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DIREITOS AUTORAIS NA INTERNET E SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

Sávio de Aguiar Soares

Sumário: 1 Conteúdo do Direito intelectual 2 Teoria Geral do Direito autoral 3 Obras intelectuais e
mídias digitais 4 Direito de acesso às obras digitais na sociedade da informação. 5 Considerações
finais; Referências.

Resumo: O trabalho tem o objetivo de delinear o estudo do Direito intelectual que compreende a
criação do espírito humano que se rege pelos interesses materiais do indivíduo como modo de
exteriorização de pensamentos, sensações, sentimentos, conhecimentos. Estes são essenciais para o
exercício do direito autoral enquanto emanação da paternidade da obra intelectual, tendo em vista a
nova ordem jurídica do Estado Democrático de Direito que corrobora com a tutela autoral em
questão. A regulamentação da atividade criadora das produções artísticas, científicas e literárias
proporciona ao próprio criador intelectual enquanto objeto de propriedade de ordem material e
moral reconhecido socialmente o exercício de um monopólio que deve ser compatibilizado com o
interesse público ante os objetivos de índole cultural da humanidade. Nesse passo, o presente estudo
tem por fito deslindar a temática acerca dos aspectos gerais relativos aos direitos de autor a partir da
interação entre os dispositivos da Lei de Direitos Autorais e os mandamentos constitucionais que
erigem os direitos autorais à condição de direitos humanos fundamentais. Portanto, o propósito é
buscar uma interpretação dos conflitos entre o Direito autoral e o direito de acesso à informação e à
cultura no sentido da relativização dos direitos de autor a fim de estabelecer o equilíbrio entre os
direitos do criador e o conjunto da sociedade que deve ter assegurado o direito de acesso à
informação, à educação, à ciência, à tecnologia e ao domínio público.

Palavras-chave: DIREITO INTELECTUAL; OBRA DIGITAL; DIREITO DE ACESSO;


SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO.

Riassunto: Questo lavoro ha come obiettivo delineare lo studio del diritto intelettuale che ingloba
la creazione dello spirito umano che se regola per l´interessi materiali dello individuo come modo di
dire i pensieri, sensazioni, sentimenti, conoscimenti. Questi sono abbastanza importanti per
l’esercizio del diritto d’autore come frutto della paternità della opera intelettuale, poichè la nuova
ordine giuridica dello Stato Democratico del Diritto in esame in questo lavoro. La regulamentazione
della attività di creazione di produzione di valore artistico, scientifico e letterario proporziona per
creatore intellettuale mentre oggetto di proprietà di ordine materiale e morale socialmente
conosciuto l’esercizio di un monopolio che deve essere armonizzato con l´interesse pubblico
davanti obiettivi di carattere culturale della umanità. Perciò questo studio ha come obiettivo vedere
aspetti generali su diritti d´autore mediante interazione tra Legge di Diritti d´autore e norme
costituzionale che fa il diritto d´autore come diritto umano fondamentale. Pertanto, l’obiettivo è
cercare un’interpretazione dei conflitti tra diritto d’autore e diritto di accesso alla informazione e
cultura nel senso di relativizazione del diritto d’ autore con il fine di fare l’equilibrio tra diritti del
creatore e la società che deve avere sicuro il diritto di accesso alla informazione, educazione,
scienza, tecnologia e anche al dominio pubblico.

Parole-chiave: DIRITTO INTELLETTUALE; OPERA DIGITALE; DIRITTO DI ACCESSO;


SOCIETÀ DELLA INFORMAZIONE.

1 Conteúdo do Direito Intelectual

O Direito intelectual compreende na sua gênese os Direitos autorais e os Direitos industriais


ambos envoltos no arcabouço da denominada propriedade imaterial (bens jurídicos intangíveis).
Essa categorização lógico-jurídica é definida por intermédio da classificação das espécies de
direitos subjetivos na órbita do Direito Privado, sendo relacionada com os conceitos derivados da
evolução do racionalismo jurídico o que ensejou a tutela legal aos direitos emanados do intelecto
humano.

Estes Direitos do homem enquanto criador intelectual afiguram-se nas criações do espírito,
de cunho estético e/ou utilitário, conforme o caso, tendo em vista a possibilidade de exploração
econômica pela elevada diversidade de usos das obras intelectuais na sociedade moderna em
decorrência da valoração promovida pela ideologia liberal burguesa, com relevo para os
movimentos políticos do liberalismo e do capitalismo, de que são também manifestações jurídicas
as declarações políticas dos direitos do homem e do cidadão.

