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Bibliografia
Aula 1
1.1 QUESTÕES BÁSICAS DA ECONOMIA
O termo economia origina-se das palavras gregas oikos (casa) e nomos (normas). Na
Grécia antiga, Economia significava a arte de bem administrar o lar, levando-se em conta a
renda familiar e os gastos efetuados, durante um período. Em seu tratado Ho Oikonomikos,
Xenofonte (43 1-355 a. C.) ensinou as regras básicas para a administração de uma casa,
para a caça, pesca, agricultura e o manejo dos escravos. Posteriormente, as normas
relativas à administração do lar e das terras de um senhor em particular foram estendidas à
polis (cidade-estado).
A Economia Aplicada, por sua vez, utiliza “a estrutura geral de análise fornecida pela
Teoria Econômica, para explicar as causas e o sentido das ocorrências relatadas pela
Economia Descritiva” (Stonier & Hague, 1967, p. 1). Como exemplo de Economia Aplicada,
tem-se as disciplinas de Economia do Meio Ambiente, Economia do Setor Público,
Desenvolvimento Econômico etc.
Em segundo lugar, vem a questão de como produzir, que diz respeito à tecnologia. O
conhecimento tecnológico pode ser comprado de outros países, mediante o pagamento de
direitos (royalties). Para descobrir novos produtos e processos de produção novos ou
aperfeiçoados, as empresas investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Geralmente,
os países menos desenvolvidos investem menos em P&D, por insuficiência de recursos
técnicos e financeiros, preferindo importar técnicas conhecidas em outros países.
A decisão de como produzir implica a escolha das técnicas, o que, mais uma vez,
envolve a questão dos preços dos recursos. Se a mão-de-obra for barata e o custo do
capital elevado, as empresas tenderão a utilizar mais trabalho (L, de labor) e menos capital
(K), isto é, o processo de produção será mais manual e menos mecanizado. Nesse caso,
diz-se que as técnicas são de trabalho intensivo. Inversamente, nos países desenvolvidos,
em que os salários são elevados e os direitos sociais dos trabalhadores mais amplos, as
empresas tendem a mecanizar em massa o setor produtivo.
Outra tendência dessas empresas é produzir alguns tipos de bens nos países em
desenvolvimento, com mão-de-obra barata. Elas continuam produzindo, em seus países, os
produtos que exigem alta dose de capital; diz-se que elas empregam alta relação K/L
(capital intensivo), implicando o emprego de máquinas sofisticadas e robôs. A robotização
está sendo empregada também em países em desenvolvimento, como o Brasil,
principalmente na indústria automobilística. A explicação é a de que, com a globalização da
produção em nível mundial, as empresas precisam reduzir custos, para poder competir.
Entretanto, a robotização também é empregada em operações perigosas, como é o caso da
Petrobrás, na prospecção de petróleo em águas profundas.