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Numa exploração leiteira, é imprescindível uma boa máquina de ordenha.

 
Há  vários  tipos  de  máquinas  de  ordenha  desde  as  mais  sofisticadas  para 
salas  de  ordenha  computorizada,  até  ás  mais  simples,  montadas  em 
atrelados  que  permitem  a  sua  deslocação  para  acompanharem  a 
transumância do rebanho. 
Aqui  nos  Açores,  devido  ao  grande  número  de  parcelas  dispersas,  são  de 
uma forma geral, as máquinas portáteis as mais utilizadas e por isso mesmo 
nos dedicaremos a estas, mais em detalhe. 
Qualquer máquina de ordenha poderá ser simples e eficiente, como também 
poderá  ser  muito  complexa,  sofisticada,  e  ter  erros  de  concepção  mais  ou 
menos graves. 

Para  começar  direi  que  “UMA  MÁQUINA  DE  ORDENHA,  SERÁ 


TANTO MAIS PERFEITA, QUANTO MAIS PARECIDA FOR Á BOCA 
DO VITELO A MAMAR.” 
Por outras palavras, deverá imitar tanto quanto possível, o acto natural que 
é; amamentação do bezerro. 

Porém,  essa  mesma  máquina  de  ordenha,  se  não  estiver  correctamente 
montada,  afinada  e  calibrada,  poderá  estar  na  origem  de  uma  série  de 
problemas  em  cadeia  na  exploração,  com  resultados  catastróficos  cuja 
análise, só uma pessoa atenta poderá identificar. 

Para chamar a atenção deste problema real, ponho o seguinte exemplo: 
Uma  máquina  descalibrada  é  meio  caminho  para  provocar  pequenas 
lesões  no  úbere,  que  regularmente  degeneram  em  mamites.  Normalmente 
as  vacas  mais  susceptíveis  de  contrair  esta  doença,  são  quase  sempre  as 
melhores  produtoras.  Uma  vaca  com  uma  mamite,  na  melhor  das 
hipóteses, 30% da produção dessa lactação fica perdida. Se num rebanho


de 60 vacas, afectar 25% das vacas, com uma média de produção de 5000 
litros  por  ano,  (30%  x  5000  litros  x  15  vacas  =  22.500litros  x  50$00 
=1.125.000$00) poderá causar, mais de 1.000 contos de leite que não foi 
produzido,  não  contabilizando  as  despesas  do  veterinário,  medicamentos, 
etc. 

Para tal,  focaremos alguns  dos aspectos técnicos  mais relevantes a ter em 


consideração numa máquina de ordenha. 

A  fonte  de  energia  (Motor  diesel)  deverá  ter  a  potência  necessária  ao 
equipamento,  com  uma  margem  de  folga  que  possibilite  a  este,  um 
funcionamento  na  rotação  ideal,  para  maior  longevidade  do  mesmo  e 
melhor rendimento do combustível utilizado. 
Exemplo: Se o equipamento de ordenha  necessitar de 3HP (Horse Power) 
para o seu funcionamento, se eu comprar um motor de 3 HP, este teria que 
trabalhar no seu máximo de aceleração para debitar os referidos 3 HP. 
Ora, não é isso que se pretende, porque neste caso, o motor a trabalhar no 
seu  máximo  de  aceleração  iria  durar  pouco  tempo  e  acabava  por  gastar 
mais combustível devido ao esforço. 
Por outro lado, se eu comprar um motor de 6HP, permite que este trabalhe 
no seu regime de rotação ideal, sem esforço, tirando um melhor rendimento 
do combustível utilizável e com um tempo de vida útil, muito maior. 
A aceleração ideal de funcionamento de um motor é variável de fabricante 
para  fabricante,  mas  de  um  modo  geral,  anda  entre  as  1.200  e  as  1.500 
RPM (Rotações Por Minuto) 
Este  motor  deverá  estar  assente  em  apoios  apropriados  (sinoblocos)  para 
minimizar as vibrações transmitidas ao chassi, deverá estar num local com 
ventilação que permita  o arrefecimento do  mesmo,  o tubo de escape deve


estar  virado  para  cima,  para  alem  do  teto  da  maquina,  a  fim  de  evitar  a 
conspurcação das restantes peças e a inalação de animais e pessoas. 
Á  saída  do  colector  de  escape  deverá  haver  pelo  menos  20cm  de  tubo  de 
escape flexível para evitar que o mesmo se parta com as vibrações de seu 
funcionamento. 
Deverá  ter­se  em  conta  as  revisões  preconizadas  pelo  fabricante,  as 
ligações  entre  as  polis  deverão  estar  protegidas  contra  acidentes  e  evitar 
derrame de gasóleo por cima das correias, porque este danifica as mesmas. 

Bomba  de  vácuo –  É  a  peça  que  cria  a  depressão  (vácuo)  que  provoca  a 
sucção da ordenha, deverá ter uma capacidade adequada ao equipamento de 
ordenha. 
Numa  máquina  de  ordenha  móvel,  ordenhando  para  baldes  ou  bilhas,  os 
valores mínimos admitidos são: 60 litros de ar por minuto, para cada balde, 
mais uma reserva de 100litros. 