O Direito intelectual foi concebido em 1877 quando o jurista belga Edmond Picard
preconizou a tese de inserção dessa nova categoria jurídica, em vista da insuficiência da clássica
divisão tripartite dos direitos (direitos pessoais, direitos obrigacionais e direitos reais), sendo
intitulada teoria dos direitos intelectuais, tendo sido adotada para elaboração da lei belga de 1886
que importou na sua aceitação por meio de convenções internacionais e, posteriormente, nas leis
internas de vários países.

Exsurge uma diversidade de propostas de conceituação para o termo propriedade intelectual


que se sobrepõem consoante os interesses e necessidades dos sujeitos de direitos correlacionados,
seja dos criadores (titulares originários), seja dos titulares derivados de direitos intelectuais e até
mesmo dos intérpretes da normativa de regência.

A posição mais usual reputa-o como o direito de propriedade, dotado de exclusividade como
incentivo, que recai sobre as mais variadas e intangíveis formas de criação da mente humana
resultante do esforço intelectual. (LEITE, 2004).

Consoante José de Oliveira Ascensão (2004, p.6) a estratégica e controvertida expressão


“propriedade intelectual” surgiu com o fito de preparar um entendimento favorável ao
reconhecimento e expansão do direito de autor ante o advento da Revolução Francesa no século
XVIII que emergiu para abolir privilégios. Nesse diapasão, a nomenclatura em comento teve um
aspecto pragmático, a fim de situar os bens jurídicos protegidos no rol das propriedades, numa
leitura de sacralização da propriedade individual à luz do liberalismo jurídico.

Ademais, a gênese dos direitos intelectuais em espécie constitui-se na criação do espírito


humano que se rege pelos interesses materiais do indivíduo como modo de exteriorização da
personalidade do autor (mediante pensamentos e a transmissão de sensações, sentimentos,
conhecimentos etc), estabelecendo-se por instrumentos mecânicos tangíveis ou simplesmente
perdurando na dimensão incorpórea do que se expressa (desprovido do emprego de suporte fático)
de acordo com a necessidade do criador intelectual.

Bittar (2004, p.3) sustenta que os direitos intelectuais em espécie cumprem finalidades
estéticas (de deleite, de sensibilização, de aperfeiçoamento intelectual, como nas obras de literatura,
de arte e de ciência), bem como atende a objetivos práticos (de uso econômico ou doméstico, de
bens finais resultantes da criação como móveis, máquinas etc), incorporando-se ao mundo do
Direito em razão da diferenciação em dois sistemas jurídicos especiais quanto ao Direito de Autor e
ao Direito de Propriedade Industrial.

O Direito de Autor em sentido objetivo é o ramo que regula as relações jurídicas decorrentes
da criação intelectual e a utilização das obras protegíveis, desde que pertencentes ao campo da
literatura, das artes e das ciências. O Direito Industrial aplica-se às criações de feitio utilitário,
voltadas para a satisfação das necessidades humanas imediatas, sendo dotadas de uso empresarial,
afigurando-se nas patentes (invenção, modelo de utilidade, modelo industrial e desenho industrial),
marcas (de indústria, de comércio, ou de serviço e de expressão ou sinal de propaganda), indicações
geográficas e cultivares (para as variedades vegetais).

Assim, a justificativa teleológica para a bipartição do Direito intelectual fulcra-se na


valoração dos bens de natureza utilitária cujo interesse mais imediato para a vida humana submete-
lhes a um prazo menor de exclusividade do criador.

Em contrapartida, os direitos decorrentes das criações do espírito que atendem os requisitos


necessários voltados para o aprimoramento cultural são munidos de maior alcance social o que
exige lapso de proteção patrimonial estendido.

É inteligível que o Direito intelectual conceitua-se como propriedade imaterial ou incorpórea


na qualidade de gênero, tendo como espécies ou ramos: os direitos autorais (direito de autor e
direitos conexos), os direitos de propriedade industrial, além dos direitos de propriedade
tecnodigital.

Vale dizer, o Prof. Dr. Leonardo Poli (2006a) propõe a ressistematização com a tripartição da
propriedade intelectual em três ramos, quais sejam, propriedade industrial, direito autoral e
propriedade tecnodigital, que comungariam das mesmas normas fundamentais na direção de
conceber uma Teoria Geral da Propriedade intelectual e a partir disso oportunizar a reaproximação
ao Direito civil às normas constitucionais fundamentais. De modo que, essa nova categoria jurídica
versaria sobre a aplicação do direito autoral em vista da tecnologia digital que tem ocasionado
mudanças cruciais na seara da propriedade intelectual.

