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FICHA TÉCNICA
Apoio Técnico Realização
SECRETARIA DO COMITÊ:
RUA CARIJÓS, 166, 5º ANDAR, CENTRO
BELO HORIZONTE - MG
CEP: 30120-060 - (31) 3207-8500
secretaria@cbhsaofrancisco.org.br
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO:
comunicacao@cbhsaofrancisco.org.br
Produção
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
ACESSE: VIRECARRANCA.COM.BR/EDUCACIONAL
www.cbhsaofrancisco.org.br
Sumário
O COMITÊ 4
APRESENTAÇÃO 6
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 7
HISTÓRICO................................................................................................... 8
PROPOSTA DE ATIVIDADES...................................................................... 11
ÁGUA 14
A ÁGUA QUE VOCÊ NÃO VÊ..................................................................... 16
CICLO DA ÁGUA........................................................................................ 19
SANEAMENTO BÁSICO............................................................................. 21
PROPOSTA DE ATIVIDADES...................................................................... 22
LIXO X RESÍDUOS 27
COLETA SELETIVA..................................................................................... 30
PROPOSTA DE ATIVIDADES...................................................................... 36
BIODIVERSIDADE 39
FAUNA DO VELHO CHICO........................................................................ 42
BIOMAS BRASILEIROS............................................................................... 43
A BACIA HIDROGRÁFICA DO
RIO SÃO FRANCISCO 49
O QUE É UMA BACIA HIDROGRÁFICA?................................................... 50
O RIO DA DIVERSIDADE NACIONAL....................................................... 52
BIOMAS...................................................................................................... 55
PEIXES......................................................................................................... 59
COMUNIDADES......................................................................................... 60
LENDAS...................................................................................................... 67
O Comitê
O CBHSF – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco é fruto
da paixão de várias pessoas pelo Rio São Francisco.
4
3 de Junho
Dia Nacional em
Defesa do Velho Chico
A criação de uma data comemorativa em nome do Rio São Francisco é
uma estratégia que marca para sempre a importância do Rio na vida de
milhares de brasileiros e contribui para mobilizar a sociedade em prol de sua
revitalização. O dia 03 de junho, Dia Nacional em Defesa do Rio São Francisco,
foi instituído pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF),
e coloca o Velho Chico para sempre no calendário brasileiro de eventos.
A campanha “Eu viro carranca pra defender o Velho Chico”, lançada em 2014
para divulgar a data, tem como ícone o maior símbolo do rio São Francisco:
a carranca. A ideia é chamar a atenção de todos para os graves problemas
enfrentados pelo Rio e sua Bacia, e para a necessária e urgente revitalização,
a fim de que o Velho Chico continue alimentando a vida e a esperança dos 18
milhões de brasileiros que dependem de suas águas.
www.virecarranca.com.br
5
Esta cartilha simboliza o compromisso do Para tal, a cartilha reúne informações varia-
Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São das sobre questões ambientais, dados, dicas
Francisco (CBHSF) com a Educação Ambien- que incentivam a tomada de atitudes simples
tal. Sua finalidade é servir como recurso pe- em favor de um mundo melhor, além de su-
dagógico e transdisciplinar ao professor do gestões de filmes e de atividades a serem de-
Ensino Fundamental das mais variadas ma- senvolvidas com os alunos em sala de aula.
térias de cada canto desta bacia.
Por estar disponível na internet, acreditamos
Com informações sobre temas que fazem que o material poderá informar e sensibilizar
parte do dia a dia de todos – como água, lixo, o maior número de pessoas sobre nossa res-
saneamento e outros – o material nos ajuda ponsabilidade em relação ao presente e ao
a pensar sobre a utilização dos recursos na- futuro do mundo em que vivemos.
turais de maneira consciente. Acreditamos
que, dessa maneira, estamos contribuindo Desejamos a todos uma boa leitura!
efetivamente para a melhoria do meio am-
biente e de nossa qualidade de vida.
