) X concorrentes, etc)
Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das
Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das
diferentes etapas, etc.)
diferentes etapas, etc.) X Redução dos custos
Redução de custos Maior justiça e clareza dos processos e
Maior justiça e clareza dos processos e decisões
decisões X Maior eficiência
Maior eficiência
9.5 Qual o ganho em termos de custos do novo sistema em relação ao processo baseado
em papel?
9.6 Os novos meios tecnológicos induzem a uma alteração dos recursos humanos
Sim Não
Em que aspectos?
Redução do número actual
Aumento do número actual
Requalificação dos actuais RHs
Alterações de funções
Alteração das categorias profissionais
Mais formação
Tendo presente a experiência acumulada desde 2006, considera-se que não será necessário fazer
qualquer alteração na equipa em resultado da eminente obrigatoriedade de CPE. A UCMJ tem
conseguido racionalizar o sistema de aquisições de bens e serviços, com um número de recursos
humanos diminuto, que como já referido inclui 5 pessoas, muito competentes e altamente
motivados.
Está previsto para 2010 o reforço da equipa com 2 novos técnicos superiores mas este reforço
destina-se a alargar o leque de categorias a centralizar pelo na SG/UCMJ.
A CPE e o novo CCP constituem um excelente contributo para uma maior eficiência nas
aquisições públicas. Permitirão encurtar os prazos que medeiam entre a decisão de contratar e a
disponibilização dos bens e/ou serviços aos utilizadores e constituem um passo decisivo no
aumento da transparência do processo de contratação pública. Todavia os benefícios resultantes
da generalização da CPE ainda apresentam pouca visibilidade muito em resultado de um
significativo número de fornecedores ainda não se encontrar suficientemente preparados para
lidar com as tecnologias de informação. Sente-se a necessidade de reforçar a formação neste
domínio de utilização das TIC por parte do mercado.
A título de exemplo refere-se que nos procedimentos desenvolvidos pela SG/UCMJ -onde já só
se realizam aquisições através de plataformas electrónicas – é excluído um significativo número
de fornecedores por não darem cumprimento às novas normas procedimentais exigidas em
matéria de contratação electrónica. Houve mesmo um caso em que o concurso ficou deserto por
terem sido excluídos todos os concorrentes e houve necessidade de publicar um novo aviso no
DRE. Para colmatar esta ineficiência que o sistema de CPE ainda apresenta a SG/UCMJ faz um
esforço acrescido no sentido de esclarecer os fornecedores que se lhe dirigem quanto à forma de
cumprimento do novo quadro legal.
A SG/UCMJ recorre com frequência e com bons resultados ao sistema de leilões -como um das
fases do concurso público – em diversas categorias de bens e serviços onde o critério de
adjudicação é exclusivamente o preço. As plataformas electrónicas disponíveis no mercado não
disponibilizam, ainda, a ferramenta de leilões compatível com um critério de adjudicação multi-
critério que é, em regra, indispensável quanto pretendemos escolher a proposta economicamente
mais vantajosa e, não, o mais baixo preço. Neste domínio é urgente que os fornecedores passem
a disponibilizar esta funcionalidade de forma a capacitar as entidades adquirentes com os
instrumentos que lhes permitam, cumprindo a lei, melhorar a eficácia dos processos de
negociação.
4.5.2
CASO DE ESTUDO
DA CAMARA MUNICIPAL DE OEIRAS
A vossa instituição foi escolhida para participar na realização desta primeira fase do estudo sobre os
impactos tecnológicos induzidos pelo novo Sistema de Contratação Pública.
A vossa colaboração nas respostas às questões colocadas será de um grande valor para esse estudo,
agradecendo-se por isso toda a disponibilidade e atenção dedicada à sua elucidação.
Os dados obtidos terão um carácter reservado e serão utilizados apenas na elaboração deste estudo.
INFORMAÇÕES GERAIS
O Concelho de Oeiras
O Concelho de Oeiras, com uma área aproximada de 46 Km2, faz parte da Região de Lisboa e
Vale do Tejo e da Área Metropolitana de Lisboa e é constituído actualmente por 10 freguesias –
Algés, Barcarena, Carnaxide, Caxias, Cruz Quebrada\Dafundo, Linda-a-Velha, Oeiras e S.
Julião da Barra, Paço de Arcos, Porto Salvo e Queijas que, em 2001, representavam 162.128
habitantes.
Na passagem da primeira para a segunda metade do século XX regista-se uma forte expansão
demográfica e urbana no concelho de Oeiras, bem como noutros concelhos vizinhos (em 1950 a
população do concelho era de 53.000 habitantes e em 1970 era de cerca de 68.000 habitantes).
Na verdade, nos anos 70, O Concelho de Oeiras passou a ser um subúrbio do tipo dormitório,
permanecendo como tal até meados da década de 80, altura em que a Câmara Municipal iniciou
toda uma política tendente a contrariar esta situação de dependência territorial e de falta de
perspectivas.
Até há poucas décadas o concelho de Oeiras era marcadamente rural, alterando-se isso
significativamente nos últimos anos, quer pela sua localização privilegiada junto a Lisboa, quer
pela sua dinâmica de desenvolvimento. Um e outro facto permitiram que surgisse uma nova
realidade municipal multifacetada, onde se integram os Parques de Tecnologia a par com
algumas actividades mais tradicionais agrícolas e industriais e áreas urbanas, áreas verdes e
equipamentos de diverso tipo.
Hoje, o concelho de Oeiras é não só num território de características marcadamente urbanas,
mas também num pólo de desenvolvimento notável entre os mais prósperos da Área
Metropolitana de Lisboa e do País.
A Câmara de Oeiras
A DCP tem 14 funcionários dos quais, um dirigente, cinco juristas e oito administrativos.
O modelo interno da DCP facilita o acompanhamento informado dos processos, sendo que:
• A cada processo é designado um jurista e um administrativo que assumem o papel de
gestores do processo e acompanham o procedimento durante todo o seu ciclo.
• O primeiro vogal de todos os júris dos procedimentos é sempre um jurista da DCP.
• Os processos são revistos e acompanhados pela DCP mas a unidade requisitante fornece
os inputs necessários (especificações) e revê e aprova as peças do procedimento.
I. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
1.Tipo de Instituição:
Administração Central
Administração Local X
Serviço Público
Instituição Privada
Empresa Pública
Outra Qual?
2. Área de intervenção
Saúde
Obras Públicas
Educação
Justiça
Ambiente
Defesa
Outra Qual?
Gestão autárquica
Instituição Adjudicante X
Instituição Fornecedora
Reguladora
Enabler
Plataforma
Outras
1 a 10
11 a 20
21 a200 X
+ 200
1a3
4a7
8 a 10
+ de 10 X
II QUESTÕES ESPECÍFICAS
Quais as medidas adoptadas pela sua Instituição para o conhecimento do novo quadro
legal?
Número de pessoas que fizeram formação com este objectivo elemento a fornecer mais tarde
Número de horas de formação elemento a fornecer mais tarde
2.Qual o valor total da despesa com a formação realizada com este objectivo?
Nunca
Parcialmente
1vez
2a
Já utilizou alguma vez o novo processo de Contratação Pública 5vezes
Sim, num
Electrónica? 6 a 10
processo
vezes
completo.
Mais de
10
vezes
4. Tipos de concursos
Em que tipo de concursos participou seguindo os procedimentos estabelecidos pelo novo Código de
Contratação Pública Electrónica:
Contratação Quantas vezes? 1-10 11-20 21-30 31-40 41-50 51- 60 61-70 +70
Bens X
Serviços X
Empreitadas 1)
Locação
Em 2008 foram mais de 200 e em 2009 cerca de 300. Porém este ano é um ano atípico,
porquanto o Município celebrou o seu aniversário e houve mais aquisições por isso.
Por enquanto as EOPs são tratadas por outros serviços camarários, embora sejam pelo actual
Regulamento Orgânico da Câmara de Oeiras da responsabilidade da Divisão de Contratação
Pública (DCE). Isto porque, pretende o seu Director organizar primeiro as aquisições de bens e
serviços já de acordo com o normativo do novo Código, servindo de motor da mudança junto
dos demais serviços camarários, ajudando-os a passar do sistema tradicional para o novo
sistema de contratação electrónico de uma forma gradual, depois passando então a ocupar-se das
empreitas e obras públicas.
Qual a % de concursos que foram concluídos com a contratação e a adjudicação nos processos
em que participou? Valor não estimado de momento mas possível de dar mais tarde.
-50%
.
50% a 75%
75% a 100%
- de 10
11 a 50
51 a 100
+ de 100
Desde 2005 que a CMO utiliza a Plataforma Electrónica de Contratação da Vortal de forma
regular e com crescente número de procedimentos jurídicos (aproximadamente 200
procedimentos de bens e serviços em 2008 e previsivelmente 500 em 2010).
Tendo em conta o apoio que tem tido da plataforma não tem tido dificuldades de maior.
9. Impactos tecnológicos
9.1Tenciona adquirir novos sistemas tecnológicos para poder funcionar de acordo com o
novo sistema de CPE?
9.3 Qual o valor do investimento com a renovação tecnológica que planeia fazer?
- de 2000E
2001 a 5000E
5001 a 10.000E
+10.000E
9.4 Os novos meios tecnológicos induzem uma alteração dos seus actuais processos de
funcionamento ?
Sim Não
Em que aspectos? Em que aspectos?
Simplificação (menor número de etapas) Simplificação (menor número de etapas)
Menos burocracia (menos documentos Menos burocracia (menos documentos
comprovativos, menos papelada, etc) X1) comprovativos, menos papelada, etc)
Melhor informação (Condições dos concursos, Melhor informação (Condições dos concursos,
critérios de selecção, propostas dos critérios de selecção, propostas dos
concorrentes, etc) concorrentes, etc)
Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das
diferentes etapas, etc.) diferentes etapas, etc.)
Redução dos custos
Redução de custos X
Maior justiça e clareza dos processos e
Maior justiça e clareza dos processos e
decisões
decisões
Maior eficiência
Maior eficiência X2)
9.5 Qual o ganho em termos de custos do novo sistema em relação ao processo baseado
em papel?
9.6 Os novos meios tecnológicos induzem a uma alteração dos recursos humanos
Sim Não
Em que aspectos?
Redução do número actual
Aumento do número actual
Requalificação dos actuais RHs
Alterações de funções
Alteração das categorias profissionais
Mais formação X
A Divisão foi criada pensando já na eminente alteração do Código de Contratação pelo que não
foi nem será necessário alterar as funções existentes, que já foram criadas tendo em conta os
novos processos de CPE.