Cuida-se de uma nova compreensão da propriedade intelectual. O impacto da tecnologia


digital no processo de massificação e acesso às obras intelectuais traduz uma nova realidade que
demanda da legislação, da doutrina jurídica e da jurisprudência um exame renovado no sentido de
debelar a propalada crise existente nas instituições autoralistas clássicas em prol da harmonização
entre a sociedade da informação e os Direitos autorais.

Esse ramo do Direito intelectual em comento seria responsável pela tutela das novas formas
de utilização das obras, ante o desenvolvimento tecnológico, com base na possibilidade de fixação
das obras em suporte digital, da codificação de qualquer modalidade de obra em representação
digital (armazenamento digital), da rapidez no fluxo das informações (compartilhamento pela rede
mundial de computadores) e divulgação das obras, assim como no aparecimento de novas
categorias de obras intelectuais etc.

O acordo TRIPS (Agreement on Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights) ou


Acordo sobre Aspectos dos Direitos da Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (ADPIC)
emergiu no cenário internacional no sentido de reconhecer a extrema importância da propriedade
intelectual para o desenvolvimento socioeconômico-cultural da humanidade.
Izabel Vaz citada por Leite (2004, p. 24) assevera que um dos motivos da inclusão da tutela
à propriedade intelectual entre os direitos fundamentais na Constituição Federal de 1988 tem
respaldo na proteção dos direitos econômicos ou patrimoniais e morais do criador sobre as suas
criações e do público quanto ao acesso aos bens criados, a fim de fomentar o desenvolvimento
econômico e social.

A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) criada em 1967 é um dos


organismos especializados da Organização das Nações Unidas (ONU), sendo responsável pela
administração da Convenção de Berna para proteção das obras literárias e artísticas. Essa entidade
apregoa que a propriedade intelectual compreende os Direitos de autor e os que lhe são conexos,
programas de computador, bancos de dados, marcas, patentes e a concorrência desleal.

A razão de ser dos Direitos do Intelecto funda-se na tutela jurídica que se exige nos tratados
e convenções internacionais, assim como nas legislações internas da maioria dos países integrantes
da Organização Mundial do Comércio (OMC), entidade supranacional criada em 1995, cujos
Estados-membros em sua totalidade são signatários da Convenção da União de Paris (CUP) alusiva
aos direitos industriais de 1883, bem como da Convenção de Berna relativa aos Direitos Autorais
datada de 1886, com suas respectivas revisões posteriores.

O denominado sistema de proteção da propriedade intelectual mundial é composto pelas


entidades supracitadas, de modo que a OMPI atua na harmonização legislativa do direito de
propriedade intelectual e a OMC cuida dos aspectos relacionados ao comércio internacional com
fulcro no TRIPS/ADPIC, gerando obrigações de conduta na ordem internacional exigíveis dos
Estados-partes do referido tratado-contrato.

A OMC ao regular os direitos intelectuais em espécie teria transformado tais direitos em


mercadoria como mero componente do mercado internacional, ignorando o elemento personalístico
ou cultural. José de Oliveira Ascensão (2004, p.9) designa esse fenômeno como a representação da
hegemonia da vertente empresarial sobre a criação intelectual no campo do que o jurista português
qualifica como das empresas de copyright cujos efeitos se expandem na economia da informação
que estaria sendo alvo de apropriação privada em contraposição ao direito da cultura (liberdade da
informação).

Em suma, o conteúdo do Direito de propriedade intelectual ou simplesmente Direito


intelectual reveste-se de uma relevância ímpar na sociedade contemporânea em razão da
diversidade de questões vitais na formulação de políticas e diretivas que implicam conseqüências
incomensuráveis no comportamento dos indivíduos, das instituições privadas e públicas, de alcance
nacional e internacional.
Por conseguinte, esse caráter crucial exige dos teóricos da Ciência do Direito a tomada de
posicionamentos capazes de contribuir para a pacificação dos interesses e o deslinde das
controvérsias resultantes das relações sociais e jurídicas disseminadas no meio social, político,
econômico etc.

2 Teoria Geral do Direito autoral

A proposta de uma Teoria Geral busca fixar os contornos desse microssistema jurídico a
partir do exame da relação jurídica autoral no âmbito existencial e patrimonial, de seus elementos
estruturais, natureza jurídica e de sua principiologia.

Além da análise dos direitos conexos, dos negócios jurídicos autorais, das relações de
trabalho intelectual e titularidade das criações, da responsabilidade civil, penal e administrativa por
violação aos direitos de autor (ilícito autoral), como também das questões relativas à propriedade
tecnodigital, na dimensão da nova realidade tecnológica e as mudanças paradigmáticas nos
institutos de Direito autoral.

