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Ambrósio Aires formou um exército de voluntários

História e ao retornar de Autazes foi atacado por sete


canoas dos cabanos, grande parte compostas por
índios muras, onde foi morto.
Professor Francisco MELO de Souza
O último foco do movimento foi a cidade de
Maués. Nesse período, destacou-se o coman-
Aula 97 dante Miranda Leão, que pôs fim ao movimento
no Amazonas.
Amazônia imperial
A ÁRVORE QUE CHORA
No período em que ocorreu a Independência do
Brasil, em 1822, a Amazônia pertencia à Coroa A industrialização do látex ocorreu após a viagem
portuguesa, como uma unidade político-adminis- de Charles Marie de la Condamine, em 1743, que 01. (UFAM) A abolição da escravidão negra
trativa, ou seja, como uma colônia, dividida em desceu o Amazonas, comissionado pela Acade- na Província do Amazonas ocorreu em 24
duas capitanias: Pará e Rio Negro, subordinadas mia de Ciências de Paris para a medição do arco de maio de 1884. Nessa ocasião, o Presi-
à Província do Grão-Pará. A elevação do Estado do Meridiano, no Equador, e levou amostra para dente da Província, ao entregar em praça
do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e a Academia de Ciências Naturais de Paris. pública as últimas cartas de alforria, afir-
Algarves, em 1815, não modificou a estrutura po- Mas o interesse comercial e industrial pelo látex mou que, a partir daquele momento, Ma-
lítica anterior. só aumentou significativamente a partir da se- naus tornava-se uma “cidade sagrada”. A
O Grão-Pará só foi incorporado ao Brasil em 11 gunda metade do século XIX, após a descoberta precocidade dessa decisão, em relação à
de agosto de 1823, quando as tropas do almiran- do processo de industrialização. Com a vulcani- Lei Áurea (1888), leva-nos a considerar
te inglês John Pascoe Greenfel assassinaram vá- zação da borracha, em 1839, por Charles Good- que:
rios paraenses, que, por sua vez, encontravam- year e por Hancock, em 1842, que tornou mais
a) A propaganda abolicionista encontrou terre-
se num conflito com os portugueses. resistente e quase insensível às variações de
no fértil para espalhar-se nas províncias do
As principais ocorrências desse período: temperatura, assegurando sua elasticidade e im-
permeabilidade, o uso do produto estendeu-se Norte do Império, arregimentou grande nú-
• mero de pessoas em defesa da abolição, o
A primeira viagem do navio a vapor “Guapia- pela Europa e pelos Estados Unidos.
çu”, que saiu de Belém, em 1843, com destino que contribuiu para que a liberdade chegas-
a Manaus. É a partir daí que o surto da borracha inicia-se,
se mais cedo ao Norte.

pois aumenta a procura dessa matéria-prima no
A criação das diretorias de Índios pelas quais b) No século XIX, o emprego da mão-de-obra
as aldeias passavam a ser administradas por mercado mundial. Em princípio, o trabalho utiliza-
negra era pouco significativo para a manu-
diretores pagos com honras e graduações – do na produção era o do indígena e do caboclo.
tenção e a reprodução da riqueza das elites
instituídas em 1845. Com o tempo, essa mão-de-obra tornou-se insu-
da região, já que o trabalho compulsório dos

