Nuno Correia 10/11 3 Nuno Correia 10/11 4 Influência da pressão e da temperatura no comportamento dos materiais
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Frágil
Dúctil
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E as forças tectónicas geradas em profundidade produzem o deslocamento muito lento das rochas da crosta em sentidos contrários de um do outro lado da falha, conduzindo à deformação progressiva das rochas localizadas na área de movimentação diferencial. Á medida que a movimentação tectónica prossegue, a deformação das rochas acentua-se e acumula-se energia potencial.
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A tensão cisalhante que actua no plano de falha aumenta, mas o atrito entre os lábios da falha impede deslocações na estrutura. Quando a tensão cisalhante atinge o valor crítico, ultrapassando o atrito na zona da falha, dá-se uma movimentação brusca e as rochas nos dois lábios da falha ressaltam elasticamente, libertando energia sob a forma de calor e de ondas elásticas, isto é, produz-se um sismo.
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Nuno Correia 10/11 9 A energia elástica acumulada nos lábios da falha é libertada, em parte como calor e em parte como ondas elásticas. Estas constituem o sismo.
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Nuno Correia 10/11 11 Movimento vibratório de partículas, sob a forma de onda, que se propaga a partir do local no interior da Terra onde o sismo tem origem
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Nuno Correia 10/11 13 Quando ocorre um sismo, parte da energia propaga-se através do meio sob forma de ondas volúmicas, e a parte restante da energia desloca-se ao longo da superfície sob a forma de ondas superficiais
Têm uma velocidade de propagação elevada. São ondas longitudinais que fazem a rocha vibrar paralelamente à direcção da onda, tal como um elástico em contracção. Verifica-se alternadamente uma compressão seguida de uma distensão com amplitudes e períodos baixos, impondo aos corpos sólidos elásticos alterações de volume (contudo não há alterações na forma). No ar, estas ondas de pressão tomam a forma de ondas sonoras e propagam-se à velocidade do som. Não são tão destrutivas como as ondas S ou as ondas de superfície que se lhes seguem.
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As ondas S ou secundárias são ondas transversais ou de cisalhamento, o que significa que o solo é deslocado perpendicularmente à direcção de propagação como num chicote. No caso de ondas S polarizadas horizontalmente, o solo move-se alternadamente para um e outro lado. São mais lentas que as P, sendo as segundas a chegar. Estas provocam alterações morfológicas, contudo não há alteração de volume. As ondas S propagam-se apenas em corpos sólidos, uma vez que os fluidos (gases e líquidos) não suportam forças de cisalhamento. A amplitude destas ondas é várias vezes maior que a das ondas P.
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São semelhantes às ondas que se observam à superfície de um corpo de água e propagam- se imediatamente abaixo da superfície terrestre. Deslocam-se mais lentamente que as ondas de corpo. Devido à sua baixa frequência, longa duração e grande amplitude, podem ser das ondas sísmicas mais destrutivas. Ondas de superfície: ondas de Rayleigh e ondas de Love.
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Ondas L (Love) ◦ as partículas materiais deslocam-se horizontalmente numa direcção perpendicular à direcção de propagação da onda; ◦ são lentas e de grande amplitude; ◦ a sua velocidade de propagação é constante.
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Ondas R (Rayleigh) ◦ as partículas deslocam-se em movimentos circulares, tal como ondas marinhas, num plano perpendicular à direcção de propagação da onda; ◦ são lentas e de grande amplitude; ◦ a sua velocidade de propagação é constante.
Parâmetro de avaliação de um sismo, baseado no grau de destruição e nos inquéritos distribuídos às populações. É medida na escala de Mercalli.
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A intensidade sísmica é determinada por variados factores, sendo um dos principais a quantidade de energia libertada no hipocentro.
O local com maior
intensidade sísmica é quase sempre o epicentro, diminuindo a fracção de energia com o aumento da distância ao epicentro.
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Para avaliar a intensidade de um ? sismo são preenchidos inquéritos que permitem, após a sua análise, traçar isossistas, com as quais é possível construir cartas de isossistas.
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Linha que une pontos de igual intensidade sismica.
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Se as rochas atravessadas pelas ondas sísmicas fossem idênticas em todas as direcções, as isossistas teriam a forma de circunferências concêntricas.
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Como o material atravessado tem diferentes propriedades, a propagação das ondas é influenciada e por isso as isossistas têm formas irregulares.