A Lei de Direitos autorais (LDA), Lei Federal nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998, assenta-
se como a lei básica do microssistema autoral dotada de regras e princípios destinados a regular os
casos concretos. No entanto, as regras de Direito autoral devem ser interpretadas com o escopo de
preservar a unidade hermenêutica e coerência do ordenamento jurídico, isto é, do direito positivo.

Leonardo Poli (2006a) pontifica que o Direito autoral contemporâneo deve ser voltado à
tutela das relações jurídicas decorrentes da criação, de modo que a obra intelectual deixa de ser o
centro gravitacional do Direito autoral. Evidencia-se a constitucionalização do Direito autoral na
expressão cunhada de Direito autoral-constitucional que considera o direito subjetivo em razão de
suas plúrimas funções, quais sejam, econômica, social, cultural, pedagógica, política, normativa etc,
superando a tutela individualista do criador.

Noutras palavras, as relações jurídicas autorais devem ser funcionalizadas a interesses


existenciais e sociais na ordem pública que é norteada pela preocupação com a dignidade da pessoa
humana e sua personalidade, elevando-se ao plano constitucional os princípios fundamentais do
Direito autoral em decorrência da absorção pelo texto constitucional da prerrogativa de disciplinar,
principiologicamente, a totalidade das relações jurídicas intersubjetivas, a fim de proteger a
personalidade humana mais do que a propriedade, o ser mais o que o ter, os valores existenciais
mais do que os patrimoniais. (TEPEDINO, 2003).

Nessa esteira, insta aludir sucintamente ao processo que desencadeou o advento do


microssistema autoral no desiderato de elucidar o contexto de edição do estatuto autoral e da
premência de sua ressistematização a partir da Teoria Geral ora demarcada.

Remonta à Escola da exegese, movimento ideológico que emergiu da edição do Código


Napoleônico de 1804, o mito do legislador racional, onisciente e onipresente, com capacidade de
criação de um Código que circunscrevesse a plenitude das situações da vida humana. Ao intérprete
caberia tão-somente aplicar silogisticamente o Código ao caso concreto com base numa lógica
puramente dedutiva, conforme método jurídico do positivismo. Isto é, o pensamento denominado
sistemático-axiomático segundo o qual qualquer processo de aplicação do Direito concebia-se como
existente prévia e independentemente da realidade a que se refere (do contexto de aplicação).
(GALUPPO, 2003).

A codificação civil brasileira de 1916 alicerçou-se no paradigma do Estado liberal, patriarcal


e individualista com a pretensão de conformar um corpo normativo único das relações jurídicas
patrimoniais privadas, exercendo uma posição de centralidade e exclusividade no campo do Direito
Privado.

Contudo, as necessidades, anseios e demandas socioeconômicas suscitaram o que o jurista


argentino Ricardo Luis Lorenzetti (1998) classificou como o “big bang legislativo”, ou no dizer de
Gustavo Tepedino (2004) na configuração da vocação expansionista da legislação especial ou
extravagante, consagrando na evolução da civilística a pluralidade de fontes normativas.

Os microssistemas consolidaram-se com independência temática, individualidade lógica e


formal, princípios autônomos, institutos específicos e particulares para regulamentar setorialmente
determinadas matérias. Firmou-se um fenômeno de descodificação no qual o Código Civil passou a
ter um alcance cada vez menor.

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 desempenha o papel nuclear de


unidade e equilíbrio do sistema normativo pátrio. Por sua vez, no sistema juscivilístico, no entender
do Prof. César Fiuza (2006), o Código Civil ainda ocupa a posição central, submetendo-se
inelutavelmente à leitura do texto constitucional na consecução da chamada virada hermenêutica em
que as normas fundamentais, valores e princípios constitucionais atuam como convergentes e toda
norma jurídica deve ser interpretada a partir deles.

Demais disso, os princípios da socialidade, eticidade e operabilidade que foram erigidos pela
codificação de 2002 ao patamar de postulados fundamentais devem ser suficientes para a
implementação dos valores constitucionais com o intuito de lograr a paz social e o pleno
desenvolvimento econômico-social.

Os microssistemas, embora sejam munidos de vida própria, giram em torno do Código Civil
ante o caráter interdisciplinar e do ponto de vista interpretativo na disciplina de casos não regulados
por normas especiais.

Não obstante a fragmentação do sistema jurídico verifica-se que a reorganização normativa


do Direito Privado é obtida pela aplicação dos princípios constitucionais e das normas
fundamentais.

As normas constitucionais aplicáveis na esfera privada culminaram no processo de


constitucionalização do Direito Civil com ênfase para os valores existenciais da pessoa humana.
Entendendo-se que se devem colocar as situações patrimoniais a serviço das situações jurídicas
existenciais. A adjetivação reflete a despatrimonialização do Direito Privado. O Direito civil é visto
constitucionalizado, socializado, publicizado, como expressão das transformações operadas pela
normativa constitucional no bojo do Direito civil na sua totalidade seja do ponto de vista da criação,
aplicação e interpretação jurídicas.