Cada pedido de uma aquisição encaminhado para a DCP é acompanhado por um jurista e um
administrativo nomeados pelo Director da Divisão.
As funções existentes são “ gestor de processo” (que é um jurista) e administrativa (um
funcionário administrativo). A Câmara tem cinco juristas nesta função e oito administrativos.
Houve uma concentração em 13 pessoas na DCP das actividades que outrora ocuparam muitas
em todos os serviços da Câmara, libertando-as para outras tarefas.
Os trabalhadores da Divisão têm feito formação para se inteirarem das novas disposições
processuais relativas às aquisições de bens e serviços induzidas pelo no Código de Contratação
Pública.
4.5.3
CASO DE ESTUDO
DA ANA, AEROPORTOS DE PORTUGAL
A vossa instituição foi escolhida para participar na realização desta primeira fase do estudo sobre os
impactos tecnológicos induzidos pelo novo Sistema de Contratação Pública.
A vossa colaboração nas respostas às questões colocadas será de um grande valor para esse estudo,
agradecendo-se por isso toda a disponibilidade e atenção dedicada à sua elucidação.
Os dados obtidos terão um carácter reservado e serão utilizados apenas na elaboração deste estudo.
INFORMAÇÕES GERAIS
A ANA Aeroportos de Portugal, SA, é uma empresa pública concessionária dos principais
aeroportos em Portugal. É gestora dos aeroportos e responsável pelo desenvolvimento das infra
estruturas aeroportuárias.
Como responsável pelo desenvolvimento das infra estruturas aeroportuárias A ANA é uma
empresa pública com um papel importante na contratação das empreitadas públicas, estando
entre os maiores investidores do país. O Valor das contratações atinge no presente 180 milhões
de Euros.
A ANA Aeroportos de Portugal, SA é uma empresa em crescimento desde a sua formação, que
ocorreu no final de 1998 da cisão da ANA Aeroportos em duas novas empresas: a ANA -
Aeroportos de Portugal, SA, voltada para a gestão aeroportuária, e a NAV, EP, para a
navegação aérea.
A sua missão consiste, assim, “em gerir de forma eficiente as infra-estruturas aeroportuárias a
seu cargo, ligando Portugal ao mundo, e contribuir para o desenvolvimento económico, social
e cultural das regiões em que se insere. Oferecer aos seus clientes um serviço de elevada
qualidade, criando valor para os accionistas e assegurando elevados níveis de qualificação
profissional e motivação dos seus colaboradores”(in Relatório de sustentabilidade de 2007;15).
actividade da aviação, dificultando entre nós o investimento próprio mas não o investimento
externo em infra estruturas, nos aeroportos de Lisboa, Faro e Ponta Delgada.
Esta foi uma época em que as empresas em geral se confrontaram com uma forte competição e
maior exigência dos seus clientes, sendo desde então a gestão norteada pelas palavras-chave
“Cliente” e “Eficácia”.
Para prosseguir de acordo com elas, a ANA, Aeroportos EP adoptou processos de gestão
descentralizados com a transferência da capacidade de decisão para as suas áreas de negócios:
Aeroportos, os Centros de Controlo de Tráfego Aéreo, a Área de Actividades Comerciais e a
Área de Estudos e Projectos de Infra-estrutura Aeronáutica. Estes processos permitiram criar
uma estrutura mais simples e eficaz, angariar novos clientes por meio de uma política tarifária
mais atractiva, respondendo melhor às suas necessidades e rentabilizar comercialmente os
aeroportos através da via de concessões. Foi também neste período que a ANA intensificou o
investimento em infra-estruturas e a sua prestação de serviços a terceiros, no País e no exterior,
com os aeroportos do Funchal e Macau a confiar à empresa a sua gestão.
Mais tarde, em 1998, com intensa concorrência entre destinos e aeroportos, depois de um
contínuo crescimento, a empresa apresentou um desempenho muito significativo em volume de
negócios, resultados líquidos e em investimentos, sentido então a necessidade de se cindir em
duas empresas uma das quais a ANA Aeroportos de Portugal, SA
No final do século (1999/2004), o mundo encaminhava-se a passos largos para uma maior
globalização com um movimento cada vez mais intenso de bens e pessoas. As empresas de
transportes aéreos tiveram um papel muito importante na resposta a essa nova realidade, em
clima de forte competição. Em Portugal, o plano aéreo-portuário nacional integrava então para
além da construçaõdo novo aeroporto de Lisboa, um novo plano de desenvolvimento do
Aeroporto Sá Carneiro, para servir todo o Nordeste ibérico, o Aeroporto da Madeira, para abrir
o arquipélago às grandes aeronaves e a remodelação do Aeroporto de Faro, visando convertê-lo
no melhor aeroporto turístico da Península. A ANA Aeroportos de Portugal, SA teve assim que
apostar em tornar-se num grupo de empresas constituído pela Portway, a operar desde 2000 no
handling, e a NAER, criada em 1998 para levar por diante o novo aeroporto de Lisboa.
O 11 de Setembro veio alterar a dinâmica do mercado da aviação com a diminuição do tráfego,
aumento de custos, a que se somaram as dificuldades económicas do país que obrigou a uma
gestão mais eficiente com a adopção de uma estrutura mais leve e com menores custos, capaz de
partilhar recursos e procedimentos entre todo o grupo. Essa reestruturação, ocorrida entre 2002
e 2004, foi mais um passo na criação das condições indispensáveis à privatização preconizada
da ANA.
Em 2004, o tráfego nos aeroportos da ANA voltou a crescer por efeito do Euro 2004, mas
também como resultado duma estratégia comercial bem concebida, dirigida em particular às low
cost. A partir de 2005 e até 2009 o plano estratégico da ANA, ICARO (Inovar, Comunicar,
Alcançar Resultados, Optimizar), contemplou a modernização e desenvolvimento do negócio
aviação, em paralelo com uma forte aposta nos negócios não aviação e com o desenvolvimento
de novas competências e sistemas de gestão, em particular no campo dos investimentos
aeroportuário, com vista à melhoria da produtividade e à elevação da eficiência operacional.
A ANA em 2007
A riqueza gerada em 2007 pela ANA foi de 300.675 (milhares de euros), dos quais
Efectivo de Trabalhadores
Em 31 de DEZ de 2007 a empresa contava com 1350 trabalhadores ao seu serviço, sendo
presentemente o seu efectivo de 1200 trabalhadores.
A ANA Aeroportos de Portugal, SA é uma entidade do tipo II, que desenvolve a sua actividade
de aquisições públicas (bens, serviços, empreitadas) através da sua Unidade de Serviços
Partilhados (USP), num valor que presentemente atinge cerca de 180 a 190 milhões de E por
ano, com um efectivo de 18 trabalhadores. A Unidade de Serviços Partilhados tem procurado de
há muito introduzir sistemas de gestão de compras racionalizados que permitam diminuir os
custos e comprar melhor.
No âmbito das suas actividades específicas relacionadas com as suas estruturas aéro-portuárias
considera-se abrangida pelo grupo III previsto pelo Código (Sectores Excluídos)
A adopção da Contratação Electrónica, levantou no início do ano alguns problemas por virtude
de alguns concursos terem ficado desertos já que os concorrentes não souberam apresentar as
suas propostas cumprindo todos os requisitos tecnológicos exigidos. Felizmente que estas
dificuldades foram sempre ultrapassadas e actualmente esta situação já não tem ocorrido.
As poupanças têm sido muito importantes designadamente por se haver anulado o custo anual
com a publicação dos anúncios nos jornais, o qual importava em cerca de 1 milhão de Euros por
ano.
I. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
1.Tipo de Instituição:
Administração Central
Administração Local
Serviço Público
Instituição Privada
Empresa Pública X
Outra Qual?
2. Área de intervenção
Saúde
Obras Públicas X
Educação
Justiça
Ambiente
Defesa
Outra Qual?
Instituição Adjudicante
Instituição Fornecedora
Reguladora
Enabler
Plataforma
Outras X
1 a 10
11 a 20
21 a200
+ 200 X
Actualmente 1200
1a3
4a7
8 a 10
+ de 10 X
Actualmente 18.
II QUESTÕES ESPECÍFICAS
Quais as medidas adoptadas pela sua Instituição para o conhecimento do novo quadro
legal?
2.Qual o valor total da despesa com a formação realizada com este objectivo?
Cerca de 50.000 Euros
---------------------------------------------------E
Nunca
Parcialmente
1vez
2a
Já utilizou alguma vez o novo processo de Contratação Pública 5vezes
Electrónica? Sim, num processo 6 a 10
completo. vezes
Mais
de 10
vezes
4. Tipos de concursos
Em que tipo de concursos participou seguindo os procedimentos estabelecidos pelo novo
Código de Contratação Pública Electrónica:
Contratação Quantas vezes? 1-10 11-20 21-30 31-40 41-50 51- 60 61-70 +70
Bens 127 X
Serviços 97 X
Empreitadas 141 X
Locação 0
Qual a % de concursos que foram concluídos com a contratação e a adjudicação nos processos
em que participou?
-50%
50% a 75%
75% a 100%
- de 10
11 a 50
51 a 100
+ de 100
9. Impactos tecnológicos
9.1Tenciona adquirir novos sistemas tecnológicos para poder funcionar de acordo com o
novo sistema de CPE?
9.3 Qual o valor do investimento com a renovação tecnológica que planeia fazer?
- de 2000E
2001 a 5000E
5001 a 10.000E
+10.000E
9.4 Os novos meios tecnológicos induzem uma alteração dos seus actuais processos de
funcionamento ?
Sim Não
Em que aspectos? Todos os abaixo Em que aspectos?
mencionados Simplificação (menor número de etapas)
Simplificação (menor número de etapas) Menos burocracia (menos documentos
Menos burocracia (menos documentos comprovativos, menos papelada, etc)
comprovativos, menos papelada, etc) Melhor informação (Condições dos concursos,
Melhor informação (Condições dos concursos, critérios de selecção, propostas dos
critérios de selecção, propostas dos concorrentes, etc)
concorrentes, etc) Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das
Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das diferentes etapas, etc.)
diferentes etapas, etc.) Redução dos custos
Redução de custos Maior justiça e clareza dos processos e
Maior justiça e clareza dos processos e decisões
decisões Maior eficiência
Maior eficiência
9.5 Qual o ganho em termos de custos do novo sistema em relação ao processo baseado
em papel?
