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Correio Digital

Robô vai fazer a reciclagem de e-lixo

/ TECNOLOGIA / Máquina está em testes na USP em parceria


com instituição alemã

Maria Fernanda Ribeiro


DA AGÊNCIA ANHANGÜERA
maria.ribeiro@rac.com.br

Um robô capaz de fazer uma pré-triagem dos componentes eletrônicos de um computador que
podem ser reciclados está sendo testado na Universidade de São Paulo (USP), no campus de
São Carlos, em parceria com a Universidade Técnica de Berlim. Uma máquina capaz de
substituir a mão-de-obra humana no processo de manufatura reversa para facilitar o descarte
da sucata tecnológica é o tema da quinta e última reportagem da série E-Lixo, publicada pelo
Correio Popular.

O País ainda não implantou a Política Nacional de Resíduos Sólidos para tratar do destino
correto do lixo eletrônico, o e-lixo. Mas, como mostrou a reportagem da Agência Anhangüera
de Notícias (AAN) na semana passada, o Brasil já dá os primeiros passos para o
reaproveitamento do lixo tecnológico e empresas da região utilizam a mão-de-obra humana
para desmontar a sucata eletrônica e transformar os produtos em matéria-prima novamente

Efeito colateral do avanço tecnológico, o lixo eletrônico tem se transformado em um entrave


para a indústria e uma preocupação para ambientalistas. Ainda não existem números oficiais,
mas estimativas do Green Peace apontam para uma enorme dor de cabeça: a cada ano, o
mundo produz pelo menos 50 milhões de toneladas de e-lixo, oo 5% do lixo gerado pela
humanidade. Também não há uma avaliação precisa sobre a quantidade desse tipo de lixo
gerado no Brasil, mas o problema não é menor por aqui.

Vendas

No ano passado foram vendidos mais de 7 milhões de computadores e a cada quatro ou cinco
anos esses equipamentos são renovados. Assim, é possível imaginar que a maioria desses
resíduos eletrônicos vão parar nos aterros sanitários se o País não implementar de uma vez
por todas a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Em 2008, 8,5 milhões de computadores
serão vendidos, segundo dados da IDC Brasil e de acordo com dados do Instituto Nacional de
Geografia e Estatística (IBGE), nove em cada dez lares brasileiros têm pelo menos um
televisor. A Microsoft, que sozinha emprega mais de 50 mil pessoas em todo o mundo,
costuma trocar 100% de seus computadores de três em três anos.

O lixo eletrônico é composto por todo o tipo de sucata eletrônica, desde às baterias de
celulares até computadores e televisores inteiros e também velharias do mundo da informática.
Os resíduos desses componentes podem ser altamente tóxicos em contato com o meio
ambiente. Nas pilhas e baterias encontramos cádmio, chumbo e mercúrio. Todos afetam o
sistema nervoso central, o fígado, os rins e os pulmões, pois eles são bio acumulativos. O
cádmio é cancerígeno, o chumbo pode provocar anemia, debilidade e paralisia parcial. O
mercúrio, mutação genética.

O robô que está sendo testado na USP chegou à universidade há cerca de um ano e meio e
tem uma furadeira para realizar a desmontagem das peças. De acordo com o professor do
Departamento de Engenharia Elétrica Dennis Brandão, a máquina tira uma foto da peça que foi
colocada na esteira e identifica formas geométricas. Assim, consegue "visualizar" um parafuso
de um teclado, por exemplo.
Depois que a peça é colocada na esteira, são necessários cerca de 30 segundos para o robô
concluir o processo de pré-triagem. "O robô realiza operações de desmontagem e separação
de partes de circuitos eletrônicos para facilitar a recuperação de materiais no Brasil" , afirmou
Brandão.