A elevação da vila de Manaus para cidade de ficiente. Os governos locais passaram a importar
índios continuava a suprir essas necessida-
Nossa Senhora da Conceição da Barra de São mão-de-obra nordestina por meio de propagan-
des.
José do Rio Negro, em 1848. das enganosas.
c) As restrições quanto à aquisição de novos
A Navegação a Vapor A Mão-de-obra escravos no mercado internacional, a partir
Antes da utilização do navio a vapor, as trocas co- Em princípio, os nordestinos passaram a se ins- de 1850, provocaram uma redução da popu-
merciais entre Belém e Manaus eram feitas por talar ao longo dos rios, tanto os do Amazonas lação escrava do Amazonas, que envelhe-
30 a 40 escunas de 15 toneladas e por cerca de quanto os do Pará, mas logo se lançaram à em- ceu e perdeu valor, levando os senhores a
duas mil canoas, num transporte que durava até presa da floresta. Nesse período, começou a pe- facilitar o processo de libertação de seus es-
dois meses. netração nos rios Purus, Juruá, Bolívia (Acre) e cravos.
Peru. Mas esse povoamento não se processou d) As pressões britânicas na Amazônia, incen-
A navegação a vapor no rio Amazonas iniciou-se
de forma planejada, pois teria vindo cerca de tivando o uso do trabalho assalariado, com
a partir de pressões internacionais. A lei n.°. 3749,
meio milhão de nordestinos para a Região Ama- o objetivo de facilitar a circulação de suas
de 7 de dezembro de 1866, autorizou a navega-
zônica. mercadorias, foram decisivas para o fim da
ção internacional no rio Amazonas, Tocantins, Ta-
pajós e o São Francisco. O arrocho era a técnica utilizada pelos nordesti- escravidão na região.
nos; tratava-se de fazer cortes profundos nas ár- e) Tanto a intensidade da propaganda abolicio-
A empresa de navegação de maior expressão era
vores e, depois, amarrá-las com cipó a fim de es- nista quanto as restrições para reposição
a de Mauá, mas havia pequenas empresas lo-
premê-la – uma técnica predatória. dos escravos envelhecidos são fatores que
cais. Alexandre Amorim criara a Companhia Flu-
O Seringal contribuem para explicar a precocidade da
vial do Alto Amazonas, obtendo o monopólio do
abolição na Província do Amazonas.
Purus, do Madeira e rio Negro por vinte anos. Foi No início da exploração do produto, não se for-
a partir daí que empresas inglesas e norte-ameri- mou a propriedade fundiária. Os extratores atira- 02. Sobre as constantes epidemias ocorridas
canas passaram a se instalar no Amazonas. vam-se às atividades predatórias, uma vez que a no período do rush da Amazônia, é correto
A CABANAGEM exploração era passageira. afirmar.
Com o rush da borracha, a situação modificou- a) A culpa do desenvolvimento do beribéri, da
A guerra civil que ocorreu no Pará e no Amazo-
se. O abandono do sistema predatório de aniqui- malária e da varíola é da própria população
nas, a Cabanagem, foi um movimento revolucio-
lamento das árvores e o início da concorrência nordestina, pois vivia de forma rude, sem
nário com características populares.
entre os que viviam da empresa tornaram-se ne- nenhum tipo de higiene pessoal.
A participação de tapuios, caboclos e negros, a cessários à ocupação permanente da terra. b) Tais epidemias eram uma conseqüência
parte mais pobre da população que habitava as imediata do processo de conquista sanitária
A posse da terra não ocorria de forma tranqüila.
cabanas, deu origem ao nome do movimento. da Amazônia. Mas, principalmente, do aban-
Geralmente, havia conflitos entre os seringalistas
Essa população era explorada violentamente pe- dono e da falta de investimento em infra-
e os seringueiros contra os índios ou, ainda, en-
los fazendeiros e pelas autoridades políticas, mili- estrutura por parte dos seringalistas.
tre os próprios seringalistas.
tares e religiosos locais. A revolta foi uma tentati- c) Os alimentos recebidos pelos seringueiros
va de modificar sua situação miserável e de injus- Na margem, erguiam-se o barracão central e os
eram frescos e de boa qualidade. O contin-
tiça social. menores (esses barracões serviam como arma-
gente de vitaminas, constantes do cardápio
zém de borracha defumada). O barracão central,
Tomaram parte na revolta Alberto Patronni, o Cô- daqueles nordestinos, era suficiente para
construído de madeira ou paxiúba, com cobertu-
nego Batista Campos, Félix Clemente Malcher, os seu regime de nutrição.
ra de zinco e levantado sobre barrotes de madei-
irmãos Vinagre, Lavor Papagaio, Eduardo An-ge- d) O curanderismo a que se haviam habituado,
ra para a proteção contra as enchentes, era a re-
lim e outros. A guerra tomou, impetuosamente, o tanto caboclo como nordestino, valendo-se
sidência do seringalista, o depósito de produtos
território paraense e, depois, o amazonense. O lí- do conhecimento farmacêutico dos pajés,
de abastecimento dos seringais e o escritório.
der no Amazonas foi Bernardo de Sena. havia desaparecido.
Com o desenvolvimento das atividades e os
O general Soares Andrea foi responsável por re- grandes lucros, as residências ganharam a feição e) O curandelismo, conhecimento da farmaco-
primir o movimento no Pará. No Amazonas, os de chalés europeus. péia amazônica dos pajés, fora utilizado,
cabanos tomaram a vila de Manaus; posterior- com êxito, na cura de doenças epidêmicas,
Os barracões eram feitos de paxiúba e cobertos
mente, Maués, Parintins, Silves e Borba. O re- pelos médicos locais.
de palha; neles moravam os empregados do se-
pressor do movimento, no Amazonas, foi Ambró-
ringal.
sio Aires, o Bararoá.

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