6
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
Fonte:
Declaração de Estocolmo sobre o ambiente humano - 1972
Acesse: bit.ly/Estocolmo72
ATIVIDADE 2:
PEGA-PEGA DE PERGUNTAS
• Público: Ensino Fundamental I balão do outro. Sempre que um balão for es-
tourado, o jogo é pausado e o aluno que es-
• Disciplina: Ciências
tourou terá que tentar responder a pergun-
• N° de aulas: 1 ta lá presente. Você deve auxiliar e mediar a
resposta. Logo em seguida o jogo recomeça
• Local: Pátio da escola e o mesmo procedimento ocorre até todas
• Materiais: Um apito, tiras de papel, cane- as perguntas serem respondidas.
ta, balões de ar e pedaços de barbante.
Adaptações para alunos com deficiência:
Descrição: Entregue uma tira de papel, um Alunos que andam de cadeira de rodas po-
balão e um barbante para cada aluno e peça dem ter seu balão amarrado nela e estes te-
para escreverem nos papéis perguntas refe- rão uma vara ou galho de árvore sem ponta
rentes à Educação Ambiental. Cada aluno para tentar estourar o balão de seus colegas.
colorará sua pergunta dentro de um balão Se houver alunos cegos, a dinâmica pode ser
e este será enchido. Em seguida, cada um outra: Dentro de cada balão é adicionado
amarrará uma ponta de seu barbante na um pequeno sino e todos os alunos são ven-
boca do balão e a outra ponta em seu tor- dados para a brincadeira. Alunos com défi-
nozelo. Os alunos então brincarão de pega- cit intelectual devem ter um auxílio maior
-pega, sendo que um deve tentar estourar o na hora de responder às perguntas.
ATIVIDADE 4:
APRENDENDO SOBRE BARREIRAS E CAMINHOS
PARA O CRESCIMENTO
• Público: Ensino Fundamental I e II mudas deve ser registrado em seus cader-
nos. Essa atividade possibilitará conversas
• Disciplina: Ciências, Biologia, História
sobre a importância da água no nosso dia a
• N° de aulas: Serão alguns minutos das dia e sobrevivência, sobre como a barragem
aulas durante um mês ou mais da luz faz mal para o crescimento dos seres
vivos, sendo então a poluição muito preju-
• Local: Sala de aula ou sala de laboratório dicial, entre outros assuntos. Outros expe-
• Materiais: Feijões, terra, vaso, caixa escura rimentos podem ser feitos com as plantas,
lembrando-se sempre de fazer o registro.
Descrição: Faça com seus alunos o plantio Aproveite para ensinar os alunos a fazer
de feijões em quatro vasos e os numere. Nas cronogramas e planilhas indicando quem
primeiras duas semanas, mantenha o mes- será o responsável pelas mudas em cada
mo cuidado com as quatro mudas. Na ter- dia da semana. A partir desse experimen-
ceira semana, regue o vaso 1 todos os dias, o to é possível propor uma pesquisa sobre o
vaso 2 quatro dias, o vaso 3 apenas dois dias que aconteceu com as árvores e animais na
e não regue o vaso 4. Na quarta semana, ob- época da revolução industrial, os tipos de
serve o crescimento de cada um dos vasos vegetações que encontramos pelo mundo,
com as diferentes quantidades de água que estudar a fase do claro e do escuro e a fo-
receberam. Volte a regar todos diariamente, tossíntese.
mas coloque uma caixa escura cobrindo os
vasos 2 e 3. Na aula seguinte, preferencial- Adaptações para alunos com deficiência:
mente na mesma semana, retire a caixa e Descrever as diferentes características de
observe se houve alterações nas mudas cada muda durante os experimentos e aná-
devido à ausência de luz. Todos os experi- lises para alunos cegos. Ele poderá também,
mentos podem ser feitos ocupando apenas com o auxílio do professor, tocar as mudas
alguns minutos das aulas e tudo o que os para compreender melhor o explanado.
alunos observarem sobre o crescimento das
2L 200ml Tampa
quantidADe
Quanto de água potável é necessário
ARROZ
1K
BANANA
1KG
CARNE DE
FRANGO
1KG
499L
2.500L
3.700L
5,5L
132,5L
712,5L
5.280L
17.100L
18.000L
DESPERDÍCIO ESGOTO
CONDENSAÇÃO
PRECIPITAÇÃO
INFILTRAÇÃO
EVAPORAÇÃO
RIOS E
PLANTAS
OCEANOS,
LAGOS E RIOS
Represa
VOCÊ SABIA?
