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CASOS CONCRETOS
Em ação de arbitragem, AGU evita que cofres públicos percam R$ 6 bi. Decisão
colocou fim a nove ações judiciais que poderiam levar ao pagamento de uma
indenização ao Grupo Libera, que atua no Porto de Santos. Por Agência Brasil.
9 janeiro 2019. A Advocacia-Geral da União (AGU) obteve uma sentença arbitral
para determinar que o Grupo Libra, que atua no Porto de Santos, pague R$ 2
bilhões aos cofres públicos. O valor é referente aos repasses previstos no
contrato de exploração da área do porto que deixaram de ser pagos pela
empresa em função de discordâncias com o contrato de concessão, assinado
em 1998, com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). De acordo
com a AGU, foi a primeira vez que o órgão participou voluntariamente de um
procedimento arbitral no país, que colocou fim a nove ações judiciais e poderiam
levar ao pagamento de uma indenização de aproximadamente R$ 6 bilhões à
empresa portuária. Conforme a sentença arbitral, a empresa deixou de pagar a
integralidade do contrato durante o período no qual os valores foram
questionados. É incontroverso que Libra deixou de realizar o pagamento da
integralidade do preço ajustado durante toda a vigência do contrato. Para tanto,
invocou, em diversas ações judiciais, os alegados descumprimentos de Codesp
e as situações de desequilíbrio econômico-financeiro do contrato, diz o texto da
sentença. (Disponível em: https://exame.abril.com.br/economia/em-acao-de-
arbitragem-agu-evita-que-cofres-publicos-percam-r-6-bi/ )
Doutrina
Comarca: Santos
Heterocomposição
a) Cláusula arbitral
b) Compromisso arbitral
Pluralismo jurídico
Antonio Carlos Wolkmer, iminente jurista e professor na Universidade
Federal de Santa Catarina, nome máximo do pluralismo jurídico no Brasil assim
o define:
Trata-se de extrair a constituição da normatividade
não apenas mais das fontes ou canais habituais
clássicos representados pelo processo legislativo e
jurisdicional do Estado, mas captar o conteúdo e a forma
do fenômeno jurídico mediante a informalidade de ações
concretas de atores coletivos, consensualizados pela
identidade e autonomia dos interesses do todo
comunitário, num lócus político, independente dos rituais
formais de institucionalização (WOLKMER, 1994. p,
129)
Doutrina
Segundo o modelo elaborado pelo sociólogo do direito Theodor Geiger
(1891-1952), a quota de eficácia indica a relação entre eficácia e ineficácia da
norma. Para estabelecer essa quota devemos saber em quantos casos a norma
deveria ser aplicada. Resumindo, a quota de eficácia indica a distância entre o
direito “nos livros” estabelecido na norma legal (o dever ser jurídico) e o direito
“em ação” (o grau de cumprimento do direito na realidade social), Adequação
interna da norma. Trata-se da capacidade da norma em atingir a finalidade social
estabelecida pelo Legislador. Uma norma jurídica é considerada internamente
adequada se as suas consequências, na prática, permitem que sejam
alcançados os fins estabelecidos pelo legislador. (Ferrari, 1999, p. 262).