História ção colonial, na obtenção de metais preciosos; outros, nas atividades marítimas e comerciais, e Professor DILTON Lima ainda na produção manufatureira. Características da política mercantilista Metalismo – A riqueza e o poder do Estado dão- Aula 12 se pela quantidade de metais preciosos acumu- Renascimento lados. Também ficou conhecido por bulionismo. Balança comercial favorável – Grande volume Mudanças – No período que se configura como de exportações, superior às importações, levan- a transição do Feudalismo para o Capitalismo, do o Estado a alcançar um superávit em sua as artes, o pensamento e o conhecimento cien- economia. 01. A transição gradativa do Mundo Medieval tífico passaram por um processo de muitas mu- danças, que foi denominado Renascimento Cul- Protecionismo – Proteção à produção nacional para o Mundo Moderno dependeu da con- tural. O termo Renascimento deve ser entendido por meio de leis que aumentavam os impostos jugação de inúmeros fatores, europeus e como a retomada (renascer) do estudo de textos sobre produtos importados. extra-europeus, que ganharam dimensões da cultura clássica greco-latina. Sistema colonial – A colonização era estabeleci- e características novas. Marque a alterna- Humanismo – O Renascimento representou a re- da em função das necessidades metropolitanas, e tiva que corresponde às mudanças desse descoberta do conhecimento e do estudo fora do cumpria seu papel à medida que contribuía para mundo moderno: âmbito daquelas matérias permitidas pela Igreja. manutenção da balança superavitária, transferindo Os renascentistas preocupavam-se principalmen- lucros para a burguesia mercantil e para o Estado. a) O Humanismo constituía-se num movimen- te com as questões ligadas à vida humana. Por A exploração da colônia era feita por meio do mo- to de exaltação aos valores medievais. isso, o movimento é identificado com o Huma- nopólio comercial. As colônias deveriam exportar b) A entrada de manufaturados não-metropoli- nismo. matérias-primas, produtos agrícolas e riqueza mi- tanos era proibida nas colônias, garantindo- neral (ouro e prata) e importar da metrópole a pro- Transformações – O Renascimento inseriu-se num se o acúmulo de capitais para o Estado. dução manufaturada. conjunto de transformações culturais ocorridas AS GRANDES NAVEGAÇÕES E O c) O homem renascentista adotava a Teoria nos séculos XIV a XVI, que estavam articuladas nas mudanças econômicas do capitalismo mer- “DESCOBRIMENTO” DO BRASIL Geocêntrica formulada por Nicolau Copér- cantil. Foi o primeiro passo dado pelo homem mo- Para compreendermos o período das Grandes nico e defendida por Galileu Galilei. derno em direção ao que somos hoje. Nesse pe- Navegações, é preciso analisar o momento his- d) “Deus é soberano, portanto o homem não ríodo histórico, ocorreram transformações sociais, tórico que marcou a Europa nos séculos XV e é livre”. Essas palavras de Martinho Lutero científicas, culturais, religiosas e políticas, todas XVI. Não é de fundamental importância que vo- difundiram-se pelo território europeu no sé- elas responsáveis pela constituição de uma nova cê saiba os nomes dos conquistadores, mas sim visão do mundo e do homem, buscando refúgio culo XVI, por meio de inúmeros movimen- que motivos teriam eles para atravessar o Atlân- na cultura greco-romana (classicismo). tico e conquistar novas terras. A Europa, na épo- tos que buscavam reformas religiosas para Homem – O elemento central do Renascimento ca das Grandes Navegações, já era capitalista na os Jesuítas. foi o humanismo, isto é, o homem como centro fase comercial (XV-XVIII). Nessa fase, já existiam e) Montagem de modelo político-administrativo do universo (antropocentrismo), a valorização da relações assalariadas de produção, e a atividade caracterizado pela não-intervenção do Es- natureza. O homem ocupa o lugar central, contra- comercial era a principal fonte de acumulação tado na economia. pondo o discurso da fé e do divino, conceitos de capital. impregnados na cultura da Idade Média. Atualmente, é muito combatida a idéia de “des- 02. ( FGV ) “Postulados MERCANTILISMO cobrimento”, porque o que houve foi uma con- 1.(...); 2. O centro da Terra não é o cen- Ouro e prata – Para fortalecer o Estado absolu- quista de novas áreas que pudessem atender à tro do universo, mas tão somente da gra- tista, era preciso um grande volume de recur- expansão do capitalismo. Era preciso acumular vidade e da esfera lunar; 3. Todas as es- sos financeiros, cuja obtenção exigiu uma nova metais preciosos, já que havia uma escassez feras giram ao redor do Sol como de seu política econômica, conhecida como mercantilis- desses metais na Europa. Era preciso conquis- tar novas regiões que pudessem ser, ao mesmo ponto médio, e, portanto, o Sol é o cen- mo. Se, na Idade Média, no auge do feudalismo, a riqueza básica era a terra, na Idade Moderna, tempo, exportadoras de matérias-primas e pro- tro do universo; 4. (...); 5. Todo movimen- no apogeu do absolutismo, os metais preciosos dutos agrícolas e consumidoras dos produtos to aparente que se percebe nos céus (ouro e prata) passaram a ser a nova forma de manufaturados europeus. A chegada portugue- provém do movimento da Terra, e não de riqueza. sa ao Brasil, no fim do século XV, e sua perma- algum movimento do firmamento, qual- Poder estatal – O mercantilismo caracterizou-se nência nos séculos seguintes, tem de ser enten- quer que seja; 6. O que nos parece movi- por ser uma política de controle e incentivo, por dida sob os aspectos político e econômico de uma Europa que estava em expansão capitalista mento do Sol não provém do movimento meio da qual o Estado buscava garantir o seu de- e necessitava de novos mercados que atendes- deste, mas do movimento da Terra e de senvolvimento comercial e financeiro, fortalecen- do o poder estatal. Na verdade, o mercantilismo sem à sua política mercantilista. nossa esfera, junto com a qual giramos caracterizou-se por um conjunto de medidas va- O pioneirismo nas Grandes Navegações coube em redor do Sol, o que acontece com riadas, adotadas por diversos países europeus aos ibéricos, primeiro Portugal, depois Espanha. qualquer outro planeta; 7. (...).” (séc. XVI) (Estado moderno). Você imagina por que Portugal foi o pioneiro (citado em Berutti et al.) O documento refere-se à: a) ruptura com o heliocentrismo, conduzida pelas investigações de Kepler; b) ruptura com o antropocentrismo, conduzida pelas investigações de Galileu Galilei; c) concepção de universo, que recupera o pensamento de Ptolomeu, recusado pela Igreja durante a Idade Média; d) concepção de universo, que recupera as preocupações de Heráclito (“tudo está em movimento”), apresentada por Isaac Newton; e) ruptura com o geocentrismo, conduzida pe- las investigações de Copérnico.