Os manancias são todas as fontes de água 3. Na etapa de desarenação acontece a de-
usadas para abastecimento público. Eles po- cantação primária. Nela, pequenos grãos
dem ser superficiais ou subterrâneos, como são eliminados;
rios, lagoas, represas e os lençóis freáticos.
4. A água, que ainda está suja, é colocada
Uma das principais ameaças aos manan-
em tanque de arenação. Nele, encon-
ciais é a poluição causada pelo lançamento
tram-se as bactérias que se alimentam
de esgoto, o que impede que águas de rios,
da matéria orgânica dissolvida no esgoto;
por exemplo, abasteçam as cidades. Exem-
plo disso é o caso do Rio Guandu, no Rio de 5. A água passa pelo processo de decanta-
Janeiro, e Rio Tietê, em São Paulo. ção secundária, que manda as bactérias
que se encontram na água de volta para o
Uma das formas de proteger esses manan- tanque de arenação. Assim, os micro-or-
ciais é dar um destino correto ao esgoto do- ganismos são separados da água limpa;
méstico e industrial. As principais etapas de
tratamento são: 6. Depois de tratada, a água está em con-
dições de voltar para o rio. Cerca de 90%
1. Na primeira etapa, o lixo sólido que vem da carga orgânica é retirada durante o
junto com o esgoto é barrado; processo;
2. Em seguida a terra e a areia que se jun- 7. A água que é destinada ao uso industrial
tam à sujeira são retiradas – etapa de de- e à irrigação é filtrada e clorada em uma
sarenação; estação específica para isso, onde são eli-
minados alguns organismos que podem
causar doenças. Como ela não é potável,
não serve para o consumo humano.
ATIVIDADE 1:
EXPLORANDO OS DESPERDÍCIOS DA ESCOLA
• Público: Ensino Fundamental I lavar suas mãos, como os bebedouros são
utilizados, o uso da água pelos zeladores e
• N° de aulas: 1
cozinheiros no trabalho diário. Peça para fa-
• Local: todo o espaço escolar zerem relatórios indicando os desperdícios
e dando sugestões de como evitá-los. Profes-
• Materiais: folha, lápis, máquina fotográ- sores de todas as disciplinas podem explo-
fica (opcional), lápis de cor rar este passeio propondo atividades mais
Descrição: Para que o aluno perceba a for- direcionada às suas aulas.
ma com que as pessoas fazem uso da água
na escola, chame a turma para um passeio Adaptações para alunos com deficiência:
exploratório. Leve-os para a cozinha, ba- esses alunos devem ser acompanhados por
nheiros, bebedouros, pátio e peça para to- professores que os auxiliarão na exploração.
dos observarem se há torneiras ou vasos
sanitários com vazamentos, o tempo que
as pessoas deixam as torneiras abertas ao
ATIVIDADE 2:
APRENDENDO A FAZER GRÁFICOS PIZZA
• Público: Ensino Fundamental I e II gráficos do tipo “pizza” com as porcenta-
gens de água doce e salgada no mundo, en-
• N° de aulas: 1
tre outros. Façam os gráficos juntos e peça
• Local: sala de aula para copiarem em seus cadernos. Podem ser
feitos também cartazes com estes gráficos
• Materiais: Caderno, lápis, borracha, lápis para serem colados no pátio ou corredores
de cor da escola. Dessa maneira, todos os alunos
Descrição: Antes da aula: Peça para os alu- poderão aprender com o trabalho realizado
nos pesquisarem quais são as porcentagens pela turma.
de água doce e salgada no mundo e em que
quantidade se encontram nas mais diversas Adaptações para alunos com deficiência:
condições (exemplo: em geleiras, em lençóis Para alunos cegos, cada parcela dos gráficos
freáticos, entre outros). As informações de- pode ser feita com uma textura diferente
vem ser levadas anotadas nos cadernos na (podem ser utilizadas lixas com gramaturas
próxima aula. variadas). Dessa maneira ele também con-
seguirá interpretar os gráficos.
