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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ET 430
Revisão n.º 3
20 de Outubro de 2010
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ÍNDICE
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1. Objectivo
A presente Especificação Técnica de Material tem como objectivo, definir as principais características de
construção e funcionamento dos contadores de gás de diafragma, bem como os requisitos e condições
técnicas a respeitar com vista à aprovação do modelo.
2. Âmbito
Esta Especificação Técnica aplica-se a todos os contadores de gás de diafragma, cujo caudal máximo não
exceda 65m3/h, susceptíveis de funcionar com pressões de serviço iguais ou inferiores a 500 mbar.
3. Referências externas
Portaria n.º 500/86, de 8 de Setembro.
“Aprova o Regulamento do Controle Metrológico de Contadores de Gás, Volumétricos de Paredes Deformáveis,
para Uso Doméstico.”
Directiva 71/318/CEE do concelho, de 26 de Julho de 1971, com as alterações introduzidas pela Directiva
82/623/CEE da Comissão, de 1 de Julho de 1982, relativa à aproximação das legislações dos estados membros
respeitantes aos contadores de volume de gás.
Posição Comum (CE) N.º 51/2003, adoptada pelo conselho em 22 de Julho de 2003, tendo em vista a adopção
de uma directiva autónoma relativa aos instrumentos de medição que substitua as directivas específicas.
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NP 1812: 1984.
“Contadores de gás. Terminologia e definições.”
NP 1813: 1985
“Contadores de gás, volumétricos, de paredes deformáveis, para uso doméstico. Características e ensaios de
aprovação do modelo.”
NP 1814: 1984
“Contadores de gás, volumétricos, de paredes deformáveis, para uso doméstico. Primeira verificação e
verificação periódica ou extraordinária.”
NP 2243: 1992
“Contadores de gás, volumétricos, de paredes deformáveis, para uso doméstico. Controle estatístico. Critério de
aceitação e rejeição.”
EN 60130-9: 2000
"Connectors for frequencies below 3 MHz. Part 9: Circular connectors for radio and associated sound equipment”.
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4. Definições / Siglas
Caudal mínimo (qmín.)
Caudal limite acima do qual o erro relativo de medição é, em valor absoluto, menor ou igual ao erro máximo
admissível.
Contador de gás
Instrumento concebido para medir, totalizar e indicar a quantidade de gás combustível (em volume ou em
massa) que passa através dele.
Diafragma
Elemento deformável que constitui uma das paredes das câmaras, devendo ser resistente às acções químicas,
térmicas e mecânicas dos gases a medir.
Câmaras medidoras
Câmaras de determinado volume, em que uma das paredes é deformável, por ser provida de um diafragma,
nas quais se processa a medição dos volumes de gás que passam pelo contador.
Mostrador
Elemento colocado sobre o totalizador e que contém a marca fixa de referência, podendo também conter
indicações relacionadas com a marcação.
Estanquidade externa
Estanquidade do corpo exterior do contador, submetido à pressão de ensaio.
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Totalizador
Dispositivo integrador destinado a indicar o total dos volumes de gás, medidos pelo contador.
Perda de pressão
Diferença entre as pressões à entrada e saída do contador, durante o escoamento do gás. Engloba a perda
mecânica de pressão.
5. Classificação
a) Os contadores são classificados de acordo com os caudais máximos e mínimos, expressos em m3/h. Na
tabela 1 são apresentados os caudais máximos e caudais mínimos associados a cada contador.
G4 6 0.040 2.0
G6 10 0.060 3.5
G 10 16 0.100 6.0
G 16 25 0.160 10,0
G 25 40 0.250 18,0
G 40 65 0.400 30,0
Tabela 1
b) O caudal mínimo correspondente a um dado contador pode ser inferior ao valor indicado na tabela 1.
Contudo, esse caudal tem que ser um dos valores da tabela 1 ou um seu submúltiplo decimal.
c) O volume cíclico correspondente a um dado contador pode ser inferior ao valor indicado na tabela 1. Neste
caso, o modelo do contador deverá ser sujeito ao ensaio de envelhecimento acelerado indicado na
secção 8.5
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6. Características de construção
Os materiais e o modo de construção de todos os elementos constituintes dos contadores, abrangidos por esta
especificação, devem respeitar a legislação e normas aplicáveis.
b) Todos os componentes do contador devem ser construídos e montados de maneira tal que as
características de funcionamento do aparelho não sofram alterações importantes, em condições correntes
de instalação e utilização.
c) Os contadores G4 e G6, devem possuir um dispositivo que impeça o funcionamento do totalizador no caso
de o gás entrar no contador em sentido oposto ao indicado pelo construtor do aparelho.
d) O sentido da circulação de gás deve ser indicado por uma seta ou por qualquer outro meio equivalente.
