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de Polaridade Variável
R. Sarrafi1, R. Kovacevic1
1
Avaliação dos alunos Deivis Baratto Paul, Igor Rafael Silva Bernardinelli, Leonardo
Cristofoli Silva e Tiago Sartor do artigo em questão, publicado pela revista Welding
Journal.
2
Centro Engenharias e Ciências Exatas – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Foz do Iguaçu – PR – Brasil
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Disciplina de Processos de Soldagem – Professor Maksoel Agustin Krauspenhar Niz –
4° ano
1. Introdução
2. Materiais e Métodos
Devido à limpeza catódica ocorrer durante um curto período de tempo, fez-se necessário
o uso de uma câmera de alta velocidade para a captura dos eventos no processo. As
imagens foram aquisitadas por uma câmera CCD, com uma taxa de 2074 quadros por
segundo (fps), uma resolução de 240 × 240 pixels e 72 pixels por polegada. Esta taxa de
frame permite tomar seis fotos consecutivas durante um ciclo de polaridade CC+ do
arco, á uma freqüência de 60 Hz. Sendo que 20% do ciclo de trabalho é destinado a
polaridade CC+.
Para o estudo do processo de remoção dos óxidos formados utilizou-se um
eletrodo de tungstênio de 3,2 mm de diâmetro com uma ponta esférica e argônio (99,8%
de pureza, 12 L/min) como gás de proteção. A preferência pela utilização do argônio
não foi exatamente explicada neste trabalho. Um arco de polaridade variável, com 3mm
de comprimento foi estabelecido entre o eletrodo e a superfície dos corpos de prova de
alumínio (50 × 30 × 6 mm). Durante a soldagem utilizou-se uma fonte de alimentação
ACAl 6.061 de onda quadrada, e um laser verde como fonte de iluminação do processo.
Três ensaios, com diferentes parâmetros foram utilizados (tabela 1).
Devido à ampla gama de comprimentos de onda emitidos pelo arco elétrico fez-
se necessária uma filtragem deste sinal através de um sistema de reflexão especular
(figura 2). O sistema utiliza um filtro de 532nm que impede a passagem da maior parte
da luz emitida pelo plasma, enquanto isso, a luz verde refletida da área de interesse, que
carrega os dados visuais, é capturada pela câmera.
3. Resultados e discussão
A aparência mais escura indica áreas que não foram afetadas pelo arco durante a
soldagem. O tamanho e as condições de superfície destas áreas não mudam durante
alternâncias de polaridade, mas se expande durante períodos CC+. A luminosidade do
arco durante os ciclos CC- está em concordância com os resultados obtidos por
Qingdong et al [8]. As figuras 4A e B são imagens típicas (MEV) das áreas escuras
observadas nas figuras 3B-D, sendo que estas se apresentam livre de óxidos e sua
estrutura é porosa devido à formação dos pontos catódicos. Nem todos os pontos
catódicos podem ser vistos nas fotos por apresentarem vida curta, tamanho reduzido e
pela baixa resolução das imagens.
4. Considerações Finais
Com base nas observações e na topografia da superfície limpa pode-se inferir
que os pontos catódicos são responsáveis pela limpeza catódica em polaridade CC+,
sendo necessários ainda estudos adicionais para uma completa comprovação desta
hipótese.
De uma análise da área limpa em função do tempo considera-se que, em geral, a
zona limpa se expande de forma não linear com o tempo. Durante os pulsos iniciais, a
taxa de expansão é rápida e posteriormente essa taxa diminui até parar.
Aumentar o nível de corrente, freqüência e o ciclo de trabalho alargam a zona
limpa catodicamente, sendo esta ultima variável a de maior influência.
5. Referências Bibliográficas
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