Na aula: Perguntar quais foram os números
encontrados nas pesquisas e anotar tudo
na lousa. A partir dos números, construir
ATIVIDADE 4:
HISTÓRIA EM QUADRINHOS
• Público: Ensino Fundamental I e II Descrição: Pedir para os alunos desenha-
rem uma história em quadrinhos sobre o
• N° de aulas: 1
ciclo da água. Eles podem optar por mostrar
• Local: Sala de artes ou sala de aula o caminho que a água percorre na natureza,
em nossas casas, em estações de tratamen-
• Materiais: folhas sulfite recicladas, ré- to ou outros locais de grande importância.
gua, caneta, canetinha, lápis, borracha,
lápis de cor Adaptações para alunos com deficiência:
Alunos cegos podem contar uma história
ao invés de desenhá-la. Para isso ele pode
usar efeitos de sonoplastia durante a apre-
sentação.
Borracha de pneus
Até 80 anos
e solados de sapato
Chiclete 5 anos
Alguns desses materiais descartados podem proveitar alguma coisa. Por isso, passamos
se decompor rapidamente, reintegrando-se ao a acreditar que tudo que jogamos fora não
ambiente natural. Materiais sintéticos, como serve mais para nada, nem para ninguém.
o plástico, demoram dezenas ou centenas de Essa é uma atitude que deve ser mudada
anos para serem decompostos. Assim, sua com urgência! Se separarmos as coisas an-
transformação demora muito tempo, muito tes de jogarmos fora, preservaremos ma-
mais do que o tempo de vida do produto e até teriais que podem ter outro fim. Mudando
do nosso próprio tempo de vida. Por isso é pre- de atitude em relação ao que não nos serve
ciso muito cuidado ao descartar o lixo, pois mais, perceberemos que muito do que joga-
ele pode demorar anos e anos para se decom- mos fora ainda possui alguma utilidade.
por. Veja o tempo de decomposição de alguns
materiais, lembrando que ele pode variar de Boa parte do lixo que produzimos pode ser
acordo com o ambiente em que é descartado: reaproveitada em vez de ser jogada fora.
Algumas ações ajudam a diminuir a quan-
Quando misturamos restos de alimentos, tidade de lixo produzida. Para fazer isso de
embalagens plásticas, papel, óleo etc, ao jo- forma efetiva, existe o princípio dos 3R’s (re-
gar fora, isso é lixo. Isso mesmo: misturou duzir, reutilizar e reciclar) que nos auxilia a
tudo, vira lixo! Fica quase impossível rea- transformar nossas atitudes.
’s
Reduzir,
3R Reutilizar,
Reciclar
Você sabia?
Para facilitar a coleta seletiva e a reciclagem, existe uma cor para representar cada material reciclado:
Exemplos de não
recilcáveis: papel higiênico,
amarelo (metais), verde (vidros), azul (papéis) e vermelho (plásticos). Essas cores são geralmente papéis e guardanapos
engordurados, papéis
usadas, junto com os símbolos de reciclagem, nos recipientes destinados à coleta dos materiais. metalizados, parafinados
ou plastificados, adesivos,
etiquetas, fita crepe, papel
carbono, fotografias, papel
toalha, fraldas descartáveis,
absorventes íntimos,
espelhos, esponjas de aço e
objetos de cerâmica.