9.6 Os novos meios tecnológicos induzem a uma alteração dos recursos humanos
Sim Não
Em que aspectos:
Redução do número actual
Aumento do número actual
Requalificação dos actuais RHs
Alterações de funções
Alteração das categorias profissionais
Mais formação
Vantagens:
• Apresentação de propostas mais competitivas devido ao incremento da concorrência
entre fornecedores (redução do custo directo de aquisição);
• Redução substancial do tempo gasto na preparação e acompanhamento dos
procedimentos;
• Redução de custos administrativos
• Maior segurança de informação
• Maior transparência
• Melhor e maior capacidade de auditabilidade dos procedimentos de aquisição
• Mais e melhor informação sobre o ciclo de vida dos procedimentos
• Cumprimento dos requisitos legais
• Facilidade na passagem de pasta de um procedimento de um responsável para outro.
Dificuldades:
Sob este aspecto referido pelo Eng. Alberto Lemos Ferreira que a adopção da Contratação
Electrónica, levantou no início do ano alguns problemas por virtude de alguns concursos terem
ficado desertos já que os concorrentes não souberam apresentar as suas propostas cumprindo
todos os requisitos tecnológicos exigidos. Felizmente que estas dificuldades foram sempre
ultrapassadas e actualmente esta situação já não tem ocorrido.
Foi também sublinhado que as poupanças têm sido muito importantes designadamente por se
haver anulado o custo anual com a publicação dos anúncios nos jornais, o qual importava em
cerca de 1 milhão de E por ano.
4.5.4
CASO DE ESTUDO
DA OMEP
A vossa instituição foi escolhida para participar na realização desta primeira fase do estudo sobre os
impactos tecnológicos induzidos pelo novo Sistema de Contratação Pública.
A vossa colaboração nas respostas às questões colocadas será de um grande valor para esse estudo,
agradecendo-se por isso toda a disponibilidade e atenção dedicada à sua elucidação.
Os dados obtidos terão um carácter reservado e serão utilizados apenas na elaboração deste estudo.
INFORMAÇÕES GERAIS
Historial da Instituição:
(Pequena síntese sobre a organização: a sua experiência, actividade, papel no sistema de Contratação
Pública).
A OMEP é uma Sociedade fundada em 1988 que conta já 20 anos de existência dedicados à
actividade da Construção Civil. É uma sociedade limitada por quotas, fundada por três pessoas,
das quais apenas duas se mantiveram na Sociedade até hoje e que são os seus gerentes actuais, o
Eng.º Carlos Inácio e o Eng.º Melo Araújo.
A OMEP é uma empresa que trabalha no mercado de obras e empreitadas privado e público,
com uma área de actividade muito abrangente, abarcando praticamente todo o tipo de obras de
construção civil:
Construção e recuperação de edifícios e de fachadas, obras no interior de edifícios, etc.
Do ponto de vista orgânico, trata-se de uma empresa com uma estrutura simples (Minzberg, F.)
com uma diversificação vertical pequena, integrada pelos níveis da gerência, de duas direcções
de serviços e de uma direcção de obra; e uma diversificação horizontal desdobrada em quatro
áreas de actividade: obras, medições e orçamentos, contabilidade, segurança e qualidade, como
se pode observar através do seu organograma (Fig. Nº 1). A grande força das organizações com
estruturas simples reside na capacidade de liderança dos seus fundadores, na sua capacidade de
ajustamento rápido às mudanças do mercado, procurando cativar, manter e ampliar a sua
carteira de clientes, articular-se com os seus fornecedores e manter um sistema de comunicação
e relacionamento interno directo, coeso e muito dinâmico entre todos os seus membros.
A sua história ao longo de vinte anos demonstra uma grande ambição de serviço aos seus
clientes e de excelência na prestação desses serviços amplamente conseguida como o atestam os
frequentes prémios que angariou em 1998, 1999, 2000, 2001, 2004 (Prémio de melhor
fornecedor ibérico da empresa Hovione).
Pode dizer-se que o empreiteiro geral surge como elo de ligação entre diversas entidades, de
um lado as que representam o cliente e do outro as que irão ser por si subcontratadas para a
execução dos trabalhos. Este modus operandi, característico aliás do sector da construção, tem
implicação directa na visão desta entidade sobre a contratação electrónica e o seu impacto
tecnológico, especialmente no caso da OMEP que tem utilizado plataformas electrónicas de
contratação tanto nos mercados públicos como nos privados. Por um lado, esta entidade lida
directamente com as entidades adjudicantes públicas, situação em que tem utilizado as
plataformas electrónicas de contratação pública, e por outro, face à necessidade de subcontratar
empresas de construção (subempreiteiros) e fornecedores, recorre algumas vezes à utilização de
uma plataforma electrónica para os mercados privados (ver Figura 2), neste caso concreto a
plataforma eConstroi.
Entidades Públicas
Concurso
Colocação de proposta
Empreiteiro Geral
Consulta
Fornecedores Subempreiteiros
Esta sua experiência proporciona uma sensibilidade alargada no que diz respeito às mudanças
geradas pela introdução destes sistemas electrónicos e pela desmaterialização dos processos,
reflectindo os dois lados da cadeia de produção, um deles representando a entidade pública
contratante e o outro representando as empresas de construção mais pequenas que são
usualmente contratadas por si, materializando respectivamente o mercado público e o mercado
privado.
I. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
1.Tipo de Instituição:
Administração Central
Administração Local
Serviço Público
Instituição Privada
X
Empresa Pública
Outra Qual?
2. Área de intervenção
Saúde
Obras Públicas
X
Educação
Justiça
Ambiente
Defesa
Outra Qual?
Instituição Adjudicante
Instituição Fornecedora
X
Reguladora
Enabler
Plataforma
Outras
1 a 10
11 a 20
21 a200
X
+ 200
1a3
4a7
x
8 a 10
+ de 10
II QUESTÕES ESPECÍFICAS
Quais as medidas adoptadas pela sua Instituição para o conhecimento do novo quadro
legal?
2.Qual o valor total da despesa com a formação realizada com este objectivo?
2.500 Euros
Nunca
Parcialmente
1vez
2a
Já utilizou alguma vez o novo processo de Contratação Pública 5vezes
Electrónica? Sim, num processo 6 a 10
completo. vezes
Mais
de 10
vezes
4. Tipos de concursos
Contratação Quantas vezes? 1-10 11-20 21-30 31-40 41-50 51- 60 61-70 +70
Bens
Serviços
Empreitadas X
Locação
Qual a % de concursos que foram concluídos com a contratação e a adjudicação nos processos
em que participou? 5% seria já um número bom
-50%
50% a 75%
75% a 100%
3.500.000 Euros.
- de 10
11 a 50
51 a 100
+ de 100
9. Impactos tecnológicos
9.1Tenciona adquirir novos sistemas tecnológicos para poder funcionar de acordo com o
novo sistema de CPE?
9.3 Qual o valor do investimento com a renovação tecnológica que planeia fazer?
- de 2000E
2001 a 5000E
5001 a 10.000E
+10.000E
9.4 Os novos meios tecnológicos induzem uma alteração dos seus actuais processos de
funcionamento ?
Sim Não
Em que aspectos? Em que aspectos?
Simplificação (menor número de etapas) Simplificação (menor número de etapas)
Menos burocracia (menos documentos Menos burocracia (menos documentos
comprovativos, menos papelada, etc) comprovativos, menos papelada, etc)
Melhor informação (Condições dos concursos, Melhor informação (Condições dos concursos,
critérios de selecção, propostas dos critérios de selecção, propostas dos
concorrentes, etc) concorrentes, etc)
Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das
diferentes etapas, etc.) diferentes etapas, etc.)
Redução de custos Redução dos custos
Maior justiça e clareza dos processos e Maior justiça e clareza dos processos e
decisões decisões
Maior eficiência Maior eficiência
Ainda se está para ver. O Eng Carlos Inácio pensa que houve alguma precipitação ao querer
avançar de imediato para um sistema totalmente electrónico com o desconhecimento do país
real em que dominam as pequenas empresas que não têm capacidade para se adaptar ao novo
sistema. E vê o novo Código como uma obra produzida por advogados, uma peça jurídica
complexa e de difícil compreensão, que para ser aplicada exige a obtenção de pareceres
jurídicos só acessíveis às grandes empresas, dado o seu custo. As pequenas empresas serão as
que mais terão a perder.
9.5 Qual o ganho em termos de custos do novo sistema em relação ao processo baseado em
papel?
E-Pagamentos
9.6 Os novos meios tecnológicos induzem a uma alteração dos recursos humanos
Sim Não
Em que aspectos?:
Redução do número actual
Aumento do número actual
Requalificação dos actuais RHs
Alterações de funções
Alteração das categorias profissionais
Mais formação
A visão alargada da entidade entrevistada permite-lhe afirmar que entre as entidades com quem
interage, os empreiteiros gerais (entidade que representa) são as entidades que estão a sentir
menores dificuldades para acompanhar a desmaterialização dos contratos públicos, tendo em
consideração que possuem a tecnologia e os recursos necessários, bastando algum investimento
em formação para que a mudança seja absorvida. Por outro lado, refere que as entidades
públicas têm sentido dificuldade em transitar para o modo electrónico, afirmando que continua a
responder a muitos concursos com propostas em papel e os ofícios de consulta que tem recebido
são sempre enviados por correio. O Eng. Carlos Inácio é também peremptório a referir que as
pequenas empresas fornecedoras e os subempreiteiros têm enormes dificuldades para aderir à
desmaterialização, tendo a sua empresa que actuar muitas vezes como suporte à integração
destas empresas. Em inúmeras situações a OMEP tem que imprimir os elementos digitais que
lhe são enviados através da plataforma electrónica de contratação pública para enviar para às
empresas que subcontrata pois estas não possuem os meios necessários para a sua consulta,
situação que gera custos acrescidos ao empreiteiro geral.
Por outro lado, a experiência deste empreiteiro geral com a plataforma eConstroi (mercados
privados) demonstra que a desmaterialização traz benefícios evidentes a partir do momento em
que a cadeia de produção consegue trabalhar numa lógica integrada desmaterializada, pois tem
verificado que com a ajuda desta plataforma electrónica para os mercados privados tem
conseguido aumentar o número de propostas que recebe no mercado privado, com ganhos ao
nível da simplificação dos processo e dos preços conseguidos.
Assim, a integração da cadeia em torno da desmaterialização trará, segundo o Eng. Carlos
Inácio, vantagens, desde que se ultrapassem as dificuldades sentidas pois existe actualmente
uma assimetria prejudicial causada pelas pequenas empresas sem meios tecnológicos e as
entidades públicas mal organizadas sem recursos especializados ou devidamente formados.
Contudo, apesar das dificuldades sentidas, a perspectiva global sobre a desmaterialização é
bastante positiva, permitindo algumas poupanças e, principalmente, contribuindo para a maior
transparência e clareza dos processos.