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Nuno Correia 10/11 31 1. Próximo de Caldeira e da Praia Norte. 2. Areeiro e Capelo. 3. A heterogeneidade dos terrenos afectados pelos sismos faz com que os impactes sejam diferentes, mesmo que se encontrem a iguais distâncias do epicentro. 4. Correspondem a locais desabitados e sem construções humanas, não havendo por isso avaliação do impacte causado pelo sismo. 5. De acordo com a distância ao epicentro, tipo de construção, características dos solos e grau de sensibilidade das pessoas, o sismo apresenta diferentes intensidades.
1. Localize o possível epicentro do sismo.
2. Indique duas localidades com a mesma intensidade sísmica. 3. Explique o motivo pelo qual as isossistas não são linhas concêntricas dispostas à volta do epicentro. 4. Por que razão algumas das isossistas estão parcialmente a tracejado? 5. Comente a afirmação: "Um só sismo, várias intensidades."
Nuno Correia 10/11 34 A magnitude sísmica traduz o valor de energia libertada por um sismo no seu hipocentro. É avaliada na escala logarítmica de Richter. A escala estabelece-se por medição da amplitude das vibrações que atingem os sismógrafos, tendo em conta a distância ao epicentro.
Embora esta escala varie entre 1 e 9, o seu limite superior ainda não está estabelecido.
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Nuno Correia 10/11 40 Nuno Correia 10/11 41 Os sismos de elevada magnitude provocam frequentemente grande destruição e um elevado número de vítimas.
Explique por que razão entidades como os
Serviços de Protecção Civil utilizam preferencialmente a Escala de Mercalli Modificada, apesar de esta ser menos objectiva do que a determinação de magnitudes.
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A resposta deve abordar os seguintes tópicos: ◦ a Escala de Mercalli Modificada baseia-se nos efeitos causados pelo sismo em cada local; ◦ a intensidade, por ser um parâmetro apropriado para descrever os efeitos causados, é muitas vezes utilizada pelas entidades para dar uma noção mais exacta do impacto do sismo sobre a população.
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Nuno Correia 10/11 44 Nuno Correia 10/11 45 Indique, baseando-se na figura, duas zonas com elevada sismicidade.
Pacífico e Mediterrâneo.
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Relacione a magnitude dos sismos com a profundidade do hipocentro.
Quanto maior a profundidade do hipocentro, maior a magnitude.
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Justifique a afirmação: "A distribuição dos sismos não é aleatória." Corresponde a zonas de falhas activas.
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O estudo dos sismos fornece, actualmente, grande parte da evidência básica da tectónica de placas, uma vez que podemos constatar que:
a distribuição dos epicentros, principalmente
dos sismos superficiais, é definidora do limite das placas;
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O estudo dos sismos fornece, actualmente, grande parte da evidência básica da tectónica de placas, uma vez que podemos constatar que:
o estudo das ondas
sísmicas permite-nos estabelecer a direcção do movimento de cada placa em relação às placas vizinhas.
Nuno Correia 10/11 56 Nuno Correia 10/11 57 A 17 de Janeiro de 1995, ocorreu um sismo que atingiu o Japão, provocando enorme destruição na cidade de Kobe. O sismo atingiu uma magnitude de 7,2, e o hipocentro localizou-se a uma profundidade de 20 km, estando associado ao limite entre a placa das Filipinas e a placa Euro- Asiática. Morreram mais de 5000 pessoas, e centenas de milhares ficaram desalojadas.
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No dia 12 de Maio de 2008, na região de Sichuan, na China, ocorreu um sismo de 7,9 de magnitude, que teve a sua origem a uma profundidade de 19 km e o epicentro a 80 km da cidade de Chengdu, capital de Sichuan. O sismo foi sentido em várias cidades da China, como Pequim e Xangai, bem como em Banguecoque, capital da Tailândia, a 3300 km de distância do epicentro. Numa escala continental, a sismicidade que ocorre na parte central e oriental da Ásia é resultado da colisão das placas Indiana e Euroasiática. A placa Indiana move-se para norte, relativamente à placa Euroasiática, cerca de 50 mm/ano.
Nuno Correia 10/11 75 Nuno Correia 10/11 76 Prevenção ◦ Evitar a ocupação de zonas de risco. ◦ Cumprimento de normas de construção anti- sísmica ◦ Promover a educação da população ◦ Vigiar falhas activas