Ciclo do lixo:
9tZW5A
youtu.be/AS3XD
iental – Lixo:
Educação Amb
oMboQ
youtu.be/pvlncG
Coisas:
A História das
roigqM
youtu.be/9Gorq
xo):
Bum (Ratin ho/A Lata de Li
Castelo Rá Tim
94lKI
youtu.be/zBsnef
r Sassá:
b ri n ca r e o p laneta/Professo
O
UkXMI
youtu.be/OR_J8K
:
Ilha das Flores
N aX57iA
youtu.be/bVjh
ivo:
onsciente Colet
Akatu, Série C
.br/Videos
www.akatu.org
iversos):
teca (vídeos d
Projeto Reciclo /videos
w w.r ec ic lo te ca .org.br/category
w
ATIVIDADE 1:
O LIXO QUE JOGAMOS NO CHÃO
• Público: Ensino Fundamental I eles analisarem a quantidade de lixo joga-
da no chão e a quantidade jogada nas lixei-
• N° de aulas: 2
ras. Em seguida, voltem à sala e pergunte a
• Local: Sala de aula, pátio da escola eles como estava o pátio antes do intervalo
e como ficou após. Mostre para eles a mu-
• Materiais: Uma fotografia da sala de aula dança ocorrida devido ao descarte de lixo,
impressa muitas vezes nos lugares errados. Pergunte
Descrição: Antes da aula: Um dia antes da também como estava a sala de aula quando
aula em questão, após o seu término e antes chegaram e, em seguida, mostre a fotografia
da equipe da faxina ir limpar as salas, tire tirada no dia anterior para que vejam que
uma foto de como os alunos a deixaram, se eles também contribuem negativamente
atentando ao lixo espalhado pelo chão. Im- com a sujeira na escola. Dessa maneira, eles
prima essa fotografia. desenvolverão uma ação mais crítica e se
policiarão mais, contribuindo com a manu-
Na aula: Escolha uma aula que seja logo tenção da limpeza da escola.
após o intervalo e peça para que seus alu-
nos se reúnam em um local especificado Adaptações para alunos com deficiência:
por você no pátio e que não subam à sala Descreva aos alunos cegos como estão os
de aula. Após todos chegarem, saia para locais observados e onde se localiza o lixo.
passear com todos pelo pátio, pedindo para
ATIVIDADE 2:
ENTREVISTA ESCOLAR
• Público: Ensino Fundamental I e II resultados das entrevistas podem ser apre-
sentados em forma de tabelas e gráficos na
• N° de aulas: 2
aula seguinte. É possível também pedir para
• Local: Todo o ambiente escolar que os alunos entrevistem seus pais ou res-
ponsáveis para avaliar qual é a relação que
• Materiais: Caderno e caneta têm com o lixo nos diferentes locais.
Descrição: Organize um questionário com
os alunos para eles saírem pela escola entre- Adaptações para alunos com deficiência:
vistando os funcionários a respeito do lixo. Alunos cegos podem fazer o trabalho em
Eles podem elaborar questões relacionadas grupo com outros alunos. Alunos surdos po-
ao tipo de lixo, quantidade, descarte e desti- dem ter um professor que traduza o que foi
nação. Lembre-os de que na biblioteca o lixo falado em LIBRAS o acompanhando. Alunos
gerado será muito diferente do lixo da cozi- com problemas de locomoção podem se des-
nha. Após isso, libere os alunos para andar locar por menos locais ou pedir que alguns
pela escola entrevistando a todos. Todos os funcionários vão até eles para a entrevista.
ATIVIDADE 4:
BASQUETE DA RECICLAGEM
• Público: Ensino Fundamental I explique o jogo. Eles terão que fazer cestas,
mas cada bola tem um cesto de lixo específico.
• N° de aulas: 1
Divida a sala em dois grupos e o que fizer mais
• Local: pátio da escola cestas ganha – lembrando que a competição é
o que menos importa, sendo mais importante
• Materiais: cinco cestos de lixo, cinco bolas a reflexão em torno da coleta seletiva.
Descrição: Antes da aula: Pegue cinco ces-
tos de lixo e os pinte de azul, vermelho, ama- Adaptações para alunos com deficiência:
relo, verde e cinza. Providencie cinco bolas e Dentro das bolas podem ser colocados sinos
escreva nelas os nomes de alguns materiais e alguém faz algum som próximo de onde es-
recicláveis, sendo um plástico, um vidro, um tão os lixos. Alunos com dificuldade de mo-
papel, um metal e também um orgânico. vimentação dos pés apenas jogam as bolas e
os que tem dificuldade de movimentação das
Na aula: Leve os alunos ao pátio da escola e mãos podem chutar as bolas até os cestos,
que ficarão tombados para elas entrarem.
611,000 espécies
Fungos
(43.271 descritas e catalogadas)
36.400 espécies
Protozoários
(8.118 descritas e catalogadas)
27,500 espécies
Cromistas (algas)
(13.033 descritas e catalogadas)
VOCÊ SABIA?
O Brasil é considerado o país da megadi-
versidade. Ele apresenta em seu território
a maior diversidade do mundo! Além disso,
ele possui um dos mais altos graus de ende-
mismo, ou seja, existe um grande número
de espécies que só são encontradas aqui!
Mamíferos 522 68
Arara-canindé
(Ara ararauna)
Tucano, tucanuçu
(Ramphastos toco)
Biguá
(Nannopterum brasilianus)
Tamanduá-bandeira
(Myrmecophaga tridactyla)
Onça-pintada
(Panthera onca) Lobo-guará Tatu-canastra
(Chrysocyon brachyurus) (Priodontes maximus)
Dourado
(Salminus franciscanus)
Cascudo Preto
(Rhinelepis aspera)
Cerrado Pantanal
O Cerrado é considerado o segundo maior O Bioma Pantanal, considerado o de menor
bioma do Brasil em extensão. Ele abrange extensão territorial do país, abrange dois
os estados do Maranhão, Distrito Federal, estados brasileiros, a saber: Mato Grosso e
Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O clima predominante
Tocantins. Além disso, ocupa uma pequena é tropical continental com altas tempera-
área de outros seis estados. O clima predo- turas e chuvas, de verão chuvoso e inverno
minante no Cerrado é tropical sazonal, com seco. A vegetação do Pantanal é marcada
períodos de chuvas e de secas. Já a sua vege- pelas gramíneas, árvores de médio porte,
tação é caracterizada por árvores de troncos plantas rasteiras e arbustos. O nome desse
retorcidos, gramíneas e arbustos. Em geral, bioma remete às regiões alagadiças presen-
as árvores são de pequeno porte e esparsas. tes, ou seja, os pântanos.
Caatinga Pampas
A Caatinga ocupa grande parte da região O Bioma Pampa ocupa mais da metade do
Nordeste do país. Ela abrange os estados do território do Rio Grande do Sul. O clima é
Ceará, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, subtropical com as quatro estações do ano
Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe. Além bem definidas e sua vegetação é marca-
disso, há presença desse tipo de bioma em da pela presença de gramíneas, arbustos e
pequenas partes dos estados do Maranhão e árvores de pequeno porte. Além disso, esse
de Minas Gerais. Típico do clima semi-árido, bioma é constituído de amplas áreas de
muito presente no sertão nordestino, a Caa- pastagens, onde se desenvolvem grandes
tinga apresenta uma vegetação arbustiva de rebanhos.
médio porte, com galhos retorcidos e folhas
adaptadas para os períodos de secas.
VOCÊ SABIA?
Cerca de 17 milhões de hectares de flores- A poluição também é responsável pelo de-
ta tropical são desmatados por ano. Se isso saparecimento de diversas espécies de pei-
continuar acontecendo, de 5% a 10% das es- xes e de plantas que fazem parte da fauna
pécies que habitam essas florestas podem marinha, dos rios e dos lagos.
estar extintas nos próximos 30 anos.
Levar uma espécie para outro ambiente di-
Além disso, muitas atividades humanas ferente do seu local de origem também pode
são responsáveis pelo uso indiscriminado comprometer a sobrevivência de muitos se-
dos recursos naturais, como a elevada pro- res vivos. O governo da Austrália, por exem-
dução e uso do papel e a exploração de al- plo, importou uma espécie de sapo-cururu
gumas espécies animais. Os rinocerontes, (que é uma espécie típica do Brasil) para ten-
por exemplo, são caçados e têm seu chifre tar controlar uma praga que tomava conta
retirado para que dele seja feito um produ- das plantações de cana-de-açúcar. Em vez
to medicinal. Com isso, essa espécie quase disso, o cururu acabou virando predador de
chegou a desaparecer do nosso planeta. répteis e de outros anfíbios que habitavam
a região. O que parecia ser a solução para os
No Brasil, por exemplo, podemos citar o caso produtores australianos acabou se tornan-
da extração do palmito da palmeira juçara. do um grande problema ambiental.