Por exemplo, numa ordenha com 3 baldes, o mínimo admitido são: 3 x 60 
+ 10 0 = 280 l/m. Porem, uma bomba deverá ter uma capacidade superior 
para colmatar possíveis eventualidades. 
Exemplo, ao mudarmos as tetinas de uma vaca para a outra, se não formos 
suficientemente rápidos ou se uma unidade de ordena (conjunto das quatro 
tetinas e colector) cair, se não houver  uma reserva de  vácuo suficiente, as 
outras  unidades  diminuem  a  pulsação  e  poderão  cair  também.  Por  outro 
lado  se  a  capacidade  da  bomba  de  vácuo  for  acima  das  necessidades,  o 
regulador de vácuo corta o excedente evitando assim o excesso de sucção. 
Deverá  ser  respeitada  a  velocidade  de  funcionamento  da  bomba, 
recomendada pelo fabricante, que normalmente é entre 900 a 1.100 RPM.


A  lubrificação  da  bomba  é  feita  com  óleo  apropriado  recomendado  pelo 
fabricante.  Como  o  nosso  clima  não  tem  grandes  ampliações  térmicas,  o 
óleo recomendado para o verão poderá ser usado todo o ano (WD20). 
A exaustão do ar da bomba deve ser canalizado para baixo, através de um 
silenciador,  para  minimizar  a  poluição  sonora  e  proporcionar  bem­estar 
animal e humano. 
O diâmetro de toda a canalização nunca deve ser inferior a secção de saída 
da  bomba,  e  o  mínimo  admitido  é  1”1/4  (35mm).  Diâmetros  maiores 
facilitam a movimentação do ar, e uniformização da pressão. 
Na  conduta  de  vácuo  á  saída  da  bomba  deverá  haver  um  (T)  seguido  de 
uma  torneira  de  passagem,  para  facilitar  a  medição  do  caudal  nas 
inspecções de manutenção. 

Balde sanitário, serve de protecção á bomba, evitando que qualquer líquido 
derramado,  chegue  á  bomba,  funcionando  com  as  respectivas  válvulas  de 
retenção e simultaneamente funciona como reservatório de vácuo. 

Regulador de vácuo – Foi concluindo que um vitelo ao mamar suga o leite 
com  uma  depressão  nunca  superior  a  metade  da  pressão  atmosférica.  Por 
isso,  o  regulador  de  vácuo  deve  estar  calibrado  para  essa  depressão,  de 
forma a evitar que esta nunca ultrapasse o limite máximo aconselhado, que 
poderia danificar o úbere da vaca. 
Esse limite é 50Kpa, ou seus equivalentes (38Hg, ou 0,5ATM) 
Há vários tipos de reguladores de vácuo, uns mais apropriados paras salas 
fixas  e  outros  parara  máquinas  móveis  de  forma  a  suportarem  melhor  os 
balanços  dos  transportes  das  máquinas,  porem  não  é  aconselhável  a 
montagem de alguns reguladores muito baratos que há no mercado, mas de 
pouca fiabilidade, tendo em causa a importância desta peça no conjunto da 
máquina e as consequências que daí poderão advir.


Pulsador – Está estudado que um vitelo ao mamar chupa e engole 60 vezes 
por minuto, porem não o faz em tempos iguais. Demora mais um pouco de 
tempo a chupar e menos a engolir. 
É  o  pulsador,  a  peça  responsável  por  esta  função,  proporcionando  os  60 
ciclos por minuto e com uma relação sucção/massagem de (60/40) %. 
Para alem disso, é também o pulsador que regula o sistema de pulsação em 
que o mais comum é o (4x2) ou seja, a simultaneidade dos quatro tetos da 
seguinte  forma:  anterior  esquerdo/posterior  direito  e  anterior 
direito/posterior  esquerdo,  enquanto  uns  estão  a  fazer  a  massagem,  os 
outros estão a fazer a sucção e vice­versa. 
Há  no  mercado  vários  tipos  de  pulsadores,  é  aconselhável  optar  por  boas 
marcas  já  conceituadas,  pela  importância  que  esta  peça  desempenha  no 
conjunto da máquina e para a saúde do úbere da vaca. 

Unidade de Ordenha – É considerada unidade de ordenha, o conjunto dos 
copos ou concha, com as tetinas, tubos do leite e de ar e colector. 
Copos ou concha, é a parte metálica que envolve a tetina. 
Tetina  é  a  parte  de  borracha  que  fica  por  dentro  do  copo  em  contacto 
directo com o teto. 
Colector, é a parte metálica onde vem desembocar os quatro tubos de leite 
e também os quatro tubos do ar comandados pelo pulsador. 
As  tetinas  devem  ser  de  borracha  macia  de  forma  a  não  traumatizar  os 
tetos, pois é esta parte que está em contacto directo com a vaca a imitar a 
boca do vitelo. 
Ao conjunto do colector e tetinas, já esta estudado o seu peso, pelo que não 
se  deve  adicionar  mais  nenhum.  (pedras  a  fazer  peso  como  infelizmente 
ainda se vêem algumas vezes).

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