Nessa linha de intelecção, Mattietto (2000) aduz que cabe ao intérprete e construtor do
sistema a formação de uma mentalidade constitucionalística com a adoção das normas contidas na
Constituição cujas direções hermenêuticas, de efetivo caráter de direito substancial, devem estar
presentes na regulação das situações jurídicas, bem como empreendendo uma civilística mais
sensível aos problemas e às exigências da sociedade.

Assim, o Direito autoral apresenta-se sob a égide de uma lógica própria que se robusteceu
com a evolução social e tecnológica em constante renovação o que exige da legislação autoral uma
dinâmica específica com o escopo de adaptar seus institutos, resultando na supramencionada
ressistematização.

A visão constitucionalizada do microssistema autoral institui-se na reformulação do método


de interpretação jurídica no emprego da perspectiva funcional, perfazendo a mencionada
ressistematização na busca de harmonizar as novas tecnologias, a liberdade de expressão artística,
intelectual e científica, o acesso à cultura, à informação e ao conhecimento com o exercício da
exclusividade de exploração econômica do titular de direitos autorais.

A teoria jurídica do Direito autoral outrora fundada nos dogmas da autonomia da vontade, na
liberdade econômica, na dualidade público e privado, no formalismo e positivismo, sendo bastante
arragaida à ideologia liberal burguesa transmuda-se ao corporificar os fundamentos da dignidade da
pessoa humana e da funcionalidade do direito subjetivo autoral.

O Direito de autor reveste-se de uma razão especial na tutela da pessoa humana enquanto
criadora da obra intelectual, sendo dotado de norma de ordem pública e por isso é qualificado como
direito fundamental da pessoa humana que independe do Estado e se manifesta pela criação
intelectual.

Por seu turno, o Direito autoral constitui ramo da Ciência do Direito que agrega as situações
jurídicas vislumbradas nas faculdades e prerrogativas atinentes aos sujeitos de direito de autoria
(autor e titular de direito autoral), destinando-se a salvaguardar os respectivos titulares, na defesa da
paternidade e integridade das obras intelectuais, em observância ao caráter bifronte, no tocante ao
aspecto da manifestação direta da personalidade intangível do autor da própria essência da atividade
criadora e, igualmente, na qualidade de propriedade móvel ante a natureza de direito real pela
índole econômica viável no exercício do jus utendi, fruendi et abutendi (direito de usar, fruir e
dispor) de sua criação, por força do fixado no diploma autoral. (SOARES, 2006, p.87).[2]

3 Obras intelectuais e mídias digitais

O Direito intelectual insere-se no paradigma do ambiente tecnológico digital (dos avanços


das telecomunicações e da informática), sendo que da Teoria Geral do Direito autoral obtêm-se os
elementos para a formação dos conceitos da propriedade tecnodigital enquanto decorrência da
digitalização, das auto-estradas da informação e da multimídia, configurando “a sociedade de
comunicação em que tudo estaria ao alcance do utente no meio digital e em regime de
interatividade.” (ASCENSÃO, 1997).

Na abertura de um novo espaço de comunicação em que a informação assume papel de


relevo para o desenvolvimento econômico, social, cultural, contribuindo para a Revolução
tecnológica digital (tecnodigital) que sufragou a propriedade intelectual (leia-se com destaque ao
direito de autor) à condição de bem principal na regência da economia de mercado do século XXI.

A digitalização é reputada como fundamento técnico da nova face do mundo virtual, tendo o
ciberespaço como meio de comunicação que emana da interconexão mundial dos computadores
cujo significado representa não somente a infra-estrutura material da comunicação digital, mas
inclusive o universo de informações por ele compiladas e a multiplicidade das sociedades humanas
com ele relacionadas. (LÉVY, 1999).

O ambiente digital afigura-se na definição da cibercultura que se perfaz mediante um


conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, atitudes, modos de pensamento e de
valores que suscitam o crescimento desse ciberespaço, seja em razão da dinâmica libertária e
comunitária da Internet na configuração da interatividade, seja nas implicações culturais do
desenvolvimento das tecnologias digitais de informação e de comunicação.

O estudo ora delineado funda-se na evolução do instituto do direito de autor em que o


processo de digitalização apresenta-se como expressão do domínio tecnológico sobre a informação
digital na busca de soluções para a manifesta crise existente nas instituições autoralistas clássicas.
Isso pressupõe a releitura conceitual (que seguramente já se encontra em processamento) das
instituições de Direito autoral, a fim de se coadunar a realidade tecnológica em constante
metamorfose na dinâmica da tecnologia que produz em toda sua extensão reflexos no plano da
Ciência do Direito.