Essa palmeira é extremamente importante
para a conservação das florestas de Mata Fonte: WWF – bit.ly/wwfbiodiversidade
Atlântica, uma vez que contribui para o flu-
xo dos mananciais, para a manutenção da A enorme variedade de espécies de plantas
fertilidade do solo, além de proteger as en- e animais encontrada no Brasil se dá pelo
costas das serras e servir de alimento para fato de ele ser um país tropical de grande
várias espécies de animais, como tucanos, extensão, ou seja, encontramos aqui diver-
sabiás, tatus e gambás. A extração do pal- sos tipos de climas que levam às variações
mito do caule da juçara para consumo no ecológicas. Podemos agrupar essa variedade
Brasil e para exportação é cada vez maior, o em biomas.
que pode contribuir para o desaparecimen-
to dessa palmeira.
Respeitados os limites
Área de pequena extensão,
Área de constitucionais, podem ser
pública ou privada, com
Manter os ecossistemas estabelecidas normas e
Relevante pouca ou nenhuma
naturais e regular o uso restrições para utilização
Interesse Ecológico ocupação humana, com
admissível dessas áreas. de uma propriedade
(ARIE) características naturais
privada localizada em uma
extraordinárias.
ARIE.
Pesquisas científicas,
Preservar ecossistemas naturais desenvolvimento de atividades
Parque
de grande relevância ecológica e de educação e interpretação
Nacional
beleza cênica. ambiental, recreação em contato
(PARNA)
com a natureza e turismo
ecológico.
PROPOSTA DE ATIVIDADES
SOBRE BIODIVERSIDADE
ATIVIDADE 1:
OFICINA DE COMO PRODUZIR MUDAS
• Público: Ensino Fundamental I três dedos livres. Enfie o dedo na terra em
uma profundidade de 4 centímetros e jo-
• N° de aulas: 1
gue a semente no buraco. Tampe a semente
• Local: Pátio com terra, mas sem apertar muito e cubra o
restante da garrafa com adubo. Em seguida
• Materiais: Garrafas pet, terra, adubo, se- regue a terra de maneira que ela fique úmi-
mentes, tesoura sem ponta, regador com da, mas não forme poça. Oriente os alunos
água e vassoura. a regar sempre que a terra perder sua apa-
Descrição: Antes da aula: Solicite da escola rência úmida, a deixá-las protegidas do sol
a terra, o adubo e as sementes de sua esco- direto e a retirar possíveis ervas daninhas
lha (priorizando plantas nativas) e peça que que germinem na garrafa com as sementes.
os alunos levem para a escola garrafas pet. Após toda a arte, a vassoura estará dispo-
nível para todos retirarem a terra que ficou
Na aula: Ensine os alunos a cortar a gar- jogada no chão, a devolvendo para a nature-
rafa pet abaixo da metade com a tesoura. za. Os alunos podem levar suas mudas para
No caso de alunos pequenos você deve cor- casa para cuidar delas e fazê-las crescer.
tar as garrafas, preferencialmente antes da
aula. Faça junto com os alunos para eles Adaptações para alunos com deficiência:
não terem dúvidas de como fazer a sua Se houver algum aluno com deficiência,
muda. Coloque a terra na garrafa deixando basta um professor ou assistente ficar ao
seu lado o auxiliando no procedimento.
ATIVIDADE 3:
O JOGO DO ECOSSISTEMA
• Público: Ensino Fundamental I e II preservá-los lá. Chegará um momento em
que não será possível a manutenção de to-
• Disciplina: Ciências
dos os balões e quando o primeiro balão cair
• N° de aulas: 1 no chão a brincadeira termina. Esse jogo re-
presenta um ecossistema e mostra que, ao
• Local: Sala de aula se extinguirem espécies, o ecossistema se
• Materiais: Balões de ar coloridos altera e tem mais dificuldade em se manter
em equilíbrio. Com essa atividade é possível
Descrição: Distribuir um balão para cada trabalhar os conteúdos sobre ecossistema e
aluno. O dono de cada cor do balão será o cadeia alimentar.