Na verdade, imaginar a existência de um sistema de informação de partilha de resultados dos
contratos, como se prevê que venha a acontecer, faz prever um caminho rumo à exigência, à
qualidade e à responsabilização, que representam para a OMEP valores indispensáveis para a
melhoria do sector da construção.
Ao longo da entrevista foram ainda abordadas algumas questões relacionadas com o código dos
contratos públicos que são de referir:
- a limitação verificada ao nível dos ajustes directos que, segundo o Eng. Carlos Inácio, apenas
irá dificultar as pequenas empresas que vivem apenas de dois ou três clientes e que agora
estarão em situações de grande dificuldade;
- o facto de o código ter sido criado por sociedades de advogados e, por isso, estar pouco
orientado para o cidadão, o que favorece quem tem maior capacidade jurídica, ou seja, os
grandes empreiteiros (que têm capacidade de contratar até as sociedades envolvidas na feitura
do código);
- a problemática dos erros e omissões que deverá também causar maiores dificuldades às
pequenas empresas com pouca capacidade de análise de projecto e poderá levantar algumas
dificuldades ao nível da gestão de responsabilidades.
4.5.5
CASO DE ESTUDO
DA MOTA-ENGIL ENGENHARIA
A vossa instituição foi escolhida para participar na realização desta primeira fase do estudo sobre os
impactos tecnológicos induzidos pelo novo Sistema de Contratação Pública.
A vossa colaboração nas respostas às questões colocadas será de um grande valor para esse estudo,
agradecendo-se por isso toda a disponibilidade e atenção dedicada à sua elucidação.
Os dados obtidos terão um carácter reservado e serão utilizados apenas na elaboração deste estudo.
INFORMAÇÕES GERAIS
A grande dimensão da Mota-Engil Engenharia (cerca de 7000 pessoas, das quais 2500 em
território nacional) obriga a que existam dois departamentos distintos dedicados à relação da
Mota-Engil Engenharia com o mercado. O departamento comercial, que prepara as propostas a
submeter aos concursos de obras públicas (dos quais ganha 10 a 20 %) e o de compras, que faz
consultas ao mercado no âmbito das obras em curso ou das propostas em preparação pela área
comercial (subempreiteiros e fornecedores).
É interessante referir que dos 5 mil milhões de euros em consultas a Mota-Engil Engenharia
apenas compra mil milhões, utilizando em algumas das situações a plataforma para os mercados
privados, eConstroi.
I. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
1.Tipo de Instituição:
Administração Central
Administração Local
Serviço Público
Instituição Privada X
Empresa Pública
Outra Qual?
2. Área de intervenção
Saúde
Obras Públicas X
Educação
Justiça
Ambiente
Defesa
Outra Qual?
Instituição Adjudicante
Instituição Fornecedora X
Reguladora
Enabler
Plataforma
Outras
1 a 10
11 a 20
21 a200
+ 200 X
1a3
4a7
8 a 10
+ de 10 X
Cerca de 70 na área comercial e 15 na de Aprovisionamentos. Trabalham com 7000
fornecedores com 5 milhões de proposta mas só compram 1milhão.
II QUESTÕES ESPECÍFICAS
Quais as medidas adoptadas pela sua Instituição para o conhecimento do novo quadro
legal?
70
Número de pessoas que fizeram formação com este objectivo
a75
16
Número de horas de formação a
20
Apesar de estar completamente preparada para assumir a desmaterialização sem qualquer custo
tecnológico, o Eng. Pedro Bagulho assume que, no caso da formação, o investimento foi
indispensável para preparar os recursos humanos para a mudança. A estratégia seguida no
âmbito da formação baseou-se inicialmente em formação externa de alguns recursos que,
posteriormente, formaram os restantes recursos internos.
2.Qual o valor total da despesa com a formação realizada com este objectivo?
Nunca
Parcialmente
1vez
2a
Já utilizou alguma vez o novo processo de Contratação Pública 5vezes
Electrónica? Sim, num processo 6 a 10
completo. vezes
Mais
de 10
vezes
Sempre parcialmente porque nunca correu bem por dificuldades de funcionamento da Plataforma.
Não têm assim uma visão de como tudo decorrerá até ao fim.
4. Tipos de concursos
Contratação Quantas vezes? 1-10 11-20 21-30 31-40 41-50 51- 60 61-70 +70
Bens
Serviços
Empreitadas X X
Locação
Qual a % de concursos que foram concluídos com a contratação e a adjudicação nos processos
em que participou?
-50%
50% a 75%
75% a 100%
----------------------0---------------- E
- de 10
11 a 50
51 a 100
+ de 100
200 contratos
8.Utilização das Plataformas
9. Impactos tecnológicos
9.1Tenciona adquirir novos sistemas tecnológicos para poder funcionar de acordo com o
novo sistema de CPE?
9.3 Qual o valor do investimento com a renovação tecnológica que planeia fazer?
- de 2000E
2001 a 5000E
5001 a 10.000E
+10.000E
9.4 Os novos meios tecnológicos induzem uma alteração dos seus actuais processos de
funcionamento ?
Sim Não
Em que aspectos? Em que aspectos?
Simplificação (menor número de etapas) Simplificação (menor número de etapas)
Menos burocracia (menos documentos Menos burocracia (menos documentos
comprovativos, menos papelada, etc) comprovativos, menos papelada, etc)
Melhor informação (Condições dos concursos, Melhor informação (Condições dos concursos,
critérios de selecção, propostas dos critérios de selecção, propostas dos
concorrentes, etc) concorrentes, etc)
Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das
diferentes etapas, etc.) diferentes etapas, etc.)
Redução de custos Redução dos custos
Maior justiça e clareza dos processos e Maior justiça e clareza dos processos e
decisões decisões
Maior eficiência Maior eficiência
9.5 Qual o ganho em termos de custos do novo sistema em relação ao processo baseado
em papel?
Ao nível dos processos, o Eng. Pedro Bagulho referiu que a preparação da proposta
sofreu alterações relevantes, tendo-se adequado ao funcionamento da plataforma, à
desmaterialização dos processos e às diversas alterações introduzidas pelo CCP, sendo
de realçar que a poupança em papel tornou-se bastante significativa.
9.6 Os novos meios tecnológicos induzem a uma alteração dos recursos humanos
Sim Não
Em que aspectos?:
Redução do número actual
Ao longo da entrevista foram analisadas também algumas questões genéricas do CCP que não
têm directamente a ver com impacto tecnológico mas que se apresentam seguidamente.
Como pontos positivos do novo CCP, o Eng. Pedro Bagulho identificou a figura do diálogo
concorrencial que, segundo ele, representa um contributo importante para a formação de
contratos de empreendimentos mais complexos.
Também a inclusão das concessões e PPP’s neste CCP representa uma vantagem enorme para a
contratação deste tipo de serviços, lembrando que “antes deste código tinha que ser publicada
uma portaria específica sempre que se lançava um concurso deste tipo”.
Relativamente aos pontos negativos, a Mota-Engil Engenharia identifica a alínea j do art.55º
como a situação mais penalizadora para a empresa. A este respeito o Eng. Pedro Bagulho deu o
exemplo da empresa de geotecnia do Grupo Mota-Engil que faz sondagens para inúmeras obras
públicas e que agora inibe a Mota-Engil Engenharia de participar nessas mesmas obras.
A outra grande crítica vai para a forma como o CCP resolve o problema dos erros e omissões
que, no caso da Mota-Engil Engenharia, poderá não ter consequências muito negativas mas no
caso das pequenas e médias empresas poderá colocar em risco o funcionamento das próprias
empresas (pois não têm competências internas para rever os projectos e encontrar os erros e
omissões).
A este respeito o Eng. Pedro Bagulho deu um exemplo de um projecto recente, de cerca de 75M
euros, em que os projectistas tiveram um ano para fazer o projecto mas os empreiteiros tiveram
apenas dois meses e meio para o rever, o que é bastante desequilibrado.
Por outro lado, o Eng.Pedro Bagulho salienta que quem é pago para fazer o projecto
(projectistas) só assume a responsabilidade até 3 vezes os honorários que lhe foram atribuídos e
isto só depois de 14 empresas (nº médio de concorrentes de um concurso público) o ter
analisado e revisto a custo zero (por outro lado, se os diversos empreiteiros se juntarem e
escolherem apenas um gabinete para lhes fazer a revisão do projecto estão proceder ilegalmente
pois é considerado acto de concertação).
Neste enquadramento, o Eng. Pedro Bagulho considera que os projectistas foram protegidos
pela classe política, na medida em que só assumem parte da responsabilidade pelo projecto que
elaboram. No entanto, reconhece que o simples envolvimento dos projectistas no novo CCP foi
um passo positivo rumo à maior qualidade dos projectos.
A lógica de responsabilização criada pelo CCP, segundo o Eng. Pedro Bagulho, vai colocar à
prova a competência das organizações:
Não quer
Pretende que empreiteiro Tribunal assumir erros
resolva problemas de contas
Projectistas
Dono de
Obra
Representante do
Dono de obra
4.5.6
CASO DE ESTUDO
DA RADIO TELEVISÃO PORTUGUESA
A vossa instituição foi escolhida para participar na realização desta primeira fase do estudo sobre os
impactos tecnológicos induzidos pelo novo Sistema de Contratação Pública.
A vossa colaboração nas respostas às questões colocadas será de um grande valor para esse estudo,
agradecendo-se por isso toda a disponibilidade e atenção dedicada à sua elucidação.
Os dados obtidos terão um carácter reservado e serão utilizados apenas na elaboração deste estudo.
INFORMAÇÕES GERAIS
I. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
1.Tipo de Instituição:
Administração Central
Administração Local
Serviço Público
Instituição Privada X SA Capital do Estado
S Empresa Pública
Outra Qual?
2. Área de intervenção
Saúde
Obras Públicas
Educação
Justiça
Ambiente
Defesa
Outra Qual?
Media
Instituição Adjudicante X
Instituição Fornecedora
Reguladora
Enabler
Plataforma
Outras
1 a 10
11 a 20
21 a200
+ 200
2300/2500
1a3
4a7 X
8 a 10
+ de 10
funções. O Eng. Pedro Reis admite vir a reforçar a equipa para responder às
necessidades impostas pelo CCP.
II QUESTÕES ESPECÍFICAS
Quais as medidas adoptadas pela sua Instituição para o conhecimento do novo quadro
legal?
Ainda não fizeram formação. Não houve qualquer investimento em formação. Estão ainda
a ser preparados planos de formação. De momento, a Direcção de Compras recorre com
regularidade aos serviços juridcos da RTP.
2.Qual o valor total da despesa com a formação realizada com este objectivo?