A virtualização do saber e da comunicação, a convergência tecnológica, a complexidade das


mídias (multimídia), as mutações no modo de ser da interatividade e da interconexão mundial por
via digital, assim como as relações jurídicas desencadeadas nessa dimensão de transformações
socioeconômicas, políticas e culturais compõem o quadro das questões versadas no debate sobre o
direito de autor e a informação diante das novas tecnologias da Internet (efeitos da tecnologia
digital no âmbito do Direito de autor).

Isto é, a digitalização das obras tuteladas pelo Direito de autor demanda um tratamento legal
específico que seja suficiente ao equacionamento dos interesses dos criadores intelectuais e dos
usuários das obras disponibilizadas no meio virtual.

Nesse passo, entende-se a tecnologia da informática (em que a internet desempenha papel de
destaque) como meio de comunicação revolucionário responsável pela superveniência da
cibercultura e do fenômeno da digitalização.

O ponto central consubstancia-se na adaptação do direito de autor à realidade tecnológica,


por meio do exame de pontos nevrálgicos, como a plausibilidade ou não da aplicação de tecnologias
que obstaculizem o acesso público ao conteúdo das informações e conhecimentos, mediante o
emprego de ferramentas que controlem e restrinjam a reprodução, execução e distribuição de obras
no formato digital. Cuida-se do questionamento acerca das medidas tecnológicas adotadas no
ambiente virtual para o alcance do balanceamento de interesses dos sujeitos de direito autoral.

Por força da virtualização do conhecimento e das informações ocorre a discussão sobre os


aspectos jurídicos da Internet e a aplicação do Direito autoral no seu campo de abrangência.
Inclusive sobre o controle de utilização das obras e a disponibilização das mesmas em rede.

Os efeitos jurídicos da virtualização são identificados por meio das obras digitais que têm
relação com a liberdade intelectual (enquanto prerrogativa individual do criador limitada
constitucionalmente) em que se visualiza o confronto com os demais direitos fundamentais em tela.

Assim, impõe-se averiguar o movimento de privatização da informação (ou apropriação


privada da informação) em face do controle da mesma por agentes econômicos (indústria cultural e
midiática) no mercado cultural que a transformam em mercadoria e reduz o cumprimento das
experiências culturais (com a escassez dos recursos culturais), porquanto a informação é convertida
em produto de consumo.

Em relação à obra multimídia caracterizada como obra que reúne vários tipos de expressão
de obras (texto, som e imagem) num único suporte informático é importante ponderar sobre a
autorização de uso por parte da pluralidade de titulares de direitos autorais e a respectiva
remuneração pelo emprego dessas obras com a superveniência do fenômeno da digitalização.

Logo, na Era Digital (também chamada de Era das Redes) a obra multimídia passa por uma
releitura, pois com a digitalização dos dados e da desnecessidade de um suporte material tangível
para se considerar a obra existente ou para a sua divulgação no ciberespaço, cria-se a possibilidade
de reprodução de obras intelectuais em questão de segundos, permitindo com mais facilidade a
violação dos direitos autorais.

A digitalização das obras reflete a decodificação e fixação das criações do espírito em


suporte digital com a finalidade precípua de utilização ou exteriorização, conforme o caso. A obra
digitalizada incorpora-se ao mundo virtual e comporta usos que transcendem aos conceitos
tradicionais do Direito autoral. (POLI, 2006, p. 135).

A modificação da tecnologia analógica para a digital repercutiu estruturalmente no Direito


autoral. Com o advento da Internet a forma de exteriorização das obras passa a ser digitalizada
(informações codificadas em bits), permitindo que a compilação de diversas obras, ou mesmo sua
reprodução e a divulgação sejam feitas de uma forma bem mais rápida do que possível ou alcançada
pela tecnologia analógica.

Desta feita, o movimento geral de digitalização ocorre mediante a integração de todas as


mídias, isto é, qualificando a “unimídia” em que as mídias separadas são unidas numa mesma rede
digital integrada e interconectada.

Em suma, o essencial é elucidar a definição de ciberespaço como “espaço de comunicação


aberto pela interconexão de computadores e das memórias de computadores” (LÉVY, 1999, p.92),
considerando sua marca distintiva na codificação digital da informação (digitalização geral da
informação) com destaque para seu papel de canal de comunicação do século XXI.

