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Universidade Estácio de Sá – Cabo Frio/RJ

Aluno: Samantha Tibúrcio de Lemos Pereira – Matrícula: 201908211377


Disciplina: CCJ0269 Sociologia Jurídica, Turno: Manhã Turma: 1017

CASOS CONCRETOS

CASO CONCRETO DA AULA 2

Em ação de arbitragem, AGU evita que cofres públicos percam R$ 6 bi. Decisão
colocou fim a nove ações judiciais que poderiam levar ao pagamento de uma
indenização ao Grupo Libera, que atua no Porto de Santos. Por Agência Brasil.
9 janeiro 2019. A Advocacia-Geral da União (AGU) obteve uma sentença arbitral
para determinar que o Grupo Libra, que atua no Porto de Santos, pague R$ 2
bilhões aos cofres públicos. O valor é referente aos repasses previstos no
contrato de exploração da área do porto que deixaram de ser pagos pela
empresa em função de discordâncias com o contrato de concessão, assinado
em 1998, com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). De acordo
com a AGU, foi a primeira vez que o órgão participou voluntariamente de um
procedimento arbitral no país, que colocou fim a nove ações judiciais e poderiam
levar ao pagamento de uma indenização de aproximadamente R$ 6 bilhões à
empresa portuária. Conforme a sentença arbitral, a empresa deixou de pagar a
integralidade do contrato durante o período no qual os valores foram
questionados. É incontroverso que Libra deixou de realizar o pagamento da
integralidade do preço ajustado durante toda a vigência do contrato. Para tanto,
invocou, em diversas ações judiciais, os alegados descumprimentos de Codesp
e as situações de desequilíbrio econômico-financeiro do contrato, diz o texto da
sentença. (Disponível em: https://exame.abril.com.br/economia/em-acao-de-
arbitragem-agu-evita-que-cofres-publicos-percam-r-6-bi/ )

Na notícia acima, verifica-se a utilização de um dos meios alternativos de


resolução de conflitos que existem no direito brasileiro que é a arbitragem. Face
ao exposto, responda as seguintes indagações:

1. Quais são as principais características da arbitragem?

Pode-se afirmar que às principais particularidades da arbitragem são,


princípios da autonomia, da vontade e da autonomia privada, com isso somente
as partes podem determinar esse meio (arbitragem), para solucionar seus
conflitos, por sua natureza alternativa e opcional. Observa - se que esse
princípio tem forma abrangente, às partes tem liberdade pare escolherem o
árbitro, eleger a lei aplicável, bem como determinar os demais termos da
relação jurídica, desde que, não viole a lei e a ordem pública.
Podemos menciona também o devido processo legal, que busca
igualdade, o contraditório, a ampla defesa, a imparcialidade e a independência
jurídica dos árbitros. Diante disso o princípio do efeito vinculante da cláusula
arbitral, que vincula às partes aquilo que foi por elas acordado.

Na previsão legal 9.307/96 às características da arbitragem são:

“Art. 1º - As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da


arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais
disponíveis.

§ 1o A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da


arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais
disponíveis.

§ 2o A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta


para a celebração de convenção de arbitragem é a mesma para a
realização de acordos ou transações.

Art. 2º - A arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das


partes.

§ 1º - Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que


serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons
costumes e à ordem pública.

§ 2º - Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se


realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e
nas regras internacionais de comércio.

§ 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de


direito e respeitará o princípio da publicidade

Doutrina

Cratella Júnior define a arbitragem como um:

"... Sistema especial de julgamento, com procedimento técnico e princípios


informativos próprios e com força executória reconhecida pelo direito comum,
mas a esse subtraído, mediante o qual duas ou mais pessoas físicas, ou
jurídicas, de direito privado ou de direito público, em conflito de interesses,
escolhem de comum acordo, contratualmente, uma terceira pessoa, o árbitro,
a quem confiam o papel de resolver-lhes a pendência, anuindo os litigantes
em aceitar a decisão proferida". (Cretella Júnior, Santos.1998, p.123).

Irineu Strenger, estabelece o conceito de arbitragem como:

"Arbitragem é instância jurisdicional em função de regime contratualmente


estabelecido, para dirimir controvérsias entre pessoas de direito privado e/ou
público, com procedimentos próprios e força executória perante tribunais
estatais". (STRENGER, Irineu, 1990).
Jurisprudência

0269661-05.2011.8.26.0000 Visualizar inteiro teor

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Classe/Assunto: Agravo de Instrumento / Prestação de Serviços

Relator(a): Mauro Conti Machado

Comarca: Santos

Órgão julgador: 19ª Câmara de Direito Privado

Data do julgamento: 25/05/2015

Data de publicação: 29/06/2015

Ementa: Agravo de Instrumento. Ilegitimidade de parte afastada. CODESP.


Sociedade de economia mista. Competência da Justiça Estadual.
Arbitragem. Matéria não administra à lide e cláusula compromissória que se
restringe às partes do contrato. Tutela específica. Para lhe dar efetividade, o
juiz, no exercício de um dos seus poderes instrutórios que exerce no
processo, tem a faculdade de adotar as providências concretas que
assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento normal. Multa
diária. Caráter inibitório. O objetivo das "astreintes" não é o de obrigar o réu
ao pagamento da multa a final exigível por seu descumprimento no processo,
mas o de obrigá-lo a cumprir a decisão proferida. Presença dos requisitos
autorizadores do artigo 461, "caput", §4º, do Código de Processo Civil.
Recurso a que se nega provimento.

2. Trata-se de meio autocompositivo ou heterocompositivo de


resolução de conflitos? Justifique.

Refere – se ao meio Heterocompositivo, é preciso, inicialmente, observar


o que difere os meios supra citados, a diferença entre tais meios de composição
dos conflitos encontra-se nos sujeitos envolvidos. Enquanto, a autocomposição
tem seus conflitos geridos pelas próprias partes, a heterocomposição necessita
da intervenção de um agente exterior aos sujeitos do conflito para dirimi-lo.
Observando o caso citado este se enquadra em um meio
heterocompositivo, precisou de uma sentença arbitral para solucionar o conflito,
pois utiliza-se, para resolução dos mesmos um agente externo e
desinteressado a lide que soluciona o conflito e sua decisão foi imposta às
partes de forma coercitiva.
Doutrina

Heterocomposição

A heterocomposição é a técnica pela qual as partes elegem um terceiro para


“julgar” a lide com as mesmas prerrogativas do poder judiciário. As duas
formas principais são: Arbitragem (Lei 9307/96) e Jurisdição. Quanto a
arbitragem, tem-se que ao escolhe-la como a opção para solução do conflito,
fica excluída (exceto se desistirem da arbitragem) a jurisdição, ou seja, se o
conflito, sem vício, for declarado em transito em julgado, não será mais
apreciado pelo Poder Judiciário, e em caso de impetração de ação, o juiz
emitirá sentença terminativa sem julgamento de mérito por ter sido
solucionado por arbitragem; Para a utilização da arbitragem, é necessário
que o bem seja disponível e seja um bem patrimonial, ou seja, bens de valor
econômico, contratos, bens móveis e imóveis, entre outros; A eleição da
arbitragem é feita por eleição, ou seja, as partes elegem um árbitro para
realizar a arbitragem. Como é necessário um bom conhecimento jurídico para
um bom andamento da arbitragem, é preferível que o árbitro tenha
conhecimentos jurídicos para não comprometer a arbitragem. Porém, não
existe esta restrição (formação em direito) para o árbitro, podendo sem
realizado por qualquer pessoa que possua a confiança das partes, podendo
ou não ser gratuito, pode ser pessoa jurídica. A única exigência é que seja
em uma quantidade ímpar;

Existem dois tipos de instrumentos arbitrais:

a) Cláusula arbitral

Esta está definida dentro de um instrumento, como no caso do contrato, onde


as partes elegem, em cláusula específica, primariamente a arbitragem para
a solução de conflitos. Caso entrem com o processo no Poder Judiciário, será
rejeitado por ser arbitragem (sentença terminativa);mPor ser uma cláusula, o
conflito é futuro e incerto, podendo ou não ocorrer.

b) Compromisso arbitral

É criado um instrumento específico para a arbitragem, assinado por ambas


as partes. Neste caso, já existe um conflito atual, que deverá ser solucionado
através da arbitragem. Em ambos os casos, fica estabelecido o prazo de seis
meses para que seja proferida a sentença arbitral de acordo com o Art. 23 da
Lei 9307/96:Art. 23. A sentença arbitral será proferida no prazo estipulado
pelas partes. Nada tendo sido convencionado, o prazo para a apresentação
da sentença é de seis meses, contado da instituição da arbitragem ou da
substituição do árbitro. São requisitos da Sentença Arbitral, os mesmos
elementos essenciais da sentença judicial, quais sejam:
a) Relatório: Deve constar o nome das partes, a vara, o número do
processo, os atos processuais realizados. Finalizando com o texto: “É o
relatório”.

b) Fundamentação: Necessária a fundamentação dos motivos que levaram


o árbitro a formular seu convencimento, na forma do CPC:

Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e


circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes;
mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram o
convencimento.

c) Dispositivo: É a sentença proferida.

O Art. 475-N, IV do CPC eleva a sentença arbitral à título executivo judicial a


partir da ciência das partes, não necessitando da homologação judicial.

Na arbitragem, por regra, não existe recurso. Como exceção é possível


embargos de declaração na própria arbitragem, que deverá ser julgado pelo
mesmo árbitro e deverá ser interposto no prazo de cinco dias úteis a partir da
ciência das partes. Porém só é aplicável nos casos de obscuridade,
contradição ou omissão. Além dos embargos de declaração é possível a
ação anulatória (no Poder Judiciário) no prazo de 90 dias, onde o juiz
analisará somente nulidades, e caso seja confirmada a nulidade o processo
de arbitragem deverá ser novamente realizado. A única forma de deixar de
se utilizar a arbitragem e ir para a jurisdição, é por decisão das partes que
deverão desistir da arbitragem.

Grinover, A. P. (2012). Teoria Geral do Processo. São Paulo: Malheiros.

3. Na sua cidade possui câmara arbitral? Em caso positivo, cite dois


exemplos. Em caso negativo, pesquise a câmara arbitral mais próxima
de sua cidade.

CAMARA DE ARBITRAGEM, CONCILIACAO E MEDIACAO


EXTRAJUDICIAL LTDA A CAMARA DE ARBITRAGEM, CONCILIACAO E
MEDIACAO EXTRAJUDICIAL LTDA é um(a) Sociedade Empresária Limitada de
Araruama - RJ fundada em 22/12/2016. Sua atividade principal é Atividades
Auxiliares Da Justiça.
CASO CONCRETO DA AULA 3
14/07/16 06:00. Milícia impõe regras à Força Nacional no Rio. Marcos Nunes
e Flavia Junqueira. Os agentes da Força Nacional que participarão do esquema
de segurança da Olimpíada -um aparato que prevê o combate a ações
criminosas e até a terroristas -estão tendo de se submeter às ordens da milícia
na Zona Oeste do Rio. Segundo agentes denunciaram ao EXTRA, os 3.500 PMs,
policiais civis e bombeiros de vários estados do Brasil não podem circular
armados pela Gardênia Azul e foram impedidos até de instalar internet nos
apartamentos onde estão alojados, no condomínio Vila Carioca, do "Minha casa,
minha vida", no bairro do Anil. Como a milícia explora o sinal a cabo na região e,
de acordo com os agentes, as operadoras de internet fixa são impedidas de atuar
na área pelos paramilitares, a saída é que cada policial use a própria internet
móvel, pagando do próprio bolso. O Ministério da Justiça informou, por meio de
nota, que vai apurar as informações e encaminhá-las à Polícia Federal, à
Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança e à Delegacia de
Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). O Vila Carioca, ainda não
inaugurado, começou a ser ocupado pela Força Nacional em maio. Os agentes
que concordaram em conversar com o EXTRA, sob a condição de anonimato,
estão no Rio há cerca de 15 dias. Contam ter recebido as orientações sobre as
restrições impostas pela milícia de seus coordenadores -policiais militares,
policiais civis e bombeiros têm coordenações separadas -dentro do próprio
conjunto habitacional, assim que os grupos chegavam ao Vila Carioca. As
determinações eram passadas sempre a grupos de poucos agentes por vez. A
gente já cansou de ver gente armada na Gardênia -contou um dos militares da
Força Nacional. Além da arma, a orientação aos agentes é que não andem com
a identidade policial. Segundo dizem os agentes, a Gardênia Azul é uma "área
branca", ou seja, sem risco para os policiais, já que estão levando lucro para a
comunidade ao comprar produtos. [...] O Ministério da Justiça e Cidadania
afirmou que "não existe tolerância com atividades criminosas" e que irá apurar a
denúncia de que milícias estão interferindo no trabalho da Força Nacional.
(disponível em: https://extra.globo.com/casos-de-policia/milicia-impoe-regras-
forca-nacional-no-rio-19707975.html). O fato narrado acima evidencia a
existência do fenômeno conhecido como pluralismo jurídico. Assim, com base
no material disponibilizado na disciplina, responda as seguintes perguntas:

a) Quais as principais diferenças entre o Monismo e o Pluralismo


jurídico?
O monismo jurídico defende a hipótese de que há uma única fonte para a
Lei (no modelo do Antigo Regime esta fonte era o Rei, hoje ela é o Parlamento),
enquanto o Pluralismo defende que a Lei tem fontes diversas e é construída por
um encontro entre diferentes.
Doutrina
Monismo jurídico
A concepção de Santos (2009, p. 30), o monismo jurídico, em sua essência,
identifica-se com a teoria que considera como válida apenas uma ordem jurídica,
seja o direito natural ou universal (monismo jurídico universal), seja o direito
estatal (monismo jurídico estatal). Dessa forma, o monismo jurídico não está
identificado apenas com a ordem jurídica estatal e sim com a acepção da
palavra, isto é, monismo jurídico significa o reconhecimento de apenas uma
ordem jurídica, estatal ou natural (universal).
Dessa forma, no monismo jurídico universal, sua concepção fundamenta-se
na existência de um único direito universal, de caráter absoluto, comum a todos
os povos e nações. Por isso mesmo, sua principal sede de elaboração reside na
teoria do direito natural, cujo ápice doutrinário se deu nos séculos XVII e XVIII,
com a exacerbada expressão, nesse período, do racionalismo e do iluminismo,
que forneceram as bases para o esplendor dos grandes sistemas de direito
natural (SANTOS, 2009, p. 30).
Nesse período, rompe-se com a visão que relaciona o conhecimento com o
conhecimento de Deus, ou seja, a característica mais marcante dos sistemas de
direito natural dessa época foi a sua natureza secular, não teológica.
Contudo, vale ressaltar, por necessário, que não se pode falar na existência
de uma única doutrina do direito natural, uma vez que o seu conteúdo varia de
acordo com o fundamento que se conceda a esse sistema em cada época e
lugar, e de acordo com cada teórico.
Como salienta Santos (2009, p. 32), são diversas as concepções a respeito
da existência de um direito universal ou natural, como também são diversas as
construções com referência ao relacionamento desse direito com o direito
positivo, indo de concepções que negavam totalmente a existência deste até
aquelas que viam uma relação de coordenação entre os dois ordenamentos. O
direito natural tende a condicionar a validade do direito ao valor de justiça. Nesse
sentido, Norberto Bobbio define o direito natural como sendo uma corrente do
pensamento jurídico segundo a qual uma lei para ser lei deve estar em
conformidade com a justiça. Complementa afirmando que a teoria do direito
natural é aquela que se considera capaz de determinar o que é o justo e o que
é o injusto, de maneira universalmente válida (BOBBIO, 2001, p. 55-56).
Em síntese, o monismo universal caracteriza-se tanto pela doutrina que
pondera somente a existência de um direito, o direito natural, universal, portanto,
quanto pela negação do direito positivo, bem como também pelas doutrinas que
consideram o direito positivo como mera emanação do direito natural, ou que
colocam a validade daquele na sua concordância com este.
Com efeito, antes do surgimento do monismo jurídico estatal, é possível falar
de um pluralismo jurídico precário, arcaico, tendo como maior expressão a
doutrina da igreja, que atingia diversos setores não somente em nível local, mas
em verdade, em nível supranacional. Além disso, era possível identificar-se a
existência de ordenamentos inferiores, compostos por cada feudo, que
emanavam suas regras de conduta e consequentes sanções pelo
descumprimento daquelas regras.