--------------------------------0-------------------E
Nunca
Parcialmente
1vez
2a
Já utilizou alguma vez o novo processo de Contratação Pública 5vezes
Electrónica? Sim, num processo 6 a 10
completo. vezes
Mais
de 10
vezes
4. Tipos de concursos
Contratação Quantas vezes? 1-10 11-20 21-30 31-40 41-50 51- 60 61-70 +70
Bens X
Serviços X
Empreitadas X
Locação
-50%
50% a 75%
75% a 100%
Nos três meses de utilização foram lançados cerca de 20 procedimentos com um valor
total de aproximadamente 100 000Euros.
- de 10
11 a 50
51 a 100
+ de 100X
9. Impactos tecnológicos
9.1Tenciona adquirir novos sistemas tecnológicos para poder funcionar de acordo com o
novo sistema de CPE?
9.3 Qual o valor do investimento com a renovação tecnológica que planeia fazer?
- de 2000E
2001 a 5000E
5001 a 10.000E
+10.000E
9.4 Os novos meios tecnológicos induzem uma alteração dos seus actuais processos de
funcionamento ?
Sim Não
Em que aspectos? Em que aspectos?
Simplificação (menor número de etapas)X Simplificação (menor número de etapas)
Menos burocracia (menos documentos Menos burocracia (menos documentos
comprovativos, menos papelada, etc)X comprovativos, menos papelada, etc)
Melhor informação (Condições dos concursos, Melhor informação (Condições dos concursos,
critérios de selecção, propostas dos critérios de selecção, propostas dos
concorrentes, etc) concorrentes, etc)
Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das
diferentes etapas, etc.)X diferentes etapas, etc.)
Redução de custos Redução dos custos
Maior justiça e clareza dos processos e Maior justiça e clareza dos processos e
decisõesX decisões
Maior eficiência Maior eficiência
9.5 Qual o ganho em termos de custos do novo sistema em relação ao processo baseado
em papel?
O Eng. Pedro Reis referiu que o novo sistema não tem gerado ganhos em termos de custos
porquanto os grandes fornecedores internacionais não estão interessados por um mercado tão
pequeno como o português e consequentemente em sujeitar-se às normas concursais que o novo
Código impõe. Assim, utilizam quase todas um representante em Portugal que por vezes
representa mais de um desses grupos ficando assim seriamente afectada a desejável
concorrência.
Ainda a existe a questão do custo com a impressão das propostas que passou dos fornecedores
para a RTP.
9.6 Os novos meios tecnológicos induzem a uma alteração dos recursos humanos
Sim Não
Em que aspectos?:
Redução do número actual
Aumento do número actual X
Requalificação dos actuais RHs
Alterações de funções
Alteração das categorias profissionais
Mais formação
Admite a necessidade de ter de contratar mais alguns especialistas que os ajudem a implementar
e a funcionar de acordo com o novo Código.
5.1. INTRODUÇÃO
A realização deste inquérito enquadrou-se, pois, nesse programa de estudo mais vasto;
que compreendeu, primeiramente, a realização de um conjunto de entrevistas a algumas
entidades representativas dos diferentes intervenientes nos contratos de aquisições
públicas, tendo por objectivo proceder a uma primeira avaliação, rápida e exploratória,
dos problemas e ganhos decorrentes da opção, por um sistema de Contratação de
Aquisições Públicas totalmente electrónico, feita pelo nosso país.
Conforme acordado entre o INCI e o OPET, esta segunda etapa, que se desenrolou em
Setembro, conforme calendário fixado no contrato, destinou-se a recolher informação
mais detalhada junto dos principais intervenientes nos Contratos de Aquisições
Públicas: agora numa base mais ampla do que a primeira, que abrangeu 1227 entidades
adjudicantes e 200 adjudicatárias convidadas a participar nesta fase.
Apesar do momento escolhido coincidir com férias ou com o regresso delas, não
deixou o nível das respostas de mostrar uma participação elevada que mostra a posição
central que ocupa esta mudança na agenda das instituições adjudicantes e adjudicatárias.
Contratação Pública estão sentindo com a adopção do novo sistema de CPE e com a
aplicação do CCP.
Este conjunto de questões foi depois completado com mais 6 perguntas relativas aos
acordos quadro promovidos pela ANCP, por se haver constatado em muitas respostas
das entidades adjudicantes a alusão a grandes dificuldades nesta matéria. (As seis
perguntas adicionadas constam do Anexo III)
É de salientar, desde logo, a adesão por parte das entidades convidadas a participar
nesta fase do estudo, maior nas entidades adjudicantes do que nas adjudicatárias,
podendo porém considerar ambas bastante satisfatória, tendo em conta a habitual
desconfiança e recusa a responder a inquéritos por parte das organizações que,
normalmente, os consideram pouco úteis.
O nível de adesão demonstrado, traduz, a nosso ver, o interesse e preocupação com que
esta mudança está sendo vivida nas organizações adjudicantes e nas adjudicatárias.
Nestas últimas, contudo, como dissemos, o nível de adesão foi substancialmente mais
baixo do que nas primeiras. Diferença que pode dever-se ao facto de muitos potenciais
fornecedores serem pequenas e médias empresas com grandes dificuldades para
perceber e se integrar no novo sistema de contratação pública, estando ainda longe de
estar preparadas para tal começando agora a dar os primeiros paços nesse sentido.
diferentes autores que têm estudado a questão da adesão à CPE (Mihnam, 2005, Vaidya,
2009)
No caso presente, também se julga que contribui para a sua elevada adesão e rapidez na
resposta foi a utilização da metodologia adoptada, de inquérito on-line, (com o uso da
ferramenta SURVS.COM) que simplificou muito o envio, resposta, recepção das respostas
e análise estatística simples.
Metodologia que contemplou, na fase de resposta ao inquérito, o seu acompanhamento
por um elemento da equipa do OPET, destacado para responder a dúvidas, sempre que
solicitado.
• Fornecedores
Utilizou-se a base de dados amavelmente cedida pelo InCI das entidades com as
quais as adjudicantes realizaram contratos disponibilizados no portal dos contratos
públicos. A partir dessa lista, colheu-se uma amostra aleatória de 200 empresas.
Obtiveram-se 40 respostas válidas.
A generalidade das perguntas tem uma natureza binária pelo que importa calcular o
significado estatístico das respostas obtidas,
Pata tal considera-se a distribuição binomial (X=1 Sim, X=0 Não) assumindo o
parâmetro probabilístico p (para Sim) e q=1-p (para Não) e obtém-se para a distribuição
da variável resposta (X=1 ou X=0):
=
= . 1 − +
. 0 − = .
Pelo que a variância do estimador da média (fracção de inquiridos que optem por sim)
virá:
.
=
√
.
± .
√
0.5
∆= ± . 1.2 = ±0.09
√
5.2.1.1. Objectivos
Estas actividades de survey são hoje consideradas muito importantes para o êxito
das mudanças organizacionais, pois permitem ter em conta os problemas
decorrentes dessas mudanças, introduzir correcções e ajustar as medidas inovadoras
à realidade e especificidade das organizações, tornando-as mais operantes e
eficientes.
Por isto, tais actividades estão sendo desenvolvidas frequentemente nos países mais
avançados, nomeadamente no caso da Contratação Pública Electrónica em que esta
prática tem sido usada em muitos países da EU e fora dela. (CEC, 2004)
Desejou-se, assim, utilizar uma ferramenta muito ágil e eficaz na sua capacidade de
colher a informação desejada, consentânea com a mentalidade e disponibilidade de
quem está no terreno das operações numa organização, com tempo limitado para se
ocupar de muitas e diferentes solicitações.
Começamos, porém, por ver quem foram as entidades que nos responderam.
E outro mais pormenorizado, definido pela equipa responsável deste Estudo, destinado
a reconhecer tipos de entidades e sectores que responderam (que nos é apresentado no
Gráfico 2).
Vemos então, em seguida, as entidades que nos responderam tendo em conta essa
abordagem mais agregada.
Tabela 1 - Entidades que responderam ao inquérito
TIPO n %
Administração autárquica 43 25%
Administração directa 44 26%
Administração indirecta e autonómica 73 43%
Sector empresarial público 10 6%
Poder judicial 1 1%
Total 171 100%
Como se pode observar o maior número de entidades que nos responderam pertencem à
Administração Indirecta e Autonómica (43%). Seguindo-se as entidades da
Administração Directa (26%) e as Autárquicas (25%). E finalmente as do Sector
Empresarial Público (6%) e do Poder Judicial (1%).
Administração Local 43
32
Ensino Superior 31
16
Direcções Gerais 12
10
Direcções Regionais 10
6
Segurança 6
4
Poder Judicial 1
0 10 20 30 40 50
Direcções Regionais;
6%
Direcções Gerais; 7%
Ministérios/SG; 9%
IP; 19%
Outro; 5% NS/NR; 1%
Coord. / Ass.
Técnico; 6%
Dirigente
superior; 11%
Dirigente
intermédio;
53%
Técnico
Superior; 23%
NS/NR; 2%
Sim; 31%
Não; 67%
De acordo com as respostas obtidas, vemos que, apesar de ainda não ser
obrigatório, à data, observar o novo sistema de CPE previsto pelo novo CCP, um
número significativo de organizações respondentes, (31%), já estavam funcionando
desse modo.
Sendo também muito significativo o número das que referiram ainda não estar a
fazê-lo (67%). Este número é, por certo, consequência, uma vez mais, da magnitude
da mudança que se tem pela frente fruto da opção que o nosso país fez de um
sistema de aquisições públicas totalmente electrónico, que envolve sistemas
organizacionais, tecnológicos e humanos numerosos, complexos, e diferentemente
preparados para implementar esta mudança.
Por sua vez, o maior número de entidades que disse não ter ainda começado a
implementar o novo sistema pertence ao grupo da Administração Indirecta e
Autonómica (79%) e da Administração Directa (68%).
Estes resultados permitem concluir que a administração autárquica é uma das que
tem compreendido e aderido melhor a este novo sistema.
Conhecer as razões por que a CPE e o CCP ainda não estão em funcionamento foi o
objectivo seguinte. E as razões existentes foram objecto de apuramento através da
pergunta nº9. Esta foi formulada de forma aberta, permitindo às entidades referir
livremente as causas de ainda não estarem a usá-los, as quais são apresentadas
primeiro de forma agregada, no Gráfico 4.
Implementação em curso 36
Procedimento de aquisição em curso 25
Falta de RH habilitados 1
Outro 31
NA 10
NS/NR 11
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Tabela 3 - Razões para não ter iniciado a CPE relacionadas com as Plataformas
Como se pode ver, entre as causas referidas por um maior número de entidades
encontram-se: estarem ainda em fase de aquisição da plataforma (31 casos) e em
fase de implementação da mesma (22 casos).
É sabido que a constituição ou cabal funcionamento das Plataformas Electrónicas,
entre nós, não foi um processo fácil e rápido pelo que não é de estranhar que tal se
tenha reflectido na sua selecção.
Por outro lado, também a novidade e complexidade inerente aos novos sistemas de
compras electrónicos e o novo Código, como documento extenso e de difícil
compreensão, se reflectem no alongamento da fase de implementação do novo
sistema de CPE. Esta razão foi muito referenciada.
Algumas outras razões foram ainda apresentadas pelas entidades, mas em menor
número de casos. Estas foram integradas na Tabela 4, que se inclui seguidamente.
No seu conjunto, as respostas obtidas valem sobretudo por nos permitir entender
razões importantes que têm dificultado a implementação do novo sistema de CPE e
do CCP.
O facto de muitas entidades ainda não se encontrarem a usar a CPE e o novo CCP
reflectiu-se nos resultados das respostas às questões seguintes, em que se procurava
apurar que plataformas estão a ser utilizadas (Questão nº10) e quais os impactos da
CPE e do CCP (Questões 12, 13, 14, 15,16, 17).
Como seria natural, o número dos que não sabem/ não respondem a estas questões
é muito semelhante ao dos que ainda não estão a usá-los.
Compraspubli
Vortalhealth cas /
2% Vortalgov
Anogov
2% 2%
Acingov
3%
Bizgov
9%
Compras
Públicas
18% Vortalgov
64%
Deve-se,
se, pois, ter em conta que se trata duma avaliação reportada a um período de
funcionamento muito curto e a uma fase de implementação em que os ganhos não se
farão sentir tão claramente.
Quanto à forma como as entidades que já estão utilizando a CPE e o CCP avaliaram
os impactos, as respostas obtidas foram as seguintes:
Algumas instituições referiram o custo das plataformas como um novo custo a suportar
de alguma importância.
Um dos respondentes refere mesmo que o custo do novo sistema é superior ao sistema
anterior em papel.
O número dos que consideram que os novos sistemas contribuem para a sua redução foi
de 33%.
É preciso ver que a fase inicial pode implicar, de facto, um acréscimo de custos em
equipamentos, tecnologias, formação, etc. Os quais diminuirão ou desaparecerão depois.
E que as respostas que se obtiveram podem estar influenciadas por este custo maior
inicial.
Como também se deve considerar que algumas entidades não terão ainda sistemas de
avaliação dos impactos que lhes permitam ter uma ideia mais precisa sobre a redução
dos custos que o novo sistema irá gerar. Este sistema de monitorização de impactos
deve ser criado pelas entidades para uma gestão mais eficiente dos seus sistemas de
compras públicas.
É sabido que nesta fase inicial tem havido problemas inerentes à compreensão do novo
Código, que muitas entidades pensam ter uma linguagem excesssivamente jurídica.
E outros inerentes ao uso dos novos meios electrónicos (acesso às plataformas,
assinaturas digitais, etc.), os quais têm levado tempo a resolver e tido por vezes impacto
negativo no tempo dos processos de aquisição. Quando o sistema estiver a funcionar
regularmente o tempo agora dispendido poderá (deverá) diminuir.
A formação, reconhecida como uma necessidade por grande número de entidades, e a
experiência irão também, por certo, contribuir para a celeridade dos processos.
Diminuição
3%
Aumento
35%
Sem alteração
62%
Diminuição
3%
Aumento
35%
Sem alteração
62%
No que refere a impacto sobre favorecimento de uma mais livre e justa concorrência, as
respostas mostram que num número elevado de entidades, (62%), existe a ideia de que
não há uma melhoria com o novo sistema de CPE. Contra 35% de entidades que
reconhecem que o novo sistema tem um impacto positivo nesta matéria. Em 3% de
respostas pensa-se que o impacto é mesmo negativo, porque as pequenas organizações
adjudicatárias têm dificuldade em engrenar no sistema.
Aumento
26%
Diminuição
51%
Sem
alteração
23%
Diminuição
8%
Aumento
29%
Sem
alteração
63%
Finalmente quanto à melhoria do valor das propostas - que a ocorrer, permitiria obter o
objectivo de melhores compras públicas, que foi uma das razões de ser da mudança em
curso - 63% das entidades manifestam não haver alteração, contra 29% que pensa o
contrário e 9% que pensa que esse valor é inferior.
Os impactos positivos são já, no entanto, reconhecidos por um grupo mais ao menos
constante de instituições (entre 30 a 35%) para os aspectos relativos a custos,
favorecimento da concorrência, transparência de processos, valor das propostas.
E por um grupo maior (50%) o seu impacto positivo sobre a diminuição do tempo e da
burocracia.
Estes resultados são positivos e não são muito diferentes dos que ocorreram noutros
países mais avançados neste processo. As instituições públicas desses países, têm
encontrado dificuldades para compreender o valor e implementar um sistema de
compras públicas electrónico, onde os esforços de implementação desse sistema
resultaram em insucessos parciais e em certos casos no seu abandono total.
Não é assim de admirar que a fase de implementação, acontecendo no nosso país possa
também encontrar dificuldades.
Não
15%
Sim, com
formadores
internos
9%
Sim, com
formadores
externos
76%
Como se pode concluir, em 85% das respostas refere-se que as entidades têm
promovido formação sobre o novo sistema, recorrendo a formação externa em 76%
destas, e a formação interna no caso de 9%. Apenas 15% de organizações declararam
não ter promovido formação sobre a CCP e ou CPE.
Uma análise de pormenor permite compreender quem fez e quem não fez formação e,
tendo-a feito, que meios de formação utilizou. Essa imagem é-nos fornecida pela Tabela
5, que se apresenta em seguinte.
Tabela 5 - Recursos de Formação Utilizados
NSNR 0 0% 100%
Total 171
Em todas as entidades a formação externa foi o meio mais utilizado para realizar a
formação efectuada.
Não
22%
Sim
78%
Ora a formação é considerada como um factor crítico de sucesso da CPE nos surveys
realizados noutros países, como por exemplo Estados Unidos, Inglaterera e Austrália.
Nestes países, tem-se considerado, como importantes aspectos da apredizagem a fazer
nas organizações, os seguintes:
Julga-se importante que estes aspectos sejam também contemplados pela formação a
levar a cabo no nosso país.
Sim
26%
Não
74%
Segundo opinião das entidades respondentes, em 74% dos casos o novo sistema não
acarreta necessidade de proceder a mudanças estruturais, sendo estas sentidas como
necessárias na opinião de 26% de outras.
A percepção quanto a mudanças orgânicas, existentes de momento nas entidades
respondentes, é que pouco impacto terá na organização dos serviços a adopção do novo
sistema de CPE e CCP. Não estando assim dispertas para as vantagens que poderão ter
em reestruturar, racionalizar e obter uma eficiência acrescida se o fizerem.
Faz-se notar que a esta pergunta responderam todas as entidades cujas respostas foram
consideradas válidas e não apenas as que já estão funcionando dentro do novo sistema.
Os resultados foram os seguintes.
Não 117
Sim 9
NS/NR 45
Verifica-se que poucas são as entidades que pensam ser necessário contrar técnicos de
CPE : apenas 9. Poderá tal significar que a maioria das entidades pensa que os
profissionais que nelas se ocupavam das aquisições públicas são suficientes para
continuar a desenvolver esta função no novo sistema, bastando dar-lhes mais formação.
A grande maioria, (117), pensa, assim, que não precisa de fazer novas contratações e
um número significativo doutras, (45), ainda não sabe se necessitará fazê-lo.
Por outro lado, fica-nos a dúvida quanto ao conhecimento das entidades públicas sobre
o perfil de Técnico de CPE, função recente, cujo papel e descrição de competências
poderão não estar suficientemente clarificados.
Sim
37%
Não
63%
.Uma análise mais detalhada destas respostas permite ver quais as entidades que terão
mais necessidade de fazer investimento tecnológico.
As entidades que pensam necessário fazer investimento em tecnologia têm, porém, por
enquanto dificuldade em calcular o valor de tal investimento (Respostas à Questão 24).
Já conseguem, porém, exprimir com mais clareza as finalidades do investimento a fazer
(Respostas à Questão 25, analisadas através da técnica de Análise de Conteúdo, cujos
resultados se apresentam seguidamente.)
Tipo de Investimento com a renovação do parque tecnológico das entidades Nº de vezes referido
Aquisição de Plataformas 17
Aquisição de Portal 1
Aquisição de computadores 10
Aquisição de CPUS 1
Digitalizador multifunções 1
Scanner e LCD 1
Aqusição de assinaturas digitais 1
Aplicações informáticas (software) 3
Leitores de cartões 1
Investimento não especificado 45
A Questão 26 foi construída para purar da forma mais completa e espontânea possível
as dificuldades sentidas pelas entidades adjudicantes com a adesão ao novo processo de
CPE e de CCP. Ela visou conhecer mais de perto as dificuldades reais que são sentidas
com a utilização do novo sistema.
Trata-se duma pergunta aberta, cujos resultados foram apurados através do método de
Análise de Conteúdo.
Os principais motivos de dificuldade apresentados pelas entidades públicas que já estão
utilizando o sistema novo de CPE são apresentados na Tabela 8, que se apresenta em
seguida.
O Código,
Os fornecedores,
As plataformas,
Os novos processos,
A formação,
A gestão dos recursos humanos.
Em relação à Formação, o aspecto mais citado foi a falta de formação dos profissionais
afectos aos processos.
Em relação à Gestão de Recursos Humanos,( menos referida nas razões alegadas) foi
citado por duas entidades a resistência à mudança.
Não deixa de ser interessante e muito significativo que só duas entidades tenham
referido a resistência à mudança dos profissionais intervenientes nos processos de
aquisições públicas como uma dificuldade sentidas.
Mudanças tão profundas como a que são induzidas entre nós pelo CCP terão que colher
um nível de resistência grande, como tem acontecido por todo o lado onde a CPE tem
sido introduzida.
Mas os de fenómenos de resistência à mudança não são fácilmente reconhecidos e
admitidos pelos que vivem os processos de mudança, o que por vezes dificulta mais a
sua erradicação. E justifica que sejam acompanhados de perto.
As entidades que mais responderam a este segundo lote de questões sobre as aquisições
públicas no âmbito de Acordos-Quadro foram as da Administração Local (25% Os
Institutos Públicos (18%), Os Ministérios/SG (13%) e Entidades do Ensino Superior
(12%). Veja-se Gráfico 17.
