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Ficha de Leitura n.

º4
Micaela Cristiana da Silva Martins 2º Ano N.º2801106
Centro Hospitalar dos Covões
Serviço: Ortotraumatologia
Professor Orientador: Helena Felizardo

“Anestesia”

Motivo

O motivo pelo qual decidi elaborar a presente ficha de leitura foi, o facto de
me encontrar num serviço onde as intervenções cirúrgicas são uma constante e
nas quais os tipos de anestesia utilizados são vários. Achei assim importante
conhecer um pouco acerca dos vários tipos de anestesias, para que me permita
avaliar determinadas situações detendo alguma informação sobre as mesmas.
Por exemplo, é importante que ao ler no processo, que o doente foi sujeito a
determinada anestesia, saiba em que consiste e quais os efeitos desta para que
possa avaliar possíveis sinais e sintomas relacionados com a sua administração.
Este foi o principal motivo que me levou a elaborar esta ficha, mas é óbvio que a
vontade de saber um pouco de tudo também me incentivou para a pesquisa
acerca deste tema.

Palavras-Chave

Anestesia; tipos de anestesias; complicações da anestesia.

Ideias-Chave

A anestesia é a perda parcial ou total da sensibilidade, com ou sem perda


de consciência. Os dois grandes tipos de anestesia são, a geral e a local, na
primeira há perda da consciência enquanto que na segunda apenas existe perda
de sensibilidade em determinado local.
O método e a escolha do agente anestésico são determinamos pelo
anestesiologista que avalia determinados factores como por exemplo, a idade,
condição física e emocional, a doença, o tipo e a duração do procedimento
cirúrgico, etc. Apesar de os enfermeiros não poderem administrar agentes
anestésicos é importante que conheçam os seus métodos de administração assim
como os seus possíveis efeitos secundários e complicações para que possam
planear cuidados de enfermagem no período intra-operatório e assim ajudar a
equipa de anestesia.
Existem vários tipos de anestesia:

Anestesia local, tem como função a depressão dos nervos periféricos e o


bloqueio da condução dos impulsos da dor. Os agentes anestésicos locais podem
ser administrados isolados ou em conjunto com outros tipos de anestesia como é
o caso da inalação e agentes endovenosos. O agente anestésico é administrado
pelo cirurgião em determinada área do corpo por aplicação tópica ou infiltração
local. O doente poderá sentir uma sensação de queimadura ou de picada no local
da injecção do agente. Tem vários riscos como por exemplo, reacção alérgica,
toxicidade (normalmente relacionada com a dosagem), paragem cardíaca ou
respiratória, infecção, e ansiedade devido ao estado vigil do doente. È importante
a monitorização do doente que dependendo do procedimento poderá ser feita
pelo anestesiologista ou pelo enfermeiro.

Anestesia Regional, causa a perda temporária de sensibilidade numa


determinada parte do corpo pelo uso de anestésicos locais, tem como efeitos
esperados a analgesia, anestesia e o relaxamento muscular. Os anestésicos
regionais são utilizados em doentes para os quais a anestesia geral está contra-
indicada. O agente é injectado no canal medular, no espaço subaracnoideu. Tem
como principais riscos, hipotensão, anestesia espinhal total, complicações
neurológicas, cefaleias e infecção. Os principais tipos de anestesia regional são,
anestesia raquidiana, anestesia epidural, o bloqueio de nervos e a anestesia
regional endovenosa.
A anestesia raquidiana consiste na injecção do agente no líquido
cefalorraquidiano, no espaço subaracnoideu sendo que a anestesia do local é
quase imediata. Este tipo de anestesia é utilizado geralmente em procedimentos
cirúrgicos realizados no abdómen inferior, região inguinal, períneo ou membros
inferiores. Existem diversas complicações associadas a este tipo de anestesia
como por exemplo hipotensão (daí a importância da monitorização dos sinais
vitais e do estado de consciência do doente), a estase venosa dos membros
inferiores que é algo que se deve ter em consideração, cefaleias devido á fuga de
líquido cefalorraquidiano durante a punção, entre outras. Após a aplicação deste
tipo de anestesia é recomendado o tratamento de repouso absoluto no leito, em
decúbito dorsal por 24 a 48h, a hidratação, analgesia e um saco de sangue
hemostático.
A anestesia epidural, consegue-se através da injecção do agente no
espaço que rodeia a dura-máter sendo que este pode ser administrado a nível
lombar, torácico ou caudal. A anestesia epidural é indicada para procedimentos
abdominais, geniturinários e em membros inferiores. A hipotensão, cefaleia,
depressão respiratória e complicações neurológicas não são tão frequentes como
na raquianestesia, mas contém outro tipo de complicações como é o caso de
infecções e um mais elevado nível de insucesso. Este tipo de anestesia pode-se
utilizar também a anestesia epidural para o controlo da dor, ou através de uma
bomba implantada para o controlo da dor crónica.
Anestesia por bloqueio de nervos, consiste na injecção de um anestésico
local num, ou em redor de um, nervo ou grupo de nervos que enervam o local
cirúrgico. Existem vários tipos de bloqueios como o intercostal, axilar e digital.
Para ale do uso no período intra-operatório os bloqueios de nervos também são
utilizados para aliviar a dor crónica.
A anestesia regional endovenosa consegue-se através da administração de
agentes anestésicos locais no sistema venoso de uma extremidade muito
vascularizada. Usa-se um garrote para prevenir que o agente entre na circulação
sistémica, quando este é retirado procede-se á monitorização do doente a fim de
prevenir efeitos sistémicos que poderão causar complicações cardiovasculares ou
do sistema nervoso central. Tem como principal vantagem o rápido inicio da
anestesia e um tempo de recuperação curto mas tem como desvantagem o facto
de o procedimento apenas puder durar 2h ou menos.

