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Aplicabilidade da legislação sobre a carreira de

enfermagem nas organizações de saúde

Actualmente vivencia-se uma época em que o trabalho no âmbito da enfermagem,


apesar de vasto e bastante necessário, se pode caracterizar como precário, onde os actuais e
futuros enfermeiros, vivenciam situações de contratos provisórios, sem certezas futuras, assim
como a legislação da carreira de enfermagem, ainda em discussão pelo Ministério da Saúde.

A precariedade que se vivencia não está correcta, nem se pode considerar passível de se
manter por muito mais tempo. Mas cabe a quem lutar por esta mudança? Aos enfermeiros, que
devem lutar pelos seus direitos, pela dignificação da carreira e diminuir o desemprego,
auxiliando na formulação de postos de trabalho com condições e com contratos legítimos, sendo
esta uma possibilidade, de um vasto leque das mesmas. A questão com que muitas vezes nos
deparamos é: “seremos capazes de realizar esta mudança sozinhos?”. Nesta sequência surge o
Sindicato dos Enfermeiros, onde, apesar de em Portugal, existirem quatro Sindicatos, ambos se
regem pelos seguintes princípios:

• Da Liberdade sindical; Onde se defende que é um direito dos Enfermeiros


associarem-se livremente para defenderem os seus interesses nos Sindicatos.
• Da Independência; Onde a garantia de definição dos objectivos da sua intervenção
pelos seus associados e a unidade dos Enfermeiros enquanto trabalhadores.
• Da Organização e Gestão Democrática; Ao nível da participação activa dos
enfermeiros que apresenta.
• Da Promoção e Defesa dos Direitos e interesses dos trabalhadores; Representando
os Enfermeiros na promoção e defesa dos seus interesses e Direitos Laborais.

Em suma, os Sindicatos preocupam-se com as questões laborais dos enfermeiros. Nesta


perspectiva podemos analisar a aplicabilidade que os Sindicatos têm na Carreira de
Enfermagem no âmbito profissional, ou seja, nas organizações de saúde, onde os enfermeiros
exercem a profissão. Em primeiro lugar importa objectivar alguma contextualização face à
diversidade da realidade. Nos dias de hoje a negociação das Carreiras de Enfermagem para os
enfermeiros que exercem funções no Sector Privado encontra-se numa fase muito diversificada
consoante os vários factores influenciadores: entre outros, a história e dimensão da instituição,
n.º de enfermeiros, existências ou não de anteriores Carreiras, tipo de instrumento de regulação
colectiva (IRC), e, sobretudo da capacidade/disponibilidade/condições dos enfermeiros se
organizarem/mobilizarem pela sua Carreira de Enfermagem, na sua instituição (como outros
trabalhadores de outros sectores/empresas). A regulação destes processos negociais rege-se pelo
Código do Trabalho do Sector Privado. Com base nas entrevistas realizada aos Sindicatos, onde

1 Ana Isabel Ferreira Pais Mamede N.º198907015 – Turma 2 – 4ºAno


2ºSemestre – Grupo 8: Sindicalismo, uma ferramenta de defesa do
Enfermeiro - 2011
se concluiu que os mesmos, dependendo do IRC em negociação, negociaram ou estão a
negociar Acordos de Empresa (AE), Contratos Colectivos de Trabalho (CCT) e Acordos
Colectivos de Trabalho (ACT) – são tudo IRC, com diversos Hospitais Privados e Clínicas. Em
conclusão verificasse que a negociação e o estádio do IRC é bastante diversificada, onde em
alguns casos foi possível o acordo realizado pelos Sindicatos e noutros não. Os resultados das
respectivas negociações dependem sempre do n.º de sócios e da sua mobilização. Quanto à
Carreira de Enfermagem dos enfermeiros que exercem na Administração Pública, a partir de
2006, estavam criadas condições e força interna, no seio da profissão, para pressionar o início
da negociação de uma nova Carreira, ao nível das condições políticas, económicas e sociais.

De uma forma muito sucinta, com base nas entrevistas realizadas aos Sindicatos dos
Enfermeiros, a partir de 2003 as condições político-económicas alteraram-se muito, onde se
sentiu um corte elevado na despesa pública, que se acentuou a partir de 2005, até ao actual
governo. A partir de 2005, acrescentou-se o facto do Governo ter imposto uma agenda
reformista/de retrocesso (medidas de ruptura nos 2 primeiros anos: congelamento de escalões,
aposentação, disponíveis, etc) que, no âmbito da reforma da Administração Pública, passou por
não rever qualquer Carreira sem fixar previamente uma Lei Quadro sobre o novo Regime de
Vínculos, Carreiras (Gerais) e Remunerações (VCR) - a actual Lei 12-A/2008. Apesar das
várias acções de luta e uma Greves efectuadas não foi possível romper esta agenda.

Com o decorrer destes anos, deu-se início a várias negociações de carreira com Hospitais
Privados, Parceria Público Privado e Sociedades Anónimas, para negociação do ACT para os
enfermeiros que exercem funções (agora nas EPEs) em Contrato Individual de Trabalho (CIT).
Este processo sofreu sempre avanços e retrocessos devido a estar sempre dependente do Novo
Regime de Carreiras, que ainda suscita dúvidas quanto ao seu desenvolvimento e futuro.

Neste contexto, actualmente é público todo o sistema jurídico que permite avançar para
a negociação da Carreira de Enfermagem, para o início da pressão junto do Ministério da Saúde,
como foi referido inicialmente. Ou seja, no decorrer dos dias de hoje já está publicada a Lei do
SIADAP, dos VCR (a tal que refere que as Carreiras inseridas nos actuais Corpos Especiais -
Enfermagem e outras, devem ser revistas no prazo de 6 meses) que já estabelece várias barreiras
para as actuais Carreiras Especiais, onde diversos pontos foram negociados e outros ainda se
encontram em negociações como: Grelha Salarial Única da Administração Pública (AP);
Grelhas Salariais das Carreiras Gerais – incluindo a de Técnico Superior, Regime de Contrato
de Trabalho em Funções Públicas (RCTFP) e alterações ao Código do Trabalho do Sector
Privado.
Os objectivos dos Sindicatos, ao nível da legislação da Carreira de Enfermagem nas
Instituições de Saúde, de forma sucinta são:

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1) Que todos consciencializem a importância de todos estes instrumentos legais para a
negociação da Carreira de Enfermagem; que os enfermeiros procurem informação, participem
nas reuniões sindicais e se disponibilizem nos serviços para falar com os colegas do Sindicato;
que se mobilizem, nos momentos certos, para as necessárias formas de luta.
2) O início e a agenda negocial (ainda inserta) vão também depender do MS. Lutar para que o
calendário de negociações seja mais alargado, não existindo interrupções no Verão e Natal.
3) Lutar para, entre outros aspectos, conquistar-se regras especiais de transição para a nova
carreira– A Lei 12-A/2008 já fixa a regra geral de transição para as novas Carreiras: “transita-se
para um escalão mas mantém-se o salário actual” – art.º 104.
4) Independentemente de vir a existir uma Carreira (1 instrumento legal) para todos os
enfermeiros (Func., CAP, CIT SEM Termo) ou uma Carreira e um ACT (2 instrumento legais),
o Modelo/Estrutura de Carreira de Enfermagem tem que ser igual.
5) Que todos sejamos capazes de compreender que Carreira não é só salário, sendo que as leis
que são enunciadas ao longo do texto são estruturantes da carreira de enfermagem agora e no
futuro.

3 Ana Isabel Ferreira Pais Mamede N.º198907015 – Turma 2 – 4ºAno


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