Gráfico 17 - Entidades que responderam às questões sobre Compras Públicas no âmbito dos Acordos-Quadro
Dir. Regional
Gov Civil 1% TC
Segurança
4% 1%
CCDR 2%
4% Adm Local
Insp Geral 25%
6%
Dir Geral
6%
EPE
8%
IP
18%
EnsSuperior
12%
Ministério / SG
13%
Não
35%
Sim
65%
Melhor ou
muito melhor
33% Pior ou muito
pior
40%
Indiferente
27%
5.2.2.11. 4 Acordos-Quadro
Quadro utilizados pelas entidades respondentes.
A Tabela 10 permite apresentar as causas que são invocadas para a sua pouca valia e a
intensidade com elas que foram referidas.
5.3.1.1 Objectivos
Procurou-se, desta forma, utilizar uma ferramenta muito agíl, mas eficaz na sua
capacidade de colher a informação desejada, adaptada à mentalidade pragmática dos
inquiridos e à sua disponibilidade limitada para nos responder.
É de salientar uma menor adesão por parte das entidades adjudicatárias a participar
nesta fase do estudo, sendo o número de respostas recebidas, que foram consideradas
válidas, 33, em 200 convites que foram feitos. (Considerou-se como válida a resposta
que apresentasse os campos obrigatórios preenchidos: nome da entidade, nome do autor
da resposta, email do autor da resposta).
NSNR
BENS 6%
13%
EOP
53%
SERVIÇOS
28%
Inquérito. Isto porque, como já se disse no caso das primeiras, consideramos este
aspecto do maior interesse porque permite inferir o nível de importância dado à
Contratação Pública Electrónica e à aplicação do CCP nas organizações, que nos é
indicado, em boa parte, pelo nível de quem nelas se ocupa destas questões e fala destas
para o exterior.
Dirigente Gestor de
10% nível
superior
Outro 27%
13%
Administrati
vo
13%
Gestor de Técnico
nível (especialista
intermédio )
14% 23%
Comparando este mesmo ponto com o que se passa nas entidades adjudicantes pode
ver-se o seguinte:
Tabela 12 - Comparação do nível funcional dos respondentes nas entidades adjudicantes e adjudicatárias
Nas entidades adjudicantes quem se pronunciou sobre a CPE e o CCP foram gestores
de nível superior e intermédio, em 64% de casos.
Nas adjudicatárias vemos que este assunto se posiciona num nível semelhante às das
primeiras em 51% das entidades.
Pode concluir-se, pois, que a CPE e o CCP se encontram por enquanto a ser
maioritariamente matérias do âmbito da gestão das organizações adjudicantes e
adjudicatárias e num menor número de casos do nível técnico(23%) e administrativo
(13%).
A Questão 11, sobre as dificuldades no uso das plataformas, admitia como alternativas
de resposta:
• problemas relativos à identificação e ao envio das candidaturas,
• dúvidas sobre a utilização das plataformas,
• outros.
O Gráfico 22 permite-nos concluir de que forma estes aspectos são apreciados pelos
respondentes.
Gráfico 22.- Dificuldades no uso das Plataformas
Outro
Identificação 11%
(registom Dúvidas sobre
assinatura utilização da
electrónica, plataforma e
certificado de respectivo
representaçã esclareciment
o, etc) o
17% 39%
Envio de
candidaturas
ou porpostas
33%
Conforme se pode observar, a maior causa de dificuldades está no uso das plataformas
e no respectivo esclarecimento por parte das mesmas dos processos de utilização,
referidos em 39% dos casos.
De facto, um dos problemas mais referido por grande número de entidades respeita ao
esclarecimento rápido das dificuldades do uso das plataformas enquanto meio
electrónico novo ao serviço da contratação. Em fase inicial, estas dificuldades são muito
numerosas no caso de entidades menos experientes e com poucos recursos humanos
habilitados a utilizar as modernas tecnologias de informação. E a capacidade de resposta
das plataformas nem sempre se tem revelado suficiente rápida para esclarecer as
dúvidas existentes. Este problema é muito referido pelas enyidades fornecedoras.
A clarificação das razões subjacentes a esta última alternativa foi obtida mediante
análise de conteúdo das respostas e pode ver-se na tabela seguinte.
Tabela 13 - Outras dificuldades sentidas pelas entidades adjudicatárias no uso das plataformas
Dificuldades Manifestadas
Dificuldades de compreensão do CCP
CCP bastante omisso no caso de aquisição de serviços nomeadamente de consultoria
Acesso aos portais
Falta de clareza dos procedimentos de inscrição nas plataformas
Dificuldade de acesso às plataformas
Falta de apoio das plataformas no esclarecimento dos processos
Dificuldade de relacionamento entre fornecedores, plataformas e clientes
Dificuldade de obtenção de assinaturas electrónicas
Estabelecimento de prazos: falata de clareza na sua contagem
Dificuldade quanto ao estabelecimento dos preços base por parte das entidades adjudicantes
Arbitrariedade nos critérios de avaliação das propostas
Verifica-se, como natural, dada a fase inicial em que este Inquérito foi lançado, ainda
muitas dificuldades para se passar a funcionar de acordo com o novo sistema de CPE.
No que toca ao CCP, a sua complexidade extensão e linguagem jurídica coloca grandes
problemas a quem tem que se adaptar a ele. Sobretudo, às entidades que têm menos
preparação e apoio júridico.
Apesar de ainda nos encontrarmos assim numa fase inicial da sua implementação, em
que os impactos gerados pela mudança não se encontram a ser objectiva e
quantitativamente avaliados na maior parte dos casos, por falta de sistemas de
monitorização a tal apropriados, as Questões 12 (sobre os custos), 13 (sobre na duração
dos procedimentos), 14 (oportunidade de fazer negócio) e 15 (transparência dos critérios
avaliação) destinaram-se a obter a opinião das entidades sobre os impactos do novo
sistema nos processos de aquisição.
Quanto à forma como as entidades que já estão utilizando a CPE e o CCP avaliaram os
impactos, as respostas obtidas foram as seguintes:
Igual
16%
Mais Menos
cara cara
26% 58%
Menor
26%
Igual
48%
Maior
26%
Já no que diz respeito à celeridade dos processos de aquisições apenas 26% dos
respondentes sentem que são menores, 48% iguais e 26% sentem que são maiores.
Ora este último aspecto - economia no tempo de efectuação das aquisições – pode estar
ainda a ser afectado pelos problemas sentidos na utilização do novo sistema, obrigando
a esclarecimentos e diligências numerosas que se traduzem em demoras que poderão vir
a desaparecer quando as novas regras estiveram rotinizadas.
Menor Maior
11% 5% 0%
Igual
84%
Já no que refere a uma maior clareza dos critérios de avaliação, o número dos que
sentem que há ganhos com o novo sistema é de 32%. O dos que consideram que não há
alteração quanto a este aspecto é de 63%.E, finalmente, o dos que sentem que é menor,
é de 5%.
Entidades Impactos
Custos Tempo Rapidez na adjudicação Clareza de processo
Melhor Pior Igual Melhor Pior Igual Melhor Pior Igual Melhor Pior Igual
Adjudicantes 33% 9% 58% 50% 31% 19% 35% 3% 62% 35% 3% 62%
Adjudicatárias 58% 26% 16% 26% 26% 48% 5% 11% 84% 32% 5% 63%
Tabela 14 – Comparação de impactos sentidos pelas entidas
enti adjudicantes e djudicatárias.
Como se pôde constatar dos dados anteriores, existe uma grande divergência de opinião
entre as entidades adjudicantes e adjudicatárias relativamento aos impactos da CPE e do
CCP, com excepção do que se refere à clareza dos processos, em que as opiniões são sã
práticamente semelhantes e expressivamente positivas.
Pode-se
se também verificar que as entidades avaliam de forma mais marcadamente
positiva os novos sistemas nos impactos no tempo ainda que o número dos que os avalia
negativamente seja ainda expressivo:
expressivo: 31% no caso das entidades adjudicatárias e 26%
na das adjudicantes. È também de assinalar a opinião das entidades adjudicatárias
relativamente aos custos sendo estes considerados maiores em 26% das suas respostas.
Nos restantes aspectos essa opinião negativa reduz-se muito, não ultrapassando os 11%
no caso das entidades adjudicatárias no que respeita à rapidez da adjudicação e 3% na
das adjudicatárias, e rondando os 5 e 3% nos restantes casos.
Sobre a relutância que na verdade se verifica ainda em muitos casos, por parte de
algmas organizaçoes em implementar sistemas de CPE, apesar dos seus benefícios,
Vaidya afirma a necessidade de surgiram mais estudos que se debrucem sobre os
factores que geram essa atitude (Vaidya, 2009). Tais estudos permitirão compreender
onde residem os principais factores que as fazem resistir à mudança.
Mas é de referir, contudo, que estes resultados não se afastam dos que geralmente
encontramos como reacção geral a processos de mudança muito profundos. Nos quais
se verifica uma tendência para, em 30 a 35% dos casos se aderir rápidamente aos
processos de mudança, em 50 a 60% para se avançar oferecendo alguma resistência
inicial, e em 10% para se lhe resiste persistentemente até ser arrastado por ela.
Sim
Não 47%
53%
Sim
47%
Não
53%
Sim
33%
Não
67%
Como se pode ver em 67% dos casos não se considera necessário fazer investimento
tecnológico, mas em 33% haverá essa necessidade.
Um processo de mudança como o que teve lugar com a entrada em vigor da CPE e do
novo CCP exige um esforço e investimento em formação muito grande. Saber o que se
passou e o que se poderá vir a passar neste campo é particularmente importante pelo que
se inquriu as entidades adjudicatárias sobre uma e outra realidade. Os gráficos nº 29 e
30 apresentam-nos a informação obtida.
Sim, com
formadores
internos
11%
Não
26%
Sim, com
formadores
externos
63%
Sim, com
formadores
internos
11%
Não
26%
Sim, com
formadores
externos
63%
Não
100%
Em relação aos seis casos apresentados, é possível referir algumas conclusões específicas.
Em primeiro lugar, o reconhecimento geral por parte das entidades entrevistadas do carácter
positivo da unificação num código único da numerosa legislação que regulava entre nós a
actividade de Aquisições Públicas. O novo Código é contudo sentido como um texto de difícil
compreensão, com uma linguagem excessivamente jurídica, elaborado em muitos aspectos com
o desconhecimento do que se passa em certos sectores da Contratação Pública. E, porque assim
é sentido, também se julga que as entidades mais pequenas, com menos meios, terão grandes
dificuldades em aplicá-lo e não terão, como as grandes, capacidade económica para contratar
juristas para as ajudar a aplicá-lo, o que poderá prejudicar a desejável concorrência.