Pluralismo jurídico
Antonio Carlos Wolkmer, iminente jurista e professor na Universidade
Federal de Santa Catarina, nome máximo do pluralismo jurídico no Brasil assim
o define:
Trata-se de extrair a constituição da normatividade
não apenas mais das fontes ou canais habituais
clássicos representados pelo processo legislativo e
jurisdicional do Estado, mas captar o conteúdo e a forma
do fenômeno jurídico mediante a informalidade de ações
concretas de atores coletivos, consensualizados pela
identidade e autonomia dos interesses do todo
comunitário, num lócus político, independente dos rituais
formais de institucionalização (WOLKMER, 1994. p,
129)

b) A notícia apresentada estaria mais próxima da ideia de Pluralismo


Jurídico desenvolvida por Boaventura de Souza Santos ou Antônio Carlos
Wolkmer? Justifique.
O que a notícia descreve é uma situação em que uma organização criminosa
que representa um poder paralelo ao Estado impõe um conjunto particular de
regras e práticas próprias, que substituem, dentro da região que está sob a
dominação efetiva daquele grupo, um outro “conjunto de Leis”. Esta ideia está
mais próxima do conceito de pluralismo jurídico que Boaventura de Sousa
Santos desenvolveu, pois descreve uma situação de uma situação em que uma
comunidade está sob o domínio de um conjunto alternativo de leis e regras, o
que envolve aspectos sociológicos que são diferentes daqueles que Wolkmer
expõe ao defender que a fonte da Lei não é apenas o Parlamento, e sim outras
práticas sociais (mas sem entrar na questão da territorialidade e das práticas
para além do legítimo).
CASO CONCRETO DA AULA 4
Segundo a Ana Lúcia Sabadell, os fatores de eficácia da norma no direito
referentes à situação social são fatores ligados às condições da vida na
sociedade em determinado momento. O sistema de relações sociais e a atitude
do poder político diante da sociedade civil influenciam as chances de aplicação
(quota de eficácia) (SABADELL, Ana Lúcia. Manual de Sociologia Jurídica. 6.ed.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013, p. 37). Com base nesta teoria,
apresente estes fatores, conceituando-os de forma sucinta, além de citar
alguma norma que tenha se tornado eficaz por influência destes fatores.

Uma norma é considerada socialmente eficaz quando é observada por seus


destinatários, apresentando o resultado almejado pelo legislador. São os fatores
institucionais que são dependentes da atuação dos órgãos de elaboração e de
aplicação do direito. Considerando que a divulgação do conteúdo da norma na
população pelos meios adequados que são utilizados os métodos educacionais
e alguns dos meios de propagando política comercial. E os fatores relacionados
à situação social que são referentes às condições de vida da sociedade em um
momento determinado.

Doutrina
Segundo o modelo elaborado pelo sociólogo do direito Theodor Geiger
(1891-1952), a quota de eficácia indica a relação entre eficácia e ineficácia da
norma. Para estabelecer essa quota devemos saber em quantos casos a norma
deveria ser aplicada. Resumindo, a quota de eficácia indica a distância entre o
direito “nos livros” estabelecido na norma legal (o dever ser jurídico) e o direito
“em ação” (o grau de cumprimento do direito na realidade social), Adequação
interna da norma. Trata-se da capacidade da norma em atingir a finalidade social
estabelecida pelo Legislador. Uma norma jurídica é considerada internamente
adequada se as suas consequências, na prática, permitem que sejam
alcançados os fins estabelecidos pelo legislador. (Ferrari, 1999, p. 262).

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