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Eric não chegava a ser uma criança introspectiva, mas não se destacava em nada.
Não era mais inteligente que a média, não era ruim, mas também não era bom em
esportes, não era feio, mas também não tinha nada de especial, tinha uma voz fina e
estranha. Não sofria bullyng, mas tinha inveja dos garotos populares, que eram bons de
bola, que saiam com todas as menininhas.
Por volta dos 13 anos, começou a estudar teatro. Queria ser famoso, queria ser
alguém como as pessoas que via na TV. Foi também nessa época que as coisas
começaram a mudar. Foi despertando seus poderes um a um. O primeiro deles foi o voo,
depois veio a resistência, a cura, o fogo.
Os agentes o encontraram e ele não contou nada sobre isso. Teme que tenha sido
ou esteja sendo objeto de algum tipo de experiência e possa ser “descartado” se os
agentes descobrirem. Mas as visões da morte não pararam. Com o tempo veio uma
terrível dor no peito. Tentou procurar médicos humanos, mas teve que interromper os
tratamentos quando descobriu que seu corpo não reagia da mesma forma o dos humanos
normais aos medicamentos.
A cada dia que passa, ele tem visões ainda mais claras de sua morte. De alguma
forma que não sabe explicar, ele SABE que vai morrer e que não vai demorar muito!
Diante disso, ele começou a misturar uma personalidade ativa de quem quer aproveitar
ao máximo o tempo que lhe resta com uma certa paranoia, um medo absurdo de perder
a vida que sempre sonhou ter.
Atualmente, ele faz alguns trabalhos como figurante na rede Globo em São
Paulo, mas ganha a vida mesmo é com shows em barzinhos. As mudanças que
ocorreram em seu corpo parecem ter despertado um talento para as artes e ele adora a
forma como isso o torna especial. Busca o contato, busca a adoração. Sente que, com os
poderes que tem, tem também uma certa responsabilidade de fazer o bem a todas as
pessoas, de protegê-las, mas esconde de si mesmo que faz isso pelo doce sabor da
glória.
Eric tem uma ampla gama de poderes e essa versatilidade o torna uma peça
importante para os agentes. Por isso, a medida que começou a ganhar uma pequena
fama local como músico/ator, deram um jeito de lhe arrumar uma outra identidade
alternativa de nome Beto Alencar, algo facilitado também por sua habilidade de moldar
o rosto. Alem disso, ele também criou uma Identidade secreta: um homem com o rosto
cheio de cicatrizes que, volta e meia, age como uma espécie de justiceiro, sendo
adorado por alguns, odiado por outros.