Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
sociedade brasileira.
Resumo
Introdução
Construir uma identidade positiva é fundamental para uma vida saudável, pois a
partir dela o sujeito tem lançadas as bases para escolhas bem direcionadas e que
contribuíram na busca para desenvolver o melhor de si. A cultura ocupa um lugar de
destaque nessa construção, pois ela traz consigo a Gênesis do sujeito. Falar de alguém e
desconsiderar sua cultura, com seus costumes e tradições é negar sua identidade. Ao
sujeito negro essa visão positiva do que é ser belo, digno e humano lhe foi negado. Em
seus quatro séculos da escravidão transatlântica, os povos europeus subjugaram,
saquearam e usurparam toda a beleza da cultura dos povos africanos. Nas variadas
formas de escravizar alguém, a mais eficaz é retirar o sujeito de seu meio, e colocando-o
onde será incapaz de se comunicar. Essa tática usada pelos invasores europeus, ao
transportar para o Brasil aproximadamente 10.247.500 milhões de pessoas.
(ALENCASTRO, 2000, p 378-379).
num País que construiu sua riqueza a partir da mão de obra escrava dos negros africanos
e seus descendentes, por outro lado nega veementemente e vê com horror demoníaco
tudo que venha lembrar sua raiz africana. Seja essa africanidade nas relações étnicas
raciais, no modo de vestir, e principalmente nas práticas e tradições aculturadas do
catolicismo e candomblé.
Negar práticas racistas e sua perpetuação nas entre linhas sociais brasileiras é
mais fácil do que aceitar o quanto somos preconceituosos. Pois debater o racismo à
brasileira é tarefa complexa, por tocar em privilégios centenários, dado aos que
usufruíram e ainda usufrui das vantagens de seu status quo. Também por todo
desenrolar afetivo sexual existente nas relações entre os senhores e pessoas
escravizadas. Ao estudar alguns dos processos crimes existentes na Biblioteca
Municipal de Barbacena-MG, Santos (2014) irá nos apresentar a complexidade dessas
relações. Onde muitas vezes se observará uma movimentação marcante e livre de
algumas senhoras escravizadas, munidas de uma autoridade concreta e real nessa
sociedade oitocentista.
Quem perde com tudo isso é sociedade brasileira, que dia-dia joga para debaixo
do tapete sua História se afundando em seu complexo de vira latas. Veste-se a máscara
da democracia racial, mas estamos mais próximos dos separados mais iguais dos EUA,
pois enquanto para o resto do mundo o Brasil é o paraíso multirracial harmonizado,
sabe-se de passagem as tensões raciais existentes em nosso País. A distância
socioeconômica a separar pretos e brancos ainda é grande, por isso é preciso denunciar
todas as formas de racismo e trazer as claras toda e qualquer forma de humilhação
injuriosa. Aproveitar de todas as formas possíveis para denunciar o preconceito racial
seja por meio das redes sócias e afins, fazem parte das estratégias encontradas por
diversos estudiosos das relações étnicos raciais. Como praticas que visam despertar no
cidadão brasileiro a reflexão e levá-lo entender um pouco sua própria história.
segregação racial, e possui essa dupla consciência de ser africano americano, sendo
excluído na própria terra que ajudou a construir. Esse mesmo véu paira sobre nossas
cabeças, nossas famílias em nossos trabalhos. Como um animal incapaz de se detectar,
ele o racismo segue fazendo suas vítimas, levando os descendentes dos libertos a
duvidarem de sua humanidade, e aos descendentes dos senhores a questionar onde esse
povo pretende chegar.
Conclusão
Portanto é de nós para nós, pois o que está em jogo é a construção positiva da
identidade nacional. Que passa pela questão de aceitar-se brasileiro, pois o que
aconteceu aqui é admirável aos olhos de todo mundo. Mas ainda é socialmente difícil de
ser aceito por um todo. Haja vista a busca de origens estrangeiras na composição
genealógica familiar, numa tentativa errônea de ser tudo, menos descendente de
africano. Pois segundo Nogueira (1991) no Brasil tem-se o racismo de marca, quanto,
mas escura for à pele, mas negro será. Por outro lado, quanto mais claro for, mas livre
estará de suas origens africanas. Assim é óbvio o quão distante estamos dessa
positividade nacional, e o quanto é preciso trabalhar principalmente com nossas crianças
e adolescentes a beleza e a riqueza que é nossa história e constituição como nação.
6
Referências Bibliográficas
Prudente, Wilson 2014 Justiça Global: Cotas raciais no supremo tribunal federal;
O regime internacional de combate ao racismo. Editora Impetus: Rio de Janeiro.
http://www.geledes.org.br/lazaro-ramos-diz-ter-sido-vitima-de-racismo-e-
constante-na-vida-do-negro/#gs.7BE9Odg acesso em 03-11-2016
http://www.institutocpfl.org.br/cultura/2015/08/19/raca-e-racismo-no-brasil-
contemporaneo-com-carlos-medeiros-integra/ acessado em 04-11-2016