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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO


ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRATICA
ACÓRDÃO REGISTRADO(A) SOB N°

*01840541*

Vistos, relatados e discutidos estes autos de

APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO n° 54 6.942-4/5-00, da Comarca de

SÃO PAULO, em que é apelante ÁLVARO FERNANDO DA SILVA sendo

apelado O JUÍZO:

ACORDAM, em Primeira Câmara de Direito Privado do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, proferir a

seguinte decisão: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO, V.U.", de

conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos

Desembargadores ELLIOT AKEL e LUIZ ANTÔNIO DE GODOY.

São Paulo, 29 de julho de 2008.

DE SANTI RIBEIRO
Presidente e Relator
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

V O T O N ° 1 9 . 4 3 4 (rei CASR- l a Câm Dir Pnv )

APEL. CÍVEL N° 546.942.4/5-00 do Fqro Regional de Itaquera


APTE.: Álvaro Fernando da Silva (AJ).
APDO. : O Juízo.

REGISTROS PÚBLICOS - Alteração de nome - Pleito que almeja a


alteração do nome d o mando, para inclusão de partícula
constante d o nome da esposa - Inadmissibilidade - Apelido
que não designava a estirpe d a família da consorte -
Inteligência do artigo 1 565, § 1 ° do Código Civil - Ação julgada
improcedente - Sentença mantida^- Recurso improvido

1. Pedido de "alteração de nome e averbação


em certidão de casamento" (fls. 2), julgado improcedente pela r.
sentença de fls. 27/28.
O postulante apelou da decisão. Afirma
haver previsão legal que embasa sua pretensão. No seu entender,
não há no ordenamento jurídico qualquer previsão acerca de
prazos ou momentos processuais oportunos para que ocorra a
mudança do patronímico de um dos cônjuges, quando um deles
pretende acrescer ao seu o sobrenome do outro. Tal mudança é
possível desde que referida mudança não acarrete prejuízos a
terceiros. Deste modo, pugna pelo provimento do recurso, para
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julgar-se procedente a ação, alterando-se o seu nome para Álvaro


Fernando da Silva Pinterich (fls. 30/33). Recurso isento de
preparo.
O Ministério Público de primeiro grau
deixou de manifestar-se (fls. 36). Por sua vez, a Procuradoria de
Justiça opinou pelo improvimento do recurso (r. parecer de fls.
40/42).
E o relatório.
2. O recurso não comporta provimento.
Versa a questão dos autos sobre pedido de
alteração de registro civil, fundamentado no artigo 1.565, § Io, do
Código Civil, segundo o qual "qualquer dos nubentes, querendo,
poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro ".
Consoante a cópia da certidão de casamento
acostada às fls. 18 verifica-se que Álvaro Fernando da Silva
casou-se com Carolina Pinterich de Castilho, que passou a
assinar Carolina Pinterich da Silva.
Pretende o autor acrescer ao seu nome o
apelido "Pinterich", para que passe a assinar Álvaro Fernando da
Silva Pinterich.
Em verdade, a pretensão esbarra em óbice,
pois como bem observou o representante do Ministério Público
oficiante em primeiro grau, "a esposa do requerente, antes do
matrimônio, assinava como Carolina Pinterich de Castilho,
sendo este último, portanto, o patronímico de família da
consorte" (fls. 24).

APELAÇÃO CÍVEL N° 546 942 4/5-00 do Foro Regional de Itaquera


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Como se vê, o apelido que designa a estirpe


da consorte do autor é "de Castilho" e não "Pinterich".
Assim, a pretensão do autor é contrária à
regra contida no artigo 1.565, do Código Civil, pois a partícula
que o autor pretende acrescer ao seu nome não corresponde ao
apelido de família de sua esposa.
Ademais, caso acolhida a pretensão
veiculada pelo autor, haveria verdadeira "troca" de patronímicos
pelos cônjuges, pois a esposa do requerente teria o sobrenome
"da Silva" e, por seu turno, o marido teria adotado o apelido
"Pinterich", com evidente prejuízo à identificação da estirpe do
casal e da eventual prole.
Por fim, como destacado no parecer da
Procuradoria de Justiça, a intelecção que se extrai do art. 1.565, §
Io, do Código Civil, é que a escolha pela adoção do sobrenome
do outro "nubente" deve ser exercida no momento do
matrimônio.
Consequentemente, outra solução não há
senão a improcedência da ação, razão pela qual impõe-se o
improvimento do apelo.
3. Isto posto, nega-se provimento ao recurso.

CARLOS A U G U S T O D ^ ^ Í m RIBEIRO
Relator

APELAÇÃO CÍVEL N° 546 942 4/5-00 do Foro Regional de Itaquera

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