Todavia o desafio da Contratação Electrónica é bem aceite por estas instituições que estão a
utilizá-la com os objectivos de racionalizar os processos de compra, de aumentar a celeridade, a
transparência e a competitividade e de reduzir os custos de transacção. Estas organizações não
têm tido de alterar as suas tecnologias, mas mostram-se frequentemente insatisfeitas com
limitações de serviço prestado pelas plataformas.
Também se manifestaram descontentes com alguma redução da competitividade resultante do
desinteresse de certos grupos internacionais em adoptarem procedimentos exigidos, para acesso
às plataformas ou com diversos Acordos Quadro celebrados pela ANCP nem sempre ajustados
às suas necessidades.
Note-se que, em geral, o investimento em formação sobre o novo Código e cobre a contratação
electrónica tem sido diminuto pelo que se julga poder depreender que as unidades responsáveis
pelos planos de formação têm estado menos atentas às exigências resultantes deste novo quadro
legal de contratação pública.
a) Para além das diferentes críticas referidas, um dos principais impactos, este claramente
com sentido positivo, está a ser a melhoria dos processos organizacionais e das
estruturas orgânicas responsáveis pelos processos de aquisições pública.
b) Na sua óptica, as organizações que terão, por ventura, mais dificuldades em vencer os
desafios da adopção da Contratação Electrónica serão as pequenas empresas, potenciais
fornecedoras do sector público, já que possuem meios tecnológicos e de qualificação
muito reduzidos.
• Valadares Tavares, L., ( 2008), A Gestão das Aquisições Públicas: Guia de Aplicação
do Código dos Contratos Públicos - Decreto-Lei 18/2008- Empreitadas, Bens e
Serviços, Edição OPET.
• Valadares Tavares, L., Coelho, J. S. e Graça, P., (2008), O Modelo e o Software SIAP
2008, para Avaliação das Propostas e Candidaturas Segundo o Código dos Contratos
Públicos (DL18/2008), Edição OPET.
• Valadares Tavares, L., Carmelo Rosa, M. M., Maia, P.G e Costa, A. A., (2009).
Relatório Preliminar do Estudo dos Impactos Tecnológicos da Contratação Pública
Electrónica, Bestsíntese
• European Commission (2003), The role of e-Government for European Future. COM
(2003) 567 final, 26.9.2003 available at http:europa.eu.int/.
• European Commission (2004), State of the Art, , Case Studies on European Electronic
Public Procurement Projects, Volume I and Volume II.
• European Commission, (1997), Agenda 2000, For a Stronger and Wider Union, Com
(97) 2000 final, Brussels, July 1997, vol 1.
• European Commission, (2004), Action Plan for the Implementation of the Legal
Framework for Electronic Public Procurement, December, Brussels, (CEC).
• World Bank ( 2003), Electronic Government Procurement (e-GP), World Bank draft
Strategy, The World Bank, Washington, DC.
• Cammish, R and Keoug, M., (1991), A Strategic Role for Purchasing. Mckinsey
Quartely (3), 22-50.
• Corsi, M., Gumina, A. and Ciriaci, D. (2006), How E-Government May Enhance Public
Procurement, International Public Procurement Conference Proceedings.
• Dof, F. (2001), Strategy for the Implementation of e-Procurement in the Irish Public
Sector, Department of Finance, Dublin.
• Goode, W. J. & Hatt, P. K. (1969), Métodos em Pesquisa Social. 3ªed., São Paulo: Cia
Editora Nacional.
• Mihnam, (2005), The E-procurement Benchmark Report: Less Hype, More Results,
Aberdeen Group.
• Yin, Robert K. (1989), Case Study Research - Design and Methods. Sage Publications
Inc., USA.
ANEXOS
A vossa instituição foi escolhida para participar na realização desta primeira fase do estudo sobre os
impactos tecnológicos induzidos pelo novo Sistema de Contratação Pública.
A vossa colaboração nas respostas às questões colocadas será de um grande valor para esse estudo,
agradecendo-se por isso toda a disponibilidade e atenção dedicada à sua elucidação.
Os dados obtidos terão um carácter reservado e serão utilizados apenas na elaboração deste estudo.
INFORMAÇÕES GERAIS
1.Nome da Instituição--------------------------------------------------------------------------------------
Morada---------------------------------------------------------------------------------------------------------
Pessoa Entrevistada------------------------------------------------------------------------------------------
Sua função na Instituição-----------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Contacto; Tel.----------------------------
Historial da Instituição:
(Pequena síntese sobre a organização, a sua experiência, actividade, papel no sistema de Contratação
Pública )
I. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
1.Tipo de Instituição:
Administração Central
Administração Local
Serviço Público
Instituição Privada
Empresa Pública
Outra Qual?
2. Área de intervenção
Saúde
Obras Públicas
Educação
Justiça
Ambiente
Defesa
Outra Qual?
Instituição Adjudicante
Instituição Fornecedora
Reguladora
Enabler
Plataforma
Outras
1 a 10
11 a 20
21 a200
+ 200
1a3
4a7
8 a 10
+ de 10
II QUESTÕES ESPECÍFICAS
Quais as medidas adoptadas pela sua Instituição para o conhecimento do novo quadro
legal?
2.Qual o valor total da despesa com a formação realizada com este objectivo?
---------------------------------------------------E
Nunca
Parcialmente
1vez
2a
Já utilizou alguma vez o novo processo de Contratação Pública 5vezes
Electrónica? Sim, num processo 6 a 10
completo. vezes
Mais
de 10
vezes
4. Tipos de concursos
Contratação Quantas vezes? 1-10 11-20 21-30 31-40 41-50 51- 60 61-70 +70
Bens
Serviços
Empreitadas
Locação
Qual a % de concursos que foram concluídos com a contratação e a adjudicação nos processos
em que participou?
-50%
50% a 75%
75% a 100%
6. Qual o valor total dos contratos que realizou?
-------------------------------------- E
- de 10
11 a 50
51 a 100
+ de 100
9.1Tenciona adquirir novos sistemas tecnológicos para poder funcionar de acordo com o
novo sistema de CPE?
9.3 Qual o valor do investimento com a renovação tecnológica que planeia fazer?
- de 2000E
2001 a 5000E
5001 a 10.000E
+10.000E
9.4 Os novos meios tecnológicos induzem uma alteração dos seus actuais processos de
funcionamento ?
Sim Não
Em que aspectos? Em que aspectos?
Simplificação (menor número de etapas) Simplificação (menor número de etapas)
Menos burocracia (menos documentos Menos burocracia (menos documentos
comprovativos, menos papelada, etc) comprovativos, menos papelada, etc)
Melhor informação (Condições dos concursos, Melhor informação (Condições dos concursos,
critérios de selecção, propostas dos critérios de selecção, propostas dos
concorrentes, etc) concorrentes, etc)
Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das Maior rapidez (Encurtamento dos prazos das
diferentes etapas, etc.) diferentes etapas, etc.)
Redução de custos Redução dos custos
Maior justiça e clareza dos processos e Maior justiça e clareza dos processos e
decisões decisões
Maior eficiência Maior eficiência
9.5 Qual o ganho em termos de custos do novo sistema em relação ao processo baseado
em papel?
9.6 Os novos meios tecnológicos induzem a uma alteração dos recursos humanos
Sim Não
Em que aspectos?:
Redução do número actual
Aumento do número actual
Requalificação dos actuais RHs
Alterações de funções
Alteração das categorias profissionais
Mais formação
Sair do
inquérito »
1. Identificação
1.
Nome da entidade *
2.
Sector de actividade
3.
4.
Função do autor da resposta (seleccione a opção que melhor descreve a sua posição hierárquica na
organização)
Dirigente superior
Dirigente intermédio
Técnico Superior
Outro. Qual?
Reset
5.
Contacto (email) *
6.
http://www.survs.com/psurvey/ILZ52FLVPST/?wosid=yGKdV9kIX6omVcPlIw4OGw 15-12-2009
Inquérito sobre Impactos e Melhorias na Contratação Pública Electrónica - Entidade ... Page 2 of 2
7.
N.º de trabalhadores
Avançar »
1/5
http://www.survs.com/psurvey/ILZ52FLVPST/?wosid=yGKdV9kIX6omVcPlIw4OGw 15-12-2009
ESTUDO DOS IMPACTOS TECNOLÓGICOS DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA ELECTRÓNICA | DEZ09
Nome da entidade
2.
3.
Sim
Não
Reset
4.
Combustíveis rodoviários
Cópia e impressão
Energia
Equipamento informático II
Licenciamento de software
Papel, economato e consumíveis de impressão
Plataformas electrónicas
Seguro automóvel
Serviço móvel terrestre
Veículos automóveis
Outro. Qual?
5.
No caso de ter utilizado um ou mais acordos-quadro promovidos pela ANCP, como avalia o resultado
comparando com as práticas anteriores?
Muito melhor
Melhor
Indiferente
Pior
Muito Pior
Reset
6.
http://www.survs.com/psurvey/SDBFOPHSHB3/?wosid=yGKdV9kIX6omVcPlIw4... 14-12-2009
Acordos-quadro promovidos pela ANCP Page 2 of 2
Notas adicionais que entenda relevantes sobre os acordos-quadro promovidos pela ANCP.
Terminar
1/1
http://www.survs.com/psurvey/SDBFOPHSHB3/?wosid=yGKdV9kIX6omVcPlIw4... 14-12-2009
ESTUDO DOS IMPACTOS TECNOLÓGICOS DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA ELECTRÓNICA | DEZ09
Sair do
inquérito »
1. Identificação
1.
Nome da entidade *
2.
3.
N.º de trabalhadores
4.
5.
Função do autor da resposta (seleccione a opção que melhor descreve a sua posição hierárquica na
organização)
Dirigente
Gestor de nível superior
Gestor de nível intermédio
Técnico (especialista)
Outro. Qual?
Reset
http://www.survs.com/psurvey/JCKG7YP6T6C/?wosid=yGKdV9kIX6omVcPlIw4O... 15-12-2009
Inquérito sobre Impactos e Melhorias na Contratação Pública Electrónica - Potencial ... Page 2 of 2
6.
Contacto (email) *
7.
Bens
Serviços
8.
Percentagem do volume de negócios (2008) vendida ao Sector Público Alargado (SPA)- entidades abrangidas
pelo Código dos Contratos Públicos -
Bens
Serviços
Avançar »
1/4
http://www.survs.com/psurvey/JCKG7YP6T6C/?wosid=yGKdV9kIX6omVcPlIw4O... 15-12-2009