Este requisito pode ser dispensado se o sentido da circulação do gás for condicionado por construção.
e) A entrada do contador deve estar no lado esquerdo, quando se olha de frente para o mostrador.
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6.2. Ligações
Os contadores devem possuir acessórios de entrada e de saída que permitam a execução de ligações rígidas
estanques. Os acessórios de entrada e saída do contador devem ser colocados na parte de cima da caixa e na
posição vertical.
Tabela 2
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6.3. Atravancamento
As dimensões dos contadores de gás devem respeitar os valores expressos na tabela 3 infra.
Tabela 3
6.4. Totalizador
a) Os contadores devem ser do tipo de leitura directa. A determinação do número de metros cúbicos de gás,
medido pelo contador, deve exigir apenas uma leitura dos dígitos justapostos em ordem decimal, com
exclusão de qualquer adição mental.
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b) O totalizador deve ser graduado em metro cúbico e conter elementos de leitura suficientes para indicar o
consumo correspondente ao funcionamento durante 8000 horas no regime caudal máximo sem fazer
retroceder os algarismos aos seus valores iniciais. No mostrador deve figurar o símbolo “m3”.
c) O totalizador deve ser constituído por tambores ou rolos, de diâmetro mínimo de 16 mm, em cuja periferia
estão marcados os dígitos que aparecem atrás das janelas do mostrador. O avanço de uma entidade, de
qualquer ordem, deve ser completamente efectuado enquanto o tambor da ordem imediatamente inferior
descreve o último 1/10 da sua rotação.
d) Os rolos ou tambores do totalizador destinados a indicar os submúltiplos do metro cúbico devem ser
claramente separados dos outros rolos ou tambores por meio de uma vírgula.
e) O contador deve ser construído de modo a permitir uma fácil remoção do totalizador.
b) O totalizador deve possuir um elemento indicador primário e uma marca fixa de referência, em relação aos
quais serão realizadas todas as leituras. O elemento indicador primário pode ser o último elemento do
totalizador sob uma das seguintes formas:
b1) rolo ou tambor, comportando uma escala graduada com movimento contínuo, que se desloca ante
uma marca fixa;
b2) agulha, que se desloca ante um mostrador fixo com escala numerada;
b3) disco com escala numerada, que se desloca ante uma marca fixa.
As divisões desta escala devem obedecer a uma série de expressão geral 1*10n, 2*10n ou 5*10n, na qual
n representa um número inteiro, positivo, negativo ou nulo.
c) O valor das divisões mínimas e a numeração do elemento indicador primário do totalizador devem satisfazer
as indicações da tabela 4.
G4eG6 1 0,2
G 10 a G 40 inclusive 10 2
Tabela 4
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d) O comprimento da divisão deve ser constante em toda a escala e não inferior a um milímetro. Os troços ou
marcas devem ser finos e uniformes. Quando o valor da menor divisão é da forma 1*10n ou 2*10nm3, todos os
traços correspondentes a múltiplos de 5 devem ser distinguidos por um maior comprimento; quando aquele
valor é da forma 5*10nm3 devem distinguir-se por um maior comprimento os traços correspondentes a
múltiplos de 2.
e) A marca fixa de referência deve possuir uma extremidade suficientemente fina para permitir uma leitura
segura e fácil.
f) O elemento indicador primário pode ter uma marca nítida e um entalhe suficientes para permitir o escape
fotoeléctrico. Ela não deve cobrir a graduação; pode tomar, neste caso, o lugar do algarismo zero. Esta
marca não deve prejudicar a precisão da leitura.
b) A tomada de saída deste gerador de impulsos deve respeitar a norma EN 60130-9: 2000, estando munido
com dois contactos de leitura de baixa frequência e um contacto de verificação de integridade do
equipamento.
c) Os contadores do tipo G25 e G40 devem vir equipados com um cabo de ligação à tomada, com 2 metros
de comprimento, que permita a ligação ao PTZ.
d) Os contadores do tipo G4 a G16 inclusive devem ter a tomada de saída dos geradores de impulsos,
protegidas por um tampão ou acessório análogo, devendo esta conter a indicação do valor
correspondente a um impulso sob a forma: « 1 imp = …..m3 ».