Não obstante as características do espaço virtual, tais como, a falta de territorialidade, a


incidência de anonimato virtual, a natureza descentralizada da rede, o grande número de usuários,
bem como a rapidez do desenvolvimento tecnológico existe de forma efetiva a possibilidade de
gerenciamento, controle e segurança do bem jurídico autoral por meio da Gestão de Direitos
Digitais (do inglês Digital Rights Management ou DRM) que se refere aos métodos de tutela do
conteúdo produzido no formato digital.

4 Direito de acesso às obras digitais na sociedade da informação

A sociedade da informação consiste no modo de desenvolvimento econômico em que a


informação é essencial na formulação do conhecimento e na satisfação das necessidades dos
indivíduos, com ênfase na atividade econômica, na circulação de riquezas, na definição da
qualidade de vida das pessoas e de suas práticas culturais como síntese das alterações tecnológicas
introduzidas na organização social (em suas leis e costumes) pelas quais a informação vincula o
local e o global.

Manuel Castells citado por Marcos Wachowicz (2007, p.89) entende que o termo sociedade
da informação enfatiza o papel da informação na sociedade enquanto “atributo de uma forma
específica de organização social em que a geração, o processamento e a transmissão da informação
tornam-se as fontes vitais de produtividade e poder, devido às novas condições tecnológicas
surgidas nesse período histórico.”

Trata-se de novo paradigma tecnológico, social, cultural e comportamental estabelecido


como marco analítico para qualificar o modelo da sociedade. O conhecimento é a principal força de
produção da sociedade e da necessária harmonia com o direito à liberdade da informação,
considerando o papel decisivo do Estado Democrático de Direito na tutela do acesso à informação e
do exercício da liberdade de pensamento e de expressão.

A informação é fundamental no aspecto econômico, tornando-se um autêntico bem de


produção universal que Ascensão (2004) denomina instrumento-motor ou fator decisivo do
fenômeno da globalização, proclamando que se trata de uma realidade dos nossos dias segundo a
qual “quem domina a informação domina o mundo”.

Segundo Aires J. Rover e Djônata Winter (2003, p.77-80) a informação acompanha as


mudanças derivadas das demandas e pressões da sociedade de massas e da economia de mercado
em que o desenvolvimento das inovações tecnológicas especialmente da informática influi em
diversos setores da organização social, política e econômica como um todo. Na era do acesso faz-se
imperativo restabelecer o equilíbrio entre o âmbito cultural e o âmbito comercial.

Vislumbra-se a degradação do saber como mercadoria em que o conhecimento transforma-


se em bem apropriável e por isso objeto cada vez mais de direitos de exclusivo na esfera do Direito
intelectual no que seria reputado como uma mercantilização geral.

Em outras palavras, a concepção empresarialista do copyright ao revés de estimular à


criação em si configura estímulo à comercialização em virtude da excessiva proteção aos direitos
patrimoniais.

Destarte, na evolução dos direitos intelectuais a preocupação com a mercantilização do


direito de autor em mercadoria evidencia sua qualificação como um subproduto do direito do
comércio internacional. Assim, o fomento da cultura é entendido como o fomento das indústrias
culturais (copyright).

Em particular, no tocante à obra multimídia acima aludida convém fazer mais algumas
ponderações. Essa obra intelectual pode ser entendida combinação de duas ou mais formas
digitalizadas de expressão artística (texto, imagens ou sons), transmitidas pelo computador por
intermédio de um programa de computador, sendo caracterizado pela conjugação de arte (os textos,
as imagens e os sons digitalizados) e técnica (o software que faz o sistema funcionar) (CARBONI,
2003, p.14).

No que concerne à exteriorização da obra multimídia verificam-se os aspectos relacionados


com a utilização da tecnologia digital. Notadamente, a tecnologia digital consiste numa espécie de
codificação da informação. Vale dizer, vislumbra-se na utilização de um código binário (seqüência
de dígitos) para indicar qualquer quantidade e/ou espécie de informação. Isto é, como já frisado
acima com a tecnologia digital, textos, imagens e sons podem ser fixados e transmitidos em uma
mesma mídia (multimídia).

Há iniciativas que permitem o acesso às obras intelectuais digitais ao público sob condições
mais flexíveis com base em projetos colaborativos ou de criação integrada de desenvolvimento e
disponibilização de licenças públicas em que a coletividade de usuários tem acesso dentro dos
limites das licenças.

No ambiente virtual o modelo cooperativo de uso de obras sucede por meio do sistema
creative commons que consiste numa licença de uso (como um contrato atípico) pelo qual o titular
do direito de autor e conexo autoriza que as obras disponíveis ou não no formato digital sejam
identificadas em vários níveis de autorização (BRANCO JÚNIOR, 2007).
Nesse acesso condicionado as restrições ou travas tecnológicas (medidas tecnológicas de
proteção) correspondem a chaves criptográficas (dispositivos de codificação) inseridas nos bens
culturais digitais, atuando no reconhecimento de características tecnológicas programadas de
fábrica.

