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APELAÇÃO

• Cabe apelação da sentença (ato de juiz de 1º grau, que extingue o processo -


CPC, art. 513). Mas, em execução fiscal de pequeno valor, não cabe apelação,
mas embargos [1]. Nos Juizados Especiais cabe recurso para o próprio Juizado
[2].

• O prazo para a interposição de apelação é de 15 dias. É, porém, de 10 dias, nos


Juizados da Infância e da Juventude [3].

• A sentença pode ser atacada por vício processual (error in procedendo::


incompetência, falta de intimação do Ministério Público, cerceamento de defesa,
etc) ou por erro de julgamento (error in iudicando: erro na apreciação das provas
ou na solução de questões de direito).

• A apelação deve ser interposta por petição escrita, perante o próprio órgão que
proferiu a sentença, obrigatoriamente instruída com a comprovação do preparo,
sempre que exigível. Pode ser interposto por fac-simile, desde que protocolado o
original em até cinco dias da data do envio (Lei 9.800/99, art. 2º).

• Não se admite a juntada de documentos na apelação, salvo se destinados à


comprovação de fato novo, nos casos excepcionais em que tal é permitido.

• Cabe agravo de instrumento da decisão que não recebe a apelação.

• A apelação tem efeito apenas devolutivo nos casos dos incisos I a VII, do art. 520.
Nesse caso, poderá o relator suspender o cumprimento da decisão até o
pronunciamento definitivo da câmara ou turma (CPC, art. 558, parágrafo único).

• Cabe agravo da decisão que recebe a apelação, com equívoco, porém, no que diz
respeito aos seus efeitos.

• "Incumbe ao órgão judicial mandar remeter os autos ao tribunal para o qual foi ela
interposta. Ainda que lhe pareça ter-se equivocado o apelante na respectiva
indicação, não é dado ao juiz corrigi-lo; só ó órgão ad quem poderá declarar a sua
própria incompetência para conhecer da apelação e encaminhar os autos àquele
que repute competete" (Barbosa Moreira [4]).

• Votam-se as preliminares separadamente. Se de três julgadores, cada um acolhe


uma de três preliminares, todas terão sido rejeitadas por 2 votos contra um.

• O juiz vencido na preliminar não fica impedido de votar no mérito.

• Sobre o efeito devolutivo da apelação: Segundo Theodoro Júnior, a aplicação do


artigo 515, § 3º, do CPC, supõe que parte vencida haja apelado pedindo não
apenas a anulação ou cassação da sentença terminativa, mas também pedido o
exame do mérito, porque se trata, aí, da extensão do efeito devolutivo, cuja
definição cabe exclusivamente à parte, e não de sua profundidade. Ademais, é
preciso que o feito comporte julgamento imediato, observado o princípio do
contraditório. O Autor refere e critica o posicionamento em contrário de Cândido
Dinamarco (Humberto Theodoro Júnior. Inovações da Lei 10.352, de 26.12.2001,
em matéria de recursos cíveis e duplo grau de jurisdição. Revista Síntese de
Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre (20): 126-40, nov.-dez/2002).
Possível o julgamento do mérito, em caso de sentença terminativa, com maior
razão é possível o exame do mérito, havendo a sentença acolhido a preliminar de
prescrição ou de decadência.

AGRAVO

· O agravo, de que tratam os artigos 522 e seguintes do CPC, cabe de decisões


interlocutórias de primeiro grau. Cabe, também, da decisão que nega seguimento ao
recurso de apelação.

· Há outras espécies de agravo, como o cabível da denegação de recurso


extraordinário ou especial, pelo Presidente do Tribunal recorrido. Chama-se agravo
regimental o interposto das decisões do relator, com fundamento no Regimento Interno
do respectivo Tribunal. O agravo interposto das decisões do relator, com fundamento na
lei processual, recebe a denominação de agravo interno ou, também, de agravo
inominado.

· Os despachos de mero expediente são irrecorríveis (CPC, art. 504)

· O agravo das interlocutórias de 1º grau comporta duas modalidades: a de


instrumento, que se interpõe perante o presidente do tribunal, e a de agravo retido, que
se interpõe perante o próprio prolator da decisão agravada.

· O prazo para a interposição é de 10 dias (CPC, art. 522).

· Pedido de reconsideração não suspende nem interrompe o prazo para a


interposição do agravo.

· O agravo retido é interposto por petição fundamentada. O agravo retido, em


audiência, é interposto oralmente, expostas suscintamente suas razões no respectivo
termo (CPC, art. 523, § 3º).

· Não há preparo, no agravo retido.

· O agravo de instrumento é dirigido diretamente ao tribunal competente, por petição,


observados os requisitos dos artigos 524, 525 e 526.

• Nos termos do artigo 525, I, a petição de agravo de instrumento deve ser


instruída, obrigatóriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da
respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante
e do agravado. Não há previsão legal de autenticação das cópias. Contudo, não
faltam decisões exigindo-a, sob pena de não-conhecimento do recurso.
Pretendendo simplificar, a Lei 10.352/2001, ao regular o agravo para os tribunais
superiores, veio a facultar a autenticação pelos próprios advogados. Com isso,
porém, deu-se novo argumento para sustentar a necessidade de autenticação.
Pode-se sustentar, ademais, que a faculdade conferida aos advogados é restrita
aos agravos de decisões denegatórias de seguimento a recurso extraordinário ou
especial. Exigir-se-ia, nos demais agravos, autenticação pelo escrivão. Na falta ou
descabimento de autenticação pelo advogado, não se conheceria do recurso [1].