O robô, feito pela Motorola, tem 1,1 metro de largura, 1,15 metro de comprimento, 1,95 metro
de altura e pesa 650 quilos. Segundo o professor, o trabalho do robô é fundamental
principalmente para peças pequenas de produtos eletroeletrônico que muitas vezes não
conseguem ser retiradas pela mão-de-obra humana.

Quando a reportagem esteve no local, o robô estava prestes a ganhar uma interface web com
o objetivo de possibilitar o movimento do computador com o robô.

SAIBA MAIS

Segundo a Comissão da União Européia, cada cidadão europeu produz por ano 14 quilos de
lixo eletrônico. Isto significa que a União Européia acumula 6 milhões de toneladas desse tipo
de lixo todo ano. Atualmente cerca de 90% desse montante é incinerado ou depositado em
grandes lixeiras.

Empresa vai cuidar do descarte de urna eletrônica

TSE aprova abertura de licitação para dar fim a material que não é mais usado em eleições

No começo do mês, a o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou resolução para a abertura de
uma licitação para a contratação de empresa para fazer o descarte ecologicamente correto das
urnas eletrônicas modelo 1996 e de materiais utilizados em eleições anteriores que não são
mais úteis à Justiça Eleitoral.

Para o descarte e reaproveitamento do chamado lixo tecnológico, a Justiça Eleitoral vai


dispensar 57.262 urnas eletrônicas modelo 1996, 2.023 urnas eletrônicas modelo 1996 sem
LCD e sem flash card; 980.430 disquetes; 279.347 bobinas e 41.944 baterias.

A reutilização dos materias compostos de plástico, ABS, lata, metal, ferro, fios de cobre,
baterias de chumbo, borracha, acrílico e reciclagem de papelão também ficará a cargo da
empresa vencedora de licitação. (AAN)

PONTO DE VISTA

Márcio Magera
Consultor internacional na área de gestão ambiental de resíduos sólidos urbanos

Problema preocupa os ambientalistas

Efeito colateral do avanço tecnológico, o lixo eletrônico - o e-lixo - tem se transformado em um


entrave para a indústria e uma preocupação para ambientalistas. Ainda não existem números
oficiais, mas estimativas do Greenpeace apontam para uma enorme dor de cabeça: a cada
ano, o mundo produz pelo menos 50 milhões de toneladas de e-lixo, o correspondente a 5% de
todo o lixo gerado pela humanidade. Também não há uma avaliação precisa sobre a
quantidade desse tipo de lixo gerado no Brasil, mas o problema não é menor por aqui. No ano
passado foram vendidos mais de 7 milhões de computadores e a cada quatro ou cinco anos
esses equipamentos são renovados. Assim, é possível imaginar que a maioria desses resíduos
eletrônicos vão parar nos aterros sanitários se o País não implementar de uma vez por todas a
Política Nacional de Resíduos Sólidos. Em 2008, 8,5 milhões de computadores serão vendidos,
segundo dados da IDC Brasil e de acordo com dados do Instituto Nacional de Geografia e
Estatística (IBGE), nove em cada dez lares brasileiros têm pelo menos um televisor. A
Microsoft, que sozinha emprega mais de 50 mil pessoas em todo o mundo, costuma trocar
100% de seus computadores de três em três anos. O lixo eletrônico é composto por todo o tipo
de sucata eletrônica, desde às baterias de celulares até computadores e televisores inteiros e
também velharias do mundo da informática, já que tais produtos se tornam obsoletos em um
curto espaço de tempo. Os resíduos desses componentes podem ser altamente tóxicos em
contato com o meio ambiente. Nas pilhas e baterias encontramos cádmio, chumbo e mercúrio.
Todos afetam o sistema nervoso central, o fígado, os rins e os pulmões, pois eles são bio
acumulativos. O cádmio é cancerígeno, o chumbo pode provocar anemia, debilidade e paralisia
parcial. O mercúrio, mutação genética.

Márcio Magera é consultor internacional na área de gestão ambiental de resíduos sólidos


urbanos. (AAN)

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