Nesse sentido, a justificativa para a aplicação de medidas de proteção aludidas sustenta-se


no fato de que o uso privado teria deixado de ser privado, tendo em vista que os usuários finais
teriam se tornado verdadeiros agentes intermediários destinados a redistribuir o conteúdo das obras
disponibilizadas no meio digital (GERVAIS, 2007, p.217).

No tocante às licenças públicas são outorgadas pelos legítimos titulares de direitos autorais
para que as obras intelectuais possam ser utilizadas (distribuídas, copiadas etc) por qualquer
interessado em arquivos públicos na Internet, em redes de compartilhamento de arquivos etc.

Traduz-se em uma conciliação entre os interesses individuais do criador e os da coletividade


de pessoas. Ao criador conferindo-se o monopólio do produto do intelecto humano por certo lapso
de tempo e à coletividade implementa-se a utilização por qualquer de seus integrantes, voltando-se
ao desenvolvimento e a difusão da cultura.

Convém a revisão da possibilidade do direito de reprodução no que diz respeito as


limitações dos direitos patrimoniais de autor, nos termos do art. 46 e seguintes da LDA (reprodução
de pequenos trechos de um só exemplar para uso privado do copista sem fins lucrativos). A
limitação legal deve ser observada no sentido de contemplar o chamado uso privado ou doméstico,
abrandando o rigor da legislação autoral e a regra proibitiva da reprodução de obras intelectuais
pelos usuários da internet.

Com o crescimento do acesso à internet em altas velocidades o modo de pensar com relação
aos Direitos autorais exige uma reflexão sobre a fluidez dos padrões estabelecidos e conhecidos e as
soluções possíveis tanto jurídicas quanto tecnológicas a curto, médio e longo prazo.

As normas constitucionais garantidoras do desenvolvimento nacional (socioeconômico),


acesso à cultura, à informação, à educação e ao conhecimento em geral são consideradas como
causas de atribuição do direito patrimonial de autor. Isto é, a razão de ser (a função) que o
ordenamento jurídico reconhece aos direitos patrimoniais de autor é no sentido de conferir eficácia
aos preceitos constitucionais supracitados.

No entendimento ora propugnado devem ser consideradas livres as atividades que não
tiverem nenhuma incidência negativa na exploração econômica da obra, bem como noutros casos
que envolvam qualquer ato incapaz de prejudicar a referida exploração da obra (ASCENSÃO,
1997).
Depreende-se, em verdade, que o problema consiste na interpretação dos conflitos entre o
Direito autoral e o direito de acesso à informação e à cultura no sentido da relativização dos direitos
de autor a fim de estabelecer o equilíbrio (balanceamento) entre os direitos do criador que deve
lograr uma justa compensação pela sua atividade intelectual e o conjunto da sociedade que deve ter
assegurado o direito de acesso à informação, à educação, à ciência, à tecnologia e ao domínio
público (inclusive no que diz respeito à utilização do patrimônio cultural comum) como um todo na
qualidade de categórico direito imanente ao exercício da cidadania.

5 Considerações finais

O desafio monumental que se apresenta ao Direito autoral consiste precisamente na


formulação de normas regulamentadoras capazes de assegurar tutela mais eficaz à propriedade
intelectual como um todo diante do ambiente virtual fragmentado e com a multiplicação
incomensurável dos usuários nos meios digitais.

Na seara das obras multimídia e da tecnologia digital é válido o tipo de gestão coletiva que
compreenda a concessão de licenças ou autorizações centralizadas para várias espécies de obras
intelectuais.

Portanto, o exercício do direito subjetivo patrimonial de autor consistente no poder do titular


legítimo de excluir terceiros da utilização pública da obra, sem a respectiva autorização, reforça-se
com a posição na qual devem ser consideradas livres as atividades que não tiverem nenhuma
incidência negativa na exploração econômica da obra, bem como noutros casos que envolvam
qualquer ato incapaz de prejudicar a referida exploração da obra, nos termos dos princípios da
Convenção de Berna supracitada.

Em síntese, o presente estudo buscou corroborar com visão constitucionalizada da teoria


jurídica haurida do microssistema autoral à luz da hermenêutica jurídica na perspectiva funcional
que coadune as novas tecnologias, a liberdade de expressão artística, intelectual e científica, o
acesso à cultura, à informação e ao conhecimento em consonância com o exercício da exclusividade
de exploração econômica do titular de direitos autorais.
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