Sedação mínima, utiliza sedativos e ansiolíticos que permitem que o


doente se mantenha consciente e respire sozinho. È utilizada em pequenas
cirurgias ou como complemento da anestesia local ou regional. Tem como
vantagens o alívio da ansiedade, a amnésia, a analgesia, o conforto e a
segurança.

Sedação Moderada e Analgesia, conhecida anteriormente por sedação


consciente, é uma depressão da consciência induzida por fármacos em que o
doente é capaz de responder a ordens verbais e a estimulação táctil. Esta é
normalmente administrada a doentes submetidos a intervenções de ambulatório e
procedimentos cirúrgicos curtos ou de diagnóstico que requerem sedação e
amnésia. As vantagens deste tipo de anestesia são, o alívio do medo e da
ansiedade, o aumento do limiar da dor, a manutenção da consciência e dos
reflexos de protecção, a amnésia e um rápido retorno as actividades normais.
A anestesia monitorizada é uma técnica utilizada quando o estado do
doente necessita da presença de um indivíduo que administre a anestesia, pois
encontra-se demasiado instável para suportar uma anestésico geral ou
procedimentos locais longos. Podem usar-se várias técnicas anestésicas
incluindo a anestesia local, a sedação moderada e analgesia, a anestesia regional
ou a anestesia por bloqueio endovenoso de nervos dependendo do procedimento
e estado do doente.
Anestesia geral, consiste na depressão do sistema nervoso central através
da administração de fármacos ou de agentes inalantes. Os doentes não acordam,
nem com estimulação dolorosa e as funções cardiovasculares e respiratórias
ficam com frequências comprometidas. A Anestesia geral tem três fases, a
indução, que começa com a administração de agentes por via endovenosa ou
com a inalação de gases anestésicos e oxigénio. Quando o doente esta pronto
para o posicionamento e preparação da pele ou incisão, entrou na fase de
manutenção. Por fim, na fase da recuperação o anestesiologista começa a
diminuir os agentes anestésicos e o doente começa a acordar.
A anestesia balanceada é uma dos métodos mais vulgarmente utilizados
na administração de anestesia geral. Este método combina vários agentes para
provocar uma hipnose, analgesia e relaxamento muscular com o mínimo de
perturbações neurológicas.
A Anestesia por inalação envolve a administração de uma mistura de gases
anestésicos e de oxigénio directamente para os pulmões. Estes agentes são
administrados ao doente por máscara facial ou directamente para os pulmões
através de um tubo endotraqueal. Após a cirurgia é comum que os doentes se
queixem de inflamação e irritação da orofaringe.
Agentes anestésicos por via endovenosa, são muito utilizados para se
conseguir um estado de anestesia seguro e reversível. Normalmente os doentes
preferem este método pois é rápido e agradável, foi por esta razão que se tornou
rotina induzir a anestesia geral através de agentes endovenosos. Estes agentes
proporcionam hipnose, sedação, amnésia e analgesia e são injectados numa veia
periférica.
Analgésicos opiáceos, proporcionam analgesia e sedação e podem ser
utilizadas em doses elevadas como anestésicos em procedimentos cirúrgicos
curtos.
Agentes de bloqueio neuromuscular, são usados com adjuvantes dos
agentes anestésicos e a sua principal acção é o relaxamento dos músculos
voluntários. Normalmente são utilizadas para facilitar a passagem dos tubos
endotraqueais, prevenir o laringoespasmo, controlar o tónus muscular durante o
procedimento cirúrgico e diminuía a quantidade de anestesia geral usada.
Existem outros tipos de anestesia como é o caso da hipotermia
perioperatória planeada ou induzida que pode ser utilizada como adjuvante de
outros agentes anestésicos. Esta contribui para a redução das necessidades de
oxigénio e metabólicas.

Contributos
Após a elaboração da presente ficha de leitura fiquei com um maior
conhecimento acerca dos diversos tipos de anestesias compreendendo melhor
a diferença entre elas e para que tipo de intervenções estão mais
direccionadas. Apercebi-me que as mais utilizadas no serviço talvez sejam a
raquianestesia e a anestesia epidural pois são as mais indicadas para
procedimentos abdominais, geniturinários e em membros inferiores assim
como região inguinal e períneo. Sendo que grande parte das lesões existentes
no serviço são a este nível penso que serão estas as mais utilizadas, embora
que na doente que escolhi para a elaboração do estudo de caso a anestesia
utilizada foi a geral balanceada. È claro que cada caso é um caso e como foi
referido o tipo de anestesia é escolhido com base em vários factores. Resta
referir que consegui concretizar os meus objectivos com a realização desta
ficha de leitura.

Bibliografia:

• GREEN, Carol J.; MAREK, Jane F.; MORAHAN, Frances; NEIGHBORS,


Marianne; SANDS, Judith K.; - Enfermagem Médico-Cirúrgica:
Perspectivas de Saúde e Doença. 8ª ed., Loures: Lusociência, 2003. ISBN
978–989-8075-22-2.

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