representante de uma espécie animal ou ve-
getal previamente determinada. Os alunos Adaptações para alunos com deficiência:
encherão os balões e afastarão suas car- Alunos com deficiência motora e cegos te-
teiras para os cantos da sala. Inicialmente, rão mais dificuldade neste jogo. Você ou
os alunos terão que jogar seus balões para algum professor assistente pode ficar mais
cima sem nunca os segurar novamente e próximo desses alunos para auxiliá-los,
sua função é não o deixar cair no chão. Você mantendo-os em uma posição menos cen-
irá, à medida que o tempo passa, extinguin- tral na sala de aula para evitar trombadas
do algumas espécies, falando uma cor dos ou empurrões.
balões e os alunos que a possuem vão se
sentando. Seus balões, entretanto, devem
continuar no ar, cabendo às outras espécies
NASCENTE
RIO PRINCIPAL
DIVISOR DE ÁGUAS
LENÇOL FREÁTICO
FOZ
505
municípios
3 biomas
Cerrado, Mata Atlântica
18 milhões
brasileiros vivendo
e Caatinga em toda a bacia
2.863 km 168
afluentes
9 usinas
hidrelétricas
4 Climas:
Temperado de Altitude, Tropical
através de seis estados (MG, GO, BA,
PE, AL e SE) e do Distrito Federal Úmido, Semiárido e Árido
Pb
Pi
PE
a
res nso
Rep o afo
ul
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Repres O
DINH
SOBRA
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ReGIoNAIS Da BaCIA
A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco é uma das mais
importantes do Brasil e possui uma área de aproximadamente
640 mil km². Por causa de sua grandeza e importância
econômica e social, a bacia foi dividida em quatro regiões,
MG para facilitar o planejamento e a localização das suas muitas
e diversas populações e ambiências naturais.
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Caatinga tem
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O único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga volume de chuvas com períodos longos de estiagem.
ocupa o equivalente a 11% do território nacional, concen- E é por isso que esse bioma é formado apenas por espécies
trada na Região Nordeste do país. Ela cobre grandes vegetais que conseguem sobreviver nessas condições.
faixas do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Metade da Bacia do Rio São Francisco está situada na
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e também parte do Caatinga, principalmente o Submédio São Francisco.
norte de Minas Gerais. O Velho Chico atravessa terrenos quentes e secos pelo seu
O clima é semiárido nas regiões em que a Caatinga predo- caminho até o mar e, por isso, é fundamental para a vida
mina. Suas características são a baixa umidade e o pouco desse bioma que sofre com o desmatamento acelerado.
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CERRADO tem
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O Cerrado é o segundo maior bioma do país e a sua O bioma abrange os estados brasileiros de Goiás, Tocantins,
flora é a mais antiga da Terra. Ocupa cerca de 25% do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão,
território nacional e é onde metade da Bacia Hidrográfi- Piauí, Bahia, além do Distrito Federal. Algumas espécies da
ca do Rio São Francisco está situada. Possui as maiores fauna do Cerrado estão ameaçadas de extinção, como o
reservas subterrâneas de água doce do mundo, que tamanduá-bandeira, o tatu-canastra e o lobo-guará.
abastecem as principais bacias hidrográficas do Brasil. É preciso preservar a savana mais rica em biodiversidade
Por isso, é considerado a “caixa d’água” do país. do mundo para o equilíbrio do planeta e a vida futura.
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A Mata Atlântica é predominante nas regiões onde ocorre qualidade da água potável para os brasileiros e para os mais
maior umidade no solo, ao longo de rios, formando as diversos setores da economia nacional como a agricultura, a
Matas Ciliares. Na Bacia do Rio São Francisco ela é pesca, a indústria, o turismo e a geração de energia. Os rios e
encontrada em Minas Gerais e nas faixas costeiras de lagos da Mata Atlântica abrigam ricos ecossistemas aquáti-
Sergipe e Alagoas (Alto e Baixo São Francisco). Suas cos, grande parte deles ameaçados pela poluição, pelo
florestas são fundamentais para a manutenção dos assoreamento, desmatamento das matas ciliares e pelas
processos hidrológicos assegurando a quantidade e represas feitas sem os devidos cuidados ambientais.
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São francisco
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