7. Características de funcionamento
7.1. Estanquidade externa
A caixa dos contadores deve ser estanque a, pelo menos, 1,25 vezes a máxima pressão de serviço indicada
pelo fabricante.
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Tabela 5
b) Dentro do campo de medida, a diferença entre os erros máximo e mínimo, em função do caudal q, não
deve exceder 3% para contador.
c) Durante os ensaios, se os erros assinalados no contador forem todos do mesmo sinal, entre 2 qmín. e qmáx., eles
não devem exceder ± 1%.
Designação do contador de Perda Máxima de Pressão em Regime Perda Máxima de Pressão em Regime
gás qmín. ≤ q < 2 qmín. 2 qmín. ≤ q < qmáx.
Tabela 6
Volume do ar a medir
Designação dos contadores Desvio Padrão (dm3)
(n.º de Volumes cíclicos)
G4 20 0,2
G6 10 0,2
G 10 a G 40 (inclusive) 10 2,0
Tabela 7
b) Os volumes de ar atrás indicados podem ser substituídos pelo volume de ar mais próximo de um número
inteiro de rotações do elemento indicador primário.
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7.6. Envelhecimento
Após a realização do ensaio de envelhecimento acelerado, descrito no ponto 8.5, dos 5 contadores ensaiados,
pelo menos 4 devem satisfazer às seguintes condições:
a) Dentro do alcance da medição a diferença entre os erros máximo e mínimo não devem exceder 4%;
b) Os erros não devem apresentar um desvio superior a 1,5% relativamente aos valores iniciais correspondentes,
salvo a qmín. em que esta regra só se aplica às variações de erro no sentido negativo.
a) Os contadores devem ser ensaiados num local exclusivamente destinado a esse fim. A sala de ensaios deve
ser concebida de modo a permitir manter, no seu interior, uma temperatura praticamente constante e
nunca superior a 25ºC nem inferior a 15ºC.
Os restantes ensaios poderão ser realizados em local diferente do indicado na secção anterior.
Os ensaios de estanquidade devem ser realizados a uma pressão de alimentação de pelo menos 1,25 vezes a
pressão máxima de serviço indicada pelo fabricante.
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Devem ser realizados a uma pressão de alimentação de valor constante, próximo de 10 mbar.
O banco de ensaios deve obedecer às normas e regulamentos que lhe sejam aplicáveis.
O volume total de ar a passar no contador deve ser tal que o ensaio dure pelo menos 30 minutos, sem todavia
ser inferior a 5 vezes o seu volume cíclico.
O volume de ar mínimo a passar no contador é função de qmáx., de acordo com o estabelecido na tabela8.
G4 200
G6 400
G 10 500
G 16 700
G 25 e G 40 1500
Tabela 8
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b) Dos 5 contadores ensaiados, pelo menos 4 devem satisfazer os requisitos estabelecidos na secção 7.4.
8.4. Fidelidade
a) Cada Contador deve ser submetido a uma série de 30 medições consecutivas, utilizando em cada medição
o volume de ar indicado na tabela 6, com o caudal de 0,1qmáx.
b) Dos 5 contadores ensaiados, pelo menos 4 devem satisfazer aos requisitos estabelecidos na secção 7.5.
b) Após a realização deste ensaio, proceder-se-á aos ensaios descritos nas secções 8.2 e 8.3, devendo verificar-
se as condições descritas no ponto 7.6.
9. Marcação
9.1. Chapa de características
a) Cada contador de gás deve possuir uma chapa de características na qual constem as seguintes
indicações:
a1) o símbolo, ou referência da disposição legal, da aprovação do modelo;
a2) a marca ou nome comercial do fabricante;
a3) classe do contador (de acordo com a tabela 1);
a4) número de série do contador, ano de fabrico e modelo;
a5) o caudal máximo, em m3/h;
a6) o caudal mínimo, em m3/h ou em dm3/h;
a7) a pressão máxima de serviço, em mbar ou Pa;
a8) o volume cíclico, em dm3;
a9) temperatura máxima em ºC.
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c) Todas as inscrições devem ser indeléveis, legíveis, facilmente visíveis nas condições de funcionamento
normal do contador e estar sempre redigidas em português.
9.2. Selagem
Todos os contadores devem ser providos de pontos de selagem que possam facilmente evidenciar qualquer
intervenção estranha tendente a alterar o seu funcionamento. Um desses pontos é reservado para uso exclusivo
do fabricante ou reparador.