• Miguel Bento Vieira sustenta que o cumprimento do disposto no artigo 526,


parágrafo único, do CPC (juntada aos autos de cópia da petição do agravo de
instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos
documentos que instruíram o recurso), incumbe privativamente ao agravante, não
a suprindo a informação contida no ofício do juízo de primeiro grau ao relator do
recurso.
Assevera, a demais, incabíveis embargos declaratórios, com efeitos infringentes,
fundados em comprovação tardia da exigência legal (Miguel Bento Vieira, A
exegese do art. 526 e de seu § único do CPC, diante da alteração proposta pela
Lei 10.352 de 26.12.01. Revista Nacional de Direito e Jurisprudência, Ribeirão
Preto (38): 80-2, fev. 2003.

· O agravo tem efeito devolutivo restrito à questão recorrida e, de regra, não tem
efeito suspensivo.

· O relator pode atribuir efeito suspensivo ao agravo de instrumento e mesmo deferir


antecipadamente a pretensão recursal (art. 527, III). Há entendimento no sentido de que,
dessa decisão, não cabe recurso para o colegiado, por falta de previsão legal.

· O agravo comporta juízo de retratação pelo juízo prolator da decisão agravada.

· O agravo retido somente é examinado pelo Tribunal ad quem quando do


julgamento da apelação, exigindo-se requerimento expresso de apreciação, nas razões
ou contra-razões do apelo (CPC, art. 523 e § 1º.

· O julgamento do agravo (de instrumento ou retido) deve preceder o da apelação


(art. 559). Não cabe sustentação oral (art. 554).

· O agravo retido, embora exija apelação (art. 523), com ela não se confunde. Não
constitui "preliminar" da apelação. Por isso, divergência ocorrida no julgamento de agravo
retido não enseja embargos infringentes (art. 530).

Embargos infringentes de acordo com as recentes inovações

O artigo 530 do CPC agora dispõe: “Cabem embargos infringentes quando o acórdão não
unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver
julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão
restritos à matéria objeto da divergência”.
Assim, mesmo que o julgamento não tenha sido unânime, não cabem embargos
infringentes contra acórdão que: a) não conhecer da apelação; b) conhecer da apelação
para anular a sentença; c) conhecer da apelação para manter a sentença; d) apreciar
sentença terminativa, seja para mantê-la, seja para reformá-la.

Quanto à ação rescisória, não cabem embargos infringentes, ainda que não unânime o
acórdão que (a) não admitir a ação rescisória ou (b) julgá-la improcedente.

Permanece o disposto na Súmula 255 do STJ: “Cabem embargos infringentes contra


acórdão, proferido por maioria, em agravo retido, quando se tratar de matéria de mérito”.
Assim, desde que o agravo retido trate de matéria de mérito e venha a ser provido, por
julgamento não unânime, para alterar a decisão agravada, cabem embargos infringentes.

Cabem embargos infringentes contra acórdão proferido em agravo regimental ou agravo


interno, em uma única situação: se o relator, com fundamento no art. 557, § 1º - A,
proferiu decisão, dando provimento a recurso, reformando, por decisão singular, sentença
de mérito, e a parte vencida interpôs agravo, confirmando-se, por maioria de votos, a
decisão do relator.

Cabem embargos infringentes se, prolatada pelo juiz singular, decisão terminativa, o
tribunal, em grau de apelação, aplicando o artigo 530 do CPC, julgar o mérito, proferindo
decisão não unânime.

Em ação rescisória, para o cabimento dos embargos, basta que, por decisão não
unânime, seja acolhido o juízo rescindendo (iudicium rescindens). Não é preciso que seja
acolhido também o juízo rescisório (iudicium rescissorium).

O prazo para a interposição do recurso é de 15 dias, tendo o recorrido igual prazo para
responder.

De acordo com a Lei, o relator recebe ou não o recurso após o oferecimento das contra-
razões. Sendo, porém, manifesta a inadmissibilidade, nada impede que o relator lhe
negue seguimento, ainda antes de ouvir o recorrido. Juízo de inadmissibilidade pode
também ser proferido pelo novo relator.

Da decisão do relator que não admite os embargos, cabe o agravo interno a que se
refere o artigo 557, § 1º, do CPC.

O relator não pode, por decisão singular, dar provimento aos embargos, não sendo
invocável o disposto no artigo 557, § 1º - A, do CPC.

O artigo 498 do CPC dispõe: “Quando o dispositivo do acórdão contiver julgamento por
maioria de votos e julgamento unânime, e forem interpostos embargos infringentes, o
prazo para recurso extraordinário ou recurso extraordinário ou recurso especial,
relativamente ao julgamento unânime, ficará sobrestado até a intimação da decisão nos
embargos. Parágrafo único. Quando não forem interpostos embargos infringentes, o
prazo relativo à parte unânime da decisão terá como dia de início aquele em transitar em
julgado a decisão por maioria de votos”.
O disposto no parágrafo único não se aplica à parte vencida, por maioria, em capítulo
autônomo da decisão, porque, deixando de interpor os embargos, terá deixado de
atender ao requisito do esgotamento das vias ordinárias, exigido para o cabimento dos
recursos especial e extraordinário.

Ainda quanto ao parágrafo único do artigo 498: Tendo findado no 15º dia o prazo para a
interposição de embargos, que não foram interpostos, esse será o termo “a quo” do prazo
para os recursos extraordinário e especial. Assim, o 16º dia será, de regra, o primeiro
para a interposição destes recursos.

Baseado em: Leonardo José Carneiro da Cunha, Inovações nos embargos infringentes.
Revista de Processo, São Paulo, (108): 85-103.

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