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A precariedade que se vivencia não está correcta, nem se pode considerar passível de se
manter por muito mais tempo. Mas cabe a quem lutar por esta mudança? Aos enfermeiros, que
devem lutar pelos seus direitos, pela dignificação da carreira e diminuir o desemprego,
auxiliando na formulação de postos de trabalho com condições e com contratos legítimos, sendo
esta uma possibilidade, de um vasto leque das mesmas. A questão com que muitas vezes nos
deparamos é: “seremos capazes de realizar esta mudança sozinhos?”. Nesta sequência surge o
Sindicato dos Enfermeiros, onde, apesar de em Portugal, existirem quatro Sindicatos, ambos se
regem pelos seguintes princípios:
De uma forma muito sucinta, com base nas entrevistas realizadas aos Sindicatos dos
Enfermeiros, a partir de 2003 as condições político-económicas alteraram-se muito, onde se
sentiu um corte elevado na despesa pública, que se acentuou a partir de 2005, até ao actual
governo. A partir de 2005, acrescentou-se o facto do Governo ter imposto uma agenda
reformista/de retrocesso (medidas de ruptura nos 2 primeiros anos: congelamento de escalões,
aposentação, disponíveis, etc) que, no âmbito da reforma da Administração Pública, passou por
não rever qualquer Carreira sem fixar previamente uma Lei Quadro sobre o novo Regime de
Vínculos, Carreiras (Gerais) e Remunerações (VCR) - a actual Lei 12-A/2008. Apesar das
várias acções de luta e uma Greves efectuadas não foi possível romper esta agenda.
Com o decorrer destes anos, deu-se início a várias negociações de carreira com Hospitais
Privados, Parceria Público Privado e Sociedades Anónimas, para negociação do ACT para os
enfermeiros que exercem funções (agora nas EPEs) em Contrato Individual de Trabalho (CIT).
Este processo sofreu sempre avanços e retrocessos devido a estar sempre dependente do Novo
Regime de Carreiras, que ainda suscita dúvidas quanto ao seu desenvolvimento e futuro.
Neste contexto, actualmente é público todo o sistema jurídico que permite avançar para
a negociação da Carreira de Enfermagem, para o início da pressão junto do Ministério da Saúde,
como foi referido inicialmente. Ou seja, no decorrer dos dias de hoje já está publicada a Lei do
SIADAP, dos VCR (a tal que refere que as Carreiras inseridas nos actuais Corpos Especiais -
Enfermagem e outras, devem ser revistas no prazo de 6 meses) que já estabelece várias barreiras
para as actuais Carreiras Especiais, onde diversos pontos foram negociados e outros ainda se
encontram em negociações como: Grelha Salarial Única da Administração Pública (AP);
Grelhas Salariais das Carreiras Gerais – incluindo a de Técnico Superior, Regime de Contrato
de Trabalho em Funções Públicas (RCTFP) e alterações ao Código do Trabalho do Sector
Privado.
Os objectivos dos Sindicatos, ao nível da legislação da Carreira de Enfermagem nas
Instituições de Saúde, de forma sucinta são: