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 Transparência e turbidez em sistemas aquáticos

-Aqüicultura-

 TRANSPARÊNCIA

A primeira preocupação do produtor deve ser com relação a produtividade aquática, sendo
facilmente expressa pela relação produtor-consumidor primário ou a concentração e tipo de
organismos fitozooplanctônicos (algas e microanimais flutuantes), mais os materiais
dissolvidos existentes no sistema.
A produtividade aquática será mais elevada, em especial do fitoplâncton, onde a zona fótica
tiver maior profundidade, ou seja, na faixa que vai até ao ponto da máxima profundidade
atingida pela luz e onde ainda seja possível ocorrer a fotossíntese, (coeficiente de extinção
da luz). Essa profundidade pode ser praticamente determinada com a utilização do "disco
de Secchi", (transparência) correspondendo à aproximadamente, entre 2 a 3 vezes mais a
que foi apontada pelo disco.

*O disco de Secchi, consiste de um prato chato, de certo peso, suficiente para afundar,
pintado de branco ou em 4 partes intercaladas de branco e preto, preso ao centro por um
cordão ou bastão, com escala. O seu nome se deve ao pesquisador italiano A. Secchi.

O coeficiente de extinção corresponde aproximadamente ao dobro da profundidade


registrada pela escala do aparelho, no local em que foi mergulhado o "disco de Secchi".
Para o observador, a luz teve que percorrer, na verdade, 2 vezes o trajeto entre a superfície
da água e o disco.

*Certas ocorrências naturais influenciam na transparência da água e na sua própria


qualidade, como é o caso da presença de substâncias "colorizantes", (ácidos húmicos,
fúlvicos, toxinas de algas, etc), que atuam como "quelantes", estando associadas
principalmente à manutenção de metais dissolvidos no meio líquido. Os metais reduzem a
capacidade autodepuradora das águas, além de poder apresentar ações tóxicas sobre os
microrganismos responsáveis pela regeneração, ou seja, pelo processo de decomposição
orgânica e inorgânica, ocorrida nos sistemas hídricos. Também a concentração de partículas
(sais, cristais, etc) dispostas no meio líquido, influêm na capacidade de penetração da luz.

*Tanques abastecidos por águas ricas em ferro e/ou manganês, quando dos processos
normais e necessários de aeração, mostram-se eficientes formadores de glúmeros, sob a
forma de óxidos. A morte por "asfixia" causada por tamponamento e aglutinação nas
estruturas respiratórias, decorre freqüentemente da presença de óxidos, de colóides, de
fungos, de bactérias e algas na água. Lembramos que a incorporação de elementos e/ou
substâncias tóxicas é altamente facilitada pela presença de colóides. Recomenda-se a
aplicação de cal hidratada ou hidróxido de sódio, carbonato de sódio e sulfeto de sódio,
resultando na precipitação, além da assepsia.

Considera-se como "transparência ideal" da água, quando se consiga ver o "disco de


Secchi" submerso até uma profundidade de 30-40 cm. Na prática, muitos criadores
submergem o braço até a profundidade do cotovelo, conseguindo assim visualizar a palma
da mão, utilizada como anteparo (lembrar do disco de Secchi). A coloração da água nesse
caso deve se apresentar verde-pardacenta.

Com as profundidades praticadas na maioria dos tanques nacionais, leituras quanto a


transparência, menores que 30cm indicam ou turbidez excessiva pela presença maior do
fitoplâncton, com menor concentração de gás oxigênio na água, ou então a presença de
partículas de solo em suspensão o que ocasiona baixa produtividade e incomodo nos
organismos com a deposição de material nos filamentos branquiais. Transparências maiores
de 50cm indicam escassez do fitoplâncton , produtividade inadequada e perigo do
aparecimento de plantas aquáticas superiores ou ervas daninhas.

Em regiões onde o período e intensidade da luz do sol for maior, justifica-se plenamente
tanques de criação com profundidades maiores que 40cm. O procedimento de se construir
tanques com 0,75m a 1,5m, só deve ser seguido em regiões de fraca e curta ação luminosa,
pois permite uma maior presença da zona fótica na água, ou seja, maior capacidade de
penetração dos raios solares. Cabe aqui uma exceção, pois no caso do bagre, por necessitar
ou efetuar movimento vertical constante(fundo/superfície), tanques de maiores
profundidades ocasionam maior estresse e consumo de energia. Em criações de tilápia
(herbívora) admiti-se valores menores para transparência, porém com atenção a
deficiências como do gás oxigênio e estresse nos organismos. Para criação de trutas a
transparência da água deve ser quase ou total.

Esta relação utilizada, de modo geral, pelos aqüicultores dulcícolas nacionais, se deve a
generalização quanto à profundidade dos nossos tanques, ou seja, variando sempre entre
0,75m/1,50m, baseada em orientações oriundas de técnicos ou pisciculturas estrangeiras,
locais onde é baixo o período (intervalo) de maior incidência solar. Logicamente, regiões
de maior intensidade luminosa, (norte-nordeste brasileiro) suportam tanques pouco mais
profundos e portanto até com maior profundidade na transparência. Uma região de menor
intensidade luminosa natural, requer tanques de menor profundidade, devendo apresentar
menor profundidade na transparência, principalmente quando da criação de organismos que
necessitam de maior quantidade de infusórios (fitozooplancton). Lembrar que os
organismos, como as trutas, que necessitam de alta concentração de oxigênio dissolvido e
temperaturas baixas, a transparência deve ser total ou quase total e uma pequena
profundidade dos tanques.

 TURBIDEZ

*Outra variável de importância na aqüicultura é a turbidez da água, pois aponta a


quantidade de sólidos em suspensão, responsáveis por variações quantitativas e qualitativas
da qualidade das águas, como penetração da luz, fotossíntese e produtividade. Ela é
resultante da presença de partículas orgânicas ou do solo (inorgânicas), em suspensão na
água, até certo ponto desejáveis na medida que reduzem a penetração de luz, impedindo a
manifestação das macrófitas nos viveiros.

Porém, concentrações elevadas de sólidos em suspensão são danosas aos peixes, impedem e
reduzem excessivamente a passagem da luz, desequilibrando assim cadeia trófica. Em
águas muito turvas a luz se extingue completamente logo abaixo da superfície d’ água.
Uma elevação nessa variável pode causar modificações nos ciclos biodinâmicos,
interferindo na velocidade e intensidade da ação fotossintética.

O aparelho utilizado para medir a turbidez é o turbidimêtro ou nefelômetro, que determina


a quantidade de material em suspensão, através da capacidade da luz difundida por entre
substâncias (meio líquido). Tem como unidade de medida a UNT (unidade nefelométrica
de turbidez).

*A turbidez é o inverso da transparência da água, sendo esta última,


associada a cor e a turbidez, medindo por sua vez a profundidade de
penetração da luz na massa líquida, este um fator limitante do crescimento e
reprodução das plantas aquáticas.
**Para aqüicultura, a turbidez deve estar sempre acima de 10 UNT e abaixo
de 40 UNT. Lembrar que quanto maior a turbidez, maior será a quantidade
de partículas em suspensão e menor será a transparência da água do viveiro.
Como nem todo criador dispõe de um aparelho turbidímetro, ele deve adotar
a relação turbidez/transparência, mantendo suas águas entre 30/40cm de
transparência.
Na maioria das vezes, a maior fonte de partículas de solo em suspensão em águas de
viveiros é proveniente da erosão dos taludes , dos canais de abastecimento, erosão dentro
do próprio viveiro e provocada pelo excesso de aeração, o que revolve o fundo e não
permite a decantação de partículas.
Águas cristalinas são indesejáveis em tanques de criação, indicando pobreza de certos
elementos, como nutrientes e algas. Uma água turva demonstra excesso de materiais
orgânicos, como excrementos, restos vegetais e animais, etc., provocando o aumento de
bactérias. Solo argiloso e águas em movimentação, ocasionam turvamento.

Manter a água do tanque de piscicultura com baixo nível de turbidez, com certeza
propiciara mais um fator de melhoria na procura alimentar, pois segundo alguns técnico e
criadores e mesmo pescadores profissionais, o limite mínimo de luminosidade para
localização e captura do alimento pelo peixe seria de aproximadamente 10 lux, o
equivalente a visibilidade em noite de lua cheia. Água muito turva ou seja com maior
quantidade de material em suspensão, dificulta a penetração dos raios luminosos. A unidade
de medida "lux" é definida como "... a iluminação de uma luz produzida por uma fonte
luminosa, incidindo sôbre uma superfície à distância de 1 metro".

Helcias Bernardo de Pádua

e.mail: helcias@ifxbrasil.com.br
tel. 0xx11-3078-1120

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