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IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA

com fulcro no art. 261 do Código de Processo Civil Brasileiro, e pelos argumentos de fato e de
direito a seguir apresentados:

Determina-se o artigo 258, do Código de Processo Civil, tratando


especificamente o valor da causa:

“Art. 258. A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não
tenha conteúdo econômico imediato”.

Em complemento com o artigo supracitado, vejamos o que descreve


o artigo 282, V, visto que se trata dos requisitos essenciais da Petição Inicial:

“Art. 282. A petição inicial indicará:


(...)

V – o valor da causa;

(...)” (grifo nosso)

Em seguida, segundo o artigo 284, caput e parágrafo único, vejamos


o que descreve:

“Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os


requisitos exigidos nos artigos 282 e 283, ou que apresenta defeitos e
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez)
dias.

Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a


petição inicial.”

Portanto, um dos requisitos da petição inicial, é que seja atribuído


corretamente o valor da causa, pois, caso contrário, deverá a petição inicial ser indeferida, e o
processo extinto sem julgamento do mérito. Assim, vejamos qual seria o valor exato a ser
atribuído à causa em questão, conforme o Código de Processo Civil, no seu artigo 259, V, “in
verbis”:

Art. 259. O valor da causa constará sempre da petição inicial e será:


(...)

V – quando o litígio tiver por objeto a existência, validade,


cumprimento, modificação ou rescisão de negocio jurídico, o valor do
contrato;

É de ser observado que, para melhor deslinde do presente infortúnio


calcular o valor da causa em conformidade ao contrato constitutivo da Sociedade Circus Comércio
e Franquia de Alimentos LTDA, em conjunto com sua alteração contratual nº 04, ambos em
anexo, onde aduz que o Capital Social da empresa é no valor de R$ 119.000,00 (cento e
dezenove mil reais), divididos em 119.000 (cento e dezenove mil) cotas, com o valor unitário de
R$ 1,00 (hum real) cada, sendo a ora autora possuidora de 11.900 (onze mil e novecentas) cotas,
onde na oportunidade adquiriu as mesmas pelo valor de R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais), e
que sua pretensão na presente lide é de obter haveres da sociedade comercial com base no
montante comercial referente a sua quota parte, nada mais justo que o valor da causa seja
calculado tomando por parâmetro o valor pago pela ora autora ao adquirir a sua quota parte.
Observe-se, ainda, que neste sentido, são inúmeras as
manifestações dos Tribunais de Justiça por todo o país, afirmando que o valor da causa deve ser
o valor do contrato, e não apenas para efeitos meramente fiscais, devendo ser observados os
ditames do CPC. Vejamos o seguinte julgado:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA.


AÇÃO DE RESOLUÇÃO CONTRATUAL. ART. 259, V, DO CPC. Quando
o pedido formulado envolve cunho resolutório, deve-se levar em
consideração o valor do contrato a ser resolvido. Aplicação do disposto
pelo art. 259, V, do CPC. Precedentes do STJ. AGRAVO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 70010383685, DÉCIMA SÉTIMA
CÂMARA CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: ELAINE
HARZHEIM MACEDO, JULGADO EM 15/03/2005).

Sendo assim, em razão dos argumentos de fato e de direito retro


mencionados, requer:

• Que seja a presente Impugnação ao valor da causa autuada em


apenso aos autos da Ação de Dissolução Parcial de Sociedade
Comercial c/c Pedido de Apuração de Haveres, processo n°
001.06.016752-2, com fulcro no artigo 261, caput, do CPC;

• Que seja intimado a Impugnada, para querendo oferecer sua


defesa no prazo legal;

• Que seja julgado procedente este incidente, com a fixação do


valor da causa no montante de R$ 110.000,00 (cento e dez mil
reais), uma vez que é este o valor pago pela autora referente a
sua quota na sociedade, na qual tem por pretensão a apuração
de haveres tomando por parâmetros este valor;

• Que seja intimado a Impugnada, para complementar o valor das


custas processuais, sob pena de extinção do feito sem
julgamento do mérito, em conformidade com o que determina o
Código de Processo Civil, no artigo 267, I.

Nestes Termos,
Pede e espera Deferimento.

Maceió - AL, 24 de novembro de 2006

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